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Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS jars s52) 3742300 Foc vase areas seg © ABNT 1957 “oooe oF tos reservados acotes7 | NBR 7190 Projeto de estruturas de madeira ee Origem: Projeto NBR 7190:1996 €B-02 - Comité Brasileiro de Construco Civil GE-02:003.10 - Comissao de Estudo de Estruturas de Madeira NBR 7190 - Design of wooden structures Descriptors: Wooden structure. Wood. Design Esta Norma cancela e substitui a MB-2 Esta Norma substitui a NBR 7190:1982 Valida a partir de 29.09.1997 Noles partiige ee OP we” Be Wh Mae Palavras-chave: Estrutura de madeira. Madeira. Projeto 107 paginas '940 (NBR 6230) ‘Sumario Prefacio Introdugao Objetivo Referéncias normativas Generalidades Hipéteses basicas de seguranga Agbes Propriedades das madeiras Dimensionamento - Estados limites titimos Ligagdes Estados limites de utlizagao 10 Disposigdes construtivas ANEXOS. A Desenho de estruturas de madeira B Determinagdo das propriedades das madeiras para projeto de estruturas © Determinagao de resisténcias das ligagdes mecanicas das estruturas de madeira D Recomendagées sobre a durabilidade das madelras E Valores médias usuais de resisténciae rigidez de algu- mas madeiras nativas e de florestamento F Esclarecimentos sobre a calibracao desta Norma indice alfabético Prefacio A ABNT - Associagao Brasileira de Normas Técnicas - & (0 Férum Nacional de Normalzagao. As Normas Brasi- lelras, culo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalizagao ‘Setorial (ONS), sé elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envol- vidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores & eutros (universidades, laboratérios e outros). (Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no ambito dos CB e ONS, circulam para Votagao Nacional entre os aseociados da ABNT e demais interessados. ‘Atransigao da NBR 7190:1982 para.a que agora se apre- senta traz profundas alteragoes nos conceitos relativos 20 projeto de estruturas de madeira. De uma norma determinista de tensées admissiveis passa-se a uma norma probabilsta de estados limites. 0 projeto de estruturas de madeira passa a seguir os mes- mos caminhos que os trilhados pelo projeto de estruturas de concrete e de aco. ‘As vantagens da nova formulagao dos conceitos de se guranga so indmeras e inegaveis. O dimensionamento fem regime de ruptura permite a racionalizagao da segu- ranga das estruturas. Todavia, a absoreao dos novos conceitos demandard al- gum estorgo por parte dos usuarios da nova norma. Tendo em vista este aspecto da transi¢fo, procurou-se dar & nova norma uma redagéo que facilite a sua aplica- go. Nesse mesmo sentido, além do corpo principal, foram elaborados seis anexos, sendo os anexos A, Be C norma- tivos, e 08 anexos D, E e F informativos, que cuidam, res- pectivamente, do desenho das estruturas de madeira, STIPE Pat Seo SXCUSNO ~ COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) dos métodos de ensaio para determinagao de proprieda- des das madeiras para o projeto de estruturas, dos méto- dos de ensaio para determinagdo da resisténcia de liga- ‘9698 mecanicas das estruturas de madeira, das recomen- dagoes sobre a durabilidade das madeiras, dos valores ‘médios usuais de resisténcia o rigidez de algumas ma- doiras nativas e de florestamento, e da calibracao dos coeficientes de saguranga adotados nesta Norma, Na calibrago dos costicientes de seguranga procurou: se fazorcom que, para os esforgos basicos de solicitagdes ormais, em um primeiro estagio de aplicagao, a nova norma conduza a resultados equivalentes aos que se obtinham com a antiga norma, Quando este estigio tiver sido ultrapassado © 0 meio técnico nacional puder discutir cbjetivamente cada um dos valores adotades em fungao da axperiéneia adquirida ‘com emprego da nova norma, sera ent&o possivel proce: der-so & otimizagio das condigSes de seguranga no pro- jeto de estruturas de madeira, Introdugao Esta Norma foi elaborada a partir do trabalho realizado or um grupo de pesquisa formado por docentes da Es- Cola Politécnica © da Escola de Engenharia de Séo Carlos, ambas da Universidade de Séo Paulo, ao abrigo de um Projeto Temético patrocinado pela FAPESP- Fundagao de Amparo @ Pesquisa do Estado de Sao Paulo, 1 Objetivo Esta Noma fixa as condig6es gerais que devem ser Seguidas no projeto, na execugao no controle das e truturas correntes de madeira, tals como pontes, pon- thes, coberturas, pisos ¢ cimbres, Além das regras desta Norma, devem ser obedecidas as de outras normas es- Peciais © a8 exigéncias peculiares a cada caso particular. 2 Referéncias normativas ‘As normas relacionadas a seguir contém disposigbes ue, a0 serem citadas neste texto, constituem prascrigbes Para esta Norma. As edigGes indicadas estavam em vigor No momento desta publicagéio. Como toda norma esta suieita a reviséo, recomenda-se aqueles que realizam ‘acordos com base nesta que Verifiquem a conveniéncia de se usarem as adigoes mais recentes das normas cita- das a seguir. A ABNT possul a Informagéo das normas ‘em vigor em um dade momento, NBR 6118:1980 - Projeto @ execugio de obras de concreto armado - Procedimento NBR 6120:1980 -Cargas para o célculode estruturas de edificagdes - Procedimento NBR 6123:1988 - Foreas devidas ao vento em edi- fieagdes - Procedimento NBR 6627:1981 - Pregos comuns @ arestas de ago para madeiras - Especiticagao NBR 7187:1987 - Projeto © execuggo de pontes de Conereto armado @ protendido - Procedimento NBR 7190:1997 NBR 7188:1982 - Carga mével em ponte rodovidria © passarela de pedestres - Procedimento NBR 7189:1969 - Cargas méveis para projeto estru- tural de obras ferrovidrias - Procedimento. NBR 7608:1983 - Simbolos gréticos para projeto de estruturas - Simbologia NBR 8681:1984 - Acdes © seguranca nas ostrutu- ras - Procedimento NBR 8800:1986 - Projeto @ execugio de estruturas de aco de edificlos (Método dos estados limites) - Procedimento NBR 10067:1995 - Principios gerais de represen- tagéo em desenho técnico - Procedimento Eurocode n® 5:1991 - Design of Timber Structures 3Generalidades. 3.1 Projeto ‘As construgdes a serem exocutadas total ou parcialmente com madeira devem obedecer a piojeto elaborado por protissionais legalmente habiltados, Oprojeto 6 composto por memorial justiativo, desenhos ©, quando hé particularidades do projsto que interfiram na construgao, por piano de execueao, empregam-se os simbolos graficos especiticados pela NBR 7808. Nos desenhos devem constar, de modo bem destacado, a identificago dos materials a serem empregados. 3.2 Memorial justificativo ‘© memorial justticative deve conter os seguintes ele- mentos: a) descrige do arranjo global tridimensional da es- trutura; b) agdes @ condigées de carragamento admitidas, incluidos os percursos de cargas méveis; ©) esquemas adotados na andlise dos elementos estruturais @ identificagao de suas pegas; 4) anélise estrutural; ) propriedades dos materials; 1) dimensionamento detalhamento esquemético das pegas estruturais; 9) dimensionamento e detalhamento esquematico das emendas, unides @ Iigagdes, 3.8 Desenhos Os desenhos devem ser olaborados de acordo com 0 anexo Ae coma NBR 10067. Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 Nos desenhos estruturais devem constar, de modo bem destacado, as claeses de resisténcia das madeiras a se- rem empregadas. ‘As pocas estruturais devem ter a mesma identiicagao nos desenhos e no memorial justificativo. Nos desenhos devem estar claramente indicadas as partes do memo- tial justificativo onde estéo detalhadas as pegas estruturais representadas. 3.4 Plano de execucao Do plano de execugo, quando necesséria a sua incluso no projeto, devem constar, entre outros elementos, as particularidades referentes a: a) sequéncla de execucao; b) juntas de montagem. 3.5 Notacdes Annotagao adotada nesta Norma, no que se refere a es- truturas de madeira, 6 a indicada om 3.5.1.43.8.7. 3.5.1 Letras romanas maidsculas ‘So as seguintes: A-érea A, - rea da segao transversal bruta da pega de madeira ‘Aye" dtoa da parte comptimida de A, ‘Ag: étea da partetracionada de A, ‘Ay-éoa da parte carregada de um bloco de apoto ‘A, roa da segdo transversal de uma pega metalica A,, - atea da segdo transversal de pegas metélicas submetidas a corte A,,, ~ Area da segdo transversal de um pino metalico ‘submetido a corte (pino, prego, parafuso) ‘A,,~€tea da segdio transversal de uma pega metélica submetida a tensSes normais (irantes, montantes) C= momento de inércia a torgao E - médulo de elasticidade, médulo de deformagao longitudinal E, - médulo de deformaeao longitudinal do aco 4 Médulo de deformagao longtudinal da madeira E,, 0U E,, = médulo de deformagéo longitudinal pa- ralgla as fibras da madeira Ey, OU Eyeo Médulo de deformacao longitudinal nor mal as fibras da madeira F -agées (em geral) forgas (em geral) F.,-valor de célculo das agoes F,-Valorcaracteristico das ages G - ago permanente, médulo de deformagao trans- versal G,- valor de céleulo da agdo permanente G, -valorcaracterfstico da agdo permanento G,, - médulo de detormagao transversal da madeira |= momento de inércia momento de inércia & torgao K - coaticionte de rigidez (Nim) L- vo, comprimento (em substituigéo @ | para eviter confusao como ntimaro 1) IM-- momento (em geral, momento fletor) M,- momento resistente M, «momento solctante M,-valord eéleule do momento (My, Mu: My M,-valor earacteristico do momento (M, My M M, -velor timo do momento Myog=momentofletor de engastamento pert N-forganormal (N,Ng,N) Q-agao acidantal (varével) (Q,,,,Q,) R-reagdo de apoio, resultante de tensdes, resistén- cla fi, -resultante das tensées de compresséo R,- resultante das tens6es de tragdo $ -solictago, momento estético de érea T-momento de torgao U-umidade \V-forga cortante (V, Vg, Vy) volume W--carga do vento, médulo de resisténcia a flexdo 282 Letras romanas mindsculas Sao as seguintes: a-distncia, flecha b -largura b,- largura da mesa das vigas de segéoT ,,- largura da alma das vigas Exemplar para uso exclusive - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) ¢-eepagemento 4-diametro © - excentrcidade 1 -fesist8ncia de um material valor de célculo da resisténcia valor caracteristico da resistencia {,,- Valor médio da rasisténcla resistencia da madeira + resisténcia da madeira paralolamente as fibras ‘yao fsistOncia & compresséo paralola as fbras {jeg ‘esisténcia & comprasséo normal. foras fy" Fesisténcia & tragéo paralela as fbras {yao fesistBncla& tragdo normal as fbras two > Fesisténcia ao cisalhamento na presenga de tenses tangenciais paralelas as fibras yo fesist6ncia ao cisalhamento na presenga exclu- ‘iva de tenses tangenciais normais as fibras fyxo” resistencia de embutimento paralelo as fibras fyaoo Fesisténcia de embutimento normal as floras yar Fesisténcia a tragdo na flexdo 9 - carga distribuida permanente (peso espectticn Para evitar confuséo com y coeficiente de seguranga h- altura, espessura i-taio de ghagao k -cosficiente (em geral) koa" €06ficinte de modifieagéo £-vao, comprimento (pode ser substituldo por L para evitar confusao com o numero 1) m - momento fletor por unidade de comprimento ou largura, massa, valor médio de uma amostra 1 -forga normal por unidade de comprimento ou lar- gura, niimero de elementos q- carga acidental distribuida "= raio, indice de rigidez = VL 5 - espagamento, desvio-padrao de uma amostra {= tempo em goral, espessura de elementos delga- dos NBR 7190:1997 u- perimetro, componente de deslocamento de um onto \ = forga cortante por unidade de comprimento ou largura, velocidade, componente de deslocamento de um ponto W - carga de vento distribuida, componente de des- locamento de um ponto x-coordenada y-coordenada Z-coordenada, bragode alavanca 353 Letras gregas mintisoulas Sao as soguintes: «@ (alfa) - Angulo, coeficiente B (beta) - Angulo, coeficlente, razéo ‘y(gama) - coeficionte de seguranga, peso especifico (pode ser substituldo por g), deformacao tangencial especttica ‘y;~e08ficiente de ponderagao das agdes ‘f7 c0aticiante de ponderagao das resisténcias dos miateriais ‘coeficiente de minoragao da resisténcia do ago. 4 ~ 80@ficiente de minoragao da resisténcia da ma- daira 5 (delta) -coeticiente de varlagéio « (6psilon) - deformagao normal espectfica 8, 7 deformagao especttioa da madeira doformagao especitica da madeira comprimida Syeq“ deformagao especitica por fluéncia da madeira comprimida deformagdo espectica da madeira tracionada Se “ deformagao especttica por fluéncia da madeira ‘acionada en (yea) “dsformagao especitica normal as fibras mp (Gyo) deformagao especttica paralola as fibras 54, * daformacao especifica de retragao por secagem da madeira (zeta) - coordenada acimensional (z/L) Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA ~ 78.243,599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 11 (eta) -razao, coeticiente, coordenada adimensional wh) © (theta) -rotagao, Angulo (lambda) - indice de esbeltez = Li (md) - coeficiente de atrto, momento fletor relative dimensional, média de uma populagao -v (a) - coeficianta de Poisson, forga normal relativa dimensional & (es) -coordenada ralativa x.) « (6micron) -deve ser evitada = (pi)- emprego matemético apenas » (fo) -massa espeotica (densidade) Pau densidade bésica « (sigma) - tensao normal (a, ,6,,0,), desvio-padrao de uma populagdo + (lau) -tensao tangencial (cy, %) ‘ty: tenséo tangencial na alma da viga 1» (Upsilon) -dove ser evitada ‘W (psi) -coeficiente «© (omega) - cosficienta, velocidade angular 35.4 Indices gerals Sao 08 seguintes: b -aderéncla ¢ - concrete, compresséo, fluéncia 4 -de edieule ef -efetivo 1 = mesada viga de segaoT i = inicial, ndcleo j= ndmero k ~ caracteristico m ~ matetial, média . - pino, prego ou parafuso 8 - ago, rotragao 1 trapdo, torgao, transversal u = ditimo v -cisalhamento W - madeira, vento, alma das vigas y = escoamento dos agos 2.55 Indices formados por abreviagbes ‘So 08 seguintes: adm admissivel amb - ambiente anel - anol cay - cavilha cal - calculado cri = erttico eng - engastamento eq. - equilforio (para umidade) esp - espectticado ‘est - estimado exe - excepcional ext - extemo int - Inferior int interno lat = lateral lim = limite max, » maximo min, = minime sup - superior tot - total var - variével vig = viga 3.86 indices especiais S80 os seguintes: br -contraventamento (bracing) ‘ot - valores efetivos; valores existentes eq equilibrio t mpo C -classe de utlizagao G - valores decorrentes de agdes permanentes exemplar Para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) M -valores na flexto @ -valores decorrentes de ages varidveis A. -valores resistentes (pode ser substituldo por r) S valores solictantes (pode ser substituldo por s) T temperatura 3.8.7 Simplifieapio Quando n&o houver motivo para duvidas, os eimbolos devem ser empregados com o menor niimero possivel de indices, Assim, 0 indice w para madeira, freqdentemente pode ser eliminado, 4Hipsteses bésicas de seguranga 4.1 Requisitos bisicos de seguranga 41.1 SituagSee provistas de carregamento Toda estrutura deve ser projetada e construda de modo a satisfazer aos seguintes requisitos basicos de segu- ranga: a) com probabilidade aceitavel, ela deve permanecor adequada ao uso previsto, tando-se em vista o custo de construgio admitido @ 0 prazo de referéncla da duragao esperada; b) com apropriado grau de confiabilidade, ela deve ‘Suportar todas as ages e outras influéncias que po- dem agir durante a construgdo © durante a sua utli- zago, a um custo razoavel de manutengao. 4.1.2 Situagdes ni previstas de carregamento Na eventual ocorréncia de agdes excepcionals, como explosio, impacto de veicuios ou agdes humanas impré- prias, os danos causados a estrutura nao devem ser des- roporcionais as causas que os provocaram, Os danos potenciais devem ser evitados ou reduzidos elo emprego de concepcao estrutural adequada e de detalnamento eficiente das pecas estruturais @ de suas ni6es @ ligacdes. 4.1.3 Aceltagio da madeira para execupso da estrutura A aceitago da madeira para execugdo da estrutura fica Subordinade & conformidade de suas propriedades de resisténcia aos valores especilicados no projeto. 4.14 Aceitagao da estrutura Satistoitas as condigées de projeto @ de execugao desta Norma, a estrutura poder ser aceita automaticamente Por sou propristéric. Quando nao houver a aceltagao au- tomatic, a decisao a ser tomada serd baseada na revisdo do projeto e, eventuaimente, em ensaios dos materials, ‘empregados ou da propria estrutura, 4.2 Estados limites 4.2.1 Estados limites de uma estrutura Estados a partir dos quais a estrutura apresenta desem- enhos inadequados as finalidades da construgdo. NBR 7190:1997 4.22 Estados limites uitimos Estados que por sua simples ocorréncia determinam a Paralisagao, no todo ou em parte, do uso da construgao. No projeto, usualmente devem ser considerados os esta- dos limites times caracterizados por: @) perda de equllbrio, global ou parcial, admitida a estrutura como corpo rigido; b) tuptura ou deformagao plastica excessiva dos materials; ©) transtormagao da ostrutura, no todo ou em parte, ‘am sistema hipostatico; 4) instabllidade por detormagao; ©) instabilidade dinémica (ressonancia), 42. Estados limites de utlizeg30 Estados que por sua ocorréncia, repetigtio ou duragéo causam efeltos estruturais que nao respeltam as con- digdes especiticadas para o uso normal da construao, 0 que 840 indicios de comprometimento da durabilidade: da construgao, No projeto, usualmenta devem ser considerados os es- tades limites de utlizagao caracterizados por: 4) deformagées excessivas, que afetem a utlizago normal da construgao, comprometam seu aspecto estético, prejudiquem o funcionamento de equipa- mantos ou instalagdes ou causem danos aos ma- terials de acabamento ou as partes néo estruturals da construgaio; ») vibrages de amplitude excessiva que causem desconforto aos usuarios ou causem danos & cons- trugdo ou ao seu conteuido, 4.3 Condigées de seguranca ‘A seguranga da estrutura em relagao a possiveis estados limites sera garantida pelo respelto as condigSes cons- ‘rutivas especticadas por esta Norma e, simutaneamente, pela obediéncia as condicdes analticas de seguranca expressas por S,sRy onde a solicitagao de célculo S, @ a rasisténcia de céleulo R, sao determinadas em fungao dos valores de célculo de suas respectivas variéveis basicas de seguranca Em casos espociais, pormte-o tomar a resistencia de caleulo Ri, como ume fragdo de festtonla carcterstea A, ostimada exporentamente, senda By = Kg BE tw Com 00 valores de kas ® 7, enpeaticadce 9m 844 @ G15 respectvamen Exemplar para uso excusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.249.590/0001-81 (Pedide 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 5 Agées 5.1 Definigdes 5.1.1 Tipos de agdes [As ages so as causas que provocam o aparecimento de esforgos ou deformagdes nas estruturas. As forgas ‘so consideradas como ages diretas e as deformagoes Impostas como agées indiretas. ‘As ages podem ser: a) agdes permanentes, que ocorrem com valores ‘constantes ou de pequena variagéo em torno de sua média, durante praticamente toda a vida da cons- trugao; ) agdee varidvels, que ocorrem com valores cuja variagéo 6 significativa durante a vida da construgao;, ©) agdes excepcionais, que tém duragao extrema- mente curta e muito balxa probabilidade de ocorrén- cla durante a vida da construgao, mas que devem ser consideradas no projeto de determinadas estru- turas. 5.1.2 Cargas scidentals ‘As cargas acidentals so as agdes variévels que atuam nas construgées em fungao de seu uso (pessoas, mobi- lidrio, velculos, vento, etc). 5.1.9 Combinagoes de apdes ‘As agées permanantes so consideradas em sua totall- dade. Das ages variéveis, 240 consideradas apenas as parcelas que produzem efeitos desfavoravels para a se- guranga. ‘As agbes variéveis méveis dever ser consideradas em suas posigdes mals destavorsvels para a seguranga. Aaplicagao de ages variévels ao longo da estrutura po- de set felta de acordo com regras simpliicadas, estabe- lecidas em normas que consideram determinados tipos partculares de construgao, ‘As ages incluldas em cada combinagéo devem ser consi- deradas com seus valores representativos, multiplicados pelos respectivos coeficientes de ponderagao das agées. 5.1.4 Classes de carregamento Um carregamonto 6 espectficado polo conjunto das acdes: ‘que tém probabilidade no desprezivel de atuagao simul- tanea. Em cada tipo de carregamento as agdes devem ser combinadas de diferentes maneiras, a fim de serem detetminados os efeltos mais destavordveis para a estru- tura, A classe de carregamento de qualquer combinagéo de agées 6 definida pela duragéo acumulada prevista para a acdo varidvel tomada como a a¢éo varidvel principal na combinagao considerada. As classes de carragamento estdo especificadas na tabela 1. 5.2 Carregamentos 5.2.1 Carregamento normal Um carregamento 6 normal quando inclui apenas as ‘ages decorrentes do uso previsio para a construgao, Admite-se que um cartegamento normal corresponda & classe de carragamento de longa duragdo, podendo ter duragdo igual ao perfodo de referdncia da estrutura, Ele sempre deve ser considerado na veriicagéo da segu- ranga, tanto em relagao a estados limites ultimos quanto ‘am relagdo a estados limites de utilizagao, Em um carregamento normal, as eventuais agdes de curta ou média duragao terao seus valores atuantes reduzidos, 1a fim de que a resisténcia da madeira possa ser consi- derada como correspondente apenas as agdes de longa duragao. 5.2.2 Carregamento especial Um carragamento 6 especial quando inclui a atuagao de agdes varidvels de natureza ou intensidade especiais, Cujos efeitos superam em intansidade os efeitos produ- zidos pelae agdes consideradas no carregamento normal. ‘Admite-se, de acordo com 5.1.4, que um carregamento ‘especial corresponda & classe de carregamento definida pela duragéo acumuleda prevista para a agéo variavel ‘especial considerada, 5.2.3 Carregamento excepcional Um carregamento 6 excepcional quando inclul ages ‘excepcionais que podem provocar eleitos catastréticos. ‘Admite-se, de acordo com 5.1.4, que um carregamento fexcepcional corresponda & classe de carregamento de duragao instanténea. 5.24 Carregamento de construgio Um carragamanto de construgao 6 transitério @ deve ser definido em cada caso particular em que haja risco de ‘ocorréncia de estados limites dltimos jé durante a cons- trugao. Admite-se, de acordo com §.1.4, que um carregamento de construgdo corresponda a classe de carregamento definida pela duragdo acumulada da situagao de risco. 5.3 Situagdes de projeto 5.3.1 Situagées a considerar Em principio, no projeto das estruturas, podem ser consi deradas as seguintes situagbes de projeto: situagdes du radouras, situagdes transitérias esituagdes excepcionals Para cada estrutura particular devem ser especificadas as situagées de projeto a considerar, nao sendo nacessa~ rio levar em conta as trés possiveis situagdes de projeto ‘em todos os tipos de construgao, Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 Tabela 1 - Classes de carregamento [____ Alo vartvel pineal da combinagdo Classe de carregamento Duragéo acumulada (Ordem de grandeza da duragéo acumulada da agao caracteristica Permanent Longa duragéo Média duragéio Curta duragao Duragao instantanea Permanente Longa duragéo Média duragtio Curta duragao Duragao instantanea Vida atl da construgao Mais de seis meses Uma semana a seis meses| Menos de uma somana Muito curta 5.82 Situap6es duradouras As situagéos duradouras so as que podem ter duragéo igual a0 perfodo de referéncia da estrutura, AAs situagdes duradouras so consideradas no projeto de todas as estruturas. Nas situagSes duradouras, para a vorificagdo da segu- ranga em relagéo aos estados limites dltimos consideram- 0 apenas as combinagdes ultimas normais de catrega- mento e, para os estados limites de utlizagao, as combina- (96es de longa duragao (combinagdes quase permanen- tes) ou as combinagdes de média duragao (combinagSes frequentes) 5.2.9 Situagoes transitéries As situag6es transitérias so as que tém duragio muito menor que o pariodo de vida da construgéo, As situagSes transitérias so consideradas apenas para 19 estruturas de construgdes que podem estar sujeitas a algum carregamento especial, que deve ser explicitamen- te especticado para o seu projeto, Nas situagdes transitérias, em geral 6 considereda ape- ras a veiificagao relativa a estados limites uitimos, Em casos especiais, pode ser exigida a verificacdo da Seguranga em relacéo a estados limites de utlizacao, considerando combinagdes de acées de ourta duragao (combinagées raras) ou combinagées de duragéo média (combinagées especials). 5.3.4 Situagées excepeionals As situagdes excepcionais tém duragéo extremamente curta. Elas sao considoradas somente na verificagao da seguranga em relagao a estados limites ttimos, As situagdes excepcionais de projeto somente devem Ser consideradas quando @ seguranga em relagéo as ‘agdes excepcionais contempladas nao puder ser garan- tida de outra torma, como o emprego de elementos fisicos de protegao da construcao, ou a modifieagao da concep- ‘9&0 estrutural adotada, ‘As situagbes excepcionais davem ser explictamente os- Pecificadas para o projeto das construcéas particularas para as quais haja necessidade dessa consideracéo. 5.4 Valores representativos das agées 5.4.1 Valores caracteristicos das ages varidveis Os valores caracteristicos F, das ages variévels 80 08 especificados plas diversas normas brasileiras reteren- tes aos diferentes tipos de construpao. ‘Quando néo existir regulamentacao especttica, um valor caracteristico nominal deverd ser fixado pelo propriotdrio da obra ou por sau representante técnico para isso qualii- cado. Para as ages varidveis entende-se que F, seja o valor caaractaristico superior. 5.4.2 Valores caracteristicos dos pesos préprios Os valores caracteristicos G, dos pesos proprios da estru- tura so calculados com as dimensdes nominais da es- ‘rutura e como valor médio do peso especttice do material considerado. A madeira 6 considerada com umidade U= 12%, Quando © valor do peso especitico for determinado a partir da densidade bésica, definida om 6.1.2, devem ser considoradas as corregdes incluidas naquela sega. 5.4.3 Valores caracteristicos de outras agées permanentes Para outras agdes permanentes que nao o peso préprio da estrutura, podem ser definidos dois valores, o valor Catacteristico superior G,.., malor que o valor médio G,., © 0 valor caracteristico inferior G,.,,, menor que o valor médio G,,. Em geral, no projeto é considerado apenas o valor carac- toristico superior G, 4y. © valor caracteristico inferior G4 6 considerado apenas nos casos em que a seguranga diminui com @ redugao da agéo permanente aplicada, ‘como quando a acao permanente tem um efeito ostabi. lzante, 5.44 Valores reduzidos de combinagio (y,F,) Os valores reduzidos de combinagao so determinados 8 partir dos valores caracteristicos pola expressio w,F, © ‘so empregados nas condig6es de seguranga relaiivas 8 estados limites ditimos, quando existam ages varidvels de diferentes naturezas, Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA -78,243,599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 Os valores w,F,, levam em conta que 6 muito baixa a probablidado do ocorréncia simultanea de duas agdes caracteristicas de naturezas diferentes, ambas com seus valores caracteristicos. Por isto, em cada combinagéo de ‘agées, uma acao caracteristica variével 6 considerada ‘como a principal, entrando com seu valor caracteristico F,,@ as demais agSes variéveis de naturezas diferentes ehtram com seus valores teduzidos de combinagao WF, 5.45 Valores reduzidos de utiizagao Na verificacao da seguranca relativa a estados limites de utlizagao, a2 ages varidvels #0 consideradas com va- lores correspondentes as condigdes de servigo, empre- gando-se os valores frequentes, ou de média duragéo, calculados pela expressao y,F,,, © 08 valores quase per- manentes, ou de longa duragao, calculados pela expres: 880 WaF 5.46 Fatores de combinagéo e fatores de utilizagso (0s valores usuais esto especificados na tabela 2. 5.5 Acées nas estruturas de madeira 5.5.1 Agées usuals No projeto das estruturas correntes de madeira devem. set consideradas as ages seguintes, além de outras que possam agir em casos especials: a) carga permanente; b) cargas acidentais verticais; ) Impacto vertical; 4d) impacto lateral; @) forgas longitudinais; {)forga centrifuga; 9) vento. ‘As cargas acidentals verticals © seus efetos dinamicos, representados pelo impacto vertical, impacto lateral, for- {ga8 longitudinais e forca cantrituga, devem ser conside- fados como componentes de uma mesma agao varidvel {As cargas acidentals verticals @ a ago do vento devem ser consideradas como ages varidveis de naturezas dife- rentes, sendo muito baixa a probabilidade de ocorréncia simulténea de ambas, com seus respectivos valores ca- racteristicos. 5.5.2 Cargas permanentes ‘A carga permanente 6 constitulda pelo peso préprio da estrutura @ pelo peso das partes fixas nao estruturais. Na avaliagdo do peso proprio da estrutura, admite-se que a madeira esteja na classe 1 de umidade, detinida om 6.1.5, Na falta de determinagao experimental especitica, per- mite-se adotar os valores da densidade aparente in cadas em 6.3.5 para as diferentes classes de resistencia, da madeira. O peso préprio real, avaliado depois do di- mensionamento final da estrutura, nao deve diferir de mais de 10 do peso proprio inicialmente admitido no eh culo, Nas estruturas pregadas ou parafusadas, 0 peso proprio ‘das pegas metdlicas de unio pode ser estimado em 3% do peso proprio da madeira. Tabela 2-Fatores de combinacao e de utiliza¢ao ‘Aqdes om astruturas cotrentes Yo vs % - Variagées uniformes de temperatura em relagéo & média anual local 06 08 08 = Pressaio dinamica do vento os 02 ° Cargas acidentais dos editicos Yo v4 ve ~ Locals em que nic ha predomingncia de pesos de equipamentos fixos, 04 03 02 nem de elavadas concentragdes de pessoas - Locais onde hé predominancia de pesos de equipamentos fixos, ou de 07 08 o4 elevadas concentragdes de pessoas = Biblotecas, arquivos,oficinas e garagens 08 07 08 Cargas méveis e seus efeitos dinémicos Yo ve Ye ~ Pontes de pedestres 04 08 02" Pontes rodovidrias 06 of o2" = Pontes ferrovidrias (ferovias néo especializadas) 08 08 0" " Admite-se y= 0 quando a ago vardvel principal corresponde a um lato sfemico Exemplar Para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) 10 5.5.9 Cargas acidentals verticals As cargas acidentais verticais so consideradas como de longa duragao, ‘As cargas acidentais séo fixadas pelas NBR 6120, NBR 7187, NBR 7188 NBR 7189, ou por outras normas que venham a se estabelecer para casos especiais, © devem ser dispostas nas posigdes mais desfavoraveis, Para a ostrutura 5.5.4 Impacto vertioal Nas pontes, para so lovar em conta o acréscimo de soli- citagdes devido ao impacto vertical, os valores caracte- risticos das cargas mévels verticals devem ser mulip cados polo coeficiente fee foetal a+ onde L , no caso de vigas, & 0 vio te6rico do tramo da Ponte em metros e, no caso de placas, 6 0 menor de seus dois vaos teéricos, sendo: ° = 50 - om pontes ferrovisrias; «1 = 20 - em pontes rodovidrias com soalho de ma- daira; = 12 em pontes rodoviatias com soalho revestido de conereto ou astalto, Nao se considera o impacto vertical nos encontros,pllares macigos @ fundagSes, nem nos passeios das pontes, como especiticado pela NBR 7187. ‘Aim de se lavar om conta a maior resisténeia da madeira ara cargas de curta duragao, na verificagéo da seguranga. ‘0m relagdo a estados limites ultimos, os acréscimos de solicitagao nas pegas de madeira devidas ao impacto vertical seréo mutiplicados por0,75 ,conforme astabelece om 5.24 Nas pegas metalicas, inclusive nos elementos de ligagao, seré considerada a totalidade dos esforgos davides ao. impacto vertical 5.5.5 Impacto lateral O impacto lateral, s6 considerado nas pontes ferrovidrias, 6 equiparado a uma forga horizontal normal ao eixo da linha e atuando no topo do trilho come carga mével con- entrada. Em pontes em curva, nao se soma 0 efeto do. lmpacto lateral ao da forga centrifuga, devendo conside- far-se, entre os dois, apenas 0 que produzir maiores s0- lickagdes, © impacto lateral em principio 6 uma carga de curta du- ragao, De acordo com 5.2.1, pata 60 levar em conta a maior re sisténcla da madeira sob ago de cargas de curta dura- 40, 0 impacto lateral 6 considerado como se fosse uma carga de longa duragao e na veriicagao da seguranca 6m relagdo a estacos limites citimes, os acréscimos de solicitagao nas pegas de madeira devides ao impacio la- toral sero mutipticados por 0,75. NBR 7190:1997 Nas pegas metalicas, inclusive nos elementos de ligagio Serd considerada a totalidade dos esforgos devides a0 impacto lateral. 5.56 Forga longitudinal ‘Nas pontes ferrovidrias, a forga longitudinal devida a ace- leragao ou a trenagao do trem sera considerada com 0 valor caracteristico convencional igual 20 maior dos se- guintes valores: 15% da carga mével para frenagao, ou 25% do peso total sobre os eixos motores para o asiorgo de aceleragio, ‘A forga longitudinal seré considerada aplicada, sem im- acto, no centro de gravidade do trem, suposto 2,4 m aci- ma do topo dos tilhos, No caso de via miitipla, a forga longitudinal deve ser ‘considerada em apenas uma das linhas. Nas pontes rodovidrias, a forga longitudinal seré consi. derada com 0 valor caractaristico convencional igual a0 maior dos seguintes valores: 5% do carregamento total do tabuleiro com carga mével uniformemente distribuida, ‘ou, para cada via de tréfego, 30% do peso do caminhao- tipo. Esta forga longitudinal deve ser aplicada, sem im- acto, a 2,0 macima da superficie de rolamento. A orga longitudinal em principio 6 uma carga de curta duragao. De acordo com 5.2.1, para se levar em conta a maior re- sieténcia da madeira sob ago de cargas de curta dura- ‘980, a forga longitudinal 6 considerada como se fosse uma carga de longa duragio e na verificagao da segu- Fanga em relagdo a estados limites titimos, os acréscimos de solicitagao nas pecas de madeira devidos a forga lon- gitudinal serdo multipicados por 0,75, Nas pegas metélicas, inclusive nos elementos de ligagao, Serd considerada a totalidade dos esforcos devides & forca longitudinal 5.5.7 Forca centrituga Nas pontos ferovirias om curva, aforga centiluga serd considerada atvando no centro de gravidade do em, suposto a 1,6 m acima do topo dos tilhos,e seré avalia: da. om porcentagem da carga mével, acrescida do Impacto Vertical, com os seguintes valores caraceristicas conven. cionals + 12% para curvas de rio P< 1 000m @ 2 200%. Para R > 1 000 m, em pontes para bitola larga (1,60 m); ~ 8% para P< 600 m @ 4.800% para R > 600m, em pontes para bitola métrica (1,00 m), ‘Nas pontes rodovidrias em curva, a forga centrifuga seré Considerada atuando no centro de gravidade do cami- ‘Nhao tipo, supesto 2,0 macima da superficie de rolamento, © serd tomada com o valor caracteristico convencional Igual a 20% do peso daste velculo, por via de tréfego, para raios até 300 m e para valores maiores, pela relagao 8.000% © peso do veiculo 6 considerado com Impacto vertical, Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 11 ‘A forga centrifuga em principio 6 uma carga de curta du- raga. De acordo com 5.2.1, para se levar em conta a maior re- sisténcia da madeira sob agao de cargas de curta dura- 40, na verticagao da seguranca em relagao a astados limites utimos, os acréscimos de solicitagéo nas pecas, de madeira devidos a forga centrifuga serdo multiplicados por 0,75 Nas pegas metalicas, inclusive nos elementos de ligagao, serd considerada a totalidade dos esforgos devidos & {orga centrifuga. 5.58 Vento ‘A ago do vento, agindo com seu valor caracteristico, em prinefpio 6 uma carga de curta duragao. A ago do vento sobre as edificagées de rada de acordo com a NBR 6123. sser conside- ‘A ago do vento sobre os velculos e pedestres nas pon- tes deve ser considerada da seguinte forma: a) 0 eslotgo do vento sobre o trem, nas pontes ferro- /idrias, serd fixado com o valor caracteristico conven- cional de 3 kN/m, aplicado a 2.4m acima do topo dos thos, no case de bitola larga (1|60 m) ea 2.0m. ‘cima do topo dos tlhoe, no caso do bitola meétrica (1,00); b) 0 esforgo do vento sobre os vaiculos, nas pontes: rodovidrias, eer fixado com 0 valor caracteristico nominal de 2 kN/m, aplicado a 1,2 m acima da eu- perticie de rolamento; ) nas pontes para pedestres, 0 vento sobre estes: sserd fixado com o valor caracteristico convencional de 1,8 kN/m, aplicado a 0,85 m acima do piso. De acordo com 5.2.1, para se levar em conta a maior re- sisténcia da madeira sob ago de cargas de curta dura- (cdo, na veriicago da seguranca em relagdo a estados limites tities, apenas na combinagao de agdes de longa, ‘duragao em que o vento representa a agao variavel prin- cipal, as solictagdes nas pecas de madeira devidas & agao do vento serdo muttiplcadas por 0,75 Nas pegas metélicas, inclusive nos elementos de ligagao, serd considerada a totalidade dos esforgos devidos & ‘ago do vento, 55.9 Carga no guarda-corpo ‘Acarga no guarda-corpo 6 considerada de curta duragao, No guarda-corpo das pontes admite-se que possa atuar uma forga horizontal distribuida, com valor caracteristico, nominal de 1 kNim. 5.5.10 Carga no guardaroda carga no guarda-roda das pontes rodoviérias é conside- rada de curta duragao @ os seus valores séo os estabele- cidos pelas normas especiticas correspondentes. 5.6 Valores de céilculo d 5.6.1 Definigso Os valores de célculo F, das agdes séo obtidos a partir dos valores representatives, multiplicando-os pelos respectivos coeficlentes de ponderagao 1, 5.6.2 Composigao dos cooficientes de ponderacao das agées Quando se consideram estados limites ultimos, os coeti- lentes y, de ponderacao das aces podem ser tomados. como 0 produto de dois outros 7, © v1 (0 costiciente do combinagdo y, faz 0 papel do terceira coeticiente, que seria indicado por 7) © coeticionte parcial y,, leva em conta a variabilidade das agbes @ 0 coeticiente , considera os possiveis ettos de avallagao dos efeitos das agdes, seja por problemas cons- trutivos, seja por deficiéncia do método de célculo empre- gado Tendo em vista as diversas ages levadas em conta no projeto, o indice do coeficiente x, pode ser alterado para identificar a ago considerada, resultando os simbolos “ty Te To (las Tey tds Tespectivamente para as agbes per- rhanentes, para as agdes diretas variveis e para os efel tos das deformagdes impostas (ages indiretas) 5.6.3 Estados limites de utilizagio Quando se consideram estados limites de utlizagio, os cosficientes de ponderagao das ages so tomadios com (0 valor 1, = 1,0, salvo exigncia em contrério, expressa ‘em norma especial 5.6.4 Estados limites Uitimos - Ages permanentes Para uma dada ago permanente, todas as suas parcelas 0 ponderadas pelo mesmo coeficiente y,, néo se adm tindo que algumas de cuas partes possam ser majoradas, e outras minoradas, Para os materiais sdlidos que possam provocar empuxos, ‘a componente vertical 6 considerada como uma ago € a horizontal como outra ago, independente da primeira (Os coeficientes de ponderacao y, relatives as apbes per- manentes que figuram nas combinagées Ultimas de ‘ages, salvo indicago em contrarlo, expressa em norma particular, devem ser tomados com os valores basicos a seguir indicados: 22) ages permanentes de pequena variabilidade -para 0 peso priprio da estrutura @ para outras agdes permanentes de pequena variabilidadi adotam-se os valores indicados na tabela 3. Considera-se como de pequena variabilidade © poso da madeira classificada estruturalmente cujo peso especiico tenha coeficiente do variagao nao superior a 10%; Exemplar para uso exclusive - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.699/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) 12 ) ag5es permanentes de grande variabilidade para as agées permanontes de grande variabi- lidade e para as ages constituldas pelo peso prd- prio das estruturas @ dos elementos construtivos ermanentes nao estruturais 6 dos equipamentos fixos, todos considerados globalmente, quando 0 oso préprio da estrutura ndo supera 75% da ‘Tabela3- Acdes permanentes de pequena NBR 7190:1997 totalidade dos pesos permanentes, adotam-se os valores da tabela 4; ©) ages permanentes indiretas “para as agdes permanentes indiretas, como os efeitos de recalques de apoio e de ratragdo dos materiais, adotam-se os valores indicados na ta- bela 5. Tabela 4- Agdes permanentes de grande variabilidade Variabilidade Para efeitos" Para efettos Combinagées Combinagées Destavoréveis | Favordveis| Destavoréves | Favordveis| Normais Normais gett 4209 Especiais ou de Especiais ou de eeon construgao construgao 0 Excepcionals Excepcionais 14209 Podem ser usados inciterentemente os simbolos 1, OU 7 Tabela 5 - Ages permanentes indiretas Para efeltos Combinagses Destavoraveis | Favoravels Normais nate ° Especials ou de wate construgao Excepcionais| 420 15.8.5 Estados limites ultimos - Agées varidvele Os costicientes de ponderacdo yq das agées varidveis ‘majoram os valores representativos das ages varidvels que produzem efeitos dosfavoraveis para a seguranga da estrutura As parcelas de agdes variavels que provocam efeitos fa- Voraveis néo S40 consideradas nas combinagdes de agdes, As agées varidveis que tonham parcelas favordveis destavordveis, que fisicamente nao possam atuar sepa- radamente, devem ser consideradas conjuntamente co- mo uma aggo Unica, Os costicientes de ponderagao 1, relatives as agées va- ridvels quo figuram nas combinag6es Ukimas, salvo indi- ‘cages em contrério, expressa em norma particular, de- vem ser tomados com os valores basicos indicados na tabola 6. 5.7 Combinacées de agées em estados limites titimos 5.7.1 Combinagées uiltimas normals Fa=FtaFax +10 [Fo +3 Fa] onde Fai, fepresenta 0 valor caracteristico das ages Permanentes, F.,,0 valor caracteristico da ago variével considerada como agao principal para a combinagéo considerada © ya Fa, 08 valores reduzidos de combi- nagao das demais agbes varidvels, determinados de acordo com 5.4.6 Em casos especiais devem ser consideradas duas combinagées referentes as agdes permanentes; em uma delas, admite-se que as aces permanentes sojam des. favordvels ena outra que sejam favoréveis & seguranga. Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 13, Tabela 6 - AgSes variaveis Combinagses ‘AgGes varidvels em geral, incluldas ‘as cargas acidentais méveis, Etettos da temperatura Normale - Yert4 Especials ou de construgao e212 Excepcionais p= 1.0 5.7.2 Combinagées ultimas especiais ou de construgio reiFax +0 [Fo +Evae Fan] onde F.,, fepresentao valor caracteristico das agoes per- manentés, Fa, , representa o valor caracteristico da aga varidvel considerada como principal para a situagao tran- sitéria, yo,q 6 igual ao fator vq adotado nas combinagées normals, Salvo quando a acao principal F, tier um tempo de atuagdo multo pequeno, caso em que Wo, Pode Ser tomado com o corraspondente y.,, dado em 5.4.6 5.7.8 Combineges titimes excopclonais Fa = E Ya Fant Fame + Tox Yaw Fax onde Faye 6 0 Valor da ago transitéria excepcional @ os demais fermos representam valores efetivos detinides em $7.2. 5.8 Combinagées de agdes em estados Ii utilizago do 5.8.1 Combinagées de longa duragéo ‘As combinagées de longa duragdo so consideradas no ‘controle usual das deformagées das estruturas. Nestas combinagSes, todas as agdes varidveis atuam ‘com seus valores correspondentes a classe de longa du- ragdo. Estas combinacdes S40 expressas por sa = Bros © Bafa onde os coeficientes w, estdo especificados em 5.4.6 5.8.2 Combinagées de média duragao ‘As combinag6es de média duragéo so consideradas ‘quando © controle das deformacdes 6 particularmente importante, como no caso de oxistirem materiais frageis do estruturals ligados a estrutura, Nestas condigées, a agdo veridvel principal Fa, atua com seu valor cortespondente & classe de média duracdo & as demals agées variéveis atuam com seus valores cor- respondentes & classe de longa duracao. Estas combi nagGes so expressas por Fea = Box + WoFon + Sve Fan ‘onde 0s cosficientes wy, 2, esto dados em 5.4.6. 5.8.3 Combinagdes de curta duragéo ‘As combinagées de curta duracéo, também das combi- nnagées raras, 90 consideradas quando, para a constru- ‘980, for particularmente importante impedir defeitos decor- Tentes das deformagdes da estrutura, Nestas combinagées, a agdo varidvel principal Fa, atua ‘com seu valor caracteristico e as demais ages variéveis, atuam com seus valores corespondentes a classe de média duragéo, Essas combinacSes so expressas por Fu = EFax + Fou + Ev Fax onde os coeficientes y, esto dados em 5.4.6. 5.2.4 Combinagées de duraggo instantinea ‘As combinagdes de duragdo instantdnea consideram a toxisténcla de uma acdo varidvel especial Fo crpesns QUE pertence & classe de duragao imediata. As demais ades: varidvels so consideradas com valores que efetivamente possam existir concomitantemente com a carga especial mente definida para esta combinacao. Na falta de outro critério, as demais agSes podem ser consideradas com seus valores de longa duragdo. Estas combinagdes so ‘expressas por Faw = EFax + Fauna + Ea Fay onde os coeticientes y, esto dados em 5.4.6. 5.9 Efeitos estruturais atuantes 5.9.1 Solleltagées As solicitagdes atuantes S, correspondentes aos estados: limites de utiizago o aos estados limites titimos, calcula- das na forma de forcas, binérios, tensbes ou esforcos so lictantes, S40 determinadas em fungao das correspon- dentes combinagdes de acdes, conforme 5.7 @ 5.8, res: pectivamente. Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) 14 5.92 DeformagSes @ deslocamentos Determinam-se de modo andlogo ao estabelacido em 5.9.1 08 efeitos estruturais calculados na forma de defor: mages ou deslocamentos. 6 Proprieciades das madeiras 6.1 Propriedades a considerar 6.1.1 Generalidades ‘As propriedades da madeira so condicionadas por sua estrutura anatémica, devendo distinguir-se os valores correspondentes a trago dos correspondentos & com- pressao, bem como os valores correspondentesa diregio Paralela as fibras dos correspondents & direcao normal as fibras. Devem também distinguir-se os valores corres- Pondentes as diferentes classes de umidade, definidas om 6.1.5. AA caracterizagao mecanica das madeiras para projeto de estruturas dave seguir os métodos de ensaio especl- ficados no anexo B. 6.1.2 Densidade Detine-se o termo prético “densidade basica” da madeira ‘como sendo a massa especifica convencional obtida pelo. ‘quociente da massa seca pelo volume saturado. ‘A massa seca 6 determinada mantendo-se os corpos- de-prova em estuta a 103°C até que a massa do corpo- de-prova permanega constante. O volume saturado 6 determinado em corpos-de-prova submersos em agua até atingirem peso constante. 6.1.3 Resistencl Aresisténcia 6 a aptido da matérla suportar tensdes, A rosisténcia 6 determinada convencionalmente pela mé- xlma tenséo que pode ser aplicada a corpos-de-prova, Isentos de deteltos do material considerado, até o apare- cimento de fendmenos particulares de comportamento além dos quais hé restrigao de emprogo do material em ‘elementos estruturais. De modo geral estes fenomenos 0 os de ruptura ou de deformagao especttica excessiva, Os efeitos da duragao do carregamento @ da umidade do melo ambiante sao considerados por maio dos costicien- tes de moditicagao K,,,, adiante especificados, Os efeitos da duragao do carragamento @ da umidade do meio ambiente sobre a resisténcia sao considerados por meio dos coeficientes de modificag3O Knay, © Kgyz S6PO- cificades om 6.4.4, 6.1.4 Rigidez A tigidez dos materiais 6 medida pelo valor médio do médulo de elasticidade, determinado na fase de compor- tamento eléstico-linear, © médulode olasticidade Ena diregao paralela as fbras 4 medido no ensaio de compressao paralela as fbras 0 0 médulo de elasticidade E,,, na diregao normal ae fra ‘ medido no ensaio do compresedo normal as bras. NBR 7190:1997 Na falta de determinagao experimental especitica, per- mite-se adotar 6.1.5 Umidade © projeto das estruturas de madeira deve ser felto admi- tindo-se uma das classes de umidade especiticadas na tabela 7. ‘As classes de umidade t6m por finalidade ajustar as pro- priedades de resisténcia @ de rigidez da madelra em fun- G40 das condigoes ambientais onde permanecerao as. estruturas. Estas classes também podem ser utlizadas para a escolha de métodos de tratamentos proservatives das madeiras estabolecidos no anexo E. Tabela 7 - Classes de umidade Classes de | Umidade relativa | Umidade de aaa do ‘equilbrio da one ambionte Uy, | madeira U,, 1 <65% 12% 2 65% 85%. 4 durante longos 225% perfodos 6.2 Condigdes de referéncia 6.2.1 Condigdo-padrao de referéncia Os valores especiticados nesta Norma para as proprie- dades de resisténcia o de rigidez da madaira S80 os cor- respondents a classe 1 de umidade, que se constitui na ‘condigao-padrao de referéncia, definida pelo teor de umi- dade de equilbrio da madeira de 12%, Na caracterizagao usual das propriedades de resisténcia, ® de rigidez de um dado lote de material, os resultados de ensaios realizados com diferentes teores de umidada da madeira, contidos no intervalo entre 10% @ 20%, de- vem ser aprosontados com os valores corrigidos para a midade padrio de 12%, classe 1 A resistencia deve ser corrigida pela expresso faaty[ SU) sap +13) eye a[ admitindo-se que a resisténcia e a rigidez da madeira sofram apenas pequenas variagdes para umidades acima de 20%, Admite-e0 como desprezivel a influgnela da temperatura ra faixa usual de utlizagao de 10°C a 60°C. Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 6.2.2 Condlgées especiais de emprego {A influéncia da temperatura nas propriedades de resis- téncia e de rigidez da madeira deve ser considerada ape- nas quando as pecas estruturais puderem estar subme- tidas por longos perfodos de tempo a temperaturas fora da faixa usual de utlizagao 6.23 Classes de servigo Asclasses de servigo das estruturas de madeira séo deter- das pelas classes de carregamento, definidas em 5.1.4, @ plas classes de umidade, definidas em 6.1.5. 6.3 Caracterizagéio das propriedades das madeiras 3.1 Caractorizagao completa da serrada téncla da madeira A caracterizag&o completa das propriedades de resistén- cla da madeira para projeto de estruturas, feta de acordo ‘com os métados de ensaio espectticados no anexo B, ¢ determinada pelos seguintes valores, a serem referidos & condigao-padrao de umidade (U=12%): a) resistencia & compressao paralela as fibras {fyeo0U f,q) @ Ser determinada em ensaios de com- prassdo lnforme, com duragao total entre 3 min 8 min, de corpos-de-prova com segdo transversal quadrada de 5 om de lado e com comprimento de 180m; b) resisténcia & tragdo paralela as fbras (fy_90Uf,)@ ‘ser determinada em ensaios de tragao uniforme, com duragao total de 3 min a 8 min, de corpos-de-prova, alongados, com trecho central de segao transversal Uniforme de area A @ comprimento néo menor que aVA , com extremidades mais resistentes que tre- ccho central e com concordancias que garantam a. ruptura no trecho central; c) resistencia & compressao normal as fibras (ego OU fn59) @ Ser determinada em um ensaio de ‘compressdo uniforme, com duragao total de $ min a 8 min, de corpos-de-prova de segao quadrada de cm de lado e com comprimento de 10. cm; 4d) resisténcia & tragao normal As fibras (fy o0U feo) ser determinada por meio de ensaios padronizados; Observagéo: para efeito de projeto estrutural, consi- dora-se como nula a resisténcia a tragao normal As fibras das pegas de madeira; ¢)resisténcia ao cisalhamento paralelo as fibras yro®¥t,) 88er determinada palo ensaiode cisalha- mento paralelo as fbras; 4) resisténcla de embutimento paralelo as fibras (yao f,,) @ resist8ncia de embutimento normal &s {107@S (fyeg0 OU fz gq) @ Serem determinadas por meio de onssigs padronizados; g) densidade bésica, determinada de acordo com 6.1.2, ea densidade aparente, com 0s corpos-de- prova a 12% de umidade. 15 2Caracterizagso minima da pouco conhecidas jaténcia de espécies Para projeto estrutural, a caractetizagéo minima de espé- cles pouco conhacidas deve ser feita por meio da deter minagao dos seguintes valores, referidos & condiggo-pa- dro de umidade em ensaios raalizados de acordo com oanexoB: a) resisténcia & compressdo paralela as fibras (eoUfyg)s b) resistencia & tragao paralola as fibras (yo 0U fy) permite-se admit, na impossibilidade da realizagao do ensaio de tragao uniforme, que este valor seja Igual ao da resisténcia a tragao na flexéo; ©) resisténcia 20 cisalhamento paralelo as fibras yoyo) d) densidade basica @ densidade aparenta, 6.3.3 Caracterizago simplificada da resisténcia da madeira serrada Permite-se a caracterizagéo simpliicada das resisténcias da madeira de espécies usuals a partir dos ensaios de compresséo paralala as fbras, Para as resisténcias ae forgos normais, admite-se um cosficionte de variagao de 18% e para as resisténcias a esforgos tangenciais um coeticlante de variagao de 28% Para as espécies usuals, na falta da determinagao oxperi- mental, permite-se adotar as seguintes relagdes para os valores caracteristicos das resisténcias: Para coniteras:tyayjg4= 0.15 Para dicotiledéneas: ho feo = O12 6.34 Caractorizagio da rigldez da madel A caractarizagio da rigitez das madeiras deve respeltar ‘0s métodos de ensaio especiticados no anexo B. A caracterizagio completa de rigitez das madeiras 6 fel- ta por meio da determinagao dos seguintes valores, que devem ser referidos @ condigéo-padrao de umidade (U=12%): a) valor médio do médulo de elasticidade na com- pressao paralela as fibras: E,.,, determinado com pelo menos dois ensaios; Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) 16 ) valor médio do médulo de elasticidade na com: pressio normal as floras: E.o.,, determinado com pelo menos dois ensaios. otim Admite-se que sejam iguais os valores médios dos mé- dulos de elasticidade & compressao @ & tragao paralelas astibras:E, cam ™ Exam A caractrzagdo simplicada da rgiter des madeiras Pode ser loa apenas na compresalo parslola 8s torus, acmiindese.arelaggo E,, =" E,. eapectioada em 614 20 Na impossibilidade da realizagao do ensalo de compres: séo simples, permita-se avallar 0 médulo de elasticidade Ean POF Meio de ensaio de flexdo, de acordo com o mé- todo especiticado no anexo B. Poreste ensaio, datormina- Tabela 8 - Cla NBR 7190:1997 ‘S00 médulo aparente de elasticidade na flexdo E,,, admi- tindo as seguintes relacdes: coniferas:Ey=0,85E,. dicottiedéneas: E,, = 0,90 E,. 6.3.5 Claseos do resietnoia As classes de resisténcia das madeiras tém por objetivo ‘© emprego de madeiras com propriedades padronizadas, orientando a escolha do material para elaboragao de Projetos estruturais, © enquadramento de pocas de madeira nas classes de resistancia especiticadas nas tabelas 8 @ 9 deve sor feito. conforme as exigéncias definidas om 10.6 8 de resisténcia das coniferas Contteras (Walores na condigao-padrio de referéncia U = 12%) cameo | Faliclooted [ede | facanll) ate. MPa MPa | MPa kgim? kgm? C20 20 4 3500 | 400 500 ces 25 5 8500 | 450 550 30 30 6 | 14500 | 500 600 */ Come definida em 6.1.2 Tabela 9- Classes de resisténcia das dicotiledéneas Dicotiledéneas (Valores na condigéo-padréo de referéncia U = 12%) ” Classes | ty, ty Exam Poeam », MPa MPa | MPa kgim® kgim? C20 20 4 9500 500 650 30 30 5 14 500 650 800 C40 40 6 19500 | 750 950 ceo 60 8 24500 | 800 1000 * Come definida om 6.1.2 Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA -78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 6.2.6 Caracterlzagio da madeira laminada cola: madeira compensada e da madeira recomposta ‘A caracterizagio das propriedades da madeira laminada colada para projeto de estruturas deve ser feta a partir de corpos-de-prova extraidos das pecas estruturais fabri- cadas. Para as pegas de grande porte, permite-se acaitar os resultados fomecidos pelo controle de qualidade do produtor, sob sua responsabilidade & luz da legislagao brasileira Para emprego da madeira laminada colada, de acordo ‘com esta norma, admitindo para ela as mesmas proprie~ dades da madeira das laminas, devem ser realizados os seguintes ensalos espectficos, com o que se especifica no anexo B: a) cisalhamento na lémina de cola; b) tragao a lamina de cola; oresisténcia das emendas dentadas e biseladas, A caracterizagao das propriedades de madeira compen- sada e da madeira recomposta para projeto de estruturas deve ser feta a partir de corpos-de-prova confeccionados ‘com material extraido do lote a ser examinado, de acordo ‘com normas especificas. Além disso, esses materiais de- ‘vem ser ensaiados por métodos padronizados para veri- ficagto de sua durabilidade no meio ambiente para o qual se pretende o seu emprego. 64 Valores representativos 6.4.1 Valores médios (© valor médio X,, de uma propriedade da madeira é de- terminado pela média aritmética dos valores correspon- dentes aos elementos que compoem o jote de material considerado. 6.42 Valores oaracteristicos ‘© valor caracteristco inferior Xj. menor que o valor mé- dio, 6 0 valor que tem apenas 5% de probablidade de 1ndo ser atingido em um dado lote de material. © valor caracteristico superior, X,.y,, maior que o valor médio, é 0 valor que tem apenas 5% de probabilidade de ser ultrapassado em um dado lote de material. ‘De modo geral, salvo especiticagao em contrario, enten- de-se que o valor caracteristico X, seja 0 valor caracteris- theo inferior Xp ‘Admite-se que as resisténcias das madeiras tenham dis- ttloulgses normais de probabllidades. 6.43 Valores de célculo © valor de céleulo X, de uma propriedade da madeira 6 obtido a partir do valor caracteristico X,, pela expressao Xe Xe Yw 17 ‘onde 7, 6 0 cosficiente de minoragao das propriedades da madeira © 44 6 0 Coeficiente de modificagao, que le- va em conta infiu@ncias nao consideradas por», 6.44 Cooficiontes de modificagao Os coeficientes de modificagao k,.. afetam os valores de céloulo das propriedades da madeira em funggo da classe de carregamento da estrutura, da classe de umidade ad- mitida, @ do eventual emprego de madeira de segunda qualidade. O cosficiente de modificacao k,,,, 6 formado pelo produto Kod Kret: Koad Krad © costiciente parcial de modificacao k,.4,, que leva em. conta a classedde carregamento otino de material empre- gado, 6 dado pela tabela 10, devendo ser escolhido con- forme 5.2, © cosficiente parcial de modiicagao k,.g2, que leva em Conta a classe de umidade eo tipo de material empregado, 6 dado pela tabela 11 No caso particular de madeira serrada submersa, admite- 80 OVAIOF Kag2= 0,65. © coeticionte parcial de modificago ky,,,3 leva em con- ta se a madeira 6 de primeira ou segunda categoria. No caso de madeira de segunda categoria, admite-se Kyaga= 0:8; © no caso de primeira categoria Knog 9 1.0 A condigéio de madeira de primeira categoria somente: pode sor admitida se todas as pecas estruturals forem classificadas como isentas de defeitos, por melo de méto- do visual normalizado, e também submetidas a uma clas~ sificagdo mecdnica que garanta a homogeneidade da ri- ‘gidez das pegas que compdem o lote de madeira a ser ‘empregado, Nao se permite classificar as madeiras como de primeira categoria apenas por maio de método visual de classtticagao. O coeticente parcial de modificagdo K,,., para confferas nna forma de pacas estruturais macigas de madeira serrada sempre deve ser tomado com 0 valor Koga 0,8, a fim de <2 levar em conta o risco da presenca denés de madeira no detectdveis pela inspegao visual. © costicionte parcial de modificagdo k,.., para madeira laminada colada leva em conta a curvatura da pega, va- Tendo Kyoas «10PAra pega feta e onde t é a espessura das laminas ero menor ralo de cur- vatura das laminas que compGem a segdo transversal resistente, Exemplar para uso exclusive - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) 18 NBR 7190:1997 Tabela 10- Valores de Kea, Tips de made carenomorio | yas sec eee Madete compenseda Parmanans 350 080 Tonge deste oro one Média duragao_ 0,80 0,65 Cura deste 080 O80 Taba 11-Valore do kya Glasses do unisade | Madara aminaa cada | Mads Madera conponcats wee 10 10 (3)e(4) 08 09 6.4.5 Coeficientes de ponderagao da resisténcia para ‘estados limites sltimos Ocoeticiente do ponderagao para estados limites utimos decorrentes de tens6es de compressao paralela as floras temo valorbasico = 1,4 O costiciente de ponderacdo para estados limites ultimos decorrentes de tensbes de tragao paralela as fibras tem valor basico y= 1,8 Ocoeticiente de ponderagao para estados limites uitimos decorrentes de tenses de cisalhamento paralelo’s fibras temo valorbasicoy,,,= 1,8. 6.8.6 Coeficiente de ponderagio para estados limites de utllizagao, O coeticiente de ponderagao para estados limites de uti- lizagao temo valor basico y= 1,0. 6.4.7 Estimativa das resisténciae caracteristicas Para as espécies ja investigadas por laboratérios idé- eos, que tenham apresentado os valores médios das Tesisténcias f,,, © dos méduios do elasticidade E,.,, Or respondentes a diferentes teores de umidade U% “20%, ‘adimite-se como valor de referéncia a rosisténcia média fymig OrTespondante a 12% de umidade, Admite-se, ainda, Ue esta resisténcia possa ser calculada pela expressai dada em 6.2.1, ou seja, teeta[t+ sfu%-12 ] 700 Neste caso, para o projeto, pode-se admitir a seguinte relagdo entre as resisténcias caractoristica média 70h correspondents a um cosficiente de variagéo da resis- toncia de 18%, 6.4.8 Investigago direta da resisténcla Para a investigacao direta da resisténcia de lotes homo- géneos de madeira, cada lote ndo deve ter volume supt Flora 12 m°, Os valores experimentais obtidos devem sar corrigidos ela expresso dada em 6.2.1 para o teor de umidade de 12%. A determinagao da rasisténcia média deve ser feita com elo menos dois ensaios, Para a caracterizagao simpificada prevista em 6.3.3, de lotes de madeira das espécies usuais, deve-se extralr ‘uma amostra composta por pelo menos seis exemplares, Fetirados de modo distribuido do lote, que serdo ensaia- dos a compressao paralela as fibras. Para.a caracterizagao minima especificada em 6.3.2 para ‘espécies pouco conhecidas, de cada lote serao ensaia- dos n 2 12 comos-de-prova, para cada uma das resistén- cias a determinar. © valor caracteristico da resistén pela expresso fb batts | deve ser estimado a 2 onde 08 resuitados devem ser colocados em ordem cies ante, st... sf, desprezando-se 0 valor mais alto $0.0 ndmero da corpos-de-prova for impar, néo se tomando para t, Valor inferior af, nem @ 0,70 do valor médio. Exemplar para uso exclusive - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 6.49 Estimativa da rigidez Nas verticages de seguranga que dependem da rigidez ‘da madelra, 0 médulo de elasticidade paralelamente as {ibras deve ser tomado com o valor efetivo Egat Koa Krone Kreg Eeom eo médub de elasticidade transversal com o valor efetivo eief20 7 Dimensionamento - Estados limites ultimos g, 7.1 Esforgos atuantes em estados limites diltimos 7.14 Critérios gerais 0s esforges atuantes nas popas estruturais devem ser caleulados de acordo com os principios da Estética das Construgdes, admitindo-se em geral a hipdtese de com- portamento eléstico linear dos materiais. Permite-se admitirque a distribuigao das cargas aplicadas em areas reduzidas, através das espessuras dos elemen- tos construtivos, possa ser considerada com um angulo de 45° até o eixo do elemento resistente. A consideracdo da hiperestaticidade das estruturas so- mente pode Ser feta se as ligagdes das pogas de madeira ‘orem do tipo rigido, conforme estabelecido em 8.3.1. (Qs furos na zona comprimida das segées transversais das pecas podem ser ignorados apenas quando preen- cchidos por pregos. (3s furos na zona tracionada das segdes transversais das, pegas podem ser ignorados, desde que @ redugao da érea resistanta no supere 10% da area da zona tracio- nada da pega integra. ‘Nas estruturas aporticadas e em outras estruturas capa zes de parmitr a redistribuigao de estorgos, permite-se ‘que os esfargos solcitantes sejam calculados por méto- dos que admitam © comportamento alastopléstico dos materiais. ‘As ages usuais que devem ser consideradas no projeto de estruturas de madeira estéo indicadas em 5.5. (0s coeficientes de ponderaco para a determinagao dos valores de célculo das ages estdo especiticados em 5.6 ‘8 as combinagdes de agdes em estados limites ditimos estdo definidas em 5.7. 7.1.2 Carregamentos das construgées correntes com duas cargas acidentais de naturezas diferentes (© dimensionamento das estruturas das construgdes em que haja apenas duas cargas acidentais, de naturezas iferentas, deve ser feito em fungdo das situagdes dura~ douras de carragamento, especiticados em 53.1 e 5.32. Nestas situates duradouras devem ser consideradas, 28 seguintes aces usuas: -cargas permanentes (@), como os pesos préprios dos elementos estruturais e os pesos de todos os 19 demais componentes néo removiveis da construgao, avaliadas de acordo com os critérios estabelecidos om 55.2; - cargas acidentals verticals de uso direto da cons- trugdo (Q), determinadas conforme em 5.5.3, s40.con- sideradas como cargas de longa duragao, juntamente com sous efeitos din&micos, quando elas forem cons tituidas por cargas méveis, de acordo com o estabele- cido om 5.5.4.a5.5.7; Vento (W), de acordo com estabelecido em 5.5.8. 7.4. Combinagdee iiltimas nas construgées correntes com dduas cargas acidentals de naturezas diferentes Na verificagao da seguranga em relagao aos estados | mites Uimos das estruturas das construgées correntes: ‘submetidas a cargas permanentas G e a ages varidveis, constituldas pelas cargas verticais Q decorrentes do uso normal da construgao e de seus eventuals efeitos diné- micos, @ pela ag&o do vento W, em lugardas combinagdes expressas em 5.7 , podem ser considaradas as seguintes duas combinagdee normais de ages, correspondentes a carregamentos de longa duragao, com as modiicagées: e524 Primeira combinagéo: carga vertical @ seus efeitos dind- rmicos como ago variével principal Fi = Ba Gu + Yo [Q + Vor WA] ‘onde os afeltes dinamicos, de acordo com 5.2.1, sofrem as radugSes especicadas em 5.5.4 a 5.58 para a ve- tieagao das pecas de madeira, nao se fazendo qualquer redugio dos esforgos decorrentes da ago do vento nes- ‘8a verticagdo de seguranga; ‘Segunda combinagao: vento como agao variével principal Para as pagas de madeira, ndo se fazendo qualquer redu- ‘glo dos esforgos decorrentes dos efeltos dinamicos das, cargas méveis: Ft + Ya [0.75% + Yoo] Para as pecas metélicas, inclusive para os elementos de ligagao: Zita Ge + Yo [WM + Woo Oe] Os coeficlentas de acompanhamento Woy ® Voq 880 dados pela tabsla 2. Os coeficientes de ponderagao 7 & 7q S40 dados pelas tabelas 3, 4 © 5 para as ages permanentes. ‘pela tabola 6 para as apes variveis, nelas se conside- rando sempre as combinagdes normais de agdes. 7.2 Estorgos resistentes em estados limites titimos 7.2.1 Critérios gorais Os esforgos rasistentes das pecas estruturais de madeira ‘am goral devem ser determinados com a hipétese do comportamento elastotragll do material, isto 6, com um diagrama tensdo deformagao linear até a ruptura tanto na compressao quanto na tracdo paralela as fibras. 636560 Impresso: 11/08/2017) Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pe 20 Nas pegas estruturals submetidas a flexocompressio, ‘08 esforgos resistentes podem ser calculados coma hipé- tese de comportamento elastopiastico da madeira na com: pressdo paralela as fioras. 7.22 Tragao paralola 2s fbras (© comportamento elastofragil da madeira tracionada per- mite que, quando nao for possivel a realizagéo do ensaio de tragao uniforme, a resisténcia a tragdo paralela as fi- bras seja ostimada pela prescri¢ao om 6.3.3, ou pela re- sisténcia tragao na flexdo, determinada pela tensao atuante na borda mais tracionada, calculada em regime eldstico, ensaiando-se corpos~de-prova de seco trans- versal que leve & ruptura efetiva da zona tracionada an- tes da ruptura da zona comprimida, No ensaio de flaxo devem ser tomadas procaugdes cul dadosas para eliminar o atrto nos apoios e para que as forgas aplicadas ndo provoquem esmagamento por com- pressio normal, com a possbbildade de no ensaio atua- fem forgas normals nao previstas. Para que as dofor- mages da viga nao afetom os resultados, o comprimento da viga ensaiada deve ser feta com oltoalturas da seo transversal. 7.2.8 Trago normal as fibras Aseguranca das pecas estruturais de madeira em relagéo a estados limites ultimos nao deve depender diretamente: da resistencia & tragao normal as fibras do material Quando as tensdes de tragao normal as fibras puderem atingir valores significativos, deverdo ser empragados disposttivos que impegam a ruptura decorrente dessas. tensbes, 7.2.4 Compressio normal is fibras Os esforgos resistentes correspondentes a compresstio normal a8 fibras s40 determinados com a hipotese de ‘comportamento elastopléstico da madeira, devendo ser levada em conta a extenséo do carregamento, medida Paralolamente & drego das fibras, 7.2.8 Resisténcia de embutimento Os estorgos resistentes @ solicitagdio de compresséo de pinos embutidos em oriicios da madeira so determina- dos por ensaio espocifico de embutimento, realizado s¢ gundo método padronizado, exposto no anexo B, Na auséncia de doterminac&o experimental espectfica, Permite-se a adogéo dos ciitérios simplificados estabe lecidos na tabela 12, NBR 7190:1997 7.26 Valores de eéiculo Os valores de caiculo da resisténcia so dados por ele? Te ‘onde 0 cosficiente de moditicagao k,,4 6 especificado em 6.4.4 em fungdo da classe de carregamento © da classe de umidade da madeira, ¢ os cosficientes de Ponderacéo y, das resisténcias da madeira 18m seus valo- 9s espectficados om 6.4.5. As resisténcias caracteristicas ty, @ adotar devem ser determinadas a partir dos resultados dos ensaios especi- ficados em 6.2.3, empregando-se uma das amostragens definidas em 6.4.8 Permite-se determinar a resisténcla & compressao para- lela as fibras f,.,, a pattirdos resultados do ensaio espedi- ficado em 6.3.1-a), empregando-se umadas amostragene definidas em 6.4.8, admitindo-se as demais resisténcias por meio das relagdes estabelecidas em 6.3.3 Permite-se admitira resisténcia caracteristica & compres- sao paralola as fibras f,.,, com os valores padronizados das classes de resistencia definidas em 6.3.5 @ a determi- hagao das demais resisténcias por melo das relagbes estabelecidas em 6.3.3. Para as espécies jé investigadas por laboratérios idd- eos, permite-se adotar a relacao simpliicada estabele- cida em 6.4.7 entre a resisténcia caracteristica © a resis- téncia média, 7.2.7 Resisténclas usuals de edloulo Para pecas estruturais de madeira setrada de segunda qualidade, o de madeira laminada colada, aprosontam- ‘80 na tabela 12 08 valores usuais para estruturas subme- tidas a catregamentos de longa duragao, Ocoeficiente «., indicado na tabela 12 6 igual a 1 no caso de sera extensao da carga, medida na dirego das fbras, ‘maior ou igual a 15 cm; quando esta extensdo for menor que 15cm, ¢ a carga estiver afastada pelo menos da 7,5 0m da extremidade da paca, esse coeficiente é forne- ccldo pela tabela 13. Essa tabela aplica-se também no ca- 0 de arrusias, tomando-se como extenséo de carga seu diametro ou lado. © cosficiente a, tabela 14, \dicado na tabela 12 6 fornacido pela Quando a carga atuar na oxtremidade da pega ou de mo- Go distribuido na totalidade da superficie de pegas de apoio, admte-se a, =1,0 Deve-so observer que esta definig8o nao & a mesma adotada om outas normas, em particular na NBR 6118, nas quais o coeficiente de modiicagio k,., nfo entra dretamente na expresedo da resiaténcia de célcule, Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243,599/0001-81 (Pedido 636580 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 Tabela 12- Valores usuais para carregamentos de longa duracao Mag SituagSes duradouras de projeto para carregamentos de longa duraglo (ker, ra serrada (segunda categoria: k,,.,, = 0.8) Glasses de umidade (1) ¢ (2) Classes de umidade (3) ¢ (4) pod 0,7 X1,0X0,8= 0.56 pod 0,7 X0,8X0,8 = 0,45 =14 he e218 Tuy t2= 0170 anus Fawyt2= 0154 fra enz tanbalt+ so%ta)) 100 25 fgg cy Contteras:tyo4=0,12fao4 Dicotiledéneas:ty, Extensdo da carga normal as fibras, medida a, paralelamente a estas em 1 2,00 2 1,70 3 155 4 1,40 5 1,30 78 415 10 1,10 15 1,00 Tabela 14- Valores de a, Digmetiodo pine | 6° (arctg 0,10), aplica-se at, a redugao defindaem 723, Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78,243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 nant Z| de ago de Ma 23 Figura 7.38 Flexotragao Nas barras submetidas @ flexotracao, a condigéo de se- ‘guranca 6 expressa pela mals rigorosa das duas expres- 18 seguintes aplicadas ao ponto mais solicitado da borda mais tracionada, considerando-se uma fungao |i- near para a influéncia das tensdes devidas a forga nor- mal de tragao: Suey Sins Sa oe fos wa + Sm s1 fow fea faa is i, Si Sins 4g, Sans. onde oy, 6 0 valor de célculo da parcela de tensdo nor- ‘mal atuante em virtude apenas da forga normal de tragao, fq a fesist8ncia de célculo a tragdo paralela as fibras e 08 demais simbolos tam os signiticades definidos em 734. No caso de pegas com fibras inclinadas de angulos (aretg 0,10), fog @ fea devem ser substtuldas por fag® feng Contorme 7'5.1 07°32, respectvamente 7.3.6 Flexocompressao ‘Além da verficagdo de estabilidade a ser felta de acordo com 7.5, a condiego de seguranca relativa a resisténcia das segSes transversais submetidas & flexocompresséo 6 expressa pola mais rigorosa das duas expressdes se- ‘uintes, aplicadas ao ponto mais solicitado da borda mais ‘comprimida, considerando-se uma fungao quadratica pa~ faa influéncia das tenses devidas & forga normal de compressa: Sues, St St (=) tee fea st iy i (et) Tas tas ‘onde oy, 40 valor de céloulo da parcela de tenso normal atuanto em virtude apenas da forga normal de compres- 840 f,.46 2 resistencia de célculo a compressio parelela {as fibras © os demais simbolos tém os significados de- finidos em 7.3.4. No caso de pacas com fibras inclinadas de éngulos c= 6° (arctg 0,10), fn, @ Yo. dover ser substituidas por fopa® hes Conforme 7.5.267°3.1, respectivamente 7.4Solicitagdes tangencis 7.4.1 Cisalhamento longitudinal em vigas Nas vigas submetidas a flexdio com forga cortante, a con- digdo de seguranga em relagao as tensdes tangenciais 6 expressa por hey ‘onde t, 6 a méxima tensdo de cisalhamento atuando no pponto mais solicitado da pega Em vigas de segdo transversal retangular, de largura be altura h, tem-se Me aM. rr) Na falta de determinagao experimental especttica, admi- tom-so, de acordo com 7.2.7, coniteras:fyo4= O12 feng dicotiledéneas: f,4,= 0.10.4 Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) 24 ‘7.42 Cargas concentradas junto aos apolos diretos Nas vigas de altura h que recebom cargas concentradas, {que produzem tensées de compressao nos planos longi- tudinals, a uma distancia a <2 h do elxo do apoio, o cal- culo das tensdes de cisalhamento pode ser fefto com uma forga cortanta reduzida de valor a ‘or 7.4.8 Vigas entalhadas No caso de variagbes bruscas de segéo transversal, de- Vidas a entalhes, deve-se muttiplicar a tensao de cisalha- ‘mento na segao mais fraca, de altura h,, pelo fator h/h,, obtondo-se o valor ye Me fh eo Bh hy respettadaa resrgdo h, > 0,75 h (ver figura). No caso de se tor hy/n < 0,78, recomenda-se o emprego da parafusos verticais dimensionados a tracdo axial para atotalidade da forea cortante a ser transmitida ouo ampra- go de variages de seco com misulas de comprimento ao menor que trés vezes a altura do entalhe, respeitan- do-se sempre o limite absoluto h/h 2 0,5 (ver figura 3) 7A. Torgao ecomenda-se evitar a torgao de equiltio em pecas de madeira, em virlude do risco de ruptura por trag&o normal {as fibras decorrente do estado miltiplo de tensdes atu- ante. NBR 7190:1997 Quando 0 equilibrio do sistema estrutural depender dos estorcos de toreao (toreao de equilfbrio), deve-se respeitar a condigao Trakhoe calculando-se r,4 pelas expressées da Teoria da Elas~ ticidade, sob agdes das solictagdes de calculo T, dete minadas de acordo com as regras de combinagéio expres- sasem 5.7. 7.5 Estabilidade 7.5.1 Generalidades ‘As pocas que na situapo de projeto so admitidas como solicitadas apenas & compressao simples, em principio. devem ser dimensionadas admitindo-se uma excentrici- dade acidental do esforco de compressao, em virtude das imporfaigdes geométricas das pacas e das excentri- ‘cidades inevitéveis dos carregamentos, levando-se ainda ‘em conta os acréscimos destas excentricidades em de- ‘corréncia dos efeitos de segunda ordem e, nas pecas es- boltas, da fluéncia da madeira, AAs exigéncias impostas ao dimensionamento dependem da esbettoz da peca, definida polo seu Indice de esbaltez ‘onde L. 6 um comprimento teérico de referéncla © Inj, 60 Talo de giragao minimo de sua segao transversal Para as pegas de comprimento efetivo L engastadas em uma extremidade e live da outra, adota-se L, = 2L. Para as pecas de comprimento efetivo L em que ambas as extremidades selam indeslocdveis por flexo, adota- ‘80 Ly = L, néo se considerando qualquer reducao em vir- tude da eventual continuidade estrutural da pega, Figura2 Gas il B3th-h) Figura Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 7.52 Excentricidade acidental minima ‘A excentticidade acidental devida as imperteigSes geo- métricas das pecas 6 adotada com pelo menos 0 valor = 1,300 7.8. Compressio de pegas curtas Para as pegas curtas, definidas pelo indice de esbettez 4, $40, que na situacao de projeto so admitidas como solictadas apenas & compressao simples, dispensa-se a considerago de eventuais efeltos de tlexao, Para as pegas curtas, que na situagao de projeto sao ad- mitidas como solicitadas & flexocompressao, as condi- Ses de seguranca sdo as especificadas em 7.3.6, com (0s momentos fletores determinados na situagao de pro- joto. 7.544 Compressio de pegas medianamente esbeltas Para as pegas medianamente esbeltas, detinidas pelo Indice de esbeltez 40 < i. < 80, submetidas na situagao de projeto a flexocompresszo com os esforgos de célculo N,@M,, ,al6mdas condig6es de seguranca especticadas em 7.3.8, também deve ser verificada a seguranga em relagao 2o estado limite ultimo de instabilidade, por meio de teoria de validade comprovada experimentaimente. Considera-se atendida a condigao de seguranga relativa 20 estado limite uitimo de instabilidade, se no ponto mais ‘comprimido da segdo transversal for respeitada a con- digao Su, Sm 4 fos a aplicada isoladamente para os planos de rigidez minima fede rigidez maxima da pega, dispensando-se esta veri- tleagdo quando o correspondente indice de esbeltez = Lfsnamponerte $40. Nesta verificagao, consideram-se oa Valor de célculo da tensao de compressio devida & forga normal de compresso ‘oy valor de eéiculo da tenséo de compresséo devida ‘20 momento fletor M, calculado pola expresso My=Ng.@y onde sendo 6 decorrente dos valores de célculo M,, @ N, na situagao de projeto 25 A excentticidade inicial ¢, devida & presenga do momento M,, seré tomada com um valor nao inferior a h/30, sendo h @ altura da sega transversal roferente ao plano de ve- rificagao, Acxcentiidade acdrtal minima o,édadeem 7.5208 Aspeteee, aeipeseaper few Sigel uy ene 40 momenta de rca da sepHo vaneversal da pega relativo ao plano de flexo em que se esté vertfican- do a condigdo de seguranga, eE,, , dado em6.4.9 7.5.5 Compress de popas esbeltas Para as pegas esbeltas, definidas pelo indice de esbeltez 4.» 80, ndo se permitindo valor maior que 140, submeti- das na situacdo de projeto a flexocompresso com os estorgos de célculo N, 0 M,,,,@ verficagdo pode ser feita como em 7.5.4 pela expressao Sig Su 4 ta” laa com mone tendo F, 0 valor dado em 7.5.4, sendo a excentricidade ‘efetiva de primeira ordem o, ., dada por a= 842,28, 48, 48, conde e, 6 a excentricidade de primeira ordem decorrente, da situagao de projeto, 9, 6 a excentricidade acidental minima ¢ e, é uma excenticidade suplomentar de primel- ra ordem que representa a flugncia da madeira Estas excentricidades s4o determinadas pelas expres- 860s seguintes: ge Mae Mies + Mw Ne Ne conde Migq ® M,,, 840 08 valores de céleulo, na situacdo de projetd, dos thiomentos devidos &s cargas permanentes eas cargas varidveis, respectivamente; e, = excentricidade acidental minima, dada em 7.6.2, nao ‘86 fomando valor menor que hv30; furan te stesonel || On Ere Nae (vi wa)Nae) com vy ye54 onde Ny, © Ny 840 08 valores caracteristicos da forge normal devidos as cargas permanentes e varidvels, re5- pectivamente,com y, @ydados em 5.4.6, ¢ onde M,,, 6 0:valor de eéleulo do momento flator devido apenas fe agdes permanentes. CO coeficiente de fluéncia ¢ 6 dado pela tabela 15. Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.699/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) 26 Tabela 15 - Coeficiente de fluéncia Giteee Classes de umidade carregamento mee wee) Permanente ou de longa 08 2.0 duragao Média duragao 0.3 10 Curta duragaio of 0s 7.8. Estabilidade lateral las vigas de segio retangular AAs vigas fletidas, além de respeitarem as condigSes de seguranga exprassas om 7.3.3, devem ter sua astabili- dado latoral verificada por teoria cuja validade tenha sido ‘comprovada experimentalmente, Dispensa-se essa verificagdo da seguranga em relagao 0 estado limite timo de instabilidade lateral quando forem satisfeltas as seguintes condigbes: +08 apoios de extremidade da viga impedem a rota- Go de suas segSes extremas em torno do eixo longi- tudinal da pega; ~ existe um conjunto de elementos de travamento 20 longo do comprimento L da viga, afastados entre si de uma distancia néo maior que L,, que também im- pedem a rotagdo dessas segdes transversais emtor- To do ixo longitudinal da paca; ~ para as vigas de sogao transversal retangular, de largura b e altura h medida no plano de atuagao do ccarregamento. bs > onde o coeticiente 2 mares esi 0.265 " h (B89) 6 dado na tabela 16, para Costiciente de corregso Be 1,4 @ para o NBR 7190:1997 ‘Tabela 16 - Coeficiente de cortecao fy h i" Pu 1 60 2 88 3 123 4 15,9 5 135 8 23,1 7 267 8 30,3 ° 340 10 37.6 " 442 12 aaa 13 40.5 14 52,1 18 55.8 16 59,4 17 63,0 18 86,7 19 703 20 74,0 também se dispensa a veriticacdo da seguranga em felagao ao estado limite timo de instabilidade lat- eral, desde que sejam satisfeitas as exigéncias de 7.3.3,com a 7.6 Estabilidade global -Contraventamento Soy 7.8.1 Genoralidades AAs estruturas formadas por um sistema principal de ele- ‘mentos estruturais, dispostos com sua maior rigidez em planos paraleios entre si, devem ser contraventados por ‘outros elementos ostruturais, dispostos com sua maior Tigidez em planos ortogonais aos primeiros, de modo a lmpedir deslocamentos transversais excessivos do sis tema principale garantira estabilidade globaldo conjunto. No dimensionamento do contraventamento devem ser consideradas as imperfei¢des geométricas das pecas, {5 excentricidades inevitavels dos carregamentos 6 os efeitos de segunda ordem decorrontes das deformagses das pogas fletidas, Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA -78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 Na falta de determinagao especttica da influéncia destes fatores, permite-se admitir que, na situagao de caiculo, ‘em cada né do contraventamento seja considerada uma forga F ,,, com diregdo perpendicular ao plano de resistén- cla dos elementos do sistema principal, do intensidade convencional, conforme o que adiante se estabelece, 7.6.2 Contraventamento de pecas comprimidas Para as pegas comprimidas pela forga de edlculo N,,com articulagées fixas em ambas as extremidades, cuja astabilidade requeira o contraventamento lateral por ele- mentos espacados entre si da distancia L,, devem ser respeitadas as seguintes condigdes adiante especifica- das em fungao dos parémetros mostrados na figura 4 As forgas F,, atuantes em cada um dos nés do contraven- tamento podem ser admitidas com o valor minimo conven- clonal de N/1S0, correspondents a uma curvatura inicial da peca com flechas da ordem de 1/300 do comprimento do arco correspondente. Arigidez K,, , da estrutura de apoio transversal das pegas de contraventamento deve garantirque a eventual instabl- lidade tedrica da barra principal comprimida corresponda ‘a um elxo deformado constituido por m semi-ondas de comprimento L, entre nés indeslocéveis. A rigidez K,, , deve ter pelo menos o valor dado por: Ena! 2 &» <3 Kecrmn = Sendo = 1+ cos © (vortabela 17) he ™ Na 27 onde: m 6 o niimero de intervalos de comprimento L, entre as (m-1) linhas de contraventamento ao longo do comprimento total L da peea principal; , 6 adistancia entre elementos de contraventamento; E,. 16 0valor do médulo de elasticidade paralelo as fibras da madeira da pega principal contraventada, conforme 6.4.95, |, 6 0 momento de inércia da segao transversal da ega principal contraventada, para flexo no plano de contravantamento, ‘$0008 elementos de contraventamento forem comprimidos elas forgas Fy, eles também deverdo ter sua estabilida- de veriicada, Esta verticacao 6 dispensada quando os, ‘elementos de contraventamento forem efetivamente fixe dos em ambas as extremidades, de modo que eles pos- sam cumprir sua funcdo, sendo solicitados apenas a tra- do em um de seus lados. ‘As emendas dos elementos de contraventamento @ as suas fixagdes &s pecas principais contraventadas deve ser dimensionadas para resistirem as forcas F., Tabela 17-Valores de ap, 3 Banen Figura 4 - Pardmetros para verificagéo da estabilidade lateral Exemplar para uso exclusive - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) 28 7.8.3 Contraventamento do banzo comprimide das pega fletidas Para o contraventamento do banzo comprimido de trell- {gas ou de vigas fletidas, admitem-se as mesmas hipd- teses especiticadas em 7.6.2, adotando-se para F,, os mesmos valores anteriores, aplicados neste caso & to- sultante R.,, das tensdes de compressdo atuantes nesse banzo, na situagao de calculo, No caso de vigas, a validade desta hipstese exige que esteja impedida a rotagao, em tomo de seu eixo longitudi- nal, das segGes transversais de suas duas extremidades, 7.64 Estabilidade global de paralelo Para um sistema estrutural principal, formado por uma ‘série de n elementos estruturais planos em paralelo, cuja estabilidade lateral individual requeira contraventamento, deve ser prevista uma estrutura de contraventamento, ‘composta por outros elementos estruturals planos, dis- postos em planos perpendiculares ao plano dos elemen- tos contraventados, Se a estrutura de contraventamento ostiver submetida a ccartegamentos externos atuantes na construgao, os seus efeitos devem ser acrescidos aos decorrentes da fungo do contraventamento. No caso de estruturas de cobertura, na falta de uma andlise ‘estrutural rigorosa, permite-se considerar a estrutura de ontravantamento como composta por um sistema do traligas verticals, dispostas perpendicularmente aos el mentos do sistema principal, e por treligas dispostas per- Pendicularmente ao plano dos elementos do sistema es- trutural principal, no plano horizontal e no plano da cober- tura, colocadas nas oxtromidades da construgéo e em posigées intermedidrias com espagamentos ndo supe- riores a 20m, O sistema de treligas verticals 6 formado por duas diago- nais, dispostas verticalmente em pelo menos um de cada {ts vaos definidos pelos elementos do sistema principal, © por pecas longitudinais que liguem continuamento, de ma extromidade a outra da construgao, es nés homélo- gos dos banzos superior @ inferior dos elementos do sis- tema principal, como mostrado na figura §. Em cada né pertencente ao banzo comprimido dos ele- mentos do sistema principal, deve ser considerada uma forca transversal ao elemento principal, com intensidade F,,= N10, onde Ny, 6 0 valor de célculo da resultant das tensées atuantes no banzo comprimido de um ele- ‘mento do sistema principal, AAs estruturas de contraventamento das extremidades da construggo, como mostrado na figura 6, e de eventuais osig6es intermediarias, quando existentes, dever rasis- tir, em cada um de seus nés, a forgas cujo valor do célculo F,, corresponda pelo menos a 2/3 da resultante das n fotgas F,, existentes no trecho a ser estabilizado pela es- trutura dé contraventamento considerada. NBR 7190:1997 AA tigidez destas estruturas de contraventamento deve sertal que o seu né mais deslocdvel atenda a exigéncia do tigidez minima 2 2 Km Ke Gn onde Ky nin 6daco om 7.6.2 7.7 Pecas compostas TA Goneralidades ‘As pegas compostas por elementos justapostos solida- rizados continuamente podem ser consideradas como se fossem peges macigas, comas restrigdes adiante esta- belecidas. 7.7.2 Peas compostas de se¢ao T, I ou ealxo, ligadas por pregos ‘As pecas compostas por pegas serradas formando segéo T,, lou caixéo, solidarizadas permanentemente por liga- '¢6es rigidas por progos, definidas em 8.3.1, dimensiona- das ao cisalhamento como se a viga fosse de sego ma- ciga, solicttadas a flexao simples ou composta, podem ser dimensionadas como pecas macigas, com segéo transversal de drea igual & soma das éreas das sogdos dos elementos componentes, @ momento de inércia ef tivo dado por Nea hy onde |, & © momento de inércia da segéo total da pega ‘como se ela fosse macica, sendo para segées T:0, + para seg6es | ou calxao: ‘Na falta de verificagao especitica da seguranga em rela- 40 a establidade da alma, recomenda-se 0 emprego de enrijecedores perpendiculares ao eixo da viga, com ‘espagamanto maximo de duas vezes a altura total da vi- ge 7.7.3 Pegas compostas com alma om trelipa ou de chapa de madeira compensada ‘As pegas compostas com alma em treliga formada por tabuas diagonais @ as pecas compostas com alma for- mada por chapa de madeira compensada devem ser dimensionadas a flexdo simples ou composta, conside- rando exclusivamente as pegas dos banzos traclonado @ comprimido, sem redugao de suas dimensoes, A alma dessas vigas @ as suas igagdes com os respec- tivos banzos devem ser dimensionadas a cisalhamento como se a viga fosse de segdo maciga, Exemplar para uso exclusive - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.599/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) NBR 7190:1997 29 Figura 5 - Arranjo vertical de contraventamento de extremidade Contraventamento Fao aria Figura6 - Arranjo horizontal de contraventamento 7.74 Pegas compostas por laminas de madeira colada ‘As pegas do madeira laminada colada davem ser forma- das por laminas com espessuras ndo superiores a 30 mm de madeira de primeira categoria conforme as exigéncias de 6.4.4, ooladas com adesivo @ prova d'agua, & base de tenol-lormaldedo sob pressao, em proceso industrial ade- ‘quado que solidarize permanentemente o sistema, {As laminas podem ser dispostas com seus planos médios paralelamente ou perpendicularmente ao plano de atua- do das cargas. Em laminas adjacentes, de espessura t, suas emendas devem estar afastadas entre si de uma distancia pelo ‘menos igual a 25 tou a altura h da viga. Exemplar para uso exclusivo - COLEGIO MATER DEI LTDA - 78.243.699/0001-81 (Pedido 636560 Impresso: 11/08/2017) 30 Todas as emendas contidas em um comprimento igual & altura da viga sao consideradas como pertencentes & mesma segao resistente, ‘As laminas omendadas possuem a seco resistente re- duzida Brose Aap ‘onde cr, tem os seguintes valores ~emendas dentadas (finger joints): , 9 semendas em cunha com inclinagao de 1:10: 85 - emendas de topo: a, = 0 7.7.5 Pegas compost cconectores metélicos de secao retangular ligadas por As vigas compostas de sorao retangular, ligadas por co- ectores metalices, solictadas a flexo simples ou com- posta, suposta uma execucao culdadosa @ a existéncia de paratusos suplementares que solidarizem permanen- temente o sistema, podem ser dimensionadas a flexao, ‘em estado limite ultimo, como se fossem pegas macigas, reduzindo-se o momento de inércia da segdo composia, adotando-se: a= sendo para dois elementos superpostos: a, «para trés elementos superpostos: a, = 0,70 ‘onde |,, 60 valor fetivo @ I, 0 Seu valor tedrico. Os conectores metalicos deve ser dimensionados para resistirem ao cisalhamento que existiia nos planos de Contato das diferentes pogas como se a pega fosse ma- oka. 7.8 Estabilidade de peas compostas 7.8.1 Pegas solidarizadas continuamente A estabilidade das pocas compostas por elementos justa- Postos solidarizados continuamente pode ser verificada ‘como se elas fossem macigas com as restrigSes impostas em77. ‘As pacas compostas solidarizadas descontinuamente por ‘espagadores interpostos ou por chapas laterals de fixa- {¢80, como mostrado na figura 7, devem tersua seguranga Veriticada em relagao 20 estado limite ultimo de instabil- dade global. Para as pegas compostas por dois ou trés elementos de Sepao transversal rotangular, permite-so a verificagao es- Pecificada por esta Norma conforme 7.5, como se elas fossem de segéo macica, nas condigbes adiante estabe- lecidas. Os espagadores devem estar igualmente afastados entre ssiao longo do comprimento L da pega. A sua fixagdo aoe elementos componentes deve ser felta por ligagdes rigi- NBR 7190:1997 das com pregos ou parafusos, conforme as exigénoias 08.3.1, Permite-se que estas ligagdes sojam feitas com apenas dois parafusos ajustados dispostos ao longo da diregao do elxo longitudinal da peca, afastados entre side no mi- imo 4d e das bordas do espacador de pelo menos 7d, desde que 0 diametro de pré-turacao d, seja felto igual 20 didmetro d do paratuso. Nessa verificagao, para as segdes mostradas na figura 8, admitem-se as seguintes relagées: ‘Sego do elemento componente Ay=bih, 1, = byhg/42 l= hybest2 ‘Seo composta Az Van +2Ae Ner= Bil, com Lm at eet _t Ao Tateat onde: m=nuimero de intervaios de comprimento L, em que fica dividido © comprimento L total da pega; a, = 1,25 para espagadores interpostos; a, = 2,26 para chapas laterais de fixagio; 7 nee A veriicapéo deve ser feta como se a pera fosse maciga de ego ransversalcom rea Ae momentosde inércla¢ Nessa veriicagao, as condi¢Ses de seguranca especiti- cadas om 7.5 sao representadas por Ne Male My (y “A Ta "2a, 8, ( tag onde is tie ‘A seguranca dos espagadores @ de suas ligagdes com 08 elementos componentes dave ser verificada para um esforgo de cisalhamento cujo valor convencional de cal- culo 6 dado por Va = Ar hoa Dispensa-se a verificagao da establidade local dos tre- cchos de comprimento L, dos elementos componentos, desde quo respeitada as limitagses: 9b,

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