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O Escaravelho do Diabo

O Escaravelho do Diabo foi escrito por Lúcia Machado de Almeida, e, foi


publicado pela primeira vez no ano de 1953, em forma de série, na revista “O
Cruzeiro”. No ano de 1974, ele alcançou maior sucesso e foi republicado em
forma de livro pela “Coleção Vaga-Lume”. A republicação teve um total de 26
edições, e, em 2016, recebeu uma adaptação cinematográfica. A história conta
com um total de 104 páginas, e, foi selecionada, para o Programa Nacional de
Biblioteca da Escola.
O livro trata de uma onda de assassinatos que ocorrem na cidade de
Vista Alegre, localizada no interior de São Paulo. Esses assassinatos
apresentam uma característica em comum, todas as vítimas possuem cabelo
vermelho, e recebem um escaravelho antes de morrer. Então, Alberto, um
jovem rapaz, que perdera seu irmão em um desses assassinatos, se encarrega
de solucionar o mistério, junto com o Inspetor Pimentel. Ao longo das páginas,
descobre-se um suspense muito envolvente, em que com certeza, vale
depositar algumas horas.
A história é divida em capítulos, contada por um narrador observador.
Cada capítulo fala de um acontecimento ou momento específico. Ela segue
uma ordem cronológica, e se passa durante um período aproximado de 5 anos,
apresenta o discurso direto, uma narrativa fluída e traz um personagem
principal em que a trama acontece ao redor dele.
Tudo começa quando Hugo, um jovem rapaz de lindos cabelos
vermelhos, recebe um escaravelho, e, no dia seguinte aparece morto em seu
quarto com uma espadada no coração. O assassinato deixa todos da cidade
assustados, principalmente Alberto, irmão de Hugo. Passam-se dois meses e
mais um assassinato ocorre, desta vez com um, garoto chamado Clarence, um
menino muito jovem, que vivia em uma pensão, e o que chama a atenção do
inspetor Pimentel, o responsável pelo caso, é fato de Clarence também ter
cabelo vermelho.
Sendo assim, o inspetor, trata de conversar com Alberto, e ambos
chegam à conclusão de que os dois casos tinham alguma relação, já que
Clarence também havia recebido um escaravelho antes de sua morte. Após um
tempo, por coincidência, Alberto se depara com uma revista, na qual havia
informações a respeito de um escaravelho, esse que era igual ao que Hugo
recebera, mas o que o choca, é o fato de o nome do escaravelho significar
“espadada”. A maneira como seu irmão morrera.
A partir desse ponto, a trama começa. Alberto e o Inspetor dedicam
horas por dia na investigação, e, mesmo assim não são capazes de descobrir
muitas coisas a respeito do assassino, apenas, que ele adorava escaravelhos,
e odiava ruivos. Porém surgem suspeitos, todos os moradores da pensão em
que Clarence morava. Eles consideram isso, pois Clarence havia morrido de
envenenamento, em seu remédio para gripe, e só alguém próximo saberia que
ele estava com gripe.
Alberto e o inspetor alertam praticamente todos os ruivos da cidade
sobre o assassino, mas, mesmo assim eles não conseguem impedir mais um
assassinato, e depois uma tentativa. Fernanda, uma artista morre, e Rachel, a
ex-namorada de Alberto, sobrevive, e conta que um monstro tentou matá-la
com uma facada.
Muitos ruivos saem da cidade, por medo, porém Padre Afonso, um
sacerdote do interior, não, e em pouco tempo esse torna-se o único com cabelo
cor de fogo da cidade. Mas nem ele, um homem de Deus, foi capaz de
sobreviver as mãos de um assassino. Ele acaba morrendo em sua igreja,
durante um incêndio junto com outra pessoa, que no momento era apenas um
senhor, um morador da pensão que nem estava mais entre os suspeitos, mas,
que no futuro viria a ser o assassino.
O livro possui uma história bem envolvente, que acaba surpreendendo o
leitor no final, e, além disso permite durante a leitura, a criação de várias
teorias, essas que podem ou não vir a se tornar condizentes com a história. Eu,
por exemplo, acabei criando suposições que passaram longe do que realmente
acontece. Além disso, a história mostra como os acontecimentos externos,
interferem nas ações e na personalidade das pessoas. É interessante observar,
o fato de que a tecnologia era muito escassa no período em que a história foi
escrita, não existiam celulares móveis, carros e poucas tecnologias periciais.
No geral O Escaravelho do Diabo é uma excelente história. O livro pode
ser indicado para pessoas que buscam uma trama ou um mistério interessante
e surpreendente. Talvez não seja bom que crianças pequenas leiam, por
apresentar mortes, violência e palavras difíceis. Única coisa que eu mudaria
em toda a leitura seria é o romance entre Alberto e Verônica, pois ele acaba
tornando-se um pouco confuso.

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