Você está na página 1de 27

1

SUMÁRIO

DEPRECIAÇÃO..............................................................................................................................3
AMORTIZAÇÃO............................................................................................................................6
EXAUSTÃO....................................................................................................................................7
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................................8
AUDITORIA CONTÁBIL..................................................................................................................9
LIVROS CONTÁBEIS .....................................................................................................................10
IMPOSTOS ...................................................................................................................................13
IMPOSTOS FEDERAIS...................................................................................................................14
IMPOSTOS ESTADUAIS ................................................................................................................16
IMPOSTOS MUNICIPAIS ...............................................................................................................17
SIMPLES NACIONAL......................................................................................................................18
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL.........................................................................................20
MICROEMPRESA, EMPRESAS DE PEQUENO, MÉDIO E GRANDE PORTE....................................24
SPED FISCAL ................................................................................................................................25
eSOCIAL ......................................................................................................................................26

2
DEPRECIAÇÃO

Conceito de Depreciação: a depreciação consiste na perda natural do valor dos


bens. Essa desvalorização ocorre devido ao desgaste natural destes ativos,
desgaste causado pela ação da natureza ou então causado pelo uso destes bens no
processo produtivo.

Este conceito afeta a Gestão Patrimonial,


pois quanto mais depreciado estiver um bem,
menos imposto é pago sobre ele. A
depreciação é interessante para a gestão de
uma empresa, pois a medida que o bem vai
depreciando, a empresa vai pagando menos
imposto sobre o mesmo e vai acumulando
capital que pode ser empregado para compra
de um novo bem semelhante, propiciando uma oportunidade de perpetuação e
renovação da atividade da empresa por um período de tempo indeterminado e
totalmente relevante para um gestão contábil eficiente.

A depreciação pode ser calculada mensalmente, trimestralmente ou anualmente,


conforme forem as apresentações das demonstrações contábeis da empresa.

Como um exemplo simples de como atua a depreciação temos, por exemplo, os


veículos e o IPVA. A cada ano o carro perde naturalmente valor de tabela e o IPVA
pago sobre o mesmo diminui.

Início e término da depreciação

A depreciação de um bem do ativo tem início quando o bem está em condições de


operar conforme designado pela administração. E o seu término é quando o bem é
baixado (por não ser mais útil ou quando ele é totalmente depreciado) ou
transferido/vendido.

Vida útil, período de uso e volume de produção

Os seguintes fatores devem ser considerados ao


se estimar a vida útil, período de uso e volume de
produção de um ativo:

a) o uso esperado do ativo, que deve ser avaliado


com base na capacidade esperada ou na
produção física do ativo;

b) o desgaste físico esperado, que depende de


fatores operacionais, tais como o número de
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparo e manutenção,

3
inclusive enquanto estiver ocioso;

c) a obsolescência tecnológica resultante de mudanças ou aperfeiçoamentos na


produção ou mudanças na demanda no mercado pelo produto ou serviço produzido
pelo ativo; e

d) os limites legais ou semelhantes sobre o uso do ativo, tais como data de


expiração dos respectivos arrendamentos, permissões de exploração ou
concessões.

A seguir a tabela com os itens mais comuns a serem depreciados pelas empresas,
lembrando que há mais bens além dos citados nesta tabela.

O método de depreciação deve refletir os benefícios esperados do ativo de acordo


com seu padrão de consumo. Entre os métodos que podem ser aplicados,
destacam-se:

Método Linear: este método considera que o bem será usado de forma
constante durante toda a sua vida útil, e que não haverá mudança no valor
residual;

Método das Unidades Produzidas: este método reduz o valor do bem com
base na expectativa de produção, ou seja, é estimada a produção de x
4
unidades para determinado bem, quando ele produzir as unidades estimadas
ele estará depreciado;

Método dos saldos decrescentes: este método considera que o bem irá
produzir mais quando for novo, decrescendo seu valor até o final da vida útil.

Sendo o método linear o mais utilizado pelas empresas e também órgãos públicos,
por ser de fácil aplicação.

A seguir alguns exemplos de cálculos de depreciação linear:

1. Qual o valor da taxa de depreciação linear mensal de um determinado bem


adquirido no valor de R$ 60.000,00, com uma vida útil de 10 anos?
Valor do bem 60.000,00
Vida útil em meses 120 (10 anos x 12 meses)
60.000,00 / 120= 500,00 reais por mês.

2. A empresa adquiriu em 1 de janeiro um veículo no valor de 50.000,00.


Utilizando o método de depreciação linear, informe qual é a depreciação
acumulada deste veículo no dia 31 de agosto do mesmo ano de aquisição.
Seguindo a tabela com os percentuais, e vida útil, podemos verificar que o veículo tem vida
útil de 5 anos e taxa de depreciação de 20% ao ano.
Então o valor é 50.000,00
A vida útil em meses é 60 meses (12 x 5)
50.000,00 / 60 = 833,33 por mês x 8 meses = 6.666,64 é a depreciação acumulada.

Outra forma de fazer este cálculo é :


50.000,00 x 20% = 10.000,00 de depreciação por ano
10.000,00 / 12 meses = 833,33 ao mês
833,33 x 8 meses = 6.666,64 é a depreciação acumulada do bem durante o período de 8
meses.

Obs.: tratamos como depreciação acumulada, por se tratar mais de mais de um mês.

5
AMORTIZAÇÃO

Amortização é a perda de valor de bens intangíveis do Ativo Permanente, cujos


prazos de utilização ou existência são limitados por determinação contratual ou
legal.

Além do Ativo Permanente, também há


amortização do Ativo Diferido. Para a aplicação
da amortização no imobilizado, devem ser
observadas duas características básicas e
cumulativas:

Prazo de duração limitado;


Inexistência de indenização.

Exemplificando: se alugamos um imóvel e fazemos benfeitorias nesse imóvel só


podemos utilizar a amortização se:

O contrato de locação for por prazo determinado;


Não haja direito à indenização das benfeitorias edificadas.

Neste caso, se o contrato for feito por tempo indeterminado, utilizaremos a


depreciação, se o contrato prever o ressarcimento do valor das benfeitorias não há
nem amortização e nem depreciação.

Bens sujeitos a amortização:


Patentes de invenção;
Fórmulas e processos de fabricação;
Direitos autorais;
Licenças;
Autorizações e concessões
Direitos sobre bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a
concessão de serviço público, devem reverter ao poder concedente, ao fim do
prazo de concessão, sem indenização;
Custo de aquisição, prorrogação ou modificação de contratos e direitos de
qualquer natureza, inclusive exploração de fundo de comércio;
Custo das construções ou benfeitorias em bens locados ou arrendados, ou
em bens de terceiros, quando não houver direito ao recebimento de seu valor
em restituição.

6
A taxa de amortização do imobilizado é em função do
tempo de utilização do bem intangível, podendo tal tempo:

Ser estabelecido em lei que regule os direitos sobre


o bem;
Ser fixado no contrato de aquisição do bem;
Ser proveniente da natureza do bem de existência
limitada.

Para o cálculo da amortização, aplica-se a taxa de


amortização sobre a base de cálculo, sendo esta o custo
de aquisição do bem amortizável, mas posteriores
acréscimos.

A seguir os tipos de amortização:

 Sistema de Amortização Constante (SAC): a amortização da dívida é


constante e igual em cada período. (Esta é a mais utilizada)

 Sistema Price ou Francês (PRICE): os pagamentos são todos iguais, ou seja,


as prestações tem sempre o mesmo valor.

 Sistema de Amortização Misto (SAM): os pagamentos são as médias dos


sistemas SAC e PRICE.

 Sistema Alemão: os juros são pagos antecipadamente com prestações iguais,


exceto o primeiro pagamento que corresponde aos juros cobrados no
momento da operação.

EXAUSTÃO

O conceito de exaustão é a redução do valor de investimentos necessários à


exploração de recursos minerais ou florestais.

Dessa forma a diminuição de recursos minerais resultante da sua exploração deverá


ser computada como custo ou encargo. A forma de cálculo e determinação da
exaustão é semelhante ao cálculo da depreciação acumulada.

A base de cálculo da quota anual de exaustão é o custo de aquisição dos recursos


minerais explorados. A exaustão deve ser reconhecida até que o valor residual do
ativo seja igual ao seu valor contábil.

O valor da exaustão anual será determinado com base no volume da produção do


ano e também a sua relação com a “possança” conhecida da mina, ou então em

7
função do prazo de concessão para a sua exploração.
Existem dois critérios para o cálculo da quota de exaustão de recursos, são eles:

Com base na relação existente entre a extração efetuada e no respectivo


período de apuração com a “possança” conhecida da mina (possança:
quantidade estimada de minérios da jazida).
Com base no prazo de concessão para exploração da jazida.

O critério a ser observado será aquele que proporcionar o mais percentual de


exaustão no período. Portando à medida que os recursos minerais vão de
exaurindo, é realizado o registro na contabilidade, simetricamente em relação a
quantidade estimada de minérios da jazida, sendo esta a quota de exaustão.

A seguir um exemplo de cálculo de exaustão:

Valor contábil da jazida: R$ 30.000,00


Exaustão acumulada: 6.000,00
Possança conhecida da Jazida: 5.000 toneladas
Produção do período: 750 toneladas
Prazo para término da concessão: 8 anos

Calcule o encargo de exaustão a ser apropriado como custo do período:

a) Relação entre a produção no período e a possança (quantidade estimada de


minérios) conhecida da mina:

750 toneladas x 100 / 5.000 = 15%


30.000,00 x 15% = 4.500,00

b) Prazo para término da concessão:


100/8 = 12,5%
30.000,00 x 12,5% = 3.750,00

No exemplo acima o prazo dado para o término da concessão é de 8 anos, então o


encargo a ser contabilizado será no valor de R$ 4.500,00, pois a jazida estará
exaurida antes do término do prazo de concessão, ou seja, já não terá mais o que
retirar da mina no prazo de 8 anos.

E na contabilidade o lançamento seria o seguinte:

Débito- Exaustões de Recursos Minerais (Conta de Resultado)


Crédito- Exaustão Acumulada – Mina xxxx (Imobilizado – Permanente)

8
DEMONSTAÇÕES FINANCEIRAS

A norma internacional de contabilidade IAS1 define as demonstrações financeiras


como uma representação estruturada da posição financeira e do desempenho
financeiro de uma determinada entidade.

O objetivo das demonstrações financeiras é o de proporcionar informação viável


acerca da posição financeira, do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa de
uma determinada entidade, que seja útil para
os usuários das informações e nas respectivas
tomadas de decisões econômicas, permitindo,
simultaneamente, mostrar os resultados da
gestão por parte dos gerentes dos recursos
que lhes foram confiados e colocados à
disposição.

Para satisfazer estes objetivos, as


demonstrações financeiras proporcionam
informação acerca dos ativos, passivos, capital
próprio, rendimentos, gastos e outras
alterações do capital próprio e ainda acerca
dos fluxos de caixa. Estas informações, contidas em mapas como o balanço, a
demonstração de resultados, a demonstração de alterações no capital próprio e a
demonstração de fluxos de caixa, juntamente com informação contida nas notas,
ajudam os usuários das demonstrações financeiras a prever os futuros fluxos de
caixa da entidade e a sua tempestividade e grau de incerteza.

AUDITORIA CONTÁBIL

Auditoria é uma revisão das demonstrações financeiras, sistema financeiro,


registros, transações e operações de uma entidade ou de um projeto, efetuada por
contadores, com a finalidade de assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar
credibilidade às demonstrações financeiras e outros relatórios da administração.

A auditoria também identifica deficiências no sistema de controle interno e no


sistema financeiro e apresenta recomendações para melhorá-los. As auditorias
podem diferir substancialmente, dependendo de seus objetivos, das atividades para
os quais se utilizam as auditorias e dos relatórios que se espera receber dos
auditores. Em geral, as auditorias podem ser classificadas em três grupos:

1. Auditoria financeira;

2. Auditoria de cumprimento;

9
3. Auditoria operacional;

Na auditoria financeira, há interesse na


auditoria das demonstrações financeiras
da entidade como um todo. O objetivo
geral de uma auditoria das
demonstrações financeiras é fazer com
que o auditor expresse uma opinião sobre
se as demonstrações financeiras estão
razoavelmente apresentadas de acordo
com os princípios de contabilidade geralmente aceitos.

A auditoria de cumprimento e a auditoria operacional têm objetivos específicos e


podem ou não estar relacionadas à contabilidade de uma entidade. Normalmente, a
contabilidade é base destes exames. Daí sua importância para diferentes usuários e
objetivos. A auditoria de cumprimento engloba a revisão, comprovação e avaliação
dos controles e procedimentos operacionais de uma entidade.

A auditoria operacional é um exame mais amplo da administração, recursos técnicos


e desempenho de uma organização. O propósito desta auditoria é medir o grau em
que as atividades da entidade estão alcançando seus objetivos.

LIVROS CONTÁBEIS

Além do livro diário e livro razão existem outros livros que são utilizados na empresa.
Os livros de escrituração têm várias finalidades, uns servem para registrar as
compras, outros para registrar as vendas, controlar os estoques, os lucros ou
prejuízos fiscais, há livros onde são registrados os empregados e outros em que se
registram atas das Assembleias. Enfim, podemos dividir os livros em três grupos:
livros fiscais, livros contábeis e livros sociais.

Livros fiscais são os exigidos pelo fisco Federal, Estadual ou Municipal. Os mais
comuns são:

1. Registro de Entradas

2. Registro de Saídas

3. Registro de Impressão de Documentos Fiscais

4. Registro de Inventário

5. Registro de Apuração de IPI

6. Registro de Apuração de ICMS

7. Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR

10
8. Livro de Movimentação de Combustíveis – LMC

Livros contábeis são aqueles utilizados pelo setor de Contabilidade. Destinam-se à


escrituração contábil dos atos e dos fatos administrativos que ocorrem na empresa.
Segundo o Código Comercial Brasileiro, todos os comerciantes estão obrigados a
seguir uma ordem uniforme de contabilidade e escrituração e a manter os livros
necessários para esse fim.

Deverão, ainda, conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondências e


demais papéis pertencentes ao giro de seu comércio, enquanto não prescreverem
as ações que lhes possam ser relativas. Os principais livros utilizados pela
Contabilidade são:

 Livro Diário

 Livro Razão

 Registro de Duplicatas

 Livro Caixa

 Livro Conta-correntes

O uso do livro diário é obrigatório, pois ele constitui o registro básico de toda a
escrituração contábil, no qual devem ser lançados, dia a dia, todos os atos ou
operações da atividade, ou que modifiquem ou possam a vir a modificar a situação
patrimonial da pessoa jurídica, observado o seguinte:

I. Esse livro deve se encadernado com folhas numeradas seguidamente,


conter, respectivamente, termos de abertura e de encerramento e ser
autenticado pelo órgão competente.
II. Os lançamentos nesse livro poderão ser efetuados diretamente ou por
reprodução, ou por meio de processamento eletrônico de dados.
III. É admitida a escrituração resumida do diário, por totais que não excedam
o período de um mês, relativamente a contas cujas operações sejam
numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que
sejam utilizados livros auxiliares (devidamente autenticados na forma
prevista para o diário) para registro individualizado e conservados os
documentos que permitam sua perfeita verificação.

Nos lançamentos resumidos do diário devem ter referências às páginas dos livros
auxiliares em que as operações estiverem registradas de forma individualizada.

Já o livro razão a pessoa jurídica deverá manter, em boa ordem e segundo as


normas contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas utilizados para resumir ou
totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no diário, devendo a sua
escrituração ser individualizada e obedecer à ordem cronológica das operações.

11
O livro Registro de Duplicatas é de escrituração obrigatória caso a empresa realize
vendas a prazo com emissão de duplicatas, podendo, desde que devidamente
autenticado no Registro do Comércio, ser utilizado como livro auxiliar da escrituração
mercantil.

Caixa e Conta-Correntes também conhecidos como livros auxiliares, que também


podem se escriturados em fichas, são dispensados de autenticação quando as
operações a que se reportarem tiverem sido lançadas, pormenorizadamente, em
livros devidamente registrados.

Na escrituração contábil, é permitido o uso de códigos de números ou de


abreviaturas, desde que estes constem de livro próprio, revestido das formalidades
de registro e autenticação (parágrafo 1o. do art. 269 do RIR/99).

Esse livro pode ser o próprio livro Diário, que deverá conter, necessariamente, no
encerramento do período-base, a transcrição das demonstrações contábeis. Ou o
livro utilizado para registro do plano de contas e/ou históricos codificados, desde que
revestidos das formalidades legais (registro e autenticação).

Livros sociais são os livros exigidos pela Lei das Sociedades por Ações (Lei
nº6.404/76). A Companhia deve ter os seguintes livros, além daqueles obrigatórios
para qualquer comerciante, revestidos das mesmas formalidades legais:

12
IMPOSTOS

Impostos são valores pagos, realizados


em moeda nacional por pessoas físicas
e jurídicas. O valor arrecadado serve
para custear os gastos públicos.

Os impostos incidem sobre a renda


(salários, lucros, ganhos de capital) e
sobre o patrimônio (terrenos, casas,
entre outros) das pessoas físicas e
jurídicas.

Os impostos podem ser divididos em


impostos diretos e indiretos. Os impostos diretos são aqueles que incidem
diretamente sobre o agente pagador do imposto, já os impostos indiretos são os
impostos que incidem sobre o preço da mercadoria.

O imposto é uma quantia em dinheiro, calculada em moeda oficial do país e


geralmente baseada em percentuais sobre um fato gerador. Esse fato gerador pode
ser patrimonial, renda ou consumo.

Patrimonial: neste caso os impostos irão ser cobrados sobre determinado


patrimônio, como é o caso do IPTU (imóveis), IPVA (veículos) e ITR (propriedades
rurais).

Renda: neste caso o imposto é calculado considerando a rende de uma pessoa,


seja ela física ou jurídica durante determinado período. Neste contexto seria o IRPJ
(imposto de renda pessoa jurídica) e o IRPF (imposto de renda pessoa física).

Consumo: os impostos podem ser cobrados de forma indireta, ou seja, quando uma
pessoa adquire um produto ou um serviço, ela já está pagando o imposto que está
incluso no valor da compra. Isso pode-se ter como exemplo o ICMS, IPI e o ISS.

13
IMPOSTOS FEDERAIS

Os impostos federais são aqueles destinados à união ou governo federal. São eles:

II – Imposto sobre Importação. O imposto sobre a importação de produtos


estrangeiros incide sobre a importação de mercadorias estrangeiras e sobre a
bagagem de viajante procedente do exterior. No caso de
mercadorias estrangeiras a base de cálculo é o valor
aduaneiro e a alíquota está indicada na Tarifa Externa
Comum (TEC). Já no caso da bagagem, a base de cálculo é o
valor dos bens que ultrapassem a cota de isenção e a
alíquota é de 50%.

IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. Incide sobre


empréstimos, financiamentos e outras operações
financeiras, e também sobre ações. O fator gerador
do IOF é a entrega do montante ou do valor que
constitua o objeto da obrigação, ou que coloque a
disposição do interessado. O IOF incide sobre
operações de crédito realizadas por instituições
financeiras, empresas, e pessoas físicas (operação de câmbio, operações de
seguros, entre outros).

IPI – Imposto sobre Produto Industrializado. Cobrado das indústrias. O IPI tem dois
fatos geradores que são a importação (desembaraço aduaneiro) e a operação
interna (saída do produto da indústria). São obrigados o pagamento do IPI o
importador, o industrial, o estabelecimento equiparado ao industrial e
aos consumidores.

IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física. Incide sobre a renda do cidadão. O


imposto de renda pago pelo trabalhador é denominado Imposto de Renda sobre
Pessoa Física e a declaração anual comprovativa dos rendimentos é denominada
DIRPF (Declaração de Ajuste Anual). A
apresentação dessa declaração é obrigatória a
todos os trabalhadores que possuem
rendimento superior ao valor mínimo definido
pelo governo, lembrando que este valor varia
anualmente conforme a tabela do IRPJ e as
alíquotas variam de 7,5% até 27,5%.

14
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Incide sobre o lucro
das empresas. O IRPJ incide sobre pessoas jurídicas não imunes
sobre seu lucro real após as adições ou exclusões efetuadas
sobre os lançamentos constantes do Lalur (Livro de Apuração do
Lucro Real), ou então sobre o faturamento/ receita bruta, caso a
empresa tenha optado pelo pagamento do Imposto de Renda pelo
Lucro Presumido, cujo percentual de presunção oscila entre 1,6%
a 32% conforme o tipo de atividade da empresa. Já para empresas do lucro real a
alíquota é de 15% com acréscimo de 10% sobre o valor que exceder R$ 20.000,00
por mês.

ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial


Rural. Incide sobre os imóveis localizados fora
das áreas urbanas dos municípios. A alíquota é
maior para propriedades de maior área e baixo
grau de utilização, de modo a desestimular os
grandes latifundiários improdutivos.

Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. Incide sobre petróleo e


gás natural e seus derivados, e sobre álcool combustível. Sua alíquota é de 10%.
Tem por função estimular o desenvolvimento tecnológico
do país, por meio de programas de pesquisas científicas
e tecnológicas com universidades, empresas, centros de
pesquisas e o setor produtivo. Sua incidência ocorre
sobre o fornecimento de tecnologia, prestação de
serviços de assistência técnica, cessão e licença de uso
de marcas e de exploração de patentes.

Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Cobrado das


empresas. O Cofins é obrigatório a todas as
empresas com exceção as empresas de
pequeno porte e microempresas que se
encaixam no regime do Simples Nacional, sua
alíquota varia de 3% até 7,6% dependendo de
sua modalidade cumulativa (lucro presumido) ou não (lucro real).

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Foi criada para que todas as
empresas e as equiparadas pela legislação do imposto de
renda possam apoiar financeiramente a seguridade social. Sua
alíquota é variável de acordo com o regime de tributação,
variando de 9% até 32%.

15
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Percentual
do salário de cada trabalhador com carteira assinada
depositado pela empresa. É um depósito mensal, referente a
um percentual de 8% do salário do empregado, que o
empregador fica obrigado a depositar em uma conta bancária
no nome do empregado que deve ser aberta na Caixa Econômica Federal.

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. Percentual do salário de cada


empregado cobrado da empresa e do trabalhador para assistência à saúde. O valor
da contribuição varia segundo o ramo de atuação. Os funcionários
tem o valor do INSS descontados diretamente na sua folha de
pagamento, e os valores a serem descontados vão depender do
salário de cada um, e podem variar de 8% a 11%, quanto maior o
salário, maior é o desconto.

PIS/Pasep – Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do


Servidor Público. Cobrado das empresas. O PIS PASEP tem
o objetivo de financiar o pagamento do seguro-desemprego,
abono e participação na receita dos órgãos e entidades,
tanto para os trabalhadores de empresas públicas, como
privadas. O PIS PASEP é também uma espécie de
segurança do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço).

IMPOSTOS ESTADUAIS

Os impostos estaduais são aqueles destinados aos governos dos estados. São eles:

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias. Incide também sobre o transporte


interestadual e intermunicipal e telefonia. Todas as etapas de circulação de
mercadorias e em toda prestação de serviço estão sujeitas
ao ICMS, devendo haver emissão da nota fiscal. Em
alguns estados, o ICMS é a maior fonte de recursos
financeiros. E a tabela da alíquota é variável de estado
para estado.

16
IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores. O único objetivo do
IPVA é arrecadar dinheiro, e esse imposto é cobrado apenas de veículos que
circulam em terra, ou seja, não compreende nenhum outro tipo, como barcos,
lanchas, e etc. O IPVA é cobrado
anualmente, e não tem relação nenhuma
com a situação das estradas, ou das ruas,
ele é apenas de uso fiscal. Sua alíquota
varia de estado para estado. Sendo que
São Paulo é o estado cuja alíquota é a mais
alta. O pagamento é anual, pode ser feito
em cota única ou em três parcelas. 50% do
valor arrecadado é do governo estadual e o
restante fica na cidade aonde o veículo está
registrado.

ITCMD – Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis


e Doação. Incide sobre herança. Estão
compreendidos na incidência do imposto os bens
que, na divisão de patrimônio comum, na partilha ou
adjudicação, forem atribuídos a um dos cônjuges, a
um dos conviventes, ou a qualquer herdeiro, acima da
respectiva meação ou quinhão. Os valores da
alíquota variam de 1% até 8%.

IMPOSTOS MUNICIPAIS

Os impostos municipais são aqueles destinados ao governo municipal. São eles:

IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. O imposto, de


competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem
como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de
bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na
lei civil, localizado na zona urbana do Município. O valor
arrecadado deve ser empregado em melhorias no meio-fio,
calçamento, canalização e abastecimento de água, sistema de
esgoto, iluminação pública, escolas, postos de saúde, dentre
outros.

ISS – Imposto Sobre Serviços. Cobrado das empresas pelos


serviços prestados. A sua alíquota mínima é de 2% sendo
variável devido a atividades exercidas e ao valor da receita
líquida da empresa.

17
ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos. Incide
sobre a mudança de propriedade de imóveis. Sua finalidade é
fiscal. A alíquota do ITBI é calculada em 2% sobre o valor do
imóvel, ou seja, das transações realizadas em geral.

SIMPLES NACIONAL

O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado que contempla empresas


com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões. Ele foi lançado no dia 30 de junho de
2007 para descomplicar a vida dos micro e pequenos empresários.
Antes do Simples, empresas de portes menores pagavam impostos federais,
estaduais e municipais por meio de guias e datas separadas. As alíquotas eram
também menos favoráveis, por vezes proporcionais às aplicadas a grandes
empresas. Com a inclusão do Simples Nacional alguns procedimentos entraram na
vida do pequeno empresário.

Esse regime deu fôlego a milhões de empreendedores de diversos setores. Desde


2007, mais segmentos foram incorporados à lista de empresas autorizadas a aderir
ao regime simplificado de tributação. Alguns anos depois, com a criação do MEI
(Microempreendedor Individual), houve uma nova camada de simplificação para
formalizar negócios tocados por autônomos, com até um funcionário.

Dentro da Lei Complementar nº 123/06, o Simples também é chamado de Regime


Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

Além da unificação dos tributos, o Simples Nacional também destaca-se como fator
de desempate para empresas que concorrem a licitações do governo e facilita o
cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias por parte do contribuinte.

Para optar pelo Simples Nacional, as microempresas e empresas de pequeno porte


devem estar isentas de débitos da Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS).

18
Um elemento incluído no ecossistema das pequenas empresas a partir da criação do
Simples, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) unificou o
recolhimento de impostos, repassando cada um deles automaticamente para as
contas do estado, do município e da União.
O regime Simples Nacional destaca-se pelo recolhimento tributário unificado dos
impostos do simples:

 Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);


 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
 Contribuição para o PIS/Pasep;
 Contribuição Patronal Previdenciária (CPP);
 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS);
 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
A contribuição unificada acontece por meio da emissão do DAS. O valor é calculado
em sistema informatizado disponível para o contribuinte na página do Simples
Nacional na internet. A empresa optante pelo simples deve obrigatoriamente utilizar
o sistema da Receita Federal para realizar o cálculo do valor para obter a impressão
do documento de arrecadação. O valor pago ao banco é repassado a um sistema
gerenciado pelo Banco do Brasil que reparte automaticamente o recurso dentro de
um dia para os entes de destino.

19
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

O principal objetivo do MEI é conscientizar o trabalhador informal sobre a


importância de se legalizar e os benefícios da Lei Complementar nº 128, de 19 de
dezembro de 2008.

O MEI é o pequeno empresário individual que atende as condições abaixo


relacionadas:
a) tenha faturamento limitado a R$ 81.000,00 por ano.
b) Que não participe como sócio, administrador ou titular de outra empresa;
c) Contrate no máximo um empregado;
d) Exerça uma das atividades econômicas previstas no Anexo XIII, da Resolução do
Comitê Gestor do Simples Nacional de nº 94/2011, o qual relaciona todas as
atividades permitidas ao MEI.

A formalização é o procedimento que dá vida à empresa, ou seja, é o registro


empresarial que consiste na regularização da situação da pessoa que exerce
atividade econômica frente aos órgãos do Governo, como Junta Comercial, Receita
Federal, Prefeitura e órgãos responsáveis por eventuais licenciamentos, quando
necessários. A formalização é gratuita e é realizada pelo Portal do Empreendedor.
Escritórios de Contabilidade que são optantes do Simples Nacional também podem
realizar a formalização do MEI gratuitamente.

Ao se formalizar, o MEI passa a ter cobertura previdenciária para o si e sua família,


traduzida nos seguintes benefícios.

PARA O EMPREENDEDOR:

a) Aposentadoria por idade: mulher aos 60 anos e homem aos 65, observado a
carência, que é tempo mínimo de contribuição de 15 anos;
20
b) Aposentadoria por invalidez: o MEI tem de contribuir para a Previdência Social por
no mínimo 12 meses, a contar do primeiro pagamento em dia.

c) Auxílio doença: o MEI tem de contribuir para a Previdência Social por no mínimo
12 meses, a contar do primeiro pagamento em dia.

d) Salário maternidade: são necessários 10 meses de contribuição, a contar do


primeiro pagamento em dia.

PARA A FAMÍLIA:

a) Pensão por morte: a partir do primeiro pagamento em dia. O pagamento não


poderá ocorrer após o óbito.

b) Auxílio reclusão: a partir do primeiro


pagamento em dia. O pagamento não
poderá ocorrer após a reclusão.

Observação: Se a contribuição do
Microempreendedor Individual se der com
base em um salário mínimo, qualquer benefício
que ele vier a ter direito também se dará com
base em um salário mínimo.

Para realizar o pagamento o MEI emite o guia de recolhimento DAS (Documentos de


Arrecadação do Simples Nacional) do próprio sistema, por meio da internet. O valor
re arrecadação segue uma tabela atualizada anualmente, cuja classificação na
tabela é Comércio e Indústria, Serviços e Comércio e Serviços.

Por meio do registro o MEI passa a ter obrigação de contribuir para o INSS, sendo
uma contribuição de 5% do valor do salário mínimo, mais R$ 1,00 de ICMS para o
Estado (se for atividades de indústria, comércio e transporte de cargas interestadual)
e/ou R$ 5,00 de ISS para o município (se a atividades for de prestação de serviços e
transporte municipal).

O grande benefício do MEI é o direito aos benefícios previdenciários, tais como,


aposentadoria por idade, licença maternidade, auxílio doença, entre outros (após
estabelecidos os prazos de carência). A contribuição ao INSS sempre é reajustada
quando houver o aumento do salário mínimo e o benefício previdenciário também é
aumentado sempre que houver aumento do salário mínimo.

O vencimento dos impostos (DAS) pagos pelo MEI sempre ocorre no dia 20 de cada
mês, passando para o dia útil seguinte se incidir em um feriado ou final de semana.

Ainda em relação a legalização do MEI, após o prazo de 180 dias, não havendo
manifestação da Prefeitura Municipal quanto à correção do endereço onde está
estabelecido o MEI e quanto à possibilidade de exercer a atividade empresarial no
local desejado, o Termo de Ciência e Responsabilidade com Efeito de Alvará de
21
Licença e Funcionamento
Provisório se converterá
automaticamente em
Alvará de Funcionamento
definitivo.

O MEI pode contratar até


01 (um) empregado com
remuneração de um
salário mínimo ou piso
salarial da categoria, que
pode ser consultada no
Portal do Empreendedor,
Não há necessidade de
ter um contador para a
contratação de um
empregado pelo MEI. Se
preferir, o MEI pode
utilizar-se do auxílio de
um profissional da
contabilidade a fim de
obter mais detalhes e
orientação para a
contratação de um empregado. Os valores podem alterar caso o piso salarial da
categoria profissional seja superior ao salário-mínimo. Como exemplo, para salário
igual ao valor do salário mínimo, o custo previdenciário, recolhido em GPS - Guia da
Previdência Social, é de R$ 96,80 (correspondentes a 11% do salário mínimo
vigente), sendo R$ 26,40 (3% do salário mínimo) de responsabilidade do
empregador (MEI) e R$ 70,40 (8% ou conforme tabela de contribuição mensal ao
INSS) descontado do empregado. A alíquota de 3% a cargo do empregador não se
altera.

Além do encargo previdenciário de 3% de responsabilidade do empregador, o MEI


também deve depositar o FGTS, calculado à alíquota de 8% sobre o salário do
empregado. Sendo assim, o custo total da contratação de um empregado pelo MEI é
de 11% sobre o valor total da folha de salários (3% de INSS mais 8% de FGTS).

Caso tenha um empregado, o MEI deve recolher mensalmente o FGTS com alíquota
de 8% sobre o valor do salário pago, preencher e entregar a Guia de Recolhimento
do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) à Caixa Econômica Federal até
o dia 7 do mês seguinte àquele em que a remuneração foi paga. Caso não haja
expediente bancário no dia 7, a entrega deverá ser antecipada para o dia de
expediente bancário imediatamente anterior.

O MEI que não contratou funcionário durante o ano não é obrigado a apresentar a
RAIS - Relação Anual de Informações Sociais, conforme previsto no inciso II do
Artigo 99, da Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional de nº 94/2011.

Para cancelar a inscrição como MEI, basta acessar o Portal do Empreendedor e

22
solicitar a baixa do registro. Após realizar a baixa no Portal do Empreendedor, o MEI
deverá preencher a Declaração Anual para o MEI - DASN-SIMEI de Extinção –
Encerramento, acessando o Portal do Empreendedor e clicando no link Portal do
Simples Nacional.

Com base no artigo 9º da LC nº 123,a baixa do MEI ocorrerá independentemente da


regularidade de seus obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas,
principais ou acessórias, sem prejuízo de suas responsabilidades por tais
obrigações.
A baixa do registro, sem quitação dos débitos, não impede que posteriormente
sejam lançados ou cobrados do titular os impostos, contribuições e respectivas
penalidades decorrentes da simples falta de recolhimento ou da prática comprovada
e apurada em processo administrativo ou judicial de outras irregularidades
praticadas.
Ao ultrapassar o limite de R$ 81.000,00, o MEI passará à condição de
MICROEMPRESA, tendo duas situações:

Se o faturamento foi maior que R$ 81.000,00, porém não ultrapassou R$


97.000,00 (menor que 20% de R$ 81.000,00), o MEI deverá recolher os DAS
na condição de MEI até o mês de dezembro e recolher um DAS
complementar, pelo excesso de faturamento, no vencimento estipulado para o
pagamento dos tributos abrangidos no Simples Nacional relativo ao mês de
janeiro do ano subsequente (em regra geral no dia 20 de fevereiro). Este DAS
será gerado quando da transmissão da Declaração Anual do MEI (DASN-
SIMEI).

A partir do mês de janeiro, passa a recolher o imposto SIMPLES NACIONAL como


MICROEMPRESA, com percentuais iniciais de 4%, 4,5% ou 6% sobre o faturamento
do mês, conforme as atividades econômicas exercidas - Comércio, Indústria e/ou
Serviços.

Se o faturamento foi superior a R$ 97.000,00 (maior que 20% de R$


81.000,00), e inferior ao limite de opção/permanência no Simples Nacional
(R$ 4.800.000,00), o MEI passa à condição de MICROEMPRESA (se o
faturamento foi de até R$ 360.000,00) ou de EMPRESA DE PEQUENO
PORTE (caso o faturamento seja entre R$ 360.000,00 a R$ 4.800.000,00),
retroativo ao mês janeiro ou ao mês da inscrição (formalização), caso o
excesso da receita bruta tenha ocorrido durante o próprio ano-calendário da
formalização, passa a recolher os tributos devidos na forma do SIMPLES
NACIONAL com percentuais iniciais de 4%, 4,5% ou 6% sobre o faturamento,
conforme as atividades econômicas exercidas - Comércio, Indústria e/ou
Serviços.

Exemplo: Se ultrapassou os R$ 97.000,00, em julho, e não ultrapassou R$


23
360.000,00, passará a condição de Microempresa, retroagindo ao mês de janeiro.
Nas duas situações acima, o MEI deverá solicitar obrigatoriamente o
desenquadramento como MEI no Portal do Simples Nacional no site da Receita
Federal do Brasil.

MICROEMPRESA, EMPRESAS DE PEQUENO, MÉDIO E GRANDE PORTE

Uma microempresa é uma empresa de pequena dimensão. A sua definição varia de


um país para o outro, ainda que, em geral, se possa dizer que uma microempresa
conta com um máximo de dez empregados e um faturamento limitado. E também o
dono (o proprietário) da microempresa costuma contribuir para a mesma com o seu
próprio trabalho.

Uma das principais características da microempresa é


ter um tamanho reduzido, esse tipo de empresas tem
uma grande importância na vida econômica do país. Em
especial para os setores mais vulneráveis do ponto de
vista econômico.

Isto ocorre, já que a microempresa pode constituir uma


saída laboral para um desempregado ou para uma dona de casa. A criação de
peças de artesanato, a gastronomia em pequena escala e a consultoria profissional
são algumas das atividades mais usuais no desenvolvimento de microempresas.
Com o tempo, uma microempresa de sucesso pode converter-se numa Empresa de
Pequeno Porte de maior envergadura.

Dessa forma a microempresa é a pessoa jurídica que obtém um faturamento bruto


anual igual ou inferior a R$ 360.000,00. Conforme a Lei Complementar º 123/06, que
tem por objetivo definir os critérios de enquadramento das empresas no Simples
Nacional.

A empresa de pequeno porte, ou EPP tem as mesmas características da


microempresa, o que altera sua classificação é o valor de sua receita, pois ela obtém
o faturamento bruto anual superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$
4.800.000,00.

As empresas de médio e grande porte tem como principal diferencial o número de


funcionários. Conforme pode-se verificar abaixo:
Nº de colaboradores Nº de colaboradores
Porte da empresa Indústria Comércio e Serviços
Micro até 19 até 9
Pequena de 20 a 99 de 10 a 49
Média de 100 a 499 de 50 a 99
Grande mais de 500 mais de 100

24
SPED FISCAL

A Escrituração Fiscal Digital - EFD é um arquivo digital, que se constitui de um


conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de
interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do
Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e
prestações praticadas pelo contribuinte.

Este arquivo deverá ser assinado digitalmente e transmitido, via Internet, ao


ambiente Sped.

A partir de sua base de dados, a empresa deverá gerar um arquivo digital de acordo
com leiaute estabelecido em Ato COTEPE, informando todos os documentos fiscais
e outras informações de interesse dos fiscos federal e estadual, referentes ao
período de apuração dos impostos ICMS e IPI. Este arquivo deverá ser submetido à
importação e validação pelo Programa Validador e Assinador (PVA) fornecido pelo
Sped.

Como pré-requisito para a instalação do PVA é necessária a instalação da máquina


virtual do Java. Após a importação, o arquivo poderá ser visualizado pelo próprio
Programa Validador, com possibilidades de pesquisas de registros ou relatórios do
sistema.

Outras funcionalidades do programa: digitação, alteração, assinatura digital da EFD,


transmissão do arquivo, exclusão de arquivos, geração de cópia de segurança e sua
restauração.

Em regra, a periodicidade de apresentação é mensal. A seguir vejamos de


forma simplificada o Sped em conjunto com o eSocial.

25
eSocial

O eSocial é um projeto do governo federal que vai unificar o envio de informações


pelo empregador em relação aos seus empregados.

Desde 01/10/2015, está disponível a ferramenta que possibilitará o recolhimento


unificado dos tributos e do FGTS para os empregadores domésticos: Módulo
Empregador Doméstico. A ferramenta surge para viabilizar a determinação dada
pelo texto da Lei Complementar 150, publicada no dia 02/06/2015, que instituiu o
SIMPLES DOMÉSTICO com as seguintes responsabilidades que serão recolhidas
em guia única:

 Imposto sobre a Renda Pessoa Física, se incidente - Trabalhador;


 8% a 11% de contribuição previdenciária - Trabalhador;
 8% de contribuição patronal previdenciária - Empregador;
 0,8% de seguro contra acidentes do trabalho - Empregador;
 8% de FGTS - Empregador;

26
 3,2% de indenização compensatória (Multa FGTS) - Empregador.

Para evitar problemas na hora de efetivar o registro do seu trabalhador, o


empregador poderá utilizar a ferramenta de Consulta Qualificação Cadastral para
identificar possíveis divergências associadas ao nome, data de nascimento,
Cadastro de Pessoa Física - CPF e o Número de Identificação Social - NIS
(PIS/PASEP/NIT/SUS) de seus empregados domésticos. Ao informar os dados
citados, o sistema indicará onde há divergência e orientará sobre o procedimento
para acerto.

Em 01/10/2015 serão disponibilizadas as opções de cadastramento do empregador,


empregado e afastamentos. A partir do dia 26/10/2015 o empregador poderá gerar
sua folha de pagamento, efetuar demissões e gerar a guia única que consolida os
recolhimentos tributários e de FGTS. Ressalta-se que para a competência de
outubro de 2015 o recolhimento deverá ocorrer até o dia 06/11/2015.

Nas rescisões do contrato de trabalho ocorridas até dia 31/10/2015, o empregador


deverá utilizar guia específica (GRRF WEB) disponibilizada pela Caixa Econômica
Federal para recolhimento de todos os valores rescisórios do FGTS, conforme
vencimento legal. Os tributos relacionados ao desligamento serão gerados
diretamente pelo eSocial, através da guia única DAE (Documento de Arrecadação
do eSocial), gerada no fechamento da folha, com vencimento no dia 06/11/2015.

O projeto eSocial é uma ação conjunta dos seguintes órgãos e entidades do governo
federal: Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,
Ministério da Previdência – MPS, Ministério do Trabalho e Emprego – MTE,
Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB. O Ministério do Planejamento
também participa do projeto, promovendo assessoria aos demais entes na
equalização dos diversos interesses de cada órgão e gerenciando a condução do
projeto, através de sua Oficina de Projetos.

27

Você também pode gostar