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DELTA 310-1
Lista de Material
Estágio Designador Comp Delta 310-1 Comp Delta 310
V1 Válvula 6AU6
RFC RFC16-1 RFC535
C23 Cap 220pF
R10 Res 1M
Pré – amplif R11 Res 1K
Audio C60 Cap 5nF Não existe
C25 Eletrolítico 25uF/25V
C24 Cap 5nF Não existe
C28 Cap 470pF
R13 Res 470K
C26 Cap 10nF
R12 Res 3M / 1W
C27A Eletrolítico 16uF/450V
R18 Res 22K/1W Res 20K/1W
Transformador Nº 1310
Fonte nº 3 C51 Cap 5nF Cap 10nF
( p/ Filamentos) C52 Cap 5nF Não Existe
Fusível 3 ampéres
Existe muita desinformação em relação as diferentes versões desses transmissores, até mesmo por
um único motivo: a Delta fabricou cinco versões de transmissores de AM multibanda que são
conhecidos como Deltinhas.
A primeira delas foi o raro Delta 210, produzido do início dos anos 50 até meados daquela década,
que era nada mais do que uma versão “nacionalizada” do transmissor italiano Geloso GR 210,
montado aqui pela Delta, que era distribuidora exclusiva dessa marca. Esse transmissor foi
designado Delta 210, e pode ser facilmente identificado pela caixa no formato dos equipamentos
italianos Geloso, com um “pegador” em cada lateral e a tampa superior mais fina e estreita, em
forma de grade. No painel havia a inscrição “Fabricação Delta Brasil” e “Circuito Itália”. O
acrílico do dial aera transparente, com moldura na cor preta, e os knobs eram pequenos, no formato
de uma flor, iguais aos utilizados em diversos receptores da marca Hammarlund. Alguns dos knobs
tinham um pequeno plástico de cor branco como “seta” indicadora.
Já o segundo modelo, que surgiu em torno do ano de 1955, foi designado Delta 310 e era inspirado
no modelo anterior, mas redesenhado pelo saudoso Roberto Macedo Corbett, PY2RU (SK),
utilizava a válvula 6C4 como osciladora do VFO, uma 6V6 como excitadora de RF e duas 6L6
como moduladoras. Este modelo, que passou a adorar o tradicional gabinete metálico “quadrado”
com uma tampa superior removível, pode ser identificado fisicamente pelo fundo do painel na cor
cinza escuro (embora tenha ficado conhecido como Deltinha “cara preta”), com cinco “quadros”
também em cinza, mas num tom mais claro e com as inscrições “Fabricação Delta Brasil” e
“Transmissor - Mod. 310”, escrita bem no centro, abaixo do dial. O instrumento era um
miliamperímetro Engro modelo 35-S, em formato quadrado e com moldura de plástico preto, com
valor final de 300 mA, mas com fundo de escala de 1 mA. Os knobs de sintonia de placa e sintonia
de antena eram grandes, de baquelite preta e em formato de “flor”, parecidos com alguns knobs
utilizados nos equipamentos da marca Hammarlund, tendo as inscrições de 0 a 10 para esses
comandos serigrafadas no painel. Acima do knob de excitação, que é menor do que o de sintonia,
existe uma “seta” serigrafada no painel, no sentido da esquerda para a direita. Este modelo foi
minuciosamente descrito num artigo publicado pelo Gino pereira dos Reis, diretor técnico da
Delta, publicado pela revista Técnica e Eletrônica de junho/julho de 1960.
O terceiro modelo, que surgiu em setembro de 1961, também designado Delta 310, mas conhecido
pelos colecionadores como Delta 310 segunda versão (não o confunda com o Delta 310-1 ou com
o Delta 310-II !), também utilizava a válvula 6C4 no oscilador do VFO, mas já empregava uma
EL84/6BQ5 como excitadora de RF (em substituição a 6V6 do modelo anterior) e duas EL34 como
moduladoras (em substituição as 6L6 do modelo anterior). Este modelo pode ser identificado
fisicamente pelo painel na cor cinza com uma “faixa” na cor cinza claro no lado direito do painel, e
ainda pela logomarca da fábrica, com a palavra “Delta” inserida num triângulo e a inscrição
“transmissor” em grafia estilizada e em espaçamento maior, abaixo do dial e “Mod. 310” no canto
inferior direito do painel. Os knobs de sintonia de placa e sintonia de antena são de baquelite preta,
iguais aos do modelo anterior na parte da frente, mas com um “aro” de alumínio anodizado na cor
preta, com inscrições de 0 a 10 na parte de trás, em substituição a graduação pintada no painel. Os
knobs de sintonia de placa e sintonia de antena também são menores e simétricos, mas de forma
inversa ao modelo anterior, a “seta” está ao redor do comando de sintonia, enquanto que o de
excitação existe uma escala graduada com onze pequenos retângulos serigrafados no painel.
Na sequencia, em maio de 1965, surgiu o quarto modelo, ou seja, o Delta 310-1, que já utilizava a
válvula 6AU6 como osciladora do VFO (em substituição a 6C4), mas com uma válvula reguladora
0A2 como estabilizadora de tensão para o oscilador, uma EL84/6BQ5 como excitadora de RF e
duas EL34 como moduladoras. A fachada desse modelo é idêntica a do modelo anterior, tanto em
cores como em serigrafia, tendo como única diferença a inscrição Delta 310-1 no canto inferior
direito do painel.
Em todos esses modelos de transmissores acima, eram usadas duas válvulas retificadores 5U4, uma
para a etapa de áudio e outra para a etapa de RF, e os transformadores eram os seguintes:
- transformador 1310 (tensões de filamentos): 5V 3A + 5V 3A + 6,3V 1A + 6,3V 4A
Entre o final da década de 1960 e início da de 1970, surgiu a quinta e última versão do Deltinha: o
Delta 310-II. Tecnicamente era bem parecido com o diagrama do 310-1, mas os retificadores eram
diodos de estado sólido, em substituição as duas 5U4, além de um potenciômetro de microfone que
todo fechado desliga o filamento das válvulas do modulador, para poupar as válvulas na operação
em CW. Os transformadores também eram diferentes das versões anteriores: 4312, 5310, 5311,
5312, 5313, bem como o choque de áudio 2120. Já esteticamente, a fachada tinha grandes
diferenças: o painel era bem parecido com o do receptor Delta 309, na cor cinza claro, com uma
faixa na cor branca na lateral direita, sendo que todos os knobs também eram na cor cinza claro,
sendo os de sintonia de placa e de sintonia de antena com o aro da parte inferior em alumínio
anodizado, com graduações. O miliamperímetro, embora também da marca Engro, era numa versão
mais “moderna”, com frente em acrílico transparente, sem a tradicional “moldura” de plástico na
cor preta. A máscara do dial também tinha uma moldura lateral na cor cinza claro.
São conhecidas duas versões do Delta 310-II, por seus problemas técnicos característicos:
- a versão que utiliza diodos de estado sólidos “quadradinhos” da marca Semikron, onde a
alimentação do VFO é retirada do transformador de alimentação da etapa de áudio;
- a versão que utiliza diodos de estado sólido metálicos, que costuma ter as bobinas para as faixas
de 40 e 20 metros invertidas, o que acaba provocando um “balanço” em 40 metros.
Também são conhecidas duas versões de miliamperímetros diferentes no Delta 310-II, sendo
ambos da marca Engro e com máscara total em acrílico, sem moldura em outra cor.
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