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Grupo 5:
Daniel Farinha N.º 90233
Francisco Madeira N.º 90248
Inês Sebastião N.º 89670
Luís Silva N.º 89693
Pompílio Souto N.º 81211
Santiago Rodríguez N.º 90360
Docente:
Prof. Fernando Lau
1 Introdução 1
2 A Importância do Controlo 1
3 História 2
4 Funcionamento 3
5 Profissão 4
6 Espaço Aéreo 5
6.1 Classes de Espaço Aéreo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
6.2 Regiões de Informação de Voo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
6.3 Espaço Aéreo Europeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6.3.1 Céu Único Europeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6.3.2 Blocos de Espaço Aéreo Funcionais . . . . . . . . . . . 7
6.3.3 SESAR – O Pilar Tecnológico . . . . . . . . . . . . . . 9
6.4 Espaço Aéreo Português . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
6.4.1 Free Route Airspace – Lisboa FIR . . . . . . . . . . . 9
6.5 Espaço Aéreo Limitado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6.5.1 Espaço Aéreo Restrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6.5.2 Espaço Aéreo Proibido . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6.5.3 Espaço Aéreo Perigoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6.6 Liberdade de Voo em Alto-mar . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
8 Tipos de Separações 15
8.1 Separação Vertical . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
8.2 Separação Horizontal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
9 Problemas 17
9.1 Tráfego Excessivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
9.2 Fenómenos Naturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
9.2.1 Ventos Fortes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
9.2.2 Neve . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
10 Conclusão 19
1 Introdução
Nos dias de hoje, a aviação mundial é um sistema altamente dinâmico.
De modo a que se verifique um fluxo sem anormalidades, é necessário sujeitar
todo o tráfego aéreo a um controlo bastante metódico e exigente.
Assim, este trabalho, realizado no âmbito da Unidade Curricular de Se-
minário Aeroespacial II, irá incidir, de forma sucinta, sobre este controlo,
encontrando-se dividido em vários subtemas.
Sendo esta introdução o primeiro capítulo do presente relatório, segue-
se o capítulo 2, onde é apresentada a necessidade que levou à estruturação
de um sistema de controlo. Na secção seguinte, é apresentada, de forma
concisa, a evolução deste sistema ao longo dos anos e no quarto capítulo
é abordado, de forma detalhada, como o controlo é feito. No capítulo 5 é
examinada a função de um controlador de tráfego aéreo e o que se exige des-
tes profissionais. Na parte subsequente, é explicada a estrutura do espaço
aéreo, nomeadamente como está dividido, incidindo sobre o espaço aéreo
europeu, dando maior ênfase ao português, clarificando ainda as restrições
que existem no espaço aéreo. Segue-se uma secção dedicada à regulamenta-
ção aeronáutica existente, nomeadamente a civil e militar, bem como certas
restrições para Veículos Aéreos Não Tripulados impostas pelas autoridades
nacionais aeronáuticas. O capítulo posterior inclui a descrição de como é
feita a separação em altitude e no mesmo corredor aéreo. No capítulo 9, são
analisados os problemas mais frequentes enfrentados pelo controlo de tráfego
aéreo. Por fim, o último capítulo constitui uma breve conclusão para este
trabalho.
2 A Importância do Controlo
A aviação é uma parte integral das sociedades atuais. Dependemos dela,
quer para fazer grandes deslocações de forma rápida e confortável, quer para
defender a soberania dos nossos respetivos estados. Naturalmente, um ser-
viço tão preponderante tem por detrás inúmeras entidades que trabalham
para garantir o seu correto funcionamento, sendo os responsáveis pelo con-
trolo de tráfego aéreo uma delas. Apesar de óbvia à primeira vista, convém
perceber de onde surge a necessidade para a existência de serviços especiali-
zados de controlo.
Uma primeira questão é o volume de tráfego em questão. Por exemplo,
em 2017 passaram cerca de 26.7 milhões de pessoas e aterraram cerca de
99.9 mil aeronaves no Aeroporto de Lisboa [1]. Olhando para um aeroporto
internacional ainda maior, verifica-se que pelo John F. Kennedy International
Airport (JFK) em Nova Iorque, no mesmo período, passaram cerca de 59.4
milhões de passageiros e aterraram cerca de 447.8 mil aeronaves [2]. Isto
significa que, diariamente, passaram, em média, mais de 73 mil passageiros
1
e 273 aviões pelo Aeroporto de Lisboa e mais de 162 mil passageiros e 1226
aeronaves pelo JFK. Tamanha afluência necessita de ser controlada por forma
a garantir não só a segurança de passageiros e tripulantes, mas também a
permitir a correta circulação das aeronaves.
Mesmo desconsiderando o volume de tráfego que é necessário dirigir, é
necessário ter, também, em conta que a grande maioria das rotas comerciais
incluem trajetos onde os pilotos, para cumprirem a sua função, só podem
depender dos seus instrumentos e da informação que lhes é fornecida por
controladores. São questões como estas que fazem com que a manutenção de
um sistema de controlo de tráfego aéreo seja imprescindível para a aviação.
3 História
O conceito de controlo de tráfego aéreo surgiu por volta de 1921, no
aeroporto de Croydon, principal aeroporto londrino antes da Segunda Guerra
Mundial, devido a uma necessidade de monitorizar um número crescente de
aeronaves e de voos.[3]
Posteriormente à introdução desta nova abordagem à organização da avi-
ação, os Estados Unidos da América desenvolveram o conceito de controlo
de tráfego aéreo, baseado na divisão do mesmo em três vertentes de ação.
Criaram ainda a primeira estação de rádio para correio aéreo (AMRS – Air
Mail Radio Station), que nasceu do desenvolvimento de tecnologias de mo-
nitorização das deslocações de aeronaves de reconhecimento, por parte do
United States Postal Services. As estações AMRS evoluíram, em seguida,
para as FSS – Flight Service Stations, fornecendo, atualmente, informações
importantes e necessárias aos pilotos, ao invés das ordens obrigatórias que
davam no passado.[4]
No presente, o controlo de tráfego aéreo é efetuado, maioritariamente,
através de torres de controlo, sendo por isso importante mencionar o aero-
porto de Cleveland que, em 1930, se tornou no primeiro a proceder à insta-
lação de uma torre de controlo, regulando partidas, chegadas e movimento à
superfície das aeronaves. Em 1935, o aeroporto de Newark (em Nova Jérsia)
tornou-se o primeiro aeroporto a instalar uma torre de controlo que monito-
riza e controla, de forma direta, a rota das aeronaves, desde o aeroporto de
partida até o aeroporto de chegada. Este tipo de controlo de tráfego aéreo foi
rapidamente adotado pelos aeroportos de Chicago e Cleveland, em 1936.[4]
Finalmente, com o desenvolvimento do radar na década de 50, criaram-se
instalações de aproximação e despacho de aeronaves, de modo a lidar com
o tráfego de aeroportos movimentados, contribuindo de forma direta para o
controlo de tráfego aéreo bem cimentado e regulado que temos hoje em dia.
[4]
2
4 Funcionamento
O processo de controlo de tráfego aéreo (ATC - Air Traffic Control )
passa por diversos intervenientes e divide-se em 3 principais centros: a torre
de controlo (TWR, com origem na palavra inglesa “tower ”), o controlo de
aproximação (APP, do inglês “approach”) e o Centro de Controlo de Área
(ACC – Area Control Center ), sendo cada centro responsável por uma área
bem definida.
Num voo comercial, todas as aeronaves seguem o seguinte percurso:[5]
3
aterrar de imediato, o piloto recebe indicações para aguardar num hol-
ding pattern até ser possível realizar uma nova tentativa de aterragem.
5 Profissão
A função de um controlador de tráfego aéreo, independentemente do
seu posto de trabalho, vai ser essencial para a segurança dos demais voos.
Desta forma, a profissão requer um nível bastante elevado de atenção focada,
inerente às condições em que se o mesmo se desenvolve. Como tal, existe
uma seleção prévia ao curso de controlador de tráfego aéreo, que exige que
os candidatos passem por testes específicos que avaliam a sua aptidão para
o cargo.
Esta seleção tem uma estrutura que obedece a padrões definidos por
legislação europeia (Regulamento UE 2015/340, de 20 de fevereiro de 2015
– apêndices 2 a 8), sob certificação emitida pela Autoridade Nacional da
Aviação Civil (ANAC). De um modo geral, é constituída pelas seguintes
fases: [6]
4
Todas estas fases funcionam por eliminatória, ou seja, os concorrentes
vão passando, ou não, à fase seguinte, até ficarem apenas o número de vagas
disponíveis para realizar o curso. Após a sexta fase, os candidatos selecio-
nados para iniciar o Curso de Formação Inicial, vão acordar com a NAV um
contrato de formação para o período do curso.
Quanto às principais atividades desenvolvidas por um controlador de trá-
fego aéreo, destaca-se a orientação de aviões no seu percurso, o rastreamento
dos mesmos, a tomada de decisões críticas de acordo com a meteorologia e
o facto de terem de lidar com contratempos e voos de última hora.
6 Espaço Aéreo
O termo espaço aéreo refere-se a um dado volume da atmosfera terres-
tre, podendo ser dividido em espaço aéreo controlado, não controlado ou
de uso especial. Esta divisão é ditada pela complexidade ou densidade do
fluxo de tráfego aéreo, pela natureza das operações conduzidas nesse espaço
aéreo, pelo nível de segurança necessária e por questões de interesse público
e nacional de cada país.[8]
• Classe B: a partir desta classe são permitidos quer voos IFR, como
voos VFR. À semelhança da classe anterior, todos os voos são separados
pelo ATC e têm que ter ATC Clearance para entrar e circular neste
espaço aéreo, não havendo também limitações de velocidade (embora
nos EUA não se possa ultrapassar Mach 1).
5
• Classe C: os voos VFR não são separados entre si pelo ATC, mas
recebem informação quanto a outros voos VFR, enquanto que todos
os outros voos são separados entre si (quer IFR/IFR como IFR/VRF).
Todos os voos necessitam de ter ATC Clearance para entrar e circular
neste espaço aéreo. Voos VFR estão limitados a 250 kn a uma altitude
inferior a 10 000 ft.
• Classe D: apenas voos IFR são separados entre si pelo ATC e recebem
informações quanto a voos VFR, enquanto que os voos VFR recebem
informação acerca de todos os voos. Todos os voos necessitam de ter
ATC Clearance para entrar e circular neste espaço aéreo e a partir
desta classe estão todos limitados a 250 kn a uma altitude inferior a
10 000 ft.
• Classe E: voos IFR são separados entre si pelo ATC e necessitam de
ter ATC Clearance para entrar e circular neste espaço aéreo. Voos VFR
não requerem ATC Clearance. Se possível e prático, o ATC fornece
informação a todos os voos.
• Classe F: a partir desta classe, o espaço aéreo deixa de ser controlado
e nenhum voo precisa de ter ATC Clearance para entrar e circular
neste espaço aéreo. O ATC fornece serviço consultivo e, se possível,
separação entre voos IFR. Todos os voos recebem informação de voo,
caso peçam.
• Classe G: é a classe de espaço aéreo menos restritiva. Todos os voos
recebem informações de voo, caso peçam. [8] [9] [10] [11]
6
6.3 Espaço Aéreo Europeu
6.3.1 Céu Único Europeu
Na Europa, a segmentação do espaço aéreo em função de fronteiras na-
cionais não constitui um sistema integrado, eficaz e capaz de assegurar as
necessidades do futuro.[14] [15] Se em 2012 o sistema europeu de controlo
de tráfego aéreo (ATM - Air Traffic Management) já lidou com 9,5 mi-
lhões de voos, é esperado que em 2035 este número cresça para cerca de
14,4 milhões.[16] Assim, a Comissão Europeia lançou no final da década de
1990 o projeto do Céu Único Europeu (SES – Single European Sky), com
o objetivo de reestruturar o espaço aéreo europeu em função dos fluxos de
tráfego existentes, em vez de seguir simplesmente as fronteiras nacionais,
aplicando regras e procedimentos a nível europeu que aumentem a eficiência
e capacidade do sistema. Foram lançados dois pacotes de medidas para a
implementação do SES, em 2004 e 2009.[14][17]
Com tais objetivos em mente, foram estabelecidas as seguintes metas:[17]
[18]
7
• UK-Ireland FAB – Reino Unido1 e Irlanda;
1
Com a saída do Reino Unido da União Europeia, o regime do SES deverá deixar de se
aplicar no país, embora ainda não seja claro se o seu espaço aéreo continuará a pertencer
a um FAB em conjunto com a Irlanda (à data de escrita deste documento, ainda não há
um acordo quanto a este ponto).[22]
8
6.3.3 SESAR – O Pilar Tecnológico
Para além da criação dos blocos de espaço aéreo funcionais a cobrir o
espaço aéreo europeu, a iniciativa do SES também depende de inovações
tecnológicas para atingir as suas metas. Neste sentido, foi lançado em 2004
o projeto SESAR (Single European Sky ATM Research), com o objetivo de
modernizar a gestão europeia de tráfego aéreo e desenvolver as tecnologias
necessárias para aumentar o seu desempenho. [16][24][25][26]
O SESAR coordena e concentra os vários esforços e iniciativas de pesquisa
e desenvolvimento na área da gestão de tráfego aéreo da União Europeia. O
SESAR consegue unir cerca de 3000 especialistas, e conta com 19 membros
da comunidade da aviação, tendo a participação de 100 empresas, entre
subsidiárias e subcontratadas.[16][26]
• Lisboa FIR, LPPC – com 662 520,759 km2 de área e ACC no aeroporto
de Lisboa. Inclui todo o território continental, bem como o arquipélago
da Madeira. O ano passado registou 632 192 movimentos de tráfego
IFR.[29]
• Santa Maria FIR, LPPO – com 5 138 160,886 km2 de área e ACC
no aeroporto da ilha de Santa Maria. Cobre grande parte do oceano
Atlântico Norte, incluindo naturalmente todo o arquipélago dos Açores.
No ano de 2018 registaram-se 166 490 movimentos de tráfego IFR.[30]
9
A Lisboa FIR foi pioneira na Europa a implementar este projeto que per-
mite aos operadores reduzir distâncias e tempos de voo, poupando combustí-
vel e reduzindo consequentemente as emissões de CO2 para a atmosfera.[35]
Ambas as FIR portuguesas já operam neste sistema, e é esperado que até
ao fim de 2022 todo o espaço aéreo europeu tenha este tipo de operações
implementado.[32][33]
10
• Situações potencialmente perigosas para o voo, como airshows, saltos
de paraquedas, planadores, . . .
• Exercícios militares;
11
centrais nucleares, áreas de segurança nacional, refinarias, etc. Estas zonas
são designadas por “LPP”, como é o caso do Pinhal do Arneiro, LPP2.[44]
[45] [46]
12
• Reduzir a carga de trabalho do controlo
13
estipulado e acordado na Convenção, sendo a obrigação de as fazer cumprir
do Estado em questão” (Artigo 12.º);
“O piloto e a tripulação de cada aeronave que participe em aviação in-
ternacional devem possuir certificados de competência e licenças emitidas e
validadas pelo Estado em que a aeronave está registada” (Artigo 32.º).[56]
14
zação. Cada Estado contratante compromete-se a tomar medidas necessárias
para que o voo das aeronaves sem piloto sobre regiões abertas às aeronaves
civis seja regulado de modo a evitar qualquer perigo para as aeronaves civis.”
Faz ainda referência ao Regulamento n.º 1093/2016, de 14 de dezembro,
relativo às condições de operação aplicáveis aos sistemas de aeronaves civis
pilotadas remotamente (RPAS - Remotely Piloted Aircraft Systems, “Dro-
nes”), da ANAC, que engloba um conjunto de regras e obrigações para todos
os que pretendem utilizar os RPAS, quer numa perspetiva lúdica ou despor-
tiva, quer numa perspetiva profissional.
Quanto à utilização do espaço aéreo, o Guia explica: “os RPAS não po-
dem voar sobre instalações onde se encontrem sedeados órgãos de soberania,
embaixadas e representações consulares, instalações militares, instalações das
forças e serviços de segurança, locais onde decorram operações missões po-
liciais, estabelecimentos prisionais e centros educativos da Direção-Geral de
Reinserção e Serviços Prisionais, exceto quando devidamente autorizadas pe-
las entidades representativas desses órgãos e sem prejuízo do cumprimento
do disposto no Regulamento já referido. ”.
Explica, ainda, que a regulamentação para a utilização de espaço aéreo,
na perspetiva dos serviços de tráfego aéreo, vai depender de o voo se realizar
em espaço aéreo controlado ou não controlado, sendo que o espaço aéreo não
controlado permite maior liberdade. Afirma que cabe ao operador do drone
ceder passagem e, quando necessário, desviar-se de modo a evitar incidentes
ou acidentes. No geral, desde que não estejam na proximidade de aeródro-
mos e heliportos ou em áreas proibidas, restritas ou reservadas, podem voar
livremente até 120 metros acima da superfície, à exceção das aeronaves de
brinquedo, para as quais o limite é 30 metros. Tal limitação deve-se ao facto
de uma aeronave, fora das condições de descolagem e aterragem, não voar a
menos de 150 metros de altitude. [43]
8 Tipos de Separações
Uma das medidas de segurança mais importantes no âmbito do controlo
de tráfego aéreo é a manutenção de distâncias mínimas entre diferentes ae-
ronaves e diferentes zonas de espaço aéreo controlado ou simplesmente entre
aeronaves e obstáculos (como terreno). Separação é o nome que se dá a este
espaço.[60]
Dado o número de aeronaves em circulação em qualquer momento, não
é prático assegurar a separação de todas elas. Assim sendo, diferentes tipos
de voos, atravessando diferentes classes de espaço aéreo, requerem diferentes
graus de separação.[61]
Dada a natureza tridimensional do espaço aéreo, pode-se fazer uma pri-
meira distinção entre separação vertical e separação horizontal, sendo que
existem ainda outras separações mais específicas dentro desta última.
15
8.1 Separação Vertical
Verticalmente, podem-se distinguir três zonas num dado espaço aéreo: a
camada entre o solo e uma altitude de 29000 pés (chamada de FL290 - Flight
Level 290 ), a camada entre esta altitude e 41000 pés (FL410) e a camada
acima desta.[62]
Abaixo de FL290, deve existir sempre uma separação mínima de 300
metros entre aeronaves, a não ser que também se verifique um certo grau de
separação horizontal (que será abordada mais à frente). Acima de FL290, a
separação mínima entre aeronaves é sempre de 600 metros. Existe apenas
uma exceção a estas regras, que é o caso de o voo em questão estar a passar
por uma zona onde se apliquem regras de Mínimos de Separação Vertical
Reduzidos (RVSM - Reduced Vertical Separation Minima). Nesse caso, entre
FL290 e FL410, a separação mínima reduz-se para 300 metros. [62]
Existem dois requisitos para a aplicação de regras RVSM. O primeiro é
geográfico: estas regras só se aplicam na Europa, América do Norte, Oceano
Atlântico, Oceano Pacífico e em certas partes da Ásia e África. O segundo
requisito é tecnológico: as regras RVSM só são aplicáveis a aeronaves equipa-
das com altímetros e sistemas de piloto automático modernos e certificados
para tal.[63]
16
utiliza-se tempo de voo como separador, de maneira a garantir que duas
aeronaves nunca estejam a menos de 15 minutos de tempo de voo uma da
outra. Certas considerações podem diminuir esse valor, como um volume
elevado de referências de apoio à navegação, onde a diferença mínima passa
para 10 minutos, ou diferenças substanciais em velocidade (desde que o mais
rápido seja o avião precedente), que podem reduzir a separação para 5 ou
mesmo 3 minutos.[67]
Já a separação por radar aplica-se quando existe cobertura de radar ade-
quada no espaço aéreo em questão. Efetivamente, um controlador aéreo
responsável por um par de aeronaves mantê-las-á separadas por uma dada
distância prestando atenção às suas posições relativas calculadas e apresen-
tadas pelo sistema de radar.[68]Quanto às distâncias, estas variam entre 5
milhas náuticas em zonas normais, 3 NM em zonas com cobertura adequada
e 2.5 NM caso duas aeronaves estejam na mesma faixa de aproximação ao
aeroporto (a menos de 10 NM deste último). [66]
9 Problemas
9.1 Tráfego Excessivo
Atualmente, o volume de voos que se realizam por dia é considerado
elevado, ao comparar com aquele que seria observado no passado, sendo o
volume atual representado na Figura 2. [69]
Quando uma aeronave toca o solo, e antes que outra possa aterrar na
mesma pista, a primeira deve abrandar e desocupar a via, utilizando, para
o efeito, caminhos específicos previamente delineados. No entanto, por mais
eficiente que este processo seja, existe sempre uma grande limitação à ex-
pedição do mesmo, devido à turbulência gerada pela aterragem da aeronave
17
anterior. O tempo até que a turbulência aérea deixe de ser significativa
pode chegar aos 3 minutos [70], levando , por isso, à diminuição do número
de aeronaves que podem aterrar numa pista, num determinado intervalo de
tempo. Por esta razão, os aviões podem ser obrigados a aguardar no ar, em
holding stacks, até que seja possível aterrar, gerando dificuldades acrescidas
ao controlo aéreo, pela gestão organizativa necessária a este processo.
É também importante relembrar que o controlo aéreo se aplica a todas
as aeronaves que sobrevoam um espaço aéreo, mesmo que não descolem nem
venham a aterrar no território responsável por esse espaço, gerando, mais
uma vez, dificuldade acrescidas à gestão e organização procedimental do
controlo de tráfego aéreo. Na Figura 3 é possível consultar uma representação
visual da relação entre o número de aviões que penas sobrevoam um espaço
aéreo (Figura 3a) e aqueles que aterram ou descolam (Figura 3b) [71].
18
9.2 Fenómenos Naturais
Outra adversidade encontrada pelo controlo do tráfego aéreo são os fe-
nómenos naturais, desde pequenas alterações meteorológicas, até grandes
erupções vulcânicas, que acabam por ter repercussões diretas ou indiretas
neste controlo, prejudicando a normal circulação do tráfego aéreo. Nesta
secção serão apenas alvo de análise as perturbações mais frequentes.
9.2.2 Neve
A queda de neve também afeta significativamente a dinâmica de funci-
onamento dos aeroportos, devido aos efeitos provocados pela sua queda e
acumulação. A primeira afeta sobretudo a visibilidade e, em situações ex-
tremas, o piloto pode mesmo perder a noção de contraste e da distância a
que se encontram obstáculos, tornando-se quase impossível aterrar em segu-
rança. Por outro lado, a sua acumulação é igualmente adversa. Quando esta
se torna excessiva e a limpeza da pista não consegue removê-la, setores do
espaço aéreo podem mesmo ser obrigados a encerrar temporariamente. [73]
10 Conclusão
Atualmente é possível o transporte de pessoas e mercadorias rápida e
eficazmente por meios aéreos, principalmente, por via do desenvolvimento
de um sistema bastante eficiente de controlo deste tráfego. Exige-se, assim,
deste procedimento de controlo a minimização dos consumos tanto de re-
cursos, como temporais envolvidos nesta complexa organização necessária
ao transporte. Deste sistema espera-se, também, que contribua e se desen-
volva, cada vez mais, no sentido de garantir a segurança e eficiência dos
procedimentos envolvidos na complicada gestão de tráfego aéreo.
De facto, vimos que o controlo de tráfego aéreo nasce por volta de 1921,
devido a esta mesma necessidade de gestão de uma frota cada vez maior de
19
aeronaves, para além de um visível aumento no volume de tráfego e deslo-
cações com recurso a este mesmo meio. Seguindo o desenvolvimento histó-
rico do procedimento e protocolo inerente ao tema do trabalho em questão,
atentou-se ao atual procedimento inerente ao controlo de tráfego aéreo, que
se divide em cerca de 5 passos, desde o preenchimento inicial do plano de voo
por parte do piloto até às ordens da unidade de apoio à aproximação, pas-
sando por todo o processo de gestão durante o voo cruzeiro. Encarregue da
garantia do cumprimento de todo este procedimento vai estar o controlador
de tráfego aéreo, que, como observámos, se sujeita a uma bateria de testes
estruturada e legislada ao nível europeu para aferir o seu nível de compe-
tência para o trabalho a que se candidata, visto estarem dependentes desta
aptidão a segurança de milhares de passageiros e voos, diariamente.
Para além disso, atentou-se também às características do espaço aéreo,
visto ser o principal objeto de trabalho do controlo de tráfego aéreo. O
espaço aéreo mostrou-se, assim, ser um determinado volume da atmosfera,
dividido em diversas classes, mediante a sua utilização designada, ao abrigo
de legislação específica, quer para o caso da aviação civil, como para o caso da
aviação militar e com diferentes limitações, divisões funcionais e autoridades
de gestão. Colmatando o tema do espaço aéreo e devidos regulamentos
desenvolveu-se o tema, atual, das restrições ao aeromodelismo e aos veículos
aéreos não tripulados (drones) e o seu impacto na gestão e monitorização do
espaço aéreo. Terminou-se a abordagem do espaço aéreo com as diferentes
separações, tanto horizontais, tanto verticais, como medida de segurança
essencial à circulação.
Por fim, abordou-se alguns dos problemas que impedem a mais efici-
ente gestão e controlo do tráfego aéreo, nomeadamente alguns fenómenos
meteorológicos, desde pequenas perturbações do ar, até grandes quedas de
neve. Explorou-se, de forma igual, o problema do tráfego excessivo e devidas
consequências como impedimento ao normal funcionamento do controlo.
Em suma, o controlo de tráfego aéreo é uma ferramenta essencial ao
normal funcionamento de aeroportos, para além de constituir uma das bases
no que toca à segurança no transporte de passageiros e mercadorias por
via aérea. Este mesmo procedimento enquadra-se no panorama atual por
procurar uma alocação eficiente dos recursos envolvidos em todo o processo
de transporte aéreo, nomeadamente no que toca à minimização dos tempos
de espera envolvidos. Todas as regulamentações, legislações, convenções e
protocolos contribuíram, e contribuem ainda hoje, para o serviço contínuo e
seguro que é o controlo de tráfego aéreo.
20
Referências
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comunicações 2017. Av. António José de Almeida,1000-043 Lisboa: Ins-
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vel em: https://www.panynj.gov/airports/pdf-traffic/ATR2017.
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https://www.faa.gov/about/history/brief_history/. (Consul-
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www.empregosonline.pt/Ofertas/Detalhe.aspx?ofid=6356d656-
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[10] ERAUSpecialVFR. Airspace - Lesson 1. Disponível em: https://www.
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[11] SKYbrary. Classification of Airspace. url: https://www.skybrary.
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