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O Cão dos Baskerville

A obra “O Cão dos Baskerville” foi publicada no ano de 1902, pelo autor
Arthur Conan Doyle, tendo como primeira edição, uma história dividia em
partes, impressas pela Strand Magazine, uma revista muito famosa na época.
A história dos Baskerville é mais um incrível romance policial de Doyle, em que
Sherlock e Watson se dedicam para resolver um mistério, isso em um total de
165 páginas.
Watson e Sherlock acabam por receber um caso muito curioso, a morte
do milionário baronete Sir.Charles, caso relatado por Sir.Henry, herdeiro da
fortuna. A morte de Sir.Charles é um mistério, mas muitos acreditam ter sido
causada por uma lenda de família, um gigantesco cão selvagem e feroz que
atormenta os Baskerville a séculos. O detetive junto com Watson, embarca em
uma aventura, por um lugar cheio de mistérios e muito imprevisível, em que
qualquer passo em falso pode causar a morte de alguém.
A história é dividida em 15 capítulos, tendo um narrador personagem,
Watson, este que relata os acontecimentos anos após terem ocorrido. Para
contar o romance, ele usa de escritas e relatos do passado, feitos por ele em
um diário. O autor utiliza do discurso direto e segue uma ordem cronológica de
acontecimentos.
A trama começa quando Sir.Henry vai consultar Sherlock, após receber
a notícia de que herdou a fortuna Baskerville. Ele fica em dúvida se deve ou
não ir morar na mansão da família, pois existiam muitos boatos a respeito de
um cão aterrorizante que tinha como objetivo matar todos Baskerville. Sherlock
recebe os fatos inicialmente de maneira cômica, pois não acredita em coisas
do diabo ou sobrenaturais, mas ele muda seu ponto de vista após alguns
acontecimentos relatados por Sir.Henry.
Henry conta que perto do corpo de Charles haviam apenas pegadas de
um cão gigantesco, e, que provavelmente a morte teria sido de susto, já que
Charles possuía graves problemas cardíacos. Sherlock acaba decidindo que o
melhor seria Sir.Henry ir para a mansão da família, porém acompanhado de
Watson, até que o mistério se solucionasse. Watson teria a missão de proteger
Henry e de relatar tudo que fosse suspeito para Sherlock.
Watson e Sir. Henry chegam à mansão e encontram apenas dois
funcionários, estes que estavam a anos na casa. A vizinhança não era muito
ampla, apenas Dr. Mortimer, o responsável pela saúde de Sir. Charles, os
Stapleton, irmão e irmã que viviam juntos, e um senhor fascinado em direito
judicial. O que realmente chama a atenção de Watson é o terreno em que a
mansão se localiza, ao redor dela existe um pântano gigantesco, perigoso e
surpreendentemente assustador, um desafio a cada metro para qualquer que
tentasse adentrar em suas profundezas.
Para Watson, os primeiros dias foram mais reconhecimento de terreno,
já, que acabou por conhecer todos os vizinhos, e, um pouco de uma vila
próxima a mansão. Seu primeiro relato para Holmes não teve muitas
informações, mas tudo começa a mudar quando Watson descobre que Holmes
na verdade está escondido, observando tudo que acontece na mansão e fora
dela. Watson e o detetive trocam alguns fatos e chegam a conclusão de que o
tal cão na verdade não era algo do demônio, e sim um brilhante truque feito por
um criminoso muito inteligente.
Eles descobrem quem está por trás de tudo, mas não podem prende-lo
sem provas, sendo assim planejam uma “armadilha”, para que o real criminoso
desse as caras, mas isso não seria fácil, pois seu adversário era versátil. A
única forma de prenderem o “cão” seria colocando a vida de Sir. Henry em
risco. Sem muitas escolhas, é o que eles acabam fazendo. Após horas de
espera conseguem salvar Henry e matar o cão, porém o criminoso, que na
verdade era o Sr. Stapleton consegue fugir e nunca mais ser visto. Talvez ele
tenha morrido no pântano ou ainda esteja à solta pelo mundo.
A história “O Cão dos Baskerville” é um romance policial incrível como
todos os outros da série “Sherlock Holmes”. A trama contada por Watson é
bem intrigante, pois o fato de um cão demoníaco atormentar pessoas, parece
não combinar com as histórias de Sherlock, já, que ele sempre foi um homem
da ciência, e ao se dedicar a um caso em que o sobrenatural está envolvido, o
leitor pode ficar com dúvidas com relação ao que pode acontecer durante a
história. Isso é um fato positivo, porque o livro acaba fisgando o interlocutor e o
levando para um universo que nunca existiu, mas, parece ser real.
A história se passa na Inglaterra, durante o ano de 1902, período em
que as técnicas investigativas eram precárias, porém Sherlock não se deixa
abalar, ele utiliza de suas capacidades dedutivas e de observação, para
desvendar os mais variados crimes. Outro fato interessante, é que nessa época
as pessoas realmente acreditavam no sobrenatural, mas, Sherlock e Watson
não, e eles acabam por desmascarar um golpe de interesses, que na visão de
muitos, era obra do demônio.
Em geral a obra é muita boa, podendo ser recomendado para pessoas
que buscam se distrair e junto aprender um pouco da ciência investigativa e de
história. Talvez não seja indicado para pessoas que querem ler uma obra com
magia e distopias, pois os livros de Conan são sempre com bastante
proximidade a realidade. O final é bem satisfatório, já que o esperado
acontece, porém deixa uma pequena dúvida, no leitor, o criminoso morreu ou
sobreviveu?

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