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CAPITULO IL NUMERAGRO Sonam : = Numeragio. — Formagio dos numeros, — Representa- ‘¢io dos mumeros, — Numeracio fallnds, — Artiicio, — Resamo, — Obscrvacdes. — Nameragio eseripla. — Artiielo, — Resamo. — “Algacismos.— Observacies. — egras para ler¢ ceerever os nn mneracio, — Systema decimal r0- ros, — Diversos systemas dem nano, — Retrospeeto historia, 45, — Aspalayras representativas dos diversos name ror nem wn lago nbn, a priaipi, entre fs o que mio foecia ineonventente algun, pore os povos womades cane eran os ds tempos primitives da hunanidade © Sas ainte hoje as trbus selvagend dos eentros da Aiea © imbia t — podem satisfazer todas as suas neces Toto eapontanco ¢ inpertto |, porsm, com a immensa revolugio que fox cin as naciies ao estado sedentario, Novas necessic eociaes surgiram, determinadas pelo appareeimento 4 anirmarrica da vida em com- mum, para attender a eujas exigencias foi 0s homens ¢ as cousas, medir 0s espacos, as supertic © tempo, ¢ regular a vida de aecdrdo com os grandes fac- 0s astronomicos ; — nao foi mais possivel manter 0 pro- ess primitive designando, por nova palavra © novo si- gnal, cada numero novamente obtido. Tornou-se, entio, indispensavel simplificar 0 processo de modo a representar todos os numeros necessarios ao homem ¢ 4 sociedade por meio da combinacao regular de ‘um pequeno numero de palayras ¢ de signaes. 16, — Numeracae — é, pois, a arte de formar c de representar os numeros. Podem haver diversos systemas de numeraciio, ditterin- do uns dos outros pelos artificios respectivamente empre- ‘gados para attingir o fim proposto. © unico systema, porém, universalmente aceito, adop- tado € usado, € 0—aystema decimal, que passamos a ‘exper. Ey NUMERAGAO % No presente capitulo a empre MR hcsens Mpregaremos sempre nesta se- " ~o segundo numero da série inteiros forma-ce pela re Primeiro, ow melhor, pela Oterceire formase pola Ou melhor, pela reuniio de tres unidaden, E assim por deante, suecessivams = Diaqui eonelue. — Os numeros formam-se pela reunido successiv oe p ecessiva de tural dos aumeros 08 eguaes ao 10 de duas unidades, Wo do segundo ao primeiro, — A série natural dos numeros inteiros 6 illtnitada ; ieee Por maior que seja um numero, & sempre pos sivel reunirthe mais una unidade formando assim outro numero ainda maior, § 2.9 — Representagio dos numeros 20. — As exigencias sociaes tornaram indispensayel, ‘como dissemos, recorrer a um artileio para representar todos os numeros necessarios ao homem o A soctedade por meio da combinacio regular de um Fimitado numero de palavras ¢ signae Como todas as idéas theoricns, a idéa fundamental da neracio originou-se da observacho de um facto pratico , qual o da rennido dos individuos em familias, sem tribus, destasem cidades, destas em naghes, ete, 4 esta indieagio pratica, procuron 9 espi- ‘grupar os mumeras em colleccdes de unidae 6 Aermanricn foram, conslilnklas de mnodo regular, tomado sempre 0 tas) de ‘mesmo numero de unidades (simp! ‘um gro qualquer para constituire! mente superior, Esse numero — invariayel em cada sy ragdo = & que, constitie @ sta res © habito de coatar pelos dedos, anterior & tentativa de eseripta, dew abase— pez — donosso ac systema de numeracio que, por isso, ¢ denominado — vr: entat. ‘24, — A representagio dos numeros pide ser feita p vor e pela escripta; donde-a distinegéo de duas sortes de numeraeio : — numerado fallada ¢ numeracdo eseripta distinecao tanto mais conveniente quanto conconta ple mente com o facto historic de terse sabido enunci ‘numerus antes de sabelos escrever. 5.3.0 — Numeracio fallada 22. — Numeragao fallada — 64 arte de enuncian todos os numeros por meio de um limitado wumere de ya Newmnvedo ” Ro |= Des unidades do qualy Orem imanediatancnte superior Assim, as des wnidadtes ji cnunciaclas, que foram consi deradas de 1. ondem aeverse-hia ter denominado ferin denon Contaranvse as unentas, desenrs, ow unidades de 2s fordem como se tinham contato as unidades simples, ou de 12 ordem, {Uma dezena anenta Seis ze Daas decenas, ou Sete dozens, our getentay ‘Trex dezenas, ow trent Dito dezenas, Quatro derenas, ow quarenta, | Nove dezenss, « Gino derenas, ow cincocats. | Der dezenas, ou centena orem formam tima de aram uma de 9° orden, «ue Je mnas que USO PRE ar desena Eos nove numeros comprehendidos entre duas deserts consecutivas foram enunciados antepondo-se, aos nomes <{os nove primeiros mumeros da série, oda mais: fraet lessag duas dezenas, dizendo = © ee « tm, dex e dows; dor ¢ tres ex © m0 “enta @ eine. ‘rota © to, trent © nove: w ANKEHOMETICA ‘on unidades de 2¢ ordem, formaram umd centena, on unidade de 3.* ondem; € ao primeiro numero desta 3. or- em de unidades deu-se a devominacio especial de — cer ‘Contaram-se as centenas do mesmo modo por que se tinham contado as unidades simples ¢ as dezenas, de wna ‘até des; © 08 noventa e nove numeros comprehendidos entre duas centenas consceutivas foram enunciados ante- pondose, aos nomes dos noventa ¢ nove primeiros nun ros da série, oda centena mais fraca, dizendo : Com @ um, com @ dots. com ¢ dex com © dezesels... cer fe trinta © treo. Gem ¢ fetenta € Oitdu- €em € noventa.... cem fe noventa e nove: ‘Dous com © wm, dows cem e dous.... dows com € dezenove..... dos ‘com ¢ triata..... dus eem ¢ eincoenta e quatro... dows cem ¢ oitenta {wm dows com ¢ noventa € no¥% ineo cem © quarenta feineo cem € yoventa nove erm #seteta ¢ noveuun- nove Gem e moventa «mo ‘Dez coms ¢ expresses que 0 uso transformou d a duzentos, trezentos, quatrocentos, enamiaN asorion setecentos, oitocentas © novecentos. E Ao numero des cem den-se a denominagao especial de NUMRRAGAO 9 ‘milhares, ow de unidades unidades, des, nas © centenas de de 2.* classe, 0 mais de palayras novecentas € no= Penta e nove mil novecentqs ¢ noventa ¢ nove unidades, Por muito tempo ficon neste ponto estacionaria a no- menelatura dos numeros, sem ¢ um non fosse introduzido para a enunciacio dos numeros superior Fes aque acabamos de enunciar; ¢ dizia-se simplesmente : = wa VENTE MIL MUL, QUINHENTOS & NOVENTA THES MHL mit, ete., ete. No seculo 167, porém, 0 celebre mathematica francez Viiv + imaginow « palayra winnio para designer stu MIL; € este numero tornou-se o typo de uma nova classe ternaria (a 3) de unidades, composta tambem, como as duas preeedentes, de centenas, dezenas ¢ unidades. Desde entao a regra tornou-se geral, ¢ mil milhdes eon stituiram a 4.* classe ternaria de unidades, que se denomi- nou bilides; do mesmo modo, mil bithies constituiram * classe, que se denominou trithdes; ¢, assim por diante, formaram-se ¢ enunciaram-se as outras classes dos quatrithies, quintithdes.... nonilhdes. E, assim, conseguiuse enunciar todos 08 numeros em- pregando limitadissimo numero de palavras ¢ termina- Z modo de designagao dos numeros nio 6 puramente cional, como géralmente se ensina; pois, tem uma ‘social no uso, espontancamente adoptado na socte- onteny, Pita, no amo de 110 aleio em Parte wo Pola tondedor da Algebra, eo clos estas Introdusia a repre= ; onto } jo @ qué fica exposto, “io fallada consiste em NUMENAGKO. a 3% Pr TIM QUE POSSAMOS, A VONTADE, LI NOS DE CENTAS IDEAS QUE coNVEM CoNsERVAR; onde resulta wos em todas as occasites, exp yra a mesma idéa, a indispensavel que, para todos om ma sempre cada pala possa ser 4 palayra tendo sentido fixo qu comprehendido prompta & geralmente. A hove, por exemplo, serve-nos, nio s6 para fazer com prehender a ontrem que, en tal lo esse numero de ‘operagies feitas para contel-os. 2G. — As duas terminacies enta e ldo foram, € certo, escolhidas arbitrariamente, pois outras poderiam ser. Houve, porém, ponderosos motivos de utilidade em formar fos nomes das diversas unidacles compostas combinando ‘6s das unidades simples com terminagdes que indicassem clara ¢ facilmente as relagées existentes entre umas ¢ foutras. Assim, a palavra trilhda, por exemplo, indica logo ‘uma élasse de unidades (res vezes. superior & classe das ‘unidades de mil; quarenia indica a colleegio de quatro dezenas. ‘ ——Demnais, & muito mais ‘commodo, em qualquer lingua, aso de palavras determinadas em parte por eértas rela- goes, do que ode palavras inteiramente arbitrarias que, Lio facilmente retidas pela memoria, nem suas signilicagdes podem ser espontancamente 40 espiito por outras palavras, ow fas. do sao. — 2 ARITHMETIC aa importancia e nceessidade indeclinavel decorren tambem da impossibilidade de dar-se @ cada numero um signal especial representative. 28. — Artiticte, — 0 artifleio adoptado foi 0 se- uinte : Para representar as nove unidades de cada ordem crea FaM-se OF nove seguintes signaes, denominados aigaris- mos: 4 3, % 5, 6 7% Be oO E, para representar as diversas ordens de unidades contidas em qualquer numero, estabelece-se 0 seguinte PRINCIPIO DE CONVENGKO : — O algarismo escripto esquerda de outro tem valor des veses maior do que o que teria si estivesse eseripto no logar desse outro. Assim, para eserever 0 numero vinte # nove, por exem- plo, que contém nove unidades ¢ duas desenas, escreverse © algarismo 9, ¢, & sua esquerda, 0 algarismo 2, que, em virtude do principio, representaré desenas, isto é, esere- ‘vesse : 99. Para a indicacio das ordens de unidades poderiam ter sido adoptados signaes especiaes, ou, entio, seguido 0 exemplo da Grecia antiga onde, representadas as unida- des pelas 9 primeiras lettras do alphabeto, as dezenas elas 9 seguintes © as centenas ainda pelas outras 9 se- nintes, — dos milhares em deante reapparvciam as mesinas lettras accentuadas ; le modo que a lettra 1, por exemplo, representava tres © essa mesma lettra. accen. tnada (7) represemtava trex mil. Da observagéu, pore, das classiticagdes socines nas ceremonias publicase solem. ccupado por cada funccionario & ‘wm dos caracteristicos da respeetiva funceio,—originow-se naturalmente a idéa de representar, nos nunoros NuMenacio 3 to 8 diversas ordens de unidades pela posigho dos RePectivos algarismos, ficando assim a numeragéo es- ¢ripta em harmonia com a fallada B, como certas ondens de unidades podem faltar, em um numero +, inventouse mais um algarismo, cha- mado 2éro, destinado a indicar, em qualquer numero eseripto, as ordens d’unidades que faltarem. Esse novo algarismo, 0 séro, consistiu a principio em lum simples ponto, mais tarde em dous pequenos tracos ‘Yertieaes jj, depois» em um circulo ©, e, finalmente, na ellipse actual 0, De'modo que, para escrever, por exemplo, 0 numero trezentos e cinco, que s6 contém centenas ¢ unidades, es- ereve-se o algarismo 5 das unidades, sua esquerda o ale garismo 0 indicativo de que faltam no numero dado as dezenas, ¢ 4 esquerda deste 0 algavismo 3 das centenas, assim : 305. E, para eserever, por exemplo, 0 numero sete milhies quinhentos ¢ oita mil seiscentos ¢ noventa— que contém nove desenas, seis centenas, oito unidades de mithar, cinco centenas de mithar © sete unidades de milhio, nao tendo, portanto, unidades simples, nem dese- nas de milhar,—esereve-se : 7508690, collocando 0 alga. rismo 0 nos logares que deveriam ser occupados, no nu @ mumero tretantn ¢ cinco nfo eontém detenas, em que fol @ ponto ‘substituido elreulo tye Cae am : to, pelos algarismas das unidades simples « das dezenas de milhar. eo. — temos que 0 artifieio da nurneraciio exer regando apenas 8, 9,0: Resumindo 0 que flea exposto, eserever todos 08 1 1° Dre anoartismos #1, 9, 35 2, Un pnincirio DE GoxvEXCAo ? =O algarisno ‘ escripto d esquerda de outro tem valor de vezes maior do que o que teria se estivesse escripto no logar desse outro. 26, — Algurixmos, — Os algarismos que represen- tam os nove primeiros m lieagio propria, ros chamam-se significations, ue teem si Assim, 9, nove unidades ; 5, cinco unidades © algarismo'0 (2ér0), por’m, chamase insignificatico porque ye, eseripto isolada- rte, signitica nda mesmo eseripte 3, tres unidades, etc. nifieaeao prop c, nada significa, nada vale. (Os algarismos significativos teem dous valoges : 1.°— 0 absoluto, que & © alo: proprio do independente do logar por elle ocenpado em qu umero eseriptos ¥ a2—0 relative, que var pelo algarismo. “a Assim, 0 valor absoluto d mesmo algarismo pide te dezenas, oito centenas, 0 Jogar que oceupar em. sito, 34. — Obwervacdes. — As dl ros, si bem exprimindo sempre ay conforme as differentes linguas NuMEMAgio a ripta, so os mesimnos para fades 08 povos moderaos Vilisados nada absolutan na mais perfefta harmonia. =A conyeniencia de serem os numeros repr : na escripta por algarismos 1, 2, 35.0 9 ¢ Serem pelas suas proprias denominagies um, dows, (res, so= move, provém da grande commodidade que resulta cs. para os ealeulos de poderem os m © modo que, individuos, que mio se entender ente fallando, eserevem do mesmo modo - meros ser assim repre= xa Sentados muito mais abreviada ¢ facilmente, =O facto de cada grupo de tres algarismos correspon- * der sempre, nos numeros escriptos, a cada uma das suc- . eessivas classes ternarias de unidades em que se decom poem os numeros —o que determina sempre a denomi- nacho de centena para o primeiro & esquerda desses tres | algarismos, a de desens para o segundo © a de unidudle ‘para o terceiro a diteita, — estabelece, como jé indicmos, ___perfeita harmonia entre a numeragao escripla © a mume- ragao fallada. ’ § 5.0 — Regras para lér e escrever os numeros. | “82. = Do systema denimeracio, que acabamos de numero compie-se de diversas classes ipaes, ow ternarias, que sio : 12—uni- Be—milhies, 4.'—bilhdes, ete.; eala de wes ovens de unidades, a © contenas, * para a direita xewenneio 2 $6.2 — Diversos aystemas de numeracio = BB. — Como dissemos (46), podem haver diversos gyste- mas de numeracio, isto &, diversos arti Sentar todos os mmeros por meio de limitado numero de signaes convencionaes; e, nio obstante achar-se 0 decimal definitivamente adoptado em todo © mando, alguns outros systemas teem attrahido a aitencio dos mathematics, © sido preconizados como prefesiveis. Qualquer que sejao systema de numeragio, funda-se Sempre no emprego de mnidades de diversas ordens, con- tendo cada uma a precedente un certo numero de vezes. } © numero de unidades ile cada ordem necessario para formar uma de ordem immediatamente superior — & que constitue a mask do systema, 0 gstema decimal, wniversalmente adoptado, tem, como ja vimos, por base des: pois, ¢ este o numero de unidades de qualquer ordem que formam uma da ordem ‘immediatamente superior. 0 systema binario teria por base dons; 0 ternario teria por base tres: 0 duodecimal, doze: 0 septimal, preconi- ado por Comte, sete; ¢ assim os demais, Em qualquer d’elles o numero dos algarismos emprega- sna numeracio’ escripta seria egual bas se numero 0.0 (2éro); assim, no systema binario, bas. n os algarismos 0 € 1 para a representacio graphica ‘os numeros; no septimal, bastariam os algaris- ! eS ey ‘duortecimal, além dos des i e xoMERAGKO 29 qne elle proprio recon tentatiy nte, © grande AuGusto Cowrs.' demonstron ‘com sua habitual precisdo, a superioridade do systema septimal, destinado — entende 0 mestre — a substituir de futuro o actual systema decimal, a despeito da resistencia que esta consteuecio — provisoria, adoptada — offerecers a semelhante transformacio que, nao obstante, se operari, gracas & pouca consistencia das construcedes puramente parciaes, sempre incapases de re- sistir & systematisacao universal, sobretula quando 0 sie- exsso deve resuliar s6 da educaedo : ea pouco depois, abandor amiversalmente Para evitar 0, inconveniente de entrar aqui em expli- ‘eagses, que no poderiam ser bem comprehendidas pelos principiantes, para quem especialmente eserevemos, jul- gamos mais acertado reservar para uma néta especial, que seri appensa ao presente trabalho, o estudo compara- tivo dos diverson systemas de numeragio propostos ¢ dos processos que permittem passar qualquer nnmero, es cripto de accorde com um delles, para outro. | 29 — Systema decimal romano 46. — Roma +, qne foi na antignidade ¢ por longos seen los o centro da civilisagio humana, exerce ainda, atraver 30 ARUTHMETICA ncia sobre as soviedades 1 a historia, decisiva int anifesta, completa ¢ sensivel, ni ids da vida social E’ assim que o imperfeito © inco meragio romano ainda hoje adoptado, em todas nagées cnltas, para a representacio graph em certos casos especiaes, como, por exemplo, a pas si dos eapitulos nas, intl mais i pleto systema de nu. nacho dos prefacios dos livros, a numer: € paragraphos, a indieagdo das datas nos edi 108 publieas, ele., ele Diahi a necessidade de consagrarthe, ainda que summa. neste logar. mente, algudnas lr Osrsreaa nomano — si bem que decimal, pois netic des unidades de quatguer ordem valem uma da ordem im ma. tedidiamente superior — dispie apenas, para a eseripta © dos numeros, de: x 12 Sere siaxans, eseolhidos entre as proprias lettras Ao alptabeto, € S40: 1, VX, C.D eM, representannly respectivamenté 08 seguintes nameros ¢ algari 10, 50, 100, 500 € 10003 24 A Segnintc COxveGio : — Alettra, escripta d es- querda da letira ¥, on da lettra X, diminue dade os valores que estas representam: — a lettra X, es: eripta d exquerda da tettea 1, ov da lettra C, dim que estas represent pla d eaquents da lettra D, on da inne de um eentens os valores que estas e de lettra My representam, Oy numeros 2 ¢ 3 si0 representados pelt mesma tettra | repetida dais e tres veres;s © 08 numeros 6, 7 ¢ 8 siv r presentados pela letten V seguida de wm, dous v tres 1; slo modo que as unidades simples se escrevem do seguinte odo + Nonenacko an 1,1, U1, 1, V, VI, VIE, VII © IX. Analogamente, as dezenas sio representadas pelos se- guintes signaes : XXX, XNX, NL, 1, LX, 13 © 08 numeros iprehendidos entre duas dezenas conse- cutivas siio representados escrevendo-se o signal represen Atativo da dezena mais traca d equerda dos signaes repre- * sentativos dos noye primeiros mumeros. Exemplos : XIV, quatorse; Ill, trinta e vito; XLY, quarenta ¢ cineo: XCIX, noventa ¢ nove. Analogamente, tamhem, as centenas sin representadas | pelos seguintes siguaes : G, CC, CCG, CD, D, DC, DEC, DECC'e EM; «05 numeros comprehendids entre das eBtenas eons cutivas sio representados eserevendo-se 0 signal: sentative da ceatena mais fraca d esguerda ¢ Paes representativos dos 99 primeiros mumeros, * “Bxeniploa: CDXIV,, atrecenonatorsezDECXCYTy. € setecentos © noventa e oito; CNNUV, auverentos-e qua. rent e quatro. oe Para eserever os nnmeros maiores que mil (1000), conse erase este numero como uma nova uidade prineipal, ¢ ‘escrevemse 08 milhares da mesmo modo que as unidades ln 18 classe ternaria (unkades,dezenas © eentenas) com ec a eal ae o nu NUMERACKO. 8 Metos em classes sextenarias, como indica 0 seguinte quaitro extrahido do sen proprio livro oe vaton Primus. | Unitates | Septimes | sities Secundus} Decades. | Ostavus | eats mitons Tertius. | Centennes. | Nonus. | Gentennes miltiones. Quartus, | Decianes, «| its mitones Quintus | Decades mitlia, | Undecimus.| Decades mits mitir Sextus. | Centennssmillia.| Duodecimus] Gentennes mia iltiones ‘Treziemus... Biliones. ‘Semethante systema foi, porém, logo abandonadlo, sendo desde entéo adoptada a divisio dos numeros compostos em classes ternirias de unidues, milhares, milhdes, bi- Uses, trithdes, ele. Quanto aos algarismos de que Gra nos servimos, sua adopedo em numero de des, inclusive 0 zéro, enti repre- Sentado por © on por ©, data do 12.” seculo (1100); mas, ‘$6 no 15.° seculo ficow definitivamente fixada a forma que ainda hoje teem. ‘Antes da invencio do 2éro, empregava-se, na eseripta, ‘dos numeros, um proceso especial, conhecido pela deno- ‘minacao de abacus, ¢ que, eonforme expor Borcto ' na sua 1 — Boec10, philoso mathematien, Aloresen em fas do 5. ytaciplos do ‘em 52, estrangulldo, na prio em que o mandra en= ‘eometria, consistia em wan quad , encimada cada uma pela indieact tava escrever, em linha heal, nas respectivas columnas. Assim, S07» Deste modo esereveran-se 6s numeros, porn abacus, até 0 11." seeulo, Em prin indicagdes que encimavam as columnas do abacs, me feigoamento este que se ignora a quem seja_ dev ‘A mesina idéa que presidiu « invenedo do abacus « contra-se, como pondéra © sabi a NUMEMAGAO 35 Ban, machina de contar de muito remota invengio asia- fea importada na Russia pelos Mongées, ¢ que con: de condées representando, como as co- Tummas vertieaes do abacus, as diversas ordens de uni- dades. Quer um, quer outro desses dous processos primitivos de contar — a arithmetica figurada (signaes escriptos do abacus) © a arithmetica palpavel (cordées do snan-pan) — conduz ao valor de posicdo, ou relativo, reduzindo a nume- ragio a nove algarismos | Demais, os recentes traballios dos ovientalistas moder ‘nos tem evidenciado’o pouca fandamento da opiniio que Pretende attribuir aos povos antigos da India a origem dos algarismos representatives dos numeros, importados depois no Occidente europen pelos arabes. Em meio, portanto, das incertezas que involvem as ori ‘gens dos systemas de numeracao, 0 que parece mais pro- vavel & que — como pondérao mesmo sabio pensador — «0 sentimento de analogas necessidades tenha feito nascer separadamente identicas combinagdes de idéas em povos de racas differentes. » ‘de 180, Depa de lngas © pennsasexctrsies sientifeas por varias vegies do lobo terresro, entre as ques o Brazile aviscadas asconsias ao ral altos dee rmtanhas afmadas da Korps da Cabin, publ portant anas obras, do mais elevad valor sini, avltands, entre tal, por seu conjuncto philosophico e fnesgotavel riquera de informa;iios utels « | CAPITULO IIL 4 oe , WEAS E DEFINIGOES GERARS DE LOGICA % Sonam s— Aptidsa ianata so espirito h emma, post ‘de numero, sua formar no es Atos valowes. BS. — A Intelligencia humana possue a propriedade © primordial de reeonhecer qneam objecto, facto, cousa, ou & semelhante or hante a outro objeeto, facto, cousa, on idéas © 6 nessa aplidio innata ao espirite mano que se basta a logiea, isto €, o poder que temo espi- ‘rito humano de, partindo dos dados simples fornecidos intuigsio © pela conseiencia, elevarse av conheci= e -miais desinvolvidas. meio do qual Sonata cn i wilas 1 INIGORS GRAES DE Locte: A syxtumst &, pois, 0 complemento indispensae: ANALYSE; € esta ¢ a base indispensavel daguella. Por sua propria natureza, objecting, isto 6, referen objectos, factos, cousas on ideas provententes Sensagées; © aquella aro, subjectiva, isto 6, tefetente a concepeses do proprio espiito. 40. — Hens simptes © abstrnetas. — As idéas ‘que nio podem ser decompostas, nem detinidas portanto, sto designailas pela denominacio geral de idéas simples, © comprehendem dous grupos :— 0 das que sio ada ida pelos nossos 8 sentidos, como as das eden, dos sons, of chiro, do frio, do calor, da eletricidade, ete ete a que se formam por abstracedo, e que sin as idéas Por exemplo, a da extensdo, a do espaca, ete. Ifa Anstitacra — ¢, portanto, a por meio da qual considera 0 espirito humano, em um objecto qualquer, uma ou algumas simente de suas propriedades, desprezadas as demais. Assim, si observarmos civersos cajueiros, notare- mos logo que todos teem folhas da mesina ear & firma, frnetos do mesmo gosto e cheiro, ete, ¢ formaremos a idéa de eajueciro, que j importa una absteaceio, por quanto ado ha na matareza arvore alguma que seja 0 cajeiro em ‘geral, mas apenas taes € taes eajueiros em particular Si compararmos, em seguida, um cajneiro com un cam- ao por exemplo, notaremos qne ambos teem egual- raises, troncos, gallos, fills, fructos, ete., ¢ for= entdo a idéa de arvore, mais absteacta ja que a Da comparacéio duma arvore © Cuma pedra, ‘SB DEVINIGORS GRRAES DE LOG mais complicadas ¢ difficeis de serem descobertas quan mais complicados ¢ menos geraes sho elles. Assim, as leis naturaes que presidem o desinvolvimento dos phenomenos Sociaes sio mais complicadas e difliceis de serem determ nadas que as que regulam os phenomenos vitaes ; estas ‘tio mais complicadas que as relativas aos phenomenos ¢h micos: estas, mais que as relativas aos phenomenos phy- sicos; estas, mais que as relativas aos phenomenos astro- nomicos; e estas, finalmente, mais que as relativas aos phe- homenos mathematicos, as quaes formam, portanto, © pr meiro grupo nessa grande eseala de phenomenos naturaes, As sciencias que estudam esses 6 grupos de phenomenos natures succedem-se, pois, em ordem de complicacdo cres- cente © generalidade deerescente; sendo a mathematica a mais simples © mais geral, seguindo-se a astronomia, a Physica, a chimica, a biologia e, finalmente, « sociologia. 42. — Philosophia positiva. — 0 conjuncto destas 6 sciencias constitue a philosophia positioa que fornece a0 espirité humano a verdadeira concepedo do universo, ba seada nas proprias leis naturaés immutaveis que vegalam @ variagio de todos 0s phenomenos, desde os mais sim- ples € geraes da geometria liaear até os mais complica- dos ¢ expeciaes da drnamica social, que estuda as leis da evolucdo social da humanidade, Assim, as sciencias positivas, deside a mathematica até forca geral, new ra deste grant da naa se asea nos TIAS F DEVINIGORS GERAKS DH LOGICA 4 Ractoctn! processo intellectual por meio do qual o espirito tumano, tigando, de semelhauca em semethanca, 0 objecto desconhecido ao conhiecido, ehega 4 @ assentir em uma proposicio reconhecendo-a res de ontra, ou outras, jd anteviormente aeceitas como ver- dadeiras. 45. — Proposicae — é 0 enciado de um juizo, Assim, quando, por meio do raci GE o mesmo que 2 veunidos a 2, 46. — Conetuir — ‘uma proposigdo se acha de outras jé acccitas como verda- deiras © denominadas premissas. 47. — Axtoma — 6 a proposicio evidente por si © mesma, ou melhor, enja verdade adquitimos por meio de tumna observacio ldo espontanca que nio sabemos precisar 4 épochia em que a fizemos. Exemplos :— o todo é maior que qualquer de suas partes, — a linha recta é 0 mais ‘eurto caminho entre dous pontos, ete., ete. 48.— Theovema — 6 a proposigio de cuja verdade 6 nos convencemos por meio dum racivcinio, ‘chamado, neste easo, demonstracdo, Em qualquer theorema hat sempre a hy-pothese, consti- Amida pelas premissas, © a these, constituida pela conclusic 49. — Lemma — & 0 theorema ja demonstrado que serve de base a demonstragao de outro, ou outros, —Postulade — 6 a proposicio admittida como or causa da diflieuklade de demonstrala satis. = 6a proposigsio enja verdade de- duns theorema demonstrado, — & a observagio indispensavel 4 com doutrina — : Sh DEPINIGORS GRRAES DE LOGICA 6 5.8.0 — A nogao de numero 53. — A nogio de numero foi a primeira abstraccio a que clevowse o espirito hu BS. — Abstracedo — 6, como jil vimos, 0 processo logic por meio do qual o espirito humano, afastando as Aiffereneas que separam cousas on {actos observados, 0s considera apenas pelo que teem de commun, © primeiro grio da abstraccie consiste na considera: ‘cao das propriedades abstractas, isto é que teem um cara ‘ter commum a certos séres ¢ que em nem um outro se ‘eontram; como, por exemplo, a daresa, a elasticidade, 0 ‘estado liquido, 0 magnetismo, ocalor, 1 sonoridade, ee. ‘A idéa abstracta de tacs propriedades nos permite con- ceber os phenomenos independentemente dos séres parti- ‘eulares em que ellas se manifestam ; assim, depois de adquiriemos a idéa abstracta de calor, facilmente concebe- mos todos 0s phenomenos calorificos sem referil-os a um corpo determinado, © segundo grio da abstraceio consiste na consideracin _ das leis abstractas a que estio sugeitos, como ja vimos, torlos os phenomenos naturaes, leis que as seiencias posi« tivas exprimem por meio de firmulas claras © precisas. 89. — Observando, entre individuos isolados, certas + grupou-os instinetivamente 0 espirito humano ‘denominacdes communs de homens, passaros, - eavallos, ete. Depois, a observacao de diversos pee ee fete., reunidos no

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