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NATAL/RN
2017
i
TERESA NEUMANN BESERRA DANTAS FABRICIO
Dissertação apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em
Ensino na Saúde, curso de
Mestrado Profissional em Ensino na
Saúde (MPES), da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte,
como requisito para a obtenção do
título de Mestre em Ensino na
Saúde.
NATAL/RN
2017
ii
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS
iii
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde. Curso de
Mestrado Profissional em Ensino na Saúde: Profa. Dra. Marise Reis de Freitas
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
iv
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO NA SAÚDE
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO NA SAÚDE (MPES)
Aprovada em __/__/__
Presidente da banca:
Membros da banca:
AGRADECIMENTOS
v
A Deus, por ter me permitido o dom de ser médica, a fim de ajudar a curar
ou amenizar o sofrimento da doença.
À minha avó Maria Carolina e minhas tias, que me acolheram com o maior
afeto durante a minha graduação.
A Ana Carolina e Victor, meus filhos, maior presente que recebi na vida.
À Profa. Dra. Ana Katherine, minha querida orientadora, que me fez ver que
nada é impossível, desde que saibamos aproveitar as oportunidades.
vi
RESUMO
vii
os dados foram analisados usando o SPSS versão 21.0 para Windows (Statistical
Package for Social Sciences, Chicago, IL, USA). Na avaliação dos resultados
conforme a análise dos médicos e enfermeiros, com exceção das variáveis
comunicação e relacionamento com a equipe multiprofissional, trabalho em equipe,
pontualidade e disponibilidade, todas as outras variáveis analisadas se mostraram
estatisticamente significativas (p<0,05), onde as competências dos residentes do
primeiro ano obtiveram menores escores em relação aos dos anos subsequentes.
Com relação a avaliação dos pares, na análise do conhecimento médico, houve
diferença entre as médias obtidas (p=0,029), mostrando que os residentes do terceiro
ano são os portadores de maior conhecimento médico. Ainda nessa avaliação, o
residente do terceiro ano apresentou maior dificuldade na variável relacionamento
com equipe de saúde (p=0,008). Na autoavaliação, os residentes do primeiro ano
apresentaram diferenças nas variáveis conhecimento médico, integridade, aspectos
psicossociais da doença, manejo de problemas complexos, responsabilidade, manejo
de pacientes hospitalizados e relacionamento com a equipe de saúde; e obtiveram os
menores escores em relação aos residentes dos anos seguintes (p<0,05).
Conclusão: A implantação da avaliação 360º como método avaliativo na Programa
de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia nesta instituição, através deste
trabalho, mostra que há avanços no desempenho das competências gerais dos
médicos residentes com o passar dos anos cursados. A formação dos futuros
especialistas, baseada na visão integral do paciente, possibilita o desenvolvimento de
atitudes proativas e uma assistência digna a saúde da população.
viii
ABSTRACT
Medical Residency is a valuable time in the training of future specialist, where through
the in-service learning-teaching process, these have lived several experiences with
patients, in addition to sharing with the multiprofessional team, under the supervision
of its preceptors. The 360º evaluation consists of obtaining information from multiple
sources that have surrounded of influence sphere of residents, about their
performance in different tasks, such as self-evaluation, peer evaluation, patients and
multiprofessional team. At the end of evaluation of each resident, the preceptor has
given feedback, pointing out the positive points, as well as ones that will need to be
strengthened in order to make formative evaluation. This feedback should be regular
and continuous so as to allow necessary adjustments in learning, corroborating a
better qualification of the resident. The objective of this study was to implement 360-
degree evaluation in the medical residency in gynecology and obstetrics of
Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) of Federal University of Rio Grande do
Norte (UFRN), to implement the training of preceptors and to improve the evaluation
process contributing to a training of resident physicians. METHODS: A longitudinal,
descriptive, qualitative-quantitative study was carried out, in which 23 of 24 residents
of gynecology and obstetrics (GO) of MEJC participated, and it was applied a 360-
degree evaluation by 25 preceptors. For the implementation of the new evaluative
model, two stages were programmed: the former being the in-service training of the
multiprofessional team to use the Mini-Clinical Evaluation Exercise (mini-CEX) and
other forms; the later, it was the start of 360-degree assessments of gynecology and
obstetrics residents by preceptors. Data collection was carried out between March and
October of the current year. A total of 92 multisource feedback distributed by the 23
residents were applied and all 4 forms that compose this evaluation were answered.
The results were stored in a database in Excel / Office 2010 software spreadsheet and
used ANOVA to evaluate differences between the groups means. The Tukey test was
then applied. In assessing the results as the analysis of doctors and nurses, with the
exception of variable communication and relationship with the multidisciplinary team,
teamwork, punctuality, availability, all other variables were statistically significant (p
<0.05), where the R1 competencies obtained lower scores than R2 and R3. Regarding
the relation of the peers, in the analysis of the medical knowledge, there was
difference between the means (p=0.029), showing that the R3 are the most
ix
knowledgeable bearers. Still in this evaluation the R3, also presented greater difficulty
in relation with health team
(p = 0.008). In medical R1 self-assessment showed differences in variable medical
knowledge, integrity, psychosocial aspects of the disease management and
responsibility complex problems and achieved lower scores in relation to R2 and R3 (p
<0.05). The 360º -evaluation implementation as an evaluation method in the PRMGO
will contribute to the improvement in the training of future specialists who, inserted in
the society, can develop proactive attitudes allowing a dignified health care to the
population. There is a need to invest in continuing education so that preceptors are
stimulated and better trained within the process of teaching learning, as trainers of
professionals with a holistic view of medicine.
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
xi
LISTA DE TABELAS
xii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 14
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 20
3. MÉTODOS ............................................................................................................ 21
3.1 Desenho do estudo ........................................................................................ 21
3.2 Amostra .......................................................................................................... 21
3.3 Avaliação 360° ................................................................................................ 21
3.4 Análise estatística .......................................................................................... 22
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 24
4.1 Análise Quantitativa .................................................................................................24
4.2 Análise Qualitativa .....................................................................................................25
5. APLICAÇÕES PRÁTICAS PARA A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE. 28
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 30
7. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 32
8. PRODUTOS DO MESTRADO – ARTIGOS PRODUZIDOS: ................................ 35
8.1 Trabalho Apresentado no 55° Congresso Brasileiro de Educação Médica
em Porto Alegre-RS/2017- RESIDÊNCIA MÉDICA E AVALIAÇÃO 360º - ESTUDO
PILOTO EM UMA MATERNIDADE ESCOLA...........................................................35
8.2 Artigo escrito para submissão no "Posgraduate Medical Journal":
EXPERIENCE OF THE 360-DEGREE EVALUATION AND FEEDBACK SYSTEM AMONG
OBSTETRICS-GYNECOLOGY RESIDENTS…………..….………..……..............................37
9. ANEXOS E TABELAS .......................................................................................... 53
xiii
14
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
Objetivo geral
Implantar a avaliação 360 graus na Residência Médica em ginecologia e
obstetrícia da Maternidade Escola Januário Cicco – Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (MEJC/UFRN).
Objetivos específicos
Capacitar os preceptores do programa de Residência Médica em
ginecologia e obstetrícia da MEJC para a realização da avaliação de
desempenho clínico do estudante;
3. MÉTODOS
3.2 Amostra
Foram incluídos todos os residentes em ginecologia e obstetrícia,
preceptores do PRM e equipe multiprofissional da MEJC da UFRN que aceitaram
voluntariamente participar do estudo.
Os critérios de exclusão foram respeitados para os profissionais que não
aceitaram de forma voluntária participar do estudo. É importante salientar que
residentes visitantes vindos de outros serviços, também foram excluídos.
As avaliações foram aplicadas pelos preceptores desta RM e pelas
enfermeiras dos setores já citados anteriormente e pelos residentes pares. Foi
usada para coleta de dados uma adaptação dos instrumentos utilizados por Souza
(2015)25 – MPES 2014, que poderá contribuir para sua validação. Esta adaptação
contém todas as variáveis do estudo aplicadas aos participantes e possibilita o
registro dos resultados dos dados em uma seção específica.
cursado, obtendo-se então uma média para cada domínio isoladamente e por ano
de residência. O pós-teste de Tukey foi utilizado para identificar as diferenças em
pares. Para todas as análises foi adotado um nível de significância estatística de 5%.
Todas os dados foram analisados usando o SPSS (Statistical Package for Social
Sciences, Chicago, IL, USA) versão 21.0 para Windows. As perguntas abertas de
todos os questionários foram compiladas, respeitando-se a individualidade por ano
de residência, sendo citadas as respostas mais relevantes obtidas.
24
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS
1 - Conselho Federal de Medicina. A importância da Residência Médica. 2004; 1(1).
Michel JLM, Oliveira RAB, Nunes MPT. Residência Médica no Brasil. Caderno da
Associação Brasileira de Educação Médica. 2011; 7;(7-8); 41-45.
2 - Brasil. Decreto nº 80.281, de 5 de setembro de 1977. Regulamenta a Residência
Médica, cria a Comissão Nacional de Residência Médica e dá outras providências.
Diário oficial da União. 06 set 1977.
3 - Paraná (Estado). Manual do médico residente. Curitiba: Conselho Regional de
Medicina do Paraná; 2009.
4 - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Manual do médico residente em
tocoginecologia da Maternidade Escola Januário Cicco. Natal: EBSERH; 2015.
5 - Ronald ME. Assessment in Medical Education. N Engl J Med. 2007; 356:387-96.
6 - Zeferino AMB, Passeri SMRR. Avaliação da Aprendizagem do Estudante. Cad
ABEM. 2007; 3:39-43.
7 - Troncon LEA. Avaliação do estudante de Medicina. Med Ribeirão Preto. 1996;
29(4):429-439.
8 - Franco CAGS, Cubas MR, Franco RS. Currículo de Medicina e as Competências
Propostas pelas Diretrizes Curriculares. Rev Bras Educ Med. 2014; 38 (2): 221-230.
9 - Fernandes CR, Farias Filho A, Gomes JMA, Pinto Filho WA, Glauco Cunha KF,
Maia FL. Currículo baseado em competências na residência médica. Rev Bras Educ
Med. 2012; 36(1): 129-136.
10 - Norcini JJ, Blank LL, Arnold GK, Kimball HR. The mini-CEX (clinical evaluation
exercise): a preliminary investigation. Ann Intern Med. 1995; 123(10):795-99
11 - Norcini JJ, Blank LL, Dufy FD, Fotna GS. The mini-CEX: a method for assessing
clinical skills. Ann Intern Med. 2003; 138 (6):476-48.
12 - Accreditation Council for Graduate Medical Education (ACGME), American
Board of Medical Specialties (ABMS). Toolbox of Assessment Methods, Version 1.1.
[acesso em 2 dezembro 2017]. Disponível em:
http://njms.rutgers.edu/culweb/medical/documents/ToolboxofAssessmentMethods.pd
f
13 - Srinivasan M, Li ST, Meyers FJ, Pratt DD, Collins JB, Braddock C, et al.
Teaching as a Competency: competencies for medical educators. Acad Med.
2011; 86(10):1211-1220.
33
TITLE PAGE
EXPERIENCE OF THE 360-DEGREE EVALUATION AND FEEDBACK SYSTEM
AMONG OBSTETRICS-GYNECOLOGY RESIDENTS
Correspondent author:
Teresa Neumann B. Dantas Fabricio1*
Rua Ceará Mirim, 304. Apto 801. CEP: 59020-240 0 Natal, RN, Brazil
+55 84 99982-5026 Zip code:, Brazil. E-mail: teresabezerra@globo.com
39
ABSTRACT
OBJECTIVE: to implement the 360-degree assessment among gynecology and
obstetrics residents. METHODS: A longitudinal, descriptive, qualitative and
quantitative cohort study was carried out, in which 23 of the 24 residents of
gynecology and obstetrics, in which a 360-degree evaluation was applied by 26
preceptors. For the implementation of the new evaluative model, two stages were
programmed, the first being the in-service training of the multi-professional team to
use the Mini-Clinical Evaluation Exercise (miniCEX) and other forms; the second was
the beginning of 360-degree assessments of gynecology and obstetrics residents by
preceptors. Data collection was carried out between March and October of the
current year. A total of 92 360 ° evaluations were distributed among the 23 residents,
and all 04 forms that compose this assessment were answered. ANOVA was used to
evaluate the differences between the means of the groups, followed by the Tukey
test. RESULTS: In the evaluation of the results according to the analysis of the
physicians and nurses, except for the variables communication and relationship with
the multi-professional team, teamwork, punctuality, availability, all other variables
analyzed were statistically significant (p <0.05). The competences of R1 (One Year
Medical Resident) obtained lower scores of R2 (Second Year Medical Resident) and
R3 (Third Year Medical Resident). Regarding the link of the pairs, in the analysis of
the medical knowledge, there was difference between the means (p = 0.029),
showing that the R3 are the most knowledgeable bearers. Still, in this evaluation this
R3, were also the residents who presented greater difficulty about health team (p =
0.008). In the self-evaluation, the R 1 physicians showed differences in the variables:
medical knowledge, integrity, psychosocial aspects of the disease, management of
complex problems and responsibility and obtained the lowest scores about R2 and
R3 (p <0.05). CONCLUSION: The implementation of the 360-degree evaluation as
an evaluation method in the Gynecology-Obstetric Resident Program, will contribute
to the improvement in the training of future specialists, with an integral (bio-psycho-
social) vision of the patient who, inserted in society, can develop proactive attitudes
allowing a superior health care to the population. There is a need to invest in
continuing education so that preceptors are stimulated and better trained within the
process of teaching-learning, as trainers of professionals with a holistic view of
medicine.
40
Materiais e Métodos
Desenho do estudo
Foi realizado um estudo longitudinal de coorte, descritivo, qualiquantitativo,
do qual participaram 23 dos 24 residentes do serviço de ginecologia e obstetrícia da
Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), ligada à Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN), sendo 08 do primeiro e do segundo anos e 07 do terceiro
ano. Dos 26 preceptores, médicos e enfermeiras, alguns já haviam sido previamente
capacitados no ano anterior, porém outros receberam capacitação em in loco, ou
seja, durante o convite para a participação neste estudo.
A presente pesquisa se desenvolveu no período compreendido entre março
e outubro de 2017, nos cenários reais de prática, nos quais os residentes realizaram
seus rodízios (enfermarias, emergência, unidade de parto humanizado, ambulatórios
e centro cirúrgico).
Amostra
43
Análise estatística
Para o armazenamento dos dados, foi criado um banco em planilha
do software Excel/Office® 2010, que foi exportado para o programa GraphPad
prism® 6, com todas as variáveis descritas nos quatro questionários estruturados,
separadas por ano de residência médica cursado. O teste Shapiro-Wilk atestou a
normalidade de distribuição dos dados que estão expressos em média e desvio
padrão. Análise de variância one-way (ANOVA) foi utilizada para comparar as
médias dos itens da avaliação entre os períodos de residência (R1, R2 e R3). Todos
os itens de cada questionário foram analisados e agrupados por ano de residência
cursado, obtendo-se então uma média para cada domínio isoladamente e por ano
de residência. O pós-teste de Tukey foi utilizado para identificar as diferenças em
pares. Para todas as análises foi adotado um nível de significância estatística de 5%.
Todas os dados foram analisados usando o SPSS (Statistical Package for Social
Sciences, Chicago, IL, USA) versão 21.0 para Windows. As perguntas abertas de
todos os questionários foram compiladas, respeitando-se a individualidade por ano
de residência, sendo citadas as respostas mais relevantes obtidas.
Resultados
Neste estudo foram aplicadas 92 avaliações, com média de 04 para cada
residente, sendo todos os questionários respondidos através de escores pontuados
na escala de Likert de 1 a 9 na análise quantitativa. Os aspectos qualitativos foram
avaliados pela análise dos conteúdos obtidos nas perguntas abertas, sendo feita
uma abordagem geral das respostas mais incidentes. As avaliações tiveram como
cenários de prática em sua maioria os ambulatórios (em 36,9% dos casos) e as
45
Análise quantitativa
A tabela 1 apresenta as médias obtidas pelos residentes de ginecologia e
obstetrícia para cada item avaliado, após a aplicação da avaliação 360 graus (mini-
CEX modificado),13-15 realizado pelos preceptores médicos e enfermeiros nos três
anos de residência. Os escores médios obtidos por residentes do primeiro ano
(p<0,05), foram menores quando comparados aos obtidos pelos R2 e R3 nos
seguintes itens: anamnese, exame físico, habilidades clínicas, raciocínio clínico,
humanismo/ética e profissionalismo, explicações e orientações ao paciente,
organização/eficiência, competência profissional global, compaixão e respeito e
comunicação/atitudes em relação aos pacientes e suas famílias. Não houve
diferenças na avaliação entre os períodos de residência (R1, R2 e R3), nos itens:
comunicação e relacionamento com a equipe multiprofissional, trabalho em equipe,
pontualidade e disponibilidade. Resultados discordantes foram obtidos em outro
estudo brasileiro que avaliou residentes da clínica médica e cardiologia o qual
mostrou que os residentes do primeiro ano estiveram acima das expectativas no
aspecto humanismo, ética e profissionalismo.13
A Tabela 2 apresenta as médias obtidas pelos médicos residentes de
ginecologia e obstetrícia para os itens avaliado pelas pacientes, após a aplicação da
avaliação 360 graus entre os períodos de residência (R1, R2 e R3). Nos três anos
de residência não houve diferença significativa nos escores obtidos em todas as
variáveis analisadas. Esta mesma avaliação foi concordante com um outro estudo,
onde todos os pacientes que realizaram a avaliação dos residentes classificaram o
atendimento como acima do esperado.13
A Tabela 3 apresenta as médias obtidas pelos médicos residentes de
ginecologia e obstetrícia para cada item avaliado pelos residentes pares, após a
aplicação da avaliação 360 graus entre todos os anos de residência (R1, R2 e R3).
O desempenho da avaliação pelos pares, foi menor para os residentes R1
(p=0,029), no item conhecimento médico, quando comparado aos R2 e R3. Quanto
ao item relacionamento com a equipe de saúde, os residentes R3 apresentaram
menor desempenho (p=0,008), se comparados aos R1 e R2. Para as demais
46
Análise qualitativa
Foi observado que nem todos os preceptores anotaram os pontos fortes e
fracos no questionário do mini-CEX14,15 ao dar o feedback aos residentes. Entre os
R1, os comentários positivos mais citados pelos preceptores foram: ética, respeito
e boa relação médico-paciente. Os pontos que precisariam ser melhorados foram:
conhecimento, habilidade técnica e de comunicação e relacionamento interpessoal.
Quanto aos R2, a habilidade de comunicação, a visão holística e a ética foram os
aspectos favoráveis mais incidentes. Porém, as relações interpessoais e as
habilidades técnicas precisam ser aprimoradas. Os residentes do terceiro ano
foram nomeados como portadores de bom conhecimento e de habilidades técnicas,
contudo precisam melhorar a disponibilidade de seu tempo ao lidar com o paciente,
contribuindo desta forma para a melhora dessa relação. No entanto, estes
avaliadores podem adquirir vícios em favor ou desfavor do residente em questão.
Daí a necessidade de outros olhares envolvendo outros preceptores, membros da
equipe multiprofissional e seus pares, como forma de fortalecimento deste processo
47
3
avaliativo.
Quanto a opinião dos residentes pares contida na pergunta aberta, que
solicitava que fosse informado o que ele achou melhor no desempenho do colega
residente, eles elencaram para os três grupos conjuntamente: competência,
respeito, responsabilidade, integridade, compaixão e humanização, entre outros.
Os itens a serem melhorados foram: habilidade para lidar com casos complexos,
conhecimento teórico, otimização do tempo dedicado ao estudo e melhora no
relacionamento com a paciente e familiares. Uma revisão da literatura realizada por
Veloski et al. (2006), analisou o impacto da avaliação por pares no desempenho
dos médicos e verificou que setenta por cento desses estudos mostraram o efeito
positivo da avaliação por pares na sua prática clínica.7 Quando a avaliação dos
pares é transmitida ao residente no momento adequado e de forma conjunta com o
preceptor, ela se reveste de poder e robustez.3
A apreciação das perguntas abertas contidas no questionário destinado à
avaliação do residente pela paciente, mostrou que houve um alto nível de elogios a
todos, independentemente do ano cursado. A pergunta que solicitava para
destacar o aspecto a ser melhorado pelo médico enquanto residente, obteve as
seguintes respostas: melhora na autoestima, pontualidade, comunicação,
paciência, forma de se vestir, entre outros. As avaliações das pacientes são sempre
mais elevadas e alcançam altas pontuações. O presente estudo mostra não haver
evidências de que existe diferença entre as médias dos itens da avaliação, ou seja,
todos os pacientes avaliaram os residentes com escores muito semelhantes. A
literatura confirma esse fato e atribui provavelmente, a falta de discernimento das
mesmas em avaliar o desempenho clínico do residente.18
Na pergunta aberta da autoavaliação, houve muita concordância entre os
três grupos de residentes. Estes responderam como sendo o seu melhor aspecto:
responsabilidade, respeito, ética, compaixão, busca constante do aprendizado,
integridade, humildade e proatividade. Os aspectos a serem melhorados foram:
habilidade, relação médico-paciente, relação com a enfermagem, tempo dedicado
ao estudo, crescimento psicossocial, resolução de problemas complexos e melhora
do humor. Um estudo mostra na análise da autoavaliação, que existe uma
tendência entre os residentes dos anos iniciais a se avaliarem com escores mais
altos, enquanto os residentes dos anos finais, se autoavaliam com escores mais
48
baixos,10 fato este não observado em nosso estudo. Uma outra pesquisa,
demonstra que a autoavaliação do residente é valorosa, pois este momento permite
que ele analise de forma consciente e crítica suas competências.19,20 Outros dados
da literatura mostram que a autoavaliação do residente, possibilita identificar hiatos
entre a maneira como ele se percebe e a real impressão como as outras pessoas o
percebem. Trata-se então de uma ferramenta efetiva que deve ser direcionada com
o propósito de vislumbrar deficiências desconhecidas pelo residente, mostrando
soluções para tais dificuldades.16
Conclusões
A implantação da avaliação 360 graus na MEJC aconteceu através da
aplicação de um modelo adaptado por Sousa (2015)13 – MPES 2014. O
instrumento foi bem aceito pelos residentes e pela maior parte dos preceptores, que
receberam a capacitação in loco, ou seja, durante o convite para a participação
neste estudo. Nem todos os preceptores tiveram a oportunidade de participar da
atividade, pois ocasionalmente não havia a compatibilidade de horários entre as
atividades rotineiras dos residentes e, a disponibilidade do preceptor. Apenas uma
residente do terceiro ano deixou de participar por licença maternidade.
Durante a realização das avaliações 360 graus, pudemos perceber vários
comportamentos e necessidades por parte dos residentes e dos preceptores, que
expressaram a necessidade de um maior estímulo em se manter as atividades de
educação continuada, o treinamento de habilidades simuladas e o tempo protegido
para o preceptor desempenhar a sua função com mais especificidade e assim
permitir que as competências gerais e necessárias a boa formação profissional do
médico, sejam oportunizadas. Vários preceptores já haviam participado de um
treinamento para aplicação de mini-CEX anteriormente, pois esse método avaliativo
já é usado rotineiramente nesta residência.
O envolvimento de todos no processo de avaliação, permitiu ampliar o olhar
dos participantes deste estudo, para além das fronteiras das metodologias
tradicionais na educação médica.
As limitações encontradas provavelmente ocorreram em virtude do pequeno
número de residentes, que desempenham as suas atividades rotineiras em um
ambiente com grande demanda de atendimentos, o que dificultou muitas vezes
49
Referências
1 - Conselho Federal de Medicina [Internet]. Brasília: CFM; (2004 Set 28; acesso em
2 dezembro 2017]. A importância da Residência Médica [1p.] Disponível em:
http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20142:&catid
=46
2 - Michel JLM, Oliveira RAB, Nunes MPT. Residência Médica no Brasil. Cad ABEM.
2011; 7: 7-12.
3 - Ronald ME. Assessment in Medical Education. N Engl J Med. 2007; 356:387-96.
4 - Accreditation Council for Graduate Medical Education (ACGME), American Board
of Medical Specialties (ABMS). Toolbox of Assessment Methods, Version 1.1.
[acesso em 2 dezembro 2017]. Disponível em:
http://njms.rutgers.edu/culweb/medical/documents/ToolboxofAssessmentMethods.pd
f
5 - Donnon T, Al Ansari A, Al Alawi S, Violato C. The reliability, validity, and feasibility
of multisource feedback physician assessment: a systematic review. Acad Med.
2014; 89(3): 511-16.
6 - Violato C, Lockyer J, Fidler H. Multisource feedback: a method of assessing
surgical practice. BMJ. 2003; 326 (7388): 546-8.
7 - Jani H, Narmawala W, Ganjiwale J. Evaluation of competencies related to
personal attributes of Resident Doctors by 360 Degree. J Clin Diagn Res. 2017;
11(6): 9-11.
8 - Joshi R, Ling FW, Jaeger J. Assessment of a 360-degree instrument to evaluate
residents' competency in interpersonal and communication skills. Acad Med. 2004;
79 (50):458-463.
9 - Struchiner M, Giannella TR. Aprendizaje y práctica docente en el área de la
salud. Conceptos, paradigmas e innovaciones. Washington, DC: Organización
Panamericana de la Salud; Organización Mundial de la Salude; 2005.
10 - Qu B, Zhao Y, Sun B. Assessment of resident physicians in professionalism,
interpersonal and communication skills: a multisource feedback. Int J Med Sci. 2012;
9(3):228-236.
50
Tabelas e Figuras
Tabela 2. Comparação do desempenho obtido pelos médicos residentes na avaliação das pacientes,
conforme o período de residência R1, R2 e R3.
Item de Avaliação R1 (n=32) R2 (n=32) R3 (n=28) Valor-p
Fala tudo para você sobre sua doença (dá
8,4 ± 0,9 8,4 ± 0,8 8,4 ± 1,0 0,973
as informações sobre a sua doença)?
Cumprimento calorosamente/ Chama pelo
8,4 ± 1,0 8,6 ± 1,3 8,6 ± 0,7 0,617
seu nome/é gentil/ não é grosseiro ou rude?
Trata você no mesmo nível/não trata como
8,7 ± 0,5 8,6 ± 0,6 8,6 ± 0,7 0,844
criança?
Deixa você contar sua história/ Escuta o
8,6 ± 0,6 8,6 ± 0,7 8,6 ± 0,8 0,952
que você fala?
Mostra interesse em você como pessoa? 8,4 ± 1,5 8,7 ± 0,6 8,7 ± 0,7 0,509
Tem cuidado de falar o que vai fazer
quando está examinando e fala o que 8,5 ± 0,9 8,6 ± 0,9 8,6 ± 0,8 0,951
encontrou após terminar de examinar?
Conversa sobre possibilidades de
8,5 ± 0,8 8,5 ±0,7 8,5 ± 0,9 0,942
tratamento?
Estimula você fazer perguntas? Responde
suas perguntas de um modo que você 8,3 ± 1,5 8,4 ± 0,9 8,5 ± 1,0 0,907
entende?
Usa palavras que você possa entender
quando explica sobre sua doença e o 8,5 ± 0,8 8,6 ± 0,6 8,6 ± 0,8 0,740
tratamento?
Mostra-se disponível para novas
8,6 ± 0,6 8,7 ± 0,5 8,6 ± 0,8 0,428
explicações ou ajuda em outros momentos?
Dados expressos em média ± desvio padrão.
52
9. ANEXOS E TABELAS
DADOS DO PARECER
Apresentação do Projeto:
A Residência Médica é um momento valioso na formação do futuro especialista,
onde através do processo de ensino-aprendizagem em serviço, esses vivenciam
diversas experiências junto aos pacientes, compartilhadas com a equipe
multiprofissional. sob a supervisão de seus preceptores. OBJETIVO: Esse trabalho
objetiva implantar a avaliação 360º na residência médica em ginecologia e
obstetrícia (RMGO) da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). METODOLOGIA: Estudo realizado com
residentes em ginecologia e obstetrícia (GO) da MEJC, por meio da aplicação da
avaliação 360º. Para implantação do novo modelo avaliativo serão programadas
duas etapas, sendo a primeira a implementação e a capacitação da equipe
multiprofissional para utilização do Mini- Clinical Evaluation Exercise (mini-CEX); e a
segunda, o início das avaliações 360º dos residentes em ginecologia e obstetrícia.
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Objetivo da Pesquisa:
Implantar a avaliação 360º na residência médica em ginecologia e obstetrícia da
MEJC da UFRN.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Os riscos e desconfortos decorrentes da participação nesta pesquisa poderão ser de
ordem psíquica, moral, intelectual, social ou cultural, caso não ocorra o sigilo dos
dados coletados. Entretanto, medidas de proteção para minimizar estes possíveis
riscos serão realizadas mediante o sigilo absoluto por parte do pesquisador a
respeito da identidade dos participantes e será feito o armazenamento adequado
das informações coletadas. O conteúdo dos questionários estará arquivado, de uso
exclusivo para a pesquisa, portanto de uso restrito e pessoal. Nos arquivos da
pesquisa não haverá identificação das pessoas, usaremos pseudônimos ou códigos
e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os participantes. A
equipe da pesquisa em questão assume a responsabilidade de dar assistência
integral às complicações e danos decorrentes dos riscos previstos, assim como a
concessão de ressarcimentos e indenizações previstas, caso seja comprovado a sua
necessidade.
Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
Assinado por:
André Ducati Luchessi (Coordenador)
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Consentimento pós-informado:
Eu,
__________________________________________________________________,
Informado sobre o que o pesquisador que fazer e porque precisa da minha
colaboração, entendi a explicação. Por isso concordo em participar do projeto,
sabendo que não ganharei nada e que posso sair quando quiser. Esse documento é
emitido em duas vias que serão assinadas por mim e pelo pesquisador, ficando uma
via com cada um de nós.
Natal, ____/________/______
__________________________________________
Impressão
Assinatura do Participante
Datiloscópica
Com base no desempenho de residente e na observação de seus / suas interações com os membros da equipe de
saúde, os pacientes ou seus familiares por favor classifique seu / suas habilidades nas doze áreas seguintes.
Pontuação – (1/2/3 – Abaixo da Expectativa; 4/5/6 – Atende a Expectativa; Acima da Expectativa).
Marque Não Avaliado quando não for capaz de avaliar nenhum dos itens.
mini-CEX
Nome do Residente:______________________________________ R1 R2 R3 R4
Sumário do caso:
Avaliação
Insatisfatório Satisfatório Superior Não avaliado
Itens
1.Anamnese 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2.Exame Físico 1 2 3 4 5 6 7 8 9
3.Habilidades Clínicas
1 2 3 4 5 6 7 8 9
(procedimentos)
4.Raciocínio Clínico 1 2 3 4 5 6 7 8 9
5.Humanismo/Ética e
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Profissionalismo
6.Explicações e orientações
1 2 3 4 5 6 7 8 9
ao paciente
7.Organização/eficiência 1 2 3 4 5 6 7 8 9
8.Competência Profissional
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Global
Atitudes
Compaixão e respeito 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Comunicação e atitudes em
relação aos pacientes e 1 2 3 4 5 6 7 8 9
suas famílias
Comunicação e
relacionamento com a 1 2 3 4 5 6 7 8 9
equipe Multiprofissional
Trabalho em equipe 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Pontualidade e
1 2 3 4 5 6 7 8
Disponibilidade
Feedback:
Classifique de 1 a 9, como você avalia o seu médico de acordo com os itens abaixo.
Pontuação – (1/2/3 – Abaixo da Expectativa; 4/5/6 – Atende a Expectativa; Acima da Expectativa).
Marque NA (Não Avaliado) quando não for capaz de avaliar nenhum dos itens.
Nome do Residente:______________________________________ R1 R2 R3 R4
ITENS ESCALA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 NA
Destaque um aspecto do médico que precisa ser melhorado pelo mesmo, enquanto residente:
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Classifique de 1 a 9, como você avalia o seu colega de acordo com os itens abaixo.
Pontuação – (1/2/3 – Abaixo da Expectativa; 4/5/6 – Atende a Expectativa; Acima da Expectativa).
Marque NA (Não Avaliado) quando não for capaz de avaliar nenhum dos itens.
ITENS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 NA
ESCALA
Respeito
Conhecimento médico
Integridade
Responsabilidade
Resolução de problemas
Destaque um aspecto do colega que precisa ser melhorado pelo mesmo, enquanto médico residente:
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
1. Respeito
O empenho pessoal para honrar as escolhas e direitos das outras pessoas,
especialmente em relação à equipe de trabalho.
2. Conhecimento médico
Adequado entendimento teórico com integração a prática clínica.
3. Manejo no atendimento ambulatorial
Capacidade de diagnosticar e tratar pacientes ambulatoriais realizando um
atendimento global.
4. Integridade
Compromisso com a honestidade e confiança na avaliação e na demonstração das
competências.
5. Aspectos psicossociais da doença
Reconhecer e ser sensível aos aspectos psicossociais do paciente e da sua doença.
6. Manejo de múltiplos problemas complexos
Capacidade e habilidade de cuidar de pacientes com múltiplos problemas.
7. Compaixão
Acolhe, ajuda e conforta os pacientes e familiares.
8. Responsabilidade
Responsabilidade pelas suas ações (Não culpa pacientes ou outros membros da
equipe).
9. Manejo de pacientes hospitalizados
Capacidade de diagnosticar, tratar e gerenciar ações para o melhor atendimento as
pacientes internadas. Está atento as questões de biossegurança.
10. Resolução de problemas
Avaliar criticamente informações, riscos e benefícios; identifica questões importantes
ou tomar decisões oportunas.
11. Habilidades
Desempenha com habilidade anamnese, exame físico e procedimentos.
12. Competências gerais
Avaliação global do colega de residência.
13. Relacionamento com a equipe de saúde
Trata com respeito e igualdade todos os membros da equipe envolvida direta ou
indiretamente com a atenção ao paciente. Reconhece os aspectos positivos dos
membros da equipe e discute sobre o que precisa ser melhorado.
ITENS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 NA
ESCALA
Respeito
Conhecimento médico
Integridade
Compaixão
Responsabilidade
Resolução de problemas
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
14. Respeito
O empenho pessoal para honrar as escolhas e direitos das outras pessoas,
especialmente em relação à equipe de trabalho.
15. Conhecimento médico
Adequado entendimento teórico com integração a prática clínica.
16. Manejo no atendimento ambulatorial
Capacidade de diagnosticar e tratar pacientes ambulatoriais realizando um
atendimento global.
17. Integridade
Compromisso com a honestidade e confiança na avaliação e na demonstração das
competências.
18. Aspectos psicossociais da doença
Reconhecer e ser sensível aos aspectos psicossociais do paciente e da sua doença.
19. Manejo de múltiplos problemas complexos
Capacidade e habilidade de cuidar de pacientes com múltiplos problemas.
20. Compaixão
Acolhe, ajuda e conforta os pacientes e familiares.
21. Responsabilidade
Responsabilidade pelas suas ações (Não culpa pacientes ou outros membros da
equipe).
22. Manejo de pacientes hospitalizados
Capacidade de diagnosticar, tratar e gerenciar ações para o melhor atendimento as
pacientes internadas. Está atento as questões de biossegurança.
23. Resolução de problemas
Avaliar criticamente informações, riscos e benefícios; identifica questões importantes
ou tomar decisões oportunas.
24. Habilidades
Desempenha com habilidade anamnese, exame físico e procedimentos.
25. Competências gerais
Avaliação global do colega de residência.
26. Relacionamento com a equipe de saúde
Trata com respeito e igualdade todos os membros da equipe envolvida direta ou
indiretamente com a atenção ao paciente. Reconhece os aspectos positivos dos
membros da equipe e discute sobre o que precisa ser melhorado.
TABELAS