Você está na página 1de 52
Darwinismo Stee f Charles Darwin : © PALE O“NETO” DA R@L EVOLUCAO alse] MON yl Cerro we Mg egy Ss /8 yes F eC ELL pscobtatuseg * oi ng Ensinomentos (io x oes Pe ents , ri é Livros z, filmes a en TST ze CER reritey VEGANISMO oD Peete con hamburguer 100% de plantas Inceligéncia Artificial 4 vegano de lea . * Terria alimentos de ; ) crigem animal usando apenas Sidi . j ingredientes vegetais ONSEN DONSCHENTE fersnseni_snser Pan CEC iy CCC CTT A NIDIELAL Ts VE ee a aeeR am) pe coronavirus ie) ro Cy CS Uy BAIXE JA! anes, EO DarwinisMO KLUB EDITORIAL LTDA. ME ‘Av. Nova Cantarelra, 5027 Temembé, S40 Paulo, SP ceP 0341-002 Klubeditorialagmail com PUBLISHER, DIRECAO DE ARTE E DESIGNER GRAFICO: Sivio Resehilani JORNALISTA RESPONSAVEL EEDITORA: leda Maria Cerquelra Registro no Sindicado dos Jomalistas de SP Neb 18401 WHATSAPP: +55 11 99588-7493, iedaaklubeditorlalcom.be REDES SOCIAIS: ikiubeditorial FOTOGRAFIA: Assessoras de Imprensa, Reproducio ste, Wikimedia Commons FONTES: Wikipedia, A Origem das Espécies, (OCapeldo do Diabo e Evolugio DISTRIBUIGAO EM BANCAS DIGITAIS: EDICASE ASSESSORIA: wiv edicase combr ‘CONSULTOR CONTABIL: Jai Pereira jaro0702@gmailcom ‘CONSULTOR JURIDICO: Eric Hira VoL NS, 200, 5 990, 89 2526-5296 [IDEAS EREVOLUCOES e uma publcaea0 mensal (Klub hoi Lida ME CNP) 19037 $8600 97. Registro do ttenatianal Standard Serial Number SSH no tstuto Basler de mformags0 fem Cinciae Tecnologia ICT). em Baila 1060 ‘imero 25265296, [NOSSAS PUBLICACOES: ARTE KLUB, CCANTINNO DO CHEE DEIAS REVOLUGOES, SPACO PETS, SSORTS 365, SUSH ART UNIVERSO BEBE ECRANCA VIAGENS E DESTINOS, LVROS: CRONICAS EM CORES, ALMANA- (QUE DOS ARTILHEIROS AMERICAS Pau a ann Reel) Prone ane) R@L © PODER DA EVOLUE RENAN Meme, termo to usado atualmente nas redes sociais, foi criado por Richard Dawkins no livro “O Gene Egoista”,em 1976, e é sinénimo de gene. Seu unico objetivo é sobrevi- ver e se multiplar, assim como os posts de hoje em di Outro termo surgido das obras de Darwin foi o agnosti- cismo. Para um agnéstico, a razao humana é incapaz de prover fundamentos racionais suficientes para justificar tanto a afirmacao de que uma divindade existe quanto a afirmacdo de que uma divindade nfo existe. Ou seja, é indiferente a existéncia de um Deus. Nesta edicdio, apresentamos a profundidade e a grandeza extraordinaria da ideia formulada por Charles Darwin e dissecada por Richard Dawkins, e outros bidlogos evol cionistas do século XX, e seu espantoso poder explicativo: principalmente as suas profundas implicacdes no que diz respeito a nds mesmos e a nossa visio do mundo, As descobertas revelam a riqueza do Universo quando o vemos a luz do entendimento cientifico.A ciéncia revela uma realidade extraordinaria que vai muito além do que imagina a trad Afinal, de onde viemos? Livros e filmes tentam explicar essa monumental e épica jornada que a vida vem em- preendendo nesses 3 bilhdes de anos. Enfim, boa leitura... } \ Fish Salamander Tortoise Hog Calf Rabbit Human fe DARWIN FOTOS: WIDIMEDIA COMMONS -ONTE WIKIPEDIA E FONT peer ecscccseccocscocecee; ORIGEM DAS ESPECIES UM DOS MAIORES. GENIOS DA HISTORIA Seu livro de 1859, “A Origem das Espécies”, causou espanto na sociedade da época. Ja em 1870, a evolucao por selecao natural tinha apoio da maioria dos intelectuais. Sua aceitacao =~ universal, entretanto, nao foi atingida até a emergéncia a Sintese evolutiva moderna entre as décadas de 1930 e 1950 quando um grande consenso consolidou a selecao Natural como 0 mecanismo basico da_evolu ao.A teoria de... “Darwin € considerada’‘o mecanismo’ unificador para. explicar ‘a vida e a diversidade_na Terra, Por seu_papel_cientific _Darwin_é considerado_uma_das-malores_personalida —da_historia-da-humanidade.-- =» : eae pat ey IDEIAS EREVOLUGOES 5 _ das espécies, tinica - figura da edicao original de “A Ori- ~ gem das Espécies”. Ea assinatura de Darwin. 6 WEIAS E REVOLUGOES m seus primeiros anos, Darwin recu- sou cursar medi- a na Universidade de Edimburgo. Focou-se em pesquisar sobre animais invertebrados. Pela Uni- versidade de Camb ele optou pelas ciéncias naturais e viajou duran- te cinco anos pelo HMS Beagle, projeto que o lan- ou como iminente ged- logo e cujas observagées sustentaram as ideias de Charles Lyell; as publi- cagées de seus didrios sobre os trajetos percor- ridos consolidaram sua trés viagens de exploracao. HMS Beagle, da Marinha Real Briténica, empreendeu ORIGENS DAS ESPECIES fama. Intrigado com a distribuigio _geografica da vida selvagem e dos fosseis coletados duran- te sua viagem, Darwin comecou _investigacdes detalhadas e, em 1838, concebeu a teoria da se- lego natural. Depois de discutir suas ideias com varios naturalistas, Dar- win precisava de mais tempo para tornar sua ideia pablica, algo que entrava em conflito com seu extensivo trabalho geoldgico que tinha prio- ridade. Em 1858, 0 na- turalista Alfred Wallace MAULL & FOX PHOTOGRAPHERS Alfred Russel Wallace, (Pais de Gales, 1823 - 1913) foi um natu- ralisto, geégrafo, antropélogo bi6logo britanico. 5) foi um Charles Lyell (1797-1 advogado e gedlogo briténico. manda pelo correio um ensaio cientifico para Darw estabelecendo as teorias semelhantes. O naturalista adianta o langamento de seu livro apés 30 anos de estudos € prope uma publica- ¢4o em conjunto. Consagrada, a publi- cacao denominada “A Origem das Espécies”, a teoria evolutiva dar winiana mudou drasti- camente 0 cenario das ciéncias bioldgicas, tor- nando-se a explicacao dominante sobre o por- qué da diversidade natu- ral do planeta. Em 1871, Darwin volta a publicar THE ORIGIN OF SPECIES livros significativos, des- ta vez sobre a sexua- lidade humana e sua descendéncia, “A Des- cendéncia do Homem e Selecio em Relacao ao Sexo”, seguido por “A Expressdo da Emogao em Homens e Animais” em 1872. Em reconheci- mento a importancia do seu trabalho, Darwin foi enterrado na Abadia de Westminster, préximo a Charles Lyell, Herschel e Isaac New- ton. Foi uma das cinco pessoas no ligadas a familia real inglesa a ter um funeral de Estado no século XIX. “A Origem das Espécies” (em inglés:“On the Origin of Species”), do naturalista britdnico Charles Darwin, apresenta a Teoria da Evolucéo. O nome completo da primeira ediedo (1859) 6 “Da Origem das Espécies por Meio da Selecao Natural ou a Preser- vacéo de Racas Favorecidas na Lute pela Vida”. Somente na sexta edicao (1872), 0 titulo foi abrevia- do para “The Origin of Species” (‘A Origem das Espécies”), como é popularmente conhecido. IDEIAS E REVOLUGSES 7 Petr Ua OM Cols ot Ltd PMR hod wsbury, em 12 de OT ce MLL Ce a abril de 1882). Foi Tee tie od eee eas Pee os Parmeter td evolugéo nas cién- cias biolégicas. Jun- Pet tle ea NAA Ete oy tae tabeleceu a ideia de CT cole og Srey descendem CORTE Ue Ue) mE eT aod agora amplamente aceito e considera- eee OTe me) en ema cts eee toners mos evolutivos sao Prot ete l Me MES [oo PnP Cte eer Cee sobrevivéncia resul- reenter similares as da sele- eerie 8 WEIAS E REVOLUGOES PINTURA DE CONRAD MARTENS “AVIAGEM COM O BEAGLE is¢elebrizada pelos resultados obtidos por es Charies Darwin, entao um ‘jovem naturalista que seguia a bordo como coletor e consultor cientifico da expedicao. viagem —come- ¢ou pouco de- ois do Natal de 1831, durando quase cinco anos. Como o ca- pitéo FitzRoy planejou, Darwin conseguiu passar a maior parte do tempo em terra para investigar materiais geolégicos e acumular colecées de artefatos naturais, en- quanto o Beagle era re- parado e abastecia. Nes- sa época ele comecou a esbocar suas primeiras observacées e quando podia mandava espéci- mes encontrados para ‘Cambridge, anexando copias do seu diario de viagem para sua fami- lia. Tinha algum conhe- cimento em geologia, e experiéncia em. colecio- nar besouros e dissecar IDEIAS E REVOLUSOES © O percurso do navio HMS Beagle, 1831 - 1836.A expedicao partiu do Reino Uni- do e circundou o globo, atravessando a costa daAmérica do Sul, o Oceano Pacifico, Australia e Oceania, Africa do Sul, retornando para o Brasil e por fim voltando paraa Inglaterra. invertebrados marinhos, mas em outras areas era novato e recolhia espéci- mes habilmente para se- rem apreciados por es- pecialistas. A maioria de suas anotac¢ées era sobre invertebrados marinhos, ‘como os planctons. A primeira parada foi em Santiago, Cabo Ver- de, onde Darwin achou amontoado de rochas vulcdnicas a grande alti- tude com varias conchas. O capitao FitzRoy deu- -lhe o livro de Charles Lyell, “Principles of Geo- logy”, o qual defendia os conceitos do uniformita- rismo ea lenta formacao e movimento das rochas por longos periodos, pen- samento logo sendo ado- tado por Darwin e que comecou em seguida a teorizar seus préprios conceitos. Na chegada ao Brasil, Darwin encan- tou-se com a floresta tropical mas desprezou a escravidao na regido, de- batendo sobre o assunto com Fitzroy. George's ound Nas Ilhas Galapagos, famosas por sua forma- ¢ao geolégica vulcanica, Darwin buscou por evi déncias ligando a vida selvagem com elemen- tos que indicassem um inicio de vida antiga na Terra, e encontrou tenti- Ihdes que variavam entre si de ilha em ilha, inclusi- ve daqueles encontrados no Chile. Darwin soube de carapacas, tartaru- gas correspondentes de cada uma das ilhas, mas acabou falhando em co- leta-las pois foram ser- vidas como comida no marsupiais e 0 ornitor- rinco chamaram tanta a atengao de Darwin pelas IDEIAS E REVOLUGOES suas peculiaridades que ele chegou a cogitar na obra de dois distintos Criadores. Enquanto organizava seus diarios na volta para casa, Darwin deixou ano- tado que, se suas suspei- tas sobre os tentilhdes, tartarugas e raposas das Ilhas Falkland estavam corretas, “tais fatos ‘es- tabelecem’ uma base co- mum entre as espécies”, € entao cuidadosamente acrescentou um “pode- ria estabelecer” ao invés de apenas “estabelecer”. Mais tarde Darwin fe incisivo que os fatos “jo- gam uma luz para mim sobre a origem das espé- cies”. As lihas Galapagos, localiza-se no Oceano Pacifico a cerca de mil quilémetros da costa da América do Sul e fazem parte do territério do Equador. Lé deparou-se com os tentilhées e seus diferentes bicos, 0 que acendeu a chama da teoria da evolugdo das espécies pela selegao natural. 12 IDEIAS E REVOLUGOES SURGIMENTO E CONCEITO DA PEORIA EVOLUTIVA Darwin em sua juventude e comecando sua prestigia- da carreira cientifica, \ RETRATO POR G. RICHMOND” Darwin agora tinha 0 ma- terial base para trabalhar sobre a teoria da selecao natural, o seu “hobby prin- cipal”. Suas pesquisas inclui- ram intensas investigacdes sobre a selecao artificial de plantas e animais e a busca por evidéncias de que os animais nao sao fixos, investigando ideias para substanciar a sua teoria. Durante quinze anos esta tarefa era secundario, tendo ele se ocupado principal- mente nos seus escritos so- bre geologia e em publicar em periddicos especializados sobre suas colegdes do Beagle. IDEIAS EREVOLUGGES 13 um “ensaio” de 230 paginas, obra para ser ex- pandida com seus outros trabalhos caso mor resse prematuramente. Em novembro, foi langado © livro anénimo “Vestiges of the Natural History of Creation”, que ficou entre os mais vendidos e trou- xe grande atencao publica na transmutacao. Darwin desdenhou do amadorismo na geologia e da zoologia da publicacio, mas revisou cuidosamente os seus pro- prios argumentos.A controvérsia emergiu e€ 0 livro continuou vendendo bem, apesar das criticas dos cir- culos cientificos. No inicio de 1856, Darwin estava investigando se ‘vos e sementes poderiam sobreviver na agua ma- rinha para espalhar seus descendentes pelo oceano. Lyell estava intrigado pelas especulacdes de Darwin, sem realmente perceber o que de fato dizia em toda a sua dimensao.Ao ler o livro de Alfred Russel Wallace, “On the Law which has Regulated the Introduction of New Species”, ele viu similaridades com o pensamen- to de Darwin e avisou que publicasse seu trabalho o quanto antes. Embora Darwin nao tenha se intimi- dado, em 14 de maio de 1856 ele comegou a escre- ver um manuscrito. Conseguir responder perguntas dificeis, fez ele ganhar ritmo e aumentou seus planos para um “grande livro sobre as espécies” intitulado “Natural Selection”, o qual deveria também conter no cabecalho algo como “excluindo o homem”. Ele con- E- 1842, Darwin desenvolveu seu “rascunho” em tinuou suas pesquisas, obtendo espécimes e informa- des de naturalistas pelo globo, incluindo de Wallace, que estava em Bornéu. Em meados de 1857, ele adi- cionou uma segao chamada “Teoria aplicada das Ragas Humanas”, mas nao avancou no tépico. © livro de Darwin estava apenas parcialmente completo quando, em 18 de junho de 1858, ele re- 14 WEIAS E REVoLUGoES ~~ NS —_ hi pee © Sees f Tha bikes ta Avo. nen. Le ebro, ORR Ee r fret fsPn tn BeDd Em meados de julho de 1837 Darwin fez o rascunho de uma arvore evolutiva na pagina 36 de seu diario “B”, anotando I think (“eu acho que”). cebeu uma carta de Walla- ce descrevendo a selecio natural. Chocado que sua ideia tenha sido antecipada por outra pessoa, Darwin a enviou para Lyell no mes- mo dia, como instruido por Wallace; embora este nao tenha recomendado uma publicagao, Darwin sugeriu para Wallace que ele pode- ria escolher qualquer jornal para publicar o material por meio de Darwin. Ele estava passando por momentos dificeis com sua familia em meio a uma crise fatal de escarlatina em sua cidade e ele passou a responsa- bilidade para seus amigos. Apés alguma discussao, Lyell e Hooker decidiram uma apresentacio conjun- ta na Linnean Society em 1° de julho, intitulada “On the Tendency of Species to form Varieties; and on the Perpetuation of Varie- ties and Species by Natu- ral Means of Selection”. Na noite de 28 de junho, o filho bebé de Darwin morreu de escarlatina, depois de quase uma semana de crises for- tes, o que deixou ele muito transtornado para participar ou ver a apresentacao. A teoria nao recebeu grande atencao de imediato; o presidente da Linnean Society observou, em maio de 1859, que aquele ano nao teve grandes descober- tas revolucionarias. Apenas um critico mais notavel se lembrou de Darwin; 0 professor Samuel Haughton declarou que“‘tudo que foi apresentado de novo é fal- so e o velho continua verdadeiro”. Darwin se exauriu por treze meses para produzir um abstrato de seu “grande livro”, sofrendo de doengas, mas nunca dei. xando de continuar gragas ao encorajamento de seus amigos cientistas. Lyell conseguiu uma publicagio pela editora John Murray. “A Origem das Espécies” acabou se provando surpreendentemente popular, sendo que toda a re- messa de 1250 copias foi vendida quando publicada pela editora em 22 de novembro de 1859. No livro, Darwin desenvolveu “um extenso argumento” com observagées detalhadas, além de se antecipar a futu- ras objegdes. No caso do descendente comum, ele incluiu evidéncias homélogas entre humanos e outros mamiferos. Ao adentrar na selecio sexual, mencio- nou como isso poderia fornecer dicas para explicar as diferencas racas humanas. Ele evitou uma discussao explicita sobre a origem humana, mas implicou sua significancia na sentenga: “Que a luz seja jogada na origem humana e sua histéria”’. was EEEE heh IDEIAS EREVOLUGOES 15 Sua teoria é exemplificada na introduc4o do livro: Como muitos mais ing jluos de cada es- pécie nascem do que podem sobreviver; e como, consequente- mente, ha uma luta recorrente e frequente pela existéncia, segue- -se que qualquer ser, se variar de alguma forma ligeiramente positiva para si mesmo, sob as condicées complexas e as vezes variaveis da vida, tera uma melhor chance de sobreviver e assim ser naturalmente selecionado. Do forte principio da heredita- riedade, qualquer varie- dade selecionada tende- ra a propagar sua forma nova e modificada. “A Origem das écies”” Espécies'’ DEIAS E REVOLUGOES A ORIGEM DAS ESPECIES \ Oe A aT No final do livro ele concluiu: Existe uma grandeza ao ver a vida dessa maneira, com suas varias forcas, tendo sido originalmente inspirada em algumas formas ou em uma; e que, enquanto esse planeta orbita de acordo com a lei fixa da gravidade, de um comego tao simples, formas incontaveis, as mais lindas e mara- vilhosas, evoluiram e esto evoluindo. “A Origem das Espécies” Ainda considerado como um dos mais inovadores e desafian- tes tratados biolégicos ja escritos, “A Origem das Espécies”, com sua abordagem sobre os processos evolutivos, chocou grande parte do mundo ocidental, quando foi lang¢ado em 1859. Nesta nova edi¢ao, com ilustragdées em cada capitulo e prefacio de Nélio Bizzo, especialista no assunto e professor da Universidade de Sao Paulo, os leitores terao contato com a mais importante obra sobre Biologia jamais escrita. “A origem das espécies:A origem das espécies por meio da sele¢do natural ou a preservacao das ragas favorecidas na luta pela vida” (Portugués) Capa dura = | Setembro 2014 - por Charles Darwin (Autor), Getulio Delphim (Ilustrador), Carlos Duarte (Tradutor). See lelsel loeeeeeL-t od Ret cake uate probabilidade de sobreviver CS Tet det te BT eer lone ATL RSC hehe Rrra Co) re ate Ral Ly condi¢ées propicias para o Perret Peed ee Sate Bear variagées favordveis e elimi- nagdo das variacées nocivas Pte ee re ary Lt ele Ceres eset) Den ace cee alo) ed 18 WwEIAS E REVOLUGSES © PODER DA SELECAO NATURAL 0 darwinismo se tornou um movimento. que cobria uma grande extensao de ideias revolucionarias. Gracas ao lobby, Darwin foi 's. agraciado em 1864 com a maior honra centifica britanica, a Medalha Copley da Royal Society. Ja no fim da década a maioria dos cientistas concordava que a evolucao ocorreu, mas apenas uma minoria dava suporte a visao de Darwin de que o mecanismo chefe era a selecao natural. raduzida para varias linguas, “A Ori- I gem das Espécies” foi se tornando um importante texto cientifico e atraindo a atencao sobre todos aqueles que se interes- savam pelos caminhos percorridos pela vida. Ateoria de Darwin também influenciou varios movimentos do periodo e virou um ponto cha- ve da cultura popular. Cartonistas parodiavam aancestralidade animal humana em uma velha tradigao de mostrar seres humanos com tra- Uma caricatura de 1871 apés a publica- ¢ao de “A Descendén- 0s animalescos, enquanto na Gra-Bretanha essas imagens divertidas serviram para popu- larizar a teoria darwiniana. Em 1862,enquanto estava doente, Darwin deixou sua barba cres- cer e em 1866, quando reapareceu em publico, caricaturas dele como um primata ajudaram a identificar todas as formas de evolucionismo com 0 darwinismo. cia do Homem” sen- do uma das varias a mostrar Darwin com o corpo de primata, o identificando na cul- tura popular como o principal autor da teoria evolutiva. CORIGINALMENTE PUBLICADA NA REVISTA "THE HORNET" IDEIAS EREVOLUGOES 19 E REVOLUGOES SELECAO SEXUAL Mesmo ao publicar “A Origem das Espécies”, ele prosseguiu com experimentos, pesquisas e escritos de seu “grande livro”. Ele cobriu desde a descendéncia do homem pelos primeiros animais até a evolucao das sociedades e habilidades mentais, além de explicar a beleza e a diversidade da natureza selvagem em estudos pioneiros sobre plantas. IDEIAS EREVOLUGOES 21 ram a produzir ensaios em 1861 sobre 0 estudo de orquideas selvagens, mostrando a adapta¢ao de suas flores para atrair mariposas especificas para cada espécie e assegurar a fertilizacdo cru- zada. Em 1862, no livro “Fertilisation of Orchids,” deu sua primeira demonstragio detalhada do po- der da selecao natural para explicar as complexas relacdes ecoldgicas, demonstrando previsées tes- taveis. Wallace continuou receptivo, apesar de se virar cada vez mais para 0 espiritualismo. O livro de Darwin “ The Variation of Animals and Plants under Domestication”, publicado em 1868, foi a primeira parte do seu planejado “grande livro” e incluia sua hipétese falha da pangénese, ao tentar explicar a hereditariedade. Vendeu bem em um primeiro momento, apesar do tamanho, e foi traduzido para varias linguas. Ele escreveu a maioria da segunda parte, sobre a selecado natural, mas a obra nao foi publicada durante sua vida. Com “A Descendéncia do Homem e Selecao em Relacao ao Sexo”, publicado em 1871, Dar- win estabeleceu, a partir de numerosas fontes, que humanos sao animais, mostrando a conti- nuidade de seus atributos fisicos e mentais, além de ter apresentado a sele¢ao sexual como uma explicag¢ao de caracteristicas “nao praticas”, como a plumagem de pavoes, igualmente com a evolugao da cultura humana, diferengas entre os sexos e a classificacdo racial fisica e cultural, ao mesmo tempo que enfatizava que humanos sao todos da mesma espécie. Suas pesquisas usando imagens se aprofundaram no seu livro de 1872, “A Expressdo das Emogées no Homem e nos | nquéritos sobre a polinizagao de insetos o leva- Darwin definiu a sele- ¢4o sexual como a “luta entre i luos de um sexo, geralmente os machos, pela posse do Chamou de “Selecao Sexual” o processo de escolha de caracteris- ticas morfologicas e comportamentais que levavam ao cruzamento bem-sucedido, distin- guindo-a da selecao na- tural.A selecado sexual é responsavel, entao, pela evolucdo de carac- teristicas que dao aos organismos vantagens reprodutiva, em con- traste com as vantagens de sobrevivéncia. AS E REVOLUGSES “Almanaque da Punch” de | 882, publi- cado pouco depois da morte de Darwin, caracteriza-o no meio do caos evolutivo de uma forma primitiva até um cava- lheiro vitoriano com o titulo “o homem é apenas um verme.” Por fim, Darwin aponta que “Hereditarieda- de, Variabilidade, MultiplicagGo dos Individuos, Luta pela Existéncia, Sele¢ao Natural, Diver- géncia dos Caracteres e Extin¢do das Formas Menos Aptas sao as principais leis responsé- veis por moldar as formas que conhecemos hoje no mundo.” Animais”, uma das suas primeiras obras a apre- sentar fotografias im- pressas, na qual discute a evolucao da psicologia humana e sua continui- dade com o comporta- mento animal.Ambos os livros se mostraram bas- tantes populares e Dar- win ficou impressionado com a recepcao geral de suas obras, anotando que “todos estado falan- do sobre sem ao menos estarem chocados.” Sua conclusao foi “que o ho- mem, com todas as suas qualidades nobres, com a simpatia que sente por todos aqueles menos fa- vorecidos, com a benevo- léncia que se estende nao somente aos outros ho- mens, mas também com a criatura mais humilde, que com seu intelecto es- pelhado ao divino pene- trou nos movimentos e constituigdes do sistema solar — com todos seus poderes o homem ainda traz em sua estrutura fi- sica a marca indelével de sua origem primitiva.” RENATA SPALLICC APAIXONADA PELOS' RONA' enero GOTOT ese AU OL wt) | NEON NOS ee eo BAIXE JA! Baas, Estatua de Charles Darwin no Museu LEGADO tse) Cts ral de Londres. Darwin foi celebrado no Reino Unido, com seu retrato na na nota reversa de 10 libras esterlinas emitida jo Banco da Inglaterra, juntamente com um beija-flor e o Beagle. Uma estatua em tamanho real com Darwin sentado pode ser visto no salao do Museu pe de Historia Natural de Londres. tempo concordassem com sua visdéo de que a“selecao natural era a principal, mas nio a forma exclusiva de modificagao”, Darwin foi hon- rado por mais de 400 oficiais e cientistas do mun- do todo que se encontraram em Cambridge para comemorar o centenario de seu nascimento e 0 quinquagésimo aniversario da publicacao de “A Origem das Espécies”. No inicio do século XX,em um periodo que tem sido denominado como “O. eclipse do darwinismo”, cientistas propuseram varias alternativas de mecanismos evolutivos, que se provaram insustentaveis. Ronald Fisher, um es- tatistico inglés, finalmente uniu a genética mende- liana coma sele¢ao natural, sintese realizada entre 0 periodo de 1918 até 1930, ano do langamento de seu livro “The Genetical Theory of Natural Selec- tion’’. Ele proveu a teoria uma base matemiatica e estabeleceu um largo consenso cientifico de que a sele¢4o natural é o mecanismo basico da evolu- ¢4o, portanto a base da genética populacional e da sintese evolutiva moderna, juntamente com J. B. S. Haldane e Sewall Wright, os quais langaram os pilares dos debates evolutivos modernos e o refi- namento da teoria. E: junho de 1909, embora poucos daquele IDEIAS E REVOLUGOES 25 Darwin morreu em 19 de abril de 1882 em Down House. Suas tl- timas palavras foram dirigidas a sua familia, falando a Emma (sua esposa e prima): “Pelo menos nao estou com medo de lembrancas postumas de como vocé foi uma é6tima esposa. Conte para todos os meus filhos para lembrar 0 quao bons foram para mim”. Os Darwins tiveram dez filhos: dois morreram na infancia, sendo que a morte de Annie, aos dez anos, teve efeitos devas- tadores ao pai e 4 mae, Emma Wedgwood. DAWKINS FOTOS: WIKIMEDIA COMMONS FONTES: O CAPELAO DO DIABO socnsonsccesce WIKIPEDIA E EVOLUGAO, O LIVRO RICHARD DAWKINS E O 7 EMPODERAMENTO DA EVOLUCAO Dawkins ganhou desta- ue com o seu livro “O ene Egoista”, de 1976, que popularizou a visdo fa evolucao centrada nos genes e introdu- ziu 0 termo meme. Em 1982, introduziu, na biologia evolutiva a ideia de fenotipo esten- dido - segundo a qual, os efeitos fenotipicos de um gene nao sao necessariamente limi- tados ao corpo de um organismo, mas podem ampliar-se tambem ao meio ambiente, incluin- do os corpos de outros organismos. Esse con- ceito é apresentado em seu livro “O Fenotipo Estendido”. a Ultima pesquisa realizada pelo jornal N “The Daily Telegraph” em 2007, Richard Dawkins ficou na 20 posi¢ao na lista dos 100 maiores génios vivos, feita entre os leitores. Nao 4 toa esse neo-darwinista apresenta um tra- balho intelectual dos mais renomados na esfera académica. Autor de dezenas de livros, expandiu o darwinismo e traz ideias inovadoras. Ele ja es- creveu varios livros de divulgacao cientifica e faz aparicées regulares na televiso e no radio, princi- palmente para discutir esses temas. Em seus tra- balhos cientificos, Dawkins é mais conhecido por popularizar 0 gene como a principal unidade de selecdo na evolucao; este ponto de vista é mais cla~ ramente definido nos seus livros: *“O Gene Egoista” (1976), no qual ele afirma que “toda a vida evolui pela sobrevivéncia diferencial de entidades replicadoras”. *“Q Fenotipo Estendido” (1982), no qual descre- ve a selecdo natural como “o processo pelo qual replicadores propagam-se uns em rela¢ao aos outros”. Dawkins tem se posicionado de maneira consis- tentemente cética em relacao aos processos nao adaptativos de evolucao e sobre a selecao em ni- veis “‘acima” do gene. No conjunto de controvérsias sobre os mecanis- mos e interpretacdes da evolucao (0 que tem sido chamado de “As Guerras de Darwin”), um grupo é defendido por Dawkins, enquanto 0 outro pelo Clinton Richard Dawkins Dea cigial (Quénia) em 1941. IAS E REVOLUGOES paleontélogo norte-americano Stephen Jay Gould, refletindo a proeminéncia de cada um como um popularizador das ideias pertinentes sobre o as- sunto. Dawkins e Gould t&m sido comentaristas particularmente destacados na controvérsia sobre a psicologia evolutiva e a sociobiologia, com Daw- kins geralmente aprovando e Gould sendo critico em rela¢ao a esses temas. Um exemplo tipico da posi¢ao de Dawkins é a sua critica mordaz a“‘Not in Our Genes”, obra de Steven Rose, J. Leon Kamin e C. Richard Lewon- tin. Dois outros pensadores que muitas vezes sao considerados aliados de Dawkins nessa questao s&o Steven Pinker e Daniel Dennett. Dennett tem promovido uma visio genecéntrica da evolugio e defende o reducionismo na biologia. Apesar de suas divergéncias académicas, Dawkins e Gould nao tinham uma relacao pessoal hostil. Dawkins dedicou uma grande parte de seu livro“O Capelao do Diabo” a Gould, que havia falecido no ano ante- rior. O langamento do livro de Dawkins “O Maior Espetaculo da Terra - As Evidéncias da Evolucao” expée as evidéncias da evolucao bioldgica e coinci- diu com o ano do bicentenario de Charles Darwii Em seu livro “The God Delusion (“Deus, um De- lirio” no Brasil, de 2006, Dawkins afirma que um criador sobrenatural quase certamente nao existe e que a fé religiosa é uma ilusio — “uma crenga falsa e fixa”. Até janeiro de 2010, a versao em in- glés do livro havia vendido mais de dois milhées de cépias e havia sido traduzida para 3 Dawkins cunhou a palavra meme (0 equivalente comportamental de gene), como forma de incentivar os leitores a pensar sobre como principios darwinia- nos podem ser estendidos para além do dominio de genes. Na verdade, o ter- mo foi concebido como uma extensdo de seu ar- gumentos dos “replica- dores”, mas ganhou vida propria nas maos de ou- tros autores, como Daniel Dennett. O termo meme de Daw- kins se refere a qualquer entidade cultural que um observador pode conside- rar um replicador de uma certa ideia ou complexo de ideias. Visto que os memes nao sao sempre copiados perfeitamente, eles podem se tornar re- finados, combinados ou modificados com outras ideias; isso resulta em no- vos memes, o que pode fazer surgir replicadores mais ou menos eficientes do que os seus antecesso- res, proporcionando assim um quadro para uma hi- potese da evolucao cultu- ral com base em memes, uma nogao que é analoga a teoria da evolucao biolé- gica com base nos genes. FOTO COLIN GREY IDEIAS EREVOLUCOES 29 CRITICA AO CRIACIONISMO awkins é um proeminente critico do criacionis- mo (a crenga religiosa de que a humanidade,a vida e 0 universo foram criados por uma divindade sem recorrer a evolugao). Ele descreveu o ponto de vista defendido pelo criacionismo da Terra Jovem, que diz que a Terra tem apenas alguns milhares de anos, como “um absurdo, uma falsidade encolhedo- ra de mentes”, e seu livro “O Relojoeiro Cego”, de Pope Resign! Pope hid Em seu papel como pro- fessor para a compreen- sao publica da ciénci Dawkins tem sido critico da pseudociéncia e da medicina alternativa. Seu livro “Unweaving the Rainbow”, de 1998, cri- tica a acusa¢do de John Keats de que, ao explicar ris, Isaac Newton inuiu a beleza do fe- némeno; Dawkins defen- de a conclusao oposta. Ele sugere que 0 espaco profundo, os bilhdes de anos de evolucao da vida e os trabalhos micros- cépicos da biologia e da hereditariedade contém mais beleza e maravilhas do que criar “mitos” e “pseudociéncia”. Dawkins discute também © que interpreta como os perigos de abandonar © pensamento critico e 0 raciocinio baseado em evidéncias cientificas, camente a astrologia, o espiritismo, a radiestesia, homeopatia. Também dis- cute sobre como a inter- net pode ser usada para espalhar o ddio religioso e teorias da conspira¢ao, 1986, contém uma critica sustentada contra o argu- mento do design, um importante argumento cria- cionista. No livro, Dawkins argumenta contra a ana- logia do relojoeiro feita pelo famoso tedlogo inglés do século XVIII, William Paley no livro “Teologia Natural”, onde Paley argumenta que, assim como um relégio é algo muito complexe e funcional para ter simplesmente surgido para a existéncia mera- mente por acidente, entdo todos os seres vivos — com a sua complexidade muito maior — também devem ter sido concebidos propositalmente. Daw- kins parte da opinido generalizada entre os cien- tistas de que a sele¢io natural é um processo sufi- ciente para explicar a funcionalidade aparente e a complexidade nao aleatéria do mundo bioldgico e que se pode dizer que a prépria natureza desempe- nha o papel de um “relojoeiro”, ainda que seja um relojoeiro autom: teligente e cego. Dawkins se opés ferozmente 4 inclusdo do de- sign inteligente no ensino de ciéncias, dizendo que © tema “‘ndo é de forma alguma um argumento cientifico, mas religioso”. Ele tem sido chamado na midia de “Rottweiler de Darwin”, por defender as ideias evolucionistas de Charles Darwin. Daw- kins tem sido um forte critico da organizaco bri- tanica Truth in Science, que promove o ensino do criacionismo nas escolas publicas. Dawkins des- creve esse procedimento como um “escandalo educacional”, e pretende subsidiar a entrega, para essas mesmas escolas, de livros, DVDs e panfletos a fim de neutralizar o trabalho daquela organiza- do, através da Fundacdo Richard Dawkins para a Razao e a Ciéncia. FOTO MIKE COR IDEIAS EREVOLUGOES 31 APOIO AO ATEISMO awkins @ ateu declarado e defensor de varias organizacdes humanistas, seculares e ateias. Embora tenha sido crismado na Igreja da Inglaterra aos 13 anos de idade, ele comecou a perder a fé religiosa quando descobriu o trabalho de Charles Darwin. Ele revelou que a sua compreensio da evolugao 0 levou ao ateismo e © deixou intrigado coma crenca em Deus entre os individuos mais proeminentes da ciéncia. Ele discorda do principio de Stephen Jay Gould de magistérios nao interferentes e considera a existéncia de Deus apenas uma hipétese cientifica como outra qualquer. aa 4 TREE = 32 IDEIAS E REVOLUGOES Dawkins tornou-se um proeminente critico da re- ligiio e declarou que a sua oposi¢io ao tema é dupla: a religiio é uma fonte de conflito e uma justificativa para a crenga sem evidéncia. Ele considera a fé/crenca que nao é baseada em evidéncias como um dos gran- des males do mundo. Ele ganhou destaque nos deba- tes ptiblicos relativos a ciéncia e 4 religiéo, depois que seu livro “The God Delusion”, publicado em 2006, se tornou um best-seller internacional. Seu sucesso tem sido visto por muitos como um indicativo de uma mu- danga no zeitgeist cultural contemporaneo e também foi identificado com a ascensdo do Novo Ateismo. Dawkins vé a educacao e a conscientizagio como as principais ferramentas contra o que ele considera serem dogmas religiosos e doutrinacao. Essas ferra- mentas incluem a luta contra certos esteredtipos e a adogdo do termo bright (brilhante) como uma ma- neira de associar conotagdes publicas positivas com aquelas que possuem uma visao naturalista do mundo. Ele apoiou a ideia de uma escola de pensamento li- vre, que nao seria doutrinar as criangas no ateismo ‘ou em qualquer religido, mas, em vez disso, ensinar as criangas a serem criticas e de mente aberta. Dawkins sugere que os ateus devem ser orgulhosos € nao apologéticos, salientando que o ateismo é evi- déncia de uma mente saudavel e independente. Ele es* pera que os ateus cada vez mais se identifiquem como tal, o que vai tornar o publico cada vez mais ciente sobre quantas pessoas realmente mantém estes pon- tos de vista, reduzindo assim o parecer negativo sobre © ateismo entre a maioria religiosa da populacio em geral. Inspirado pelo movimento, LGBT, ele fundou a Campanha Out para encorajar os ateus ao redor do mundo a declarar a|sua posicio ideolégica publica- mente e com orgulho. Em 2006, criou a Fun- dagao Richard Dawkins para a Razao e a Ciéncia (RDFRS), uma organiza- ao sem fins lucrativos. A fundacio foi conside- rada uma institui¢do fi- lantrépica no Reino Uni do e nos Estados Unidos. A RDFRS planeja finan- ciar pesquisas sobre a psicologia da crencae da religiao, financiar ma- teriais e programas de educacAo cientifica e di- vulgar e apoiar entidades filantrépicas seculares. A fundacao também ofe- rece materiais humanis- tas, racionalistas e cienti ficos através do seu site. Dawkins disse que a “tendéncia para o pen- samento teocratico nos Estados Unidos é um perigo nao sé paraa América, mas para todo © mundo”, A) onovo NORMAL Literatura » Quadrinhos fore ees cl 7 eed e DIVERTIDO ! BAIXE JA! _ LIVROS FONTES, Desde a sua publicacao, foi traduzido para mais de 25 idiomas e sucesso de vendas pelo mundo todo. Um livro atual, que continuara a ser referéncia obrigaté- ria para quem se interessa pela evolugao da vida. Esta edic¢ao comemorativa dos trinta anos de publica¢do traz uma nova introduc¢ao do autor. O EVOLUCIONISMO EM DETALHES Peis em 1976, “O Gene Ego- sta” propunha-se a condensar o enorme corpo tedrico ja produzido para compreender como espé surgem e se diversificam, como dividuos se relacionam e colaboram entre si - e a ir além. Richard Dawkins inovou de muitas maneiras. Introdu- ziu uma linguagem informal e me- taférica numa area dominada por reflexdes densas e formulas matema- ticas, Subverteu a percep¢ao intuiti- va da importancia dos organismos e dos grupos: 0 gene é quem coman- da, quem busca perpetuar-se. Os or- ganismos sio maquinas de sobrevi- véncia construidas pelos genes, num processo competitivo de construir a maquina mais eficaz. E a influéncia dos genes nao para ai. Organismos interagem entre si e com o mundo inanimado, e assim alteram seu am- biente e promovem a propagacao de genes presentes em outros corpos. Um dos livros mais aclamados da historia da divulgacao cientifica, ele no s6 apresenta a biologia evolutiva de forma acessivel, mas acrescenta uma interpretacio metaférica que inspirou geraces de bidlogos e sim- patizantes: somos maquinas de so- brevivéncia a servico dos genes. “A selecao natural, o processo cego, inconsciente e automatico que Darwin descobriu, nao tem nenhum proposito em mente. Ela nado tem nem mente nem capacidade de imaginacio. Nao planeja com vistas ao futuro.” “A vaidade humana acalenta a ideia absurda de que nossa espécie é 0 ob- jetivo final da evolu¢do. Na vida real, o critério de selegao é sempre de curto prazo, a simples sobrevivéncia.” IDEIAS EREVOLUGOES 35 6 €0 Relojoeiro Cego” se tornou um marco da biologia moder- na tao logo foi lancado, em 1986, Empenhado em conquistar novos adeptos para o evolucionismo e para o pensamento cientifico, Ri- chard Dawkins faz aqui uma de- fesa vigorosa da visdo darwinista e pde anu as falacias polémicas do criacionismo. Para 0 zodlogo, a sintese moderna entre as des- cobertas da genética e a ideia de selecao natural sao capazes de fornecer respostas verificd- veis e elegantes para o enigma das origens da vida e das espé- cies. Dawkins descobre exem- plos criativos para explicar que, ao contrario do que tantas vezes se imagina, a selecao natural nao ocorre por meio de combina- ges aleatorias: a sobrevivéncia é um jogo arduo, de regras estri- tas e definidas. A argumentacio do autor faz crescer nossa admi- ragao diante da diversidade da vida, ao mostrar de que maneira © processo de evolucio - 0 “relo- joeiro cego” do titulo - é capaz de produzir obras tao refinadas a partir de elementos tao simples. 36 IDEIAS E REVOLUGOES Yan aM ans O.capelao do Diabo “A natureza nao é bondosa nem cruel - é indiferente.A aparente delicade- za nasce do mesmo imperativo que a crueldade. E 0 método que a natureza seguiu até agora para dar forma ao mundo... é a morte.” “A evolucdo nos legou um cérebro que se avolumou até 0 ponto de se tornar capaz de compreender a sua propria origem, de deplorar suas implicagées morais e de lutar contra elas.” “Vocé detém o maior de todos os dons: 0 dom do discernimento.” oletanea de artigos de Richard Dawkins, um dos mais influentes divulgadores de ciéncia em atividade, escritos ao longo de 25 anos de car- reira. Com paixdo e clareza, os tex- tos tratam de assuntos atuais, como 0 darwinismo, os alimentos transgé- nicos e a medicina alternativa, sem- pre em busca da verdade cientifica. “O Capelao do Diabo” retine tex- tos provocantes sobre assuntos extre- mamente atuais, como as herancas do darwinismo, ética na ciéncia, seme- Ihancas e diferencas entre macacos e humanos, alimentos transgénicos, medi s alternativas, pos-modernis- mo, religiio, educacao, determinismo genético e clonagem. Mas 0 livro tam- bém traz ensaios mais pessoais,como tributos a cientistas e o relato de uma peregrinacao a Africa, continente na- tal do autor, em busca de herdis e an- cestrais. Dawkins ainda resenha livros de Stephen Jay Gould (outro gigante da biologia evolucionista). Escrevendo com paixio e clareza, Richard Dawkins diz:““Abrimos mao de nossa ilusio reconfortante, ja nao podemos mais nos apaziguar com a fé na imortalidade. Em compensa- ¢4o, ganhamos a outra felicidade: a alegria de saber que crescemos, que enfrentamos o significado da existén- cia eo fato de que ela é temporaria e, por essa razio, ainda mais preciosa”. UU ““OMAIOR. _ “Estamos cercados por infindaveis for- mas belissimas e fascinantes, e nao é por acidente, e sim uma consequéncia direta da evolucao pela selecao natural nao aleatéria - Gnica na vida, o maior espetaculo da Terra.” Quem mais pensaria em recorrer a técnica do origami, aos métodos de Sherlock Holmes, a uma satira do Monty Python e até a um balé aéreo de um bando de estorninhos para elu- cidar o mecanismo da evolucao? IDEIAS EREVOLUGGES 37 ao ha interpretacGes alternati- vas validas para a existéncia da vida neste planeta. Richard Daw- kins decidiu escrever um livro para defender essa tese e convencer a todos - sem excecao - de que Dar win tem razao, Depois de oito obras que revolucionaram o pensamento evolucionario, ele traz a publico o que chama de seu “elo perdido”, li gando todos os seus escritos: uma sintese pessoal das evidéncias cien- tificas de que a evolucao é, mais do que uma teoria, um fato estabele- cido. As evidéncias da evolucao sao tao validas e irrefutaveis quanto, por exemplo, as evidéncias histori- cas de que existiu o Império Roma- :“Também os seres vivos trazem a historia escrita em todo 0 corpo. Sao repletos de equivalentes biolé- gicos das estradas, muralhas, mo- numentos, cacos de ceramica e até inscrigdes antigas romanas, tudo esculpido no DNA vivo, pronto para ser decifrado por estudiosos”. Para Dawkins, a visdo da vida pelo prisma da evolu¢ao guiada pela se- legdo natural é grandiosa, sublime, e ele nao mede esforsos para levar © leitor a compartilhar seu arreba- tamento, Nem para fulminar com argumentos inatacdveis e humor sarcastico as ideias dos que tentam defender interpretagées suceda- neas - vale dizer, os “criacionistas da Terra Jovem” e os proponen- tes do design inteligente. Dawkins mostra-se incomparavel na arte de traduzir a ciéncia para nao especia- listas. 38 IEIAS E REVOLUGOES “Darwin desafiou os trés componentes principais da Biblia.Afirmou primeiro que © mundo estava evoluindo, e nao perma- necendo constante; segundo, que novas espécies nao eram especialmente criadas, mas derivadas de ancestrais comuns;e terceiro, que a adaptacdo de cada espécie € regida de modo continuo pela selecao natural. Nao ha necessidade de interferén- cia divina ou de acao de forcas sobrena- turais em todo o processo de evolucao do mundo vivo.A proposta revolucionaria de Darwin foi, assim, substituir 0 mundo con- trolado divinamente por um mundo sec! lar, operado de acordo com leis naturais.” Ets: de Ernst Mayr, o livro “Biologia, Ciéncia Unica” retine doze compilados para co- memorar seu aniversario de cem anos. Em seus textos, “o Darwin do século XX” reforga a ideia de que a biologia deve ser encarada como uma ciéncia auténoma, e oferece lampejos sobre a histé- ria do pensamento evol ta, critica as contribuicées da filosofia para a ciéncia da biolo- gia e comenta varias das princi- pais questGes correntes na teo- ria evolutiva. O bidlogo também reafirma a validade da teoria da evolu¢do de Darwin e explica que ela é composta de cinco teorias separadas, cada uma com sua propria historia, trajetéria e im- pacto. Um dos responsaveis pela chamada moderna sintese evo- lucionista, Ernst Mayr fez parte do movimento académico que juntou a teoria da sele¢o natu- ral de Darwin coma genéticaea ecologia, dando origem 4 teoria da evolucao tal como esta hoje estabelecida. A PERIGOSA IDEIA DE DARWIN A EVOLUCAO E OS SIGNIFICADOS DA VIDA _ DANIEL ii = C DENNETT “A perigosa ideia de Darwin vai muito mais fundo na estrutura de nossas cren- ¢as fundamentais. O Deus bondoso que amorosamente moldou cada um de nés € como Papai Noel, um mito da infancia. E preciso transformar esse Deus em um simbolo de algo menos concreto ou entao abandonéa-lo.” “Em uma so tacada, a ideia da evolucao pela selec&o natural unifica as esferas da vida, significado e propésito com as esferas de espaco e tempo, causa e efeito, mecanismo e lei fisica. Mas ela nao é apenas uma mara- vilhosa ideia cientifica. Ela é perigosa.” IDEIAS E REVOLUGSES 39 Ne grande obra, Daniel Den- nett comprovao poder da teoria da selecao natural e mostra como a grande ideia de Darwin transforma e ilumina nossa visdo tradicional sobre 0 lugar que ocupamos no universo. “A Perigosa Ideia de Darwin” (1995) explora os efeitos que a teoria da evolugéo de Charles Darwin tera produzido no pensamento filoséfico ocidental e mostra como seu alcan- ce vai muito além da biologia. Segundo o autor, a teoria de Dar- win sugere que a vida no planeta Ter- ra foi produzida por um processo al- goritmico absolutamente cego. Através da selecao natural, a con- cepcio e a propria nocao de Deus se- riam criadas a partir de coisas mais simples. Através da biologia, Darwin teria encontrado uma solu¢do para um problema de filosofia antiga: as origens da concepsao. Dennett introduz termos como “gruas” (mecanismos que produ- zem concep¢ao de baixo para cima sem a necessidade de uma entida- de superior) e “Ganchos Celestes” (mecanismos que criam concep¢ao por meios milagrosos), colocando-os com um papel preponderante entre 0s possiveis mecanismos suscepti- veis de criar concepcdo. Defende também a ideia de que Darwin con- seguiu encontrar um processo de concep¢do que dispensa a existéncia de uma inteligéncia superior, basea- do na ideia de sele¢ao natural. 40 IDEIAS E REVOLUGOES “Por mais dificil que seja vislumbrar a evolucdo social dos humanos, os cien- tistas suspeitam que ela foi o fator cru- cial para a ascensdo de nossa espécie - talvez © fator crucial.” “A aurora da evolucao artificial é um triunfo que Darwin nem poderia imaginar, Dentro de algumas déca- das, robGs independentes podem ser capazes de evoluir sozinhos, transfor- mando-se em novas formas que os humanos nem podem imaginar.” m 600 paginas também ilus- tradas, “O Livro de Ouro da Evolugao” apresenta uma rica e atualizada visio da evolucdo, em que Carl Zimmer explora as profundas implicacées da teoria de Darwin e enfatiza a sua for- ¢a, significado e relevancia para a vida das pessoas. Esta obra apresenta uma visdo abrangente da teoria evolucionista. O livro comega contando toda a traje- téria de Darwin e de sua teoria. Depois, continua através das ou- tras descobertas, mais ou menos contemporaneas, que ajudaram a dar forma e a desenvolver a teoria evolucionista. E prosse- gue analisando a evolugdo, de todos os pontos de vista, até os dias de hoje, incluindo vis6es so- bre a extingao de espécies; so- bre a co-evolu¢ao e uma de suas consequéncias - a eterna luta do homem contra as pragas das la- vouras; sobre as mutagées de bactérias e virus (uma andlise da AIDS faz parte desta questao) até estudos com macacos e a questao Deus por ciéncia. SY ee, Ss Mo EN Nes): WaPo UV TUS Coes ye Sa . Picea a Pry KR ae x EITAS x Ns arta ROL N bl TEMPURA DE CAMARAO _ EMAL ‘SORVETE DE MATCHA Mac OLULG ret es ena SUSHI ART § SUSHI ART A-SUSHI——- ; APOSTA EM CARDAPIO F Me SAO PAULO VEGETARIANO RECEITAS CHEF RAFAEL PORTES YO OF ICA at erie a aM cc - erated try OUT eer La) @ etree) PEM aLry a ens virtual NATELA Oo: caminhos per- corridos na estra- da da vida foram tema de algumas superpro- dugées no cinema e na tevé. Por isso selecio- namos 5 filmes e docu- mentarios que podem ser encontrados em servicos de streaming no Brasil e no merca- do livre.A evolucao da vida em uma jornada épica. FOTOS: REPRODUGAO anita oye oy Trey ae ODESAFIO Dis DARWIN. 660 Desafio de Darwin” é um filme comovente so- bre o surgimento de uma teoria inovadora visto através da inspiracao e do sofrimento pessoal do seu criador. O filme conta a historia por tras da divulga- ¢4o da teoria cientifica mais importante de todos os tempos, a teoria da evolucao por sele¢ao natural de Charles Darwin. Darwin, passou anos desenvolvendo suas ideias e redigindo 0 que ele chamou de seu “grande livro”. Mas, assolado pelo conflito dos valores religiosos da sua época, ele relutou em publica-lo, até que uma carta de Alfred Wallace muda tudo. IL) yn ones Ge --——L itll eld ‘Y 6 6Criacdo” (2009) recria com admiravel forca dram: ca os tormentos morais e psiquicos de um génio. O fil- me revela Darwin se consumindo num tormento durante cerca de 20 anos dividido entre suas conviccées cientifi- cas e o temor de perpetrar um crime ao dar forma e pu- blicidade a uma teoria que sua propria consciéncia crista encarava como uma afronta a Deus e a verdade revelada pela Biblia. Homem tipico do seu tempo, néo obstante seu génio, Darwin (Paul Bettany) descendia de uma fai lia de posses e forte tradi¢ao crista. Esse sdlido enraiza- mento cristiio da familia se expressa em Emma (Jennifer Connelly), prima em primeiro grau e esposa de Darwin. A filha predileta Annie (Martha West) desempenha deci siva funcéo dramatica no filme. Além de desencadear a dor pungente da perda sofrida por Darwin quando mor- re prematuramente, Annie funciona na narrativa como a “‘consciéncia cientifica” de Darwin contraposta aos te- mores cristios que o atormentam e paralisam. IDEIAS EREVOLUCOES 43 44 IDEIAS E REVOLUGOES documentario retorna cerca de trés milhées fy b ) de anos atras e percorre toda a possivel trajetéria do WALKING WITH homo sapiens, com as des- —_ WALKING WITH cobertas arqueolégicas até a VA NY rot ru le nm enti, desde aquela época rs na Africa até trinta mil anos . Me x atras, quando aprendemos a falar, pintar e viver em socie- dade.Para entender o que somos hoje, temos de come- ¢ar a ligar os pontos do estu- do das geragées dos nossos antepassados e o documen- tario nos leva 300 mil gera- ¢6es atras em busca de nos- sos ancestrais, como viviam e se adaptavam a uma nova realidade. Inicia-se com a exposigao da primeira espécie de ho- mem-macaco, a Australopi- thecus afarensis, descober- ta na Etiépia em 1974 pelo antropélogo americano Do- nald Johanson e batizada de Lucy, em homenagem a uma musica dos Beatles. Ele des- cobre entio que a espécie viveu na Africa ha aproxi- madamente 3.5 milhdes de anos, no periodo Plioceno. E é a partir de Lucy que con- tinuamos nossa caminhada evolutiva. ee } A tami ey fy oc Aincrivel trajetoria do YouTuber “eI BAIXE JA! N: pré-historia, a tribo de Ulam acredita que © fogo é sobrenatural. Quando um ataque apaga sua unica fonte de calor, trés guerreiros saem em busca de outra chama. Nessa jornada, eles conhecem os Ivakas, que sio mais avancados e dominam a técnica do fogo. Mas a aquisi¢ao desse bem mistico nao sera facil em uma época em que roubar fogo era vital para a sobrevivéncia. Pelo caminho, experimentam as mais di- versas aventuras, fazem uma série de desco- bertas que Ihes permitem ascender na escada civilizacional e acabam por encontrar o segre- do de fazer fogo. Conhecem outras tribos que possuem caracteristicas diferentes das suas, e diversas situagées que os obrigam a procurar solucées para se sairem bem delas. ue at SL A!, : es 9 f.2 pete Pa 9 9 VE Ac 2 Begs SPORTS 365 f Sot CONHECER’| PARA APOS | ay ANOS Ge ae BAIXE JA! CS ake : Se 18] B)C} | IP aS) SUN EU a EVOLUGAO:A AVENTURA DAVIDA ais de 10 milhées de espécies fazem da Terra um planeta extraordinariamente vivo. Nesta superproduca’o da BBC, de 2004, percorrem-se todos os caminhos trilhados pela evolucao, do surgi- mento dos primeiros microorga- ismos nos oceanos até o apare- cimento do homem. Prepare-se para a maior e mais espetacular de todas as aventuras: a Aventura da Vida. © documentério traz no epis6- dio 4, “Vivendo juntos Sexo”: por que 0 sexo surgiu e por que sem ele © mundo seria extremamente cha- to e sem graca. Em “Atracio: por que as fémeas preferem machos fortes e bonitos” revela a selecao sexual. Em “Predadores e presas”, a eterna batalha pela sobrevivéncia e mais animais ilusionistas, estraté- gias de caca, parasitas, virus. O Episédio 5, “Seres Humanos Bebés”, por que nossos filhotes so tao frageis e vulneraveis? Em “Co- munica¢aéo, como nos tornamos animais falantes?” Engenharia ge- nética, conseguiremos criar huma- nos perfeitos? E mais: nosso paren- tesco com os macacos, o poder do cérebro. ee Gen@nem | Cantinho do Chet hy rg ap? ~ Be rr jf - a eh : Aer ATE) Mita feytre | maT Aya yo) y traz 8 receitas -Empadio de Frango -Bolos MALO ests) 2 ADL Lea cay a = it ony nt ry) ora mete nr eect toy rary MALO LC sis) ‘i eed re nee) ORIGENS DAVIDA ual foi o primeiro animal a habitar a Terra? Somos todos descendentes des- sa criatura? Como explicar a impressionan- te diversidade de espécies que hoje toma conta do planeta? Encontre as respostas para essas e outras perguntas nesta elitrizante colecdo produ- zida pela National Geographic em 2005. Ba- seada em recentes descobertas cientificas, “Origens da Vida, a Evolucdo das Espécies” é uma das mais completas e fascinantes sé- ries de documentario produzidas sobre a evolucao e origens das espécies. IDEIAS E REVOLUGOES SI . Ee

Você também pode gostar