A legislação nacional estabelece que é responsabilidade do
Estado garantir que todos tenham acesso à saúde. Mas o que isso quer dizer? Acesso à saúde é dar condições para que todos os cidadãos tenham qualidade de vida, isso inclui não só questões médicas, mas também socioeconômicas. Isso porque a situação do ambiente e a forma como se vive estão diretamente relacionados ao bem-estar. Pessoas que vivem em regiões sem saneamento básico ou sem água tratada, por exemplo, estão muito mais propensas a desenvolverem doenças. Políticas Públicas de Saúde são todas as ações e programas governamentais que visam melhorar as condições de saúde da população como um todo. Isso inclui tanto ações de serviços de atendimento, como de proteção e promoção da saúde. Políticas públicas de saúde: ações de promoção e prevenção Quando se fala em políticas públicas de saúde ou acesso igualitário, muitas vezes, surgem à mente em primeiro lugar a oportunidade de atendimento médico para todos. Mas o assunto é bem mais amplo. Outras questões básicas necessárias para a dignidade humana, como moradia, emprego, educação e lazer estão diretamente ligadas ao tema. Vale lembrar que o bem-estar e uma vida saudável incluem a saúde mental. E isso depende de se ter um mínimo de estrutura para viver de forma adequada. A educação e o acesso à informação, por exemplo, ajudam a levar conhecimento sobre o benefício de uma alimentação saudável, a importância dos hábitos de higiene e proteção sexual para se evitar a contaminação por algumas doenças, os malefícios das drogas para o organismo, entre outros. Na parte de lazer também se inclui oportunizar que todos possam realizar atividade física regular, algo fundamental para a qualidade de vida. Pesquisas mundiais mostram o quanto o sedentarismo e os maus hábitos alimentares estão associados a uma série de doenças que abreviam a vida, como hipertensão, obesidade, entre outros. Quem faz as políticas públicas de saúde? As políticas públicas públicas de saúde são executadas por diversos órgãos, pastas e entidades que compõem o poder público. Essas lideranças estão presentes nas esferas municipal, estadual e federal. Para você ter uma ideia, somente o Ministério da Saúde possui dezenas de órgãos, secretarias, além de entidades vinculadas com o objetivo de prestar assistência à saúde. Cada um desses setores tem uma equipe própria e gestores voltados a diferentes áreas. Há divisões focadas em saúde bucal, programa para saúde da família, saúde mental, atenção básica, urgência e emergência, entre inúmeros outros. Ou seja, toda a estrutura para a promoção de políticas públicas de saúde é complexa. Quase tudo fica sob o guarda-chuva do Ministério, mas também existem órgãos e organizações não- governamentais que trabalham no desenvolvimento de políticas públicas e, inclusive, cobrando, monitorando e fiscalizando as ações do Governo. Um exemplo é o Conselho Nacional da Saúde , que apesar de estar vinculado ao Ministério é composto por representantes da sociedade, entre eles trabalhadores, servidores de saúde, usuários e gestores do SUS. Seu objetivo é garantir que as diretrizes, normas e regras do SUS sejam cumpridas.