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Índice

1. Documentos oficiais
1. Introdução 4 5. Desenvolvimento do programa
2. Finalidades e objetivos 4 de Física A 10.º Ano 6
3. Organização e conteúdos 5 6. Avaliação 12
4. Orientações gerais 5 7. Metas curriculares 13

2. Gestão dos tempos letivos


1. Gestão dos tempos letivos para 3. Distribuição dos conteúdos e
o semestre 21 metas curriculares por aulas 23
2. Gestão de tempo, metodologias de
avaliação e material para o semestre
de Física 22

3. Exploração dos resultados das


Atividades Laboratoriais (AL)
AL 1.1 Movimento num plano inclinado: AL 2.1 Características de uma pilha 70
variação da energia cinética e AL 3.1 Radiação e potência elétrica
distância percorrida 47 de um painel fotovoltaico 78
AL 1.2 Movimento vertical de queda e AL 3.2 Capacidade térmica mássica 82
ressalto de uma bola: transforma-
AL 3.3 Balanço energético num sistema
ções e transferências de energia 60
termodinâmico 88

4. Textos de extensão sobre


tópicos do programa
Forças de sustentação aerodinâmica 93 Benjamin Thompson e a teoria do calórico 115
Semicondutores 97 Joule e o equivalente mecânico do calor 118
O Prémio Nobel da Física de 2014 «O LED Painéis fotovoltaicos no espaço
azul – Enchendo o Mundo com uma nova luz» 104 interplanetário 122
Visão das Cores – um acidente genético Quando o «quente» e o «frio» estão à
conveniente 108 mesma temperatura… 124
Que lâmpadas escolher? 111
Índice

5. Sugestões de temas para




trabalhos de pesquisa 127

6. Material de apoio


à gestão escolar
1. Gestão mensal 129 6. Grelha de correção de relatório 134
2. Gestão semanal 130 Exemplificação para a AL 1.1 135
3. Gestão de turnos 131 7. Grelha de correção de testes 136
4. Grelha de registos diários 132 8. Avaliação do trabalho de grupo 137
5. Grelha de observação do desempenho 9. Ficha de autoavaliação 138
laboratorial/observação direta 133

7. Testes


Teste diagnóstico 141 Teste prático 1 – Energia e movimentos 170


Correção do teste diagnóstico 145 Resolução do teste prático 1 – Energia
Teste 1 – Energia e movimentos 146 e movimentos 172
Resolução do teste 1 – Energia Teste prático 2 – Energia e fenómenos
e movimentos 150 elétricos 174
Teste 2 – Energia e fenómenos elétricos 154 Resolução do teste prático 2 – Energia
e fenómenos elétricos 176
Resolução do teste sobre energia
e fenómenos elétricos 158 Teste prático 3 – Energia, fenómenos
térmicos e radiação 178
Teste 3 – Energia, fenómenos térmicos
e radiação 162 Resolução do teste prático 3 – Energia,
fenómenos térmicos e radiação 182
Resolução do teste 3 – Energia,
fenómenos térmicos e radiação 166

8. Atividades extracurriculares
 185

9. Referências
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1. Referências bibliográficas 187 2. Referências web 188

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1.
OFICIAIS
DOCUMENTOS
Documentos oficiais

1. Introdução
De acordo com a Portaria n.º 243/2012, de 10 de agosto, a disciplina de Física e Química A faz parte
da componente específica do Curso científico-humanístico de Ciências e Tecnologias. É uma disciplina
bienal (10.º e 11.º ano) que dá continuidade à disciplina de Físico-Química (Ciências Físico-Químicas) do
Ensino Básico (7.º, 8.º e 9.º anos) e constitui precedência em relação às disciplinas de Física e de Química
do 12.º ano.
O Programa desta disciplina está elaborado atendendo a uma carga letiva semanal mínima de 315
minutos (90+90+135), sendo a aula de maior duração dedicada a atividades práticas e laboratoriais. Nesta
aula, com a duração máxima de 135 minutos, a turma deve funcionar desdobrada. Cada uma das componen-
tes, Física e Química, é lecionada em metade do ano letivo. No 10.º ano inicia-se com a componente de
Química e no 11.º ano com a componente de Física.

2. Finalidades e objetivos
A componente de Física, a disciplina «visa proporcionar formação científica consistente no domínio do
respetivo curso» (Portaria n.º 243/2012). As finalidades desta disciplina são:
• Proporcionar aos alunos uma base sólida de capacidades e de conhecimentos da Física e dos valores
da ciência, que lhes permitam distinguir alegações científicas de não científicas, especular e envolver-se
em comunicações de e sobre ciência, questionar e investigar, extraindo conclusões e tomando decisões,
em bases científicas, procurando sempre um maior bem-estar social.
• Promover o reconhecimento da importância da Física na compreensão do mundo natural e na descri-
ção, explicação e previsão dos seus múltiplos fenómenos, assim como no desenvolvimento tecnológico
e na qualidade de vida dos cidadãos em sociedade.
• Contribuir para o aumento do conhecimento científico necessário ao prosseguimento de estudos e para
uma escolha fundamentada da área desses estudos.
Para atingir estas finalidades, definem-se os seguintes objetivos gerais:
• Consolidar, aprofundar e ampliar conhecimentos através da compreensão de conceitos, leis e teorias
que descrevem, explicam e preveem fenómenos assim como fundamentam aplicações.
• Desenvolver hábitos e capacidades inerentes ao trabalho científico: observação, pesquisa de informação,
experimentação, abstração, generalização, previsão, espírito crítico, resolução de problemas e comuni-
cação de ideias e resultados nas formas escrita e oral.
• Desenvolver as capacidades de reconhecer, interpretar e produzir representações variadas da informa-
ção científica e do resultado das aprendizagens: relatórios, esquemas e diagramas, gráficos, tabelas,
equações, modelos e simulações computacionais.
• Destacar o modo como o conhecimento científico é construído, validado e transmitido pela comunidade
científica.
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3. Organização e conteúdos
Os conteúdos estão organizados por domínios e subdomínios que são considerados estruturantes para
a formação científica e prosseguimento de estudos, permitindo a consolidação, aprofundamento e extensão
dos estudos realizados no 3.º ciclo do Ensino Básico.
O quadro seguinte mostra a organização dos domínios e subdomínios da componente de Física dos 10.º
e 11.º anos de escolaridade.

DOMÍNIOS SUBDOMÍNIOS
10.º ano
Energia e movimentos
Energia e sua conservação Energia e fenómenos elétricos
Energia, fenómenos térmicos e radiação
11.º ano
Tempo, posição e velocidade
Mecânica Interações e seus efeitos
Forças e movimentos
Sinais e ondas
Ondas e eletromagnetismo Eletromagnetismo
Ondas eletromagnéticas

A terminologia usada tem por base o Sistema Internacional (SI), cujas condições e normas de utilização
em Portugal constam do Decreto-Lei n.º 128/2010, de 3 de dezembro. Outros aspetos de terminologia e
definições seguiram recomendações de entidades internacionais, como a União Internacional de Química
Pura e Aplicada (IUPAC), ou nacionais, como o Instituto Português da Qualidade (IPQ).

4. Orientações gerais
O ministério sugere que, atendendo ao impacto que os conhecimentos da Física e da Química, e das
suas aplicações, têm na compreensão do mundo natural e na vida dos seres humanos, a abordagem dos con-
ceitos científicos parta, sempre que possível e adequado, de situações variadas que sejam motivadoras como,
por exemplo, casos da vida quotidiana, avanços recentes da ciência e da tecnologia, contextos culturais onde
a ciência se insira, episódios da história da ciência entre outras situações socialmente relevantes. A escolha
desses contextos por parte do professor deve ter em conta as condições particulares de cada turma e escola.
Tal opção não só reforçará a motivação dos alunos pela aprendizagem mas também permitirá uma mais fácil
concretização de aspetos formais mais abstratos das ciências em causa. Em particular, a invocação de situações
da história da ciência permite compreender o modo como ela foi sendo construída.
O desempenho do aluno também deve ser revelado na familiarização com métodos próprios do trabalho
científico, incluindo a adoção de atitudes adequadas face às tarefas propostas, devendo a realização de traba-
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lho prático-laboratorial constituir um meio privilegiado para a aquisição desses métodos e desenvolvimento
dessas atitudes.

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O ensino da Física e Química A deve permitir que os alunos se envolvam em diferentes atividades de
sala de aula, incluindo a resolução de exercícios e de problemas, de modo que desenvolvam a compreensão
dos conceitos, leis e teorias, interiorizando processos científicos.
Na resolução de exercícios de aplicação e problemas, os alunos devem também desenvolver as capacida-
des de interpretação das informações fornecidas, de reflexão sobre elas e de estabelecimento de metodologias
adequadas para alcançar boas soluções.
As atividades de demonstração, efetuadas pelo professor, recorrendo a materiais de laboratório ou comuns,
com ou sem aquisição automática de dados, constituem uma forte motivação para introduzir certos conteú-
dos científicos ao mesmo tempo que facilitam a respetiva interpretação. Também o recurso a filmes, anima-
ções ou simulações computacionais pode ajudar à compreensão de conceitos, leis e teorias mais abstratas.
Esta disciplina, pela sua própria natureza, recorre frequentemente a conhecimentos e métodos matemá-
ticos. Alguns alunos poderão ter dificuldades na interpretação de relações quantitativas entre grandezas
físico-químicas, incluindo a construção de modelos de base matemática na componente laboratorial, ou na
resolução de problemas quantitativos por via analítica, devendo o professor desenvolver estratégias que visem
a superação das dificuldades detetadas. O recurso a calculadoras gráficas (ou a tablets, ou a laptops) ajudará a
ultrapassar alguns desses constrangimentos, cabendo ao professor, quando necessário, introduzir os procedi-
mentos de boa utilização desses equipamentos.
Os alunos devem ser incentivados a trabalhar em grupo, designadamente na realização das atividades
laboratoriais. O trabalho em grupo deve permitir uma efetiva colaboração entre os seus membros, mas, ao
mesmo tempo que aumenta o espírito de entreajuda, desenvolver também hábitos de trabalho e a autonomia
em cada um deles.
Os alunos devem igualmente ser incentivados a investigar e a refletir, comunicando as suas aprendizagens
oralmente e por escrito. Devem, no seu discurso, usar vocabulário científico próprio da disciplina e evidenciar
um modo de pensar científico, ou seja, fundamentado em conceitos, leis e teorias científicas.

5. Desenvolvimento do programa de Física A 10.º Ano


A componente de Física de 10.º ano contempla o domínio «Energia e sua conservação», abordando-se
as suas manifestações em sistemas mecânicos, elétricos e termodinâmicos. No estudo dos sistemas mecânicos
aborda-se, de um modo não formal, o conceito de centro de massa, limitando o estudo a sistemas redutíveis
a uma partícula (centro de massa). Este subdomínio introduz conceitos necessários ao estudo de sistemas
mecânicos, cujo aprofundamento se fará no 11.º ano, e constitui pré-requisito para a abordagem de subdo-
mínios posteriores. O estudo de sistemas elétricos permite consolidar aprendizagens anteriores e é um pré-
-requisito para trabalhos laboratoriais posteriores e para o estudo da indução eletromagnética no 11.º ano.
O estudo de sistemas termodinâmicos permite alargar conhecimentos, estabelecendo a ligação com o sub-
domínio anterior através do conceito de radiação e do seu aproveitamento para a produção de corrente
elétrica.
Apresentam-se a sequência de conteúdos, os objetivos gerais, algumas orientações e sugestões e uma
previsão da distribuição por tempos letivos. As atividades laboratoriais (designadas por AL) surgem identi-
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ficadas nos respetivos subdomínios.

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Subdomínio 1 – Energia e movimentos (15 aulas previstas)


Conteúdos
• Energia cinética e energia potencial; energia interna
• Sistema mecânico; sistema redutível a uma partícula (centro de massa)
• O trabalho como medida da energia transferida por ação de forças; trabalho realizado por forças cons-
tantes
• Teorema da Energia Cinética
• Forças conservativas e não conservativas; o peso como força conservativa; trabalho realizado pelo peso
e variação da energia potencial gravítica
• Energia mecânica e conservação da energia mecânica
• Forças não conservativas e variação da energia mecânica
• Potência
• Conservação de energia, dissipação de energia e rendimento
• AL 1.1 Movimento num plano inclinado: variação da energia cinética e distância percorrida
• AL 1.2 Movimento vertical de queda e ressalto de uma bola: transformações e transferências de energia

Orientações e sugestões
Num sistema mecânico apenas com movimento de translação, o aluno deve indicar, sem justificar, que
ele se pode reduzir ao estudo de uma partícula, com a massa do sistema, a que se dá o nome de centro de
massa. Não se pretende uma definição formal de centro de massa.
Devem ser abordadas apenas situações em que o peso de um corpo possa ser considerado constante, isto
é, as dimensões da região em que o corpo se move devem ser muito menores do que o raio da Terra.
Os contextos podem incluir situações que envolvam meios de transporte e movimentos de corpos (por
exemplo, corpos no ar com força de resistência do ar desprezável e não desprezável, corpos apoiados em
superfícies horizontais ou inclinadas, corpos em calhas curvilíneas ou em montanhas-russas, elevadores,
pêndulo gravítico simples, etc.).

Subdomínio 2 – Energia e fenómenos elétricos (9 aulas previstas)


Conteúdos
• Grandezas elétricas: corrente elétrica, diferença de potencial elétrico e resistência elétrica
• Corrente contínua e corrente alternada
• Resistência de condutores filiformes; resistividade e variação da resistividade com a temperatura
• Efeito Joule
• Geradores de corrente contínua: força eletromotriz e resistência interna; curva característica
• Associações em série e em paralelo: diferença de potencial elétrico e corrente elétrica
• Conservação da energia em circuitos elétricos; potência elétrica
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• AL 2.1 Características de uma pilha

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Orientações e sugestões
Os significados das grandezas corrente elétrica, em regime estacionário, e de diferença de potencial
elétrico, abordados no ensino básico, devem ser revisitados interpretando as respetivas expressões matemá-
ticas sem, contudo, estas constituírem objeto de resolução de exercícios.
A dependência da resistividade dos materiais com a temperatura deve ser analisada sem recorrer a quais-
quer expressões ou modelos teóricos, privilegiando a interpretação de informação (em texto, tabelas ou
gráficos) e as aplicações dessa dependência.
A abordagem das associações de resistências em série ou em paralelo, limitada ao máximo de três resis-
tências, deve focar-se na análise e interpretação das diferenças de potencial elétrico e das correntes elétricas,
sem se proceder ao cálculo de resistências equivalentes.
Como a energia elétrica e as suas diversas aplicações são vitais na sociedade atual, na abordagem dos
conceitos pode recorrer-se a contextos como, por exemplo, os da iluminação, aquecimento, alimentação de
dispositivos elétricos móveis ou medição de temperaturas.

Subdomínio 3 – Energia, fenómenos térmicos e radiação (15 aulas previstas)


Conteúdos
• Sistema, fronteira e vizinhança; sistema isolado; sistema termodinâmico
• Temperatura, equilíbrio térmico e escalas de temperatura
• O calor como medida da energia transferida espontaneamente entre sistemas a diferentes temperaturas
• Radiação e irradiância
• Mecanismos de transferência de energia por calor em sólidos e fluidos: condução e convecção
• Condução térmica e condutividade térmica
• Capacidade térmica mássica
• Variação de entalpia de fusão e de vaporização
• Primeira Lei da Termodinâmica: transferências de energia e conservação da energia
• Segunda Lei da Termodinâmica: degradação da energia e rendimento
• AL 3.1 Radiação e potência elétrica de um painel fotovoltaico
• AL 3.2 Capacidade térmica mássica
• AL 3.3 Balanço energético num sistema termodinâmico

Orientações e sugestões
Na apresentação das experiências de Benjamin Thompson e de Joule deve mostrar-se como é que se
reconheceu e comprovou que o calor era energia, apontando as razões que levaram Thompson a concluir que
o calor não poderia ser uma substância (o calórico), mas sim uma energia. Na experiência de Joule, interpre-
tar o aumento de energia interna como resultado do trabalho realizado sobre o sistema e concluir que esse
aumento de energia interna poderia ser obtido por absorção de energia por calor.
Para exemplificar o aumento da energia interna por realização de trabalho, pode usar-se um tubo de
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cartão, com esferas de chumbo no seu interior e as extremidades tapadas com rolhas de cortiça, que será
invertido repetidamente na vertical; as medidas da massa das esferas, da altura do tubo e das temperaturas

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das esferas, antes e após um certo número de inversões, permitirão calcular o trabalho do peso e a variação
de energia interna.
A componente laboratorial deve reforçar as aprendizagens relativas ao subdomínio anterior.
Na abordagem da Segunda Lei da Termodinâmica deve recorrer-se a exemplos que mostrem que as
máquinas funcionam sempre com dissipação de energia, não utilizando toda a energia disponível na realiza-
ção de trabalho. Deve destacar-se também que ocorre diminuição da energia útil nos mais diversos processos
naturais e que este é o critério que determina o sentido em que evoluem esses processos. Não se deve intro-
duzir o conceito de entropia na formulação da Segunda Lei da Termodinâmica.

Trabalho prático-laboratorial
Dada a natureza experimental da Física, há atividades de caráter prático e laboratorial, para serem
desenvolvidas em tempos de maior duração e com a turma desdobrada.
O trabalho prático-laboratorial é entendido como todo o trabalho realizado pelos alunos (resolução de
problemas, atividades de pesquisa e de comunicação, atividades com ou sem recurso a material de laborató-
rio com controlo de variáveis).
As atividades laboratoriais devem ser enquadradas com os respetivos conteúdos teóricos. A sua planifi-
cação deve ser realizada com cuidado, procurando clarificar o tema, discutir ideias prévias dos alunos e
identificar as grandezas a medir e as condições a respeitar, de modo que os trabalhos possam decorrer com
o ritmo adequado.
Na realização destas atividades os alunos devem identificar possíveis erros aleatórios e sistemáticos e
devem ter em atenção o alcance e a sensibilidade dos instrumentos de medida, indicar a incerteza associada
à escala utilizada do instrumento e apresentar as medidas com um número correto de algarismos significa-
tivos. Nas medições diretas, conseguidas com uma única medição, o resultado da medida deve vir afetado da
incerteza associada à escala do instrumento de medida (incerteza absoluta de leitura). Sempre que possível,
uma medição direta deve ser efetuada recorrendo a uma série de medições nas mesmas condições. Neste caso,
o aluno deve proceder do seguinte modo:
• determinar o valor mais provável da grandeza a medir (média aritmética dos valores das medições);
• determinar a incerteza absoluta de leitura;
• determinar o desvio de cada medição;
• determinar a incerteza absoluta de observação (desvio absoluto máximo);
• tomar para incerteza absoluta a maior das incertezas anteriores (de leitura ou de observação);
• determinar a incerteza relativa em relação à média, exprimindo-a em percentagem (desvio percentual)
e associá-la à precisão das medidas;
• exprimir o resultado da medição direta em função do valor mais provável e da incerteza absoluta ou
da incerteza relativa.
Os alunos devem estar familiarizados com o cálculo da incerteza absoluta de medições diretas e reco-
nhecer que a precisão das medidas é mais intuitiva quando se exprime a incerteza relativa. Devem determi-
nar o erro relativo, em percentagem (erro percentual), de uma medida que possa ser comparada com valores
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tabelados ou previstos teoricamente e interpretar o seu valor, associando-o à exatidão da medida. Deve-se
sensibilizar os alunos para o facto de a incerteza nas medições diretas se transmitir às medições indiretas,
mas não se exige o respetivo cálculo.

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Certas atividades requerem o traçado de gráficos e de retas de ajuste aos dados experimentais, pelo que
os alunos devem, nesses casos, recorrer à calculadora gráfica (ou equivalente).
Os conceitos relativos ao tratamento de dados devem ser introduzidos de modo faseado, ao longo das
atividades laboratoriais, e de acordo com as metas estabelecidas para cada uma delas.
As atividades laboratoriais têm de ser feitas, obrigatoriamente, pelos alunos em trabalho de grupo.
Alguns aspetos relativos à segurança na realização de atividades laboratoriais fazem parte da formação
dos alunos e, por isso, as atividades propostas incluem oportunidades para aprenderem a lidar com riscos
associados a técnicas de utilização de equipamentos e reagentes.
A segurança deve ser uma preocupação constante, pressupondo-se o cumprimento de regras gerais de
conduta no laboratório. Outros aspetos mais específicos devem ser integrados de um modo progressivo, o
que se traduz pela definição de metas específicas e transversais relacionadas com a segurança, que são alcan-
çáveis em diferentes trabalhos laboratoriais.
Apresenta-se nos quadros seguintes uma súmula das atividades laboratoriais e algumas sugestões. Podem
ser utilizados outros procedimentos desde que se atinjam as metas definidas.

Subdomínio 1 – Energia e movimentos (2 AL previstas)


AL 1.1 Movimento num plano inclinado: variação da energia cinética e distância percorrida
Largar, de uma marca numa rampa, um carrinho ou um bloco com uma tira opaca estreita na sua parte
superior e registar os tempos de passagem numa marca mais abaixo na rampa.
Sugere-se que o carrinho seja largado pelo menos três vezes do mesmo nível na rampa, para possibilitar
um tratamento estatístico dos intervalos de tempos de passagem pela fotocélula; o seu valor médio servirá
para determinar a velocidade naquela posição (quociente da medida da largura da tira por esse valor médio).
Far-se-á a distinção entre incerteza associada a uma só medição (incerteza de leitura) e a um conjunto
de medições efetuadas nas mesmas condições (incerteza de observação).
Deve dar-se a indicação de que a velocidade medida a partir da tira opaca estreita é uma velocidade
média num intervalo de tempo muito curto e que se aproxima da velocidade num dado instante. Não é, no
entanto, o momento de explicitar a diferença entre velocidade instantânea e média.
Medir a massa do carrinho e determinar a energia cinética.
Repetir o procedimento para cinco distâncias percorridas igualmente espaçadas, no mínimo.
Construir o gráfico da variação de energia cinética em função da distância percorrida e relacionar estas
duas grandezas.

AL 1.2 Movimento vertical de queda e de ressalto de uma bola: transformações e transferências


de energia
Poder-se-á deixar cair uma bola, usando um sistema de aquisição automático de dados, ou deixar cair
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uma bola sucessivamente de alturas diferentes medindo-se as alturas atingidas no primeiro ressalto. No
segundo caso, devem-se fazer pelo menos três medições para cada uma das alturas de queda e encontrar o
valor mais provável da altura do primeiro ressalto e a incerteza associada.

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Os grupos devem usar bolas ou superfícies diferentes para comparar resultados.


Construir um gráfico da altura de ressalto em função da altura de queda, traçando a reta que melhor se
ajusta ao conjunto dos valores medidos. Partindo da equação dessa reta, prever a altura do primeiro ressalto
para uma altura de queda não medida.
Admitindo a conservação de energia mecânica na queda e no ressalto, justificar por que motivo a bola
não sobe até à altura de onde caiu, relacionando a energia dissipada com a elasticidade dos materiais em
colisão. Comparar a elasticidade dos materiais utilizados pelos vários grupos.

Subdomínio 2 – Energia e fenómenos elétricos (1 AL prevista)


AL 2.1 Características de uma pilha
Montar um circuito com a pilha e uma resistência exterior variável; medir a diferença de potencial elé-
trico nos terminais da pilha e a corrente elétrica que percorre o circuito, para diferentes valores da resistência
exterior. Traçar o gráfico que relaciona estas grandezas, para determinar, a partir dele, as características do
gerador: força eletromotriz e resistência interna.
Como a resistência interna da pilha é muito inferior à do voltímetro, o valor lido diretamente nos ter-
minais do voltímetro constitui uma boa aproximação para a força eletromotriz da pilha. Este valor será
comparado e explicado com o valor obtido graficamente.
Como a resistência interna de uma pilha aumenta com o seu uso, sugere-se que metade da turma utilize
pilhas novas e a outra metade pilhas usadas.
Os alunos devem justificar quais as condições em que a pilha transforma mais energia, isto é, que se
«gasta» mais facilmente.

Subdomínio 3 – Energia, fenómenos térmicos e radiação (3 AL previstas)


AL 3.1 Radiação e potência elétrica de um painel fotovoltaico
Montar um circuito com um painel fotovoltaico, um amperímetro e uma resistência variável à qual se
associa um voltímetro. Uma lâmpada simulará a radiação solar.
Controlando a irradiância através da variação da inclinação da iluminação relativamente ao painel e pela
interposição de filtros, calcular a potência fornecida à resistência, a partir das medidas no voltímetro e no
amperímetro, retirando conclusões.
Iluminando o painel com a lâmpada fixa, a uma certa distância e com incidência perpendicular, variar a
resistência, calcular a potência fornecida, e elaborar o gráfico da potência em função da diferença de poten-
cial elétrico fornecida (tensão de saída do painel).
Da análise do gráfico concluir que o rendimento é máximo para um dado valor da tensão de saída.

AL 3.2 Capacidade térmica mássica


Usar um bloco calorimétrico cilíndrico, com dois orifícios, um para a resistência elétrica de aquecimento e
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outro para um termómetro, e efetuar uma montagem que permita obter dados para determinar as capacidades
térmicas mássicas. Os grupos poderão comparar os resultados obtidos com cilindros de diferentes materiais.

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Medir a corrente elétrica e a diferença de potencial elétrico na resistência e registar a temperatura ao


longo do tempo.
Representar graficamente a variação de temperatura do bloco em função da energia fornecida para
determinar a capacidade térmica a partir do inverso do declive da reta de ajuste.
Medir a massa do bloco e calcular a capacidade térmica mássica do metal, avaliando a exatidão da medida
pelo erro percentual.
Na preparação da atividade deve prever-se a evolução da temperatura do metal, no intervalo de tempo
em que a resistência está ligada e imediatamente após ser desligada, analisando fatores que contribuem para
minimizar a dissipação de energia do material.

AL 3.3 Balanço energético num sistema termodinâmico


Envolver os recipientes utilizados com isolantes térmicos.
Considerar duas massas de água, a diferentes temperaturas, e prever a temperatura final da mistura.
Adicionar as massas de água, medir a temperatura de equilíbrio e confrontar com a previsão efetuada. Efe-
tuando balanços energéticos, comparar o resultado obtido experimentalmente com o previsto teoricamente,
justificando possíveis diferenças.
Colocar num recipiente uma massa de água a uma temperatura 15 °C a 20 °C acima da temperatura
ambiente e um termómetro (ou sensor de temperatura) no seu interior. Iniciar o registo da temperatura e de
imediato adicionar à água uma massa de gelo. Continuar o registo de temperatura até uns instantes após todo
o gelo ter fundido. Estabelecer os balanços energéticos e determinar a entalpia de fusão do gelo. O gelo pode
ser colocado numa tina com água, algum tempo antes, de modo que a temperatura no seu interior se aproxime
de 0 °C .

6. Avaliação

O processo de avaliação desta disciplina decorre dos princípios gerais da avaliação: deve ser contínua,
apoiada em diversos instrumentos adaptados às aprendizagens em apreciação, ter um caráter formativo – não
só para os alunos, para controlo da sua aprendizagem, mas também para o professor, como reguladora das
suas opções de ensino – e culminar em situações de avaliação sumativa.
O aluno deve ser envolvido na avaliação, desenvolvendo o sentido crítico relativamente ao seu trabalho
e à sua aprendizagem, através, por exemplo, da promoção de atitudes reflexivas e do recurso a processos
metacognitivos.
Os critérios de avaliação definidos em Conselho Pedagógico, sob proposta dos departamentos curricu-
lares, devem contemplar os critérios de avaliação da componente prática-laboratorial, designadamente as
atividades laboratoriais de caráter obrigatório. De acordo com o estabelecido no ponto 5 do art.º 7.º da
Portaria n.º 243/2012, são obrigatórios momentos formais de avaliação da dimensão prática ou experimen-
tais integrados no processo de ensino. E, de acordo com a alínea c) do mesmo ponto, na disciplina de Física
e Química A, a componente prática-laboratorial tem um peso mínimo de 30% no cálculo da classificação a
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atribuir em cada momento formal de avaliação.

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Dada a centralidade da componente prática-laboratorial na Física e na Química, identificam-se nas


metas curriculares, para cada uma das atividades laboratoriais, descritores específicos e transversais, os quais
devem servir como referência para a avaliação do desempenho dos alunos nessas atividades.
Os alunos, para responder aos diversos itens dos testes de avaliação, podem consultar um formulário.

7. Metas Curriculares
Segundo o Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro, as metas curriculares «identificam a apren-
dizagem essencial a realizar pelos alunos … realçando o que dos programas deve ser objeto primordial de
ensino».
As Metas Curriculares permitem:
• identificar os desempenhos que traduzem os conhecimentos a adquirir e as capacidades que se querem
ver desenvolvidas no final de um dado módulo de ensino;
• fornecer o referencial para a avaliação interna e externa, em particular para as provas dos exames nacio-
nais;
• orientar a ação do professor na planificação do seu ensino e na produção de materiais didáticos;
• facilitar o processo de autoavaliação pelo aluno.
Apresentam-se os objetivos gerais pormenorizados por descritores, organizados pelos domínios do
domínio «Energia e sua conservação»:

Subdomínio 1 – Energia e movimentos (15 aulas previstas)


1. Compreender em que condições um sistema pode ser representado pelo seu centro de massa e que a
sua energia como um todo resulta do seu movimento (energia cinética) e da interação com outros
sistemas (energia potencial); interpretar as transferências de energia como trabalho em sistemas
mecânicos, os conceitos de força conservativa e não conservativa e a relação entre trabalho e variações
de energia, reconhecendo as situações em que há conservação de energia mecânica.
1.1 Indicar que um sistema físico (sistema) é o corpo ou o conjunto de corpos em estudo.
1.2 Associar a energia cinética ao movimento de um corpo e a energia potencial (gravítica, elétrica,
elástica) a interações desse corpo com outros corpos.
1.3 Aplicar o conceito de energia cinética na resolução de problemas envolvendo corpos que apenas têm
movimento de translação.
1.4 Associar a energia interna de um sistema às energias cinética e potencial das suas partículas.
1.5 Identificar um sistema mecânico como aquele em que as variações de energia interna não são tidas
em conta.
1.6 Indicar que o estudo de um sistema mecânico que possua apenas movimento de translação pode ser
reduzido ao de uma única partícula com a massa do sistema, identificando-a com o centro de massa.
FA10LP © RAIZ EDITORA

1.7 Identificar trabalho como uma medida da energia transferida entre sistemas por ação de forças e
calcular o trabalho realizado por uma força constante em movimentos retilíneos, qualquer que seja
a direção dessa força, indicando quando é máximo.

13
Documentos oficiais

1.8 Enunciar e aplicar o Teorema da Energia Cinética.


1.9 Definir forças conservativas e forças não conservativas, identificando o peso como uma força con-
servativa.
1.10 Aplicar o conceito de energia potencial gravítica ao sistema em interação corpo-Terra, a partir de
um valor para o nível de referência.
1.11 Relacionar o trabalho realizado pelo peso com a variação da energia potencial gravítica e aplicar
esta relação na resolução de problemas.
1.12 Definir e aplicar o conceito de energia mecânica.
1.13 Concluir, a partir do Teorema da Energia Cinética, que, se num sistema só atuarem forças conser-
vativas, ou se também atuarem forças não conservativas que não realizem trabalho, a energia mecâ-
nica do sistema será constante.
1.14 Analisar situações do quotidiano sob o ponto de vista da conservação da energia mecânica,
identificando transformações de energia (energia potencial gravítica em energia cinética e vice-
-versa).
1.15 Relacionar a variação de energia mecânica com o trabalho realizado pelas forças não conservativas
e aplicar esta relação na resolução de problemas.
1.16 Associar o trabalho das forças de atrito à diminuição de energia mecânica de um corpo e à energia
dissipada, a qual se manifesta, por exemplo, no aquecimento das superfícies em contacto.
1.17 Aplicar o conceito de potência na resolução de problemas.
1.18 Interpretar e aplicar o significado de rendimento em sistemas mecânicos, relacionando a dissipação
de energia com um rendimento inferior a 100%.

Metas específicas da AL 1.1 Movimento num plano inclinado: variação da energia cinética e distân-
cia percorrida
Objetivo geral: Estabelecer a relação entre variação de energia cinética e distância percorrida num plano
inclinado e utilizar processos de medição e de tratamento estatístico de dados.
1. Identificar medições diretas e indiretas.
2. Realizar medições diretas usando balanças, escalas métricas e cronómetros digitais.
3. I ndicar valores de medições diretas para uma única medição (massa, comprimento) e para um conjunto
de medições efetuadas nas mesmas condições (intervalos de tempo).
4. D
 eterminar o desvio percentual (incerteza relativa em percentagem) associado à medição de um
intervalo de tempo.
5. Medir velocidades e energias cinéticas.
6. C
 onstruir o gráfico da variação da energia cinética em função da distância percorrida sobre uma
FA10LP © RAIZ EDITORA

rampa e concluir que a variação da energia cinética é tanto maior quanto maior for a distância
percorrida.

14
Documentos oficiais

Metas específicas da AL 1.2 Movimento vertical de queda e ressalto de uma bola: transformações e
transferências de energia
Objetivo geral: Investigar, com base em considerações energéticas (transformações e transferências de
energia), o movimento vertical de queda e de ressalto de uma bola.
1. I dentificar transferências e transformações de energia no movimento vertical de queda e de ressalto
de uma bola.
2. C
 onstruir e interpretar o gráfico da primeira altura de ressalto em função da altura de queda, traçar
a reta que melhor se ajusta aos dados experimentais e obter a sua equação.
3. P
 rever, a partir da equação da reta de regressão, a altura do primeiro ressalto para uma altura de queda
não medida.
4. O
 bter as expressões do módulo da velocidade de chegada ao solo e do módulo da velocidade inicial
do primeiro ressalto, em função das respetivas alturas, a partir da conservação da energia mecânica.
5. C
 alcular, para uma dada altura de queda, a diminuição da energia mecânica na colisão, exprimindo
essa diminuição em percentagem.
6. A
 ssociar uma maior diminuição de energia mecânica numa colisão à menor elasticidade do par de
materiais em colisão.
7. C
 omparar energias dissipadas na colisão de uma mesma bola com diferentes superfícies, ou de bolas
diferentes na mesma superfície, a partir dos declives das retas de regressão de gráficos da altura de
ressalto em função da altura de queda.

Subdomínio 2 – Energia e fenómenos elétricos (9 aulas previstas)


2. D
 escrever circuitos elétricos a partir de grandezas elétricas; compreender a função de um gerador e
as suas características e aplicar a conservação da energia num circuito elétrico tendo em conta o efeito
Joule.
2.1 I nterpretar o significado das grandezas corrente elétrica, diferença de potencial elétrico (tensão
elétrica) e resistência elétrica.
2.2 Distinguir corrente contínua de corrente alternada.
2.3 I nterpretar a dependência da resistência elétrica de um condutor filiforme com a resistividade,
característica do material que o constitui, e com as suas características geométricas (comprimento
e área da secção reta).
2.4 C
 omparar a resistividade de materiais bons condutores, maus condutores e semicondutores e indi-
car como varia com a temperatura, justificando, com base nessa dependência, exemplos de aplicação
(resistências padrão para calibração, termístor em termómetros, etc.).
2.5 A
 ssociar o efeito Joule à energia dissipada nos componentes elétricos, devido à sua resistência, e que
é transferida para as vizinhanças através de calor, identificando o LED (díodo emissor de luz) como
um componente de elevada eficiência (pequeno efeito Joule).
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2.6 C
 aracterizar um gerador de tensão contínua pela sua força eletromotriz e resistência interna, inter-
pretando o seu significado, e determinar esses valores a partir da curva característica.

15
Documentos oficiais

2.7 I dentificar associações de componentes elétricos em série e paralelo e caracterizá-las quanto às


correntes elétricas que os percorrem e à diferença de potencial elétrico nos seus terminais.
2.8 I nterpretar a conservação da energia num circuito com gerador de tensão e condutores puramente
resistivos, através da transferência de energia do gerador para os condutores, determinando diferen-
ças de potencial elétrico, corrente elétrica, energias dissipadas e potência elétrica do gerador e do
condutor.

Metas específicas da AL 2.1 Características de uma pilha


Objetivo geral: Determinar as características de uma pilha a partir da sua curva característica.
1. Medir diretamente uma força eletromotriz e justificar o procedimento.
2. Montar um circuito elétrico e efetuar medições de diferença de potencial elétrico e de corrente elétrica.
3. C
 onstruir e interpretar o gráfico da diferença de potencial elétrico nos terminais de uma pilha em
função da corrente elétrica (curva característica), traçar a reta que melhor se ajusta aos dados experi-
mentais e obter a sua equação.
4. D
 eterminar a força eletromotriz e a resistência interna de um gerador a partir da equação da reta de
ajuste.
5. Comparar a força eletromotriz e a resistência interna de uma pilha nova e de uma pilha velha.

Subdomínio 3 – Energia, fenómenos térmicos e radiação (15 aulas previstas)


3. C
 ompreender os processos e mecanismos de transferências de energia entre sistemas termodinâmicos,
interpretando-os com base na Primeira e na Segunda Leis da Termodinâmica.
3.1 Distinguir sistema, fronteira e vizinhança e definir sistema isolado.
3.2 Identificar um sistema termodinâmico como aquele em que se tem em conta a sua energia interna.
3.3 I ndicar que a temperatura é uma propriedade que determina se um sistema está ou não em equilí-
brio térmico com outros e que o aumento de temperatura de um sistema implica, em geral, um
aumento da energia cinética das suas partículas.
3.4 I ndicar que as situações de equilíbrio térmico permitem estabelecer escalas de temperatura, aplicando
à escala de temperatura Celsius.
3.5 R
 elacionar a escala de Celsius com a escala de Kelvin (escala de temperatura termodinâmica) e
efetuar conversões de temperatura em graus Celsius e kelvin.
3.6 I dentificar calor como a energia transferida espontaneamente entre sistemas a diferentes tempera-
turas.
3.7 D
 escrever as experiências de Thompson e de Joule identificando o seu contributo para o reconhe-
cimento de que o calor é energia.
3.8 D
 istinguir, na transferência de energia por calor, a radiação – transferência de energia através da
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propagação de luz, sem haver contacto entre os sistemas – da condução e da convecção que exigem
contacto entre sistemas.

16
Documentos oficiais

3.9 I ndicar que todos os corpos emitem radiação e que à temperatura ambiente emitem predominan-
temente no infravermelho, dando exemplos de aplicação desta característica (sensores de infraver-
melhos, visão noturna, termómetros de infravermelhos, etc.).
3.10 I ndicar que todos os corpos absorvem radiação e que a radiação visível é absorvida totalmente pelas
superfícies pretas.
3.11 A
 ssociar a irradiância de um corpo à energia da radiação emitida por unidade de tempo e por
unidade de área1.
3.12 I dentificar uma célula fotovoltaica como um dispositivo que aproveita a energia da luz solar para
criar diretamente uma diferença de potencial elétrico nos seus terminais, produzindo uma corrente
elétrica contínua.
3.13 D
 imensionar a área de um sistema fotovoltaico conhecida a irradiância solar média no local de
instalação, o número médio de horas de luz solar por dia, o rendimento e a potência a debitar.
3.14 Distinguir os mecanismos de condução e de convecção.
3.15 A
 ssociar a condutividade térmica à taxa temporal de transferência de energia como calor por con-
dução, distinguindo materiais bons e maus condutores do calor.
3.16 I nterpretar o significado de capacidade térmica mássica, aplicando-o na explicação de fenómenos
do quotidiano.
3.17 Interpretar o conceito de variação de entalpias de fusão e de vaporização.
3.18 D
 eterminar a variação de energia interna de um sistema num aquecimento ou arrefecimento,
aplicando os conceitos de capacidade térmica mássica e de variação de entalpia (de fusão ou de
vaporização), interpretando o sinal dessa variação.
3.19 I nterpretar o funcionamento de um coletor solar, a partir de informação selecionada, e identificar
as suas aplicações.
3.20 Interpretar e aplicar a Primeira Lei da Termodinâmica.
3.21 A
 ssociar a Segunda Lei da Termodinâmica ao sentido em que os processos ocorrem espontanea-
mente, diminuindo a energia útil.
3.22 Efetuar balanços energéticos e calcular rendimentos.

Metas específicas da AL 3.1 Radiação e potência elétrica de um painel fotovoltaico


Objetivo geral: Investigar a influência da irradiância e da diferença de potencial elétrico no rendimento
de um painel fotovoltaico.
1. Associar a conversão fotovoltaica à transferência de energia da luz solar para um painel fotovoltaico
que se manifesta no aparecimento de uma diferença de potencial elétrico nos seus terminais.
2. Montar um circuito elétrico e efetuar medições de diferença de potencial elétrico e de corrente elétrica.

1
 s autores têm muitas reservas ao modo como esta meta está definida. De acordo com o IPQ, a IUPAC, e com diversas referências
O
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bibliográficas, a energia da radiação emitida por unidade de tempo e por unidade de área do corpo emissor designa-se emitância
radiante. Irradiância é a energia da radiação incidente por unidade de tempo e por unidade de área do corpo recetor. O manual
distingue claramente estas duas grandezas.
FA10LP_F02

17
Documentos oficiais

3. Determinar a potência elétrica fornecida por um painel fotovoltaico.


4. Investigar o efeito da variação da irradiância na potência do painel, concluindo qual é a melhor orien-
tação de um painel fotovoltaico de modo a maximizar a sua potência.
5. Construir e interpretar o gráfico da potência elétrica em função da diferença de potencial elétrico nos
terminais de um painel fotovoltaico, determinando a diferença de potencial elétrico que otimiza o seu
rendimento.

Metas específicas da AL 3.2 Capacidade térmica mássica


Objetivo geral: Determinar a capacidade térmica mássica de um material.
1. Identificar transferências de energia.
2. Estabelecer balanços energéticos em sistemas termodinâmicos, identificando as parcelas que corres-
pondem à energia útil e à energia dissipada.
3. Medir temperaturas e energias fornecidas, ao longo do tempo, num processo de aquecimento.
4. Construir e interpretar o gráfico da variação de temperatura de um material em função da energia
fornecida, traçar a reta que melhor se ajusta aos dados experimentais e obter a sua equação.
5. Determinar a capacidade térmica mássica do material a partir da reta de ajuste e avaliar a exatidão do
resultado a partir do erro percentual.

Metas específicas da AL 3.3 Balanço energético num sistema termodinâmico


Objetivo geral: Estabelecer balanços energéticos e determinar a entalpia de fusão do gelo.
1. Prever a temperatura final da mistura de duas massas de água a temperaturas diferentes e comparar
com o valor obtido experimentalmente.
2. Medir massas e temperaturas.
3. Estabelecer balanços energéticos em sistemas termodinâmicos aplicando a Lei da Conservação da
Energia, interpretando o sinal positivo ou negativo da variação da energia interna do sistema.
4. Medir a entalpia de fusão do gelo e avaliar a exatidão do resultado a partir do erro percentual.
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18
Documentos oficiais
Metas transversais
APRENDIZAGENS DO TIPO: AL.1.1 AL.1.2 AL.2.1 AL.3.1 AL.3.2 AL.3.3
1 X X X X X X
2
3
4
5
PROCESSUAL

6 X X X
7 X X X X
8 X X X
9 X X
10 X X X X X X
11 X X X X X X
12 X X X X
1 X X X X X X
2 X X X X X X
3 X X X
4 X X X
5 X X X
6 X
7 X X X X
8 X X X
9 X X X X X X
10
11 X X X X
CONCEPTUAL

12 X X X X X
13 X X
14 X X
15 X
16 X X
17 X X
18 X X X X X
19 X X X X X
20 X X X X
21 X X X
22 X X X
23 X X X X
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24 X X
25 X X

19
2. GESTÃO DOS
TEMPOS LETIVOS

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Gestão dos tempos letivos

1. Gestão dos tempos letivos para o semestre

N.º DE AULAS PREVISTAS N.ª DE AULAS


CONTEÚDOS OBSERVAÇÕES
NO PROGRAMA DE 45 MIN

• Energia e movimentos 15
• Energia e fenómenos elétricos 9 78
• Energia, fenómenos térmicos e radiação 15
Teste diagnóstico 1 1
Apresentação da Física e manuseamento do manual 1
Trabalhos de pesquisa com exposição oral 1 7
Autoavaliação 1+1 2 No final dos 2.º e 3.º períodos.
Preparação/esclarecimento
Testes de avaliação escrita
de dúvidas, resolução
Teóricos 3 15
e correção.
Práticos 3 3
Resolução e correção.
2 aulas de introdução.
15 semanas de aulas
Total 105 +2
(90+90+135 = 7 aulas semanais
de 45 min)
1
 ermite acerto de aulas de turno (caso os turnos não sejam no mesmo dia), acertos por feriados e interrupções das atividades le-
P
tivas, ou outras ocorrências não prevista inicialmente.

2.º PERÍODO 3.º PERÍODO


DIA DA SEMANA
DE _____________ ATÉ _____ DE JUNHO

Segunda-feira

Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

PERÍODO N.º DE AULAS PREVISTAS

2.º

3.º

Total
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21
Gestão dos tempos letivos

2. Gestão de tempo, metodologias de avaliação e material para o


semestre de Física

Distribuição semestral

TEMPOS LETIVOS
PERÍODO SUBDOMÍNIO
(45 MIN)

Teste diagnóstico. Apresentação da Física e manuseamento do


2
manual.

2.º Energia e movimentos Energia e movimentos 30


Testes
5
Teóricos
1
Teórico-práticos / Questões pós-laboratoriais individuais 2
Autoavaliação de final de 2.º período 1
-----
Energia e fenómenos elétricos 18
Energia e fenómenos Testes
elétricos 5
Teórico
1
Teórico-prático / Questões pós-laboratoriais individuais
Energia, fenómenos térmicos e radiação 30
3.º
Energia, fenómenos Testes
térmicos e radiação 5
Teórico
1
Teórico-prático / Questões pós-laboratoriais individuais
Trabalhos de pesquisa e exposição oral 7
Autoavaliação de final de 3.º período 1
Total 105+2
2
A alternativa poderá ser a elaboração do relatório em grupo, com respostas às questões propostas nos protocolos.

Metodologias de avaliação de Física e Química A

DOMÍNIO % AVALIAÇÃO

Avaliação sob a forma de testes escritos – média aritmética


65 Testes teóricos
dos testes escritos realizados.
Domínio Preparação pré-laboratorial, execução experimental
Observação direta do
cognitivo e 95 10/5 (cumprimento de regras de segurança, manipulação, registo
desempenho no laboratório
da ação e tratamento de dados).
30
Avaliação escrita visando as atividades laboratoriais
Teste Teórico ou Questões
20/25 – média aritmética dos testes práticos ou das Questões
pós-laboratoriais individuais
pós-laboratoriais.
Domínio de Comportamentos, empenho e Pontualidade; respeito pelas instruções do professor, colegas
atitudes e 5 desempenho nas atividades e material; colaboração nas aulas, adesão às tarefas propostas
valores letivas. e respostas às questões que surgem em aula.

A disciplina de Física e Química A é formada por duas partes de natureza diferente. Tal não legitima
mencionar progressão na aprendizagem dos conteúdos, no decorrer do ano, mas sim avaliação global.
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Se o IAVE propuser Testes Intermédios, a Área Disciplinar concluirá a oportunidade da sua implemen-
tação, com a superior decisão do Conselho Pedagógico.

22
Gestão dos tempos letivos

3. Distribuição dos conteúdos e Metas Curriculares por aulas

A distribuição dos conteúdos e metas curriculares por aula são uma base de trabalho conducente ao
cumprimento do Programa. A distribuição contempla:
• Conteúdos – de acordo com o programa;
• Metas Curriculares – de acordo com o programa;
• Atividades/sugestões – sugestão de atividades no encadeamento da aula, podendo incluir recursos;
• Páginas do Manual – indicação das páginas do Manual correspondentes aos conteúdos e às metas
visados;
• Tempo previsto – duração indicativa necessária à lecionação dos conteúdos e metas;
• Consolidação – implica resolução individual e posterior correção para despiste de faltas de apropriação
de algum(ns) conceito(s) e de eventuais conceções alternativa. Maioritariamente, são exercícios a
resolver autonomamente pelos alunos, integrando o trabalho regular individual, fora das atividades
letivas;
• Observações – notas dos autores.
O ajuste de aulas será feito em aulas de resolução de exercícios e de esclarecimento de dúvidas. Numa
situação de extrema falta de tempo, a correção e os critérios do teste serão disponibilizados de uma forma
alternativa.
Caso haja disponibilidade de tempos letivos, os alunos poderão realizar trabalhos de pesquisa, sujeitos,
ou não, a apresentação oral. Para esse efeito são propostos alguns temas e grelhas de classificação.
A planificação aula a aula dependerá do horário (90+90+135 ou 90+135+90 ou 135+90+90), dos feriados,
das interrupções letivas e de outras atividades na escola. A presente gestão é uma sugestão tendo em conta
as orientações do programa. Nesta proposta, o ritmo de lecionação do subdomínio 1 é mais elevado do que
dos outros dois subdomínios. A justificação para esta opção está relacionada com o natural cansaço de final
de ano letivo e com a acumulação de avaliações a que os alunos estão sujeitos nesta fase.
É assim possível ajustar a planificação tendo em conta vários fatores (por exemplo, turmas com cadência
mais lenta, localização da Páscoa, tempo necessário para preparar o último teste que envolve toda a matéria
lecionada, faltas, atividades a nível de escola).
A realização de trabalhos de pesquisa e respetiva exposição oral, estará condicionada à turma. O profes-
sor, ao lecionar a componente de Química, conhecerá o grupo turma e decidirá sobre a sua realização, pon-
derando, também, as condicionantes supra referidas.
Os exercícios de consolidação não resolvidos em aula, ficarão para trabalho individual, usualmente
designado por trabalho para casa (TPC). Estão previstas aulas para correção de TPC, resolução de exercícios
(do Manual e do Caderno de atividades do aluno) e esclarecimento de dúvidas. Este trabalho é proposto em
aulas de turno, para que o docente possa realizar um trabalho mais individualizado e, até, recorrer a trabalho
de grupo tutorial, ou seja, grupos de alunos heterogéneos em que um aluno melhor ajuda colegas com mais
dificuldades.
Contudo, no início de cada aula, deverá ocorrer o ponto da situação com a correção de um exercício de
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consolidação ou trabalho de casa, proposto na aula anterior.

Nota: São sugeridos vários vídeos que foram acedidos em 17 de março de 2015.

23
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 1
Conteúdos Tempo previsto / min
90
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Resolução individual do teste diagnóstico.
Correção do teste diagnóstico.
Manuseamento do manual conducente a uma utilização
eficaz.

Sugestões
Resolução individual do teste diagnóstico (ver página 134), em +/– 30 min.
Troca dos testes entre os alunos e correção em assembleia de turma (+/–15 min).

Consolidação Observações

Aula n.º 2
Conteúdos Tempo previsto / min
Energia cinética e energia potencial; energia interna 90
Sistema mecânico; sistema redutível a uma partícula (centro
Manual / páginas
de massa)
10-15

Metas Curriculares Atividades


1.1 Indicar que um sistema físico (sistema) é o corpo ou Utilização de situações do quotidiano para definir sistema
o conjunto de corpos em estudo. físico e tipos de sistemas.
1.2 Associar a energia cinética ao movimento de um corpo e Identificação do sistema mecânico.
a energia potencial (gravítica, elétrica, elástica) a interações Interação com os alunos para definir os conceitos
desse corpo com outros corpos. cientificamente corretos e ultrapassar conceções
1.4 Associar a energia interna de um sistema às energias alternativas de energias cinética, potencial e interna.
cinética e potencial das suas partículas. Projeção de imagens com gráficos estroboscópicos
1.5 Identificar um sistema mecânico como aquele em que de movimentos de corpos redutíveis ao CM.
as variações de energia interna não são tidas em conta. Explicitação das condições de utilização de partícula
1.6 Indicar que o estudo de um sistema mecânico que possua material ao CM.
apenas movimento de translação pode ser reduzido ao de
uma única partícula com a massa do sistema, identificando-a
com o centro de massa.

Sugestões

Consolidação Observações
Questão 1, pág. 12 do Manual
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Exercícios 1 a 5, pág. 59 do Manual

24
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 3
Conteúdos Tempo previsto / min
O trabalho como medida da energia transferida por ação 90
de forças; trabalho realizado por forças constantes
Manual / páginas
16-21

Metas Curriculares Atividades


1.7 Identificar trabalho como uma medida da energia Colocação de uma questão motivadora.
transferida entre sistemas por ação de forças e calcular o Distinção entre trabalho fisiológico e trabalho físico.
trabalho realizado por uma força constante em movimentos
Explicitação do símbolo e da unidade SI de trabalho
retilíneos, qualquer que seja a direção dessa força, indicando
quando é máximo. Escrever a expressão que permite determinar o trabalho
realizado por uma força constante.
Exemplificação com situações idênticas às da pág. 17
do Manual.
Realização do concretizar da pág. 18 do Manual.
Identificação da direção da força aplicada a partir
de situações como as da pág. 19 do Manual.
Resolução do concretizar da pág. 19 do Manual.
Escrever a expressão do trabalho da resultante de forças
aplicadas num sistema.

Sugestões
Apresentação multimédia «Afinal o que é o trabalho em Física?», no e-Manual Premium

Consolidação Observações
Questão 2, pág. 17 do Manual
STOP pág. 18 do Manual
Exercícios 6 a 16 (págs. 59-62 do Manual)

Aula n.º 4
Conteúdos Tempo previsto / min
135
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Resolução de exercícios.

Sugestões
Exercícios do 1 ao 16 do Manual.
Exercícios do Caderno de atividades.

Consolidação Observações
1.ª aula de concretização dos primeiros conteúdos de Física.
Os alunos resolvem os exercícios em pequenos grupos
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(heterógenos ou homogéneos, adequados ao turno) e serão


corrigidos no quadro.

25
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 5
Conteúdos Tempo previsto / min
Teorema da Energia Cinética 90
Manual / páginas
21-24

Metas Curriculares Atividades


1.3 Aplicar o conceito de energia Interpelação da turma com questões que associem a massa e a velocidade de um corpo
cinética na resolução de com a respetiva energia cinética.
problemas envolvendo corpos Realização de uma pequena experiência (largar bolas diferentes de várias alturas sobre
que apenas têm movimento de uma caixa com areia e discutir a energia da bola ao tocar na areia, face às marcas na
translação. areia).
1.8 Enunciar e aplicar o Teorema 1
Escrita da expressão: Ec = m v 2
da Energia Cinética. 2
Demonstração do teorema da energia cinética a partir do exemplo da pág. 22 do Manual.
Resolução do Concretizar da pág. 23 do Manual.

Sugestões
Caixa com areia; Bola de pingue-pongue; Bola de ténis; Bola de golfe
1
http://www.physicsclassroom.com/Class/energy/u5l2b.cfm
Apresentação multimédia «Teorema da Energia Cinética», no e-Manual Premium

Consolidação Observações
1
Questão 3, pág. 21; STOP da pág.21 do Manual Página com a Lei Trabalho-energia cinética, definição,
Exercícios 17 a 20 (págs. 62 e 63 do Manual) exemplos e aplicação em questões online (em inglês).

Aula n.º 6
Conteúdos Tempo previsto / min
Forças conservativas e não conservativas; o peso como 90
força conservativa; trabalho realizado pelo peso e variação
Manual / páginas
da energia potencial gravítica
Energia mecânica e conservação da energia mecânica 24-26

Metas Curriculares Atividades


1.10 Aplicar o conceito de energia potencial gravítica Interpretação de situações como simples: largar uma bola de ténis, de
ao sistema em interação corpo-Terra, a partir de um alturas diferentes, sobre uma caixa de areia; repetir com um berlinde.
valor para o nível de referência. Conclusão com a escrita da expressão: Epg = m g h .
1.14 Analisar situações do quotidiano sob o ponto Resolução do STOP e do Concretizar da pág. 25 do Manual.
de vista da conservação da energia mecânica, Demonstração da expressão WF» = - D Epg a partir dos exemplos
identificando transformações de energia (energia
g

de queda livre das bolas.


potencial gravítica em energia cinética e vice-versa).

Sugestões
Caixa com areia; Bola de ténis; Computador, projetor multimédia e e-Manual
1
https://www.youtube.com/watch?v=BUK_bxyqsec
2
http://www.physicsclassroom.com/mmedia/energy/pe.cfm
Apresentação multimédia «Energia Potencial Gravítica. O trabalho realizado pelo peso», no e-Manual Premium

Consolidação Observações
FA10LP © RAIZ EDITORA

1
Exercícios 21 a 25 Vídeo (parte 1) mostra a Lei da Conservação da Energia, o que é energia, transformações
(págs. 63 e 64 do Manual) de energia, explica as características da energia cinética como potencial (em brasileiro).
2
Simulador Java: pêndulo gravítico e variação da energia potencial gravítica e cinética
(em inglês).

26
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 7
Conteúdos Tempo previsto / min
AL 1.1 Movimento num plano inclinado: variação da energia 135
cinética e distância percorrida
Manual / páginas
43

Metas Curriculares Atividades


Realização da AL 1.1

Sugestões
Apresentação multimédia «Como usar a calculadora gráfica para determinar curvas de ajuste aos dados experimentais», no e-Manual Premium
Em alternativa a resultados experimentais inconclusivos, ver exploração dos resultados a partir da pág. 50 deste livro.

Consolidação Observações
A realização da AL poderá permutar com a aula de resolução
de exercícios, consoante o modo como a turma se está
a apropriar dos conceitos.
Grelha de registo de observação direta.

Aula n.º 8
Conteúdos Tempo previsto / min
Forças não conservativas e variação da energia mecânica 90
Manual / páginas
27-33

Metas Curriculares Atividades


1.9 Definir forças conservativas e forças não conservativas, Partir da figura do Concretizar da pág. 27 do Manual e fazer
identificando o peso como uma força conservativa. a turma prever a relação entre os trabalhos realizados pelos
1.11 Relacionar o trabalho realizado pelo peso com a três amigos.
variação da energia potencial gravítica e aplicar esta relação Resolver o Concretizar da pág. 27 do Manual.
na resolução de problemas. Concluir sobre as previsões dos alunos.
1.12 Definir e aplicar o conceito de energia mecânica. Explicitar que o peso é um dos exemplos de forças
1.13 Concluir, a partir do Teorema da Energia Cinética, que, se conservativas.
num sistema só atuarem forças conservativas, ou se também Fazer uma súmula sobre forças conservativas e forças não
atuarem forças não conservativas que não realizem trabalho, conservativas.
a energia mecânica do sistema será constante.
Consolidar – STOP da pág. 28 do Manual.
1.14 Analisar situações do quotidiano sob o ponto de
Utilizar as imagens do STOP da pág. 29 do Manual para
vista da conservação da energia mecânica, identificando
definir o conceito de energia mecânica.
transformações de energia (energia potencial gravítica em
energia cinética e vice-versa). Resolver o Concretizar da pág. 31 do Manual.

Sugestões
Mostrar que uma força é conservativa pelo facto de o trabalho realizado entre dois pontos ser sempre o mesmo e pelo
trabalho nulo num percurso fechado.
Apresentar casos de forças não conservativas, contrariando as premissas das forças conservativas.
1
http://www.physicsclassroom.com/mmedia/energy/ce.cfm
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Consolidação Observações
1
Exercícios 27 a 36 (págs. 65 a 67 do Manual) Simulador da variação da energia na montanha-russa
(em inglês).

27
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 9
Conteúdos Tempo previsto / min
Forças não conservativas e variação da energia mecânica 90
Manual / páginas
33-37

Metas Curriculares Atividades


1.15 Relacionar a variação de energia mecânica com o Resolução orientada do Concretizar da pág. 32 do Manual.
trabalho realizado pelas forças não conservativas e aplicar Generalização das conclusões.
esta relação na resolução de problemas.
Resolução dos Concretizar das págs. 34 e 35 do Manual.
1.16 Associar o trabalho das forças de atrito à diminuição de
energia mecânica de um corpo e à energia dissipada, a qual
se manifesta, por exemplo, no aquecimento das superfícies
em contacto.

Sugestões
1
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/energy-skate-park-basics
2
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/energy-skate-park
Apresentação multimédia «E quando a energia mecânica não se conserva?», no e-Manual Premium

Consolidação Observações
1
Exercícios 37 a 48 (págs. 68 a 71 do Manual) Simulador: variação da energia numa rampa de skate com
ou sem atrito (energia mecânica e térmica).
2
Simulador mais completo: variação da energia numa rampa
de skate com ou sem atrito (energia mecânica e térmica),
permite obter o gráfico da variação da energia cinética,
energia potencial gravítica e energia total, em função do
tempo e da posição.

Aula n.º 10
Conteúdos Tempo previsto / min
AL 1.2 Movimento vertical de queda e ressalto de uma bola: 135
transformações e transferências de energia
Manual / páginas
51

Metas Curriculares Atividades


Realização da AL 1.2

Sugestões
Em alternativa a resultados experimentais inconclusivos, ver exploração dos resultados a partir da pág. 57 deste livro.

Consolidação Observações
Exercícios 62 e 63 (págs. 76 e 77 do Manual) Grelha de registo de observação direta.
FA10LP © RAIZ EDITORA

28
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 11
Conteúdos Tempo previsto / min
Potência 90
Conservação de energia, dissipação de energia e rendimento
Manual / páginas
38-39

Metas Curriculares Atividades


1.17 Aplicar o conceito de potência na resolução Resolução do teste prático.
de problemas. Definição de potência a partir de uma questão motivadora.
E
1.18 Interpretar e aplicar o significado de rendimento Escrita da expressão P = e a unidade SI das grandezas físicas
em sistemas mecânicos, relacionando a dissipação envolvidas. Dt
de energia com um rendimento inferior a 100%.
Indicação de outras unidades de potência.
Resolução do Concretizar da pág. 38 do Manual.
Definir rendimento.

Sugestões
Teste prático 1 proposto na pág. 163 deste livro.

Consolidação Observações
Questão 4 da pág. 38 do Manual
Exercícios 49 a 54 (págs. 72 e 73 do Manual)

Aula n.º 12
Conteúdos Tempo previsto / min
90
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Correção do teste prático.
Súmula com comentários às simulações.
Correção de TPC.
Resolução dos exercícios.

Sugestões
Correção de TPC pendente.
Resolução dos exercícios globais 55 a 59 do Manual e de exercícios do Caderno de atividades, em pequenos grupos de
alunos.
1
http://phet.colorado.edu/en/simulation/the-ramp

Consolidação Observações
1
Exercícios globais 55 a 59 (págs. 73 a 75 do Manual). Rampa onde se estuda a variação da energia, gráficos das
Exercícios do Caderno de Atividades energias em função do tempo, com ou sem atrito.
A estratégia da aula de resolução de exercícios depende do
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ritmo e tipo do grupo turma ou turno.

29
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 13
Conteúdos Tempo previsto / min
135
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Realização da súmula do subdomínio 1 em interlocução com
os alunos.
Resolução de exercícios/Correção de TPC.
Esclarecimento de dúvidas.

Sugestões
Resolver e corrigir exercícios pendentes da aula anterior.

Consolidação Observações

Aula n.º 14
Conteúdos Tempo previsto / min
90
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Teste de avaliação escrita

Sugestões
Teste proposto na pág. 139 deste livro.

Consolidação Observações

Aula n.º 15
Conteúdos Tempo previsto / min
90 + 45
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Entrega e correção do teste de avaliação escrita.
Autoavaliação (final) do segundo período

Sugestões
Ficha de autoavaliação proposta na página 131 deste livro.
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Consolidação Observações
Autoavaliação (final) do segundo período, sendo 45 min
ajustáveis facilmente.

30
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 16
Conteúdos Tempo previsto / min
Grandezas elétricas: corrente elétrica, diferença de potencial 135
elétrico e resistência elétrica
Manual / páginas
Resistência de condutores filiformes; resistividade e variação
da resistividade com a temperatura 80-89

Metas Curriculares Atividades


2. Descrever circuitos elétricos a partir de grandezas Simulação para interpretação do significado das grandezas
elétricas; compreender a função de um gerador e as suas corrente elétrica, diferença de potencial elétrico (tensão
características e aplicar a conservação da energia num elétrica) e resistência elétrica.
circuito elétrico tendo em conta o efeito Joule. Interpretação da dependência da resistência elétrica de
2.1 Interpretar o significado das grandezas corrente elétrica, um condutor filiforme com a resistividade, característica
diferença de potencial elétrico (tensão elétrica) e resistência do material que o constitui, e com as suas características
elétrica. geométricas (comprimento e área da secção reta).
2.3 Interpretar a dependência da resistência elétrica de Resolução do Concretizar da pág. 84 do Manual.
um condutor filiforme com a resistividade, característica Resolução do Concretizar da pág. 86 do Manual.
do material que o constitui, e com as suas características
Interpretação do gráfico da figura 7 da pág. 87 do Manual.
geométricas (comprimento e área da secção reta).

Sugestões
1
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/ohms-law
2
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/circuit-construction-kit-dc
3
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/resistance-in-a-wire
4
http://www.physics-chemistry-interactive-flashanimation.com/electricity_electromagnetism_interactive/electric_
conductors_insulators.htm
Apresentação multimédia «Mas afinal o que se entende por diferença de potencial elétrico?», no e-Manual Premium

Consolidação Observações
2
STOP da pág. 83 do Manual Simulador: circuito elétrico (DC), com resistências, lâmpadas,
Questão 1 da pág. 87 do Manual interruptores, baterias, voltímetros, amperímetros, etc.
3
Exercícios 1 a 6 (págs.111 e 112 do Manual) Simulador da variação da resistência em função das
características do fio metálico (comprimento, natureza,
espessura).
1e4
Estudo da Lei de Ohm.
Se esta aula for de 135 min poderá ser mais teórico-prática com
a resolução do STOP da pág. 86 do Manual e dos exercícios 1 a 6
(págs. 111 e 112 do Manual).
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31
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 17
Conteúdos Tempo previsto / min
Corrente contínua e corrente alternada 90
Associações em série e em paralelo: diferença de potencial
Manual / páginas
elétrico e corrente elétrica
90-93

Metas Curriculares Atividades


2.4 Comparar a resistividade de materiais bons Resolução do STOP da pág. 86 do Manual como súmula da aula anterior.
condutores, maus condutores e semicondutores Interpretação da tabela da pág. 87 do Manual para distinguir bons
e indicar como varia com a temperatura, condutores, maus condutores e semicondutores.
justificando, com base nessa dependência,
Visualização dos símbolos inscritos na fonte de alimentação para
exemplos de aplicação (resistências padrão para
distinguir corrente contínua de corrente alternada.
calibração, termístor em termómetros, etc.).
Utilização de um simulador para identificar associações de componentes
2.2 Distinguir corrente contínua de corrente
elétricos em série e em paralelo.
alternada.
Revisão da simbologia de alguns componentes elétricos e eletrónicos, a
2.7 Identificar associações de componentes
partir da tabela das págs. 254 e 255 do Manual.
elétricos em série e paralelo e caracterizá-las
quanto às correntes elétricas que os percorrem Resolução do Concretizar da pág. 92 do Manual.
e à diferença de potencial elétrico nos seus Explicitação das conclusões sobre I e U em circuitos em série e em
terminais. paralelo (pág. 94 do Manual).

Sugestões
Colher de pau, vareta de vidro, colher metálica, barra de grafite
Fonte de alimentação.
1
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/circuit-construction-kit-dc

Consolidação Observações
1
STOP da pág. 92 do Manual Simulador: circuito elétrico (DC), com resistências, lâmpadas,
Exercícios 9 a 14 (págs. 112 a 114 do Manual) interruptores, baterias, voltímetros, amperímetros, etc.

Aula n.º 18
Conteúdos Tempo previsto / min
Geradores de corrente contínua: força eletromotriz 90
e resistência interna; curva característica
Manual / páginas
94-96

Metas Curriculares Atividades


2.6 Caracterizar um gerador de tensão contínua pela sua Levantamento das ideias-chave a trabalhar.
força eletromotriz e resistência interna, interpretando Explicitação das características de um gerador de tensão contínua.
o seu significado, e determinar esses valores a partir
Interpelação do gráfico da figura 17 da pág. 95 do Manual
da curva característica.
Conclusões sobre as diferenças entre geradores reais e ideais.
Resolução do STOP da pág. 98 do Manual.
Correção de exercícios de TPC.

Sugestões
Gerador
FA10LP © RAIZ EDITORA

Consolidação Observações
Exercícios 15 a 21 (págs. 114 e 115 do Manual)

32
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 19
Conteúdos Tempo previsto / min
AL 2.1 Características de uma pilha 135
Manual / páginas
104

Metas Curriculares Atividades


Realização da AL 2.1

Sugestões
Em alternativa a resultados experimentais inconclusivos, ver exploração dos resultados a partir da pág. 67 deste livro.

Consolidação Observações
Exercícios 35 a 38 (págs. 118 e 119 do Manual) À medida que os grupos terminam a AL, os alunos começam
a resolver os exercícios de consolidação.

Aula n.º 20
Conteúdos Tempo previsto / min
Conservação da energia em circuitos elétricos; potência 90
elétrica
Manual / páginas
Efeito Joule
96-98

Metas Curriculares Atividades


2.8 Interpretar a conservação da energia num circuito com Resolução do Teste prático.
gerador de tensão e condutores puramente resistivos, Exploração de uma representação esquemática de um
através da transferência de energia do gerador para os circuito elétrico simples (figura 18 da pág. 96 do Manual) para
condutores, determinando diferenças de potencial elétrico, interpretar a conservação de energia num circuito elétrico.
corrente elétrica, energias dissipadas e potência elétrica
Resolução do STOP da pág. 97 do Manual.
do gerador e do condutor.
Exploração do circuito da fig. 19 da pág. 97 do Manual,
2.5 Associar o efeito Joule à energia dissipada nos
para associar o efeito de Joule à energia dissipada nos
componentes elétricos, devido à sua resistência, e
componentes elétricos.
que é transferida para as vizinhanças através de calor,
identificando o LED (díodo emissor de luz) como um Leitura orientada do Saber mais sobre… da pág. 98 do
componente de elevada eficiência (pequeno efeito Joule). Manual.

Sugestões
Teste prático proposto na pág. 167 deste livro
Apresentação multimédia «LED: como funciona, para que serve, que vantagens oferece?», no e-Manual Premium

Consolidação Observações
STOP da pág. 97 do Manual
STOP da pág. 98 do Manual
Exercícios 22 a 24 (págs. 115 e 116 do Manual)
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FA10LP_F03

33
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 21
Conteúdos Tempo previsto / min
Conservação da energia em circuitos elétricos; potência 90
elétrica
Manual / páginas
98-102

Metas Curriculares Atividades


2.8 Interpretar a conservação da energia num circuito com Correção do teste prático.
gerador de tensão e condutores puramente resistivos, Dedução orientada da expressão P = U I e unidades SI
através da transferência de energia do gerador para os das respetivas grandezas.
condutores, determinando diferenças de potencial elétrico,
Resolução do STOP da pág. 99 do Manual.
corrente elétrica, energias dissipadas e potência elétrica
do gerador e do condutor. Leitura silenciosa, seguida de debate, do Saber mais sobre…
da pág. 99 do Manual.
Resolução do Concretizar da pág. 100 do Manual.
Compreensão global do texto A Física está… da pág. 102
do Manual.

Sugestões

Consolidação Observações
STOP da pág. 99 do Manual
Exercícios 25 a 28 (pág. 116 do Manual)

Aula n.º 22
Conteúdos Tempo previsto / min
135
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Realização da súmula do subdomínio 2, em interlocução com
os alunos
Resolução de exercícios e/ou TPC

Sugestões
Em pequenos grupos homogéneos ou heterogéneos para tutoria, os alunos resolvem exercícios do Manual e do Caderno de
atividades. Correção no quadro.

Consolidação Observações
Exercícios 29 a 34 (págs.117 e 118 do Manual) Esta aula deverá ser para apoio mais individualizado
Exercícios do Caderno de atividades
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34
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 23
Conteúdos Tempo previsto / min
90
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Esclarecimento de dúvidas.

Sugestões
A partir de dúvidas, apresentadas pelos alunos, rever conteúdos colaterais.

Consolidação Observações

Aula n.º 24
Conteúdos Tempo previsto / min
90
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Teste de avaliação escrita.

Sugestões
Teste 2 proposto na pág. 147

Consolidação Observações

Aula n.º 25
Conteúdos Tempo previsto / min
90
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Entrega e correção do teste de avaliação escrita.

Sugestões
FA10LP © RAIZ EDITORA

Consolidação Observações

35
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 26
Conteúdos Tempo previsto / min
Sistema, fronteira e vizinhança; sistema isolado; sistema 90
termodinâmico
Manual / páginas
Temperatura, equilíbrio térmico e escalas de temperatura
122-126

Metas Curriculares Atividades


3. Compreender os processos e mecanismos de Exploração de exemplos do quotidiano (garrafa «termos»,
transferências de energia entre sistemas termodinâmicos, garrafa rolhada com água, chávena com café quente) para
interpretando-os com base na Primeira e na Segunda Leis definir os vários tipos de sistemas, fronteira e vizinhança.
da Termodinâmica. Resolução do exercício 1 da pág. 192 do Manual.
3.1 Distinguir sistema, fronteira e vizinhança e definir sistema Definição das escalas de temperatura (Celsius e Kelvin),
isolado. indicando as respetivas unidades.
3.2 Identificar um sistema termodinâmico como aquele em Explicitação da unidade SI de temperatura.
que se tem em conta a sua energia interna.
Escrita da expressão que relaciona a temperatura
3.3 Indicar que a temperatura é uma propriedade que das escalas Celsius e Kelvin.
determina se um sistema está ou não em equilíbrio térmico
Imagens de comparação de escalas de temperatura.
com outros e que o aumento de temperatura de um sistema
implica, em geral, um aumento da energia cinética das suas Utilização do termómetro IV para medir a temperatura
partículas. do chão e do teto.
3.4 Indicar que as situações de equilíbrio térmico permitem Determinação da diferença de temperatura entre a sala e um
estabelecer escalas de temperatura, aplicando à escala de aluno, nas escalas de Celsius e de Kelvin para mostrar que
temperatura Celsius. DT = Dt .
3.5 Relacionar a escala de Celsius com a escala de Kelvin Resolução do concretizar da pág. 126 do Manual.
(escala de temperatura termodinâmica) e efetuar conversões
de temperatura em graus Celsius e kelvin.

Sugestões
Garrafa com água rolhada, uma chávena de café ou copo com chá, uma garrafa termos com café quente ou chá quente.
Termómetro IV.
Comparação de escalas de temperatura (num motor de busca procurar sites com comparação de escalas de temperatura).

Consolidação Observações
Exercícios 1 a 12 (págs. 192 e 193 do Manual) Existem várias escalas absolutas, sendo a escala de Kelvin
a mais conhecida.

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36
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 27
Conteúdos Tempo previsto / min
O calor como medida da energia transferida 90
espontaneamente entre sistemas a diferentes temperaturas
Manual / páginas
Mecanismos de transferência de energia por calor em
sólidos e fluidos: condução e convecção 127-131

Metas Curriculares Atividades


3.6 Identificar calor como a energia transferida Apresentação de questões simples para levantamento
espontaneamente entre sistemas a diferentes temperaturas. de ideias-chave a trabalhar ao longo da aula.
3.7 Descrever as experiências de Thompson e de Joule Utilização dos simuladores para apropriação/consolidação
identificando o seu contributo para o reconhecimento de que das ideias-chave.
o calor é energia. Distinção entre calor no sentido vulgar e em contexto
3.8 Distinguir, na transferência de energia por calor, a científico.
radiação – transferência de energia através da propagação Leitura silenciosa seguida de discussão do Saber mais
de luz, sem haver contacto entre os sistemas – da condução sobre… pág. 128 do Manual.
e da convecção que exigem contacto entre sistemas.
Introdução do conceito de radiância.
3.9 Indicar que todos os corpos emitem radiação e que
Exemplificação da emissão de radiação por parte de todos
à temperatura ambiente emitem predominantemente
os corpos.
no infravermelho, dando exemplos de aplicação desta
característica (sensores de infravermelhos, visão noturna, Exploração do Saber mais sobre… da pág. 130 do Manual.
termómetros de infravermelhos, etc.).

Sugestões
1
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/energy-forms-and-changes
2
http://energy.concord.org/energy2d/comparing-convection.html
3
http://energy.concord.org/energy2d/thermal-conductivity.html
4
http://energy.concord.org/energy2d/conduction-area.html
5
http://energy.concord.org/energy2d/temperature-difference.html

Consolidação Observações
1
Questão 1 da pág. 127 do Manual Simulador de energia, transformações, transferência
Exercícios 13 e 14 (pág. 193 do Manual) de energia por calor etc.
2
Simuladores Java, que mostram a transferência de energia:
condução e convecção (correntes de convecção)
3
Simulador da transferência de energia (condução) numa
pega de frigideira em madeira ou em metal, efeito
da condutividade elétrica
4
Simulador Java: efeito da área na condução
5
Simulador Java: efeito da temperatura na condução
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37
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 28
Conteúdos Tempo previsto / min
Radiação e irradiância 135
Manual / páginas
131-133

Metas Curriculares Atividades


3.10 Indicar que todos os corpos absorvem Correção de TPC (exercícios 13 e 14 [pág. 193 do Manual]).
radiação e que a radiação visível é absorvida Introdução dos conceitos de radiação, irradiância e emitância.
totalmente pelas superfícies pretas.
Exemplificação da emissão de radiação por parte de todos os corpos.
3.11 Associar a irradiância de um corpo
Realização do Concretizar da pág. 133 do Manual.
à energia da radiação emitida por unidade
de tempo e por unidade de área. Visualização e interpretação de um pequeno filme.
Aplicações teórico-práticas em pequenos grupos de trabalho.

Sugestões
1
https://www.youtube.com/watch?v=125KoXlTD9Q
Apresentação multimédia «Irradiância e painéis fotovoltaicos», no e-Manual Premium

Consolidação Observações
Exercícios 15 e 19 (págs. 194 e 195 do Manual) A segunda parte desta aula será um ponto da situação, com correção
Exercícios do Caderno de Atividades de TPC e resolução de exercícios, permitindo apoio individualizado.
1
Filme que aborda (em inglês) as três formas de transferência de energia.
Duração: 6 minutos

Aula n.º 29
Conteúdos Tempo previsto / min
Condução térmica e condutividade térmica 90
Manual / páginas
134-139

Metas Curriculares Atividades


3.12 Identificar uma célula fotovoltaica como um dispositivo Explicação do funcionamento dos painéis fotovoltaicos.
que aproveita a energia da luz solar para criar diretamente Identificação das condições de otimização de um painel
uma diferença de potencial elétrico nos seus terminais, fotovoltaico.
produzindo uma corrente elétrica contínua.
Leitura silenciosa seguida de interpretação-debate
3.13 Dimensionar a área de um sistema fotovoltaico dos Saber mais sobre… das págs. 136 e 137 do Manual.
conhecida a irradiância solar média no local de instalação,
Dimensionamento de um painel fotovoltaico com o
o número médio de horas de luz solar por dia, o rendimento
Concretizar da pág. 137 do Manual.
e a potência a debitar.
Leitura orientada do Saber mais sobre… da pág. 138
do Manual.
Preparação da AL 3.1 com a resolução do exercício 75
da pág. 209 do Manual.

Sugestões
1
http://aveirenovaveis.blogspot.com/p/solar-fotovoltaico.html
Apresentação multimédia «Irradiância e painéis fotovoltaicos», no e-Manual Premium
FA10LP © RAIZ EDITORA

Consolidação Observações
1
Exercícios 20 a 22 (pág. 195 do Manual) e 75 (pág. 209) Painéis fotovoltaicos

38
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 30
Conteúdos Tempo previsto / min
Condução térmica e condutividade térmica 90
Manual / páginas
139-145

Metas Curriculares Atividades


3.14 Distinguir os mecanismos de condução e de Observação das figuras da pág. 139 do Manual e colocação de
convecção. questões para levantamento de palavras-chave a trabalhar ao longo
3.15 Associar a condutividade térmica à taxa da aula.
temporal de transferência de energia como calor Explicitação dos mecanismos de condução de convecção.
por condução, distinguindo materiais bons e maus Leitura silenciosa seguida de interpretação do Saber mais sobre…
condutores do calor. da pág. 140 do Manual.
Utilização dos simuladores e de pequenos filmes para explorar
a expressão:
Q A DT
=k
Dt l
Análise da tabela 1 da pág. 143 do Manual.
Resolução do Concretizar da pág. 143 do Manual.
Apresentação de amostras de vários materiais para discutir
isolamento térmico.
Resolução do concretizar da pág. 144 do Manual.

Sugestões
1
http://energy.concord.org/energy2d/specific-heat.html
2
http://energy.concord.org/energy2d/spoon.html
3
https://www.youtube.com/watch?v=liKcJKjvFcY
4
https://www.youtube.com/watch?v=c50PV-9j1BM
5
https://www.youtube.com/watch?v=CnmU_3Q9cmU
6
https://www.youtube.com/watch?v=E5chWfVLmHk

Consolidação Observações
1
STOP da pág. 141 do Manual Simulador Java: Efeito da capacidade térmica na transferência
STOP da pág. 143 do Manual de energia por condução.
2
Exercícios 23 a 34 (págs.195 a 198 do Manual) Simulador java: duas colheres a serem aquecidas numa ponta
e observação da condução de energia.
3
Filme que aborda (em inglês) as três formas de transferência de
energia, aborda a formação das brisas. Duração: 8 minutos
4
Filme que mostra uma experiência da difusão da tinta em água
quente devidos à corrente de convecção. Duração: 2 minutos
5
Filme que mostra uma experiência interessante sobre correntes de
convecção (simulação do candeeiro de lava). Duração: 2,30 minutos
6
Em espanhol, três experiências da aplicação da condução,
convecção e radiação.
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39
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 31
Conteúdos Tempo previsto / min
AL 3.1 Radiação e potência elétrica de um painel fotovoltaico 135
Manual / páginas
165

Metas Curriculares Atividades


Realização da AL 3.1

Sugestões
Em alternativa a resultados experimentais inconclusivos, ver exploração dos resultados a partir da pág. 75 deste livro.

Consolidação Observações
Exercícios 75 (pág. 209 do Manual)

Aula n.º 32
Conteúdos Tempo previsto / min
Capacidade térmica mássica 90
Manual / páginas
145-148

Metas Curriculares Atividades


3.16 Interpretar o significado de capacidade térmica mássica, Interpretação da figura 25 da pág. 145 do Manual.
aplicando-o na explicação de fenómenos do quotidiano. Resolução do Concretizar da pág. 145 do Manual.
Exploração da tabela 2 da pág. 146 do Manual.
Exposição da expressão: Q = m c DT
Leitura orientada seguida de discussão do Saber mais
sobre… da pág. 147 do Manual.

Sugestões
Preparação para a AL 3.2.
Exercícios 76 a 77 da pág. 209 do Manual.
1
https://www.youtube.com/watch?v=J5fst-9I7n8
2
https://www.youtube.com/watch?v=bH2eBu6lKUE

Consolidação Observações
1
STOP da pág. 146 do Manual Vídeo interessante onde é feita uma exposição quantitativa
TPC – Leitura do Saber mais sobre… da pág. 148 do Manual e qualitativa do conceito de calor específico (capacidade
Exercícios 35 a 41 (págs. 198 e 199 do Manual) térmica mássica) Duração: 3,36 minutos
2
Vídeo de uma experiência de três balões com areia, água e
ar, e observar o seu rebentamento. Aborda o conceito
da capacidade térmica mássica (em brasileiro)
Duração: 1,33 minutos
FA10LP © RAIZ EDITORA

40
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 33
Conteúdos Tempo previsto / min
Variação de entalpia de fusão e de vaporização 90
Manual / páginas
149-151

Metas Curriculares Atividades


3.17 Interpretar o conceito de variação de Revisão das designações das mudanças de estado (figura 27 da pág. 149
entalpias de fusão e de vaporização. do Manual).
3.18 Determinar a variação de energia Explicitação das mudanças de estado em termos de receção ou cedência
interna de um sistema num aquecimento ou de energia por parte do sistema.
arrefecimento, aplicando os conceitos de Distinção entre ebulição e vaporização.
capacidade térmica mássica e de variação
Interpretação do arrefecimento de sumo com água fria e com cubos de gelos.
de entalpia (de fusão ou de vaporização),
interpretando o sinal dessa variação. Análise do gráfico da pág. 150 do Manual.
Escrita da expressão: Q = m DH.
Exploração da tabela da pág. 151 do Manual.

Sugestões
1
https://www.youtube.com/watch?v=6egRn5R2Wik
2
http://lectureonline.cl.msu.edu/~mmp/period/phase.htm
3
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/states-of-matter

Consolidação Observações
1
STOP da pág. 151 do Manual Vídeo aula – em brasileiro – sobre mudança de fase, variação
Exercícios 42 a 49 (págs. 199 a 201 do Manual) da temperatura e os estados físicos e calores latentes
2
Simulador que fornece as temperaturas de mudanças de fase
para os elementos da tabela periódica
3
Simulador sobre os estados da matéria, velocidades
das partículas e distância entre as partículas, em função
do aquecimento e do arrefecimento

Aula n.º 34
Conteúdos Tempo previsto / min
AL 3.2 Capacidade térmica mássica 135
Manual / páginas
173

Metas Curriculares Atividades


Realização da AL 3.2

Sugestões
Em alternativa a resultados experimentais inconclusivos, ver exploração dos resultados a partir da pág. 79.

Consolidação Observações
FA10LP © RAIZ EDITORA

Exercícios 76 e 77 (pág. 209 do Manual)

41
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 35
Conteúdos Tempo previsto / min
Primeira Lei da Termodinâmica: transferências 90
de energia e conservação da energia
Manual / páginas
152-157

Metas Curriculares Atividades


3.20 Interpretar e aplicar a Primeira Lei Revisão do Princípio da conservação de energia.
da Termodinâmica. Interpretação e aplicação da Primeira Lei da Termodinâmica.
3.19 Interpretar o funcionamento de um coletor solar, Resolução do Concretizar da pág. 153 do Manual.
a partir de informação selecionada, e identificar Explicação do funcionamento de um coletor solar (figura 29 da pág.
as suas aplicações 154 do Manual).
Leitura orientada do Saber mais sobre… da pág. 155 do Manual.
Resolução do Concretizar da pág. 156 do Manual.
Resolução de exercícios.

Sugestões
1
http://www.jorgeneto.eprofes.net/colector_solar.htm
Apresentação multimédia «Como funcionam os coletores solares?», no e-Manual Premium

Consolidação Observações
1
STOP da pág. 153 do Manual Coletor solar
Exercícios 50 a 56 (pág. 202 do Manual)

Aula n.º 36
Conteúdos Tempo previsto / min
Segunda Lei da Termodinâmica: degradação 90
da energia e rendimento
Manual / páginas
157-161

Metas Curriculares Atividades


3.21 Associar a Segunda Lei da Termodinâmica Identificação de processos irreversíveis, como as ilustradas nas
ao sentido em que os processos ocorrem figuras 30 e 31 da pág. 157 do Manual e outras do quotidiano.
espontaneamente, diminuindo a energia útil. Enunciar a Segunda Lei da Termodinâmica.
3.22 Efetuar balanços energéticos e calcular Realização de balanços energéticos a partir da representação
rendimentos. esquemática da pág. 158 do Manual.
Resolução do Concretizar da pág. 160 do Manual.
Leitura silenciosa, seguida de discussão do Saber mais sobre… da
pág. 161 do Manual.
Interpretação de etiquetas de eletrodomésticos.
Resolução de exercícios.

Sugestões
Apresentação multimédia «2.ª Lei da Termodinâmica», no e-Manual Premium

Consolidação Observações
STOP da pág. 158 do Manual
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STOP da pág. 159 do Manual


Questão 4 da pág. 160 do Manual
Exercícios 59 a 64 (págs. 203 e 204 do Manual)

42
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 37
Conteúdos Tempo previsto / min
AL 3.3 Balanço energético num sistema termodinâmico 135
Manual / páginas
184

Metas Curriculares Atividades


Realização da AL 3.3

Sugestões
Em alternativa a resultados experimentais inconclusivos, exploração dos resultados a partir da pág. 85 deste livro

Consolidação Observações

Aula n.º 38
Conteúdos Tempo previsto / min
90
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Resolução do teste prático/Questões pós-laboratoriais.
Analisar uma situação em contexto real.
Resolução de exercícios globais e do Caderno de atividades.
Análise de uma situação em contexto real.
Resolução de exercícios globais (65 a 74) do Manual e do Caderno de atividades.

Sugestões
Teste prático 3 proposto na pág. 171, com resolução individual (+/– 30 min).
1
http://www.youtube.com/watch?v=uE1J66WGw3g

Consolidação Observações
1
Vídeo sobre a cidade de Masdar

Aula n.º 39
Conteúdos Tempo previsto / min
90
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Entrega e correção do teste prático/Questões pós-laboratoriais.
Esclarecimento de dúvidas.
Realização da súmula do subdomínio 3 em interlocução com os alunos.
Esclarecimento de dúvidas.

Sugestões
Correção do teste prático (+/– 15 min) a partir de dúvidas, apresentadas pelos alunos, rever conteúdos colaterais.
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Consolidação Observações

43
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 40
Conteúdos Tempo previsto / min
90
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Teste de avaliação escrita.

Sugestões
Teste 3 proposto na pág. 155 deste livro.

Consolidação Observações

Aula n.º 41
Conteúdos Tempo previsto / min

Manual / páginas
135

Metas Curriculares Atividades


Pesquisa e elaboração dos trabalhos de grupo.

Sugestões
Ver propostas de trabalho de pesquisa na pág. 121 deste livro.

Consolidação Observações

Aula n.º 42
Conteúdos Tempo previsto / min
90
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Entrega e correção do teste de avaliação escrita

Sugestões
Projetar os critérios de classificação específicos e resolver no quadro situações específicas.
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Consolidação Observações

44
Gestão dos tempos letivos
Aula n.º 43
Conteúdos Tempo previsto / min
90
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Apresentação oral dos trabalhos de pesquisa.

Sugestões
Utilização da grelha da pág. 130 deste livro, ou de uma adaptação previamente negociada com os alunos.

Consolidação Observações

Aula n.º 44
Conteúdos Tempo previsto / min
90
Manual / páginas

Metas Curriculares Atividades


Preenchimento da ficha de autoavalição.
Avaliação de final de ano.

Sugestões
Utilização da grelha como a sugerida na pág. 131 deste livro.

Consolidação Observações
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45
3. EXPLORAÇÃO DOS
RESULTADOS DAS
ATIVIDADES
LABORATORIAIS (AL)

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Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Nesta secção são apresentadas algumas recomendações sobre o material a utilizar nas atividades labora-
toriais, notas sobre o procedimento, resultados experimentais obtidos e as respetivas análises e conclusões
dos resultados.

AL 1.1 Movimento num plano inclinado: variação da energia cinética


e distância percorrida

Método A – Utilização de uma fotocélula e de um medidor eletrónico de tempo


Material
• P lano inclinado: convencional ou uma mesa de sala de aula elevada1 de um dos lados cerca de 5 cm;
também pode ser usada uma calha dinâmica, de baixo atrito, da Vernier ou da Pasco e respetivo carrinho2
• Fotocélula e medidor eletrónico de tempo
– lightgate, que se liga ao Digitimer (medidor eletrónico de tempo), equipamento da Philip Harris;
– photogate da Vernier, que se pode ligar a um PC por intermédio de uma interface (LabQuest2, Lab-
Quest, LabPro) ou pode ligar-se a uma calculadora gráfica da Texas Instruments por intermédio das
interfaces CBL2 ou Lab Cradle;
– photogate da Pasco que se pode ligar diretamente a um medidor eletrónico de tempo (Photogate Timer)
ou, pode ligar-se a um PC por intermédio de uma interface como a 850 Universal Interface ou às
interfaces USB Link, SPARKlink ou SPARKlink Air (usando o adaptador Pasport Digital Adaptor)
• Carrinho: tem de ter volume razoável para permitir a fixação da tira opaca; deve ter massa de 300 g
ou superior: algumas escolas têm carrinhos de madeira com três rodas, usados no estudo da conserva-
ção do momento linear, que servem na perfeição
• Fita métrica ou régua: graduada em mm
• Tira opaca: 5 mm de largura, a fixar na vertical numa das extremidades do carrinho; pode ser feita com
papel grosso, de cartolina, ou até de madeira ou plástico etc.
• Craveira: de preferência; em alternativa, pode ser usada uma régua graduada em milímetros3
• Balança digital: pode ser de baixa sensibilidade, 0,1 g por exemplo
• Suporte universal e noz: e garra no caso de a fotocélula não ter haste para se prender ao suporte

1
 ermite fazer-se o estudo para distâncias maiores, o que facilita toda a recolha de dados.
P
2
A calha dinâmica da Vernier traz os carrinhos incluídos e respetivos acessórios, entre os quais parafusos de 1 cm de diâmetro que
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são usados em substituição das tiras opacas.


3
Sítio da internet que explica como utilizar a craveira:
http://www.stefanelli.eng.br/webpage/metrologia/p-paquimetro-nonio-milimetro-05.html (acedido em 23/12/2014)

47
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Notas sobre Procedimento


No procedimento que consta no Manual optou-se por abandonar o carrinho sempre do mesmo ponto
e deslocar a fotocélula ao longo de várias posições sobre o plano inclinado. Pode optar-se por manter a foto-
célula e respetiva montagem fixa no final do plano inclinado e abandonar o carrinho de posições sucessiva-
mente mais afastadas (ou mais próximas) da fotocélula.

Registo e tratamento dos dados experimentais

1. Registo dos dados experimentais

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º
Grandeza
m/g
514,83
(± 0,01 g)

Dx / mm
9,40
(± 0,05 mm)

d / cm
15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00
(± 0,05 cm)

Dt / ms
57,0 57,0 57,0 49,0 49,0 50,0 43,0 43,0 43,0 39,0 38,0 39,0 37,0 37,0 37,0 34,0 34,0 34,0
(± 0,1 ms)

Ensaio
7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º
Grandeza
m/g
514,83
(± 0,01 g)

Dx / mm
9,40
(± 0,05 mm)

d / cm
45,00 50,00 55,00 60,00 65,00 70,00
(± 0,05 cm)

Dt / ms
30,0 31,0 31,0 30,0 29,0 30,0 28,0 28,0 28,0 27,0 26,0 26,0 25,0 25,0 25,0 24,0 24,0 25,0
(± 0,1 ms)
FA10LP © RAIZ EDITORA

48
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

2. Tratamento dos dados experimentais


Ensaio 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º
Grandeza
Dt / s
57,0 57,0 57,0 49,0 49,0 50,0 43,0 43,0 43,0 39,0 38,0 39,0 37,0 37,0 37,0 34,0 34,0 34,0
(± 0,1 * 10-3 s)
Valor mais provável:
57,0 49,3 43,0 38,7 37,0 34,0
«
D«t / * 10-3 s
Desvio de cada medida:
0,0 0,0 0,0 -0,3 -0,3 0,7 0,0 0,0 0,0 0,3 -0,7 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
d = (Dt - «
D«t ) / * 10-3 s
Desvio absoluto máximo:
fldflmáx. / * 10-3 s
0,0 0,7 0,0 0,7 0,0 0,0

Incerteza absoluta1 / * 10-3 s 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0


Incerteza relativa:
Incerteza absoluta * 100 / % 1,8% 2,0% 2,3% 2,6% 2,7% 2,9%
Valor mais provável
««t ± incerteza absoluta)
Dt = (D
57,0 ± 1,0 49,3 ± 1,0 43,0 ± 1,0 38,7 ± 1,0 37,0 ± 1,0 34,0 ± 1,0
/ * 10-3 s
Dx / m (± 5 * 10-5 m) 9,40 * 10-3

m / kg (± 1 * 10-5 kg) 0,51483

d / m (± 5 * 10-4 m) 0,1500 0,2000 0,2500 0,3000 0,3500 0,4000


Dx
/ m s-1
«
D«t 0,165 0,191 0,219 0,243 0,254 0,276

DEc / J 0,00701 0,00939 0,0123 0,0152 0,0166 0,0196

Ensaio 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º


Grandeza
Dt / s
30,0 31,0 31,0 30,0 29,0 30,0 28,0 28,0 28,0 27,0 26,0 26,0 25,0 25,0 25,0 24,0 24,0 25,0
(± 0,1 * 10-3 s)
Valor mais provável:
30,7 29,7 28,0 26,7 25,0 24,3
«
D«t / * 10-3 s
Desvio de cada medida:
-0,7 0,3 0,3 0,3 -0,7 0,7 0,0 0,0 0,0 0,3 -0,7 0,3 0,0 0,0 0,0 -0,3 -0,3 0,7
d = (Dt - «
D«t ) / * 10-3 s
Desvio absoluto máximo:
fldflmáx. / * 10-3 s
0,7 0,7 0,0 0,7 0,0 0,7

Incerteza absoluta1 / * 10-3 s 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0


Incerteza relativa:
Incerteza absoluta * 100 / % 3,3% 3,4% 3,6% 3,7% 4,0% 4,1%
Valor mais provável
««t ± incerteza absoluta)
Dt = (D
30,7 ± 1,0 29,7 ± 1,0 28,0 ± 1,0 26,7 ± 1,0 25,0 ± 1,0 24,3 ± 1,0
/ * 10-3 s
Dx / m (± 5 * 10-5 m) 9,40 * 10-3
m / kg (± 1 * 10-5 kg) 0,51483

d / m (± 5 * 10-4 m) 0,4500 0,5000 0,5500 0,6000 0,6500 0,7000


Dx
/ m s-1
«
D«t 0,306 0,316 0,336 0,352 0,376 0,387
FA10LP © RAIZ EDITORA

DEc / J 0,0241 0,0257 0,0291 0,0319 0,0364 0,0386

1
É o maior valor do conjunto: incerteza de leitura (instrumento de medida); desvio absoluto máximo.
FA10LP_F04

49
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Gráfico e equação (folha de cálculo)


Variação da energia cinética em função da distância
0,050

variação da energia cinética / J 0,040


y = 0,0580x - 0,00248
0,030

0,000

0,010

0,000
0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800
distância / m
Gráfico e equação (calculadora gráfica)

Equação da reta de ajuste: ΔEc = 0,0580d – 0,00248 ( J)


Declive da reta: a = 0,0580 J m-1 (N)
Ordenada na origem: b = – 0,00248 J

Análise dos resultados e conclusões (sugestões)


1. Sim, pois verifica-se que a variação da energia cinética do carrinho é diretamente proporcional à
distância percorrida pelo carrinho ao longo do plano inclinado, uma vez que a relação é linear (gráfico).
2. O declive da reta de ajuste corresponde ao módulo da força resultante (vide equação 5): FR = 0,0580 N.
3. A precisão de um conjunto de leituras de uma grandeza pode ser estimada pela incerteza relativa, em
incerteza absoluta
percentagem, dada pela expressão * 100 : quanto menor for a incerteza relativa
valor mais possível
maior será a precisão do conjunto de leituras. Deste modo, a precisão foi elevada pois as incertezas

absolutas para os doze ensaios foram todas inferiores a 4,1%.


4. Possibilidade de o carrinho não ter sido abandonado exatamente da mesma posição nos vários ensaios;
Possibilidade de o carrinho não ter sido realmente abandonado (com velocidade inicial nula) em todos
os ensaios;
Possíveis irregularidades da superfície do plano;
Possíveis trajetórias não lineares em toda a sua extensão;
Má colocação da tira opaca1.
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1
 om o carrinho a passar pela fotocélula, pode acontecer que a tira opaca colida com esta e tenha de ser recolocada/fixada de novo
C
no carrinho – durante essa fixação pode haver uma alteração ligeira da largura da mesma pela manipulação menos cuidada ou pode
não ficar exatamente perpendicular ao carrinho e ao plano inclinado.

50
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Método B – Utilização de um marcador eletromagnético


Material
• P lano inclinado: convencional ou uma mesa de sala de aula elevada1 de um dos lados cerca de 10 cm;
também pode ser usada uma calha dinâmica, de baixo atrito, da Vernier ou da Pasco e respetivo carrinho
• Carrinho: dado que a fita e o marcador eletromagnético exercem forças contrárias ao sentido do movi-
mento, convém que o carrinho tenha pelo menos 300 g
• Balança digital: pode ser de baixa sensibilidade, 0,1 g por exemplo
• Marcador eletromagnético (+ fita de papel): alguns modelos ligam-se diretamente à tomada de ~220
V, outros necessitam de um transformador de corrente alternada pois funcionam a tensões baixas (6 V,
por exemplo). Neste caso são necessários cabos com fichas banana para ligar o transformador ao mar-
cador eletromagnético
• Fita métrica ou régua: graduada em mm
• Suporte universal, noz e garra

Notas sobre Procedimento


Este protocolo demora algum tempo a otimizar, facto que permite observar a capacidade de resiliência
do grupo de alunos em causa; cada fita de papel pode ser reutilizada, usando a outra face da mesma; a van-
tagem do método é que basta obter um bom ensaio para o trabalho estar praticamente concluído e a mon-
tagem poder ser utilizada de imediato por outro grupo, na falta de recursos para todos os grupos.

Registo e tratamento dos dados experimentais

1. Registo dos dados experimentais

Ponto
A B C D E F
Grandeza
m/g
500,75
(± 0,01 g)

d / cm
5,10 10,20 16,80 25,90 36,20 48,50
(± 0,05 cm)

Dx / mm
16,0 22,0 31,0 39,0 45,0 51,0
(± 0,05 mm)

Dt / s 0,04
FA10LP © RAIZ EDITORA

1
Permite fazer-se o estudo para distâncias maiores, o que facilita toda a recolha de dados.

51
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

2. Tratamento dos dados experimentais

Ponto
A B C D E F
Grandeza
m / kg
0,50075
(± 1 * 10-5 kg)

d/m
5,10 * 10-2 10,20 * 10-2 16,80 * 10-2 25,90 * 10-2 36,20 * 10-2 48,50 * 10-2
(± 5 * 10-4 m)

Dx / m
1,60 * 10-2 2,20 * 10-2 3,10 * 10-2 3,90 * 10-2 4,50 * 10-2 5,10 * 10-2
(± 5 * 10-4 m)

Dx 0,400 0,550 0,775 0,975 1,13 1,28


/ m s-1
«
D«t

DEc / J 0,0401 0,0757 0,150 0,238 0,320 0,410

Gráfico e equação (folha de cálculo)

Variação da energia cinética em função da distância


0,050
variação da energia cinética / J

0,040
y = 0,8718x - 0,0017
0,030

0,000

0,010

0,000
0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600
distância / m

Equação da reta: ΔEc = 0,8718d - 0,0017 ( J)


Declive da reta: a = 0,8718 (N)
Ordenada na origem: b = -0,0017 J

Análise dos resultados e conclusões (sugestões)


1. Sim, pois verifica-se que a variação da energia cinética do carrinho é diretamente proporcional à
distância percorrida pelo carrinho ao longo do plano inclinado, uma vez que a relação é linear (gráfico).
2. O declive da reta de ajuste corresponde ao módulo da força resultante (vide equação 5 na pág. 44 do
Manual): FR = 0,8718 N.
3. Possível irregularidade na marcação dos pontos por parte do marcador eletromagnético devido à
qualidade do equipamento e/ou possíveis oscilações da tensão elétrica;
FA10LP © RAIZ EDITORA

Possível ajuste incorreto do conjunto «papel + marcador eletromagnético»;


Possíveis trajetórias do carrinho não lineares;
Possíveis irregularidades na rotação das rodas do carrinho.

52
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

AL 1.1 Movimento num plano inclinado: variação da energia cinética


e distância percorrida

PROTOCOLO ALTERNATIVO

Método C – Utilização de um sensor de posição de ultrassons


O método C consiste na fixação de um sensor de posição de ultrassons no topo do plano inclinado,
ligado a um conjunto «interface+computador» (ou «interface+máquina de calcular»), à frente do qual um
carrinho é abandonado. Obtém-se o registo das sucessivas posições em função do tempo. Ao longo do plano
inclinado, o módulo da velocidade do carrinho aumenta, aumentando também a energia cinética a cada
instante. A energia cinética inicial do carrinho é nula pelo que a variação da energia cinética entre a posição
inicial (de abandono) e a posição sobre o plano coincide com a energia cinética do carrinho nessa posição.
Como o sensor de posição é capaz de fazer até 50 leituras por segundo1, pode determinar-se o módulo
da velocidade do carrinho à custa do cálculo do módulo da velocidade média do carrinho em várias posições
ao longo do plano inclinado.

A
B
v
D
C

Legenda:
A – sensor de posição de ultrassons
B – carrinho
C – plano inclinado
D – suporte universal
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1
Dependendo do fabricante e das reflexões acústicas que ocorram no local da atividade.

53
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

O gráfico da fig. 1 mostra um ensaio usando este método. A zona do gráfico que interessa analisar é
aquela em que ocorre variação da posição do carrinho em relação ao sensor (assinalada com uma chaveta).

Posição do carrinho em função do tempo


0,900
0,800
0,700
0,600
posição / m

0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
0,000 0,400 0,800 1,200 1,600 2,000 2,400 2,800
tempo / s

Fig. 1
O gráfico da fig. 2 põe em evidência os dados da posição em função do tempo durante o movimento do
carrinho sobre o plano inclinado – intervalo de tempo durante o qual ocorre variação da energia cinética do
carrinho (correspondem aos dados da fig. 1 assinalados com a chaveta).

Posição do carrinho em função do tempo


0,900
0,800
0,700
0,600
posição / m

0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
1,100 1,300 1,500 1,700 1,900 2,100 2,300
tempo / s

Fig. 2

A tabela seguinte mostra como se pode proceder para se obter os dados desta atividade. Começa-se por
escolher vários pontos A, B, C, D, … separados por iguais intervalos de tempo. De seguida determina-se para
cada um desses pontos (A, B, C, D, …) uma diferença de posição (Δx) que corresponde à posição imediata-
mente após esse ponto subtraída da posição imediatamente antes desse ponto, de maneira muito semelhante
ao que se faz no método B. Dividindo essas variações de posição (Δx) pelo respetivo intervalo de tempo (Δt)
obtém-se o módulo da velocidade média na vizinhança desse ponto (A, B, C, D, …) que é, aproximadamente,
igual ao módulo da velocidade do carrinho ao passar nesse ponto do plano inclinado. Conhecendo a massa
do carrinho, calcula-se a variação da energia cinética do carrinho (ΔEc) e pode construir-se o gráfico da
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variação da energia cinética (ΔEc) em função da distância (d).

54
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Ponto «sobre v ] Δx/Δt ΔEc = m v2/2


t/s x/m d/m Δx / m Δt / s
o plano» / m s-1 /J
1,100 0,201
1,120 0,203
1,140 0,204
1,160 0,207
1,180 0,211
1,200 0,215
1,220 0,219
1,240 0,225
1,260 0,230
1,280 0,235
1,300 0,240
0,252 – 0,240 = 1,340 – 1,300 =
1,320 0,246 A 0,045 0,30 0,022
0,012 0,040
1,340 0,252
1,360 0,257
1,380 0,264
1,400 0,271
1,420 0,277
1,440 0,285
1,460 0,292
0,308 – 0,292 = 1,500 – 1,460 =
1,480 0,300 B 0,099 0,40 0,040
0,016 0,040
1,500 0,308
1,520 0,316
1,540 0,324
1,560 0,334
1,580 0,343
1,600 0,352
1,620 0,362
0,382 – 0,362 = 1,660 – 1,620 =
1,640 0,372 C 0,171 0,50 0,063
0,020 0,040
1,660 0,382
1,680 0,392
1,700 0,403
1,720 0,415
1,740 0,426
1,760 0,437
1,780 0,449
0,474 – 0,449 = 1,820 – 1,780 =
1,800 0,461 D 0,260 0,63 0,099
0,025 0,040
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1,820 0,474
1,840 0,487

cont. >>

55
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Ponto «sobre v ] Δx/Δt ΔEc = m v2/2


t/s x/m d/m Δx / m Δt / s
o plano» / m s-1 /J
1,860 0,499
1,880 0,513
1,900 0,527
1,920 0,541
1,940 0,554
0,584 – 0,554 = 1,980 – 1,940 =
1,960 0,569 E 0,368 0,75 0,14
0,030 0,040
1,980 0,584
2,000 0,599
2,020 0,614
2,040 0,630
2,060 0,645
2,080 0,662
2,100 0,678
0,712 – 0,678 = 2,140 – 2,100 =
2,120 0,695 F 0,494 0,85 0,18
0,034 0,040
2,140 0,712
2,160 0,729
2,180 0,747
2,200 0,765
2,220 0,781

Material
• P lano inclinado: convencional ou uma mesa de sala de aula elevada1 de um dos lados cerca de 5 cm;
também pode ser usada uma calha dinâmica, de baixo atrito, da Vernier ou da Pasco e respetivo carrinho2
• Carrinho: tem de ter volume razoável para permitir a reflexão dos ultrassons; algumas escolas têm
carrinhos de madeira com três rodas, usados no estudo da conservação do momento linear, que servem
na perfeição
• Sensor de posição ou de ultrassons: Pasco, Vernier, CBR2 da Texas Instruments, etc.
• Cabo do sensor de posição e respetiva interface: Pasco, Vernier, CBL2 ou Lab Cradle da Texas Instru-
ments, etc.
• Computador ou calculadora gráfica: no caso do sensor de posição CBR2: calculadora da Texas Instru-
ments
• Balança digital: pode ser de baixa sensibilidade, 0,1 g por exemplo
• Suporte universal, noz e garra, se necessário
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1
 ermite fazer-se o estudo para distâncias maiores, o que facilita toda a recolha de dados.
P
2
A calha dinâmica da Vernier traz os carrinhos incluídos.

56
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Procedimento:
1. Medir a massa do carrinho na balança, indicando a respetiva incerteza absoluta (informação do
fabricante ou uma unidade no algarismo menos significativo).
2. Preparar o plano inclinado.
3. Abandonar o carrinho no topo do plano, verificando se este se movimenta livremente; em caso
negativo, aumentar um pouco a inclinação.
4. Ligar, por meio dos respetivos cabos, o computador ou a calculadora gráfica à interface e esta ao
sensor de posição (ou ligar o computador diretamente ao sensor de posição).
5. Selecionar a opção feixe ultrassónico apertado/pequeno alcance, deslocando o seletor respetivo.
6. Abrir o respetivo programa informático ou aplicação da calculadora gráfica.
7. Verificar se o sensor emite um som (audível) intermitente, sinal que está ligado.
8. Apontar o sensor de posição para um obstáculo, confirmando que a leitura da respetiva distância.
9. Escolher 5 segundos para tempo de leitura de dados.
10. Escolher 20 Hz (20 leituras por segundo) para a frequência de leitura de dados.
11. Fixar o sensor de posição no topo do plano inclinado de modo que o emissor de ultrassons fique
perpendicular ao mesmo; se necessário utilizar o suporte universal, noz e garra para fixar o sensor
de posição ou sistema de fixação do próprio sensor.
12. Posicionar o carrinho no plano inclinado 15 cm à frente do sensor de posição1.
13. Iniciar a recolha de dados clicando a tecla adequada para o efeito.
14. Abandonar/largar o carrinho, de modo que o movimento seja retilíneo.
15. Terminar a recolha de dados clicando a tecla adequada para o efeito.
16. Observar o perfil do gráfico posição em função do tempo, que deve ser idêntico ao gráfico da
fig. 1. Em caso negativo, repetir o procedimento.

Registo e tratamento dos dados experimentais

1. Registo dos dados experimentais

Ponto
A B C D E F
Grandeza
m/g
500,75
(± 0,01 g)

d / cm
4,5 9,9 17,1 26,0 36,8 49,4
(± 0,1 cm)

Dx / mm
12 16 20 25 30 34
(± 2 mm)

Dt / s
0,040 0,040 0,040 0,040 0,040 0,040
(± 0,002 s)
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1
A distâncias menores do que 15 cm o sensor de posição não consegue detetar com fiabilidade o movimento do carrinho (obstáculo).

57
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

2. Tratamento dos dados experimentais

Ponto
A B C D E F
Grandeza
m / kg
0,50075
(± 1 * 10-5 kg)

d/m
4,50 * 10-2 9,9 * 10-2 17,1 * 10-2 26,0 * 10-2 36,8 * 10-2 49,4 * 10-2
(± 1 * 10-3 m)

Dx / m
12 * 10-3 16 * 10-3 20 * 10-3 25 * 10-3 30 * 10-3 34 * 10-3
(± 5 * 10-4 m)

Dx 0,30 0,40 0,50 0,63 0,75 0,85


/ m s-1
«
D«t

DEc / J 0,022 0,040 0,062 0,099 0,14 0,18

Gráfico e equação (folha de cálculo)


Variação da energia cinética em função da distância
variação da energia cinética / J

0,20

0,15
y = 0,3590x + 0,0045
0,10

0,05

0,00
0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450 0,500
distância / m

Gráfico e equação (calculadora gráfica)

Equação da reta: ΔEc = 0,3590d - 0,0045 ( J)


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Declive da reta: a = 0,3590 J m-1 N


Ordenada na origem: b = -0,0045 J

58
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Análise dos resultados e conclusões (sugestões)


1. Sim, pois verifica-se que a variação da energia cinética do carrinho é diretamente proporcional à
distância percorrida pelo carrinho ao longo do plano inclinado, uma vez que a relação é linear (gráfico).
2. O declive da reta de ajuste corresponde ao módulo da força resultante (vide equação 5 na pág. 44 do
Manual): FR = 0,3590 N.
3. Possível colocação incorreta do sensor de posição relativamente ao plano inclinado;
Possíveis reflexões parasitas do feixe ultrassónico em objetos diferentes do carrinho;
Possíveis trajetórias do carrinho não lineares;
Possíveis irregularidades na rotação das rodas do carrinho ou na superfície do plano inclinado.
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59
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

AL 1.2 Movimento vertical de queda e ressalto de uma bola: transfor-


mações e transferências de energia

Método A – Utilização de régua graduada ou fita métrica


Material
• Bolas: de pingue-pongue, ténis, voleibol, basquetebol, futebol, etc1
• Fita métrica ou régua: graduada em mm
• Parede de cor clara: ou cartolina(s) de cor clara + fita-cola
• Giz: ou marcador de tinta lavável ou equivalente

Notas sobre o Procedimento


Para que com este procedimento os resultados sejam conclusivos, é necessário que o aluno responsável
pela tarefa de abandonar a bola e a agarrar após o ressalto, treine a tarefa até se sentir seguro de como atuar
e seja capaz de manter a calma e a concentração necessárias ao longo de todos os ensaios; os restantes ele-
mentos do grupo devem coordenar-se para treinarem a marcação das posições após cada ressalto. Se houver
tempo, cada altura de queda pode ser repetida mais do que as 4 vezes propostas no protocolo deste método;
deste modo, o grupo pode, durante o tratamento dos dados, optar por desprezar alguns ensaios no caso de
serem muito díspares em relação aos restantes.

Registo e tratamento dos dados experimentais (bola de basquetebol)

1. Registo de dados experimentais

Bola de basquetebol; chão de laje

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º
Grandeza
hqueda / cm
100 90 80 70 60
(± 1 cm)

hressalto / cm
80 75 75 80 70 70 65 70 65 65 60 60 60 55 55 53 45 50 50 45
(± 3 cm)
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1
 s bolas de maior diâmetro permitem um mais fácil manuseamento durante o procedimento pois o aluno pode usar ambas as
A
mãos para abandonar e agarrar a bola, após o ressalto.

60
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

2. Tratamento dos dados experimentais

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º
Grandeza
hqueda / m
1,00 0,90 0,80 0,70 0,60
(± 0,01 m)

hressalto / m
0,80 0,75 0,75 0,80 0,70 0,70 0,65 0,70 0,65 0,65 0,60 0,60 0,60 0,55 0,55 0,53 0,45 0,50 0,50 0,45
(± 0,03 m)

Valor mais provável:


0,78 0,69 0,62 0,56 0,48
`hressalto / m

Desvio:
0,02 -0,03-0,03 0,02 0,01 0,01 -0,04 0,01 0,03 0,03 -0,02-0,02 0,04 -0,01-0,01-0,03-0,04 0,01 0,01 -0,04
d = (hressalto -`hressalto) / m
Desvio absoluto máximo:
fldflmáx. / m
0,03 0,04 0,03 0,04 0,04

Incerteza absoluta / m 0,03 0,04 0,03 0,04 0,04

Incerteza relativa:
Incerteza absoluta * 100 / % 4% 6% 5% 7% 8%
Valor mais provável

hressalto =`h
( ressalto ± incerteza
0,78 ± 0,03 0,69 ± 0,04 0,62 ± 0,03 0,56 ± 0,04 0,48 ± 0,04
absoluta) / m

Gráfico e equação (folha de cálculo)

Altura de ressalto em função da altura de queda -


bola de basquetebol
1,00
altura de ressalto / m

0,90
0,80
y = 0,730x + 0,042
0,70
0,60
0,50
0,40
0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,900 1,000
altura de queda / m

Gráfico e equação (calculadora gráfica)

Equação da reta: hressalto = 0,730hqueda + 0,042 (m)


Declive da reta: a = 0,730
Ordenada na origem: b = 0,042 m
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61
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Registo e tratamento dos dados experimentais (bola de voleibol)

1. Registo de dados experimentais


Bola de voleibol; chão de laje

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º
Grandeza
hqueda / cm
100 90 80 70 60
(± 1 cm)
hressalto / cm
60 65 65 63 55 60 55 60 55 50 50 50 45 45 50 45 40 40 35 37
(± 3 cm) 1
1
 ada a dificuldade do processo definiu-se uma incerteza para as medidas das alturas de ressalto maior do que a incerteza da régua
D
utilizada (0,5 mm).

2. Tratamento dos dados experimentais

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º
Grandeza
hqueda / m
1,00 0,90 0,80 0,70 0,60
(± 0,01 m)
hressalto / m
0,60 0,65 0,65 0,63 0,55 0,60 0,55 0,60 0,55 0,50 0,50 0,50 0,45 0,45 0,50 0,45 0,40 0,40 0,35 0,37
(± 0,03 m)
Valor mais provável:
0,63 0,58 0,51 0,46 0,38
`hressalto / m
Desvio:
-0,03 0,02 0,02 0,00 -0,03 0,02 -0,03 0,02 0,04 -0,01-0,01-0,01-0,01-0,01 0,04 -0,01 0,02 0,02 -0,03-0,01
d = (hressalto -`hressalto) / m
Desvio absoluto máximo:
fldflmáx. / m
0,03 0,03 0,04 0,04 0,03

Incerteza absoluta / m 0,03 0,03 0,04 0,04 0,03

Incerteza relativa:
Incerteza absoluta * 100 / % 5% 5% 8% 9% 8%
Valor mais provável
hressalto =`h
( ressalto ± incerteza
0,63 ± 0,03 0,58 ± 0,03 0,51 ± 0,04 0,46 ± 0,04 0,38 ± 0,03
absoluta) / m

Gráfico e equação (folha de cálculo)


Altura de ressalto em função da altura de queda -
bola de voleibol
1,00
altura de ressalto / m

0,90
0,80
0,70
y = 0,620x + 0,016
0,60
0,50
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0,40
0,30
0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,900 1,000
altura de queda / m

62
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Gráfico e equação (calculadora gráfica)

Equação da reta: hressalto = 0,620hqueda + 0,016 (m)


Declive da reta: a = 0,620
Ordenada na origem: b = 0,016 m

Análise dos resultados e conclusões


1. Sim, uma vez que a relação entre a altura de ressalto e de queda é linear, a altura de ressalto é direta-
mente proporcional à altura de queda (altura de onde é largada a bola) tanto no caso da bola de
basquetebol quer no caso da bola de voleibol.
2. Corresponde ao coeficiente de restituição (e).
3. Se a bola de basquetebol fosse largada de uma altura de 75 cm atingiria uma altura, após o ressalto,
de 59 cm, enquanto a bola de voleibol atingiria uma altura de 48 cm.
4. A bola que tem maior elasticidade é a que tem o maior coeficiente de restituição, que é igual à raiz
quadrada do valor do declive da reta de ajuste aos dados experimentais. O coeficiente de restituição
da bola de basquetebol é "0,730 = 0,854; o coeficiente de restituição da bola de voleibol é
"0,620 = 0,787. Portanto, o conjunto «bola+superfície» que apresenta maior elasticidade é o conjunto
«bola de basquetebol+laje».
5. A bola de basquetebol dissipou (1 – hressalto/hqueda) * 100 = (1 – 0,730) * 100 = 27,0% de energia
mecânica; a bola de voleibol dissipou (1 – hressalto/hqueda) * 100 = (1 – 0,620) * 100 = 38,0% de energia
mecânica; assim, para a mesma superfície (laje), a bola de voleibol dissipou maior percentagem de
energia mecânica.
6. A precisão de um conjunto de leituras de uma grandeza pode ser estimada pela incerteza relativa, em
incerteza absoluta
percentagem, dada pela expressão * 100 : quanto menor for a incerteza relativa
valor mais provável
maior será a precisão do conjunto de leituras. Deste modo, a precisão foi razoável pois as incertezas
absolutas para as medidas das diversas alturas de ressalto, de ambas as bolas, foram inferiores a 9%.
7. Dificuldade de agarrar a bola e mantê-la parada tempo suficiente para outro elemento do grupo
proceder à medição da altura de ressalto;
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Irregularidades da superfície de colisão (solo);


Irregularidades da superfície da(s) bola(s) usadas.

63
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Método B – Utilização de um sensor de posição de ultrassons


Material
• Sensor de posição de ultrassons: da Pasco, da Vernier, CBR2 da Texas Instruments, etc.
• Interface e cabos de ligação: para ligar a computador ou à calculadora gráfica
• Software de aquisição e tratamento de dados: no caso de se usar um computador
• Bolas: de voleibol, basquetebol, futebol, etc.
• Fita métrica ou régua: graduada em mm
• Suporte universal + noz: e garra, se necessário

Notas sobre o Procedimento


Neste procedimento optou-se pelo cenário mais difícil que é o docente deparar-se com um sistema de
aquisição de dados (computador ou calculadora gráfica) que não possui uma rotina preparada para esta ati-
vidade e no ecrã do computador ou da calculadora aparece um gráfico como o da página 57 do Manual
(fig. 3). Se o programa informático ou a calculadora gráfica possuir essa rotina, o procedimento é muito
facilitado.
A medição do diâmetro da bola deverá ser feita colocando a bola entre dois anteparos rígidos e planos,
para minimizar a incerteza de leitura.
A escolha da superfície onde a bola irá colidir é muito importante e deve ser exaustivamente testada
antes de se proceder à montagem do sensor.
A superfície da bola a ser utilizada deve ser observada com cuidado para se escolher uma parte da super-
fície que seja o mais regular possível.
O sensor tem de ficar relativamente alto face ao solo, mas quanto mais alto estiver mais o feixe de ultras-
sons se difunde (espalha), aumentando a probabilidade de captar reflexões indesejáveis das mesas, dos alunos
próximos ou do próprio suporte. Deste modo, o sensor deve ser afastado o mais possível da mesa de trabalho.
Há protocolos nos quais um aluno segura o próprio sensor enquanto outro abandona a bola. Esta meto-
dologia não é aconselhável pois introduz incertezas nas medições das distâncias sensor/superfície superior
da bola.
A incerteza típica deste tipo de sensores de posição é de 1 mm.
Os fabricantes aconselham frequências de amostragem de 20 Hz, embora haja situações em que estes
sensores conseguem funcionar corretamente com frequência de recolha de dados perto dos 50 Hz (o que
dará uma leitura a cada 0,02 s, como no marcador eletromagnético). Nesta atividade, esse problema não é
muito importante pois o interesse está na determinação das alturas (máximas) de cada ressalto da bola,
situação em que os módulos das velocidades das bolas são muito próximos de zero.
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64
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

A expressão utilizada para converter os dados da posição (x) da superfície superior da bola relativamente
ao sensor é justificada pelo facto de se usar o modelo do centro massa da bola (modelo da partícula material).
Deste modo, a altura (ℎ) do sensor relativamente ao solo e o diâmetro (D) da bola têm de ser medidos no
início da atividade. A distância (y) da superfície de colisão (solo) ao centro de massa da bola é obtida à custa
da expressão da altura (ℎ):
D D
ℎ=x+ + y § y = 1ℎ − 2 − x (m)
2 2
ℎ – altura do sensor ao solo (superfície onde ocorre a colisão)
x – distância medida pelo sensor (distância entre o sensor e a superfície superior da bola)
D – diâmetro da bola
y – distância do centro de massa da bola ao solo

Registo e tratamento dos dados experimentais (bola de basquetebol)

1. Registo de dados experimentais


Bola de basquetebol; chão de laje
h = (1,920 ± 0,1) cm
D = (26,0 ± 0,2) cm (dada a dificuldade em medir o diâmetro o valor tomado para incerteza foi de 2 mm)

2. Tratamento dos dados experimentais


Tabela: posição x e da distância y do centro de massa da bola ao solo ao longo do tempo t.

t/s x/m y/m t/s x/m y/m t/s x/m y/m t/s x/m y/m t/s x/m y/m
0,00 0,280 1,510 1,30 0,777 1,013 2,60 1,099 0,691 3,90 1,168 0,622 5,20 1,391 0,399
0,05 0,280 1,510 1,35 0,702 1,088 2,65 1,204 0,586 3,95 1,191 0,599 5,25 1,470 0,320
0,10 0,280 1,510 1,40 0,651 1,139 2,70 1,354 0,436 4,00 1,234 0,556 5,30 1,575 0,215
0,15 0,280 1,510 1,45 0,625 1,165 2,75 1,531 0,259 4,05 1,315 0,475 5,35 1,635 0,155
0,20 0,280 1,510 1,50 0,622 1,168 2,80 1,618 0,172 4,10 1,421 0,369 5,40 1,528 0,262
0,25 0,279 1,511 1,55 0,642 1,148 2,85 1,456 0,334 4,15 1,553 0,237 5,45 1,447 0,343
0,30 0,279 1,511 1,60 0,687 1,103 2,90 1,320 0,470 4,20 1,647 0,143 5,50 1,393 0,397
0,35 0,278 1,512 1,65 0,755 1,035 2,95 1,205 0,585 4,25 1,517 0,273 5,55 1,366 0,424
0,40 0,278 1,512 1,70 0,847 0,943 3,00 1,143 0,647 4,30 1,413 0,377 5,60 1,359 0,431
0,45 0,277 1,513 1,75 0,962 0,828 3,05 1,082 0,708 4,35 1,331 0,459 5,65 1,376 0,414
0,50 0,273 1,517 1,80 1,102 0,688 3,10 1,044 0,746 4,40 1,275 0,515 5,70 1,421 0,369
0,55 0,294 1,496 1,85 1,247 0,543 3,15 1,030 0,760 4,45 1,240 0,550 5,75 1,485 0,305
0,60 0,355 1,435 1,90 1,440 0,350 3,20 1,039 0,751 4,50 1,232 0,558 5,80 1,579 0,211
0,65 0,426 1,364 1,95 1,654 0,136 3,25 1,073 0,717 4,55 1,244 0,546 5,85 1,660 0,130
0,70 0,522 1,268 2,00 1,465 0,325 3,30 1,129 0,661 4,60 1,287 0,503 5,90 1,562 0,228
0,75 0,644 1,146 2,05 1,296 0,494 3,35 1,187 0,603 4,65 1,350 0,440 5,95 1,488 0,302
0,80 0,788 1,002 2,10 1,175 0,615 3,40 1,285 0,505 4,70 1,440 0,350 6,00 1,445 0,345
0,85 0,956 0,834 2,15 1,064 0,726 3,45 1,416 0,374 4,75 1,554 0,236 6,05 1,415 0,375
0,90 1,148 0,642 2,20 0,973 0,817 3,50 1,575 0,215 4,80 1,644 0,146 6,10 1,414 0,376
0,95 1,345 0,445 2,25 0,908 0,882 3,55 1,604 0,186 4,85 1,524 0,266 6,15 1,445 0,345
1,00 1,597 0,193 2,30 0,865 0,925 3,60 1,463 0,327 4,90 1,431 0,359 6,20 1,492 0,298
1,05 1,492 0,298 2,35 0,845 0,945 3,65 1,351 0,439 4,95 1,363 0,427
1,10 1,293 0,497 2,40 0,849 0,941 3,70 1,261 0,529 5,00 1,319 0,471
FA10LP © RAIZ EDITORA

1,15 1,142 0,648 2,45 0,879 0,911 3,75 1,201 0,589 5,05 1,298 0,492
1,20 0,997 0,793 2,50 0,927 0,863 3,80 1,182 0,608 5,10 1,303 0,487
1,25 0,875 0,915 2,55 1,000 0,790 3,85 1,162 0,628 5,15 1,334 0,456
FA10LP_F05

65
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Gráfico da distância do centro de massa (y) ao solo


Distância medida pelo sensor (x) e distância do centro de massa (y) ao
solo em função do tempo - bola de basquetebol
1,800
1,600
1,400
1,200
x/m
xey/m

1,000
0,800 y/m
0,600
0,400
0,200
0,000
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00
tempo / s

Tabela: alturas máximas de queda (hqueda) da bola e respetivas alturas de ressalto (hressalto).

hqueda / m hressalto / m
(± 0,001 m) (± 0,001 m)
1,517 1,168
1,168 0,945
0,945 0,760
0,760 0,628
0,628 0,558
0,558 0,492
0,492 0,431
0,431 0,376
0,376 -

Gráfico e equação (folha de cálculo)


Altura de ressalto em função da altura de queda -
bola de basquetebol
1,600
1,400
altura de ressalto / m

1,200
y = 0,7246x + 0,0811
1,000
0,800
0,600
0,400
0,200
0,000
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 1,600
altura de queda / m

Equação da reta: hressalto = 0,7246hqueda + 0,0811 (m)


FA10LP © RAIZ EDITORA

Declive da reta: a = 0,7246


Ordenada na origem: b = 0,0811 m

66
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Registo e tratamento dos dados experimentais (bola de voleibol)

1. Registo de dados experimentais


Bola de voleibol; chão de laje
h = (1,800 ± 0,1) cm
D = (21,0 ± 0,2) cm (dada a dificuldade em medir o diâmetro o valor tomado para incerteza foi de 2 mm)

2. Tratamento dos dados experimentais

Tabela: posição x e da distância y do centro de massa da bola ao solo ao longo do tempo t.

t/s x/m y/m t/s x/m y/m t/s x/m y/m t/s x/m y/m t/s x/m y/m
0,00 0,339 1,356 1,15 1,111 0,584 2,30 1,218 0,477 3,45 1,523 0,172 4,60 1,531 0,164
0,05 0,339 1,356 1,20 1,005 0,690 2,35 1,309 0,386 3,50 1,566 0,129 4,65 1,503 0,192
0,10 0,339 1,356 1,25 0,924 0,771 2,40 1,421 0,274 3,55 1,488 0,207 4,70 1,501 0,194
0,15 0,339 1,356 1,30 0,867 0,828 2,45 1,562 0,133 3,60 1,432 0,263 4,75 1,522 0,173
0,20 0,339 1,356 1,35 0,832 0,863 2,50 1,498 0,197 3,65 1,407 0,288 4,80 1,568 0,127
0,25 0,339 1,356 1,40 0,821 0,874 2,55 1,399 0,296 3,70 1,401 0,294 4,85 1,552 0,143
0,30 0,339 1,356 1,45 0,834 0,861 2,60 1,323 0,372 3,75 1,418 0,277 4,90 1,525 0,170
0,35 0,337 1,358 1,50 0,871 0,824 2,65 1,269 0,426 3,80 1,457 0,238 4,95 1,521 0,174
0,40 0,338 1,357 1,55 0,930 0,765 2,70 1,240 0,455 3,85 1,523 0,172 5,00 1,541 0,154
0,45 0,338 1,357 1,60 1,014 0,681 2,75 1,233 0,462 3,90 1,572 0,123 5,05 1,583 0,112
0,50 0,341 1,354 1,65 1,123 0,572 2,80 1,250 0,445 3,95 1,508 0,187 5,10 1,549 0,146
0,55 0,363 1,332 1,70 1,253 0,442 2,85 1,292 0,403 4,00 1,466 0,229 5,15 1,534 0,161
0,60 0,408 1,287 1,75 1,411 0,284 2,90 1,357 0,338 4,05 1,449 0,246 5,20 1,542 0,153
0,65 0,477 1,218 1,80 1,586 0,109 2,95 1,444 0,251 4,10 1,457 0,238 5,25 1,575 0,120
0,70 0,570 1,125 1,85 1,450 0,245 3,00 1,560 0,135 4,15 1,485 0,210 5,30 1,559 0,136
0,75 0,688 1,007 1,90 1,330 0,365 3,05 1,517 0,178 4,20 1,538 0,157 5,35 1,547 0,148
0,80 0,829 0,866 1,95 1,233 0,462 3,10 1,432 0,263 4,25 1,578 0,117 5,40 1,557 0,138
0,85 0,993 0,702 2,00 1,159 0,536 3,15 1,376 0,319 4,30 1,520 0,175 5,45 1,589 0,106
0,90 1,180 0,515 2,05 1,109 0,586 3,20 1,339 0,356 4,35 1,486 0,209 5,50 1,564 0,131
0,95 1,391 0,304 2,10 1,082 0,613 3,25 1,327 0,368 4,40 1,477 0,218
1,00 1,568 0,127 2,15 1,079 0,616 3,30 1,342 0,353 4,45 1,492 0,203
1,05 1,391 0,304 2,20 1,102 0,593 3,35 1,378 0,317 4,50 1,531 0,164
1,10 1,239 0,456 2,25 1,147 0,548 3,40 1,436 0,259 4,55 1,580 0,115

Gráfico da distância do centro de massa (y) ao solo

Distância medida pelo sensor (x) e distância do centro de massa (y)


ao solo em função do tempo - bola de voleibol
1,800
1,600
1,400
1,200
xey/m

1,000 x/m
0,800 y/m
0,600
0,400
FA10LP © RAIZ EDITORA

0,200
0,000
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00
tempo / s

67
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Tabela: alturas máximas de queda (hqueda) da bola e respetivas alturas de ressalto (hressalto).

hqueda / m hressalto / m
(± 0,001 m) (± 0,001 m)
1,358 0,874
0,874 0,616
0,616 0,616
0,462 0,368
0,368 0,294
0,294 0,246
0,246 0,218
0,218 0,194
0,194 0,174
0,174 0,161
0,161 0,148
0,148 -

Gráfico e equação (folha de cálculo)

Altura de ressalto em função da altura de queda -


bola de voleibol
1,400
1,200
altura de ressalto / m

1,000
y = 0,6122x + 0,065
0,800
0,600
0,400
0,200
0,000
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400
altura de queda / m

Equação da reta: hressalto = 0,6122hqueda + 0,065 (m)


Declive da reta: a = 0,6122
Ordenada na origem: b = 0,065 m
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68
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Análise dos resultados e conclusões


1. Sim, uma vez que a relação entre a altura de ressalto e de queda é linear, a altura de ressalto é direta-
mente proporcional à altura de queda (altura de onde é largada a bola) tanto no caso da bola de
basquetebol quer no caso da bola de voleibol.
2. Corresponde ao coeficiente de restituição (e).
3. Se a bola de basquetebol fosse largada de uma altura de 75 cm atingiria uma altura, após o ressalto,
de 62,5 cm, enquanto a bola de voleibol atingiria uma altura de 52,4 cm.
4. A bola que tem maior elasticidade é a que tem o maior coeficiente de restituição, que é igual à raiz
quadrada do valor do declive da reta de ajuste aos dados experimentais. O coeficiente de restituição
da bola de basquetebol é "0,7246 = 0,8512; o coeficiente de restituição da bola de voleibol é
"0,6122 = 0,7824. Portanto o conjunto «bola + superfície» que apresenta maior elasticidade é o
conjunto «laje + bola de basquetebol».
5. A bola de basquetebol dissipou (1 - hressalto/hqueda) * 100 = (1 - 0,7246) * 100 = 27,54% de energia
mecânica; a bola de voleibol dissipou (1 - hressalto/hqueda) * 100 = (1 - 0,6122) * 100 = 38,78% de
energia mecânica; assim para a mesma superfície (laje), a bola de voleibol dissipou maior percentagem
de energia mecânica.
6. Possíveis reflexões parasitas do feixe ultrassónico em objetos próximos;
Possíveis reflexões do feixe ultrassónico nas superfícies laterais das bolas;
Irregularidades da superfície de colisão (solo);
Irregularidades da superfície da(s) bola(s) usadas.
FA10LP © RAIZ EDITORA

69
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

AL 2.1 Características de uma pilha

Método A – Utilização de um reóstato (ou potenciómetro ou década de resistências)


Material
• Pilhas novas e usadas: por exemplo, de 4,5 V. Pilhas de 9 V também podem ser utilizadas
• Fios de ligação: com fichas banana
• Pinças crocodilo
• Interruptor: de alavanca ou semelhante
• Reóstato de 100 W: pode também ser utilizado um potenciómetro, uma década de resistências ou resis-
tências fixas de carvão
• Amperímetro: 50 mA, 200 mA analógico ou digital, com sensibilidade/natureza da ordem do miliam-
pere ou melhor
• Voltímetro: 5 V (ou 10 V) analógico ou digital, com sensibilidade/natureza da ordem do centésimo
de volt

Notas sobre o Procedimento


O aquecimento das pilhas deve ser evitado ao máximo, pelo que a atuação do interruptor deve ser cons-
tante após cada leitura de tensão elétrica e de intensidade de corrente elétrica.
A mudança de escalas nos aparelhos de medida prejudica os resultados obtidos, pelo que se deve ter
algum cuidado na escolha das mesmas. Os multímetros digitais são muito cómodos e podem/devem ser
utilizados nesta atividade. No entanto, o uso de voltímetros ou amperímetros analógicos tem bastante inte-
resse pois permite aos alunos o contacto com escalas de leitura, às quais estão cada vez menos habituados no
dia a dia. Durante os vários ensaios, a d.d.p. medida nos terminais da pilha pouco se altera enquanto a inten-
sidade de corrente elétrica sofre variações consideráveis. Deste modo, pode usar-se um voltímetro digital para
facilitar as leituras e optar-se por um amperímetro analógico para os alunos se habituarem a ler escalas.
Nem todas as escolas têm décadas de resistências (e que estejam em boas condições), e muitos dos
potenciómetros acabam por se estragar ao longo dos anos de utilização pelo facto de serem percorridos por
intensidades de corrente elétrica superiores às recomendadas. Em muitas escolas não há reóstatos. Deste
modo, esta atividade pode ter de ser realizada com resistências de carvão que podem ser associadas em série
para se obter vários valores de resistência.
Na falta de resistências variáveis, pode construir-se uma com recurso a fio de cromo-níquel (liga de cons-
tantan), cuja resistividade elétrica é cerca de 50 * 10-8 Ω m. Por exemplo, com um fio esticado de 2 m de com-
primento de cromo-níquel de 0,2 mm de diâmetro obtêm-se resistências elétricas de 8 Ω para 2 m de
comprimento até 1 Ω para 0,25 m de comprimento1. Basta ir ligando os crocodilos em pontos diferentes do fio
e obtém-se vários valores de resistência elétrica, perfeitamente adequados para os objetivos desta atividade.
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1 l l
R=r = 50 * 10 - 8 * 2 = 4l
A p * 0,2 * 10 - 32
1

70
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Registo e tratamento dos dados experimentais

1. Registo de dados experimentais

Pilha nova (de 4,5 V, ácida)

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º
Grandeza
I / mA
76,5 69,8 30,2 21,0 60,2 16,1 43,8 10,2
(± 0,1 mA)

U/V
4,30 4,31 4,38 4,40 4,32 4,41 4,36 4,43
(± 0,01 V)

Força eletromotriz da pilha 1 (nova) medida diretamente (voltímetro):


e = (4,46 ± 0,01) V

Pilha usada (4,5 V; ácida)

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º
Grandeza
I / mA
75,4 69,5 52,0 19,5 28,0 14,0 39,1 10,0
(± 0,1 mA)

U/V
4,19 4,22 4,28 4,38 4,35 4,40 4,32 4,42
(± 0,01 V)

Força eletromotriz da pilha 2 (usada) medida diretamente (voltímetro):


e = (4,46 ± 0,01) V

2. Tratamento dos dados experimentais

Gráfico e equação (folha de cálculo) – pilha nova

Diferença de potencial elétrico em função da intensidade de corrente


diferença de potencial elétrico / V

elétrica - pilha nova


4,50
4,45
4,40
4,35
4,30
4,25 y = -2,0285x + 4,4483
4,20
4,15
4,10
4,05
FA10LP © RAIZ EDITORA

4,00
0,0000 0,0100 0,0200 0,0300 0,0400 0,0500 0,0600 0,0700 0,0800
intensidade de corrente elétrica / A

71
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Gráfico e equação (calculadora gráfica) – pilha nova

Gráfico e equação (folha de cálculo) – pilha usada

Diferença de potencial elétrico em função da intensidade de corrente


diferença de potencial elétrico / V

elétrica - pilha usada


4,50
4,45
4,40
4,35
4,30
4,25
4,20 y = -3,4171x + 4,4523
4,15
4,10
4,05
4,00
0,0000 0,0100 0,0200 0,0300 0,0400 0,0500 0,0600 0,0700 0,0800
intensidade de corrente elétrica / A

Gráfico e equação (calculadora gráfica) – pilha usada

Pilha nova: Pilha usada:


Equação da reta: U = -2,0285I + 4,4483 (V) Equação da reta: U = -3,4171I + 4,4523 (V)
FA10LP © RAIZ EDITORA

Declive da reta: a = -2,0285 V/A Declive da reta: a = -3,4171 V/A


Ordenada na origem: b = 4,4483 V Ordenada na origem: b = 4,4523 V

72
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Pilha nova:
e = 4,448 V (4 algarismos significativos)
r = 2,028 Ω (4 algarismos significativos)

Pilha usada:
e = 4,452 V (4 algarismos significativos)
r = 3,417 Ω (4 algarismos significativos)

Embora a força eletromotriz (e) seja praticamente igual em ambas as pilhas, a resistência interna (r)
da pilha usada é cerca de 1,7 vezes superior.

Pilha nova:
4,448 - 4,46
Erro relativo, em percentagem: ` ` * 100 = 0,269%
4,46
Pilha usada:
4,452 - 4,46
Erro relativo, em percentagem: ` ` * 100 = 0,179%
4,46

Análise dos resultados e conclusões


1. Q uer no caso da pilha nova quer no caso da pilha usada, os resultados obtidos estão de acordo com a
previsão teórica (equação 1) pois a relação (curva característica) entre a diferença de potencial elétrico,
medida nos terminais de cada uma das pilhas, e a intensidade de corrente elétrica que atravessa cada
uma das pilhas é do tipo linear, com declive negativo (simétrico da resistência interna) e com ordenada
na origem que corresponde à força eletromotriz de cada uma das pilhas.
2. Possível aquecimento exagerado das pilhas durante as medições;
Possível utilização de várias escalas de medida do(s) amperímetro(s) e/ou voltímetro(s).
3. Sim, em ambas as pilhas estudadas, obteve-se elevada exatidão pois o erro relativo em percentagem é
inferior a 0,5%.
4. A resposta depende do número de grupos de alunos, mas em princípio, para pilhas do mesmo fabri-
cante e mesmo modelo, quanto mais usada for a pilha maior será a sua resistência interna, embora em
termos de força eletromotriz a diferença entre ambas possa ser pequena.
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73
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Método B – Utilização de um LDR (light-dependent resistor), também chamado fotorresistência


Material
• Pilhas novas e usadas: de 4,5 V. Pilhas de 9 V também podem ser utilizadas
• Fios de ligação: com fichas banana
• Pinças crocodilo
• Interruptor: de alavanca ou semelhante
• LDR: de 0,03 a 1 kΩ à luz diurna ou equivalente1
• Amperímetro: 50 mA, 200 mA analógico ou digital, com sensibilidade/natureza da ordem do miliam-
pere ou melhor
• Voltímetro: 5 V (10 V), analógico ou digital, com sensibilidade/natureza da ordem do centésimo de
volt

Notas sobre o Procedimento


As notas referentes ao método A também devem ser tidas em consideração neste método.
Os LDR com especificações próximas das indicadas funcionam muito bem nesta atividade. Como a
resistência elétrica deste dispositivo depende do fluxo luminoso (ou potência luminosa) da luz que nele incide
(quanto maior for a iluminância menor será a resistência elétrica do mesmo) pode fazer-se a montagem
experimental no exterior, usando luz solar. Interpondo vários objetos (panos, papéis, etc.) que funcionem
como filtros da luz solar, altera-se assim a potência luminosa incidente no LDR e, desta forma, altera-se a
resistência no circuito da pilha.
Em alternativa, pode fazer-se a montagem experimental dentro da sala de aula, mas junto a uma janela
e, usando a persiana, varia-se a iluminância sobre o LDR e, desta forma, altera-se a resistência no circuito da
pilha. Pode evidentemente usar-se um candeeiro com uma lâmpada de incandescência e, mantendo o LDR
fixo, afastar/aproximar o candeeiro para assim se alterar a iluminância sobre o LDR.

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1
Um candeeiro, com uma lâmpada de incandescência de 60 W ou equivalente, pode ser usado para simular a luz diurna.

74
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

O gráfico seguinte (em escala logarítmica) relaciona valores típicos da resistência elétrica com a ilumi-
nância para LDR semelhantes ao recomendado.
Resistência elétrica em função da iluminância (lux)
1000
resistência / kΩ
100

10

0,1
0,1 1 10 100 1000 10000
iluminância / lux

Registo e tratamento dos dados experimentais

1. Registo dos dados experimentais

Pilha nova (de 4,5 V, ácida)

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º
Grandeza
I / mA
6,5 8,0 11,8 16,0 19,7 23,8 26,3 27,3 33,7 39,6 40,2 44,8
(± 0,1 mA)

U/V
4,40 4,39 4,38 4,36 4,35 4,34 4,33 4,33 4,31 4,29 4,29 4,28
(± 0,01 V)

Força eletromotriz da pilha 1 (nova) medida diretamente (voltímetro):


e = (4,43 ± 0,01) V

Pilha usada (4,5 V; ácida)

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º
Grandeza
I / mA
7,0 6,7 10,0 15,0 18,0 22,1 25,0 27,0 29,9 31,0 33,0
(± 0,1 mA)

U/V
4,38 4,38 4,36 4,34 4,33 4,30 4,28 4,28 4,26 4,25 4,24
(± 0,01 V)

Força eletromotriz da pilha 2 (usada) medida diretamente (voltímetro):


e = (4,43 ± 0,01) V
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75
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

2. Tratamento dos dados experimentais

Gráfico e equação (folha de cálculo) – pilha nova


diferença de potencial elétrico / V Diferença de potencial elétrico em função da intensidade de corrente
elétrica - pilha nova
4,50
4,45
4,40
4,35
4,30
4,25
4,20 y = -3,2548x + 4,4192
4,15
4,10
4,05
4,00
0,0000 0,0500 0,0100 0,0150 0,0200 0,0250 0,0300 0,0350 0,0400 0,0450
intensidade de corrente elétrica / A

Gráfico e equação (folha de cálculo) – pilha usada

Diferença de potencial elétrico em função da intensidade de corrente


diferença de potencial elétrico / V

elétrica - pilha usada


4,50
4,45
4,40
4,35
4,30
4,25
4,20 y = -5,3332x + 4,4182
4,15
4,10
4,05
4,00
0,0000 0,0500 0,0100 0,0150 0,0200 0,0250 0,0300 0,0350 0,0400 0,0450
intensidade de corrente elétrica / A

Pilha nova: Pilha usada:


Equação da reta: U = -3,2548I + 4,4192 (V) Equação da reta: U = -5,3332I + 4,4182 (V)
Declive da reta: a = -3,2548 V/A Declive da reta: a = -5,3332 V/A
Ordenada na origem: b = 4,4192 V Ordenada na origem: b = 4,4182 V

Pilha nova: Pilha usada:


e = 4,419 V (4 algarismos significativos) e = 4,418 V (4 algarismos significativos)
r = 3,255 Ω (4 algarismos significativos) r = 5,333 Ω (4 algarismos significativos)

Embora a força eletromotriz (e) seja praticamente igual em ambas as pilhas, a resistência interna (r) da
pilha usada é cerca de 1,7 vezes superior.

Pilha nova:
4,419 - 4,43
Erro relativo, em percentagem: ` ` * 100 = 0,248%
4,43
Pilha usada:
4,418 - 4,43
` * 100 = 0,271%
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Erro relativo, em percentagem: `


4,43

76
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Análise dos resultados e conclusões


1. Q uer no caso da pilha nova quer no caso da pilha usada, os resultados obtidos estão de acordo com a
previsão teórica (equação 1) pois a relação (curva característica) entre a diferença de potencial elétrico,
medida nos terminais de cada uma das pilhas, e a intensidade de corrente elétrica que atravessa cada
uma das pilhas é do tipo linear, com declive negativo (simétrico da resistência interna) e com ordenada
na origem que corresponde à força eletromotriz de cada uma das pilhas.
2. Possível aquecimento exagerado das pilhas durante as medições;
Possível utilização de várias escalas de medida do(s) amperímetro(s) e/ou voltímetro(s);
Possíveis dificuldades em controlar a iluminância sobre o LDR.
3. Sim, em ambas as pilhas estudadas obteve-se elevada exatidão pois o erro relativo em percentagem é
inferior a 0,5%.
4. A resposta depende do número de grupos de alunos, mas em princípio, para pilhas do mesmo fabri-
cante e mesmo modelo, quanto mais usada for a pilha maior será a sua resistência interna, embora em
termos de força eletromotriz a diferença entre ambas possa ser pequena.
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77
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

AL 3.1 Radiação e potência elétrica de um painel fotovoltaico

Parte I: Estudo da variação da potência elétrica (P) do painel fotovoltaico em função da d.d.p. (U)
nos seus terminais, mantendo a irradiância constante
Material
• Painel fotovoltaico: 6 V, por exemplo, pode também ser usada uma célula fotovoltaica
• Fios de ligação: com fichas banana
• Pinças crocodilo
• Interruptor: de alavanca ou semelhante
• Reóstato: de 100 Ω ou equivalente1
• Amperímetro: 20 mA, 200 mA, com sensibilidade de 0,1 mA se possível, de preferência digital
• Voltímetro: 5 V (10 V), com sensibilidade de 0,01 V se possível, de preferência digital
• Candeeiro: com lâmpada de incandescência ou equivalente (= 60 W)
• Régua ou fita métrica: graduada em mm

Notas sobre o Procedimento


Num dia de céu limpo pode fazer-se esta atividade no exterior, desde que a recolha de dados seja rela-
tivamente célere para evitar desvios nos dados devidos à ligeira alteração da inclinação dos raios solares ao
longo da atividade.

Registo e tratamento dos dados experimentais

1. Registo dos dados experimentais


Distância (d) entre a lâmpada e o painel2: d = 20,0 ± 0,2 cm

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º 17.º 18.º 19.º
Grandeza
I / mA
25,8 25,8 25,3 25,0 24,7 24,3 24,0 23,4 21,3 19,8 17,1 16,0 14,0 10,9 7,0 4,2 2,0 1,5 0
(± 0,1 mA)
U/V
0,10 0,13 0,18 0,23 0,26 0,29 0,31 0,33 0,37 0,39 0,42 0,44 0,46 0,49 0,53 0,55 0,57 0,57 0,59
(± 0,01 V)

1
Nesta atividade é conveniente utilizar-se resistências variáveis (reóstatos, potenciómetros ou décadas de resistências) com resistên-
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cias elétricas pequenas, pois as resistências internas dos painéis (ou células) são geralmente pequenas.
2
Dada a dificuldade em medir a distância entre a lâmpada e a superfície da célula fotovoltaica usada, definiu-se uma incerteza su-
perior a metade da menor divisão da fita métrica (mm).

78
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

2. Tratamento dos dados experimentais

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º 17.º 18.º 19.º
Grandeza
I / x10-3 A 25,8 25,8 25,3 25,0 24,7 24,3 24,0 23,4 21,3 19,8 17,1 16,0 14,0 10,9 7,0 4,2 2,0 1,5 0

U/V 0,10 0,13 0,18 0,23 0,26 0,29 0,31 0,33 0,37 0,39 0,42 0,44 0,46 0,49 0,53 0,55 0,57 0,57 0,59

P / x10-3 W 2,6 3,4 4,6 5,8 6,4 7,0 7,4 7,7 7,9 7,7 7,2 7,0 6,4 5,3 3,7 2,3 1,1 0,86 0

Gráfico (folha de cálculo)


Potência em função da diferença de potencial
elétrico, com irradiância constante
0,0090
0,0080
0,0070
potência / W

0,0060
0,0050
0,0040
0,0030
0,0020
0,0010
0,0000
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60
d.d.p. / V

Por inspeção do gráfico, conclui-se que o valor máximo da potência foi obtido para uma diferença de
potencial elétrico próxima de 0,37 V.

Análise dos resultados e conclusões


1. Sim, pois o máximo da potência é notório no gráfico construído.
2. A resistência elétrica do recetor que otimiza o painel é dada por R = 0,37/0,0213 = 17 Ω.1
3. Possível utilização de resistências elétricas demasiado elevadas (ou baixas) quando comparadas com
a resistência interna do painel (ou célula fotovoltaica), que geralmente não é conhecida;
Possível utilização de várias escalas diferentes dos aparelhos de medida quer na medição da d.d.p. quer
na intensidade de corrente elétrica;
Possíveis alterações da irradiância no painel (célula fotovoltaica).
4. Como os painéis fotovoltaicos são geradores de corrente elétrica contínua, atingem o máximo rendi-
mento (e potência) quando, para um dado valor de irradiância, alimentam recetores cuja resistência
elétrica global é semelhante à resistência elétrica interna dos painéis em causa, pelo que os recetores
que se pretendem ligar a um determinado painel fotovoltaico devem ter resistência elétrica o mais
semelhante possível à resistência interna do painel. No caso analisado dever-se-ia ligar um recetor
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com cerca de 17 ohms de resistência elétrica.

1
Teoricamente este valor seria igual ao valor da resistência interna do painel (ou célula).

79
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Parte II: Estudo da variação da potência elétrica (P) do painel fotovoltaico em função da irradiância
Material
• O mesmo utilizado na Parte I
• Fio de prumo: ou pêndulo gravítico
• Transferidor: é aconselhável usar um transferidor pequeno

Procedimento (comentários):
Antes de esta parte da atividade ser realizada é conveniente o grupo de alunos ter, previamente, procedido
aos cálculos para determinar a potência máxima do painel (ou célula fotovoltaica).
Na posse desse dado da potência máxima, deslocar o cursor do reóstato (ou rodar o botão do potenció-
metro ou selecionar a resistência adequada na década de resistências) para obter os mesmos valores da inten-
sidade de corrente elétrica (I) e a mesma d.d.p. (U) obtidas na parte I, para uma incidência da radiação
perpendicular à superfície do painel fotovoltaico.
Para medir a inclinação (q) pode optar-se por um procedimento diferente: fixar o transferidor na verti-
cal (de modo que a amplitude 90° fique na horizontal). Esta fixação pode ser realizada com uma pequena
garra presa por uma noz a um suporte universal.
O estudo da potência (P) do painel em função da irradiância pode ser feito doutras formas, por exemplo:
1) t rabalhando na obscuridade, fazer variar a distância (d) entre o candeeiro e o painel, sem alterar a
inclinação do painel;
2) i nterpor vários filtros e materiais translúcidos entre o candeeiro e o painel, sem alterar a inclinação
e a distância (d).

Registo e tratamento dos dados experimentais

1. Registo dos dados experimentais

Distância (d) entre a lâmpada e o painel: d = 20,0 ± 0,2 cm

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º
Grandeza
q/°
90 80 75 65 60 50 45 40 35 25 10 5 0
(± 2°)1
I / mA
21,3 21,1 21,0 20,3 19,9 17,9 15,3 12,0 8,9 5,0 2,8 2,2 0,2
(± 0,1 mA)
U/V
0,37 0,37 0,36 0,36 0,35 0,32 0,27 0,22 0,15 0,09 0,05 0,03 0,01
(± 0,01 V)
1
Definiu-se a incerteza das inclinações como ±2° devido à dificuldade de efetuar essas medições.
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80
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

2. Tratamento dos dados experimentais

Ensaio
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º
Grandeza
q/° 90 80 75 65 60 50 45 40 35 25 10 5 0

I / * 10-3 A 21,3 21,1 21,0 20,3 19,9 17,9 15,3 12,0 8,9 5,0 2,8 2,2 0,2

U/V 0,37 0,37 0,36 0,36 0,35 0,32 0,27 0,22 0,15 0,09 0,05 0,03 0,01

P / x10-3 W 7,9 7,8 7,6 7,3 7,0 5,7 4,1 2,6 1,3 0,45 0,14 0,066 0,00020

Gráfico e equação (folha de cálculo)

Potência (P) em função da inclinação (θ) da superfície do painel


relativamente à direção da radiação incidente
0,090
0,080
0,070
potência / W

0,060
0,050
0,040
0,030
0,020
0,010
0,000
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
inclinação / º

Por análise do gráfico (e dos dados tabelados) conclui-se que a potência do painel é máxima para a
inclinação de 90° (incidência frontal).

Análise dos resultados e conclusões


1. Os painéis fotovoltaicos devem ser orientados de modo que a direção da radiação incidente faça um
ângulo de 90° com a superfície dos mesmos. No caso dos painéis que são usados para produzir ener-
gia elétrica à custa da radiação solar, essa inclinação pode ser mantida ao longo do dia se existir um
sistema motorizado que contrarie a rotação da Terra, para que o painel possa estar sempre «de frente»
para o Sol. No caso de painéis fotovoltaicos fixos (maioria), estes são normalmente orientados para
Sul no caso de Portugal, com inclinações relativamente ao solo de 50°, aproximadamente (40° relati-
vamente à vertical), de modo que a direção da radiação incidente relativamente à superfície do painel
seja próxima de 90°(página 136 do Manual).
2. Utilização de sistemas motorizados eficientes que compensem o efeito da rotação da Terra (alteração
da direção da incidência ao longo do dia) e o efeito das estações do ano (alteração da altura aparente
do Sol no céu).
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FA10LP_F06

81
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

AL 3.2 Capacidade térmica mássica


Método A – Aquecimento de um bloco calorimétrico por uma resistência elétrica
Material
• Bloco(s) calorimétrico(s): de cobre, alumínio, ferro, latão, etc.
• Balança digital: pode ser de baixa sensibilidade, 0,1 g por exemplo
• Resistência de aquecimento: 12 V, 50 W ou equivalente
• Gerador de corrente contínua: fonte de alimentação estabilizada variável: 0-12 V, 0-5 A ou equivalente
• Amperímetro: 0-10 A ou equivalente, de sensibilidade de 0,01 A
• Voltímetro: 0-15 V ou equivalente, de sensibilidade de 0,01 V ou melhor
• Interruptor: de alavanca ou equivalente
• Fios de ligação
• Termómetro: de coluna líquida ou termómetro digital/sensor de temperatura
• Cronómetro: de sensibilidade de 0,01 s
• Copo de precipitação contendo glicerina
• Pipeta de transferência/conta-gotas
• Material isolador térmico: cortiça, cartão canelado, madeira seca, etc.
• Papel de limpeza

Notas sobre o Procedimento


O regime linear do aquecimento não é imediato. A inspeção dos dados no gráfico da temperatura em
função da energia fornecida (proporcional ao tempo de aquecimento, supondo que a potência dissipada
aproximadamente constante) é que permite tirar conclusões sobre quais os pontos que devem ser considera-
dos para a obtenção da equação da reta de ajuste aos dados.
Depois de a resistência de aquecimento ser desligada, o aquecimento continua por mais algum tempo,
embora o regime linear cesse rapidamente.
É absolutamente crucial um eficaz contacto térmico entre a resistência e o bloco, mas ainda mais crucial
é o contacto térmico entre o bloco e o termómetro/sonda do sensor de temperatura, pelo que o uso de gli-
cerina é aconselhável.
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82
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Um bom isolamento entre o bloco e a bancada (e o ar) é também vantajoso.


A fonte de alimentação a utilizar deve permitir alguma estabilidade da potência elétrica (idealmente
constante) durante o aquecimento do bloco calorimétrico.

Registo e tratamento dos dados experimentais

1. Registo dos dados experimentais


Bloco calorimétrico de ferro (capacidade térmica mássica tabelada: 450 J kg-1 K-1)

Massa do bloco calorimétrico: m = (1009,03 ± 0,01) g

t/s 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 1 330 360 390

U/V
6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,10 6,10 6,10 6,10 6,10 6,10 6,10
± 0,01 V
I/A
2,46 2,46 2,46 2,46 2,46 2,46 2,47 2,47 2,47 2,47 2,47 2,47 2,48 2,48
± 0,01 A
t / °C
20,86 21,13 21,62 22,28 23,24 24,12 24,96 25,95 26,97 27,92 28,90 29,80 30,35 30,65
± 0,01 °C
1
Instante em que se abriu o circuito elétrico (resistência de aquecimento desligada).

2. Tratamento dos dados experimentais

Massa do bloco calorimétrico: m = (1,00903 ± 0,00001) kg

t/s 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390

T/K 294,01 294,28 294,77 295,43 296,39 297,27 298,11 299,10 300,12 301,07 302,05 302,95 303,50 303,80

E/J 0 457,56 915,12 1372,68 1830,24 2287,80 2756,52 3164,07 3616,08 4068,09 4520,10 4972,11 5446,08 5899,92

Gráfico (folha de cálculo)

306,00
304,00
302,00
temperatura / K

300,00
298,00
296,00
y = 0,002107x + 292,47
294,00
292,00
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290,00
0,0 1000,0 2000,0 3000,0 4000,0 5000,0 6000,0
energia / J

83
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Gráfico (calculadora gráfica)

Equação da reta: T = 0,002107E + 292,47 (K)


Declive da reta: a = 0,002107 K J-1
Ordenada na origem: b = 292,47 K

• Capacidade térmica do bloco calorimétrico


1 1
C= = = 474,6 J K−1
a 0,002107
• Capacidade térmica mássica do material que constitui o bloco
C 474,6
c= = = 470,3 J kg−1 K−1
m 1,00903
0 470,3 - 450 0
• Erro relativo, em percentagem: * 100 = 4,51%
450

Análise dos resultados e conclusões


1. Sim, uma vez que a variação da temperatura do corpo (bloco calorimétrico) é diretamente proporcio-
nal à quantidade de energia que lhe foi fornecida (como calor) pela resistência de aquecimento.
2. Possível insuficiente isolamento térmico do conjunto «resistência de aquecimento+bloco calorimétri-
co+termómetro».
Possível má adaptação da resistência de aquecimento ao bloco calorimétrico1.
Possível contacto térmico insuficiente entre a resistência e o bloco calorimétrico e/ou entre o bloco
térmico e o termómetro.
3. A exatidão foi considerável uma vez que o erro relativo, em percentagem, é menor do que 5%.
4. Esta questão depende da qualidade dos resultados obtidos pelos vários grupos e dos materiais que
constituem os blocos calorimétricos, mas é de esperar que quanto maiores forem os declives das retas
de ajuste, menores serão as capacidades térmicas mássicas dos blocos calorimétricos, que, em geral,
têm massas idênticas.
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1
Há resistências de aquecimento que são mais compridas do que a profundidade do orifício respetivo do bloco calorimétrico, pelo
que parte da energia térmica é dissipada para o meio ambiente.

84
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Método B – Troca de energia entre uma amostra quente de um metal e uma porção de água no inte-
rior de um calorímetro.
Material
• Calorímetro
• Amostra de um metal: com massa de 100 g, aproximadamente
• Fio: para prender a amostra de metal
• Balança digital: de baixa sensibilidade, 0,01 g
• Copo de precipitação
• Água
• P laca de aquecimento: 1500 W ou equivalente
• Suporte universal, noz e garra
• Termómetros: de coluna de líquido (±0,5 °C) e digital ou sensor de temperatura (±0,1 °C)
• Materiais bons isoladores térmicos: madeira, cartão canelado, esferovite, etc.
• Óculos de proteção
• Papel de limpeza

Notas sobre o Procedimento


A água a utilizar no aquecimento da amostra de metal e a utilizar no recipiente mais pequeno do calo-
rímetro pode ser destilada mas não é essencial que o seja.
Ao transportar-se a amostra de metal da água em ebulição para o interior do recipiente mais pequeno
do calorímetro é essencial que se limpe a amostra com papel absorvente (com alguma celeridade), uma vez
que a capacidade térmica mássica da água é várias vezes superior à do metal em causa e algumas gotas de
água podem alterar os resultados. A amostra de metal deve ser colocada afastada ao máximo do termómetro/
sensor de temperatura, mas sem tocar na superfície do próprio recipiente, de modo que a transferência de
energia ocorra primeiramente da amostra de metal para a água. A agitação suave e contínua facilita a obten-
ção de melhores resultados.
O agitador tem, necessariamente, de ser do mesmo material que o recipiente mais pequeno do calorí-
metro, embora a sua pequena massa possa não influenciar em demasia a qualidade dos resultados.
A sensibilidade do termómetro/sensor de temperatura deve ser a melhor possível, uma vez que o aumento
da temperatura da água será pequeno.
Em caso de haver tempo e disponibilidade, o grupo pode aproveitar o facto de haver água em ebulição
para se repetir o procedimento para a mesma amostra mais duas vezes para assim se determinar um valor
mais provável para a capacidade térmica mássica do metal em causa. Se todos os grupos usarem amostras do
mesmo metal esta atividade pode permitir obter um valor mais provável da capacidade térmica mássica de
elevada qualidade científica.
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85
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Também se pode fazer esta atividade a partir do arrefecimento de uma dada massa de água à custa de
uma amostra de metal previamente arrefecida, colocando-a, por exemplo, dentro de um congelador (desde
que se consiga medir a temperatura interior do congelador) ou mergulhando-a em água muito fria (próxima
de 5 °C, por exemplo) durante 2 minutos, aproximadamente. No registo e tratamento dos dados experimen-
tais, a seguir apresentado, constam dados obtidos à custa do aquecimento de água por meio de uma amostra
metálica quente e à custa do arrefecimento de água por meio de uma amostra metálica fria.

Registo e tratamento dos dados experimentais

1. Registo de dados experimentais


Amostra de aço (capacidade térmica mássica = 466 J kg-1 K-1)
Grandeza Temperatura final de
Massa Temperatura inicial
Corpo equilíbrio térmico

Amostra de metal m = (100,22 ± 0,01) g ti = (100,30 ± 0,01) ºC

Recipiente menor do
m1 = (70,04 ± 0,01) g t1 = (26,94 ± 0,01) ºC tf = (33,42 ± 0,01) ºC
calorímetro + agitador

Água m2 = (103,81 ± 0,01) g t2 = (26,94 ± 0,01) ºC

2. Tratamento dos dados experimentais

Grandeza Temperatura final de


Massa Temperatura inicial
Corpo equilíbrio térmico

Amostra de metal m = (0,10022 ± 0,00001) kg Ti = (373,45 ± 0,01) K

Recipiente menor do
m1 = (0,07004 ± 0,00001) kg T1 = (300,09 ± 0,01) K Tf = (306,57 ± 0,01) K
calorímetro + agitador

Água m2 = (0,10381 ± 0,00001) kg T2 = (300,09 ± 0,01) K

• Determinar a capacidade térmica mássica do metal


Capacidade térmica mássica do material que constitui o calorímetro e o agitador (cobre): 385 J kg-1 K-1
Capacidade térmica mássica da água líquida: 4,18 * 103 J kg-1 K-1
- f m1c1 1Tf - T12 + m2c2 1Tf - Ti2 g
c= §
m 1Tf - Ti2
- f 0,07004 * 385 * 1306,57 - 300,092 + 0,1381 * 4,18 * 103 * 1306,7 - 300,092 g
§c=
0,10022 * 1306,57 - 373,452
= 445,6 J kg - 1 K - 1
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0 445,6 - 466 0
• Erro relativo, em percentagem: * 100 = 4,38%
466

86
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Análise dos resultados e conclusões


1. Como o erro relativo, em percentagem, é menor do que 5%, a exatidão foi considerável na determi-
nação da capacidade térmica mássica do metal (ferro).
2. Possível falta de rigor na medição da temperatura de equilíbrio: por agitação ineficiente, por má colo-
cação da amostra metálica e/ou por falta de sensibilidade do termómetro utilizado. Possível falta de
rigor na medição da temperatura inicial da amostra metálica.

Dados e tratamento de dados – dados de vários ensaios


Capacidade térmica mássica do aço: 466 J kg-1 K-1 (valor esperado)

Massa do
Massa da Erro
calorímetro + Massa de água
amostra (aço) ti / °C t1 = t2 / °C tf / °C c / J kg-1 K-1 relativo,
agitador (cobre) m2 / kg
m / kg %
m1 / kg
0,14830 99,00 15,00 21,47 538,63 15,6
0,14000 87,70 21,50 26,20 466,81 0,173
0,10400 96,80 15,47 22,85 459,74 1,34
ti > t2
0,10300 74,10 23,60 27,99 434,62 6,73
0,10381 100,30 26,94 33,42 445,58 4,38
0,10022 0,07004 0,14120 85,00 25,35 29,28 434,35 6,79
0,25920 11,00 24,00 23,50 443,19 4,89
0,17530 10,60 23,60 22,96 392,52 15,8
ti < t2 0,17220 7,70 23,83 22,80 508,26 9,07
0,16030 8,50 24,27 23,17 521,50 11,9
4,00 21,40 19,70 483,01 3,65
Valor mais provável: 469,70 0,79

Os dados a negrito referem-se a um ensaio em que a água, que aquecia a amostra metálica, estava em
ebulição.
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87
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

AL 3.3. Balanço energético num sistema termodinâmico


Parte I: Equilíbrio térmico de uma mistura
Material
• Balança digital: de baixa sensibilidade, 0,01 g
• Copos de precipitação: 400 mL
• 2 termómetros: digitais (±0,1 °C) ou sensores de temperatura
• Suporte universal + garra + noz
• P laca térmica
• Varetas de vidro
• Frigorífico
• Água
• Pedaço de madeira: ou cortiça, esferovite, cartão canelado, etc.

Notas sobre o Procedimento


Esta parte da atividade é de fácil execução, capaz de ser repetida por diversas vezes por cada grupo de
alunos e permite a obtenção de resultados com elevada exatidão. Dada a rapidez da mistura e respetiva uni-
formização da temperatura (temperatura de equilíbrio térmico) para isolamento térmico, é apenas necessário
colocar o copo, no qual se fará a mistura, sobre uma base de material mau condutor térmico. A utilização de
varetas de vidro como agitadores, para uniformizar as temperaturas, não influencia em demasia os resultados.
A utilização de um sistema de aquisição de dados (sensor de temperatura+interface+computador ou cal-
culadora gráfica) é muito vantajosa nesta atividade pois permite determinar com calma a temperatura de
equilíbrio térmico.
Embora o protocolo aconselhe o aquecimento de uma das porções de água a misturar com a outra porção
de água à temperatura ambiente, pode optar-se por arrefecer (num frigorífico, por exemplo) uma das porções
de água a misturar com outra que pode estar à temperatura ambiente ou ter sido aquecida previamente.
A qualidade dos resultados é maior, em geral, se a diferença de temperaturas iniciais de ambas as amos-
tras for relativamente pequena (10 °C ou inferior).

Registo e tratamento dos dados experimentais

1. Registo dos dados experimentais

Massa da água à Temperatura inicial Temperatura de


Massa da água Temperatura inicial
Grandeza temperatura da água à tempera- equilíbrio térmico
quente (m1) da água quente (t1)
ambiente (m2) tura ambiente (t2) (tf)

Medida (247,0 ± 0,1) g (34,4 ± 0,1) °C (275,0 ± 0,1) g (23,5 ± 0,1) °C (28,2 ± 0,1) °C
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88
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

2. Tratamento de dados

Grandeza m1 / kg T1 / K m2 / kg T2 / K Tf / K

Valor 0,2470 307,55 0,2750 296,65 301,35

• Temperatura prevista teoricamente (Tteórica)


1m1T1 + m2T22 10,2470 * 307,55 + 0,2750 * 296,652
T= = = 301,81 K § t = 28,66 °C
m1 + m2 0,2470 + 0,2750
0 28,2 - 28,66 0
• Erro relativo, em percentagem: = * 100 = 1,60%1
28,66

Análise dos resultados e conclusões


1. Sim, pois o erro relativo é pequeno (1,60%).
2. Possível medição incorreta da temperatura de equilíbrio térmico;
Possível agitação insuficiente da mistura.
3. Sim, foi elevada porque o erro relativo, em percentagem, foi pequeno (1,60%).
4. Nessa situação, a temperatura de equilíbrio térmico seria praticamente a mesma que a temperatura
inicial da água fria (ligeiramente superior).
5. Não, a equação (7) é válida para quaisquer temperaturas iniciais de água no estado líquido.

Dados e tratamento de dados – dados de vários ensaios

m1 / kg t1 / °C m2 / kg t2 / °C tf / °C tf / °C Erro
(±0,0001 kg) (±0,1 °C) (±0,0001 kg) (±0,1 °C) (±0,1 °C) (calculada) relativo / %

0,1790 27,8 0,1780 21,6 24,6 24,7 0,44


0,1680 25,6 0,1650 18,8 22,4 22,2 0,76
0,3670 25,6 0,3330 22,6 24,2 24,2 0,11
0,2980 25,9 0,2990 24,3 25,0 25,1 0,39
0,0670 39,2 0,1030 24,4 28,8 30,2 4,74
0,1670 36,2 0,1710 27,9 31,7 32,0 0,94
0,1930 36,7 0,3360 31,4 33,0 33,3 1,00
0,2340 35,6 0,1350 7,7 23,4 25,4 7,85
0,2470 34,4 0,2750 23,5 28,2 28,7 1,60
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1
Se a determinação do erro relativo, em percentagem, for feita com as temperaturas em kelvin, o valor do erro relativo, em percen-
tagem, diminui consideravelmente, mas esta diminuição é consequência da aritmética e não da exatidão obtida experimentalmente.

89
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

Parte II: Variação da entalpia de fusão do gelo (calor de fusão do gelo)


Material
• Balança digital: de baixa sensibilidade, 0,01 g
• Garrafa «termos»
• Copo de precipitação: 400 mL
• Calorímetro: recipiente maior + recipiente menor + agitador + tampa
• Termómetros: digitais (± 0,1 °C) ou sensores de temperatura; de coluna de líquido
• Suporte universal + garra + noz
• P laca de aquecimento
• Vareta de vidro
• Pinça
• Frigorífico/Congelador
• Água: destilada, de preferência
• Pedaço de madeira: ou cortiça, esferovite, cartão canelado, etc.

Notas sobre o Procedimento


Esta parte da atividade é de mais difícil execução pelo que exige maior cuidado e perícia.
A temperatura inicial do gelo é um fator muito importante pelo que este deve estar em banho de água
fria durante bastante tempo, dentro de uma garrafa «termos», por exemplo, antes de ser utilizado.
As massas e as diversas temperaturas a medir devem ser determinadas com muito rigor.
A agitação suave da mistura da água fundente com a água quente é muito importante e deve ser efetuada
com cuidado.

Registo e tratamento dos dados experimentais


1. Registo dos dados experimentais

Massa dos cubos Temperatura Temperatura de


Massa da água Temperatura inicial
Grandeza de gelo inicial1 dos cubos equilíbrio térmico
quente (m1) da água quente (t1)
(mgelo = m2) de gelo (t2) (tf)

Medida (93,05 ± 0,01) g (42,7 ± 0,1) °C (12,03 ± 0,01) g 0 °C (29,1 ± 0,01) °C


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1
Medida estimada.

90
Exploração dos resultados das Atividades Laboratoriais (AL)

2. Tratamento de dados experimentais

Grandeza m1 / kg T1 / K mgelo = m2 / kg T2 / K Tf / K

Valor 0,09305 315,85 0,01203 273,15 302,25

• Variação da entalpia de fusão do gelo (ΔHf )


- m1cágua 1Tf - T12 - m c 1Tf - T22
∆Hf = §
mgelo
- 0,09305 * 4,18 * 103 * 1302,25 - 315,852 - 10,01203 * 4,18 * 103 * 1302,25 - 273,1522
ΔHf =
0,01203
ΔHf = 3,18 * 105 J kg−1
0 13,18 * 105 - 3,34 * 105 0
• Erro relativo, em percentagem: * 100 = 4,79%
3,34 * 105

Análise dos resultados e conclusões


1. Os resultados experimentais têm um razoável grau de exatidão uma vez que o erro relativo, em per-
centagem, é cerca de 5%.
2. Possíveis trocas de energia entre o calorímetro e a vizinhança. Possibilidade de a temperatura do gelo
ser ligeiramente inferior a 0 °C, como foi assumido nos cálculos.
3. As previsões teóricas não se alteravam pois a equação (6) continuaria válida, pelo que os resultados
experimentais não se alterariam, em princípio.

Dados e tratamento de dados – dados de vários ensaios

ΔHf (gelo) = 3,34 * 105 J kg-1 (valor esperado)

Erro
mágua / kg tágua / ºC mgelo / kg tgelo / °C tf / °C ΔHf / J kg-1
relativo / %

0,21106 35,8 0,06703 0 9,1 3,13 * 105 6,29


0,08296 32,7 0,01807 0 14,4 2,91 * 10 5
12,9
0,09305 42,7 0,01203 0 29,1 3,18 * 10 5
4,79
0,10110 19,9 0,01198 0 9,6 3,23 * 105 3,29
0,17662 36,9 0,02876 0 21,7 2,99 * 10 5
10,5
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91
4. TEXTOS
DE EXTENSÃO
SOBRE TÓPICOS
DO PROGRAMA

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Textos de extensão sobre tópicos do programa

Forças de sustentação aerodinâmica


A aerodinâmica é o estudo do movimento de fluidos gasosos, que dependem das propriedades e das
características dos fluidos e das forças que exercem em corpos sólidos neles imersos.
Num avião em movimento (fig. 1), as forças que atuam podem resumir-se a quatro:

»
S – Força de sustentação – perpendicular à direção do movimento do avião
S
»
Fg – Peso do avião, que atua sempre na direção vertical
Fm
F»m – Força do motor - exercida pelo motor do avião, que atua na direção
Fr e sentido do movimento
»
Fr – Força devido à resistência do ar, que atua na direção do movimento,
Fg
mas em sentido contrário.
Fig. 1

A força do motor, tal como o nome indica, é a força resultante gerada pelos motores do avião. Nor-
malmente os motores estão colocados de modo que esta força seja aplicada paralelamente à direção do
movimento do avião. Há alguns aviões que usam motores cuja orientação pode variar e serve para diminuir
a distância necessária para levantar voo. O exemplo mais conhecido de aviões com motores de orientação
variável é o Harrier, que consegue levantar voo verticalmente. A força do motor depende do tipo de moto-
res, da quantidade de motores e do regime de utilização imposto pelo piloto. A força do motor é uma força
de reação à força exercida pelos gases de escape (fig. 2). A força exercida por estes gases tem sentido con-
trário ao movimento do avião (3.ª lei de Newton).

Fig. 2
FA10LP © RAIZ EDITORA

93
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Ao mover-se, o avião fica sujeito à resistência do ar. A magnitude da resistência do ar, se o voo for efe-
tuado em regime laminar, é dada por:
1
Fr = C r A v2
2
Em que:
C – é um coeficiente que depende da forma do avião, que é desenhado para minimizar este coeficiente;
r – massa volúmica do ar, que diminui com a altitude;
A – maior área da secção reta do avião;
v – módulo da velocidade do avião relativamente ao ar.

O módulo do peso depende da massa do aparelho e da sua carga (pessoas, bagagem, combustível, etc.).
Para o equilíbrio do voo, a distribuição de massa é importante e deve ter-se em consideração que a massa
diminui ao longo da viagem devido, essencialmente, ao consumo de combustível. Esta variação de massa faz
com que a localização do centro de massa do sistema vá variando de posição ao longo de uma viagem.
Para manter um avião a voar, tem de existir uma quarta força, designada por força de sustentação. A
magnitude desta força, de origem aerodinâmica, depende da forma, da dimensão e da velocidade do avião
relativamente ao ar. As asas são a parte do avião que mais contribui para esta força.
Numa situação ideal, e em condição dita de «velocidade cruzeiro», o avião desloca-se a uma altitude
constante e com velocidade constante. Isto significa que, apesar de haver forças não conservativas a atuar no
avião, a energia mecânica mantém-se constante. Isto só é possível se a resultante das forças for nula, ou seja,
aceleração nula, de acordo com a lei fundamental da dinâmica.
Sendo assim: S = Fg e Fm = Fr
No entanto, na subida ou na descida de um avião, a situação altera-se. Admitindo uma subida (fig. 3 a) ou
numa descida (fig. 3 b), a velocidade constante, verifica-se que a magnitude da força de sustentação é menor
do que a magnitude do peso, tanto na subida como na descida do avião.

S S
θ ( Fr
Fm
Fm Fr
θ (
Fg Fg
(

θ
(

θ
a b

Fig. 3
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94
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Em ambas as situações, se a velocidade se mantém constante, significa de novo que a resultante das
quatro forças continua a ser nula. Decompondo as forças nas duas situações, de acordo com os sistemas de
eixos representados, tem-se que:

Na subida Na descida

Fm - Fg sen q - Fr = 0 Fm + Fg sen q - Fr = 0

S - Fg cos q = 0 S - Fg cos q = 0

A força de sustentação é determinante em todas as fases do voo. Como se explica a sua atuação?
Quando um fluido percorre um tubo com secção variável, se a compressibilidade do fluido for despre-
zável, a quantidade de fluido que atravessa cada secção do tubo por unidade de tempo é aproximadamente
constante. Isso tem uma consequência - nas porções de tubo de secção menor, a velocidade do fluido tem de
ser maior (fig. 4 a).

pA pB

vB
vA pA > pB
vB > vA

a b

Fig. 4

Para um fluido em condições ideais, verifica-se que:


1 1
pA + r vA2 + r g hA = pB + r vB2 + r g hB (1)
2 2
onde p é a pressão, r a massa volúmica do fluido, v a velocidade do fluido, g a aceleração da gravidade e h é
a altura a que o fluido se encontra relativamente ao nível de referência h = 0. Se a variação de altura não for
significativa hA ≈ hB:
1 1
pA + r vA2 = pB + r g hB (2)
2 2
FA10LP © RAIZ EDITORA

95
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Ou seja, quando a velocidade do fluido aumenta, a pressão diminui. Este efeito está representado na
fig. 4 b e denomina-se efeito Venturi. As asas dos aviões são desenhadas de modo que utilizem o efeito
Venturi. Devido à forma das asas, o módulo da velocidade do ar sobre as asas 1v22 é maior do que o módulo
da velocidade do ar que flui sob as asas (v3) (fig. 5).

v2 v1 < v3
v1 v1 < v2
v2 > v3

v3

Fig. 5

Sendo a pressão uma força exercida por unidade de área, este resultado significa que o módulo da força
aplicada na parte inferior da asa, com sentido ascendente, é maior do que o módulo da força exercida na parte
superior da asa. Generalizando a comparação em todos os componentes do avião (outras asas, corpo do avião),
o somatório destas forças traduz-se na força de sustentação.

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96
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Semicondutores
Grande parte dos dispositivos tecnológicos usados diariamente, como computadores, tablets, telemóveis,
aparelhos de televisão, painéis fotovoltaicos, lasers, LED (díodo emissor de luz), entre muitos outros, contêm
materiais semicondutores.
Há muitos materiais semicondutores. Alguns são elementares, como o silício (Si) e o germânio (Ge),
outros são compostos, como o arseneto de gálio (GaAs), o carboneto de silício (SiC), ou mesmo compostos
orgânicos.
A tabela seguinte compara algumas características de um isolador (vidro), de um semicondutor (silício)
e de um condutor (cobre), à temperatura de 300 K.

PROPRIEDADE Cobre Silício Vidro 1

Densidade de portadores de carga / m-3 8,49 * 1028 1 * 1016 -

Resistividade elétrica / Ω m 1,69 * 10-8 2,5 * 103 1010 - 1014

Coeficiente de Temperatura / K-1 + 4,3 * 10-3 - 70 * 10-3 -

O cobre, tal como a maioria dos metais, é um bom condutor elétrico. Os eletrões de valência estão fra-
camente ligados, e, por isso, são considerados como eletrões livres. Em consequência, o cobre possui um maior
número de portadores de carga, por unidade de volume, disponíveis para a condução de corrente elétrica e
apresenta uma resistividade elétrica várias ordens de grandeza menor do que a dos isoladores, mas também
do que os semicondutores. O cobre apresenta um coeficiente de temperatura positivo, o que significa que a
sua resistividade elétrica aumenta com a temperatura, enquanto, por exemplo, o silício apresenta um coefi-
ciente de temperatura negativo, ou seja, a sua resistividade elétrica diminui com a temperatura. Em termos
de condução de corrente elétrica, os semicondutores situam-se entre os condutores e os isoladores.
Um semicondutor puro, como o silício, designa-se semicondutor intrínseco.
Os isoladores, como o vidro, são materiais que não conduzem a corrente elétrica em condições normais.
Nestes materiais, os eletrões de valência estão partilhados em ligações covalentes e não estão, em condições
normais, disponíveis para a condução de corrente elétrica. No caso do silício, um semicondutor intrínseco
do grupo 14 da tabela periódica (TP), possui 4 eletrões de valência. Estes eletrões estão partilhados por outros
4 átomos de Si, através de quatro ligações covalentes (fig. 1), conferindo ao silício grande estabilidade química.

Si

Si Si Si

Fig. 1 – Esquema representativo das liga-


ções existentes entre átomos de
Si
silício (semicondutor intrínseco).
FA10LP © RAIZ EDITORA

1
Sendo um material isolador, o vidro não possui, em condições normais, portadores de carga e portanto também não apresenta um
valor para o coeficiente de temperatura. Para tornar o vidro condutor é necessário um campo elétrico da ordem dos 12 × 106 V m-1.
FA10LP_F07

97
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Um modelo que ajuda a entender a diferença de propriedades entre condutores, semicondutores e iso-
ladores é o modelo de bandas de energia dos sólidos.
Os eletrões, nos átomos isolados, distribuem-se por níveis de energia discretos. Mas, nos materiais,
quando os átomos se ligam para formar o estado sólido, os níveis de energia de cada átomo são afetados pela
presença do átomo vizinho. Este efeito gera uma grande quantidade de níveis de energia, em que as diferen-
ças entre eles é tão pequena que, na prática, os níveis de energia discretos deixam de fazer sentido. Por esta
razão, os estados energéticos nos materiais sólidos são descritos em termos de banda de energia (ver fig. 2).

3s

Hiato

2p

Sobreposição
de bandas

1s

Número de átomos
1 2 3 4 5 6 ∞

Fig. 2 – Representação dos estados de energia de átomo isolado


e para agregados com número de átomos crescente.

Os eletrões ocupam as bandas de energia de acordo com o princípio da energia mínima, a regra de Hund
e o princípio de exclusão de Pauli. A uma temperatura de 0 K, todos os eletrões estão nos estados de menor
energia.
A última banda de energia com eletrões designa-se banda de valência (BV). A primeira banda que,
a 0 K, está vazia, designa-se banda de condução (BC).
Para um material condutor elétrico normalmente ocorre sobreposição da BV e da BC (fig. 3).
A sobreposição de bandas permite que, à temperatura ambiente, haja eletrões livres.

BC
BV

Sobreposição de BV e BC
num condutor

Fig. 3 – Representação das bandas de energia para condutores.

No caso dos materiais isoladores e semicondutores, a 0 K, a banda BV está completamente preenchida,


FA10LP © RAIZ EDITORA

e a BC, que está completamente vazia, encontra-se separada, em termos energéticos, da BV (fig. 4).

98
Textos de extensão sobre tópicos do programa

BC

Banda de energia BC
proibida (hiato)
Hiato

BV BV

Isolador Semicondutor

Fig. 4 – Representação das bandas de energia para isoladores e semicondutores.

Quer nos materiais isoladores quer nos materiais semicondutores há uma banda de energia proibida,
também designada hiato. Num isolador, a «largura» da banda de energia proibida que separa a BV e a BC é
maior do que num semicondutor. A título comparativo, a «largura» da banda de energia proibida para os
semicondutores Si e Ge é 1,1 eV e 0,7 eV, respetivamente, e para o isolador diamante é 5,5 eV.
Sendo o hiato de energias proibidas, para os semicondutores, relativamente pequeno à temperatura
ambiente uma amostra de um semicondutor intrínseco, como o silício, possui energia térmica suficiente para
que alguns eletrões transitem da BV para a BC, tornando-se eletrões de condução (fig. 5).

BC BC

Par e-/h+
Hiato Hiato

BV BV
T=0K Tambiente

Fig. 5 – Representação da transição de eletrões para a banda de condução no silício.

Quando um eletrão (e-) absorve energia transita para a banda de condução, criando uma lacuna (h+) na
banda de valência. As lacunas têm uma carga elétrica positiva, simétrica à carga do eletrão. Por cada eletrão
que transita para a BC há a criação de uma lacuna na BV, originando um par eletrão (e-)/lacuna (h+).
À temperatura ambiente há sempre eletrões na BC («eletrões livres») que se movem aleatoriamente no
material e um igual número de lacunas na BV. Quando um eletrão regressa à BV, emite energia sob a forma
de radiação e ocupa uma lacuna, ocorrendo, por isso, um processo denominado recombinação par e-/h+.
Quando se aplica uma diferença de potencial a um material semicondutor, os eletrões da BC tornam-se
portadores de carga elétrica. Os eletrões que permanecem na BV, apesar de não serem «eletrões livres», podem
mover-se para uma lacuna próxima, criando uma lacuna na posição onde se encontravam anteriormente. Este
movimento pode ser interpretado como um movimento de lacunas, e, por esta razão, as lacunas também
funcionam como portadores de carga elétrica. Nos materiais semicondutores, tanto os eletrões da BC como
as lacunas da BV conduzem a corrente elétrica, mas em sentidos opostos.
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Apesar desta possibilidade, os semicondutores intrínsecos não deixam de ser, em geral, fracos conduto-
res. O silício, à temperatura ambiente, possui cerca de 1,5 * 1016 eletrões de condução por metro cúbico,
enquanto o cobre possui cerca de 8,5 * 1028 eletrões de condução por metro cúbico. A resistividade do silício

99
Textos de extensão sobre tópicos do programa

continua a ser elevada. Um processo de diminuir a resistividade dos materiais semicondutores é adicionar
pequenas quantidades de determinadas substâncias («impurezas») designadas dopantes. Estes semicondu-
tores designam-se semicondutores dopados ou extrínsecos.
Para dopar o silício, basta substituir um em cada 107 átomos de Si por um átomo dopante. Os dopantes
podem ser de dois tipos: tipo-n e tipo-p. O semicondutor dopado designa-se semicondutor de tipo-n ou de
tipo-p. Mas o que é que os átomos dopantes modificam na estrutura e na alteração de propriedades de um
semicondutor intrínseco?
Os átomos de um dopante do tipo-n têm mais eletrões de valência do que o Si. Geralmente, são átomos
de elementos pentavalentes do grupo 15 da TP: fósforo (P), arsénio (As), antimónio (Sb) e bismuto (Bi).
A dopagem com um destes elementos aumenta o número de eletrões na BC.
Quando o silício é dopado com o fósforo, quatro dos eletrões de valência do átomo dopante (átomo
dador) são partilhados em ligações covalentes com 4 átomos de Si. O quinto eletrão não está envolvido em
qualquer ligação e torna-se um eletrão de condução (fig. 6). Devido a este efeito nos semicondutores de
tipo-n, existe um excesso de eletrões relativamente a lacunas e, portanto, os eletrões são os portadores de
carga maioritários. O número de portadores de carga dos semicondutores extrínsecos pode ser controlado
jogando com a concentração dos átomos dopantes.

BC
Si

Si P Si

Si
Eletrão livre
do átomo de P BV

a b
Fig. 6 – Representação: a. das ligações existentes entre átomos de silício e o dopante de tipo-n fósforo (a seta indica o
eletrão livre); b. da estrutura de bandas de um semicondutor de tipo-n, com criação de níveis de energia, loca-
lizados no hiato, com energia próxima da energia da banda de condução.

Do ponto de vista da estrutura de bandas de energia, um dopante do tipo-n aumenta o número de níveis
de energia próximos da BC do semicondutor, podendo os eletrões transitar mais facilmente para a banda de
condução.
Os átomos de um dopante do tipo-p têm menos eletrões de valência do que o silício. Em geral, são
átomos de elementos trivalentes do grupo 13 da TP: boro (B), gálio (Ga) e índio (In). Os átomos de um
dopante do tipo-p, como o boro, só podem ligar-se covalentemente com três átomos de silício. Há deficiên-
cia de um eletrão para a quarta ligação covalente, ou seja, há uma lacuna numa das ligações Si-B (fig. 7).
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Textos de extensão sobre tópicos do programa

BC
Si

Si B Si

Si
Lacuna originada
BV
pelo átomo de B

a b

Fig. 7 – Representação: a. das ligações existentes entre átomos de silício e o dopante boro, de tipo-p (a seta indica a
lacuna); b. da estrutura de bandas de um semicondutor de tipo-p com criação de níveis de energia, com energia
pouco acima da energia da banda de valência.

Esta lacuna pode ser preenchida com um eletrão de outra ligação, mas quando isso acontece a lacuna
migra para a ligação de origem desse eletrão. Este processo pode ocorrer ao longo do semicondutor, partici-
pando, assim, no aumento de condutividade elétrica do semicondutor dopado de tipo-p relativamente ao
semicondutor intrínseco original. Este processo funciona como se lacunas, carregadas positivamente, se
movessem ao longo do semicondutor. Diz-se que o boro é um átomo aceitador porque aceita facilmente
eletrões de uma ligação vizinha. Devido a este efeito, nos semicondutores de tipo-p existe um excesso de
lacunas relativamente a eletrões. Diz-se que nos semicondutores do tipo-p as lacunas são os portadores de
carga maioritários.
Do ponto de vista da estrutura de bandas de energia, um dopante do tipo-p aumenta o número de níveis
de energia próximos da BV do semicondutor, podendo os eletrões transitar mais facilmente para a banda de
condução.
Na tabela seguinte apresentam-se os valores aproximados de resistividade elétrica, à temperatura
ambiente, de silício intrínseco, de silício de tipo-p e de tipo-n. Verifica-se que a resistividade do semicondu-
tor com uma concentração de dopante de 0.01% diminui cerca de 7 ordens de grandeza. O aumento da
densidade dos portadores de carga, sejam lacunas ou eletrões, causa uma diminuição significativa da resisti-
vidade quando comparada com o semicondutor intrínseco, mesmo para concentrações baixas de átomos
dopantes.

SEMICONDUTOR CONCENTRAÇÃO DE DOPANTE RESISTIVIDADE ELÉTRICA/W m

Si intrínseco 0 2,5 * 103

Si tipo-n (dopado com 1024 átomos de B / m3) 0,01% 4,0 * 10-4

Si tipo-p (dopado com 1024 átomos de P / m3) 0,01% 2,2 * 10-4


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101
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Mas o uso de átomos dopantes traz outra vantagem. A resistividade elétrica pode ser controlada alterando
a concentração de átomos dopantes. A fig. 8 mostra a variação da resistividade elétrica de silício extrínseco
em função da quantidade de dopante de tipo-p (B) ou de tipo-n (P), à temperatura ambiente.

103
n-Si (P)
Resistividade elétrica / Ω m 102 p-Si (B)
101
100
10-1
10-2
10-3
10-4
10-5
10-6
1018 1019 1020 1021 1022 1023 1024 1025 1026 1027

Densidade de dopante / m-3


Fig. 8 – Variação da resistividade elétrica de silício dopado (tipo-p e tipo-n) em função da densidade de dopante.

As potencialidades de utilização dos semicondutores em dispositivos tecnológicos permitiu um desen-


volvimento rápido na descoberta e investigação de novos materiais semicondutores e de dispositivos basea-
dos nos semicondutores. Um desses avanços foi a criação dos díodos de semicondutores. Estes dispositivos
consistem na junção de um semicondutor de tipo-p, em que os portadores de carga maioritários são as lacunas,
com um semicondutor de tipo-n, em que os portadores de carga maioritários são os eletrões (fig. 9a).
Junção pn Região de depleção
Tipo-p Tipo-n Tipo-p Tipo-n

Eletrões
Lacunas

a b
Fig. 9 – Representação de um díodo semicondutor: a. com a região p, a região n e a junção; b. com região p, região n e
a região de depleção (a figura não está à escala).

Quando se forma a junção pn, os eletrões livres próximos da junção difundem-se para a região p, através
da junção, recombinando-se com lacunas. Se antes deste processo ambas as regiões p e n do díodo eram
eletricamente neutras, este fluxo de eletrões provoca um excesso de carga negativa na região p, próxima da
junção. Na região n ocorre o inverso, ficando a zona próxima da junção com excesso de carga positiva devido
à difusão de eletrões para a outra região. Este processo decorre até ser atingido um equilíbrio. As duas cama-
das formadas de cada lado da junção, carregadas positivamente, do lado da região n, e negativamente, no lado
da região p, formam uma zona denominada região de depleção. Na figura 9b representa-se o díodo com a
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região de depleção. Esta região é muito menor do que a dimensão de cada uma das regiões p ou n do díodo.
Ao atingir o equilíbrio, a região de depleção constitui uma barreira de potencial à difusão de portadores de
carga através da junção.

102
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Quando intercalados num circuito elétrico, estes díodos permitem o fluxo de eletrões no sentido do
semicondutor do tipo-n para o semicondutor do tipo-p, mas não permitem que o processo ocorra no sentido
oposto. Esta característica permite-lhes serem usados em diversas aplicações tecnológicas, como, por exemplo,
retificadores de corrente alternada para corrente contínua, aparelhos de deteção de sinais de rádio, de emissão
e de deteção de luz.
No caso particular dos díodos emissores de luz (LED), quando são intercalados no circuito a recombi-
nação dos pares eletrão/lacuna está associada à emissão de energia sob a forma de radiação (fig. 10).
A energia do fotão emitido é igual à «largura» da banda de energia proibida (hiato) sendo, por isso, a radia-
ção emitida uma radiação monocromática.

Lacunas + - Eletrões

Eletrões
Lacunas

recombinação

Fig. 10 – Representação da recombinação de pares eletrão/lacuna num díodo emissor de luz (LED).

Outro grande avanço tecnológico ocorreu em 1947, quando John Bardeen, Walter Brattain e William
Shockley inventaram o transístor, pelo qual receberam o prémio Nobel da Física em 1956. Um transístor é
basicamente um tríodo, ou seja, a junção de três semicondutores, dois de um tipo (n ou p) e o outro de tipo p
ou n, respetivamente. Por isso, são designados transístores de tipo p-n-p ou de tipo n-p-n. O transístor é um
dos principais componentes dos circuitos eletrónicos existentes em vários dispositivos usados atualmente.
Sendo materiais usados em dispositivos de alta tecnologia, a indústria dos semicondutores é muito
dinâmica. Apesar de o silício ser o material semicondutor mais usado atualmente, não foi o primeiro material
a revelar características semicondutoras. No século XIX, o físico e químico inglês Michael Faraday descobriu
que a condutividade do sulfato de prata aumentava com a temperatura. Provavelmente o primeiro dispositivo
a ser construído à base de um semicondutor foi criado por Charles Fritts, em 1883, e atualmente chamar-
-se-ia célula fotovoltaica. Este dispositivo tinha uma camada fina de selénio e dois contactos metálicos.
A luz visível, ao incidir neste sistema, produzia uma corrente elétrica.
Em 1958, o engenheiro norte-americano Jack Kilby inventou os circuitos integrados, ao serviço da Texas
Instruments, o que permitiu o aparecimento de microprocessadores e a miniaturização dos computadores.
Foi laureado com o prémio Nobel da Física em 2000.
A investigação sobre semicondutores avançou de tal forma que hoje produzem-se e investigam-se as
propriedades e possíveis aplicações tecnológicas dos chamados pontos quânticos (quantum dots), que são
cristais de materiais semicondutores com dimensão nanométrica (1 * 10-9 m).
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Textos de extensão sobre tópicos do programa

Prémio Nobel da Física de 2014 «O LED azul


– enchendo o Mundo com uma nova luz»
No espírito de Alfred Nobel, o prémio com o seu nome deve distinguir uma invenção de grande bene-
fício para a humanidade. Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura foram galardoados pela inven-
ção de uma fonte de luz branca mais eficiente e mais amiga do ambiente: o díodo emissor de luz (LED) azul;
utilizando o LED azul, pode ser produzida luz branca de uma forma diferente. Com o advento das lâmpadas
LED, existem atualmente alternativas mais eficientes e mais duradouras para a iluminação.
Quando Akasaki, Amano e Nakamura chegaram a Estocolmo para a cerimónia de entrega do prémio
Nobel no início de dezembro, dificilmente deixaram de notar o impacto da sua invenção, quando observaram
as luzes da cidade. As lâmpadas de LED brancas são eficientes, de longa duração e não contêm mercúrio,
como acontece com as lâmpadas fluorescentes.
Os díodos emissores de luz vermelha e verde já eram utilizados há mais de cinquenta anos, mas era
necessária a luz azul para revolucionar as tecnologias da iluminação. Somente o conjunto de luz vermelha,
verde e azul pode produzir a luz branca dos LED atuais. Apesar dos esforços feitos pela comunidade cien-
tífica e pela indústria, a obtenção da luz azul foi um desafio que se manteve durante três décadas.
Akasaki trabalhou com Amano na Universidade de Nagoya, enquanto Nakamura trabalhava numa
pequena empresa (Nichia Chemicals) na ilha de Shikoku. Quando obtiveram os feixes de luz azul proveniente
dos semicondutores, abriram-se as portas para uma transformação fundamental nas tecnologias de ilumina-
ção. As lâmpadas incandescentes tinham iluminado o século XX; o século XXI será iluminado pelos LED.

Poupando energia e recursos

Um díodo emissor de luz é formado por uma série de camadas de materiais semicondutores. No LED,
a corrente elétrica é diretamente convertida em fotões, sendo por isso mais eficiente quando comparado com
outras fontes de luz, onde a maior parte da corrente elétrica é convertida em energia sob a forma de calor e
somente uma pequena parte é convertida em luz. Nas lâmpadas de incandescência e também nas lâmpadas
de halogéneo, a corrente elétrica é utilizada para aquecer um filamento tornando-o brilhante. Nas lâmpadas
fluorescentes dá-se a descarga de um gás que produz luz mas também dissipa energia sob a forma de calor.
Os novos LED requerem menos energia para a produção de luz, quando comparados com as outras
fontes de iluminação. Além disso, o seu aperfeiçoamento tem conduzido a uma maior eficiência, obtendo-se
um maior fluxo luminoso (medido em lúmen) por unidade de potência elétrica (medida em watt). Os dados
mais recentes indicam que se conseguem valores ligeiramente superiores a 300 lúmen/watt, comparados com
os 16 para lâmpadas de incandescência e 70 para lâmpadas fluorescentes. Como cerca de um quarto da
energia elétrica consumida no mundo é utilizada para a iluminação, os LED, altamente eficientes em termos
energéticos, são um enorme contributo para a poupança dos recursos mundiais.
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Textos de extensão sobre tópicos do programa

Produzindo luz num semicondutor

lacuna
camada
tipo p
camada
ativa
camada
tipo n
eletrão

A tecnologia LED tem origem no mesmo tipo de engenharia/ciência que deu origem aos telemóveis,
computadores e todos os outros equipamentos eletrónicos modernos, e que se baseia em fenómenos quân-
ticos. Um díodo emissor de luz é constituído por várias camadas de materiais semicondutores: camadas do
tipo n, com excesso de eletrões, e camadas do tipo p, com deficiência de eletrões (ou com excesso de lacunas).
Entre estas camadas existe uma camada ativa, para a qual os eletrões e as lacunas podem ser conduzidos
quando é aplicada uma tensão elétrica ao semicondutor, dando-se assim a recombinação do par eletrão-lacuna
com emissão de luz. O comprimento de onda da luz emitida depende apenas do material semicondutor: a
luz azul, que na gama visível da radiação eletromagnética apresenta baixo comprimento de onda, só pode ser
produzida em alguns materiais.
A primeira referência a luz emitida por um material semicondutor data de 1907 e é devida a Henry
J. Round e a Guglielmo Marconi (prémio Nobel da Física em 1909). Mais tarde, entre 1920 e 1930, na antiga
União Soviética, o físico Oleg V. Losev publicou vários artigos sobre a emissão de luz, mas o conhecimento
do fenómeno estava longe de ser percebido. Foram necessárias algumas décadas para que o fenómeno da
eletroluminescência fosse percebido.
O díodo emissor de luz vermelho foi inventado no final de 1950, tendo sido utilizado, por exemplo, em
indicadores digitais de máquinas de calcular e relógios. Numa fase inicial da investigação dos LED, era já
evidente a necessidade de um díodo emissor de luz com comprimento de onda mais baixo, com radiação de
energia mais elevada (o díodo azul) para ser possível a emissão de luz branca. Muitos laboratórios de inves-
tigação tentaram o seu fabrico mas sem sucesso.
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Textos de extensão sobre tópicos do programa

Desafio das convenções

Os laureados com o Nobel da Física de 2014 desafiaram as convenções, trabalharam afincadamente e


assumiram alguns riscos. Construíram os seus próprios equipamentos, estudaram a tecnologia e fizeram
centenas de experiências. A maioria das vezes falharam, mas não desistiram. É aquilo que se pode chamar
«arte em laboratório» de alto nível.
O nitreto de gálio foi o material escolhido por Akasaki, Amano e Nakamura que os levou ao sucesso,
mesmo sabendo que outros tinham falhado. Já era conhecido que o nitreto de gálio era o material apropriado
para a produção de luz azul, mas as dificuldades experimentais eram muito grandes. Ninguém tinha conse-
guido fazer crescer cristais de nitreto de gálio com qualidade suficiente, uma vez que era extremamente
difícil produzir uma superfície de suporte para o crescimento daqueles cristais e, além disso, era praticamente
impossível criar camadas do tipo p neste material.
No entanto, Akasaki estava convencido de que a escolha do material era a correta e continuou a trabalhar
com Amano, que era seu estudante de doutoramento na Universidade de Nagoya. Nakamoto também tinha
escolhido o GaN, antes do sulfureto de zinco, alternativa que outros investigadores consideravam ser um
material promissor.

Faça-se luz (Fiat lux)

Em 1986, Akasaki e Amano foram os primeiros que com sucesso produziram cristais de alta qualidade
de GaN, fazendo crescer os cristais sobre uma camada de nitreto de alumínio num substrato de safira. No
final da década de 1980, deram um enorme avanço quando conseguiram produzir uma camada de GaN do
tipo p. Por coincidência Akasaki e Amano descobriram que o material que produziram brilhava mais inten-
samente quando foi analisado num microscópio eletrónico. Isto significava que o feixe de eletrões utilizado
na microscopia eletrónica tornava a camada do tipo p mais eficiente em termos de emissão de radiação. Em
1992 conseguiram apresentar o seu primeiro díodo emissor de cor azul.
Nakamoto começou o desenvolvimento do seu LED azul em 1988. Dois anos mais tarde, fabricou com
sucesso cristais de alta qualidade de GaN. A sua técnica consistiu em fabricar uma camada fina de GaN a
baixa temperatura, o crescimento das camadas seguintes a altas temperaturas. Nakamoto conseguiu ainda
explicar porque é que Akasaki e Amano tinham tido sucesso com a camada p: o feixe do microscópio ele-
trónico removia o hidrogénio que não permitia a formação da camada p. Por seu lado, Nakamoto tinha
substituído o efeito do feixe eletrónico por um método mais simples e barato: por aquecimento dos materiais
tinha conseguido criar uma camada do tipo p em 1992. Ou seja, a solução encontrada por Nakamato era
diferente da que foi encontrada por Akasaki e Amano.
Durante os anos de 1990, ambos os grupos de investigação conseguiram melhorar os seus LED azuis
tornando-os ainda mais eficientes, fabricando diferentes compostos de nitreto de gálio, utilizando alumínio
ou índio, tornando a estrutura dos LED bastante complexa.
Akasaki, juntamente com Amano e com Nakamura, também inventaram um laser azul, no qual o LED
azul, do tamanho de um grão de areia, é um dos componentes fundamentais. Contrariamente à luz emitida
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pelo LED, que se difunde em todas as direções, o laser azul emite radiação numa direção muito precisa. Uma
vez que a luz azul tem um comprimento de onda mais pequeno, pode armazenar muito mais informação
por unidade de área quando comparada com radiação infravermelha. Este fator aumentou a capacidade de

106
Textos de extensão sobre tópicos do programa

armazenamento de informação que rapidamente conduziu ao desenvolvimento dos discos do tipo Blu-ray
com o aumento dos tempos de reprodução, permitindo ainda o fabrico de melhores impressoras a laser.
Muitas aplicações do quotidiano estão atualmente equipadas com tecnologia LED: os ecrãs do tipo
LCD em televisões, computadores, telemóveis, para os quais também disponibilizam flashes nas câmaras
fotográficas.

Uma revolução brilhante

300 lm/W

70 lm/W

16 lm/W
0,1 lm/W

candeeiro a óleo lâmpada tungsténio lâmpada fluorescente lâmpada LED


(apróx. 15 000 a. C.) (séc. XIX) (séc. XX) (séc. XXI)

A invenção dos galardoados com o prémio Nobel de 2014 revolucionou o campo das tecnologias de
iluminação. Lâmpadas novas, mais eficientes, mais inteligentes e mais baratas, que estão em constante evo-
lução. Uma lâmpada de LED branca pode ser produzida de duas maneiras diferentes: i) utilizando a luz azul
para excitar um material fosforescente que emite radiação azul e vermelha e que, quando se combinam,
produzem luz branca; utilizando os LED vermelho, verde e azul incorporados, permitindo a combinação das
três cores para produzir luz branca.
As lâmpadas LED são, por isso, fontes de luz flexíveis, com diferentes aplicações no campo da ilumina-
ção: milhões de cores diferentes podem ser produzidas; as cores e a intensidade da radiação emitida podem
ser alteradas em função das necessidades. Painéis de luzes com vários metros quadrados de área, piscando,
mudando de cor e de padrões, controlados por computador, são já uma realidade. A possibilidade do controlo
da cor da luz também permite uma reprodução mais fiel da cor natural da radiação. Esse controlo também
já é utilizado em estufas de cultivo.
A lâmpada LED também é uma grande promessa no aumento da qualidade de vida de mais de 1,5 mil
milhões de pessoas que ainda não possuem acesso a redes de distribuição de energia elétrica; como a potên-
cia requerida para o funcionamento de uma lâmpada LED é baixa, esta poderá ser alimentada por uma
instalação solar. Além disso, a água contaminada poderá ser esterilizada utilizando LED ultravioletas.
A invenção do LED azul tem somente 20 anos de existência, no entanto, já contribuiu para o fabrico de
lâmpadas de luz branca para o benefício de toda a humanidade.
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Adaptado de «The Nobel Prize in Physics 2014 – The Royal Swedish Academy of Sciences»

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Textos de extensão sobre tópicos do programa

Visão das cores – um acidente genético conveniente


Ver cores é algo fascinante. Pensar que as cerca de 2 milhões de cores que os humanos conseguem dis-
tinguir resultam de um acidente genético que ocorreu há muitos milhões de anos é, no mínimo, curioso.
As cores são perceções criadas pelo cérebro a partir dos débeis sinais elétricos que são enviados pelo
olho e que resultam da absorção da luz pelos fotopigmentos na retina. Para saber como é ver sem cores
basta permanecer no escuro durante cerca de 20 minutos para ativar o sistema de visão noturno – este
sistema é acromático e tem cerca de 100 milhões de bastonetes, que são as células que contêm o fotopig-
mento que absorve a luz. Chamam-se bastonetes porque têm formas cilíndricas de cerca de 1 micrómetro
de diâmetro e 60 micrómetros de comprimento. As cores são percebidas pelo sistema de visão diurna, o
qual tem cerca de 5 milhões de cones. Chamam-se cones porque têm uma forma cónica de 1-10 micró-
metros de diâmetro e 40-80 micrómetros de comprimento. Estas células contêm fotopigmentos de três
tipos: um sensível à luz vermelha, um sensível à luz verde e outro sensível à luz azul.

A fig. 1 mostra a absorvância relativa 1


de cada um destes fotopigmentos em fun-
ção do comprimento de onda da luz visível.
Hoje, graças a técnicas de imagem avança-
absorvância relativa

das, é possível, em laboratórios especiali-


zados, visualizar os fotorrecetores de
qualquer pessoa. Um facto interessante é
que temos proporções dos três tipos de 0,5
cones muito variáveis, mas, apesar disso,
temos basicamente a mesma visão das
cores.

400 450 450 450 450 450


comprimento de onda (nm)
Fig. 1 – Curvas de absorvância dos cones.

A fig. 2 mostra o mosaico dos fotorrecetores


de várias pessoas, todas com visão a cores normal.
Como é que o sistema visual se autocalibra para
compensar estas diferentes proporções de cones?
Intrigante.

Fig. 2 – Mosaico dos cones obtido in vivo para várias


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pessoas, todas com visão a cores normal. Extraído de


David Williams, «Imaging single cells in the living retina»,
Vision Research, 2011.

108
Textos de extensão sobre tópicos do programa

A estimulação dos cones pela luz constitui apenas o início do complicado processo que produz a perce-
ção das cores. A retina tem várias camadas de células que vão combinar os sinais dos cones antes de estes
serem conduzidos para o cérebro pelas fibras do nervo ótico – há apenas 1,5 milhões de fibras disponíveis
para tantos fotorrecetores, pelo que a informação tem de ser comprimida eficientemente. A fig. 3 ilustra o
processo de compressão que ocorre na retina. As propriedades anatómicas e funcionais do cérebro indicam
que existem áreas especializadas no processamento da cor. Isto explica porque é que certas pessoas, após
acidentes cerebrais, perdem a visão das cores mas mantêm os outros aspetos da visão intactos.

Fig. 3 – Grupo de cones ligados a uma mesma fibra através de células


intermédias ilustrando o processo de compressão que ocorre na retina.

Se não fosse um acidente genético ocorrido há 30-40 milhões de anos, teríamos uma visão das cores
empobrecida, como a maioria dos mamíferos que tão bem conhecemos, como o cão, o gato ou o cavalo. Nessa
altura os mamíferos tinham apenas dois pigmentos. Alguns primatas sofreram uma mutação genética que
originou o aparecimento do terceiro pigmento e deu origem à nossa visão tricromata, isto é, baseada em três
pigmentos. Este é um tipo de acontecimento muito raro e só terá ocorrido algumas vezes nos últimos 540
milhões de anos. Apesar de sermos únicos no reino dos mamíferos, as aves e os peixes podem ter mais do
que três pigmentos, sendo que, atualmente, a espécie com um maior número de pigmentos é um tipo de
camarão que possui 16 pigmentos.
A visão das cores pode ser alterada por patologias, como, por exemplo, a diabetes, drogas, medicamentos
ou até por exposição a certos produtos químicos.
O que se designa por daltonismo é uma alteração congénita que afeta os fotopigmentos dos cones. Esta
condição começou a ser estudada pelo famoso químico inglês John Dalton, no século XVIII. Ele confundia
a cor das flores violeta de uma vulgar sardinheira com o azul-celeste. A sua teoria era que no interior dos
seus olhos havia um líquido colorido que alterava as cores. Esta hipótese não se revelou verdadeira. Como os
seus olhos ainda estão preservados na Universidade de Manchester, descobriu-se recentemente, duzentos
anos após a sua morte, através de análises genéticas, que lhe faltava um dos pigmentos. Dalton era um dicro-
mata.
Os casos mais comuns de daltonismo são aqueles em que há, apenas, uma ligeira alteração num dos
pigmentos, o que resulta numa redução do número de cores percebidas, na ordem de 50%. Os casos mais
severos, que felizmente são bastante raros, são aqueles em que o daltónico tem apenas um pigmento, vendo
assim apenas claros-escuros.
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109
Textos de extensão sobre tópicos do programa

No ocidente, cerca de 8,5% dos homens e 1% das mulheres têm alguma forma de daltonismo. O dalto-
nismo é mais frequente nos homens porque os genes que codificam os pigmentos sensíveis ao verde e ao
vermelho estão no cromossoma X, pelo que, em geral, a anomalia só se revela na mulher quando ambos estão
afetados. Curiosamente, se a mulher tiver apenas um dos cromossomas afetados pode, em casos muito raros,
ter quatro pigmentos, e, portanto, ver mais cores do que o normal. As anomalias no pigmento sensível ao
azul são igualmente frequentes no homem e na mulher pois a sua codificação é num cromossoma não sexual.
O daltonismo ainda não tem cura mas, usando terapias genéticas em animais, é possível fazer com que
primatas com apenas dois pigmentos vejam como se tivessem três pigmentos. Talvez um dia essas terapias
possam ser aplicadas ao Homem. No entanto, a visão dos daltónicos, em muitos casos, é melhor do que seria
de esperar dadas as suas limitações a nível dos pigmentos na retina. Pensa-se que os daltónicos aprendem a
usar outras pistas visuais para distinguir os objetos e atribuir o nome da cor a objetos. Por exemplo, a lumi-
nosidade.
No entanto, os daltónicos não têm só desvantagens: por exemplo, podem descodificar camuflagens que
o observador normal não vê. Foram muito usados na II Guerra Mundial para isso.

Sérgio M. C. Nascimento – Departamento de Física, Universidade do Minho

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Textos de extensão sobre tópicos do programa

Que lâmpadas escolher?


Desde 2012 que a União Europeia decretou, em prol da eficiência energética, o fim das lâmpadas de
incandescência, construídas e comercializadas pela primeira vez por Thomas Edison em 1879.
Ao abrigo da legislação europeia, também estão a ser retiradas do mercado as lâmpadas halogéneas de
pinos e as lâmpadas halogéneas lineares de alto consumo.
Os consumidores encontram atualmente no mercado lâmpadas mais eficientes e mais amigas do
ambiente:
• lâmpadas fluorescentes compactas (CFL);
• lâmpadas LED.
O que se deve saber ao escolher uma lâmpada?

Fluxo luminoso

As lâmpadas incandescentes eram, normalmente, escolhidas com base na potência elétrica indicada na
embalagem. A potência elétrica corresponde à quantidade de energia transformada pela lâmpada por inter-
valo de tempo.
O parâmetro mais adequado na escolha de uma lâmpada deve basear-se no fluxo luminoso, que é uma
medida da «quantidade» de luz emitida por uma fonte luminosa, capaz de sensibilizar o olho humano, por
intervalo de tempo. O fluxo luminoso exprime-se em lúmen (lm) e corresponde ao brilho da lâmpada.
A correspondência entre o valor da potência das lâmpadas incandescentes e o valor do fluxo luminoso
(valores aproximados) das lâmpadas eficientes (CFLs e LEDs) é ilustrado na seguinte tabela.

Incandescentes CFL e LED

15 W 140 lm

25 W 250 lm

40 W 470 lm

60 W 800 lm

75 W 1050 lm

100 W 1520 lm

As lâmpadas fluorescentes e as lâmpadas LED são 5 a 10 vezes mais eficientes do que as lâmpadas
clássicas incandescentes e 2 a 5 vezes mais eficientes do que as de halogéneo.
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111
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Cor e temperatura

As lâmpadas para iluminação devem ter alguns requisitos no que diz respeito à cor da luz que emitem
e à capacidade de reproduzir naturalmente a cor dos objetos. Os parâmetros associados a estas especificações
são a Temperatura de Cor Correlacionada (Correlated Color Temperature - CCT) e o Índice de Reprodução
de Cor (Color Rendering Index - CRI).
A Temperatura de Cor Correlacionada traduz a sensação de cor da luz emitida por uma lâmpada. Este
parâmetro está relacionado com a temperatura do corpo negro à qual a perceção visual de cor dos seres
humanos mais se associa com a luz da lâmpada. A CCT é definida na unidade de temperatura absoluta –
kelvin. A classificação de CCT de uma lâmpada dá uma indicação da sensação de «calor» ou «frieza» da luz
emitida pela lâmpada. A maior parte das lâmpadas disponíveis comercialmente apresentam valores de CCT
que variam entre 2770 K e 6500 K. As lâmpadas com uma classificação de CCT abaixo de 3200 K emitem
luz com uma cor avermelhada/alaranjada, que os seres humanos associam a «quente», e as lâmpadas cuja
classificação CCT é superior a 4000 K emitem luz com cor azulada que os seres humanos associam a «frio».
Esta convenção foi estabelecida a partir de fontes de luz não elétricas, como, por exemplo, o fogo que é
associado a calor, porque era tradicionalmente usado para aquecimento, e emite luz de cor alaranjada. Esta
convenção pode dar origem a interpretações erradas e confusas, porque quanto maior o CCT, mais a luz da
lâmpada aparenta «frieza». No gráfico da fig. 1 mostra-se um exemplo da correlação entre cor e temperatura
para algumas lâmpadas de iluminação.
Exemplos de Escala de
referência temperatura
para LED de cor correlacionada
(kelvin)

Fig. 1 – Correspondência entre cor e temperatura.

A capacidade de uma fonte de luz reproduzir as cores dos objetos o mais «naturalmente» possível mede-
-se através do Índice de Reprodução de Cor. Uma fonte de luz como o Sol tem um CRI = 100. O CRI é,
por isso, uma indicação de quão «natural» as cores dos objetos serão quando iluminados pela lâmpada. Quanto
menor for este valor, pior é a reprodução de cores1.
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1
As cores dos objetos naturalmente percecionadas pelo ser humano dependem diretamente do tipo de luz que neles incide, neste
caso, a luz solar.

112
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Tempo de vida e ciclos de funcionamento

O tempo de vida médio e o número de ciclos de funcionamento é também um critério a ter em consi-
deração quando se escolhem lâmpadas para iluminação.
O tempo de vida de uma lâmpada corresponde ao período (em horas) durante o qual a mesma funciona
corretamente. No entanto, há que ter em consideração que o fluxo luminoso irá diminuir com o tempo.
Considera-se que, em média, uma lâmpada é utilizada 1000 horas por ano, ou seja, 3 horas por dia. No caso
de certas lâmpadas fluorescentes compactas, o número de vezes que a lâmpada é ligada e desligada também
influencia a sua duração.

Informações da embalagem e rótulos

A consulta da informação da embalagem e rótulos é fundamental para a escolha da melhor opção em


termos de iluminação.
Na seguinte tabela, são resumidas as indicações que podem ser encontradas nas embalagens e rótulos.

Tabela de simbologia de etiquetas de CFL e LED

lm (lúmen) – Fluxo luminoso – brilho da lâmpada

w (watt) – Potência da lâmpada – quantidade


de energia consumida por unidade de tempo

Potência da lâmpada (11 W) comparada com a


potência de uma lâmpada de incandescência
(55 W). Esta correspondência dá uma indicação da
potência que uma lâmpada incandescente deveria
ter para emitir o mesmo fluxo luminoso (660 lm).
300 lm/W

lm/w (lúmen/watt) – Eficiência da lâmpada – rácio


entre o fluxo luminoso e a potência da lâmpada

Temperatura de Cor Correlacionada (CCT) – kelvin


– especificação para a cor da luz emitida por
uma lâmpada: «branco quente» (2700 K – 3200 K),
«branco neutro» (3200 K – 4000K), «branco frio»
(4000 K – 6500 K)

Índice de reprodução de cor (valor máximo 100) –


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capacidade de uma fonte de luz em reproduzir as


cores dos objetos o mais «naturalmente» possível

FA10LP_F08

113
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Tempo de vida médio (em horas ou anos) – tempo de


operação após o qual 50% das lâmpadas de uma amostra
continuam a funcionar

Tempo de aquecimento – tempo necessário até atingir um


determinado valor do fluxo luminoso máximo

Ciclos de funcionamento – indica quantas vezes uma


lâmpada pode ser ligada e desligada antes deixar
de funcionar

Capacidade de regulação do fluxo luminoso (dimming) –


indica se há possibilidade (ou não) da regulação do fluxo
luminoso (diminuindo ou aumentando a sua intensidade)

Classe energética – informações sobre a eficiência


energética

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114
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Benjamin Thompson e a teoria do calórico


No final do século XVIII, a natureza do calor era ainda desconhecida: por um lado havia cientistas que
defendiam que o calor estaria relacionado com a vibração das «moléculas» constituintes da matéria, por outro
lado parte considerável de cientistas advogava que os corpos quentes continham no seu interior mais calórico
(fluido imponderável e indestrutível) do que os corpos frios. Para estes cientistas, os materiais seriam cons-
tituídos por moléculas pequeníssimas que se atraíam entre si por ação da força gravítica e, preenchendo o
espaço entre estas, existiria uma quantidade de calórico, necessariamente finita pois o volume dos corpos
também o é: quanto mais quente estivesse o corpo, mais calórico existiria entre as moléculas. Desta forma,
quando um corpo quente era colocado em contacto com um corpo frio, o calórico saía parcialmente do corpo
quente penetrando os espaços disponíveis entre as moléculas do corpo frio, até que ambos os corpos ficassem
à mesma temperatura: a quantidade de calórico cedido pelo corpo quente era igual à quantidade absorvida
pelo corpo frio.
O calórico era de tal forma aceite por grande parte da comunidade científica que, em 1789, o químico
francês Antoine Lavoisier (1743-1794) incluía na sua lista de elementos químicos a luz e o calórico.

Benjamin Thompson (1753-1814) foi um cien-


tista, inventor, político e militar inglês nascido nos atuais
EUA. Com apenas 14 anos foi capaz de calcular, com
uma precisão de 4 s, o início de um eclipse solar. Durante
a Guerra da Independência lutou pelo lado inglês e,
quando os ingleses abandonaram Boston, Thompson
foi para Inglaterra, deixando a esposa e a filha na Amé-
rica. Durante a guerra fez estudos sobre o poder explo-
sivo da pólvora e os seus méritos como cientista foram
reconhecidos ao entrar para a Royal Society de Londres
em 1779.
Quando a guerra terminou, o rei George III de
Inglaterra armou-o cavaleiro (Sir) enquanto este viajava
pela Europa Central com a intenção de se juntar à causa
austríaca contra o Império Otomano. Por um acaso da
história acabou ao serviço do Duque da Baviera (Ale-
manha) em 1785, tendo reorganizado, durante 11 anos,
o exército nas suas mais diversas facetas.

Benjamin Thomson (1753-1814)


Um dia, em 1797, ao inspecionar os operários que manipulavam uma máquina usada para fazer canhões
à custa de uma broca de aço, que perfurava um cilindro de bronze, ficou espantado com o aquecimento
atingido pela peça de bronze e mais surpreendido ficou com a temperatura atingida pelas limalhas de bronze
que saltavam para o chão durante a perfuração. Sir Thompson, que sempre fora um opositor à teoria do
calórico, apercebeu-se de que estava na presença de uma situação que podia aproveitar para por à prova a
teoria do calórico.
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De imediato mandou fazer uma réplica da montagem que os operários usavam e começou as suas
experiências.

115
Textos de extensão sobre tópicos do programa

O aparato experimental (fig. 1) consistia numa peça cilíndrica de bronze (canhão) posta a rodar em
torno do seu eixo longitudinal pelo esforço meritório de uma parelha de cavalos, à razão de 32 voltas por
minuto. A broca de aço estava fixada numa estrutura rígida e desgastava, por atrito, o interior de um pequeno
cilindro que fazia parte da extremidade da peça de bronze em rotação. Para isolar do ar a zona de fricção
entre a broca e o pequeno cilindro, Thompson concebeu uma caixa metálica que envolvia a zona de fricção
e encheu-a totalmente de água à temperatura ambiente.

Fez um furo no pequeno cilindro, no qual


adaptou um termómetro de mercúrio e deste modo
podia medir a temperatura na zona da perfuração.
Todo o aparato foi coberto com panos de flanela
espessa para que o ar frio da cidade de Munique não
prejudicasse as experiências.
Com a «máquina» em rotação, o entusiasmo do
cientista foi quase imediato: a temperatura no inte-
rior do pequeno cilindro, a ser perfurado pela broca
(e da água contida na caixa que envolvia essa zona),
começou gradualmente a subir.
Fig. 1

Na tabela seguinte estão listados os dados experimentais das temperaturas médias obtidas por Thomp-
son em vários ensaios:

Tempo de perfuração / h 0,00 1,00 1,50 2,00 2,33 2,50

Temperatura / ºF 60 107 142 178 200 212

Temperatura / ºC 15,6 41,7 61,1 81,1 93,3 100

Os operários presentes ficaram verdadeiramente atónitos com a cena a que assistiam: cerca de 12 L de
água fervia sem haver por perto qualquer fogo para a aquecer.
Depois de cálculos minuciosos, Thompson concluiu que o calor produzido pela ação mecânica da broca,
ao perfurar o interior do pequeno cilindro de bronze em 2,5 h, era superior ao calor fornecido pelas chamas
de 9 velas de cera, de 2 cm de diâmetro (e de tamanho médio) a arder simultaneamente durante o mesmo
tempo1. Como todo este aparato era posto em movimento pela ação de dois cavalos, Thompson concluiu que
era possível libertar uma grande quantidade de calor exclusivamente por ação mecânica, sem qualquer inter-
venção do fogo, da luz ou de reações químicas. Concluiu ainda que a fricção mecânica era capaz de produzir
quantidades aparentemente ilimitadas de calor, facto verdadeiramente incompatível com a teoria do calórico.
Hoje dizemos que à custa da realização de trabalho, W, a energia interna do sistema pode aumentar,
aumentando a temperatura do sistema; se o sistema estiver em contacto com outros a temperatura menor
(água no caso da experiência de Thompson), há transferência de energia (calor, Q) do corpo quente para o
corpo frio. Trabalho e calor são portanto equivalentes pois podem provocar iguais variações de energia interna
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dos sistemas.
1
Dado que a água fervia, Thompson concluiu que, se fosse preciso, esta experiência podia servir até para cozinhar alimentos.

116
Textos de extensão sobre tópicos do programa

No final da experiência, Thompson recolheu as limalhas de bronze produzidas pelo atrito da broca ao
perfurar o pequeno cilindro e pesou-as: 268,6 g. Para rebater os defensores do calórico este cientista, mais
tarde Conde de Rumford (1791), concluiu que no interior de um volume tão pequeno de bronze (cerca
de 30 cm3) não era possível existir tanta quantidade de calórico como os seus defensores advogavam.
O calórico não poderia ser algo que impregnava os espaços entre as moléculas constituintes da matéria.
Benjamim Thompson, que em 1792 enviuvou e em 1804 casaria por um período curto com a viúva do fale-
cido Lavoisier, acabava de demonstrar que o calórico não existia.
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Textos de extensão sobre tópicos do programa

Joule e o equivalente mecânico do calor


Passaram quase trinta anos até que vários cientistas de nações diferentes voltassem a pegar no problema
de demonstrarem que o calórico não existia e que o calor deveria estar relacionado com trabalho mecânico,
realizado por forças.
James Prescott Joule (1818-1889) foi um desses
cientistas. Nascido numa família que explorava uma
fábrica de cerveja, não frequentou a escola, tendo tido
aulas particulares em casa. Com 15 anos teve aulas em
Manchester com o grande químico John Dalton
(1766-1844). Com a morte da mãe e a doença incapa-
citante do seu pai, Joule e o seu irmão mais velho
começaram a dirigir as operações na fábrica da família.
O gosto pela ciência pode ter começado em criança,
mas foi uma tentativa de melhorar a produção da
fábrica (analisou seriamente a possibilidade de substi-
tuir a máquina a vapor pelo recém-inventado motor
elétrico) que guiou Joule para o estudo da filosofia
natural (Física e Química).
Joule estudou afincadamente todos os textos dos
cientistas da época e montou um laboratório em sua
casa, tendo começado as suas experiências como auto-
didata da ciência, trabalhando com pilhas voltaicas,
ímanes e eletroímanes.

James Prescott Joule (1818-1889)

Logo em 1840 descobriu a chamada Lei de Joule que diz que a energia libertada (calor), por unidade
de tempo, por um condutor elétrico é diretamente proporcional à resistência do condutor e ao quadrado da
intensidade de corrente elétrica. Apesar de não ser um académico, Joule era um experimentalista extrema-
mente engenhoso e cuidadoso na preparação e execução das suas experiências, tendo chegado inclusive a
construir e a calibrar galvanómetros com que media as grandezas elétricas. Os termómetros que mandava
construir com as melhores especificações da época permitiram-lhe medir diferenças de temperatura meno-
res do que 1 vigésimo de grau Fahrenheit (0,028 °C), facto que ainda hoje impressiona pois os termómetros
de coluna usados nos laboratórios são normalmente graduados em 0,5 °C ou 1 °C.
Em 1843 Joule já tinha dirigido a sua atenção para tentar demonstrar, por via experimental, que o calor
era em todos os aspetos equivalente ao trabalho mecânico, contrariando assim a teoria do calórico. Numa
experiência que realizou, um íman era posto a rodar no interior de uma quantidade de água muito pura à
custa da força magnética desenvolvida por eletroíman, que por sua vez funcionava à custa de uma pilha
voltaica. Com a rotação do íman, a água aquecia ligeiramente e Joule mediu essa variação de temperatura em
vários ensaios, tendo concluído que para aumentar a temperatura de uma libra de água pura de 1 °F era
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necessário fornecer, em média, uma energia (calor) equivalente à energia (trabalho) despendida para elevar,
na vertical, um objeto de massa de 838 libras até uma altura de 1 pé.

118
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Usando unidades e notação atuais, Joule diria que para se aquecer 0,4536 kg de água pura de 0,5555 °C
era necessário fornecer, em média, uma energia (calor) equivalente à energia (trabalho) despendida para
elevar, na vertical, um objeto de 380,12 kg até à altura de 0,3048 m.
O trabalho realizado seria dado por

W = P d cos 0° = (838 * 0,4536) kg * 9,807 m s-2 * 0,3048 m * 1 = 1,14 * 103 J

enquanto o calor seria obtido por

Q = mágua cágua Δt = 0,4536 kg * cágua * 0,5555 °C = 0,2520 * cágua

O equivalente mecânico do calor seria dado pela razão:

(1,14 * 103 J)/(0,2520 kg °C) = 4,52 * 103 J kg-1 °C-1.

Em 1843, Joule afirmou ter realizado experiências em que fez passar água por tubos muito apertados,
tendo medido o respetivo aumento de temperatura e determinado o equivalente mecânico do calor como
sendo 770 pés * libras-força, ou seja, 4,14 * 103 J kg-1 °C-1.
Em 1844, Joule fez novas experiências, dessa vez sobre a rarefação e a condensação do ar e obteve os
valores contidos na tabela seguinte, que são próximos do valor 838 pés * libras-força:

Valor mais
Grandeza Observações
provável

W / pés * libras-força 822 795 820 814 760 802

Equivalente mecânico do calor/


4,42 * 103 4,28 * 103 4,41 * 103 4,38 * 103 4,09 * 103 4,32 * 103
J kg-1 ºC-1

Os seus resultados revolucionários foram apresentados publicamente em diversas ocasiões mas foram
recebidos com bastante frieza e incredulidade por parte da assistência de académicos que o ouvia. Joule viu,
inclusive, alguns dos seus artigos científicos, minuciosamente documentados, serem rejeitados e não publi-
cados, provavelmente por ser considerado na Inglaterra da época como um cientista «amador». Joule não se
resignou e voltou para o seu laboratório em Manchester, onde engendrou mais uma série de experiências
para demonstrar, de uma vez por todas, a equivalência entre todas as manifestações de energia (mecânica,
elétrica, magnética, química, térmica, etc.) e convencer finalmente aqueles que o tiveram em pouca conta.
Em junho de 1845, Joule apresentou numa sessão da British Association em Cambridge o artigo On the
Mechanical Equivalent of Heat, relativo a um novo aparato que tinha construído no seu laboratório e que lhe
tinha permitido obter o valor de 890 pés * libras-força (4,79 x 103 J kg-1 °C-1). Em junho de 1847, Joule
apresentou novos e mais refinados resultados obtidos à custa do seu aparato, tendo obtido o valor de 781,5
pés * libras-força (4,20 * 103 J kg-1 °C-1) quando usou água e 782,1 pés * libras-força (4,21 * 103 J kg-1 °C-1)
para o óleo de cachalote.
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Em junho de 1849, Joule leu, perante uma Royal Society of London absolutamente rendida, um artigo de
21 páginas no qual apresentou os seus mais recentes resultados, tendo fixado o equivalente mecânico do calor
em 772 pés * libras-força (4,15 * 103 J kg-1 °C-1).

119
Textos de extensão sobre tópicos do programa

A fig. 1 mostra um esquema original do aparato experimental usado por Joule: dois conjuntos de pesos
(A), presos por fios que passavam em duas roldanas (B), estavam presos a um eixo vertical contendo um moli-
nete e uma manivela (C). Esse eixo rodava quando os pesos eram largados e se movimentavam por ação da
força gravítica. O eixo tinha um conjunto de 8 pás (D) de latão que rodavam dentro de um vaso cilíndrico (E),
isolado termicamente e cheio de água (ou outro líquido). Dentro desse vaso (calorímetro) existiam 4 placas
verticais fixas em intervalos de 90°. O espaço entre as pás e as placas era exíguo e cheio de água. Quando as 8
pás rodavam, exerciam forças de atrito consideráveis sobre a água contida no cilindro. De cada vez que os pesos
eram largados, a energia potencial gravítica convertia-se em energia cinética do eixo, do molinete e das pás.
Estas, ao rodarem, aplicavam forças de atrito (dissipativas) na água, ocorrendo uma transformação de energia
cinética em energia interna. Um termómetro muito sensível lia o ligeiro aumento da temperatura da água.
Usando os conhecimentos atuais, o balanço energético da experiência para um ensaio:
Em(i) = Em(f) + Edissipada
Ec(i) + Epg(i) = Ec(f) + Epg(f) + Edissipada
0 +M g h = 0 + 0 + Q
M g h = m c DT
em que M representa a massa dos corpos em queda, h a altura de queda, g a aceleração gravítica, m a
massa de água contida no vaso cilíndrico, c o equivalente mecânico do calor (capacidade térmica mássica da
água, por definição) e ΔT o aumento da temperatura1.

B
B

A
E
A
C

D E

Fig. 1

Para aumentar este pequeno aquecimento da água, Joule rodava uma manivela no eixo vertical, que
levantava os pesos até uma altura pré-definida, onde eram novamente largados. Joule repetiu este procedi-
mento 16 vezes por cada ensaio. Os cálculos efetuados e publicados pelo cientista mostram que ele repetiu
esta experiência por 18 vezes, para assim eliminar fontes de erro e fazer o devido tratamento estatístico.
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1
A energia cinética final dos corpos de massa M em queda era desprezada.

120
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Como conclusão do seu já longo estudo sobre o tema, Joule terminava o seu artigo escrevendo o seguinte:

1st. That the quantity of heat produced by the friction of bodies, whether solid or
liquid, is always proportional to the quantity of force expended. And,
2nd. That the quantity of heat capable of incresing the temperature of a pound of
water (weighed in vacuo, and taken at between 55° and 60°) by 1° FAHR., requires
for its evolution the expenditure of a mechanical force represented by the fall of 772 lbs.
through the space of one foot.
Oak Field, near Manchester,
June 4th, 1849.

Em 1850, Joule foi finalmente acolhido na Royal Society como seu membro efetivo. Em 1857, 1860 e
1871, Joule recebeu sucessivos Doutoramentos honoris causa nas Universidades de Dublin, de Oxford e de
Edimburgo.
Em 1878, então com já 60 anos, Joule apresentou novos e ainda mais refinados resultados do equivalente
mecânico do calor, usando um aparato experimental mais sofisticado, finalizando o artigo científico com as
palavras: «… the equivalent is finally reduced to 772,55.»
Estava assim demonstrado a todos que o calor e o trabalho mecânico eram equivalentes e mais não
eram que quantidades de energia.
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121
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Painéis fotovoltaicos no espaço interplanetário


As sondas interplanetárias levam a bordo inúmeros instrumentos científicos, sistemas informáticos,
eletrónicos e de comunicação muito complexos que podem ser autónomos ou comandados a partir da Terra,
através de ondas de rádio. Para todos esses sistemas funcionarem, durante o tempo previsto da missão, pre-
cisam de energia elétrica1. Se as missões forem curtas no tempo, esse fornecimento de energia elétrica pode
ser feito por baterias carregadas na Terra, na altura do lançamento das sondas. Se as missões durarem vários
anos e forem percorridos centenas de milhões de quilómetros, o fornecimento de energia elétrica tem de ser
feito por um sistema que faça parte da própria sonda.

Sonda Rosetta, Agência Espacial Europeia (ESA). Fonte: ESA

Enquanto a esmagadora maioria dos satélites artificiais que orbitam a Terra usam painéis fotovoltaicos
para funcionarem, algumas sondas interplanetárias funcionaram (ou funcionam) à custa de pequenos reato-
res nucleares, que utilizam isótopos radioativos para produzirem eletricidade. Este facto tem gerado enorme
polémica porque, se durante o lançamento destas sondas por foguetões acontecer um acidente, é muito
provável que o material radioativo contamine uma grande área da atmosfera terrestre.
Nos últimos anos as agências espaciais, lideradas pela ESA (Agência Espacial Europeia), têm optado
por incorporar sistemas de painéis fotovoltaicos nas sondas interplanetárias, pois a eficiência dos mesmos
tem vindo a aumentar.
Um exemplo disso é a sonda Rosetta (ESA), que foi lançada em março de 2004, executou várias órbitas
em torno do Sol, propulsionada por um motor iónico, passou perto de Marte, atravessou a cintura de aste-
roides e, em agosto de 2014, chegou finalmente ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko após ter percor-
rido mais de 6400 milhões de quilómetros pelo Sistema Solar. Em novembro de 2014 a sonda Rosetta largou
o módulo Philae que aterrou1 no cometa, com o objetivo de estudar a composição química do solo, o campo
magnético, a estrutura geológica, etc. Durante mais de 10 anos da missão, os instrumentos científicos, os
sistemas eletrónicos e o motor iónico foram alimentados apenas pela eletricidade gerada pelos dois painéis
fotovoltaicos que equipam a sonda.

1
Uma vez que o espaço interplanetário é muito frio e alguns instrumentos e sistemas eletrónicos só funcionam em pequenas gamas
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de temperatura, parte da energia elétrica é usada para aquecer esses instrumentos e sistemas eletrónicos à custa do efeito Joule, já
estudado no subdomínio 2.
1
Na verdade, o Philae ressaltou pelo menos três vezes no cometa até aterrar finalmente, devido a problemas técnicos.

122
Textos de extensão sobre tópicos do programa

O mesmo aconteceu com a sonda Dawn, lan-


çada em setembro de 2007 pela NASA: em julho de
2011 orbitou o enorme asteroide 4 Vesta durante um
ano e em março de 2015 será a primeira sonda a
aproximar-se de Ceres, o maior asteroide do Sistema
Solar, entretanto elevado à categoria de planeta-anão.

Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, 3 de agosto de


2014; 4 km de comprimento. Fonte: ESA/Rosetta/MPS

Asteroide 4 Vesta; 573 km de comprimento. Fonte:


NASA

Sonda Dawn. Fonte: NASA)

Na tabela seguinte indicam-se alguns dados relativos aos painéis fotovoltaicos usados nas duas sondas:

Rosetta (ESA) Dawn (NASA)


Painéis de tecnologia de células Painéis de tecnologia de células
Distância da sonda Irradiância de silício de alto rendimento (2004) de junção tripla (2007)
ao Sol / UA solar / W m-2
Área dos painéis Potência elétrica Área dos painéis Potência elétrica
fotovoltaicos / m2 / kW fotovoltaicos / m2 / kW

1,0 1367,0 8,70 10,3

3,0 151,9 - 1,30


53 35
3,4 118,2 0,850 -

5,25 49,6 0,395 -

A irradiância nos painéis solares de ambas as sondas é inversamente proporcional ao quadrado da dis-
tância das sondas ao Sol, uma vez que: irradiância * (distância2) = constante.
À data dos respetivos lançamentos, o rendimento dos painéis fotovoltaicos da sonda Rosetta (ESA) era
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de 12%, enquanto o da sonda Dawn (NASA), lançada 3 anos depois, era de 21,5%. Deste modo, verifica-se
que a tecnologia de células de junção tripla é mais vantajosa do que a tecnologia de células de silício de alto
rendimento, de tal forma que a área dos painéis da sonda Dawn é cerca de 1/3 menor.

123
Textos de extensão sobre tópicos do programa

Quando o «quente» e o «frio» estão à mesma temperatura…


Certamente já todos nos apercebemos do desconforto ao passarmos, descalços, de um piso de madeira
para um de cerâmica. Qual é a razão da sensação relativamente confortável do contacto com a madeira em
contraponto com o incómodo provocado pelo contacto com o piso cerâmico? Estarão as duas superfícies a
temperaturas tão diferentes como os nossos sentidos parecem indicar? Existirá alguma propriedade macros-
cópica mensurável, que nos permita explicar esta estranha sensação? Que propriedades permitem caracteri-
zar um «bom» e um «mau» condutor térmico?
Apesar de a noção de bom condutor térmico estar normalmente associada a metais, é sabido que o melhor
condutor de energia sob a forma de calor é o diamante1. De onde virá então esta capacidade de um material,
que é um conhecido dielétrico (isolador elétrico), conduzir essa energia?
Ao contrário da condução de eletricidade, que está limitada pela existência de eletrões livres nos materiais,
a condução de energia sob a forma de calor dispõe de um outro mecanismo: a propagação da perturbação
através das vibrações elásticas das redes que constituem os sólidos. Estas vibrações são chamadas fonões. Mesmo
materiais que não possuem quaisquer eletrões livres continuam a poder conduzir energia sob a forma de calor
por este processo. O transporte dessa energia por estes fonões (acústicos) é limitado pelas imperfeições da rede.
O diamante, tendo uma rede cúbica altamente organizada, fornece as condições perfeitas para uma propaga-
ção quase sem perturbações, apresentando por isso um elevadíssimo valor para a sua condutividade térmica.
Apesar de o comportamento térmico dos materiais ser uma consequência de interações a nível atómico,
é normalmente traduzido por variáveis macroscópicas como a condutividade térmica (k). Há, no entanto, um
conjunto de outras variáveis habitualmente utilizadas para caracterizar os processos de condução, transporte
e armazenamento de energia sob a forma de calor. Conceitos como capacidade térmica mássica (ou calor
específico), difusividade térmica, e a menos conhecida efusividade térmica, permitem-nos não só ter um
melhor entendimento dos processos físicos que ocorrem nos materiais, mas também explicar um sem número
de situações do dia a dia, com as quais nos deparamos amiúde.
A lei de Fourier é uma lei empírica, enunciada pelo próprio
em 1822, que estabelece uma relação direta entre a taxa de con-
dução de energia sob a forma de calor (Q), por unidade de área
através de uma dada superfície, e o gradiente de temperatura
( —T ), de acordo com:
"
Q = k —T
Esta lei permitiu-nos definir o conceito de condutividade
térmica (k) como a capacidade de um determinado material ou
substância conduzir energia sob a forma de calor. A difusividade
térmica (a), por sua vez, traduz a capacidade de difundir ou
«espalhar» essa mesma energia, como mostram as unidades em
que esta grandeza é expressa (m2/s). Por sua vez, o produto da
capacidade térmica mássica (c) pela massa volúmica ( r) traduz
a capacidade de armazenamento de energia sob a forma de calor. Joseph Fourier (1768-1830), matemático e
físico francês.
FA10LP © RAIZ EDITORA

1
Não tomamos aqui em conta as propriedades do grafeno e de sistemas semelhantes que terão, de acordo com publicações recentes,
valores que poderão ser significativamente mais elevados.

124
Textos de extensão sobre tópicos do programa

A relação entre as variáveis referidas é dada por uma expressão simples:


k
a=
rc
Este é o parâmetro combinado que aparece na chamada equação de difusão do calor, equação que resulta
da combinação da Lei de Fourier com o princípio de conservação de energia. Para sólidos à temperatura
ambiente, a um valor elevado de a corresponde, genericamente, um elevado valor de k. A situação é diversa
quando passamos para gases. Tomando como exemplo o ar, a um valor de condutividade térmica muito baixo,
0.0026 Wm-1K-1, corresponde uma difusividade térmica de 2,2 * 10-5 m2/s, muito semelhante à do ferro,
níquel ou chumbo, e superior à do titânio. A razão para este comportamento encontra-se, obviamente, asso-
ciada ao baixo valor do produto r c. Ou seja, apesar de o ar apenas ser capaz de armazenar uma quantidade
muito pequena de energia sob a forma de calor, é bastante eficiente no modo como difunde essa mesma
energia.
Uma outra propriedade interessante é a chamada efusividade térmica (e), por vezes também referida
como inércia térmica. Resulta, tal como a difusividade térmica, de uma combinação de k com r c, através de:
e = "k r c
Apesar deste aspeto em comum, o significado da efusividade térmica é bastante diferente, podendo ser
expresso como o ritmo ou taxa a que um material pode absorver a energia sob a forma de calor. Curiosamente,
este parâmetro está bastante presente no nosso dia a dia. Controla, por exemplo, a temperatura de contacto
entre corpos, explicando porque sentimos os metais «frios» e os plásticos «quentes», mesmo quando estão à
mesma temperatura, ou porque conseguimos meter a mão no forno durante algum tempo sem nos queimar-
mos, desde que não entre em contacto com as partes sólidas do mesmo. Controla também os ciclos de
armazenamento e emissão da energia proveniente do Sol e que é absorvida à superfície da terra e posterior-
mente libertada na forma de radiação infravermelha.
Todas estas «constantes» que nos ajudam a caracterizar os materiais do ponto de vista térmico são de
facto bastante variáveis, podendo apresentar valores significativamente diferentes para diferentes tempera-
turas e orientações espaciais dentro de um mesmo material.
O mundo dos novos materiais e as novas exigências ligadas aos setores tecnológicos vieram criar uma
necessidade acrescida de caracterização térmica desses mesmos materiais. A dificuldade de as técnicas expe-
rimentais baseadas diretamente na lei de Fourier, as chamadas técnicas estacionárias, responderem eficazmente
aos novos desafios levou ao aparecimento durante as últimas décadas do século XX de um conjunto de
técnicas experimentais conhecidas como «não estacionárias». Inicialmente com o Laser Flash e posteriormente
com um conjunto mais vasto de técnicas a que se chamou genericamente «fototérmicas», foi possível elevar
a caracterização térmica a patamares de rigor e desempenho antes inacessíveis. Estas técnicas, nas quais os
materiais em estudo são obrigados a reagir a uma perturbação (aquecimento) não contínua, permitem ganhos
significativos quando comparadas com as suas antecessoras, evitando ainda problemas experimentais com-
plicados de avaliar e resolver, como, por exemplo, o das perdas por radiação quando tentamos medir a con-
dutividade térmica (e = s T 4…). Sistemas normalmente complexos do ponto de vista estrutural, como filmes
finos e revestimentos, compósitos, materiais anisotrópicos e muitos outros podem ser caracterizados por estas
técnicas, permitindo um melhor conhecimento e uma escolha mais fundamentada dos materiais apropriados
para cada tipo de aplicação.
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Francisco J. M. Macedo – Departamento de Física, Universidade do Minho

125
5. Sugestões
de temas para
trabalhos
de pesquisa

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Sugestões de temas para trabalhos de pesquisa

Sugerem-se alguns temas para trabalhos de pesquisa, individuais ou em pequenos grupos, sujeitos a
exposição oral, ou não. Aquando da organização dos grupos e da distribuição do tema, o docente deverá fixar
a data de apresentação, os meios a utilizar (suporte escrito e/ou informático, com ou sem apresentação oral)
e os parâmetros de avaliação.
Enquadrado numa pedagogia para a autonomia, os itens supra referidos serão negociados com a turma.
A título de exemplo, no caso de um trabalho apenas escrito, o formato será negociado: trabalho escrito clás-
sico, folhetos, póster ou artigo, etc. No caso de uma apresentação oral, definir o tempo de apresentação e o
suporte/apoio da apresentação.
Os trabalhos poderão integrar um concurso inter-turmas e ser selecionados, ou não, para uma exposição
do Dia da Escola/Agrupamento, feira de atividades, etc. A data de apresentação terá em conta uma fase sem
testes, a última semana do ano, ou outra ajustada ao desenvolvimento das atividades letivas e do cumprimento
do programa.

• Termómetro de Galileu
• Efeito Joule – estudo de caso
Estudar o efeito de Joule numa torradeira/jarro elétrico
• Painéis fotovoltaicos – estudo de caso
Dimensionar e prever a localização e painéis para o abastecimento de uma habitação (preferência de
um aluno com moradia)
• Coletores solares – estudo de um caso
Dimensionar e prever a localização e painéis solares para provimento de uma habitação (preferência
de um aluno com moradia)
• Eficiência de lâmpadas fluorescência versus lâmpadas LED
• Pilhas/Transformadores/carregadores
• Máquinas frigoríficas
• Carros elétricos e híbridos
• Dissipação de energia num baloiço do parque infantil
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127
6. Material
de apoio
à gestão
escolar

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1. Gestão mensal

FA10LP_F09
mês: _______________________________

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo


Material de apoio à gestão escolar

129
Material de apoio à gestão escolar

2. Gestão semanal

semana de _________________ a ___________________

Segunda-feira Terça-feira

Quarta-feira Quinta-feira

Sexta-feira Sábado

Domingo
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130
FA10LP © RAIZ EDITORA

3. Gestão de turnos

mês: _______________________________

DATA

turno 1

turno 2

DATA

turno 1

turno 2
Material de apoio à gestão escolar

131
Material de apoio à gestão escolar

4. Grelha de registos diários

Turma: _________ Ano letivo: ___________________

Data
N.º
Nome

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

FP – falta de pontualidade
FM – falta de material
TPC – trabalho para casa: + fez; ± fez parcialmente; o não fez
C – comportamento: ± pouco adequado; - inadequado; f – falador; mf – muito falador
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Pa – participação: + positiva; – negativa

Cada professor fará os registos de acordo com situações específicas e/ou parâmetros observáveis.

132
Material de apoio à gestão escolar

5. Grelha de observação do desempenho laboratorial / observação direta

data:
Regista,
Manuseia
Obedece às discute e
corretamente Executa com
AL: regras de analisa com
Preparou a material/ correção as
segurança e os colegas Total
AL equipamento tarefas a seu
cuidados a do grupo a
e aparelhos cargo
ter evolução da
de medida
AL

cotação
4 4 4 4 4 20
Turno N.º Nome
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
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28
29
30

133
6. Grelha de correção de relatório

134
A avaliação da componente laboratorial pode contemplar a elaboração de relatório, individual ou em grupo, sendo, neste caso, colocadas questões teórico-práticas nos
testes teóricos.

data: al

Total
Turno Grupo observações
N.º Nome 200

2
Material de apoio à gestão escolar

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Exemplificação para a AL 1.11

data: al 1.1 – Movimento num plano inclinado: variação da energia cinética e distância percorrida
Apresenta- Registo e tratamento dos dados experimentais Análise dos resultados
ção,
cabeçalho Total
Turno Grupo e título 1. 2. 3. 4. 5. 6. 1. 5. 6. 1. observações
N.º Nome 12 30 40 30 10 16 10 10 16 10 10 200

4
Material de apoio à gestão escolar

135
De acordo com o procedimento da página 46 (método A).
Material de apoio à gestão escolar

7. Grelha de correção de testes

Grupo
Questão
Cotação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
Média
Class. máxima
Class. mínima
N.º de «não resp.»
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0 ≤ Class. ≤ 4 5 ≤ Class. ≤ 9 10 ≤ Class. ≤ 13 14 ≤ Class. ≤ 17 18 ≤ Class. ≤ 20

136
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8. Avaliação do trabalho de grupo

Aprofundamento e Estrutura e
Fidelidade ao tema Rigor científico Qualidade gráfica Heteroavaliação Total
Grupos enquadramento organização
4 4 2 2 20
4 4

O que aprendi Pontos fracos do trabalho Pontos fortes do trabalho Sugestões para trabalho de grupo
Material de apoio à gestão escolar

137
Material de apoio à gestão escolar

9 Ficha de autoavaliação

Nome: ________________________________________________ N.º: ________ Turma: ___________________

A. Resultado do desempenho

Assinale as suas respostas de acordo com a escala proposta.

Insatisfatório Satisfatório Bom Muito bom Excelente

O meu empenho e dedicação na disciplina


foram
O meu desempenho médio nas aulas
laboratoriais foi
O meu desempenho médio nos trabalhos
de grupo foi
O meu desempenho médio nas atividades
propostas pelo professor foi
O meu desempenho médio nos testes
escritos foi

Proposta de classificação
Proponho para classificação final a FQ A ____________ valores

B. Ensino-aprendizagem

1. De um modo geral, os conteúdos lecionados foram:

Interessantes e úteis Desinteressantes, mas úteis

Interessantes, mas inúteis Desinteressantes e inúteis

Ligados à vida real Desligados da vida real

2. De um modo geral, os conteúdos foram lecionados de forma

Motivadora Desmotivadora

Rigorosa Pouco rigorosa


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Relacionada com vida real Desligada da vida real

A promover a autonomia dos alunos Sem promover a autonomia dos alunos

138
Material de apoio à gestão escolar

3. As minhas dificuldades na disciplina derivam de

Pouca concentração nas aulas Dificuldade de compreensão das explicações do professor

Desinteresse pelos conteúdos Dificuldades de compreensão de conceitos

Falta de empenho Dificuldades na articulação com a Matemática

Inadequação dos manuais Inadequação dos registos no caderno diário

4. Relativamente ao professor, indique:

Duas qualidades a manter:__________________________________________________________________

Dois defeitos a evitar:______________________________________________________________________


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139
7.
testes

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Testes
Teste diagnóstico
Nome da escola Ano letivo /
Nome N. º Turma Data / /

PARTE A
GRUPO I

1. A Lua foi o primeiro objeto da exploração planetária,


pois encontra-se, em média, a 384 400 km da Terra.
No dia 10 de agosto e 2014, ocorreu o maior perigeu
lunar anual (maior aproximação com a Terra), que
coincidiu com a maior Lua Cheia do ano de 2014,
designada «Super Lua» nos órgãos de comunicação
social. Nesse dia, o perigeu ocorreu às 18h 43 min
(hora de Lisboa) e a fase de Lua Cheia às 19h 09 min.
No perigeu lunar, o satélite natural esteve a
356 895 km da Terra.
A olho nu, a Lua Cheia, por estar próxima do horizonte,
Fig. 1
pareceu maior, dando a sensação de uma Lua «gi-
gante», tendo como ponto de referência montanhas, árvores ou prédios. Foi apenas uma ilusão produzida por ra-
zões ainda não totalmente compreendidas pelos astrónomos e psicólogos.

1.1 Os fenómenos descritos no texto são objeto de estudo por parte da


A. Astrologia
B. Química
C. Física
D. Psicologia

1.2 No dia 10 de agosto de 2014, entre o perigeu e a fase de Lua cheia, decorreram
A. 52 min
B. 38 min
C. 26 min
D. 0,66 h

ra
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141
Testes

1.3 A distância média da Terra à Lua é, em unidades SI,


A. 3,84400 * 108 m
B. 3,84400 * 105 m
C. 3,84400 * 102 m
D. 3,56895 * 108 m

1.4 A 20 de julho de 1969, o astronauta norte-americano Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar a Lua.
1.4.1 O peso do astronauta é
A. igual na Terra e na Lua.

B. maior na Terra do que na Lua.

C. menor na Terra do que na Lua.

D. praticamente zero na Lua.

1.4.2 Uma das tarefas de Neil Armstrong e do seu colega Buzz Aldrin foi recolher 22 kg de rochas lunares
para serem trazidas para a Terra, para estudo posterior. Ao levantarem, transportarem e colocarem
as rochas no módulo lunar, os astronautas aplicaram forças. O símbolo da unidade SI de força é

A. kg

B. N

C. m

D. J

1.5 A Lua gira em torno da Terra com uma velocidade de módulo (vLua) próximo de 3700 km / h ou 1 km / s e a
Terra gira em redor do Sol, com uma velocidade de módulo (vTerra) próximo de 107 000 km / h ou 30 km / s.
1.5.1 A relação entre os módulos das velocidades dos dois corpos é
A. vTerra = 30 vLua

B. vLua = 30 vTerra

C. vLua * vTerra = 30

D. vLua / vTerra = 1/3

1.5.2 A unidade SI de velocidade é
A. m / s

B. km / s

C. km / h

D. cm / s

ra
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142
Testes

GRUPO II

1. O Sol é a grande fonte de energia da Terra. O aprovei-


tamento da energia solar na produção de energia
elétrica é possível através de células fotovoltaicas,
que são os componentes principais dos painéis foto-
voltaicos comercializados atualmente.

Fonte: João Paulo Mendes


Os equipamentos fotovoltaicos são particularmente
indicados em locais onde não existe rede elétrica,
como é o caso das ilhas Selvagens (Arquipélago da
Madeira), que dispõem do sistema fotovoltaico (fig. 2)
mais antigo do País (1983). A energia produzida du-
rante o dia é armazenada em baterias e pode ser utili- Fig. 2

zada para iluminação, comunicações e outros fins.


Adaptado de http://www.aream.pt/

1.1 Os equipamentos fotovoltaicos transformam energia


A. solar em energia térmica.
B. solar em energia elétrica.
C. elétrica em energia radiante.
D. elétrica em energia solar.

1.2 As lâmpadas recebem energia elétrica que transformam em energia radiante e energia térmica.
1.2.1 Identifique qual é a energia útil:
A. Energia térmica.

B. Energia elétrica.

C. Energia radiante.

D. Energia solar.

1.2.2 No caso das lâmpadas a energia térmica corresponde à energia

A. fornecida.

B. dissipada.

C. útil.

D. total.
ra
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143
Testes

1.3 Um eletricista, para montar um candeeiro, elevou-o quase até ao teto e, inadvertidamente, deixou-o cair
no chão. Durante a queda do candeeiro,

A. a energia elétrica transformou-se em energia cinética.


B. a energia cinética transformou-se em energia potencial gravítica.
C. a energia potencial gravítica transformou-se em energia cinética.
D. a energia potencial gravítica não se alterou.

1.4 Qual é o nome da unidade SI de energia?


A. quilograma
B. newton
C. joule
D. watt

+ - + -
1.5 Observe a fig. 3 onde estão representados quatro
esquemas de circuitos elétricos.
1.5.1 Selecione o esquema que tem os componen-
tes corretamente montados.
+ -
1.5.2 Identifique os dispositivos designados pelas + -

letras: X, Y e Z.
X Z
Dispositivo Identificação
X
Y
Y
Z
Fig. 3

PARTE B
Para finalizar pode contribuir para o sucesso respondendo às questões A e B.
A. Indique os termos, expressões e/ou palavras que leu e não soube o significado.
B. Qual(is) a(s) questão(ões) em que não percebeu o que foi pedido? Justifique.

ra
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144
Testes
Correção do teste diagnóstico

Sugere-se que
• a correção seja feita em aula, com troca de testes entre os alunos;
• o resultado seja na forma de x/16;
• a Parte B seja alvo de resumo no quadro, seguido de uma conversa formativa com a turma.

Soluções
GRUPO I
1.1 C
1.2 C
1.3 A
1.4.1 B
1.4.2 B
1.5.1 A
1.5.2 A

Grupo II
1.1 B
1.2.1 C
1.2.2 B
1.3 C
1.4 C
1.5.1 III
1.5.2
Dispositivo Identificação
X Lâmpada
Y Amperímetro
Z Voltímetro

ra
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FA10LP_F10

145
Testes
Teste 1 – Energia e movimentos
Nome da escola Ano letivo /
Nome N. º Turma Data / /

GRUPO I

1. Um físico estuda o núcleo de um átomo, um biólogo observa a evolução de um micro-organismo ou de um ecos-


sistema, um médico analisa o coração de um paciente, um astrónomo observa o Sistema Solar, etc. Para o inves-
tigador, um sistema pode ser uma partícula, um corpo, conjunto de partículas, de corpos, etc.

1.1 Relativamente a um sistema físico, selecione a opção correta.


A. A energia cinética é a forma de energia que depende apenas do módulo da velocidade do sistema.
B. A energia potencial de um sistema de vários corpos é a forma de energia que resulta das interações
(forças) que os corpos exercem uns sobre os outros.
C. A energia mecânica de um sistema é a soma da energia cinética com a energia potencial, no caso
de o sistema estar em movimento.
D. A energia interna de um sistema é a energia total desse sistema.

1.2 Selecione a opção que completa, cientificamente, os espaços.


O movimento de translação de uma pequena esfera de aço (sistema) é equivalente ao movimento de um
ponto designado por ____ do sistema, onde se supõe concentrada toda a ____ da esfera e que se encontra
____ no centro geométrico da esfera.
A. centro geométrico … massa … localizado
B. origem … velocidade … localizado, ou não,
C. centro de massa … massa … localizado, ou não,
D. centro de massa … massa … localizado

1.3 Selecione a opção que completa corretamente a proposição seguinte.


Quando um sistema sofre apenas variações de energia interna, diz-se que é um
A. sistema isolado. C. sistema mecânico.
B. sistema termodinâmico. D. sistema fechado.

1.4 Para preparar um ovo da Páscoa, a Maria João fez dois furos iguais na casca de um ovo, usando uma agu-
lha. De seguida, soprou num dos furos e pelo outro saiu a totalidade da gema e da clara. Dentro da casca
do ovo assim furado restou ar. Posteriormente determinou a massa do ovo furado numa balança de cozinha
tendo obtido o valor (11 ¿ 1) g. A seguir, voltou a soprar ar por um dos furos e procedeu a nova pesagem
tendo obtido o mesmo valor (11 ¿ 1) g. ra
FA10LP © Raiz Edito

O conjunto ovo furado+ar interior é um sistema isolado, fechado ou aberto?

146
Testes

2. O trabalho físico é, frequentemente, confundido com trabalho mecânico. Em física, o trabalho é a quantidade
de energia que um dado sistema A transfere para outro sistema B, pelo facto de aplicar uma ou mais forças sobre
o sistema B enquanto este sofre um deslocamento.
2.1 Selecione a opção que completa corretamente a proposição seguinte.
O trabalho é a energia transferida entre sistemas, por ação
A. de forças.
B. de forças conservativas.
C. de forças não conservativas.
D. de forças de resultante nula.

2.2 O trabalho realizado por uma força constante de 1 N que desloca o seu ponto de aplicação de 1 m é de - 1 J.
Relacione a direção e o sentido dos vetores força e deslocamento, baseado no ângulo formado pelos dois
vetores.
Apresente todas as etapas de resolução

GRUPO II

1 O basquetebol é um desporto olímpico desde os Jogos Olímpicos de Verão de 1936, em Ber- 100 cm
99 cm
lim. O nome vem do inglês basquetebol que significa, literalmente, «bola no cesto». 96 cm
91 cm
Considere que um jogador larga a bola 100 cm acima do solo, de acordo com o registo estro-
84 cm
boscópico da figura. Os tempos entre duas posições sucessivas são iguais.
75 cm
Despreze a resistência do ar e o movimento de rotação da bola.
64 cm
1.1 Descreva as transformações/transferências de energia durante o movimento de queda
e durante a ascensão da bola. 51 cm
1.2 Descreva as transformações/transferências de energia durante a colisão da bola com
o solo. 36 cm

1.3 Se o coeficiente de restituição para o par {bola; solo} fosse igual à unidade (e = 1), qual
19 cm
seria, em unidade SI, a altura do ressalto?
1.4 Indique se, durante o ressalto (ascensão), o trabalho realizado pelo peso da bola é posi-
tivo, negativo ou nulo. 0 cm

1.5 Verificou-se que durante o primeiro ressalto a bola atingiu uma altura 25,0 cm abaixo do ponto de onde havia
sido largada. A dissipação de energia mecânica durante a colisão da bola com o solo é dada pela expressão:

100 - 25,0 75,0 - 25,0


A. * 100% C. * 100%
100 100
ra
100 - 25,0 100 - 75,0
* 100% * 100%
FA10LP © Raiz Edito

B. D.
75,0 100

147
Testes

2. Uma bola de basquetebol, de massa m, entra no topo do cesto, à altura oficial,


com uma velocidade de módulo igual a 1,7 m s - 1. Despreze as resistências e o 1,80 m
movimento de rotação da bola. 0,59 m

1,05 m
2.1 Determine o módulo da velocidade da bola ao tocar o solo. Apresente 0,45 m
0,45 m
0,15 m
todas as etapas de resolução.

2.2 Suponha que em vez de uma bola de basquetebol era encestada uma
bola de futebol (420 g), com velocidade de igual módulo ao da bola de
basquetebol.

2,90 m
Selecione a opção que exprime a razão entre a velocidade da bola de
basquetebol e a velocidade da bola de futebol, quando tocam o solo.
A. 0,700 C. 1
B. 0 D. 1,43

2.3 Kobe Bryant e LeBron James, dois jogadores de basquetebol da NBA, apanham bolas de basquetebol
do chão e elevam-nas à altura de 2,50 m. Kobe eleva a bola, em 3 s, na vertical e Lebron executa a tarefa
fazendo um arco, em 2 s.
Considerando que PK e PL representam as potências e WK e WL os trabalhos realizados por
Kobe Bryant e LeBron James, respetivamente, selecione a opção correta:
A. WK = WL e PK < PL C. WK = WL e PK = PL
B. WK = WL e PK > PL D. WK > WL e PK < PL

GRUPO III

1 Numa montanha-russa, um carro de 200 kg é abandonado de uma altura (hi) de 10,0 m, medida em relação ao
solo. A pista tem atrito desprezável e o ponto B está a 8,0 m de altura.

A C D

1.1 Selecione a expressão que permite calcular a velocidade do carro no ponto A.


1 ra
A. vA = "2m g hi B. vA = g hi C. vA = "g hi D. vA = "2g hi
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Å2

148
Testes

1.2 Calcule o trabalho realizado peso do carro entre a altura inicial (hi) e a posição B.
Apresente todas as etapas de resolução.

1.3 Selecione a opção que representa de forma correta o vetor o peso do carro, quando este se desloca entre B e C.

Fg
Fg Fg
Fg

I II III IV

1.4 Ao chegar ao ponto C, um mecanismo de travagem atua no carro e este percorre 10,0 m até parar no ponto D.
1.4.1 Calcule o módulo da força de travagem (suposta constante) aplicada no carro.
Apresente todas as etapas de resolução.
1.4.2 Represente o diagrama das forças aplicadas no carro entre os pontos C e D, identificando cada vetor
força.
1.4.3 Classifique a força de travagem.
1.4.4 Indique qual dos gráficos melhor representa a variação da energia mecânica ao longo da totalidade
do trajeto efetuado pelo carro.

Em / kJ I Em / kJ II

20 20

0 A B CD d 0 A B CD d

Em / kJ III Em / kJ IV

0 A B CD
20 d

-20
0 A B CD d

1.5 Depois de parar no ponto D, o carro é puxado por ação de uma força constante (F») e intensidade 100 N, que
forma um ângulo de 60° com a vertical.
Calcule o trabalho realizado pela resultante de todas as forças que atuam no carro, quando este se desloca
ra
na horizontal 6,0 m.
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Despreze a ação resistiva das forças de atrito.


Apresente todas as etapas de resolução.

149
Testes
Resolução do teste 1 – Energia e movimentos

GRUPO I

1.
1.1 B .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.2 C .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.3 B .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.4 Sistema aberto ........................................................................................................................ 7 pontos

2.
2.1 A .......................................................................................................................................... 7 pontos
2.2 Etapas de resolução: ............................................................................................................... 12 pontos
A) Cálculo do ângulo formado pelos dois vetores ........................................................ 6 pontos
W = F d cos a § - 1 = 1 * 1 * cos a ¤ a = 180°
B) Relação entre os vetores ............................................................................................. 6 pontos
Os vetores força e deslocamento têm a mesma direção e sentidos opostos.

GRUPO II

1.
1.1 Tópicos de referência: ............................................................................................................ 10 pontos
A) Durante a queda da bola:
A energia potencial gravítica transforma-se em energia cinética, de tal forma que, imediatamente antes
de a colisão ocorrer, a energia potencial gravítica se transformou totalmente em energia cinética.
B) Durante a ascensão da bola:
A energia cinética transforma-se em energia potencial gravítica, de tal forma que, ao atingir a altura
máxima, a energia cinética se anula.
Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com organização coerente
4 10
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com falhas na organização
3 8
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta apenas o tópico A de referência com linguagem científica
2 5
adequada.
A resposta apresenta apenas o tópico A de referência com falhas na utilização
1 3
da linguagem científica. ra
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150
Testes

1.2 Tópicos de referência:............................................................................................................. 15 pontos


A) Desde que a bola toca no solo até que para instantaneamente:
A bola deforma-se (e produz-se som e aquecimento da superfície da bola e do solo) à custa da transfor-
mação da energia cinética em energia potencial elástica.
B) Desde que a bola se encontra deformada (e parada) até que sai do solo, começando a ascensão.
C) A energia potencial elástica transforma-se em energia cinética.
Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os três tópicos de referência, com organização coerente
5 15
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os três tópicos de referência, com falhas na organização
4 13
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta dois dos tópicos de referência, com organização coerente
3 10
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta dois dos tópicos de referência, com falhas na organização
2 8
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta apenas um dos tópicos de referência com linguagem científica
1 5
adequada.

1.3 hressalto = 1,00 * 10 - 2 m.............................................................................................................. 7 pontos


1.4 Negativo..................................................................................................................................... 7 pontos
1.5 D .......................................................................................................................................... 7 pontos

2.
2.1 Etapas de resolução: ............................................................................................................... 15 pontos
A) Determinação da altura do topo do cesto ao solo .................................................... 3 pontos
hi = 2,90 + 0,15 m = 3,05 m
B) Conservação da energia................................................................................................ 6 pontos
A energia mecânica no topo do cesto é igual à energia mecânica ao tocar no solo.
C) Cálculo da velocidade da bola ao tocar o solo........................................................... 6 pontos
1 1
Ec 1i2 + Ep 1i2 = Ec 1f2 + Ep 1f2 § m v 2i + m g h i = m v 2f + m g h f §
2 2
1 2 1 2
vi + g hi = vf + g h f
2 2
vf = 8,0 m s - 1
2.2 C .......................................................................................................................................... 7 pontos
2.3 A .......................................................................................................................................... 7 pontos

ra
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151
Testes

GRUPO III

1.
1.1 D .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.2 Etapas de resolução:................................................................................................................ 10 pontos
A) Variação da altura .......................................................................................................... 4 pontos
Dh = 8,0 - 10,0 = - 2,0 m
B) Cálculo do trabalho do peso ......................................................................................... 6 pontos
WF» = - DEpg = - m g Dh ± WF» = - 200 * 10 * 1- 2,02 = 4,0 * 103 J
g g

1.3 III .......................................................................................................................................... 7 pontos


1.4
1.4.1 Etapas de resolução: ........................................................................................................ 15 pontos
A) Cálculo da energia cinética em C .............................................................................. 5 pontos
Conservação da energia mecânica:
Ec 1i2 + Ep 1i2 = Ec 1C2 + Ep 1C2 ± 0 + m g hi = Ec 1C2 + 0 § m g hi = Ec (C)
Ec 1C2 = 2,0 * 104 J
B) Cálculo do trabalho realizado pela força de travagem........................................... 5 pontos
Teorema da energia cinética:
WF» = DEc § WF»
R travagem
+ WF» + WR» = Ec 1D2 - Ec 1C2 §
g N

WF» travagem
+ m g cos 908 + RN cos 908 = 0 - 2,0 * 104 §

WF» travagem
= - 2,0 * 104 J

C) Cálculo do módulo da força de travagem ................................................................ 5 pontos


WF»
WF» = Ftravagem * d * cos a § Ftravagem = § t
t
d * cos a
- 2,0 * 104
Ftravagem = = 2,0 * 103 N
10 * cos 1808

1.4.2
RN

F travagem

C D
Fg
.......................................................... 10 pontos
Marcação dos vetores 1p * 3 ........................................................................................ 3 pontos
ra
Identificação dos vetores 1p * 3 ................................................................................... 3 pontos
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Legenda dos vetores 1p * 3 ............................................................................................ 3 pontos


Marcação de CD................................................................................................................ 1 ponto

152
Testes

1.4.3 Força não conservativa ou força dissipativa ............................................................. 7 pontos


1.4.4 Gráfico II ........................................................................................................................... 7 pontos
1.5 Etapas de resolução: ............................................................................................................... 15 pontos
A) Apresenta o trabalho da resultante das forças igual à soma dos trabalhos
de F, Fg e RN ..................................................................................................................... 3 pontos
B) Identificação dos ângulos formados pelas forças e pelo deslocamento
(mesmo que implicitamente).......................................................................................... 6 pontos
C) Cálculo do trabalho da resultante ................................................................................ 6 pontos
WF» = WF» + WF» + WR» = F d cos 308 + m g cos 908 + RN cos 908
R g N

WF» = 6,0 * 10 J R
2

ra
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153
Testes
Teste 2 – Energia e fenómenos elétricos
Nome da escola Ano letivo /
Nome N. º Turma Data / /

GRUPO I

1. Quando se retira a proteção plástica a um cabo elétrico, observa-se que os condutores são quase sempre filifor-
mes, ou seja, têm a forma de fio. Sobre a resistência de um condutor, selecione a opção correta.
A. Num condutor, que esteja a temperatura constante, a resistência aumenta com o aumento da d.d.p. aplicada
nos seus terminais.
B. Quanto maior for o comprimento de um condutor, de secção reta constante, maior será a sua resistência elé-
trica.
C. Quanto maior for o diâmetro de um fio condutor, maior será a sua resistência elétrica.
D. Um fio de tungsténio de 2 m de comprimento e 4 cm2 de área de secção reta tem menor resistência elétrica
que um fio de prata com o mesmo comprimento e a mesma área de secção reta. (rW = 5,6 * 10 - 8 W m;
rAg = 1,6 * 10 - 8 W m).

2. Observe a figura que representa o esquema de um circuito elétrico.

Cursor

D F
Admitindo que um aluno desloca o cursor de D para F, conclua, justificando, se o valor lido pelo aparelho A au-
menta ou diminui.

3. Um fio de 80,0 m de comprimento e secção reta com área de 0,400 mm2 é percorrido por uma corrente elétrica
de intensidade 10,0 A, quando sujeito a uma d.d.p. de 220,0 V nos seus terminais.

3.1 Determine, com três algarismos significativos e em kW, o valor da potência dissipada pelo fio. Apresente
todas as etapas de resolução.

3.2 Determine, com três algarismos significativos e em notação científica, a resistividade do material.
Apresente todas as etapas de resolução.

ra
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154
Testes

GRUPO II

1. Os automóveis são veículos motorizados e, à frente, possuem obrigatoriamente, quatro tipos de faróis.
Um aluno foi observar os faróis de máximos e de médios, com os seguintes registos:
– faróis de máximos: 50,0 W;
– faróis de médios: 25,0 W.

1.1 Qual é a grandeza física, cujo valor e unidade está registada nos faróis?

1.2 Indique como devem estar associadas as lâmpadas dos faróis.

1.3 Considerando que ambos os faróis estão submetidos à mesma d.d.p. da bateria, verifique, justificando,
em qual dos casos a resistência elétrica da lâmpada é menor.

1.4 Se ligar a lâmpada dos máximos a uma bateria de 12,0 V, selecione a opção que permite calcular o valor
da intensidade de corrente.
12,0 50,0 50,0
A. A B. (50,0 * 12,02) W C. W D. A
50,0 2
12,0 12,0

2. O chuveiro elétrico, embora seja pouco habitual em Portugal, é muito usado no Brasil. Um chuveiro elétrico não
está a aquecer a água de forma satisfatória. Uma maneira de resolver a insatisfação é mexer num cursor que per-
mite escolher a opção água fria, água morna ou água quente, ou seja, permite alterar os valores das resistências.

2.1 Selecione a opção correta.


A. Água fria - chuveiro elétrico desligado.
B. Água morna - valor de resistência menos elevada.
C. Água fria - valor de resistência mais baixa.
D. Àgua quente - valor de resistência mais elevada.

2.2 Um brasileiro levou o seu chuveiro elétrico, de 2000 W, de um estado onde a d.d.p. elétrica é de 110 V para
outro de d.d.p. 220 V. Se o brasileiro quiser que o chuveiro continue a dissipar a mesma potência, a resistên-
cia deve ser:
A. quatro vezes superior.
B. duas vezes superior.
C. reduzida para metade.
D. quatro vezes inferior.

ra
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155
Testes

GRUPO III

1. Considere o esquema seguinte com uma determinada associação de resistências.

I3

I I2 R3
M N

I1 R2

R1
Sabe-se que R1 < R2 e R2 > R3 e I1, I2 e I3 são as intensidades de corrente elétrica que percorrem as resistências
respetivas.

1.1 Selecione a opção correta.


A. I1 < I2 > I3
B. I1 > I2 < I3
C. I1 < I2 < I3
D. I1 = I2 > I3

1.2 Pretende medir-se a d.d.p. entre os pontos M e N. Indique o nome do aparelho que mede a grandeza solici-
tada, indicando como o colocaria no circuito acima esquematizado.

1.3 Quando se pretende aumentar a resistência R1 sem alterar o material do fio, deve-se
A. colocar um fio mais grosso.
B. aumentar o comprimento do fio.
C. diminuir o comprimento do fio.
D. enrolar mais o fio.

GRUPO IV

1. A principal função do gerador elétrico, nos circuitos de corrente contínua, é a de transferir energia para as car-
gas elétricas. Para que isto aconteça, é necessário que haja uma d.d.p. entre os polos do gerador e que essa
d.d.p. se mantenha constante sempre que o gerador esteja ligado num circuito elétrico.
A quantidade de energia transferida pelo gerador, por unidade de carga elétrica que o atravessa, denomina-se
força eletromotriz (e). Esta designação apareceu numa época em que se confundia energia com força. Por tradi-
ção, esta designação manteve-se até aos dias de hoje.

1.1 A que é igual, num gerador ideal, a força eletromotriz do gerador? ra


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156
Testes

1.2 Dos gráficos seguintes

U U U U

I I I I
A       B      C      D
indique o que traduz a relação entre a d.d.p. e a intensidade de corrente elétrica num gerador real.

1.3 Um grupo de alunos pretendeu confirmar o valor da resistência interna de um gerador de força eletromotriz
igual a 40 V. Para o efeito fez passar uma corrente elétrica de intensidade de 10 A e verificou que a d.d.p. nos
terminais do gerador era metade do valor da força eletromotriz.
1.3.1 Determine a resistência interna do gerador. Apresente todas as etapas de resolução.
1.3.2 Selecione a opção que corresponde ao valor da potência elétrica transferida pelo gerado para o cir-
cuito elétrico.
A. 2,0 W

B. 4,0 W

C. 2,0 * 102 W

D. 4,0 * 102 W

1.3.3 Qual é o nome do fenómeno associado à dissipação de energia nos componentes elétricos devido
à sua resistência elétrica?

2. Observe a tabela obtida para um gerador, de força eletromotriz 10,0 V.


I/A U/V
1,8 8,5
4,1 7,8
5,8 6,7
7,9 6,4
9,9 4,6

2.1 Qual é a designação do aparelho que permite medir os valores apresentados na primeira coluna da tabela?
2.2 Indique qual é o componente do circuito que permite a variação da intensidade de corrente.
2.3 Determine o erro relativo, em percentagem, do valor experimental da força eletromotriz do gerador. Comece
por obter o valor experimental da força eletromotriz do gerador, a partir da curva que melhor se ajusta ao
conjunto de valores apresentados na tabela (utilize a calculadora gráfica). Apresente todas as etapas de
resolução.

ra
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157
Testes
Resolução do teste 2 – Energia e fenómenos elétricos

GRUPO I

1. C .................................................................................................................................................. 7 pontos

2. Tópicos de referência: ..................................................................................................................... 10 pontos


A) A resistência de um condutor é diretamente proporcional ao seu comprimento. Ao deslocar o cursor de D
para F o comprimento da resistência diminui e a resistência diminui.
B) Pelo que o valor lido será maior.
Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com organização coerente
4 10
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com falhas na organização
3 8
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
2 A resposta apresenta apenas o tópico A de referência com linguagem científica adequada. 5
A resposta apresenta apenas o tópico A de referência com falhas na utilização da lingua-
1 3
gem científica.

3.
3.1 Etapas de resolução:................................................................................................................ 10 pontos
A) Determinação da potência dissipada ......................................................................... 6 pontos
P = U I  P = 220,0 * 10,0 ¤ P = 2200 W
B) Apresentação da potência nos requisitos do enunciado ........................................ 4 pontos
P = 2,20 kW
3.2 Etapas de resolução: ............................................................................................................... 15 pontos
A) Cálculo do valor da resistência .................................................................................... 6 pontos
U = R I ± 220,0 = R * 10,0 § R = 22,0 W
B) Cálculo da resistividade ................................................................................................ 6 pontos
l 80,0
 R = r * ± 22,0 = r * § r = 1,1 * 10- 7 W m
A 0,40 * 10- 6
C) Apresentação do resultado nas condições do enunciado ...................................... 3 pontos
r = 1,10 * 10 W m -7

ra
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158
Testes

GRUPO II

1.
1.1 Potência..................................................................................................................................... 7 pontos
1.2 Em paralelo ............................................................................................................................... 7 pontos
1.3 Tópicos de referência: ............................................................................................................ 15 pontos
A) Não se conhecendo o valor da intensidade de corrente, a potência relaciona-se com a d.d.p. e a resis-
U2
tência por: P =
R
B) Como as lâmpadas estão sujeitas à mesma tensão elétrica e a potência é inversamente proporcional
à resistência, quanto maior for a potência menor é a resistência.
C) Logo, a lâmpada com menor valor de resistência é a de 50 W (máximos).
Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os três tópicos de referência, com organização coerente
5 15
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os três tópicos de referência, com falhas na organização
4 13
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta dois dos tópicos de referência, com organização coerente
3 10
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta dois dos tópicos de referência, com falhas na organização
2 8
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta apenas o tópico de referência A ou B com linguagem científica
1 5
adequada.

1.4 D .......................................................................................................................................... 7 pontos

2.
2.1 A .......................................................................................................................................... 7 pontos
2.2 A .......................................................................................................................................... 7 pontos

ra
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159
Testes

GRUPO III

1.
1.1 B .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.2 No troço montava-se um voltímetro em paralelo com as resistências ................ 5 + 5 pontos
1.3 B .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.4 Tópicos de referência: ............................................................................................................ 15 pontos
l
A) A resistência elétrica de um condutor filiforme é R = r . Os fios condutores têm o mesmo compri-
A
mento lA = lB = l
B) Para ambos os fios terem a mesma resistência elétrica, ter-se-ia: RA = RB = R .
l l
Para o fio condutor A: R = rA e para o condutor B: R = rB .
AA AB
l l r r r A
Igualando as duas expressões, tem-se: rA = rB § A= B § A= A
AA AB AA AB r B AB
C) De onde se conclui que, quando a razão entre a resistividade do fio A e a resistividade do fio B for igual
à razão entre a área da secção reta do fio B e a área da secção reta do fia A, dois condutores filiformes,
de igual comprimento, de dois materiais diferentes, terão a mesma resistência elétrica.
Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os três tópicos de referência, com organização coerente
5 15
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os três tópicos de referência, com falhas na organização
4 13
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta dois dos tópicos de referência, com organização coerente
3 10
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta dois dos tópicos de referência, com falhas na organização
2 8
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta apenas o tópico de referência A ou B com linguagem científica
1 5
adequada.

GRUPO IV

1.
1.1 À d.d.p. nos terminais do gerador.......................................................................................... 7 pontos
1.2 D .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.3
1.3.1 Etapas de resolução: ........................................................................................................ 12 pontos
A) Determinação da d.d.p. nos terminais do gerador ................................................. 6 pontos
U = 40/2 = 20 V

ra
B) Cálculo da resistência interna ................................................................................... 6 pontos
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U=e-r I

20 = 40 - r  * 10 ¤ r = 2,0 W

160
Testes

1.3.2 C .......................................................................................................................................... 7 pontos


1.3.3 Efeito Joule ......................................................................................................................... 7 pontos

2.
2.1 Amperímetro ............................................................................................................................. 7 pontos
2.2 Reóstato .................................................................................................................................... 7 pontos
2.3 Etapas de resolução: ............................................................................................................... 15 pontos

Escrita da equação da reta .................................................................................................... 5 pontos


U = 9,5 - 0,46 * I (V)
Determinação da f.e.m. ........................................................................................................... 5 pontos
Quando I = 0 A ± e = 9,5 V
Cálculo do erro relativo .......................................................................................................... 5 pontos
0 10,0 - 9,5 0
Erro relativo = * 100 = 5,0%
10,0

ra
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FA10LP_F11

161
Testes
Teste 3 – Energia, fenómenos térmicos e radiação
Nome da escola Ano letivo /
Nome N. º Turma Data / /

GRUPO I

A cobra imóvel, estendida ao sol sobre uma rocha, tal qual um veraneante numa praia. (…)
- Eh… dona Cobra, bom dia!… venho para a entrevista…
- Ah, ssssssiiiim… a entrevista…
- Não, desculpe, aí ao sol não posso, está muito calor… mas já me esquecia que vocês são animais de sangue
frio…
- Nós, quanto a sangue frio, não temos cá disso: somos equilibrados, ou seja, estamos em equilíbrio térmico com
o ambiente, isto é, mantemos a mesma temperatura de tudo o que nos circunda.
Adaptado de A física do miau - asas, patas e caudas explicam a ciência

1. Identifique o termo, utilizado no texto, com significado científico diferente da linguagem comum.

2. «… estamos em equilíbrio térmico com o ambiente…» significa que


A. não há trocas de energia sob a forma de calor entre a cobra e o meio circundante.
B. a temperatura da cobra é a mesma do meio circundante, durante o dia.
C. a temperatura da cobra é a mesma do meio circundante.
D. o sistema «cobra» apenas absorve energia por radiação.

3. Selecione a opção que contém os termos que completam corretamente a proposição seguinte.
A energia transferida, como ____ , ocorre, espontaneamente, de um sistema a temperatura mais ____ para um
sistema a temperatura mais ____ , nunca ao contrário.
A. calor … baixa … alta
B. radiação … baixa … alta
C. radiação … alta … baixa
D. calor … alta … baixa

4. Se a cobra está à mesma temperatura da rocha e a rocha está à temperatura da areia, então a cobra está à tem-
peratura da areia.
A proposição anterior corresponde ao enunciado da
A. Lei zero da Termodinâmica.
B. 1.ª Lei da Termodinâmica.
C. 2.ª Lei da Termodinâmica. ra
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D. 1.ª Lei de Newton.

162
Testes

5. A relação entre a temperatura na escala absoluta (T) e a temperatura na escala de ºC


Celsius (t) é T = t + 273,15
2 3
5.1 Qual dos traçados 1, 2, 3 ou 4 da figura representa a relação entre a tempe-
ratura na escala Celsius e a temperatura absoluta? K
4 1
A. 1 C. 3
B. 2 D. 4

5.2 A cobra disse «– Enfim, somos um pouco como um termómetro: em contacto com o gelo, arrefecemos; se
nos pusermos em frente da lareira, aquecemosssss».
No deserto X é habitual durante o dia a temperatura do ar atingir 50 °C e durante a noite chegar aos -10 °C.
Selecione a expressão que permite determinar, em unidade SI, a amplitude térmica do deserto X.
A. (50 - (- 10)) °C C. (50 - 10) K
B. (50 - (- 10) + 273) K D. (50 + 10) K

6. Um painel fotovoltaico, por exemplo, utiliza a energia irradiada pelo Sol e converte-a em energia elétrica utilizável.
Explique, baseando-se na 2.ª Lei da Termodinâmica, a expressão «energia elétrica utilizável».

GRUPO II

1. Quando um corpo de massa m sofre uma variação de temperatura DT, a variação da sua energia interna (DU) é
dada pela expressão DU = m c DT, se a variação de volume do corpo for desprezável. A constante de proporcio-
nalidade c chama-se capacidade térmica mássica e é uma característica do material constituinte desse corpo.
1.1 Indique, no SI, as unidades da constante de proporcionalidade.
1.2 Considere dois corpos A e B com a mesma massa, sendo cA > cB.
Escreva a expressão que relaciona as variações de temperatura sofridas pelos dois corpos, quando estes
sofrem a mesma variação de energia interna.

2. No dia 22 de março comemora-se o dia mundial do bem mais valioso do planeta, a água:
- a água cobre ¾ da superfície terrestre, sendo 97% de água salgada e 3% de água doce;
- uma torneira mal fechada desperdiça 46 L de água por dia.
Suponha que água desperdiçada, por uma torneira mal fechada, foi recolhida numa jarra, durante uma hora.
A esta água, que se encontrava à temperatura ambiente (20,0 °C), adicionaram-se 2,5 L de água à temperatura
de 70,0 °C.
Determine, em unidades SI, a temperatura final da mistura (tmistura), considerando que não há trocas de energia
com as vizinhanças.
Apresente todas as etapas de resolução.
ra Dados: cágua = 4,18 * 103 J kg - 1 °C- 1    rágua = 1,0 kg dm - 3
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163
Testes

GRUPO III
1. Considere uma barra de aço paralelepipédica de área da secção transversal 100 mm2 e 50 cm de comprimento.
Suponha que ao longo do tempo é mantida uma diferença de temperatura de 30 °C entre as suas extremidades.
1.1 Indique o mecanismo pelo qual a energia é transferida, como calor, na barra de aço.
1.2 Determine a quantidade de energia transferida, como calor, por unidade de tempo, através da barra de aço.
Apresente todas as etapas de resolução.
Dado: k = 14 J s - 1 m - 1 K- 1
1.3 A condutividade térmica da prata é cerca de 30 vezes superior à do aço. Considere duas barras, uma de aço
e outra de prata, com a mesma área (A) de secção transversal, tendo a barra de prata um décimo do compri-
mento (l) da barra de aço.
Conclua qual das barras deverá receber, no mesmo intervalo de tempo, mais energia para manter a mesma
diferença de temperatura (DT) entre as respetivas extremidades.

GRUPO IV
1. Um grupo de alunos utilizou duas latas vazias de alumínio, uma pintada de branco e outra de preto, introduziram
um termómetro em cada lata e isolaram-nas com plasticina. Num ponto intermédio da distância entre as latas,
ligaram, durante alguns minutos, uma lâmpada incandescente. Em seguida a lâmpada foi desligada. Durante
a experiência, os alunos vigiaram a temperatura das duas latas.
1.1 Indique qual é o mecanismo de transferência de energia entre a lâmpada e as latas.
1.2 Conclua, justificando, o que sucederá às temperaturas das latas e do meio exterior algum tempo após
a lâmpada ser desligada.
1.3 Selecione a opção correta.
A. A taxa de variação da temperatura da garrafa branca foi igual à taxa de variação da temperatura
da garrafa preta no aquecimento e igual no arrefecimento.
B. A taxa de variação da temperatura da garrafa branca foi menor em relação à taxa de variação da tem-
peratura da garrafa preta durante o aquecimento e igual no arrefecimento.
C. A taxa de variação da temperatura da garrafa branca foi menor em relação à taxa de variação da tem-
peratura da garrafa preta durante o aquecimento e menor no arrefecimento.
D. A taxa de variação da temperatura da garrafa branca foi menor em relação à taxa de variação da tem-
peratura da garrafa preta durante o aquecimento e maior no arrefecimento.
1.4 Noutra parte da atividade, foi colocada no interior da lata pintada de preto com uma área lateral exterior
de 72,0 cm2, água (50,0 mL) à temperatura de 20,00 °C.
A lâmpada, de potência 100 W, está ligada e, ao fim de 20,0 minutos, a água elevou a sua temperatura de 0,20 °C.

ra
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164
Testes

1.4.1 Selecione a opção que permite calcular, em unidades SI, a irradiância.


72,0 * 10- 4
A. 100 * 72,0 * 10- 4 C.
100,0
100
100 * 104 72,0 * 10- 4
B. D.
72,0 20,0 * 60

1.4.2 Determine a percentagem da energia emitida pela lâmpada que é absorvida pela água.
Apresente todas as etapas de resolução.
Dados: cágua = 4,18 * 103 J kg - 1 K- 1 ; rágua = 1,0 * 103 kg m - 3

2. Uma garrafa térmica é um recipiente portátil que tem como objetivo evitar tampa
a troca de energia, como calor, entre o conteúdo que está no seu interior
e o meio ambiente, mantendo a temperatura temporariamente constante. paredes
de vidro
Foi inventada em 1892 pelo físico-químico escocês James Dewar. espelhado

Explique a razão de a parede interior da garrafa térmica ser em vidro e a gar- ar


rarefeito
rafa apresentar as caraterísticas representadas na figura.

GRUPO V

1. Uma amostra de um material sólido desconhecido, com 10,0 g, recebe energia por calor de modo que a sua tem-
peratura se modifica de acordo com o gráfico da figura (que não está à escala).
1 cal = 4,18 J

t / ºC
F
230

D E
180

40 100
0 250 400 450 Q / cal
-20
B C
-40 A

1.1 Porque é que no troço DE o material recebe energia e a sua temperatura não varia?
1.2 Determine a capacidade térmica mássica da fase líquida, em J g - 1 K - 1 .
Apresente todas as etapas de resolução.
ra
1.3 Determine a razão entre a variação de entalpia de vaporização e de fusão.
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165
Testes
Resolução do teste 3 – Energia, fenómenos térmicos e radiação

GRUPO I

1. Calor .................................................................................................................................................. 7 pontos

2. C .................................................................................................................................................. 7 pontos

3. D .................................................................................................................................................. 7 pontos

4. A .................................................................................................................................................. 7 pontos

5. A relação entre a temperatura na escala absoluta (T) e a temperatura na escala de Celsius (t) é T = t + 273,15
5.1 A .......................................................................................................................................... 7 pontos
5.2 D .......................................................................................................................................... 7 pontos

6. Tópicos de referência: ..................................................................................................................... 10 pontos


A) A 2.ª Lei da Termodinâmica afirma que numa qualquer transformação espontânea e irreversível há sempre
dissipação de energia.
B) Deste modo, durante a transformação da energia solar em energia elétrica no painel fotovoltaico, apenas
uma parte da energia solar é convertida em energia elétrica (utilizável), enquanto a parte restante promove
o aquecimento do painel e/ou do meio circundante.
Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com organização coerente
4 10
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com falhas na organização
3 8
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta apenas um dos tópicos de referência com linguagem científica
2 5
adequada.
A resposta apresenta apenas um dos tópicos de referência com falhas na utilização
1 3
da linguagem científica.

ra
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166
Testes

GRUPO II

1.
1.1 J kg - 1 K- 1................. ………………………………………………………….……… 7 pontos
1.2 DTA < DTB ................. ………………………………………………………………… 7 pontos

2. Etapas de resolução: ...................................................................... …………………………… 15 pontos


A) Cálculo das massas de água ................................................................................................. 6 pontos
A 70,0 °C: rágua = 1,0 kg dm -3
e V = 2,5 L,
m
r = ; m = 2,5 kg
V
46
A 20,0 °C: rágua = 1,0 kg dm - 3 e V = L
24
46
m = = 1,9 kg
24
B) Cálculo da temperatura final da mistura (tmistura) ................................................................ 6 pontos
Q = m c DT e DT = Dt
1,9 * (tmistura - 20,0) + 2,5 * (tmistura - 70,0) = 0 ¤ tmistura = 48,4 °C
C) Indicação da temperatura da mistura em unidades SI ..................................................... 3 pontos
T = 321,6 K

GRUPO III

1.
1.1 Condução (térmica) ................................................................................................................. 7 pontos
1.2 Etapas de resolução: ............................................................................................................... 10 pontos
A) Confirma que Dt = DT ................................................................................................... 4 pontos
B) Determina a energia transferida por calor, por unidade de tempo ........................ 6 pontos
Q 100 * 10- 6
= 14 * * 30 = 0,084 J>s
Dt 50 * 10- 2
1.3 Tópicos de referência ............................................................................................................. 10 pontos
Q A k
A) Sendo = k T ¤ Q = Dt A DT
Dt l l
k
Aço:
l
30k
Prata:
0,1l
ra
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167
Testes

B) Conclui-se que a prata deverá receber mais energia.


Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com organização coerente
4 10
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com falhas na organização
3 8
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta apenas o tópico A de referência com linguagem científica
2 5
adequada.
A resposta apresenta apenas o tópico A de referência com falhas na utilização
1 3
da linguagem científica.

GRUPO IV

1.
1.1 Radiação.................................................................................................................................... 7 pontos
1.2 Tópicos de referência: ............................................................................................................ 10 pontos
A) Após a lâmpada ser desligada, e se o tempo for suficiente, é atingido o equilíbrio térmico
B) e a temperatura das latas é igual à do exterior.
Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com organização coerente dos
4 10
conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com falhas na organização dos
3 8
conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta apenas um dos tópicos de referência com linguagem científica
2 5
adequada.
A resposta apresenta apenas um dos tópicos de referência com falhas na utilização
1 3
da linguagem científica.
1.3 C .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.4
1.4.1 B .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.4.2 Etapas de resolução: ........................................................................................................ 15 pontos
A) Cálculo da energia absorvida, como calor, pela água ........................................... 5 pontos
Q = m c Dt ± Q = 10 * 0,050 * 4,18 * 10 * 0,20 § Q = 4,18 * 10 J
3 3 4

B) Cálculo da energia emitida pela lâmpada em 20,0 min .......................................... 5 pontos


E = P Dt ± E = 100 * 20 * 60 ¤ E = 1,2 * 10 J
5

C) Cálculo da percentagem da energia emitida pela lâmpada


que é absorvida pela água............................................................................ 5 pontos
Q 4,18 * 104
%E = 100 ± %E =
* 100 § %E = 35%
E 1,2 * 105 ra
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168
Testes

2. Tópicos de referência: ..................................................................................................................... 15 pontos


A) A garrafa é constituída por duas paredes de vidro por este ser mau condutor térmico.
B) Entre as duas paredes, é criado um ar rarefeito, que serve para evitar a transferência de energia por convec-
ção e condução.
C) As paredes são espelhadas para diminuir a transferência de energia por radiação.
Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os três tópicos de referência, com organização coerente
5 15
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os três tópicos de referência, com falhas na organização
4 13
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta dois dos tópicos de referência, com organização coerente
3 10
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta dois dos tópicos de referência, com falhas na organização
2 8
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta apenas um dos tópicos de referência com linguagem científica
1 5
adequada.

GRUPO V

1.
1.1 Porque ocorre mudança de estado físico............................................................................ 7 pontos
1.2 Etapas de resolução: ............................................................................................................... 10 pontos
A) Identificação da fase líquida (troço CD) ..................................................................... 4 pontos
B) Cálculo da capacidade térmica mássica.................................................................... 6 pontos
Q
Usando a relação c =
m DT
150 * 4,18
Líquido: cl = ¤
10 * 200
1.3 Etapas de resolução: ............................................................................................................... 14 pontos
A) Identificação das entalpias de vaporização e de fusão........................................... 4 pontos
B) Cálculo das entalpias ..................................................................................................... 6 pontos
Q 150 * 4,18
DE: DHv = v ± DHv = § DHv = 63 J g - 1
m 10
Qf 60 * 4,18
BC: DHf = § DHf = § DHf = 25 J g - 1
m 10
C) Determinação da razão entre a variação de entalpia de vaporização
e de fusão ......................................................................................................................... 4 pontos
DHv 63
ra = = 2,5
DHf 25
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169
Testes
Teste prático 1 – Energia e movimentos
Nome da escola Ano letivo /
Nome N. º Turma Data / /

GRUPO I

1. Numa atividade laboratorial, pretendeu-se estudar a relação entre a variação da energia cinética de um cubo
com a distância percorrida ao longo de um plano inclinado, de atrito desprezável.
Considere a situação de um cubo largado no topo (A) de uma rampa rampa de inclinação 35o.

y
A

E
C q
a
a x
D B

Os alunos utilizaram um marcador eletromagnético com frequência de 50 Hz (correspondendo a um intervalo


de tempo entre dois registos sucessivos de 0,02 s), obtendo na fita de papel os seguintes pontos:

X Y

0,6 cm 1,8 cm

1.1 Indique, justificando, qual das posições, X ou Y, é que está mais afastada do topo da rampa.

», »
1.2 Indique qual dos vetores (C D ou »
E ) representa o peso do cubo.

1.3 Selecione a opção que permite calcular a DEc do bloco durante a descida.
A. C * AB * cos 90o
B. D * AB * cos a
C. E * AB * cos a
D. D * AB * cos q

1.4 Qual é a função que melhor se ajustará aos valores do gráfico da variação da energia cinética (DEc) em fun-
ção da distância (d) percorrida pelo cubo?

1.5 Determine o valor aproximado da energia cinética do cubo (m = 100 g) na posição X. Apresente todas as eta-
pas de resolução.
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170
Testes

GRUPO II

1. Um grupo de alunos resolveu estudar a elasticidade de três bolas diferentes, A, B e C. Para tal, usou uma fita
métrica para medir as alturas de queda das bolas (parte inferior da bola) relativamente ao solo. Cada bola é aban-
donada de três alturas diferentes e é medida a altura do ressalto, para cada situação. Foi usada uma balança
para medir as massas das bolas.

A tabela seguinte mostra os valores das massas de cada bola, das alturas a que foram largadas, h e a altura de
ressalto, h'.

Bola A B C
Massa / g 602,1 434,2 398,9
Queda h / cm h' / cm h / cm h' / cm h / cm h' / cm
1 250 162 250 92 250 68
2 200 139 200 72 200 54
3 150 94 150 51 150 40

1.1 Para aumentar a precisão na medida da altura de ressalto, o que é que os alunos deveriam fazer?

1.2 Os alunos utilizaram uma balança digital e uma fita métrica com menor divisão de 0,1 cm.
1.2.1 Indique a sensibilidade da balança.
1.2.2 Relativamente à bola A, apresente o registo correto da altura do primeiro ressalto.

1.3 Qual das três bolas apresenta menor valor de velocidade após colisão com o solo?

1.4 Para a bola B e recorrendo à máquina de calcular gráfica:


1.4.1 esboce o gráfico de h' em função de h;
1.4.2 determine, a partir da equação que melhor se ajusta aos pontos do gráfico, a altura de ressalto para
uma queda de 62 cm. Apresente todas as etapas de resolução.
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171
Testes
Resolução do teste prático 1 – Energia e movimentos

GRUPO I

1.
1.1 Tópicos de referência: ............................................................................................................ 12 pontos
A) Durante a descida, o cubo percorre para intervalos de tempos iguais distâncias maiores,
B) pelo que a posição Y está mais afastada do topo da rampa.
Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com organização coerente
4 12
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com falhas na organização
3 10
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta apenas um dos dois tópicos de referência com linguagem
2 7
científica adequada.
A resposta apresenta apenas um dos dois tópicos de referência com falhas
1 5
na utilização da linguagem científica.

1.2 »
D .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.3 D .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.4 Função linear ou linha reta ou reta ....................................................................................... 7 pontos
1.5 Etapas de resolução: ............................................................................................................... 12 pontos
Cálculo da velocidade do cubo na posição X .................................................................... 6 pontos
d 0,6 * 10
-2
v = = = 0,15 m/s
Dt 0,04

Cálculo da energia cinética em X ......................................................................................... 6 pontos


1 1
Ec = m v 2 = * 0,100 * 0,152 = 1,1 * 10- 3 J
2 2

GRUPO II
1.
1.1 Realizar vários ensaios para cada altura de abandono
(e determinar o valor médio da altura de ressalto). ........................................................... 7 pontos
1.2
1.2.1 0,1 g....................................................................................................................................... 7 pontos
1.2.2 Tendo em consideração a menor divisão da escala da fita métrica, a incerteza seria
0,5 mm. No entanto, dada a dificuldade das medidas das alturas de ressalto nesta
experiência referidas no enunciado, o registo correto da altura do primeiro ressalto
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é: h' = 162 cm ¿ 2 cm ou h' = 1,62 m ¿ 0,02 m .............................................................. 10 pontos


1.3 Bola C ......................................................................................................................................... 7 pontos

172
Testes

1.4
1.4.1 .......................................................................................................................................... 12 pontos
Identificação dos eixos .................................................................................................. 2 + 2 pontos
Unidades de medida........................................................................................................ 2 + 2 pontos
Reta (com 2 a 4 pontos).................................................................................................. 4 pontos

h’ / m
1,00

y = 0,41x - 0,1033
0,75

0,50

0,25

0,00
1,00 1,32 1,64 1,96 2,28 2,60
h/m

1.4.2 Etapas de resolução: ........................................................................................................ 12 pontos


A) Escrita da equação da reta ........................................................................................ 6 pontos
h´ = 0,41 h - 0,10 (SI) ou y = 0,41x - 0,10 (SI)

B) Cálculo da altura de ressalto ..................................................................................... 6 pontos

h' = 0,41 * 0,62 - 0,10 = 0,15 m


ra
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173
Testes
Teste prático 2 – Energia e fenómenos elétricos
Nome da escola Ano letivo /
Nome N. º Turma Data / /

1. Um grupo de alunos, com o objetivo de obter a curva característica de uma pilha, montou um circuito elétrico. O
grupo utilizou um voltímetro, uma resistência variável, uma pilha, um interruptor, fios de ligação e um amperímetro.
Na tabela estão apresentados os dados recolhidos: diferença de potencial entre os terminais da pilha e a intensi-
dade de corrente elétrica.
I/A U/V
0,0120 1,462
0,0113 1,463
0,0150 1,461
0,0180 1,460
0,0200 1,459
0,0250 1,456
0,0300 1,452
0,0400 1,449
0,0480 1,446
0,0500 1,440
0,0580 1,437
0,0650 1,430
0,0780 1,428
0,0850 1,422
0,1050 1,416
0,1150 1,410

1.1 Selecione o esquema do circuito utilizado para obter a curva característica da pilha.
A. C.
ɛ ri ɛ ri


B. D.
ɛ ri ɛ ri


ra
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1.2 Identifique as grandezas físicas medidas pelos aparelhos identificados com A e V.

174
Testes

1.3 Utilize a calculadora gráfica para construir o gráfico (de pontos) da d.d.p. nos terminais da pilha em função
da intensidade de corrente elétrica que a percorre.
1.3.1 Esboce o gráfico obtido
1.3.2 Escreva a equação da reta de ajuste aos pontos do gráfico.
1.3.3 Relativamente à reta de ajuste, escreva os símbolos das unidades do declive e ordenada na origem.
1.3.4 Indique o significado físico da ordenada na origem.

1.4 Com base nos valores experimentais, indique, justificando, qual é o valor da força eletromotriz da pilha com
três algarismos significativos.

1.5 Das seguintes afirmações sobre pilhas (geradores), selecione a correta.


A. A força eletromotriz é a d.d.p. que podia ser gerada pela pilha caso ela fosse ideal. O seu valor não dimi-
nui com o uso.
B. A força eletromotriz é a d.d.p. que podia ser gerada pela pilha caso ela fosse ideal. O seu valor diminui
com o uso.
C. A d.d.p. nos terminais da pilha é a d.d.p. que pode ser aproveitada para geração de corrente em circui-
tos e o seu valor não diminui com o uso.
D. A d.d.p. nos terminais da pilha é a d.d.p. que pode ser aproveitada para geração de corrente em circui-
tos e o seu valor aumenta com o uso.

ra
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175
Testes
Resolução do teste prático 2 – Energia e fenómenos elétricos

1.
1.1 B .......................................................................................................................................... 10 pontos
1.2 A: (intensidade de) corrente elétrica.
V: diferença de potencial ........................................................................................................ 14 pontos
1.3
1.3.1 Esboçar o gráfico obtido .................................................................................................. 16 pontos


Identificação dos eixos .................................................................................................... 2 + 2 pontos
Unidades............................................................................................................................. 2 + 2 pontos
Reta...................................................................................................................................... 4 pontos
Alguns valores de referência marcados nos eixos..................................................... 4 pontos
1.3.2 Equação da reta: V = 1,4685 - 0,5227I (V) ..................................................................... 12 pontos


ra
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1.3.3 Declive da reta: W


Ordenada na origem: V..................................................................................................... 14 pontos

176
Testes

1.3.4 Força eletromotriz ........................................................................................................... 10 pontos


1.4 Tópicos de referência:............................................................................................................. 14 pontos
A) Em circuito aberto, a intensidade de corrente elétrica é nula.
B) Da equação da reta, substituindo I = 0, V = 1,4685 V.
C) e = 1,47 V
Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os três tópicos de referência, com organização coerente
5 14
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os três tópicos de referência, com falhas na organização
4 12
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta dois dos tópicos de referência, com organização coerente
3 10
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta dois dos tópicos de referência, com falhas na organização
2 8
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta apenas um dos tópicos de referência com linguagem científica
1 5
adequada.

1.5 A .......................................................................................................................................... 10 pontos

ra
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FA10LP_F12

177
Testes
Teste prático 3 – Energia, fenómenos térmicos e radiação
Nome da escola Ano letivo /
Nome N. º Turma Data / /

GRUPO I

1. É fornecida energia a um bloco de 1,0 kg de gelo à temperatura inicial de -25,0 oC. Esta energia é suficiente para
que todo o gelo se vaporize.
O gráfico apresenta a variação da temperatura em função da energia fornecida

t / ºC

100,0

0
105 440 860 3220 E / kJ
-25,0

1.1 Determine, em unidades SI, a variação de temperatura sofrida pelo bloco de gelo até vaporizar.

440 - 105
1.2 Indique a grandeza física calculada pela expressão = 335 e as respetivas unidades.
1,0

1.3 Determine, em unidades SI, a capacidade térmica mássica da água. Apresente todas as etapas de resolu-
ção.

ra
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178
Testes

GRUPO II

1. Um grupo de alunos pretendeu investigar a influência da irradiância e da diferença de potencial elétrico, no ren-
dimento de um painel fotovoltaico. Com esse objetivo o grupo realizou uma experiência laboratorial utilizando
o seguinte material: painel de células fotovoltaicas, uma resistência variável, um voltímetro, um amperímetro,
um interruptor, fios de ligação e um candeeiro.
O grupo moveu o cursor da resistência variável e mediu, com os aparelhos apropriados, a diferença de potencial
(d.d.p.) nos terminais do painel fotovoltaico e a intensidade de corrente, I, que percorre a resistência.
A experiência teve duas fases. Na fase I, a luz incidiu no painel numa direção com um ângulo de 90° em relação
à superfície do painel; na fase II o ângulo de incidência foi de 45°.

Fase I (90°) Fase II (45°)


I / mA U/V I / mA U/V I / mA U/V I / mA U/V
110,40 0,229 87,40 1,453 75,10 0,152 76,50 1,223
111,40 0,297 80,50 1,472 74,80 0,172 73,60 1,308
108,40 0,496 74,40 1,487 75,80 0,317 70,00 1,365
109,40 0,711 69,50 1,496 76,80 0,462 66,40 1,399
111,60 1,054 65,00 1,501 78,00 0,687 63,70 1,425
109,70 1,247 61,40 1,506 78,70 0,839 59,80 1,442
103,20 1,361 58,10 1,509 78,10 0,971 56,90 1,456
95,40 1,420 55,10 1,509 77,80 1,107 54,10 1,469

1.1 Selecione o esquema do circuito elétrico, de modo que os alunos obtenham as grandezas elétricas a medir
diretamente.

A. C.


B. D.

ra
1.2 Escreva a expressão que permite calcular a potência fornecida pelo painel.
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179
Testes

1.3 Para uma dada posição do cursor da resistência variável, os valores lidos no voltímetro e no amperímetro
são, respetivamente, 1,223 V e 76,50 mA.
Selecione a alternativa que permite determinar o valor da resistência, R , do circuito, no SI.
1,223 76,50
A. R = W C. R = W
76,50 1,223
1,223 76,50 * 10- 3
B. R = W D. R = W
76,50 * 10- 3 1,223

1.4 Os alunos calcularam a potência fornecida pelo painel fotovoltaico para ambas as fases da experiência em
função da diferença de potencial, e construíram os gráficos de P = P (U), que são os seguintes:

Fase I
P / mW
P = P (U)
160,0
140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 1,600
U/V

Fase II
P / mW
P = P (U)
120,0

100,0

80,0

60,0

40,0

20,0

0,0
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 1,600
U/V

1.4.1 Interprete o gráfico correspondente à fase I.


1.4.2 Indique o valor da potência que otimiza o rendimento do painel, para as duas fases. ra
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1.4.3 Que grandeza física estão os alunos efetivamente a estudar ao alterar a orientação do painel fotovol-
taico?

180
Testes

1.5 Os alunos quiseram investigar qual é o efeito da temperatura do painel no seu rendimento. Para isso, consul-
taram a internet e retiraram o seguinte gráfico.

220
200
180
160
140 25 ºC

Potência / W
120
50 ºC
100
80
75 ºC
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35
d.d.p. / V

Baseie-se nos dados do gráfico para mostrar como a temperatura afeta o rendimento de um painel, indi-
cando as condições meteorológicas mais rentáveis.

ra
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181
Testes
Resolução do teste prático 3 – Energia, fenómenos térmicos e radiação

GRUPO I

1.
1.1 Etapas de resolução: ............................................................................................................... 12 pontos
A) Identificação da temperatura de vaporização .......................................................... 3 pontos
Dtvap = 100,0 C o

B) Cálculo da variação de temperatura ........................................................................... 6 pontos


Dt = tvap - tinicial
Dt = 100,0 - 1- 25,02 = 125,0 °C
C) Variação de temperatura em unidade SI .................................................................... 3 pontos
DT = 125,0 K
1.2 .......................................................................................................................................... 8 pontos
A) Entalpia de fusão do gelo
B) em kJ kg - 1
1.3 Etapas de resolução: ............................................................................................................... 15 pontos
A) Cálculo da energia recebida pela água....................................................................... 4 pontos
Erecebido pela água = 860 - 440 = 420 kJ

B) Cálculo da capacidade térmica mássica da água..................................................... 6 pontos


860 - 440
Q = m c Dt = 420 kJ kg - 1 oC- 1
1x100
C) Apresentação do resultado em unidade SI ................................................................ 5 pontos
c = 4,20x10 J kg 3 -1
K-1

GRUPO II

1.
1.1 A .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.2 P = U I ........................................................................................................................................ 7 pontos
1.3 B .......................................................................................................................................... 7 pontos
1.4
1.4.1 Tópicos de referência: ...................................................................................................... 15 pontos
A) Com o aumento do valor da diferença de potencial elétrico nos extremos do painel, o valor da potência ra
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elétrica produzida aumenta


B) praticamente linearmente até 140,5 mW

182
Testes

C) diminui (mais) acentuadamente a partir daí.


Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os três tópicos de referência, com organização coerente
5 15
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os três tópicos de referência, com falhas na organização
4 13
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta dois dos tópicos de referência, com organização coerente
3 10
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta dois dos tópicos de referência, com falhas na organização
2 8
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta apenas um dos tópicos de referência com linguagem científica
1 5
adequada.
1.4.2 .......................................................................................................................................... 10 pontos
Fase I: Pmáxima = 140,5 mW
Fase II: Pmáxima = 96,0 mW
1.4.3 A irradiância ....................................................................................................................... 7 pontos
1.5 Tópicos de referência: ............................................................................................................ 12 pontos
A) A potência do painel é maior para a temperatura mais baixa (25 ºC). Assim, com a diminuição da tempe-
ratura, o rendimento ótimo do painel aumenta,
B) O painel terá maior rendimento em dias de temperaturas mais amenas.
Ou equivalente.
Nível Descritores do nível de desempenho Pontuação
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com organização coerente
4 12
dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta apresenta os dois tópicos de referência, com falhas na organização
3 10
dos conteúdos e/ou na utilização da linguagem científica.
A resposta apresenta apenas um dos tópicos de referência com linguagem científica
2 7
adequada.
A resposta apresenta apenas um dos tópicos de referência com falhas na utilização
1 5
da linguagem científica.

ra
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183
8. atividades
extracurriculares

ra
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Atividades extracurriculares

Sugestões de visitas de estudo

Centro de Ciência Viva de Coimbra - Exploratório Infante D. Henrique - Coimbra


Rotunda das Lages
Parque Verde do Mondego
Santa Clara, Apartado 5111
3041-901 Coimbra
Tel.: 239 703 897; Fax: 239 703 898
E-mail: visitas@exploratorio.pt
www.exploratorio.pt/

Museu da Eletricidade - Lisboa


Avenida de Brasília, Central Tejo
1300-598 Lisboa
Tel.: 210 028 190/30; Fax: 210 028 104/39
E-mail: museudaeletricidade@edp.pt
www.facebook.com/museu.da.eletricidade

Centro de Ciência Viva de Aveiro – A fábrica


Rua dos Santos Mártires
3810-171 Aveiro
Tel.: 234 427 053
E-mail: fabrica.cienciaviva@ua.pt
www.ua.pt/fabrica/

Centro de Ciência Viva de Lisboa – Pavilhão do Conhecimento


Parque das Nações
Alameda dos Oceanos, Lote 2.10.01
1990-223 Lisboa
Tel.: 218 917 104 (visitas); Fax: 218 917 171
E-mail: www.pavconhecimento.pt

Visionarium – Santa Maria da Feira


4520-153 Santa Maria da Feira
Tel.: 256 370 605/9; Fax.: 256 370 608
E-mail: info.visionarium@aeportugal.com
ra www.visionarium.pt/
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185
9.
REFERÊNCIAS

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Referências
1. Referências bibliográficas

Elmer Ellsworth Burns, The Story of Great Inventions, Harper & Brothers, 1910

David Halliday, Robert Resnicke Jearl Walker, Fundamentals of Physics (10th Edition), Wiley, 2014

E. H. Griffiths, The Thermal measurement of Energy, Cambridge University Press, 1901

Eugene Hecht, Óptica, Fundação Calouste Gulbenkian, Serviços de Educação, 1991

John D. Cutnell, Kenneth W. Johnson, Introduction to Physics 9th Edition, John Wiley & Sons, Inc

John R. Taylor, An Introdution to Error Analysis – The Study of Uncertainties in Physical Measurements (second edi-
tion), University Science Books, 1982

Jorge Dias de Deus, Mário Pimenta, Ana Noronha, Teresa Peña e Pedro Brogueira, Introdução à Física, 3.ª Ed., Esco-
lar Editora, 2014

Júlio César Passos, Os experimentos de Joule e a primeira lei da termodinâmica, Revista Brasileira de Ensino de Fí-
sica, v. 31, n.° 3 , 3603 (2009)

Mário Ferreira, Óptica e Fotónica, Lidel, 2003

Paul A. Tipler, Gene Mosca, Physics for Scientists and Engineers extended version 6th Ed, W. H. Freeman, 2014

Raymond A. Serway, John W. Jewett, Physics for Scientists and Engineers 9th Ed, Brooks & Cole, 2014

The Complete Works of Count Rumford, The Academy of Arts and Sciences, 1870
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187
Referências
2. Referências web

http://www.answers.com/topic/benjamin-thompson, acedido a 20/08/2014

http://freepages.genealogy.rootsweb.ancestry.com/~walkerdesc/b1801.htm, acedido a 20/08/2014

http://www.nndb.com/people/662/000104350/, acedido a 20/08/2014

Sítio brasileiro com vários conteúdos em física (resumos de: calorimetria, termometria, termodinâmica). É necessário
fazer inscrição:
http://www.sofisica.com.br/

Há muitas simulações que podem ser consultadas no sítio da Universidade do Colorado:


http://phet.colorado.edu

Sítio com muitas simulações de física e de química, em inglês:


http://www.physics-chemistry-interactive-flash-animation.com/

Sítio com muitas simulações de física e de química, em francês:


http://gilbert.gastebois.pagesperso-orange.fr/java/index.htm

Simulador Java: pêndulo gravítico e variação da energia potencial gravítica e cinética (em inglês):
http://www.physicsclassroom.com/mmedia/energy/pe.cfm

Simulador da variação da energia na montanha-russa (em inglês):


http://www.physicsclassroom.com/mmedia/energy/ce.cfm

Página sobre a lei trabalho-energia cinética, definição, exemplos e aplicação em questões online, em inglês:
http://www.physicsclassroom.com/Class/energy/u5l2b.cfm

Simulador de energia, transformações, transferência de energia por calor, etc.:


http://phet.colorado.edu/pt/simulation/energy-forms-and-changes
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/friction

Simulador da variação da energia numa rampa de skate com ou sem atrito (energia mecânica e térmica):
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/energy-skate-park-basics

ra
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188
Referências

Simulador mais completo da variação da energia numa rampa de skate com ou sem atrito (energia mecânica e tér-
mica), permite obter o gráfico da variação da energia cinética, energia potencial gravítica e energia total, em fun-
ção do tempo e da posição:
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/energy-skate-park

Rampa onde se estuda a variação da energia, gráficos das energias em função do tempo, com ou sem atrito:
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/the-ramp

Filme sobre a queda de uma bola de bólingue e de penas numa câmara de vácuo (4.41 min):
https://www.youtube.com/watch?v = E43 - CfukEgs

Vídeo sobre Masdar City:


https://www.youtube.com/watch?v = uE1J66WGw3g

Simuladores de circuitos elétricos (DC), com resistências, lâmpadas, interruptores, baterias, voltímetros, amperíme-
tros, etc.:
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/circuit-construction-kit-dc-virtual-lab
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/circuit-construction-kit-dc

Estudo da Lei de Ohm:


http://phet.colorado.edu/pt/simulation/ohms-law

Simulador da variação da resistência em função das características do fio metálico (comprimento, natureza, espessura):
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/resistance-in-a-wire
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/battery-resistor-circuit

Simulador do espetro do corpo negro:


http://phet.colorado.edu/en/simulation/blackbody-spectrum

Simulador que fornece as temperaturas de mudanças de fase para os elementos da Tabela Periódica:
http://lectureonline.cl.msu.edu/~mmp/period/phase.htm

ra
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189
Referências

Simulador dos estados da matéria, velocidades das partículas e distância entre as partículas, em função do aqueci-
mento e do arrefecimento:
http://phet.colorado.edu/pt/simulation/states-of-matter

Simulador sobre a interação da radiação com moléculas:


http://phet.colorado.edu/pt/simulation/molecules-and-light

Correntes de convecção:
http://gfm.aps.org/meetings/dfd - 2014/5404ec5f69702d0771a40100

Simuladores Java, que mostra transferência de energia – condução e convecção (correntes de convecção):
http://energy.concord.org/energy2d/comparing-convection.html

Simulador da transferência de energia (condução) numa pega de frigideira em madeira ou em metal; efeito da con-
dutividade elétrica:
http://energy.concord.org/energy2d/thermal-conductivity.html

Simulador Java que mostra o efeito da área na condução:


http://energy.concord.org/energy2d/conduction-area.html

Simulador Java que mostra o efeito efeito da temperatura na condução:


http://energy.concord.org/energy2d/temperature-difference.html

Simulador Java que mostra o efeito da distância na condução:


http://energy.concord.org/energy2d/conducting-distance.html

Simulador Java que mostra o efeito da capacidade térmica na transferência de energia por condução:
http://energy.concord.org/energy2d/specific-heat.html

Simulador Java que mostra duas colheres a serem aquecidas e a verificação da condução de energia:
http://energy.concord.org/energy2d/spoon.html

Filme que aborda (em inglês) as três formas de transferência de energia (duração: 6 minutos):
https://www.youtube.com/watch?v = 1fbG4zt9xn4

Filme que aborda (em inglês) as três formas de transferência de energia (duração: 6 minutos):
https://www.youtube.com/watch?v = 125KoXlTD9Q

ra
FA10LP © Raiz Edito

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Referências

Filme que aborda (em inglês) as três formas de transferência de energia, aborda a formação das brisas (duração: 8
minutos):
https://www.youtube.com/watch?v = liKcJKjvFcY

Filme que mostra uma experiência da difusão da tinta em água quente devido às correntes de convecção (duração: 2
minutos):
https://www.youtube.com/watch?v = c50PV- 9j1BM

Filme que mostra uma experiência interessante sobre correntes de convecção (simulação do candeeiro de lava) (du-
ração: 2,30 minutos):
https://www.youtube.com/watch?v = CnmU_3Q9cmU

Em espanhol, três experiências da aplicação da condução, convecção e radiação:


https://www.youtube.com/watch?v = E5chWfVLmHk

Vídeo (parte 1) que mostra a lei da conservação da energia, o que é energia, transformações de energia, explica as
características da energia cinética como potencial (em brasileiro):
https://www.youtube.com/watch?v = BUK_bxyqsec

Vídeo interessante onde é feita uma exposição quantitativa e qualitativa do conceito de calor específico (capaci-
dade térmica mássica) (duração: 3,36 minutos):
https://www.youtube.com/watch?v = J5fst - 9I7n8

Vídeo de uma experiência de três balões com areia, água e ar, observando o rebentamento. Aborda o conceito da
capacidade térmica mássica (em brasileiro) (duração: 1,33 minutos):
https://www.youtube.com/watch?v = bH2eBu6lKUE

Vídeo aula - em brasileiro - sobre mudança de fase, variação da temperatura e os estados físicos e calores latentes:
https://www.youtube.com/watch?v = 6egRn5R2Wik

Sobre coletores solares:


http://www.jorgeneto.eprofes.net/colector_solar.htm

Sobre painéis fotovoltaicos:


http://aveirenovaveis.blogspot.com/p/solar.-fotovoltaico.html

Atividades para máquinas de calcular Texas (em inglês):


http://www.education.ti.com/en/us/activity/search/subject

ra
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