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A ciclista solitária – Prequela

No intervalo compreendido entre os anos de 1894 e 1901 inclusive,


Sherlock Holmes andou muito ocupado. Pode-se afirmar que não houve
nenhum caso público difícil em que ele não fosse consultado, nesses oito anos,
e houve centenas de casos particulares, alguns complicados e extraordinários,
nos quais representou papel importante. Inúmeros grandes sucessos e alguns
fracassos inevitáveis encheram esse período de trabalho contínuo. Mas então,
o que andava a acontecer na vida de Sherlock Holmes até ao tão famoso caso
da Ciclista Solitária?
Bom, sendo eu o melhor amigo, ajudante e secretário do meu colega
Sherlock, tenho vindo a tomar notas num diário pessoal, de tudo o que
acontece nas nossas vidas de relevante, e passo então a contar um resumo
dos nossos oito anos de investigações e aventuras.
Com efeito, eu e Holmes, de tempo a tempo, gostamos de fazer o que
se se chama de ‘tirar férias’ de vez em quando, devido ao extremo cansaço
que ser investigador dá. Porém não foi até ao quarto ano de consecutivas
investigações e trabalhos que Sherlock resolveu ceder aos meus pedidos, a
tornarem-se já desesperados, e aceitar em ir numa pausa, para uma ilha
paradisíaca por muitos conhecida, chamada Bali. Com intenções de relaxar e
deixar o mundo do crime de parte no momento, Sherlock e eu decidimos que o
melhor para nós era ficarmos a morar temporariamente na casa de um grande
amigo nosso, o inspetor Hopkins, que muito amavelmente se ofereceu para
alugarmos a sua casa, num sítio calmo e discreto, visto que Sherlock não
queria nenhuma interação indesejada com possíveis fãs do próprio.
Todavia, ainda na primeira semana fora do nosso apartamento em
Londres, já havia notícias a circular sobre o nosso desaparecimento pela
cidade, deixando várias pessoas próximas a nós preocupadas, e outras a
começarem a especular até a nossa morte pela máfia alemã.
Enquanto eu e Sherlock estávamos a voltar das nossas proveitosas
férias para a nossa casa, no dia 23 de abril de 1895, deparámo-nos com uma
senhora, Violet Smith à nossa porta, implorando-nos para resolvermos o seu
peculiar caso…

MADALENA SIMÕES 10 A

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