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ORGANIZADO POR CRIS BELONI

CULTURA DA
VERDADEIRA
ADORAÇÃO
Encontro do dia 08.04.22
mês 17 mentoria 33

mentoria
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VERDADEIRA ADORAÇÃO

“O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a

fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas
rachadas que não retêm água”. (Jeremias 2.13)

Jeremias denuncia os dois males cometidos pelo povo:

1 - Abandonaram o Senhor (o pecado)
2 - Construíram cisternas rachadas (pecados)

O primeiro mal é “o pecado”, raiz de todos os males, que vai

desencadear em vários outros pecados. Abandonar o Senhor
significa não amar a Deus acima de todas as coisas e não adorar
apenas a Ele.

Isso quer dizer que “o pecado” se resume em descumprir o primeiro

mandamento — amar a Deus sobre todas as coisas e não ter outros
deuses. Quem não cumpre o primeiro mandamento está
abandonando a fonte de água viva, e assim, fica vulnerável e deixa
de cumprir os outros nove mandamentos.

Sem a fonte de água viva construímos “cisternas rachadas”. Quem

não ama a Deus acima de todas as coisas, está sujeito a ter outros
amores ou ídolos. Ter um ídolo é a tentativa humana de construir
algo que ocupe o lugar de Deus.

Cisternas são reser vatórios construídos para a captação de águas.

Mas as águas das cisternas não são cristalinas, pois elas não são
provenientes de fontes. As águas captadas são sujas e costumam
conter lama. E quem tenta matar a sede através de cisternas vive
uma vida miserável. Então, idolatria é o resultado de um coração
que não ama a Deus acima de todas as coisas.

COMO LIDAR COM A IDOLATRIA

Para que uma pessoa abandone a idolatria, não adianta falar sobre
a idolatria, mas ensiná-la a amar o Senhor acima de todas as
coisas. O mundo nos empurra de ídolo para ídolo. Uma mulher pode
idolatrar um homem, mas quando se decepciona, pode idolatrar sua
carreira para amenizar a dor. Mas tanto o homem quanto a carreira
são ídolos em sua vida.

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Os vícios podem ser alterados, mas a dependência é a mesma.

Pessoas podem ser viciadas em drogas, em carros, em academia,
em dinheiro e até mesmo em outras pessoas. Então, não adianta
falar para uma pessoa abandonar um ídolo, nós temos que ensiná-la
a amar o Senhor acima de todas as coisas.

IDENTIFIQUE ÍDOLOS

Quando eu …………… minha vida terá sentido e serei plenamente

feliz.
Se eu perder …………… minha vida não terá mais sentido.
O que você quer ? ……………
Qual seu maior desejo? ……………
O que você está buscando? ……………

As respostas a essas perguntas indicam os ídolos em nossas vidas.

POR QUE O CORAÇÃO CRIA ÍDOLOS?

1) Porque o Deus do céu não me obedece.

O ser humano sabe que existe um Criador, até mesmo os ateus
enxergam que há a assinatura de alguém em tudo o que foi criado,
seja nas ár vores, nas flores ou nos animais. Mas, o ser humano cria
deuses para poder fazer as coisas à sua maneira, já que Deus é
soberano e faz tudo conforme sua própria vontade.

“Por que perguntam as nações: Onde está o Deus deles? O nosso Deus
está nos céus, e pode fazer tudo o que lhe agrada. Os ídolos deles, de
prata e ouro, são feitos por mãos humanas. Têm boca, mas não
podem falar, olhos, mas não podem ver; têm ouvidos, mas não podem
ouvir, nariz, mas não podem sentir cheiro; têm mãos, mas nada
podem apalpar, pés, mas não podem andar; nem emitem som algum
com a garganta. Tornem-se como eles aqueles que os fazem e todos
os que neles confiam”. (Salmos 115.2-8)

Ninguém é devoto de um ídolo porque só existe um tipo de idolatria

— a idolatria a si mesmo. O ídolo é a forma que criamos para
conseguir o que queremos. E Deus é aquele que faz o que Ele quer.

O nosso coração é uma fábrica de ídolos porque foi contaminado

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com a rebeldia do inferno. O nosso Deus está nos céus, e faz tudo o
que lhe agrada. E os nossos ídolos estão na terra e fazem tudo o
que nos agrada.

As perguntas feitas a um ídolo são: quanto custa para você fazer a

minha vontade? Qual é a oferenda? Qual é o sacrifício? Qual é a
entrega? Mas as pessoas não oferecem, sacrificam ou entregam por
amor ao ídolo, mas por amor a si mesmas e para conseguir o que
querem, independente do querer do Deus Criador.

2) Porque o Deus do céu me confronta

É mais fácil idolatrar uma estátua que tem olhos mas não vê, tem
ouvidos mas não ouve, tem boca mas não fala, do que um Deus que
dá ordens, que enxerga as nossas intenções e ouve até os nossos
pensamentos.

Um ídolo não pede transformação e mudança de vida. Por outro

lado, todas vez que Deus fala, algo morre em nós.

Conforme o texto de Salmos, nós nos tornamos semelhantes ao que

adoramos e contemplamos. Por exemplo, os adoradores de Mamon
— termo usado para descrever riqueza material, dinheiro ou cobiça
— enxergam tudo como um negócio e as relações são transacionais.
As amizades e aproximações são feitas com o pensamento de
ganhar algo. Tudo é uma troca.

Quem se envolve em imoralidade sexual, enxerga tudo como objeto

de prazer e os relacionamentos são em busca de satisfação
pessoal. O que mais importa na relação é ser feliz e não buscar a
felicidade do outro. E relações desse tipo apresentam abusos
constantes, não só sexualmente, mas em todos os aspectos.

As pessoas tornam-se semelhantes aos seus ídolos!

Se adoramos a Jesus, a evidência é nos tornarmos semelhantes a

Ele. Essas evidências são a nossa bondade, misericórdia,
paciência, mansidão, paz, amor, humildade, domínio próprio, entre
muitas outras. Quanto mais tempo passamos com Cristo, mais nos
assemelhamos a Ele.

“No dia seguinte João estava ali novamente com dois dos seus

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discípulos. Quando viu Jesus passando, disse: Vejam! É o Cordeiro

de Deus! Ouvindo-o dizer isso, os dois discípulos seguiram a Jesus.
Voltando-se e vendo Jesus que os dois o seguiam, perguntou-lhes: O
que vocês querem? Eles disseram: ‘Rabi’, (que significa Mestre),
onde estás hospedado? Respondeu ele: Venham e verão. Então
foram, por volta das quatro horas da tarde, viram onde ele estava
hospedado e passaram com ele aquele dia”. (João 1.35-39)

A solução para a idolatria é o discipulado com Cristo. A palavra

“discípulo” aparece muito mais na Bíblia do que a palavra “cristão”.

O CONTRÁRIO DE IDÓLATRA É DISCÍPULO

Jesus diferenciava o discípulo do idólatra fazendo uma pergunta:

“O que vocês estão buscando?”. A resposta mostra o desejo do
coração de uma pessoa.

Os idólatras enxergam Jesus como um Uber. Eles querem entrar no

carro, querem estar com Jesus, mas eles buscam ir até o desejo do
coração deles. Eles usam Jesus como uma estratégia para chegar
no lugar que planejaram, ou seja, para buscar o deus deles.

Os idólatras sempre pedem alguma coisa e possuem um destino,

mas os discípulos querem estar com Jesus, onde ele estiver. Vejam
qual foi a resposta deles dada a Jesus:

O que vocês querem? Eles disseram: ‘Rabi’, (que significa Mestre),

onde estás hospedado?

O desejo de um discípulo é desejar o que Jesus deseja para ele.

Discípulos seguem a agenda de Deus, abrem mão de suas vontades
por uma única habilidade: “seguir”.

Então, não se quebra um ídolo falando mal do ídolo, mas

encontrando o Rabi, fixando os olhos nele, ao ponto de não ver mais
nada e fazendo com que os ídolos se derretam dentro de nós.

Não estamos em busca de um Uber para nos levar onde queremos,

mas de um noivo que vai nos levar para morar com ele pela
eternidade.

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“Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro: que eu possa viver na

casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a
bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo”. (Salmos
27.4)

Mas, as pessoas estão buscando outros objetivos e não estão

usando a cabeça, a criatividade e a força para fazer a vontade de
Deus e sim a própria vontade. Essa geração faz coisas das quais
Deus não disse nada a respeito.

E as pessoas se decepcionam porque Deus não faz o que elas

querem e não atendem aos seus desejos. Mas, Deus é bom, justo e
perfeito. E tudo o que Ele faz tem um propósito, embora não
tenhamos conhecimento disso. O nosso papel é obedecer. Só
podemos quebrar a idolatria aceitando a posição de discípulo.

Devemos, então, fixar os olhos no autor e consumador da nossa fé.

Precisamos ajudar as pessoas a serem discípulos de Jesus.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Rony (Ribeirão Pires

Como podemos identificar um deus falso em nós? Na maioria das
vezes, não percebemos isso.
Primeiro é preciso fazer uma auto-análise, mas a Bíblia se descreve
como um espelho, então é a palavra de Deus que nos mostrará. Há
também um segundo espelho que acontece dentro do discipulado.
O líder ou alguém de sua confiança pode apontar isso em você e
mostrar coisas que você não está enxergando.

E para fazer a auto-análise, pense naquilo o que causa um medo

extremo em você. Depois pense nos pontos que acusam falta de
confiança. Quando você se sente muito bem e quando se sente
muito mal? Por exemplo, se você tem recursos financeiros, você
está tranquilo e dorme bem. Mas, quando faltam recursos você
perde o sono e fica muito preocupado. Isso significa que você não
tem convicção de que é o Pai que cuida de você. A sua confiança
está no seu salário e não em Deus.

Preste muita atenção no que te abala e no que te tranquiliza. Outro

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exemplo de ídolo é a comida. Se você está muito tenso, mas ao

pensar no almoço sente um alívio e uma tranquilidade porque
poderá comer o que mais gosta.

Nisso você percebe que o ídolo é um ponto de refúgio, fortaleza,

fuga e segurança. Mas são falsas seguranças porque elas possuem
um prazo de validade. No caso da comida, a fome vai voltar. No caso
do salário, o emprego pode deixar de existir. Então, quando você
não está bem é preciso refletir sobre o motivo disso.

No meu caso, um ídolo contra o qual eu preciso lutar é a aprovação

dos outros. Muitas vezes, eu me pego mal, sinto um mal estar por
dentro por causa da opinião dos outros. E a opinião dos outros não
pode ser um ídolo em nossas vidas. Precisamos levar isso diante do
Senhor, em oração, e declarar que vivemos da opinião de Deus e
não dos outros. Devemos nos preocupar com o que Deus pensa de
nós.

Rogério (Guarulhos)
Como transformar um idólatra em discípulo?
A resposta é o Evangelho. Quando o nosso coração, que ama outras
coisas, vai se virar e passar a amar mais a Deus? Quando ele
descobre a boa notícia do quanto Deus o ama, mesmo ele rejeitando
a esse Deus de infinito amor. Quando esse coração sente esse
amor, ele responde em amor. Mas é necessário conhecer o
sacrifício de Jesus na cruz, ou seja, conhecer a verdade do
Evangelho.

Márcia Conde (Goiás)

Me disseram ser um absurdo passar por uma mentoria com alguém
de 30 anos, tendo eu a idade de 60. Fui questionar o Espírito Santo
e Ele disse que se eu não fizesse a mentoria era porque as minhas
verdades eram um ídolo para mim.
Paulo Borges enfatiza muito o caráter profético do jovem, de pegar
os mais velhos pela mão e levá-los para onde não querem ir. Ele cita
como exemplo o seguinte texto:

“Digo-lhe a verdade: Quando você era mais jovem, vestia-se e ia para

onde queria; mas quando for velho, estenderá as mãos e outra
pessoa o vestirá e o levará para onde você não deseja ir. Jesus disse
isso para indicar o tipo de morte com a qual Pedro iria glorificar a

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Deus. E então lhe disse: Siga-me!”, (João 21.18,19)

Hoje em dia, nossos filhos nos levam pelas mãos para fazer coisas
que não queremos fazer e nós vamos.

Geraldo Junior (Aparecida do Norte)

Como ajudar um discípulo que está inserido num contexto onde a
mentalidade idólatra é estimulada?
É preciso encarar sua comunidade de fé como sua
responsabilidade e não um lugar onde você consome. É preciso
amar e ser vir as pessoas desse lugar com aquilo que Deus está
mostrando a você, com humildade, graça e misericórdia. E, no
tempo oportuno, Deus pode abrir os olhos dessas pessoas também
através da sua vida.

Existe uma forma de liderar debaixo para cima, que é ser vindo e
amando. Essas pessoas só vão se abrir para aquilo que Deus está te
dando quando elas se sentirem seguras na aliança que você tem
com elas.

Qual era a diferença entre Jesus e o fariseu quando se encontravam

com a prostituta (pecadora)? Os dois diziam que ela estava agindo
errado e que precisava mudar de vida. Mas quando Jesus falava
causava transformação e quando o fariseu falava causava asco.
Jesus dizia a verdade, depois alertava “vai e não peques mais” e as
pessoas se apaixonavam por Ele. Por quê? Porque a espada de
Jesus estava banhada de amor. Jesus se relacionava com as
pessoas, mas os fariseus apenas julgavam e viravam as costas.
Então, é agindo como Jesus que ajudaremos os discípulos.

Osvaldo (Joinville)
Você disse que não é tirando o ídolo do idólatra que vamos
resolver a questão da idolatria. Então o que devemos fazer:
conviver com essa situação?
Ficamos sem saber se devemos tolerar o ambiente de idolatria, não
é? Mas o nosso estilo de vida é que deve contaminar o idólatra e não
o contrário. A Bíblia mostra que as pessoas nem tocavam nos
leprosos para que não fossem contaminadas, mas Jesus abraçou os
leprosos. Ele era tão santo, que a santidade e a pureza dele
passavam para os leprosos. Jesus contaminava as pessoas.
Devemos ter essa clareza, que é maior o que está em nós do que o

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que está no mundo. É preciso amar e confrontar, amar e

confrontar, amar e confrontar. E retirar o ídolo não vai resolver,
senão a pessoa vai sair em busca de outro ídolo. Nosso papel é
apresentar o verdadeiro Deus. Esse é o nosso desafio. Se nós fomos
feitos à imagem e semelhança Dele, o que Deus queria era que
espalhássemos essa imagem por toda terra. A glória de Deus, ou
seja, a Sua reputação deve ser revelada a todos.

Nós conquistamos o amor e o coração das pessoas mostrando um

estilo de vida diferente. Existe algo que funciona muito — a alegria!
Imagine você chegando feliz e satisfeito, numa faculdade, todos os
dias. Um dia, alguém vai querer saber o motivo da sua alegria.
Quando as pessoas descobrirem que a sua felicidade é inabalável,
elas vão começar a procurar você para falar dos problemas delas,
porque o ídolo não dá conta. É só uma questão de tempo.

Percebam que, na pandemia, Deus conseguiu abalar a todos, ricos

e pobres. Os ídolos foram abalados e as pessoas agora estão
vivendo uma grande questão em suas vidas. Elas estão sentindo
sede do verdadeiro Deus que é a fonte da água viva.

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