Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
AVALIAÇÃO INICIAL AO POLITRAUMATIZADO
Aula 02 – 10/08/2018 – Prof. Sebastião
Maria Julia Lemos – MED02
OBS: as fotos apresentadas nos slides não foram disponibilizadas.
A primeira conduta e mais importante de TODAS se dá pela necessidade de avaliação da cena do acidente. A
proteção do socorrista deve estar SEMPRE em 1º lugar. Na maioria das vezes as pessoas não utilizam
desta habilidade de avaliação do local e/ou dos perigos envolvidos no ambiente, potencializando o perigo de
acidentes com a equipe/socorrista.
Se o socorrista tem que entrar em algum lugar no qual apresente perigo para o mesmo, este possui respaldo
judicial para não socorrer, uma vez que põe em risco sua vida. Um exemplo dado em aula: socorro de ferimento
na comunidade o qual está ocorrendo tiroteio;; a equipe não é OBRIGADA a intervir caso apresente condições
risco de vida.
PONTO NORTEADOR: integridade física da equipe. Em segundo lugar: a vítima, pois a vítima já é
vítima;; já está necessitando de socorro, enquanto a equipe está íntegra e tem o objetivo de continuar assim.
BALIZAMENTO
Se dá pelo ato de sinalizar o local do acidente para que não haja mais ocorrências e que não torne o acidente
ainda mais grave. Imagem dada em aula: colisão de um carro contra um poste. O poste cai no meio da pista,
com os fios soltos, engarrafamento de carros. O que fazer? BALIZAMENTO.
Quando a vítima está a ser socorrida, é necessário que haja a sinalização do acidente, já que o socorrista precisa
se proteger e não causar possíveis outros danos, tanto à ele quanto à vítima.
Utilização do triângulo: dispositivo reflexivo que se encontra junto ao macaco
do carro. Este serve para balizar o acidente, mostrando aos carros que estão
se aproximando que há algo de errado ocorrendo no local.
Há uma forma ainda mais efetiva de promover essa sinalização,
que é uma pessoa com uma lanterna à 100m do acidente. No entanto, o
triângulo é mais tangível na maioria dos casos de acidente.
Quando não tem triângulo: coloca-se um galho de árvore atravessada no meio do asfalto.
O trauma mata de forma previsível. Por isso, é necessário conhecer e dominar o ABCDE do trauma para
que haja uma avaliação rápida, definindo prioridades a fim de evitar danos adicionais a partir de medidas
terapêuticas de suporte de vida.
ATUAÇÃO DO SOCORRISTA NAS FASES:
1) Fase pré-hospitalar:
- Manutenção de vias aéreas: manter o indivíduo respirando se ele tiver condições de respirar sozinho;;
caso o contrário, garantir uma via aérea provisória pra vítima (será abordado nas próximas aulas);;
Maria
Julia
Lemos
–
MED02
4
- Controle dos sangramentos externos e internos (do choque): adotar medidas para conter o sangramento;;
- Imobilização do paciente e transporte imediato ao pronto-socorro.
2) Fase intra-hospitalar:
Essa fase já se inicia antes do paciente chegar ao hospital, de forma que o socorrista sinaliza a equipe
médica do pronto-socorro para criar um planejamento antecipado da mesma, garantindo equipamentos
organizados e testados à espera da vítima.
ABCDE do trauma
A: AIRWAY
Abertura de vias aéreas e estabilização da coluna cervical. Primeira coisa a ser realizada em caso de traumatismo.
B: BREATHING
Avaliar a respiração e ventilação do paciente.
C: CIRCULATION
Avaliar se o paciente está bem perfundido, se a PA/FC é boa, se tem sinais de
hipoperfusão periférica, analisar cor da pele (ex: indivíduo entra em cianose com
perda de 30% da volemia), entre outros sinais avaliáveis.
D: DISABILITY
Se refere à análise de incapacidade e estado neurológico do paciente = necessário realizar a ESCALA DE COMA
DE GLASGOW (ECG). Disse que precisamos saber mas que não iria aprofundar no momento. Há outro parâmetro
recentemente adicionado, que foi a observação pupilar.
Deve-se também observar alguns sinais que indicam diversas situações, como em fraturas
de base de crânio, o qual se vê o Sinal de Battle (equimose na região mastoide, falando a
favor da fratura de crânio posterior);; Sinal do Guaxininim (olhos com equimose);; quando
ocorre uma fratura de base média de crânio, observa-se otorreia e rinorreia (liquor).