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Textos

Interartes

A prática da convergencia entre varias artes numa única manifestação artística não
pode ser considerada recente, pois poetas gregos clássicos já se propunham essa
tarefa.
Lembremos, por exemplo, a célebre frase de Plutarco “a pintura é poesia muda e a
poesia é uma pintura falante”, ou, ainda, o adágio Ut pictura poesis de Horácio. A arte
sao todas as artes, diria Etienne Souriau.
As artes no contexto dos estudos interartes são atualmente encaradas como
construções culturais (construtos) passíveis de alteração, identificando-se a obra de
arte como um texto elaborado de acordo com um sistema de signos (sígnico),
evitando-se a categorização estética baseada na dicotomia belo/não belo.

Há um certo mal-estar entre cinéfilos quando se fala em “cinema digital”, como se


“digital” e “cinema” fossem antagónicos. E, na essência, talvez o sejam, mas até nas
obras mais clássicas podemos verificar a “contaminação” digital que domina no
cinema.
Por um lado, situam-se os que encaram o filme, físico, como um objeto com «valor
cultural» e sentem que a sua digitalização lhe retira a «autenticidade»; e, por outro, os
que acham que o valor do filme está na sua capacidade de «exposição», e aí
consideram que a evolução técnica que nos trouxe até aqui é apenas uma das muitas
transformações sociais impossíveis de deter.

Deslocamento histórico
As produções cinematográficas são objeto de observação de um público muito
diversificado e o tempo não transcorre como num romance
O foco (social, ...) permanece intacto, apesar da transposição de (quanto tempo?)
As temáticas que foram transcodificadas na produção fílmica
A ideologia da obra permanece intacta ou não?
As discussões são à volta dos mesmo assuntos?
Chega-se à conclusão de que, apesar das alterações inevitáveis, devido à mudança de
código semiótico, o filme

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