SISTEMA

MUSCULOESQUELÉTICO

MARTA DORA FREITAS ORNELAS

MÉDICA ESPECIALISTA EM MGF
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
DOUTORADA EM MEDICINA

2022 / 2023

Função do músculo esquelético MÚSCULO ESQUELÉTICO

• Estrutura:
• Funções: • Células musculares: presença de miofilamentos
(actina e miosina) contrateis.
– força para a locomoção e respiração;
– Força para a sustentação corporal (postura);
– Produção de calor durante períodos de exposição
ao frio.

Rasch, 1991; McArdle et al., 1999

FISIOLOGIA DA ACTIVIDADE MUSCULAR

• ACTINA • MIOSINA

• 40% do corpo = Músculo Esquelético Túbulos Transversos - Retículo Sarcoplasmático

• 10% do corpo = Músculo Liso e Cardíaco

• Sarcolema = Membrana celular da fibra muscular =

Membrana Plasmática
• 1 fibra = centenas de milhares de miofibrilas
• Espaço entre as miofibrilas = LIC = Sarcoplasma (K, Mg,
Fosfato, Enz prot, mitocôndrias, retículo
sarcoplasmático)
• 1 miofibrila – miosina + actina (2 filamentos helicoidais
de actina-F e 2 filamentos de moléculas de
tropomiosina) + proteínas
– Disco Z conecta várias miofibrilas; Espaço entre 2 discos Z =
Sarcómero
– Moléculas de Titina mantêm os filamentos de miosina (lado a
lado)
Organização do músculo esquelético
 CONTRAÇÃO MUSCULAR

• Regulação do Acoplamento Excitação-

Contração:
MEDULA NERVO
SNC PERIFÉRICO SARCOLEMA
ESPINHAL

TENSÃO DAS INTERAÇÃO A-

LIB. Ca+ SISTEMA TT
PONTES M

PRODUÇÃO
DE FORÇA
 CONTRAÇÃO MUSCULAR
1. Potenciais de ação cursam pelo nervo motor até às
terminações nas fibras musculares
2. Em cada terminação, o nervo produz substância
neurotransmissora = Acetilcolina
3. Acetilcolina actua em locais especificos da membrana da
fibra – abertura de canais de catiões
4. Na+ para o lado interno da membrana das fibras –
despolarização – PA na membrana
5. PA que despolariza a membrana e a sua electricidade flui
para o centro da fibra – Ret. Sarc. Liberta os seus calcio
6. Cálcio activa deslizamento miosina e actina
7. Após fração de segundo, o cálcio volta para o RS através
da bomba de cálcio

Mecanismo de contração
Junção neuromuscular

Acetilcolina é o neurotransmisor
 CONTRAÇÃO MUSCULAR
➢ É um processo que envolve diversas proteínas
celulares e sistemas de produção de energia;
➢ Teoria do Deslizamento;
TEORIA DO DESLIZAMENTO
1. Influxo de Ca+ ;
2. Liberação do Sítio Ativo da Actina;
3. União da Miosina à Actina;

4. Deslizamento da Actina sobre a Miosina;

5. Ligação do ATP à ponte cruzada;

6. Retorno do Ca+ para o retículo sarcoplasmático.

Potencial
ESTÍMULO NERVOSO
de
Propagação

Direction of AP
 Unidade
Motora
Condução saltatória
Impulso salta de um nodo ao outro, Unidade funcional
maior velocidade de condução,
menor gasto energético do movimento:
motoneurônio e
todas as fibras por

ele inervadas

Unidade
Motora
Interação “Actina-Miosina” - Ação do Cálcio
 Recrutamento de unidades
Grau de força
motoras
• Principio do tudo ou nada • Recrutamento
– Se um motoneurônio é recrutado, ele ativara todas – Unidade motora: motoneurônio e todas as fibras
as suas fibras. inervadas
• Principio do tamanho – Tamanho da unidade motora varia entre os
músculos em relação a função muscular
– Quanto maior o calibre do neurônio, maior seu
limiar para ativação. • Frequência de estímulos
– Portanto, neurônios menos calibrosos são – Somação temporal
recrutados primeiro. Neurônios mais calibrosos – Tetânica
requerem um grande estimulo para ser recrutado.
 Atividade reflexa
Controle motor Receptores proprioceptivos musculares
Motoneurônios γ Neurônios Motores α
Fibras musculares extra-fusais (FE)
=Fibras musculares esqueléticas ficam situadas fora
do fuso muscular
Atividade reflexa
Fibras musculares intrafusais (FI)
e Fibras aferentes Ia =Fibras musculares que ficam dentro do fuso
muscular
Centro encefálicos Fibras aferentes Ib
Órgãos sensoriais musculares
superiores FUSO MUSCULAR
Variação do comprimento das fibras musculares
e a sua velocidade de mudança

ORGAO TENDINOSO DE GOLGI

Variação da tensão mecânica sobre os tendões
Em série com as FE

Receptores musculares Quais são as funções dos Fusos Musculares?

Fusos musculares Estiramento
detectam a variação do comprimento muscular

Estiramento

2 3

A carga (1) estira as FE (2) e as fibras do fuso

Contração muscular (3). O estiramento da região central do
fuso estimula as terminações aferentes que
disparam potenciais de ação em direção ao SNC.
A chegada desse impulsos causam a estimulação
dos motoneurônios a do próprio músculo.

1 O fuso detecta variação do comprimento das FE

durante o estiramento e provoca a sua contração.

Ação reflexa das fibras
aferentes
• Excita os
motoneurônios da
musculatura agonista
• Excita os
motoneurônios da
musculatura sinergista
(facilitação)
• Inibe os motoneurônios
da musculatura
antagonista
Conexões medulares das fibras
aferentes Ib
• Inibe os motoneurônios da
musculatura agonista
• Inibe os motoneurônios da
musculatura sinergista
• Excita os motoneurônios
da musculatura
antagonista
• Objetivo – opor ao
desenvolvimento de uma
tensão excessiva da
musculatura
Quais são as funções dos Órgãos Tendinosos de Golgi?
Durante a contração muscular além da
co-ativaçâo gama nos fusos
musculares, os órgãos tendinosos de
Golgi também são estimulados.
As fibras aferentes Ib disparam
-
Potenciais de ação e as informações
são levadas, excitam os
interneuronios inibitórios que fazem
sinapse com os motoneurônios  em
atividade.
Resultado: relaxamento do músculo
A estimulação dos órgãos tendinosos de Golgi
modula (podendo inibir) a contração muscular.
Função: Proteção contra contração excessiva
Controle sobre o nível de excitação dos
motoneurônios
Tipos de Fibras Musculares
• A musculatura esquelética contém dois tipos
principais de fibras: as de contração lenta ou I
(CL) e as de contração rápida ou II (CR).
• As fibras de CR podem ainda ser divididas em
fibras de contração rápida do tipo A (CRa) e as
do tipo B ou X (CRb).
• As diferenças na velocidade de contração são
decorrentes principalmente das variadas formas
de miosina ATPase.
• A miosina ATPase é a enzima que quebra o ATP para
liberar energia, e está presente na cabeça da miosina
(ou ponte cruzada).
• As fibras de CL possuem uma forma lenta de miosina
ATPase e as fibras de CR uma forma rápida.
• Em resposta a um estimulo neural a fibra de CR tem
capacidade de quebrar ATP mais rapidamente e
consequentemente mais energia estará disponível.
• As fibras de CR apresentam um reticulo
sarcoplasmático mais desenvolvido do que as fibras
de CL, favorecendo na liberação do cálcio para o
interior da fibra muscular.
Controle Neural
• O sistema nervoso aumenta a força
muscular:
- Recrutando mais unidades motoras
- Aumentando a taxa de disparo das unidades
motoras
• Tarefas submáximas envolvem a
utilização de uma menor quantidade de
massa muscular (unidades motoras).
• Os genes que herdamos de nossos pais
determinam quais neurônios motores inervarão
nossas fibras musculares.
• Após o estabelecimento da inervação, as fibras
musculares diferenciam-se (tornam-se
especializadas) de acordo com o tipo de
neurônio que as estimulam.
• As unidades motoras são recrutadas por ordem
de tamanho do motoneurônio com os neurônios
menores sendo recrutados primeiro.
• Adaptação muscular
– Hiperplasia: ocorre em modelos animais,
nos humanos existem alguns indícios que
sustentam a sua presença
– Hipertrofia: Aumento no tamanho, número
de filamentos e sarcômeros.
FIBER HYPERTROPHY AFTER TRAINING Relação Força X Diâmetro

Controle Neural
Adaptações Metabólicas
• Aumento de substrato energético
– Creatina Fosfato
– Glicogênio Muscular
• Aumento no número de enzimas
Anaeróbias
– Creatina Cinase (anaeróbio alático)
– Enzimas do Glicólise/glicogenólise
anaeróbia
 FADIGA MUSCULAR MOLÉCULA DE ENERGIA
• ATIVIDADES DE ALTA INTENSIDADE? • ATP =ADP + Pi + ENERGIA. (ponte cruzada)
• São atividades de cunho anaeróbico.
1. Acúmulo de fosfatos inorgânicos; • GICOGÊNIO GLICOSE PIRUVATO LACTATO

2. Acúmulo de íons H+ no interior da fibra

muscular.
Íons H+ Ca+

Lesão muscular
Lesão
Muscular

Antes e após
a Maratona

Rompimento
das linhas Z
 Sequência de eventos na dor muscular
tardia
1. Dano estrutural
2. Prejuízos na manutenção da homeostase do cálcio
resultando em necrose

3. Aumento da atividade dos macrófagos

4. Inflamação e acúmulo de substâncias que estimulam as

terminações nervosas causando dor e desconforto

w Causa uma redução na produção de força devido a

prejuízos estruturais, falha no processo de excitação-
contração, e perda de proteína contrátil.