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Gestao Por Resultados
Gestao Por Resultados
PÚBLICA
Gestão de Resultados
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
Sumário
Gestão de Resultados..................................................................................................................... 3
1. Noções Iniciais.............................................................................................................................. 3
2. Paradigma do Cliente na Gestão Pública. . .............................................................................. 3
3. Gestão por Resultados............................................................................................................... 4
3.1. Conceito, Funções, Características, Atributos e Alcance................................................. 4
3.2. Contratualização, Organizações Sociais e Agências Executivas................................... 8
3.3. Avaliação de Desempenho ou Resultados........................................................................ 14
3.4. Indicadores de Gestão. . ..........................................................................................................15
Resumo............................................................................................................................................. 23
Mapa Mental................................................................................................................................... 25
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 26
Questões de Concurso.................................................................................................................. 29
Gabarito............................................................................................................................................60
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
GESTÃO DE RESULTADOS
1. Noções Iniciais
A excelência nos serviços públicos tem muita inspiração da gestão privada, ainda que
ambas não sejam idênticas. As organizações públicas possuem várias particularidades, sen-
do obrigadas a considerar todas as regras do ordenamento jurídico-administrativo e o seu
caráter público.
Logo, a adoção de um modelo de excelência específico para os serviços públicos deve
considerar os aspectos que diferenciam organizações públicas e privadas. Nesse sentido, a
maioria das ferramentas de qualidade são técnicas idealizadas no setor privado, mas adap-
tadas às peculiaridades do setor público.
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Gestão de Resultados
– o cliente atendido, no setor privado, remunera diretamente a organização, pagando pelo serviço
recebido ou pelo produto adquirido; no setor público, o cliente atendido, paga indiretamente, pela
via do imposto, sem qualquer simetria entre a quantidade e a qualidade do serviço recebido e o
valor do tributo que recolhe;
– as diferentes contingências a que estão submetidos os dois setores, como, por exemplo, limites
de autonomia estabelecidos pela legislação e o perfil da clientela.
Com certeza, os órgãos e as entidades públicas devem conhecer e ouvir os seus clientes in-
ternos e externos
Certo.
1
GARCIA, R. C. A reorganização do processo de planejamento do governo federal: o PPA 2000-2003. Brasília, 2000.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
Nesse mesmo sentido, destaca Hilário (2009)2 que a gestão por resultados se caracteriza
pela tradução de objetivos em resultados, proporcionando um marco coerente para a melho-
ria dos processos de trabalho na qual a informação sobre o desempenho é usada para melho-
rar a tomada de decisão. São consideradas funções da gestão por resultados:
• Definir a direção estratégica da organização – criação da missão3 e estabelecimento
dos objetivos estratégicos, levando em consideração a visão e os valores da organiza-
ção. Refere-se à definição do caminho que deverá ser seguido para alcançar os obje-
tivos estratégicos. É necessário mapear os processos de trabalho e escolher os indi-
cadores e as metas de desempenho que mostrarão se a organização está no caminho
planejado e, por meio de uma avaliação, o quanto de progresso foi feito na direção dos
objetivos.
• Implementar e administrar o processo de mudança alinhado com a direção estratégica
– compromisso da organização com a ação;
• Melhorar continuamente o desempenho das atividades em andamento – garantia que
a melhoria contínua seja praticada em cada programa ou atividade da organização, por
meio de planos de ação frequentemente monitorados.
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Gestão de Resultados
A gestão por resultados tem a função de mostrar às organizações públicas a direção efe-
tiva e integrada de seu processo de criação de valor público4, buscando a máxima eficiência,
eficácia, e efetividade de desempenho, além da consecução dos objetivos de governo e a
melhora contínua de suas instituições. Em suma, orienta a gestão para formas inovadoras de
geração de resultados em um ambiente contemporâneo complexo e flexível.
A gestão por resultados está caracterizada por:
• Uma estratégia na qual se definam os resultados esperados por um organismo público
no que se refere à mudança social e à produção de bens e serviços;
• Uma cultura e um conjunto de ferramentas de gestão orientado à melhoria da eficácia,
da eficiência, da produtividade e da efetividade no uso dos recursos do Estado para
uma melhora dos resultados no desempenho das organizações públicas e de seus fun-
cionários;
• Sistemas de informação que permitam monitorar a ação pública, informar à sociedade,
favorecer a tomada de decisões dos que participam destes processos e identificar o
serviço realizado, avaliando-o;
• Promoção da qualidade dos serviços prestados aos cidadãos, mediante um processo
de melhoramento contínuo;
• Sistemas de contratação de funcionários de gerência pública, visando aprofundar a
responsabilidade, o compromisso e a capacidade de ação dos mesmos (SENTO-SÉ;
NUNES FILHO; ACHAN, 2010)5.
A gestão por resultados consiste em monitorar os processos para verificar se os objetivos es-
tão sendo alcançados e em atribuir responsabilidades aos seus colaboradores, que também
participam da definição dos objetivos.
Certo.
4
Valor público pode ser entendido como a orientação para objetivos que ofereçam respostas efetivas a necessidades ou
demandas socialmente legítimas da sociedade.
5
SENTO-SÉ, J. de O.; NUNES FILHO, P. de S.: ACHAN, W. Gestão para resultados na ação correicional: novos mecanismos,
instrumentos e metodologias de fiscalização e controle da atuação funcional para fortalecimento da probidade adminis-
trativa. XV Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Sto. Domingo,
Rep. Dominicana, 9 – 12 nov. 2010.
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Gestão de Resultados
Logico que não! A tomada de decisão é descentralizada e o foco está nos resultados!
Errado.
Como vimos, o Plano Plurianual (PPA 2000-2003), denominado Avança Brasil, institui a orien-
tação da administração pública para resultados.
De acordo com Ariel Garces e José Paulo Silveira6, o PPA 2000-2003, integrado com os or-
çamentos anuais, reflete um projeto de desenvolvimento para o país. Contudo, a experiência
de planejamento estratégico mostra que tão importante quanto a definição de objetivos e
prioridades é assegurar as condições para a gestão estratégica do plano. Assim, essa gestão
inicia-se na alocação estratégica de recursos e estende-se até o gerenciamento intensivo de
programas considerados estratégicos.
Por fim, na visão de Paludo (2010)7, a gestão pública por resultados requer considerar dois
temas cruciais: o fortalecimento do planejamento orientando a atuação administrativa e a
sua maior integração com o orçamento; e a motivação do servidor público (sistema de remu-
neração variável).
Letra d.
6
Gestão pública orientada para resultados no Brasil. Ariel Garces e José Paulo Silveira. Revista do Serviço Público. Ano 53,
Número 4, Out-Dez, 2002.
7
PALUDO, A. V. Administração Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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Gestão de Resultados
Obs.: a banca CESPE considera como princípios da gestão pública por resultados: o mérito,
o desempenho, o reconhecimento e a transparência (accountability).
Note que em todas as alternativas, com exceção da letra D, trata-se de temas que a gestão
de resultados deve envolver.
Sobre a letra D, temos que a gestão de resultados se caracterizaria pela tradução dos objeti-
vos em resultados e pela predominância dessa visão em substituição aos outros mecanismos
de coordenação, como a padronização, hierarquização e os controles formais de processos.
Letra d.
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Gestão de Resultados
A gestão por resultados nada mais é do que um tipo de gestão baseada na administração
gerencial, onde são acordados resultados, alocados os recursos necessários e estabelecidos
os indicadores que irão medir as realizações!
Letra d.
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Gestão de Resultados
Vejamos o que o Caderno MARE 2 da Reforma do Estado fala sobre o contrato de gestão
(grifou-se):
É bom reforçar que todos os órgãos ou entidades administrativas podem firmar contratos
de gestão, com fundamento do § 8º do art. 37 da CF/1988. Contudo, no caso das agências
executivas, o documento é obrigatório para que a entidade autárquica ou fundacional possa
receber a titulação.
A qualificação da entidade virá após a celebração do contrato de gestão, isto é, a entida-
de pretendente não é qualificada no contrato de gestão, mas depois que o firmar. Em âmbito
federal, a titulação de agência é conferida discricionariamente por decreto do Presidente da
República.
Observa-se que o Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado (PDRAE) citou o projeto
das “agências autônomas” como um dos instrumentos da modernização da gestão públi-
ca. Com esse propósito, a necessidade de alteração no arcabouço normativo foi prevista no
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Gestão de Resultados
PDRAE, para possibilitar a melhoria da gestão, ao tempo em que algumas autarquias selecio-
nadas seriam transformadas em “laboratórios de experimentação” (nas palavras do Plano).
As organizações sociais pertencem a um modelo de organização pública não estatal, des-
tinado a absorver atividades publicizáveis mediante qualificação específica. Trata-se de uma
forma de propriedade pública não estatal, constituída pelas associações civis sem fins lucra-
tivos, que não são propriedade de nenhum indivíduo ou grupo e estão orientadas diretamente
para o atendimento do interesse público.
As OS, portanto, são um modelo de parceria entre o Estado e a sociedade. O Estado con-
tinuará a fomentar as atividades publicizadas e exercerá sobre elas um controle estratégico:
demandará resultados necessários ao atingimento dos objetivos das políticas públicas. E o
contrato de gestão é o instrumento que regulará as ações das OS, conforme previsão consti-
tucional (artigo 37, § 8º):
Art. 37, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus adminis-
tradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão
ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade
dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.
A contratualização de resultados tem como marco legal a Lei n. 9.637/98, também conhe-
cida como Lei das Organizações Sociais.
Depois da qualificação como OS, a entidade poderá firmar contrato de gestão com órgão
da Administração Pública direta, sujeitando-se a um conjunto de normas que lhe asseguram
certos benefícios. Por sua vez, a entidade sofrerá sujeição ao controle do Tribunal de Contas
e do órgão público supervisor, integrante da Administração Pública.
Nos termos da Lei de Licitações e Contratos, será dispensada a licitação para a celebra-
ção de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âm-
bito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão
(inc. XXIV do art. 24). Com outras palavras, os Estados-membros, por exemplo, não podem
contratar, por dispensa de licitação, as OSs que tenham sido qualificadas pela União.
Lei n. 8.666/1993, Art. 24, XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as
organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades
contempladas no contrato de gestão.
Observe que a contratação direta não é para a qualificação ou para a assinatura de con-
trato de gestão, mas para os serviços integrantes do contrato de gestão. Para que um Estado
realize tal contratação direta, deve ter qualificado a entidade como OS; o mesmo vale para um
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Gestão de Resultados
Município. Isso porque a lei estipula que a contratação direta da OS, com base na dispensa
de licitação, deve ocorrer no âmbito da respectiva esfera federativa que houver qualificado a
entidade como OS.
Ainda, convém destacar que, conforme preceitua o art. 7º da Lei n. 9.637/98 (lei das OSs),
na elaboração do contrato de gestão, devem ser observados os princípios da legalidade, im-
pessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e, também, os seguintes preceitos:
Especificação do programa de trabalho proposto pela organização social, a estipulação das metas
a serem atingidas e os respectivos prazos de execução, bem como previsão expressa dos critérios
objetivos de avaliação de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de qualidade e
produtividade;
a estipulação dos limites e critérios para despesa com remuneração e vantagens de qualquer natu-
reza a serem percebidas pelos dirigentes e empregados das organizações sociais, no exercício de
suas funções.
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I – as sociedades comerciais;
II – os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
III – as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões
devocionais e confessionais;
IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
V – as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo res-
trito de associados ou sócios;
VI – as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados;
VII – as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
VIII – as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras;
IX – as organizações sociais;
X – as cooperativas;
XI – as fundações públicas;
XII – as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público
ou por fundações públicas;
XIII – as organizações creditícias que tenham qualquer tipo de vinculação com o sistema financei-
ro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.
Letra a.
De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Estado (Brasil, 1995), a principal inovação da
mudança diz respeito à forma de controle, não mais baseado em processos, mas sim em re-
sultados. Agências Executivas e Organizações Sociais se relacionariam com os Ministérios
Supervisores por meio de contratos de gestão, nos quais estariam especificados os resulta-
dos esperados para o seu desempenho.
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Gestão de Resultados
A letra A está incorreta, pois na gestão por resultados a ênfase não é mais o controle hierárqui-
co e de processos, mas sim o desempenho mensurado a partir de indicadores de resultados.
A letra C está incorreta. De fato, a contratualização de resultados tem como marco legal a Lei
n. 9.637/98, também conhecida como Lei das Organizações Sociais. Depois da qualificação
como OS, a entidade poderá firmar contrato de gestão com órgão da Administração Públi-
ca direta, sujeitando-se a um conjunto de normas que lhe asseguram certos benefícios. O
erro da afirmativa está na qualificação das OSs como entidades públicas estatais, quando,
na verdade, elas são denominadas entidades públicas não estatais. Observe o seguinte tre-
cho do PDRAE:
A estratégia de transição para uma administração pública gerencial prevê, ainda na dimensão ins-
titucional-legal, a elaboração, que já está adiantada, de projeto de lei que permita a “publicização”
dos serviços não exclusivos do Estado, ou seja, sua transferência do setor estatal para o público
não estatal, onde assumirão a forma de “organizações sociais”.
A letra D está incorreta, pois a contratualização de resultados prevê o controle social. A ges-
tão por resultados possui estreita relação com a excelência nos serviços públicos, que busca
garantir a qualidade do serviço público aos cidadãos. Logo, a gestão pública orientada para
os resultados requer avaliações de opinião do público para se saber se os serviços estão sa-
tisfazendo as demandas e necessidades de seus usuários.
A letra E está incorreta. De fato, como já afirmado, a contratualização de resultados tem como
marco legal a Lei n. 9.637/1998, também conhecida como Lei das Organizações Sociais. Na
Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.923/98-DF, o STF julgou pela constitucionalidade
do modelo, após dezesseis anos de sua propositura, confirmando (e não ferindo) a flexibilida-
de característica do modelo gerencial.
Letra d.
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Gestão de Resultados
O mito da medição absoluta: preciso medir tudo. Quem pretende medir tudo acaba não medindo
nada! Por detrás deste mito, está o fetiche do pan-óptico, que gera a impostura, movida por uma
necessidade obsessiva de monitorar e controlar tudo e todos ao mesmo tempo e na mesma hora.
Gerir o desempenho é uma forma de controle, mas que deve ser extremamente seletivo. A postura
correta é alta seletividade. Medir apenas o que é importante, o que é significativo, o que vale a pena.
Medir custa tempo e dinheiro! E algumas medidas são perecíveis – só fazem sentido se puderem
gerar decisões tempestivas.
Para medir o que importa, preciso gerar todas as informações, coletar dados de forma exaustiva e
precisa. Quem se preocupa em gerar todas as informações, provavelmente morrerá afogado num
mar de informações, cheio de informações inviáveis e inúteis. Por um lado, a geração de indicado-
res (medidas) relevantes requererá dados e informações específicos – cuja obtenção e tratamento
demandarão mais ou menos tempo e representarão custos.
A postura correta é, sempre que possível, trabalhar com aproximações, buscando construir indica-
dores a partir de dados já existentes e tratados dentro de padrões aceitáveis de qualidade – apos-
tando-se que, na maioria dos casos, a disponibilidade de dados e informações não é o problema
fundamental.
Primeiro vamos medir, depois vamos ver o que fazemos com as medidas. Inicialmente, medidas
não podem ser vistas como modismos ou obrigação. Mede-se para controlar ou melhorar o de-
sempenho. Medidas têm que ser úteis, fazer sentido para orientar a gestão no dia a dia.
A medição tem que ser orientada para a melhoria do desempenho e a melhoria do desempenho tem
que ser orientada pela medição.
Preciso, sobretudo, do sistema informático perfeito para isto. Você precisa, acima de tudo, de um
bom modelo de mensuração, que permita uma boa definição específica do que é o seu desempe-
nho e, a partir daí, como mensurá-lo. Primeiro a sistemática, depois o sistema.
Sistemas informacionais são instrumentos que devem estar a serviço de uma lógica – não o con-
trário, sua lógica de definição e mensuração não pode estar a serviço de um sistema. Há muitas
soluções de sistemas (de prateleira, baratos, amigáveis e acessíveis) para sistemáticas de mensu-
ração. Lembre-se do mandamento: “não adorarás ferramentas informáticas”!
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dos com os planejados e decidir, se for o caso, por ajustes. E é aqui que entram os indicadores
de desempenho, também chamados de indicadores de excelência.
O indicador é uma forma de representação quantificável de características de produtos,
serviços ou processos, visando acompanhar e melhorar resultados ao longo do tempo. Os
indicadores informam e mensuram o alcance de objetivos, comparando o desempenho atual
com a meta definida para o indicador.
Avaliar nada mais é que medir o desempenho; e, para que isso seja possível, é necessário
a construção de modelos específicos de mensuração do desempenho, os chamados indica-
dores. Em suma:
• Modelos são um conjunto de indicadores relacionados;
• Indicadores são métricas que proporcionam informações sobre o desempenho de um
objeto (seja governo, política, programa, organização, projeto etc.), com vistas ao con-
trole, comunicação e melhoria.
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De acordo com o Guia Referencial para Medição de Desempenho e Manual para Cons-
trução de Indicadores – GESPÚBLICA, indicadores são instrumentos de gestão essenciais
nas atividades de monitoramento e avaliação das organizações, assim como seus projetos,
programas e políticas, pois permitem acompanhar o alcance das metas, identificar avanços,
melhorias de qualidade, correção de problemas, necessidades de mudança etc.
Assim sendo, pode-se dizer que os indicadores possuem, minimamente, duas funções
básicas: a primeira é descrever por meio da geração de informações o estado real dos acon-
tecimentos e o seu comportamento; a segunda é de caráter valorativo que consiste em ana-
lisar as informações presentes com base nas anteriores de forma a realizar proposições
valorativas.
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Vamos tentar visualizar esses componentes num exemplo. Utilizaremos como modelo um
indicador determinado como “ÍNDICE DE ABSENTEÍSMO”. Em gestão de pessoas, absenteís-
mo refere-se à soma dos períodos em que os empregados se encontram ausentes do traba-
lho, seja por falta, atraso ou a algum outro motivo.
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(1) Perceba que, apesar de o indicador ser algo quantificável, ele não é, necessariamente,
um valor numérico. São os seus desmembramentos que fornecerão esse valor numérico. No
entanto, quando a banca vincular o indicador como algo quantificável numericamente, tenha
isso como correto.
(2) A seleção do indicador corresponderá sempre a um objetivo pretendido.
(3) Note que a meta, utilizando-se de medidas e fórmulas, apresenta um valor numérico
pretendido, ou seja, um estado de futuro esperado. Sempre será um valor atrelado a um prazo.
(4) Verifica-se que o índice, assim como a meta, apresenta um valor numérico, mas agora
não mais ao futuro, mas sim considerando determinado momento. No nosso exemplo, o índi-
ce reflete o percentual até o momento.
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O GESPÚBLICA utilizou como modelo uma concepção de cadeia de valor que identifica
seis categorias básicas de indicadores de desempenho (chamados E’s), divididas em duas
dimensões (Resultado e Esforço):
• 1. Efetividade (dimensão do Resultado);
• 2. Eficácia (dimensão do Resultado);
• 3. Eficiência (dimensão do Resultado);
• 4. Execução (dimensão do Esforço);
• 5. Excelência (dimensão do Esforço); e
• 6. Economicidade (dimensão do Esforço).
Essas seis categorias de indicadores estão relacionadas a algum dos elementos da ca-
deia de valor, que representa a atuação da ação pública desde a obtenção dos recursos até a
geração dos impactos provenientes dos produtos/serviços.
Os elementos da cadeia de valor são:
• Insumos (inputs);
• Processos/Projetos (ações);
• Produtos/serviços (outputs); e
• Impactos (outcomes).
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Execução refere-se à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme es-
tabelecidos.
Excelência é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a reali-
zação dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade,
sendo um elemento transversal.
Economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor
ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequada-
mente os recursos financeiros e físicos.
8
JANNUZZI, P. M. Indicadores sociais na formulação e avaliação de políticas públicas. Campinas: 2005.
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Gestão de Resultados
RESUMO
Na gestão pública, a ideia do conceito de qualidade preconiza a satisfação das necessi-
dades e expectativas do usuário-cidadão.
O paradigma do cliente na gestão pública refere-se à focalização da ação do Estado
no cidadão.
Gestão por resultados:
• Formalmente, a gestão por resultados no Brasil tem início com o Plano Plurianual (PPA
2000 – 2003), denominado Avança Brasil;
• Princípios: mérito, desempenho, reconhecimento e transparência (accountability);
• A contratualização se fortalece como um importante mecanismo de efetivação da ges-
tão por resultados no setor público. Busca assegurar autonomia de gestão em troca de
compromisso prévio com resultados;
• Na gestão por resultados da Administração Pública brasileira, ganha destaque as agên-
cias executivas e as organizações sociais (OS);
• As agências executivas não são “novas entidades”, mas antigas autarquias ou funda-
ções que passam por um processo de qualificação. Pressupostos necessários para a
qualificação:
− Celebração de contrato de gestão com o respectivo ministério supervisor, que terá a
periodicidade mínima de um ano; e, cumulativamente;
− Um plano estratégico de reestruturação ou de desenvolvimento institucional em an-
damento.
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MAPA MENTAL
Contratualização: mecanismo de
efetivação da gestão por
resultados no setor público. Busca
assegurar autonomia de gestão
em troca de compromisso prévio
com resultados.
Medida: grandeza qualitativa ou
quantitativa que permite classificar as
características, resultados e
consequências dos produtos,
processos ou sistemas.
Fórmula: padrão matemático
que expressa a forma de realização
do cálculo.
Índice (número): valor de um Indicadores de gestão
Indicador em determinado momento. (componentes básicos)
Padrão de comparação: índice
arbitrário e aceitável para uma Na gestão pública, a ideia do
avaliação comparativa de padrão conceito de qualidade preconiza a
de cumprimento. satisfação das necessidades e
Meta: índice (número) orientado por expectativas do usuário-cidadão.
um indicador em relação a um padrão
de comparação a ser alcançado
O paradigma do cliente na gestão
durante certo período.
pública refere-se à focalização da
Efetividade (dimensão do Resultado) ação do Estado no cidadão. Dinamicidade: geração e
são os impactos gerados pelos incorporação das informações
produtos/serviços, processos ou sobre desempenho nos
projetos GESTÃO DE RESULTADOS
processos decisórios.
Eficácia (dimensão do Resultado) é a Abrangência: basear-se num
quantidade e qualidade de produtos e conceito amplo de desempenho que
serviços entregues ao usuário
(beneficiário direto dos produtos e englobe tanto os esforços quanto
Gestão por resultados (atributos)
serviços da organização). os resultados propostos.
Multidimensionalidade: considerar
Eficiência (dimensão do Resultado) é as múltiplas dimensões de esforço
a relação entre os produtos/serviços (processos, recursos, estruturas,
gerados (outputs) com os insumos
utilizados, relacionando o que foi sistemas informacionais e pessoas)
entregue e o que foi consumido de para alinhá-los aos resultados.
recursos, usualmente sob a forma de
custos ou produtividade.
Execução (dimensão do Esforço) Indicadores de gestão
refere-se à realização dos processos, (dimensões)
projetos e planos de ação conforme
estabelecidos.
Excelência (dimensão do Esforço) é a
conformidade a critérios e padrões de
qualidade/excelência para a realização
dos processos, atividades e projetos
na busca da melhor execução e
economicidade.
Economicidade (dimensão do Esforço)
está alinhada ao conceito de obtenção
e uso de recursos com o menor ônus
possível, dentro dos requisitos e da
quantidade exigidas pelo input,
gerindo adequadamente os recursos
financeiros e físicos.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
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Gestão de Resultados
c) a priorização de processos.
d) a importância das parcerias.
e) a aversão a riscos.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
a) insumos.
b) processos.
c) produtos.
d) impactos.
e) economicidade.
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Gestão de Resultados
QUESTÕES DE CONCURSO
011. (VUNESP/ANALISTA EM GESTÃO MUNICIPAL/PREFEITURA DE SJC/ADMINISTRAÇÃO
DE EMPRESAS/2012) Por serviço público entende-se aquele que
a) presume prévia existência de um produto estático.
b) é o produto cristalizado de uma operação humana.
c) ao ser entregue ao uso comum, o administrador extrai-lhe proveitos, independentemente
da atuação de terceiros.
d) se propõe a atender conveniências ou necessidades da coletividade em geral.
e) trata de um desempenho cujo objeto é a construção de uma obra que independe de uma
prestação de contas.
O serviço público tem em sua essência a satisfação do interesse público. Vejamos alguns
conceitos apresentados pelos doutrinadores.
De acordo com José dos Santos Carvalho Filho9, serviço público é “toda atividade prestada
pelo Estado ou por seus delegados, basicamente sob regime de direito público, com vistas à
satisfação de necessidades essenciais e secundárias da coletividade”.
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro10, serviço público é “toda atividade material que a lei atribui
ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de
satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmen-
te público”.
Já para Hely Lopes Meirelles11, “serviço público é todo aquele prestado pela Administração
ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades sociais
essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniências do Estado”.
Ainda, segundo Celso Antônio Bandeira de Mello12, “serviço público é toda atividade de ofere-
cimento de utilidade e comodidade material destinada à satisfação da coletividade em geral,
mas fruível singularmente pelos administrados, que o Estado assume como pertinente a seus
deveres e presta por si mesmo ou por quem lhe faça as vezes, sob regime de Direito Público –
portanto, consagrador de prerrogativas de supremacia e de restrições especiais –, instituído
em favor dos interesses definidos como públicos no sistema normativo”.
Letra d.
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Gestão de Resultados
TIPO DE INDICADOR DE
REFERE-SE AO AVALIA
DESEMPENHO
Efetividade Impacto Mudanças na sociedade
Qualidade dos resultados
Eficácia Resultado
para o público-alvo
Eficiência Produto/Processo/Insumo Quantidade produzida
Recursos materiais,
Economicidade Insumo/Custo
financeiros e pessoal
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Gestão de Resultados
d) formalização dos objetivos institucionais; definição dos direitos dos usuários; política tari-
fária e mecanismos de controle de resultados.
e) planejamento estratégico das ações pelo poder concedente; planos para a viabilização de
objetivos e metas; avaliação de eficiência, eficácia e efetividade.
Art. 37-A. Administração Pública direta e indireta de quaisquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo-
ralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§8º. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração
direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores
e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para órgão ou entidade,
cabendo a lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação e desempenho, direitos, e obrigações e responsabilidade
dos dirigentes.
III – a remuneração do pessoal.
Ainda, a Lei 9.637/1998 dispõe um capítulo sobre contratos de gestão. Essa Lei dispõe sobre
a qualificação de organizações sociais e do Programa Nacional de Publicização. Em seu ar-
tigo 7º cita que:
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
A gestão para resultados é uma ferramenta administrativa que, por meio de sua metodo-
logia, alinha o planejamento, a ação e o controle, promovendo a eficiência e a eficácia da
organização. É um modelo muito utilizado na administração pública, dentro do contexto da
Administração Gerencial. Para aqueles que já estudaram a gestão estratégica, a gestão para
resultados é bastante similar.
São consideradas funções da gestão por resultados:
• Definir a direção estratégica da organização – criação da missão e estabelecimento
dos objetivos estratégicos, levando em consideração a visão e os valores da organiza-
ção. Refere-se à definição do caminho que deverá ser seguido para alcançar os obje-
tivos estratégicos. É necessário mapear os processos de trabalho e escolher os indi-
cadores e as metas de desempenho que mostrarão se a organização está no caminho
planejado e, por meio de uma avaliação, o quanto de progresso foi feito na direção dos
objetivos. Os indicadores de desempenho são as manifestações mais claras do que a
organização está tentando alcançar.;
• Implementar e administrar o processo de mudança alinhado com a direção estratégica
– compromisso da organização com a ação;
• Melhorar continuamente o desempenho das atividades em andamento – garantia que
a melhoria contínua seja praticada em cada programa ou atividade da organização por
meio de planos de ação frequentemente monitorados. Um dos maiores perigos para
uma organização é a complacência operacional e organizacional. É acreditar que pouca
melhoria pode ser feita nas operações, ou mesmo uma acomodação com resultados
alcançados no passado. (HILÁRIO, 2009)13.
13
HILÁRIO, M. A. de S. Gestão por Resultados na Administração Pública. Manaus: UEA, 2009.
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Gestão de Resultados
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Gestão de Resultados
14
PACHECO, R. Contratualização de resultados no setor público: a experiência brasileira e o debate internacional. IX Con-
greso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública. Madrid: CLAD, 2004.
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Gestão de Resultados
A gestão para resultados é uma ferramenta administrativa que, por meio de sua metodo-
logia, alinha o planejamento, a ação e o controle, promovendo a eficiência e a eficácia da
organização. É um modelo muito utilizado na administração pública, dentro do contexto da
Administração Gerencial. Para aqueles que já estudaram a gestão estratégica, a gestão para
resultados é bastante similar.
São consideradas funções da gestão por resultados:
• Definir a direção estratégica da organização – criação da missão e estabelecimento
dos objetivos estratégicos, levando em consideração a visão e os valores da organiza-
ção. Refere-se à definição do caminho que deverá ser seguido para alcançar os obje-
tivos estratégicos. É necessário mapear os processos de trabalho e escolher os indi-
cadores e as metas de desempenho que mostrarão se a organização está no caminho
planejado e, por meio de uma avaliação, o quanto de progresso foi feito na direção dos
objetivos. Os indicadores de desempenho são as manifestações mais claras do que a
organização está tentando alcançar;
• Implementar e administrar o processo de mudança alinhado com a direção estratégica
– compromisso da organização com a ação;
• Melhorar continuamente o desempenho das atividades em andamento – garantia que
a melhoria contínua seja praticada em cada programa ou atividade da organização por
meio de planos de ação frequentemente monitorados. Um dos maiores perigos para
uma organização é a complacência operacional e organizacional. É acreditar que pouca
melhoria pode ser feita nas operações, ou mesmo uma acomodação com resultados
alcançados no passado. (HILÁRIO, 2009)15.
15
HILÁRIO, M. A. de S. Gestão por Resultados na Administração Pública. Manaus: UEA, 2009.
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Gestão de Resultados
d) cujo objetivo é promover alinhamento dos esforços organizacionais para alcance dos re-
sultados desejados.
e) que foi criada no âmbito da reengenharia e é utilizada no nível estratégico das organi-
zações. A IMPLEMENTAÇÃO DE UMA POLÍTICA DE GESTÃO PÚBLICA ORIENTADA PARA O
ALCANCE DE RESULTADOS É UMA TENDÊNCIA DA NOVA GESTÃO PÚBLICA (NGP), QUE NO
ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA TEM FOCO SEMELHANTE AO VERIFICA-
DO EM PROGRAMAS DE QUALIDADE E EXCELÊNCIA, CONTEMPLANDO A BUSCA DE RESUL-
TADOS. ALÉM DISSO, SUA APLICAÇÃO É DE ÂMBITO GERAL DA ORGANIZAÇÃO, NÃO APENAS
NO SEU NÍVEL DE CÚPULA.
Letra d.
(...) Existe claramente a preocupação com os mecanismos utilizados para obtenção do êxito da
ação estatal, ou seja, é preciso buscar os meios mais econômicos e viáveis, utilizando a racionali-
dade econômica que busca maximizar os resultados e minimizar os custos, ou seja, fazer o melhor
com menores custos, gastando com inteligência os recursos pagos pelo contribuinte.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
A obtenção do êxito está associado a eficácia, ou seja, atingir objetivos e buscar meios mais
econômicos e viáveis está relacionado a eficiência, ou seja, utilização mais racional dos re-
cursos, sem desperdícios.
Letra c.
e) economicidade.
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Gestão de Resultados
a) lucratividade
b) economicidade
c) isonomia
d) legalidade
e) moralidade
Estamos falando de uma organização pública! Logo, já podemos excluir a opção “lucrativida-
de” (letra A).
Isonomia (letra C), legalidade (letra D) e moralidade (letra E) são princípios da Administração
Pública; no entanto, não são aplicáveis no contexto do enunciado, já que todo o enunciado
destaca critérios de economicidade (letra B)!
Economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus
possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequadamente
os recursos financeiros e físicos. Percebe que é nisso que as práticas das ações do enunciado
querem chegar? Economicidade.
Letra b.
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Gestão de Resultados
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Gestão de Resultados
Indicadores de insumo: possuem relação direta com os recursos (humanos, materiais e fi-
nanceiros) necessários para a implementação do programa. Eles medem a disponibilidade
desses recursos antes da implementação do programa.
Indicadores de processo: indicam o andamento das atividades do programa e o esforço feito
para a obtenção dos resultados. Portanto, são medidas aferidas durante a implementação
do programa.
Indicadores de produto: medem a entrega dos produtos (bens e serviços) ao público-alvo, o
alcance das metas físicas estabelecidas para o programa. São medidas que, em geral, podem
ser aferidas no curto prazo após a implementação do programa.
Indicadores de resultado: indicam, direta ou indiretamente, os benefícios para o público-al-
vo decorrentes das ações executadas e dos produtos entregues pelo programa. Tipicamen-
te, são indicadores que aferem as consequências da implementação do programa no curto/
médio prazo.
Indicadores de impacto: são medidas de natureza abrangente e multidimensional que medem
um conjunto de ações, não podendo ser relacionadas à execução de um programa específico.
Assim, medem um conjunto de iniciativas governamentais no médio/longo prazo. Por esse
motivo, são medidas pouco usadas/úteis para a gestão de um programa específico, mesmo
que se espere que a implementação desse programa contribua de alguma forma para a alte-
ração desse tipo de indicador.
Em relação à letra E (economicidade), trata-se da classificação quanto à avaliação de de-
sempenho, com foco na avaliação dos recursos alocados e nos resultados alcançados. Se-
gundo essa classificação, os indicadores podem ser de: economicidade, eficiência, eficácia e,
efetividade.
Letra c.
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Gestão de Resultados
E2 – Eficácia:
• 2.1 Quantidade / Volume: é o nível de oferta e disponibilidade de um bem ou serviço ge-
rado por um determinado sistema (organização, programa, política pública, rede etc.).
Exemplo: Número de jovens e adultos alfabetizados; Quantidade de habitações cons-
truídas; Extensão da Malha rodoviária pavimentada;
• 2.2 Qualidade do produto / serviço: representa a adequação entre as características
dos produtos e serviços entregues, e os requisitos e necessidades dos beneficiários.
Exemplos: Qualidade percebida (Percepção/Expectativa), durabilidade, estética, Con-
fiabilidade, Tempestividade, Inovação etc.;
• 2.3 Acessibilidade e Equidade: é a capacidade de disponibilizar bens e serviços equi-
tativamente e fornecê-los de forma equânime, atendendo igualmente as necessidades
dos beneficiários e a sociedade;
• 2.4 Cobertura: corresponde à relação entre a população atendida sobre a que deveria
ser atendida com bens ou serviços públicos gerados por um determinado sistema (or-
ganização, programa, política pública, rede etc.);
• 2.5 Risco: avalia a probabilidade de um determinado sistema assegurar a entrega de
bens e serviços para determinados beneficiários e a população.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
E3 – Eficiência:
• 3.1 Custo-efetividade: relação entre os insumos para a prestação de um determinado
serviço ou elaboração de um produto e a efetividade, ou seja, entende-se pelo grau de
contribuição de um programa ou ação na consecução de metas e objetivos de impacto
fixados para reduzir as dimensões de um problema ou melhorar uma dada situação;
• 3.2 Produtividade: relação entre o nível de produção (serviços e produtos) e os recursos
utilizados, seja o capital humano, imobilizado, investimentos e o tempo;
• 3.3 Tempo: tempo decorrido entre o início e o fim de um determinado programa, projeto
ou processo. Exemplos: Tempo de ciclo, Frequência de entrega, Tempo de desenvolvi-
mento de novos bens e serviços, Desperdício etc.;
• 3.4 Custo unitário: conjunto de custos (fixos, variáveis, reais, atribuídos, específicos e
não específicos) a ser imputados a uma atividade por unidade de produto ou serviço
gerado;
• 3.5 Custo-benefício (qualidade do gasto): relação entre os dispêndios realizados por
um determinado sistema e os retornos obtidos por conta desses dispêndios, apresenta
a relação entre os insumos e os produtos gerados.
E4 – Execução:
• 4.1 Execução financeira: relação entre o volume de recursos disponibilizados pelo or-
çamento e o nível de utilização desses recursos visando atender à realização de eta-
pas e/ou atividades de um programa, projeto ou processo (finalísticos ou de suporte).
Exemplo: taxa de execução financeira;
• 4.2 Execução física: relação entre o volume de produtos previstos para serem entre-
gues pelo orçamento e o nível de entrega desses produtos, visando atender à realiza-
ção dos projetos e/ou atividades. Exemplo: taxa de execução física.
E5 – Excelência:
• 5.1 Conformidade em relação a padrões de excelência gerencial. O IAGP é um exce-
lente proxy para a medição da excelência de organizações públicas. É um indicador
composto qualitativo e quantitativo que abrange critérios como: Liderança, Estratégia
e Planos, Cidadãos, Sociedade, Informação e Conhecimento, Pessoas, Processos;
• 5.2 Conformidade: representa a adequação dos projetos, ações e processos aos pa-
drões e requisitos definidos. Exemplos: retrabalhos, erros, responsabilidade ambiental,
infraestrutura (conforto etc.), medidas e especificações, segurança (acidentes por ho-
ras trabalhadas), transparência, confidencialidade, acessibilidade, confiabilidade, ino-
vação, prazo etc.;
• 5.3 Riscos: avalia a probabilidade de ocorrência de falhas ou a entrega de produtos fora
das especificações estabelecidas nos processos ou nos programas, de modo que isso
possa provocar a insatisfação das partes envolvidas;
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Gestão de Resultados
E6 – Economicidade:
• 6.1 Quantidade de recursos: é o nível de oferta e disponibilidade de um produto ou
serviço gerado por um determinado fornecedor ou sistema (organização, programa,
política pública, setor rede etc.);
• 6.2 Qualidade dos recursos: representa a adequação entre as características dos pro-
dutos e serviços adquiridos, e os requisitos e necessidades da organização (ou Gover-
no). Exemplos: durabilidade técnica, estética, Qualidade percebida (Percepção/Expec-
tativa), Confiabilidade, Tempestividade, Inovação etc.;
• 6.3 Acessibilidade: é a capacidade de captar bens e serviço equitativamente e forne-
cê-los de forma equânime, atendendo igualmente as necessidades dos beneficiários e
a sociedade;
• 6.4 Cobertura: é a avaliação do nível de abrangência de um determinado insumo crítico
para a execução de programas, projetos, processos, sendo desta forma um insumo que
requer alta disponibilidade. Exemplo: quantidade de fornecedores de um determinado
insumo;
• 6.5 Risco: Avalia a possibilidade de ocorrência de falhas no fornecimento de recursos
para prover programas, projetos e processos. Exemplo: grau de propensão de não re-
cebimento de insumos críticos;
Logo, o custo unitário de um produto gerado, por exemplo, quilômetro de rodovia restaurada,
é uma subdimensão da eficiência (letra E).
Letra e.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
A gestão por resultados é o modelo que se preocupa, especificamente, com os resultados, que
se caracterizam pela tradução de objetivos em resultados. Ou seja, não podemos considerar
que objetivos e metas são sinônimos para resultados. Objetivos e metas alcançados é que
podem ser considerados como seus sinônimos.
Nesse sentido, suponhamos que eu tenha 3 objetivos: objetivo (A), objetivo (B) e objetivo (C),
e desses, tenho sucesso apenas no alcance do objetivo (B). Logo, meu resultado é apenas
referente a esse objetivo.
Assim, eliminamos as letras B e C, que tratam de gestão para objetivos e metas. As letras D
e E também estão incorretas, já que a gestão por resultados não se caracteriza pelo aspecto
quantitativo, mas qualitativo.
Letra a.
Entradas (inputs) é tudo aquilo que organização recebe do ambiente, justamente por não
ser uma estrutura autossuficiente. Dividem-se em recursos transformadores e recursos
transformados.
Os recursos transformadores ou de transformação são compostos por instalações (prédios,
equipamentos, tecnologia) e funcionários (pessoas que operam as instalações).
Os recursos a serem transformados são materiais, informações e consumidores.
Letra a.
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Gestão de Resultados
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Gestão de Resultados
que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. Os im-
pactos gerados referem-se à efetividade.
Letra c.
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Gestão de Resultados
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
c) eficaz, pelo cumprimento da meta proposta, o que, por si só, já pressupõe sua efetividade
e eficiência.
d) eficiente, pelo cumprimento da finalidade própria, porém não efetiva eis que reprovada pela
ação de controle.
e) efetiva, pois atingiu os legítimos anseios da sociedade, porém não eficiente, eis que não
apresentou o melhor uso econômico dos insumos empregados.
(...) o valor despendido pelo Município para a construção acabou sendo significativamente superior
ao de mercado”: logo, ineficiência!
(...) ampliado o número de unidades de habitação popular que estavam em construção, de molde a
contemplar efetivo déficit de moradias no setor”: logo, efetividade!
Letra e.
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Gestão de Resultados
Não há vedação de se celebrar contrato de gestão com as OSs. Tais entidades são privadas e
sem fins lucrativos. Os serviços serão prestados dentro de um contrato de gestão. Atividade
de fomento do Estado.
Sobre a letra B, os convênios podem ser celebrados com entidades privadas, porém, não há
remuneração paga. Esta característica é para os contratos administrativos. E ainda fica a dica
de que, atualmente, vigora a Lei 13.019, em que as entidades achar-se-ão aptas à celebração
de outros acordos como termo de colaboração e de fomento.
Sobre a letra C, os serviços, nesse caso, são industriais, e não sociais.
Sobre a letra D, não é um caso de inexigibilidade de licitação. Apesar de o rol ser exemplificati-
vo, o art. 25 não prevê a situação, e, no caso, não há inviabilidade de competição, pressuposto
da inexigibilidade.
Sobre a letra E, o contrato de gestão não é contrato administrativo em sentido estrito.
Letra a.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
Em suma, temos:
• Eficácia: “A organização alcançou o resultado pretendido?”.
• Eficiência: “A organização alcançou o resultado pretendido de modo econômico, otimi-
zando a utilização dos recursos?” (relação custo x benefício).
• Efetividade: “A organização causou algum impacto com os resultados obtidos?”.
Certo.
|
Eficiente = Uso adequado dos RECURSOS = Foco no processo.
Eficácia = RESULTADOS atingidos = Foco no FIM.
Efetividade = IMPACTO do resultado na sociedade.
Errado.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
Eficiência: é fazer de forma correta, inteligente, sem erros e atrasos e com menos recursos.
Relação: custo x benefício.
Eficácia: é fazer de forma correta, atingindo o objetivo, independentemente de eficiência. Rela-
ção: objetivo x resultado.
Efetividade: é fazer de forma correta, gerando impacto no ambiente. Relação: objetivos cum-
pridos x impacto.
Certo.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
Recordar é viver!
A eficiência é a dimensão do desempenho expressa pela relação do processo envolvido, seu
meio. Assim, possui foco interno e refere-se aos custos envolvidos.
A eficácia é a dimensão do desempenho expressa pelo alcance dos objetivos ou metas, inde-
pendentemente dos custos implicados. Possui foco externo e refere-se aos resultados.
A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os resultados al-
cançados e as transformações ocorridas. Possui foco externo e refere-se aos impactos.
Letra c.
Como vimos, a gestão por resultados consiste em monitorar os processos para verificar se os
objetivos estão sendo alcançados e em atribuir responsabilidades aos seus colaboradores,
que também participam da definição dos objetivos.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
A administração por resultados ou por objetivos é um processo pelo qual gerentes e subordi-
nados identificam objetivos comuns, definem as áreas de responsabilidade de cada um em
termos de resultados esperados e utilizam esses objetivos como guias para sua atividade.
As demais alternativas estão incorretas. Vejamos:
Sobre a letra A, a ênfase situacional faz parte da teoria da contingência, corrente que parte
do princípio de que a Administração é relativa e situacional, isto é, depende de circunstâncias
ambientais e tecnológicas da organização.
Sobre a letra B, a definição de objetivos em conjunto não necessariamente implica em orga-
nização de debates. Não há menção na literatura desse tipo de estratégia para promover a
gestão por resultados.
Sobre a letra C, como vimos, os objetivos são definidos em conjunto e as diretorias garantem
os meios e recursos para que os colaboradores possam alcançá-los. Há uma avaliação conjun-
ta dos objetivos, das tarefas e dos recursos, que podem ser redimensionados e aperfeiçoados.
Não há diretorias com a finalidade de mapear as competências e tarefas.
Sobre a letra D, essa não é uma estratégia fundamental. Pode acontecer de, na reavaliação dos
objetivos, os salários sejam reajustados como forma de incentivo, mas não é uma premissa
básica da APO e não foi mencionada na literatura.
Letra e.
O Termo de Parceria é o instrumento hábil que permite o vínculo entre o Poder Público e as en-
tidade qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, para o fomen-
to e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º da Lei n. 9.790/1999.
Veja o que dispõe o seu artigo 9º:
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
Art. 9º Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser firmado
entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Inte-
resse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a
execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei.
Na gestão por resultados o controle é a posteriori, focado nos resultados. Na burocracia o con-
trole é a priori, focado nos processos.
O modelo de gestão orientada para resultados está inserido em um contexto relacionado à
Nova Gestão Pública (administração gerencial) e preocupa-se essencialmente com a tradução
e o compartilhamento dos objetivos por toda a organização.
O foco, que antes estava nos processos e procedimentos (administração burocrática), passa
ser nos resultados (administração gerencial). Isso envolve o cliente-cidadão, além de incenti-
var a inovação nos instrumentos gerenciais, o envolvimento dos atores de todos os níveis e a
melhoria na prestação dos serviços.
Errado.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
Art. 1º Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pesso-
as jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em
funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos objetivos sociais e
normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei.
§ 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito priva-
do que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou
doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, partici-
pações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os
aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social.
§ 2º A outorga da qualificação prevista neste artigo é ato vinculado ao cumprimento dos requisitos
instituídos por esta Lei.
Perceba que para o ato de qualificação, a entidade deve atender aos preceitos da lei. Uma
vez atendidos os requisitos, o Estado não pode negar a qualificação, por ser esse um ato
vinculado.
Letra b.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gestão de Resultados
GABARITO
1. C 17. d 33. e
2. C 18. c 34. b
3. E 19. d 35. a
4. d 20. d 36. C
5. d 21. b 37. C
6. d 22. b 38. E
7. a 23. c 39. C
8. d 24. b 40. E
9. C 25. e 41. c
10. a 26. a 42. C
11. d 27. a 43. e
12. a 28. c 44. a
13. b 29. d 45. E
14. d 30. c 46. b
15. a 31. e
16. a 32. b
Adriel Sá
Professor de Direito Administrativo, Administração Geral e Administração Pública em diversos cursos
presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente,
atuando no Ministério Público Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade
Federal de Santa Catarina, com especialização em Gestão Pública. Foi militar das Forças Armadas por 11
anos, sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facilitado” e
autor da obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas
pela Editora Juspodivm.
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