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2.1 Introdução
O material básico com que o pesquisador trabalha são os dados, sendo que a coleta
destes é o passo inicial na avaliação estatística de um estudo. Os dados da forma como
foram coletados representam os dados brutos, e sempre se apresentam desordenados. Os
dados colocados em ordem crescente ou decrescente representam os dados elaborados.
O passo seguinte é sintetizar os valores que uma ou mais variáveis podem assumir,
para que se tenha uma visão global da variação dessas variáveis. Inicialmente esses valores
são apresentados em tabelas e gráficos, que irão nos fornecer rápidas e seguras
informações a respeito das variáveis em estudo.
EXEMPLO:
TABELA 1 – Alunos matriculados nos cursos de graduação da Universidade Federal de
São João Del-Rei, São João Del-Rei, MG, 2007. Título
Cabeçalho CURSO MATRICULADOS Coluna
Numérica
Coluna Administração 422
Indicadora Casa ou
Ciências Biológicas 123
Célula
Corpo Ciências Econômicas 323
Engenharias 904 Linhas
Outros 2.018
TOTAL 3.790
Rodapé Fonte: PROEN, 2007.
Estatística e Probabilidade 10
O próximo passo é ordenar os dados pelo nível de tecnologia (baixo, médio e alto),
obtendo-se os dados elaborados dispostos no Quadro 2.
QUADRO 2 – Nível de tecnologia adotado pelas micro-indústrias da região do Alto
Paraopeba, Minas Gerais, 2009.
Baixo Baixo Médio Médio Médio
Baixo Baixo Médio Médio Alto
Baixo Baixo Médio Médio Alto
Baixo Médio Médio Médio Alto
Baixo Médio Médio Médio Alto
Baixo Médio Médio Médio Alto
Baixo Médio Médio Médio Alto
Baixo Médio Médio Médio Alto
Baixo Médio Médio Médio Alto
Baixo Médio Médio Médio Alto
2.2.1.2.2 Contínuas
Quando os dados estão representados por variáveis quantitativas contínuas é
evidente que não existem classes naturais. Neste caso pode-se usar o recurso de grupar os
dados em classes com um determinado número de intervalos. Tais classes terão dois
valores limites, isto é, um limite inferior e um limite superior. Assim utiliza-se de uma
Tabela de Distribuição de Freqüências com dados agrupados em classes para se organizar e
resumir tais variáveis.
Para a construção da Tabela de Distribuição de Freqüências devem ser seguidos os
seguintes passos:
i) Determinar o número de classes (K)
O número de classes pode ser determinado adotando-se o critério baseado no
Capítulo 2 – Coleta, Organização e Apresentação de Dados 15
classe (freqüência absoluta), deve-se incluir o valor do limite inferior (a) e excluir o valor
do limite superior (b) de cada classe. O valor do limite superior passa a ser contado na
classe posterior.
EXEMPLO:
Um Engenheiro observou a resistência à compressão de 50 corpos de prova de uma
liga de alumínio-lítio, em psi (libras por polegada ao quadrado). Os resultados estão
apresentados no Quadro 5.
QUADRO 5 – Resistência à compressão de 50 corpos de prova de uma liga de alumínio-
lítio (dados brutos).
26,8 24,3 23,7 31,0 22,2 25,2 29,5 24,2 33,0 27,2
25,9 23,0 25,6 26,5 26,0 22,8 31,8 21,0 29,3 27,8
24,1 26,9 24,5 26,2 29,8 21,6 27,2 26,8 26,9 25,0
29,6 31,3 22,1 26,1 29,2 25,3 26,0 27,2 28,1 26,2
28,5 27,2 28,6 25,8 26,5 28,1 24,9 30,5 28,7 24,5
As freqüências acumuladas para baixo e para cima estão apresentadas nas Tabelas 5
e 6, respectivamente.
TABELA 5 – Resistência à compressão, em psi, de 50 corpos de prova de uma liga de
alumínio-lítio. UFSJ, Ouro Branco, MG, 2009.
Resistência (psi) Fc
Menores que 20,0 0
Menores que 22,0 2
Menores que 24,0 7
Menores que 26,0 19
Menores que 28,0 35
Menores que 30,0 45
Menores que 32,0 49
Menores que 34,0 50
30
28
26
24
22
Número de micro-indústrias
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Baixo Médio Alto
Nível de tecnologia
Alto, 18,0 %
Baixo, 26,0 %
Médio, 56,0 %
40
35
30
25
Número de caixas
20
15
10
0
0 1 2 3 4 5 6
Número de componentes com defeito
2.3.2.2 Contínuas
No caso de variáveis contínuas a Tabela de Distribuição de Freqüências pode ser
representada graficamente através de:
i) Histograma
É um gráfico formado por retângulos cujas bases são proporcionais às
amplitudes de classe e as alturas proporcionais às freqüências absoluta (Fi) das classes.
ii) Polígono de Freqüências
É um gráfico formado por linhas. Para a construção do Polígono de
Freqüências os pontos médios das classes no topo do retângulo do histograma são
unidos por linhas. O polígono começa e termina nos pontos médios das classes
anterior à primeira e posterior à ultima, respectivamente.
iii) Ogivas
É o polígono de freqüências utilizando as freqüências acumuladas para
baixo ou para cima.
Estatística e Probabilidade 22
EXEMPLO:
Para o exemplo da resistência à compressão de 50 corpos de prova de uma liga de
alumínio-lítio (pag. 16) tem-se o seguinte histograma e polígono de freqüências para os
dados apresentados na tabela 4 (pag. 17).
18
16
Histograma
14
12
Polígono de Freqüências
Freqüência absoluta
10
0
18 20 22 24 26 28 30 32 34 36
Resistência à compressão (psi)
FIGURA 4 – Resistência à compressão, em psi, de 50 corpos de prova de uma liga de
alumínio-lítio. UFSJ, Ouro Branco, MG, 2009.
40
Frequência Acumulada
30
20
10
18 20 22 24 26 28 30 32 34 36
C la s s e s
Resistência à compressão (psi)
FIGURA 5 – Resistência à compressão, em psi, de 50 corpos de prova de uma liga de
alumínio-lítio. UFSJ, Ouro Branco, MG, 2009.
Simétrica
Estatística e Probabilidade 24
Assimétrica à direita
Assimétrica à esquerda
EXEMPLO:
No exemplo da resistência à compressão de 50 corpos de prova de uma liga de
alumínio-lítio segundo a forma do polígono de freqüência (pag. 22) a distribuição é
simétrica.
EXEMPLO:
Considerando os dados da resistência à compressão de 50 corpos de prova de uma
liga de alumínio-lítio (Quadro 6), tem-se o seguinte gráfico de Ramo e Folhas:
RAMO FOLHAS
21 0 6
22 1 2 8
23 0 7
24 1 2 3 5 5 9
25 0 2 3 6 8 9
26 0 0 1 2 2 5 5 8 8 9 9
27 2 2 2 2 8
28 1 1 5 6 7
29 2 3 5 6 8
30 5
31 0 3 8
32
33 0