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de peptidioglicanos é fina e há também uma membrana externa sobreposta.

A diferença
da parede celular altera a forma de corar ou não com o corante gram; por causa disso, essa
nomenclatura é utilizada.

Figura 4. Parede celular bacteriana. Fonte: Acervo de Ederson Aragão Ribeiro.

A classificação desses microrganismos é feita pelo tamanho, forma (bacilo ou coco) e


arranjo espacial (aos pares ou em cachos). Outra maneira de diferenciar esses seres é por
sua maneira de nutrição, produção de metabólitos e de enzimas e ainda as exigências do
meio, necessitando de respiração anaeróbia ou aeróbia (Fluxogramas 1 e 2).

Fluxograma 1. Classificação Gram (+).


Autora: Clarisse Barreira Teófilo

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Fluxograma 2. Classificação Gram (-).

Algumas bactérias são exceções às classificações de gram. As micobactérias são


um bom exemplo disso, pois apresentam uma camada de peptidioglicano entrelaçada e
ligada a um polímero de arabinoglicano, ficando envolvida por uma cobertura lipídica. Essa
parede diferenciada confere a essas bactérias uma nova classificação, bacilo álcool ácido
resistente (BAAR).
Outra exceção são os micoplasmas, que não possuem parede celular de peptidioglica-
nos e tomam posse de esteroides da célula hospedeira para formar sua membrana.
A reprodução da maioria das bactérias é assexuada, porém algumas gram-positivas
produzem esporos que funcionam como uma autoproteção, pois, em condições desfavorá-
veis, a bactéria entra em estado de latência.
Em relação às exigências metabólicas, a grande parte das bactérias é anaeróbia facul-
tativa, isto é, dependendo das condições do meio em que se encontra, altera seu metabo-
lismo, mas existem bactérias aeróbias obrigatórias, como Mycobacterium tuberculosis, e
anaeróbias obrigatórias, como o Clostridium perfrigens. Doenças como tuberculose, celu-
lite, pneumonia, uretrites gonocócicas, erisipela, impetigo, entre outras, são exemplos de
afecções causadas por bactérias.

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