Você está na página 1de 8
capiTULO “2 “Do pont de vista fsico, oapatelho fonadorcon- sine, esencialmente, em uma fonte de vibragéo coplada a um sistema ressonados,sendo a arin. yea ante e-0 (rato vocal o sistema rexsonado. bemos, conta, que nenhu som pode sr pro dh sm um supimento de ene” (FRY, 1979} Bases Fisicas da Fonacao igitalizado com CamScanner ‘Apesar de existir viris teorias que expliquem a fora- 0, remos neste capitulo abordarsomente a Teoria Mio-Bléste i ” Aerodindmmica (VANDENBERG, 1958), que descreve a fona- i ¢aocomo séhdo o nter-relacionamento das forgas [sic aero- i Sindmicas da respiragio e da forga eléstica dos tecdos muscu lares da laringe eT Suprimento de Energia na Fonacao Falar & um alo motor, como tantos outros; consiste em movi- rmentos coordenados agindo sobre um objeto. Na fala, o objeto a ser trabalhado € 0 at eontido nos tratos orale respiraério, ito © ar eontido nas pulmées, traquéa, laringe, faringe, nariz e boca, ” + Quando falamos, executamos movimentos que agem rnesse espaco ¢ 0s sons da fala devein ser produzidos sob for- ima de corrente continua, que dura um tempo considerdvel, @ fim de possibilitar sua emissio. ‘Assim sendo, 2 forga necessiria nfo é aplicada em um breve momento, como se estivéssemos percutindo um diapasto. Faeroe on or 1 « mecamsmo respiratorio que proporciona o supri- sb enorgua necessirio a fonagao (Figura 12.1) ieber Faringe Lannge — Inspiraco_ cai Masculoe Dintagma Iereonai pried Explrngo Variceal ‘Mésculos —| Abdominals Figura 122 = Diagrams dos Grgios usados na produgao da fala Quando nfo estamos falando, a respiragio envolve uma atividade ritmica composta basicamente de duas forcas: a de inspiragdo ¢ a de expiragdo. A forca de inspiragio expande 0 volume do pulmo pela elevagio da caixa torécica, puxando 0 ar de fora para dentro; a forga de expiracio contra o volume th pulmio pelo absixamento da caixa tordcica, sllando 0 at de dentro para fora, em uma média de 15 vezes por minuto. ‘Ambas possuem tempos relativamente iguais, ou seja, se gas- tamos 4 segundos para respirar, levamos 2 segundos na inspi- ragio e 2 segundos na expiragio, Ao falarmos, contudo, usa- mos somente a fase da expiracdo ¢, com isso, aumentamos A Laringe como Fonte Sonora consideravelmente 0 lempo desta fase, em casos éxtvemis 10 4115 segundos, 0 que exige um grande rescrvatrio de wr emo suprimento de energia ‘A corrente de ar proveniente dos pulmoes & responsi- vel peta force wtizada na produgao dos sons da fala. Duran- tea fal, parte do Lato vocal & ennstrita de ta moo a impedit que essa comrente de ar escape, aumentando assim a pressio do ar na traquéin, Essa pressio € a base fundamental dos sons de fala, que se oiginam de variagies de pressao de ar, movi- mentos de vaivém ou oscilagSes,primeiramente de estruturas félidas © depois das paniculas de ar em torno de sua posigSo de equilibrio, Na fonacio, a laringe desempenha essa fungio pela vibragio das pregas vocas. “A vibragdo das pregas vaca exige wna aproxi- ‘magio (aducio) das mesmas da linha média e, ‘20 assim procederem, obsiruem a passagem do {flux aéreo expiratério do nivel da glote. Com isso ocorre unt aumento da pressio subglotica ‘até aiingirniveis suficientes para forcar a aber- tura das preges vocais ¢ superar a resisténcia oferecida por esta obstrugda” (TABITH IR, 1980) Opondo-se a esse fluxo aéreo encontramos a resistn- cia dos ligamentos e miisculos que, pot terem sua elastcidade forcada ou terem sido removidos da posicio original de equili- ‘brio, endem a relomar o mais rapidamente possivel iquela pos ho, obstruindo novamente a passagem do fuxo de ar. Tais los de abertura e fechamento si0 repelides, formando ware coment pulstil que constitu a vibrec necessiria para a produgio de sons complenos, consttuidos de uma freqigncia fundamental ‘e uma série de harménicos, ov seja, os sons da fala ‘Todavia, orelorno das pregas vocais & posicio original ou de equilbrio(fechadas) nao se deve somente resisténcia ghét- ca, mas também a uin fendmeno fisico conhecido como “efei- igitalizado com CamScanner Seow ewowowe 6 Jo owe soo) FG 6559900008 %" ‘fo Bernoulli, em homesagem a Bernoulli, matemstico sufeo dda sfculo XVII A Tei dt aesodinamtea formulada por Bernoulli pode ser enunciada da seguinte forma: a velocidade do fluo de um gis ou fluido através de um tubo & inversamente pro: ‘poreianal @ sua pressio nas paredes do tubo, ou a velocidade é imdxima ea pressdo minima, no ponto de maior constrigio do tubo, ow a densidade (d) multiplicada pela metade do quadra- ddo da velocidade (c) ¢ pela pressio (P) & uma constante (K): Isso significa que, aumentando-se a velocidade, a pressio

Você também pode gostar