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Ok. TEMA 4 - CIBERCULTURA E UMA BREVE HISTÓRIA DA WEB
Ok. TEMA 4 - CIBERCULTURA E UMA BREVE HISTÓRIA DA WEB
COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR NA ERA DIGITAL
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O principal efeito de toda essa conectividade é o acesso ilimitado e sem
restrições a culturas e a conteúdos de todas as espécies (Anderson, 2006).
Assim, a conectividade e a virtualização de informações leva os indivíduos
a saírem dos hits ao aparecimento de comunidades infinitas que, somadas, são
maiores que os hits, a conhecida cauda longa.
Em relação a sua evolução, a internet surgiu por volta de 1969,
desenvolvida pela agência norte-americana Advanced Research and Projects
Agency (ARPA), que tinha por objetivo conectar computadores dos seus
departamentos de pesquisa, com o nome de ARPANET.
O crescimento exponencial se deu por volta de 1983 com a criação do
Protocolo de Controle de Transferência/Protocolo Internet (TCP/ IP), tornando-se
padrão até os dias atuais. Em 1989, Tim Bernes-Lee criou o hipertexto (Gabriel,
2010; Lévy, 2010), padrão para a criação de sites e ambientes on-line.
Ao longo de sua existência, é fácil observar como a web obteve progressos
e melhorias. Podemos dizer que a web teve três grandes fases, as quais
impactaram significativamente o modelo que temos hoje no comportamento do
consumidor. Atualmente, estamos indo para a quarta grande revolução, a saber:
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No gráfico acima, podemos observar que a web iniciou com o objetivo de
ser um grande banco de dados e interligar os centros de pesquisa. A produção de
conteúdo era centralizada e controlada por especialistas. As informações eram
estáticas e centralizadas, cada projeto era customizado e não controlado, e
quando havia controle, esse era baixo. Além disso, não havia interatividade entre
usuários e os projetos não tinham escalabilidade. O grande impulso para o início
da WEB 1.0 foram os computadores pessoais. O desktop possibilitou que a
estação de trabalho pudesse ser um local de produção e conexão com a rede,
sem depender de grandes centros de processamento.
Na WEB 2.0, contemplamos o poder de contribuição do usuário, o uso da
inteligência coletiva, criando, assim, uma rede de informações, construída por
meio da contribuição de seus integrantes. Os usuários da rede buscavam acesso
à informação, referência por meio da contribuição dos integrantes e construíam
seu próprio conceito sobre uma informação que fosse relevante para eles. A rede
passa a ser descentralizada, deixamos o modelo de “poucos produzindo para
muitos” e passando para “muitos produzindo para muitos”.
A geração da WEB 3.0 apresenta-se com recursos mais robustos, mais
rápida e mais inteligente. Sua principal característica é a capacidade de máquinas
assumirem determinadas atividades até então realizadas manualmente pelos
usuários. Nessa evolução, a semântica é utilizada mais fortemente, e a rede passa
a entender melhor o usuário, suas buscas e seu comportamento. O usuário passa
a ser mais rastreável dentro da rede. A WEB 3.0 utiliza a semântica para melhor
entender as redes e conexões dos usuários, para ser mais inteligente a ponto de
ser confundida com a própria inteligência artificial.
Segundo Nascimento e Quintão (2011), a WEB 4.0 ou WebOS é baseada
em sistemas operacionais da web, algo como um grande sistema operacional
dinâmico e inteligente que utiliza os dados disponíveis na rede para as interações
entre os indivíduos em tempo real, propondo então suportar as tomadas de
decisões. As autoras ainda destacam ser de maior “transparência global,
governança, distribuição, participação, colaboração na indústria, redes políticas e
sociais e outros esforços importantes da comunidade” (Nascimento, 2011, p. 8).
Segundo as autoras, a WebOS se caracteriza pelo “serendipismo” (o dom
de fazer descobertas felizes por acaso), pois ela antecipa soluções ainda não
levantadas, ou problemas que ainda não existem, assim, essa geração baseia-se
muito mais em hardware do que em software.
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TEMA 2 – MÍDIAS SOCIAIS
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imagens, vídeos, entre outros. Gabriel (2010, p. 202) reforça que as plataformas
de redes sociais “são chamadas de mídias sociais, porque muito dos conteúdos
gerados por seus usuários são armazenados neles”.
A vida útil das plataformas de mídias sociais é muito dinâmica. Anualmente,
surgem novas redes com novas características direcionadas a nichos e públicos
distintos. A seguir, temos uma lista com as 10 maiores redes sociais em 2020,
segundo o site “Oficina da Net”.
Kuaishou
Pinterest Reddit Snapchat Qzone Sina Weibo Tik Tok Instagram Youtube Facebook
(Kwai)
Seguidores 2020
(milhões)
416 430 430 433 517 523 689 1.158 2.000 2.701
Lançamento 2010 2011 2005 2011 2005 2009 2012 2010 2005 2004
Média de
seguidores/ano
37 43 26 43 32 43 76 105 125 158
Na tabela acima, vemos que entre as redes mais novas, lançadas depois
de 2010, o Tik Tok foi a que obteve mais seguidores por ano, superando redes
mais antigas.
A mobilidade é a grande transformação do comportamento do consumidor
nos anos mais recentes. O telefone celular deixou de ser um acessório de
comunicação telefônica, o hardware vendido atualmente tem muito mais funções
de comunicação e produção de conteúdo, como a possibilidade de se fazer
download de aplicativos, acesso à web e câmeras de alta resolução, levando ao
usuário um equipamento completo de produção.
Martin (2013) reforça que o consumidor e seu dispositivo não são mais
passivos, mas sim dotados de uma mobilidade interativa total, próxima, pessoal e
sempre ligada. Nessa perspectiva, as plataformas de redes sociais têm a
obrigação de fornecer aplicativos com suporte para dispositivos móveis. Segundo
Souza (2020), os 10 aplicativos com mais downloads em 2020 foram:
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Tabela 2 – 10 aplicativos mais baixados em 2020
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Esse ranking é importante para reforçar a importância das redes sociais e
da necessidade de relacionamento dos indivíduos. Apesar de 2020 ter
apresentado um cenário atípico de mercado, o uso de aplicativos de redes sociais
mudou o cenário e a forma de as pessoas se relacionarem. Dessa forma,
empresas e artistas se reinventaram, utilizando as plataformas de redes sociais e,
consequentemente, as mídias sociais para divulgar conteúdo a fim de aproximar
seus públicos.
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Gráfico 1 – Atividades culturais na web
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produziram para muitos. Porém, no Brasil, esse advento é relativamente novo. “Os
pesquisadores ressaltam que podcast franqueia ao consumidor a opção de pôr
‘no ar’ programações radiofônicas que gostaria de ouvir, mas que não encontra
no dia” (Herschmann, 2008, p. 103).
Os podcast podem ser classificados como micromídia quando produzidos
por indivíduos e grupos sem vinculação com corporações de mídia e com
pequenas audiências, e os podcasts produzidos por empresas que atuam na
mídia de massa e de nicho, nesse caso, uma mídia de nicho.
A transmissão também apresenta grandes diferenças, uma vez que a
produção radiofônica é transmitida por ondas, é dependente de uma região
geográfica e da sincronicidade para ser recebida. A produção do podcast não
depende de sincronicidade entre produtor e receptor, não está limitada à região
geográfica e sua transmissão é feita pela rede.
Essas características diferem a produção de vídeos e áudio on-line das
produções off-lines, uma vez que os primeiros são produtos da cibercultura e
mudaram a forma de os indivíduos consumirem informações e cultura. É incerto
se eles vieram para substituir os modelos tradicionais, sendo mais provável que
sejam complementares, representando mais uma ferramenta de propagação da
cultura na rede.
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Tabela 3 – Tipos de página digital
Página Definição
Digital
Site Uma organização de dados e conteúdos para serem
encontrados facilmente, possui uma arquitetura de
informação, focada na organização de conteúdos
Minisite Criados com uma informação verticalizada, abordando
um tema específico
Hotsite Sites com prazo de validade determinado, utilizados para
uma determinada ação
Portal Sites com conteúdos verticalizados voltados para seus
públicos
Blogs Em formatos de diário, apresentam textos regulares,
denominados “posts”
Perfis em Páginas específicas inseridas em redes sociais.
redes sociais Normalmente, são constituídas dentro das limitações da
plataforma e utilizadas para relacionamento com seus
públicos
Landing page Páginas específicas que aparecem para um indivíduo
quando esse realiza uma pesquisa em buscadores e, ao
localizar a informação, acessa o link apresentado;
geralmente, esse link leva a uma página do conteúdo
procurado, denominada landing page
Fonte: Gabriel, 2010.
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O site é o cartão de visitas de uma organização, a porta de entrada para
clientes. Por isso, a experiência do usuário deve ser a mais agradável possível, e
assim como nos ambientes físicos, o ambiente virtual deve usar os mesmos
princípios da marca para divulgar seus valores. A construção de um site deve
considerar técnicas de usabilidade e de experiência do usuário.
Krug (2014) reforça que uma página web deve ser evidente por si só,
autoexplicativa. O usuário deve ser capaz de entendê-la e saber como usá-la, sem
ter que se esforçar para isso. “A aparência das coisas, a nomenclatura da página
e a pequena quantidade de texto [...] devem trabalhar para criar um
reconhecimento livre de esforço” (Krug, 2014, p. 16).
Assim como os sites corporativos, os blogs também são sites e possuem
endereço, sendo atualizados constantemente. A sua função é semelhante àquela
de um “jornal diário” de notícias, sendo necessário que haja pessoas capacitadas
para realizar essas atualizações. Utilizar o blog como uma ferramenta de
relacionamento com clientes cria uma fidelização e identificação maior com eles,
desde que os mesmos entendam que o conteúdo postado possui relevância para
suas vidas.
Um levantamento realizado pelo CanalTech em 2017 indica que dos cerca
de 10 milhões de sites registrados no Brasil, 5,5 bilhões são de blogs. Porém, essa
grande quantidade de registros não reflete o sucesso da ferramenta, pois apenas
0,94% do total de blogs brasileiros consegue ter mais de meio milhão de acessos
por mês e 96,5% são blogs considerados pequenos, com até 10 mil visitas
mensais. Além disso, o tempo médio de vida dos blogs atualmente é de 12 meses.
A pesquisa aponta também que a grande maioria dos blogs se apoia em
redes sociais para divulgação e relacionamento:
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Gráfico 2 – Blogs e redes sociais
As temáticas dos blogs brasileiros são variadas, com destaque para o setor
de moda, tecnologia, cultura, política, esportes e viagens, além de entretenimento,
beleza, games e humor.
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Gráfico 4 – Tecnologias usadas pelos blogs
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REFERÊNCIAS
CIRIACO, D. ICQ, Orkut e além: uma história das redes sociais. Disponível
em: <https://canaltech.com.br/redes-sociais/dia-das-midias-sociais-historia-e-
evolucao-a-servico-da-comunicacao-71615/>. Acesso em: 9 mar. 2021.
LEMOS, M. 10 dicas para adaptar sites web para dispositivos móveis – Parte
01. Disponível em: <https://imasters.com.br/design-ux/10-dicas-para-adaptar-
sites-web-para-dispositivos-moveis-parte-01>. Acesso em: 9 mar. 2021.
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