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PRODUTOS
DA FLORESTA:
uma década de
pesquisa e divulgação
Belém-PA • 2019
Copyright © 2019 by Imazon
Realização
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)
Autores
Jayne Guimarães
Paulo Amaral
Andréia Pinto
Izabella Gomes
Fotos
Andréia Pinto
Alex Fisberg
Flávia Pagliarini
Nonato Batista
Ricardo Amanajás
Arquivo Imazon
Revisão textual
Glaucia Barreto
(glauciabarreto@hotmail.com)
52 p. : il. color.
ISBN 978-65-80289-02-8
Sumário Executivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Introdução . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 11
Considerações Finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Bibliografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Lista de Figuras
Sumário Executivo
Introdução. Os Produtos Flores- esses produtos, oito foram encontrados
tais Não Madeireiros (PFNMs) exercem com maior frequência nos pontos de co-
um papel importante na subsistência e na leta e selecionados para as análises des-
geração de renda para milhões de famílias te estudo, sendo eles: açaí batido (polpa
que vivem e dependem das florestas em diluída), buriti (fruto), cupuaçu (fruto),
países em desenvolvimento. De acordo castanha-do-pará (amêndoa com casca),
com a FAO (2014a), cerca de 80% da po- mel de abelha, andiroba (óleo), copaíba
pulação desses países usam esses produtos, (óleo-resina) e pupunha (fruto).
seja como alimento, remédio, cosmético Comportamento dos preços. No
ou na confecção de utensílios e abrigo. To- período de 2009 a 2018, os preços nomi-
davia, os PFNMs têm baixa representati- nais dos oito PFNMs aumentaram nos
vidade na economia formal. Em 2017, o quatro municípios amazônicos pesquisa-
Brasil gerou uma renda de R$ 1,5 bilhão dos, sendo estes os principais destaques
ou US$ 490 milhões[1] na comercialização na década:
de PFNMs, porém esse valor representou a) o preço nominal da castanha-do-pará
apenas 0,02% do PIB brasileiro (IBGE, (também chamada de castanha-do-bra-
2018a; 2017b). sil e castanha-da-amazônia) aumentou
Objetivo e escopo. Com o objeti- quase 10 vezes na capital Belém/PA,
vo de dar maior visibilidade aos PFNMs, onde o litro da amêndoa com casca sal-
reforçando o valor da floresta em pé e de tou de R$1,42 em 2009 para R$14,88
seu potencial para melhoria da qualidade em 2018; e quase triplicou nos municí-
de vida e da renda dos povos da flores- pios de Breves e Gurupá, ambos no Pará;
ta, desde 2009 o Imazon coleta e divulga b) o açaí também teve aumento mais ex-
semanalmente preços de frutos, semen- pressivo em Belém – alta de 141% no
tes, polpas, óleos, resina e mel de abelha preço nominal, passando de R$4,30/
oriundos da floresta amazônica, cobrindo litro em 2009 para R$10,38/litro em
cerca de 80 produtos em 2018; e nos outros três municípios os
[1]
O valor foi uma década de pesquisa preços quase dobraram de valor; e
convertido para o dólar
em quatro municípios c) os preços nominais do mel de abelha,
americano usando
a variação média do da região – Belém/PA, do óleo de andiroba, do óleo-resina da
período de 01/01/2017
a 31/01/2017,
Breves/PA, Gurupá/PA copaíba, da pupunha (fruto) e do bu-
considerando a cotação e Santana/AP. Dentre riti (fruto) em geral aumentaram mais
real/dólar de R$3,1818/
US$1,00 (EUROPEAN
CENTRAL BANK,
2019).
Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 9
Introdução
Preços de PFNMs
de 2009 a 2018
População estimada
Municípios/UF Área (km2)
2018 (habitantes)
Belém/PA 1.059 1.485.732 Figura 1.
Municípios do Pará e do Amapá
Breves/PA 9.567 101.891
cobertos pela pesquisa semanal
Gurupá/PA 8.570 32.991 de preços de produtos florestais
Santana/AP 1.541 119.610 não madeireiros de 2009 a 2018.
Total 20.738 1.740.224
Fonte: IBGE Cidades, 2019
Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 15
AÇAÍ
• Características Gerais folhas, cacho), no paisagismo (o próprio
açaizeiro), entre outros. Todavia, duas par-
O açaizeiro é uma palmeira encon- tes se destacam comercialmente: o palmito,
trada em regiões de clima tropical. No tecido extraído do ápice do caule (estipe); e
Brasil, existem no mínimo dez espécies, a polpa, extraída dos frutos com acréscimo
das quais duas são mais comuns na Ama- de água. A exploração do palmito sem boas
zônia: Euterpe oleracea (o açaí de toucei- práticas de manejo pode dizimar os açai-
ra) e Euterpe precatoria (o açaí solteiro). zais ou reduzir bastante a oferta de frutos,
A primeira ocorre principalmente na pois cada estipe derrubado para a extração
Amazônia Oriental, em áreas de várzea de um único palmito representa 4 a 8 ca-
do estuário do rio Amazonas; e a segunda chos de açaí que deixam de ser produzidos
é mais abundante na Amazônia Ociden- por ano. Entretanto, em açaizais maneja-
tal, em áreas de várzea e em terra firme dos, o palmito dos estipes eliminados pelo
(PINTO et al., 2010). desbaste pode ser aproveitado sem impac-
As partes do açaizeiro são tradicional- tar a espécie (PINTO et al., 2010).
mente utilizadas para diversos fins – medi- A polpa do açaí, por sua vez, é bas-
cinais (p. ex., raiz, fruto), em construções tante consumida in natura na Amazônia
rústicas (p. ex., caule, folhas), na confecção em diferentes níveis de diluição – sendo
de artesanatos e utensílios (p. ex., caroço, chamada de açaí fino, médio, grosso ou
16 Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação
12
10
Preço do litro do açaí (R$)
2
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Belém 4,30 5,39 5,61 5,66 7,94 7,81 10,13 11,41 9,38 10,38
Breves 3,00 4,00 4,23 4,56 6,74 6,34 6,48 6,20 5,79 5,81
Gurupá 2,74 3,24 3,28 3,68 5,48 6,44 6,21 6,03 5,38 5,44
Santana 3,20 3,89 4,03 4,31 6,28 6,60 6,67 7,59 6,17 6,63
Figura 2.
Preços do açaí (polpa) em Belém/PA, Breves/PA, Gurupá/PA e Santana/AP, de 2009 a 2018.
Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 17
BURITI
• Características Gerais das, cestos, cintos, esteiras, redes e diversos
outros utensílios e artesanatos; do pecíolo
Assim como o açaí, o buritizeiro (o talo da folha) é produzida grande va-
(Mauritia flexuosa) é uma palmeira típica riedade de brinquedos e peças decorativas
de regiões tropicais. No Brasil, se estende que estão entre os elementos mais tradi-
por toda a região amazônica, mas também cionais do Círio de Nazaré, em Belém. O
pode ser encontrado no Nordeste e Cen- estipe (ou caule) é utilizado para transpor-
tro-Sul do país. Trata-se de uma espécie tar madeira nos rios e na construção de
de áreas alagadas, igapós, beiras de igarapé pontes (SHANLEY; MEDINA, 2005). O
e rios. Os corpos d’água propiciam a pro- fruto – o buriti – é bastante consumido in
liferação da palmeira (SHANLEY; ME- natura, sendo também utilizado no prepa-
DINA, 2005). ro de mingau, doces, picolés, sucos, vinhos,
O buritizeiro possui diversos usos. licores, ração animal etc. Do fruto também
Suas folhas servem para confeccionar cor- é extraído o óleo, que possui uso medici-
18 Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação
nal, cosmético, culinário, além de ser usado incremento de preço do buriti bastante
na fabricação de sabão e como combustível superior ao de Belém: 211%. O fruto foi
para lamparinas. vendido em média por R$0,09/unidade
em 2009, chegando ao valor de R$0,28/
• Comportamento dos preços unidade em 2018. Apesar do acréscimo
maior, Breves ainda manteve preços infe-
No período do estudo (2009 e 2018) riores aos de Belém (Figura 3).
o fruto de buriti não foi localizado nos As séries de preços do buriti em
pontos de coleta dos municípios de Guru- Belém e Breves são bastante divergentes.
pá e Santana, porém foram encontrados Em Belém, oscilaram consideravelmen-
com frequência em Belém e Breves, onde te entre 2009 e 2018, tendo atingido o
os preços aumentaram no período. Em mínimo de R$0,16/unidade em 2010 e
Belém, a unidade do fruto do buriti foi o máximo de R$0,40/unidade em 2014.
encontrada pelo valor de R$0,22/unidade Enquanto que no município de Breves os
em 2009, e em 2018 já era comercializada preços mantiveram-se estáveis de 2009 a
por em média R$0,33/unidade. Isso repre- 2013, e a partir de 2014 começaram uma
sentou um acréscimo de 50% na década. trajetória ascendente, atingindo 180% até
No mesmo período, Breves apresentou um 2018 (Figura 3).
0,40
0,35
Preço da unidade de buriti (R$)
0,30
0,25
0,20
0,15
0,10
0,05
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Belém 0,22 0,16 0,17 0,27 0,29 0,4 0,31 0,33 0,31 0,33
Breves 0,09 0,11 0,12 0,12 0,10 0,18 0,26 0,30 0,30 0,28
Figura 3.
Preços do buriti (fruto) em Belém/PA e Breves/PA, de 2009 a 2018.
Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 19
CASTANHA-
DO-PARÁ
• Características Gerais estados do Acre, Amazonas e Pará (IBGE,
2017b). Seus frutos – os ouriços – contém
A castanheira (Bertholletia excel- sementes com cascas bastante rígidas – as
sa), pertencente à família Lecythidaceae, é castanhas ‒, que são popularmente conhe-
uma árvore de grande porte, chegando a 50 cidas como castanha-do-pará, castanha-do-
metros de altura e 4 metros de diâmetro, e -brasil ou castanha-da-amazônia (PINTO
de ampla ocorrência na região amazônica, et al., 2010; SHANLEY; MEDINA, 2005).
principalmente no Brasil, Bolívia e Peru. A castanheira possui diversos usos.
No Brasil é encontrada em todos os estados Sua madeira é muito resistente e foi bas-
da Amazônia Legal, em ambientes de ter- tante explorada, resultando no extermínio
ra firme, sendo seus maiores produtores os local de muitos castanhais, de modo que
20 Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação
15
Preço do litro da castanha-do-pará (R$)
12
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Belém 1,42 2,49 3,93 2,91 3,51 4,68 4,25 7,67 14,6 14,88
Breves 1,00 1,00 1,88 1,78 1,76 2,87 3,74 3,33 4,00 3,84
Gurupá 1,00 1,04 1,05 1,95 1,59 1,97 2,17 2,52 3,1 4,13
Santana 1,69 1,84 2,69 2,60 2,84 3,81 3,61 2,97 2,99 3,00
Figura 4.
Preços da castanha-do-pará (amêndoa com casca) em Belém/PA, Breves/PA, Gurupá/PA e Santana/AP, de
2009 a 2018.
22 Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação
CUPUAÇU
• Características Gerais téria-prima na fabricação de chocolates, o
cupulate, substituindo o cacau; e sua polpa
O cupuaçuzeiro (Theobroma grandi- é muito utilizada no preparo de sucos, sor-
florum), pertencente à família Malvaceae, vetes, mousses, bombons, tortas, bolos etc.,
é uma árvore nativa da Amazônia encon- sendo também usada pela indústria cosmé-
trada em ambientes de terra firme e de tica na produção de hidratantes e xampus
várzea alta. Os estados do Pará, Amapá, (SOUZA et al., 1999).
Amazonas, Rondônia e Acre se destacam
na produção do fruto – o cupuaçu ou cupu • Comportamento dos preços
(SOUZA et al., 1999; CEPLAC, s.d.).
O cupuaçu é integralmente apro- No período de 2009 a 2018, obser-
veitável. Sua casca (epicarpo) é utilizada vou-se um aumento no preço nominal
na produção de adubo e de energia; do cupuaçu (fruto inteiro) nos
suas sementes são usadas como quatro municípios de es-
remédio e também como ma- tudo. Em Belém, o fruto
Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 23
6
Preço da unidade de cupuaçu (R$)
1
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Belém 2,00 2,48 3,18 2,14 4,08 3,50 4,49 4,93 5,98 5,69
Breves 1,11 1,44 2,58 1,89 2,94 2,88 3,50 4,00 3,43 3,56
Gurupá 1,05 1,06 1,15 1,50 1,35 2,08 1,95 2,07 2,24 2,19
Santana 1,55 2,06 3,05 2,65 2,63 2,21 2,97 2,77 2,56 2,67
Figura 5.
Preços do cupuaçu (fruto) em Belém/PA, Breves/PA, Gurupá/PA e Santana/AP, de 2009 a 2018.
24 Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação
MEL DE ABELHA
• Características Gerais O mel de abelha é produzido em
diversos países do mundo. No entanto,
O mel de abelha é produzido pe- dez se destacam na produção e exporta-
las abelhas a partir do néctar das flores. ção: China, Turquia, Argentina, Ucrânia,
Existem diversos tipos de mel, com co- Vietnam, Índia, México, Espanha, Brasil
res, consistências, aromas e sabores di- e Alemanha (FAO, 2016; VIDAL, 2018).
ferentes. Essas diferentes características Em 2016, o Brasil ocupou a oitava posição
são determinadas de acordo com a es- na lista de maiores exportadores de mel do
pécie da abelha produtora, com a plan- mundo (FAO, 2016), com as regiões Sul,
ta de onde é extraído o néctar e com a Sudeste e Nordeste sobressaindo-se nes-
localização geográfica dessas vegetações sa produção (IBGE, 2017b). Apesar de os
(CAMARGO, 2002). estados do Norte não figurarem entre os
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Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 25
50
Preço do litro do mel de abelha (R$)
40
30
20
10
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Belém 13,45 15,13 17,14 20,40 21,71 24,66 25,00 25,00 25,00 25,00
Breves 11,21 15,78 16,11 19,44 16,52 18,61 25,91 25,10 27,38 25,63
Gurupá 14,09 17,19 16,77 19,88 23,32 24,07 31,55 33,21 33,79 32,50
Santana 14,66 15,81 15,91 27,95 19,74 17,81 43,76 39,78 47,83 47,38
Figura 6.
Preços do mel de abelha em Belém/PA, Breves/PA, Gurupá/PA e Santana/AP, de 2009 a 2018.
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Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 27
ANDIROBA
• Características Gerais hidratantes, xampus etc. A casca também
tem aplicações medicinais, sendo usada no
A andirobeira (Carapa sp.) é uma ár- tratamento de tumores e para combater
vore de médio a grande porte, pertencente febre, vermes, bactérias e afecções da pele.
à família Meliaceae, encontrada na África, A madeira é considerada de excelente qua-
América Central e no norte da América lidade, sendo empregada na construção ci-
do Sul (Venezuela, Equador, Colômbia, vil e também utilizada para produção de
Peru e Brasil). No Brasil, se distribui pela cavaco (telhas de madeira).
bacia amazônica, principalmente em áre-
as alagadas (ou várzea), embora também • Comportamento dos preços
ocorra em terra firme (PINTO et al., 2010;
SHANLEY; MEDINA, 2005). De modo geral, os preços do óleo
O óleo, a casca e a madeira da an- de andiroba nos municípios pesquisados
dirobeira são bastante utilizados pela po- cresceram no período 2009-2018. Em
pulação amazônida. O óleo é usado para 2009, no mercado de Belém, o óleo de
fins medicinais e estéticos, servindo como andiroba foi vendido por R$14,43/litro.
repelente de insetos, anti-inflamatório, Já em 2018, foi comercializado em mé-
matéria-prima na produção de sabonetes, dia por R$29,06/litro, o que representou
um aumento de 101%. No município de
Breves, a taxa de incremento foi de 185%,
saltando de R$10,40/litro em 2009 para
R$29,67/litro em 2018. Em Santana, o
óleo custava R$19,03/litro em 2009 e
passou a valer R$89,50/litro em 2018,
um incremento de 370%. Finalmente,
em Gurupá o preço do óleo de andiroba
apresentou um aumento de 208%. O litro
que era encontrado nas feiras e portos por
R$17,86 em 2009, no final da década já
valia R$55,00/litro (Figura 7).
28 Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação
Entre 2009 e 2011, as curvas de pre- quase todo o período. Apenas nos anos de
ços do óleo de andiroba nos quatro muni- 2013 e 2014 Breves descolou da curva de
cípios apresentaram trajetórias convergen- Belém, por conta de uma redução de pre-
tes. Contudo, a partir de 2012, Santana ços entre 2012 e 2013. Já o município de
passou a exibir uma alta variabilidade de Gurupá apresentou maiores oscilações de
preços, com incrementos bastante supe- preços ao longo da década, principalmente
riores em relação aos demais municípios. entre 2012 e 2015, e a partir de 2016 o
Em 2018, o preço do óleo de andiroba município exibiu aumentos de preços pro-
em Santana chegou a ser quase três ve- gressivos. Por fim, Santana apresentou os
zes superior ao de Belém e Breves, que maiores preços e incrementos no final do
apresentaram comportamentos mais mo- período, seguido por Gurupá, Breves e Be-
derados e caminharam bem próximos em lém (Figura 7).
100
Preço do litro do óleo de andiroba (R$)
80
60
40
20
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Belém 14,43 14,67 19,71 28,27 28,65 32,22 30,00 30,00 29,76 29,06
Breves 10,40 14,84 20,27 26,45 21,08 21,41 26,55 27,07 30,24 29,67
Gurupá 17,86 20,00 20,92 24,50 33,33 52,00 32,88 40,25 47,63 55,00
Santana 19,03 16,47 17,24 29,07 39,62 48,10 66,38 79,64 93,21 89,50
Figura 7.
Preços do óleo de andiroba em Belém/PA, Breves/PA, Gurupá/PA e Santana/AP, de 2009 a 2018.
Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 29
COPAÍBA
• Características Gerais como anti-inflamatório, antibiótico e cica-
trizante, o óleo também é utilizado na fa-
A copaibeira (Copaifera spp.) é uma bricação de tintas e vernizes, como fixador
árvore da família das Leguminosae, presen- de perfumes e matéria-prima de cosméticos.
te na África e na região tropical da América A casca da árvore também é usada por suas
Latina. No Brasil, ela é encontrada em três propriedades anti-inflamatórias e a madeira
biomas: Amazônia, Mata Atlântica e Cer- é empregada na construção civil (PINTO et
rado, onde se desenvolve em ambientes de al., 2010; SHANLEY; MEDINA, 2005).
terra firme, várzea, solo arenoso e solo ar-
giloso. A copaíba possui 28 espécies regis- • Comportamento dos preços
tradas, das quais 12 ocorrem no Brasil. Na
Amazônia mais especificamente é possível Os preços de venda do óleo de copaí-
encontrar nove delas, sendo a Copaifera of- ba nos municípios variaram positivamente
ficinalis a mais conhecida (PINTO et al., no período 2009-2018. A capital paraen-
2010; SHANLEY; MEDINA, 2005). se teve um incremento de preços de 131%
A copaibeira também é chamada de na década. Em 2009, nas principais feiras
“pau-de-óleo”, “árvore milagrosa” e “árvore e portos de Belém, o valor médio do litro
do óleo diesel” porque seu óleo possui pro- do óleo-resina era R$30,37, e em 2018 a
priedades medicinais, um dos usos mais im-
portantes dessa planta. Além de ser usado
30 Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação
150
Preço do litro do óleo-resina de copaíba (R$)
120
90
60
30
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Belém 30,37 30,17 38,80 56,30 54,38 64,00 63,11 60,00 70,00 70,00
Breves 20,00 27,33 27,10 33,28 30,59 40,00 56,72 63,79 70,56 70,56
Gurupá 20,89 22,50 22,50 26,25 32,86 40,00 43,70 44,75 45,70 48,13
Santana 36,67 30,49 33,00 60,57 95,85 98,10 128,47 123,67 107,90 99,81
Figura 8.
Preços do óleo-resina de copaíba em Belém/PA, Breves/PA, Gurupá/PA e Santana/AP, de 2009 a 2018.
Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 31
PUPUNHA
• Características Gerais Acre, Amazonas, Roraima, Maranhão e
São Paulo (IBGE, 2017b).
A pupunheira (Bactris gasipaes Kun- A palmeira tem múltiplas aplicações.
th) é uma palmeira da família Arecaceae, Seus frutos carnosos podem ser consumi-
provavelmente nativa da Amazônia. Ela dos in natura (o uso mais comum na re-
pode ser encontrada na região do Pacífi- gião amazônica) e utilizados para fazer fa-
co Norte da América do Sul (Equador e rinha para produção de pães, bolos e ração
Colômbia) e do Caribe (Colômbia e Ve- para animais domésticos. O óleo é usado
nezuela); na bacia do alto Amazonas (Bo- no preparo de alimentos, para alisar o ca-
lívia, Brasil, Peru, Equador e Colômbia); e belo e como remédio para dor de ouvido
na América Central (Panamá, Costa Rica e garganta. O tronco é usado como maté-
e Nicarágua) (SILVA, s.d.). No Brasil, é
produzida nos estados do Pará, Amapá,
32 Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação
período com acréscimo de 250%. Já a sé- mesmo nível de preços de 2015. Por fim,
rie de preços do produto no município de o preço da pupunha em Belém segue con-
Santana indica um aumento progressivo tornos bem parecidos aos de Breves. No
entre 2009 e 2013. Em 2014, ocorreu um período 2009-2016, Belém teve aumentos
aumento brusco nos preços, que logo em sucessivos de preços, atingindo o pico de
seguida retraiu e continuou uma trajetória R$12,27 por quilo em 2016. Nos anos se-
de crescimento mais suave. guintes, os preços reduziram, e em 2018
O município de Breves apresentou voltaram ao patamar de 2015. Embora
incrementos moderados dos preços do Belém tenha apresentado uma retração
quilo da pupunha entre 2009 e 2016, ten- dos preços no final do período, o muni-
do atingido seu maior valor nesse último cípio ainda possuía os maiores preços da
ano. Logo em seguida, os preços come- pupunha em 2018, seguido por Breves,
çaram a reduzi, e em 2018 chegaram ao Gurupá e Santana (Figura 9).
15
Preço do quilo da pupunha (R$)
12
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Belém 4,49 5,74 5,65 5,70 7,69 8,48 9,23 12,27 10,61 9,20
Breves 3,14 3,96 4,81 6,50 6,40 6,86 7,72 10,47 9,13 7,38
Gurupá 1,94 1,75 2,35 2,58 2,50 2,00 3,50 5,25 7,00 7,00
Santana 2,35 3,57 4,33 4,84 5,44 8,00 5,92 6,21 6,61 6,61
Figura 9.
Preços da pupunha (fruto) em Belém/PA, Breves/PA, Gurupá/PA e Santana/AP, de 2009 a 2018.
34 Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação
35
Receita e inflação
de PFNMs em
Belém/PA
e feiras de Belém. Para isso, utilizaram-se • Receita bruta gerada pelos PFNMs na
os preços nominais de comercialização dos década 2009-2018
produtos nesses locais entre 2009 e 2018
e os volumes (quantidades vendidas) de De 2009 a 2018, os oitos PFNMs
2011 e 2012 (PINTO et al., 2011 e 2012). geraram uma receita acumulada bruta de
Os volumes foram coletados respectiva- R$1,054 bilhão nas principais feiras e por-
mente pela Secretaria Municipal de Eco- tos de Belém. A receita bruta apresentou
nomia de Belém (Secon), nos horários de trajetória ascendente ao longo da década,
pico de funcionamento dos referidos por- passando de aproximadamente R$57 mi-
tos, e pelo Imazon, no setor de ervas e pro- lhões em 2009 para R$154 milhões em
dutos medicinais da feira do Ver-o-Peso. 2018. O açaí respondeu por 89% da receita
A receita bruta dos oitos PFNMs foi cal- bruta gerada, a castanha-do-pará por 6,1%,
culada multiplicando-se o volume de cada a pupunha por 4,1% e os demais produtos
produto por seus respectivos preços. por apenas 0,8% (Figura 10).
200
Receita bruta (Milhões de R$)
150
100
50
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Demais Produtos 0,43 0,49 0,69 0,60 0,77 1,25 1,10 1,08 1,11 0,84
Pupunha 2,19 2,64 2,81 2,66 3,88 5,17 5,22 6,50 6,22 6,49
Castanha-do-Pará 1,53 2,59 4,01 2,96 3,59 5,07 4,73 7,89 15,92 15,68
Açaí 52,72 62,89 66,92 67,89 94,9 97,44 119,12 130,46 114,70 131,28
Figura 10.
Receita bruta de oito produtos florestais não madeireiros em Belém/PA, de 2009 a 2018.
Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 37
% 75%
80
70
56%
60
50
35%
40
30 17%
20
10 2%
0
-10 1%
-7% -4%
-20
-15%
-30
-33%
-40
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Figura 11.
Evolução anual do Índice de Produtos Florestais Não Madeireiros em Belém/PA, de 2009 a 2018.
%
300
250
200
150
IPFNM (%)
100
50
0
-50
-100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Açaí 67 -30 33 7 40 0 14 0 0 50 %
Castanha-do-Pará 100 150 40 -61 82 -13 15 100 50 33 %
Pupunha 262 -53 -38 85 25 0 20 25 -20 -58 %
Geral 56 -33 16 -7 35 1 3 -15 -4 75 %
Figura 12
Evolução anual do Índice de Produtos Florestais Não Madeireiros geral e dos principais produtos em Belém/
PA, de 2009 a 2018.
Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 39
Geral 127%
Castanha-do-Pará 1.900%
Cupuaçu (fruto) 404%
Açaí (polpa) 300%
Andiroba (óleo-resina) 193%
Mel de Abelha 140%
Copaíba (óleo-resina) 133%
Buriti (fruto) 30%
Pupunha (fruto) 21%
Figura 13.
Inflação acumulada geral e por produto em Belém/PA, de 2009 a 2018.
12.000 12.000
Produção de castanha-do-pará (ton)
6.000 6.000
3.000 3.000
0 0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2014 2018
Produção 7.015 8.128 7.192 10.449 9.023 6.903 7.967 6.866 4.186
Exportação 2.813 1.919 751 4.253 1.493 710 3.171 881 369 4.036
Figura 14.
Produção e exportação (em toneladas) de castanha-do-pará no estado do Pará de 2009 a 2018*.
Fonte: Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior (MDIC, 2018); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2017a).
*Até a publicação deste livro, os dados de produção de castanha-do-pará de 2018 não haviam sido disponibilizados.
Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 41
150.000 12.000
Produção de açaí (ton)
6.000
50.000
3.000
0 0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2014 2018
Exportação 420 349 41 6.079 4.847 6.076 6.977 5.577 7.554 8.750
Quanto ao cupuaçu, não foi possí- açaí, o cupuaçu não tem peso preponde-
vel avaliar os possíveis determinantes do rante na categoria.
crescimento elevado de 404% do preço Ao se avaliar o Índice de Preços Flo-
no período analisado, devido a vários fa- restais em relação ao Índice Nacional de
tores. Primeiro, pela ausência de estudos Preços ao Consumidor Amplo de Belém,
que indiquem as causas das oscilações de verificou-se que os índices seguiram tra-
preços do fruto. Segundo, porque o cupua- jetórias bastante diferentes. O IPFNM
çu não consta entre os produtos avaliados apresentou oscilações acentuadas, varian-
anualmente na Pesquisa de Extrativismo do de -15% a 75%, enquanto o IPCA
Vegetal do IBGE, o que impossibilitou permaneceu dentro do patamar de 1% a
verificar, por exemplo, se houve redução 11%. Além disso, em vários momentos, os
da oferta. Terceiro, porque o cupuaçu não índices caminharam em direções opostas,
possui nomenclatura própria nos dados de ou seja, enquanto um crescia, o outro apre-
exportação do banco de dados do Minis- sentava redução e vice-versa. Em suma,
tério de Desenvolvimento da Indústria e essas diferenças mostraram que a evolução
Comércio Exterior (MDIC), sendo cate- dos preços dos PFNMs seguiu contornos
gorizado de forma conjunta com outras próprios, distante do comportamento dos
frutas e sucos de frutas. E, ao contrário do produtos gerais (Figura 16).
90%
60%
Índices (%)
30%
0%
-30%
-60%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2014 2018
IPCA 4,47 6,86 4,74 8,31 5,33 6,59 9,93 6,77 11,40 3,00 %
IPFNM 56,10 -32,69 15,99 -7,06 35,10 1,46 2,52 -14,56 -4,43 74,73 %
Figura 16.
Comportamento do IPFNM e do IPCA de Belém/PA de 2009 a 2018.
Fonte: Dados desta pesquisa (2019); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018b).
Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 43
De modo geral, vale ressaltar que a florestas nativas ou de SAFs. Entre elas
oferta de PFNMs coletados e/ou extraí- estão políticas que buscam formalizar o
dos dos estoques naturais está altamente acesso de famílias e comunidades tradi-
sujeita à biologia de cada espécie (ciclo de cionais à terra e aos seus recursos naturais
vida, reprodução, fisiologia), à distribuição – em Unidades de Conservação de Uso
e abundância dos indivíduos, a intempé- Sustentável ou em Assentamentos. Tam-
ries climáticas e à disponibilidade do cole- bém estão políticas que visam trazer algu-
tor/extrator (mão de obra). De modo que ma estabilidade econômica ao comércio
um aumento no preço e/ou na demanda de PFNMs, criando mercados institu-
não necessariamente se traduzirá em au- cionais – como o Programa de Aquisição
mento subsequente de produção. Todavia, de Alimentos da Agricultura Familiar
à medida que alguns PFNMs começam (PAA) e o Programa Nacional de Ali-
a ser manejados em seu ambiente natu- mentação Escolar (PNAE) – ou garan-
ral ou mesmo plantados (isoladamente ou tindo preços mínimos para produtos da
em Sistemas Agroflorestais (SAFs), como agricultura familiar e do extrativismo –
é bastante comum com o açaí, o cupuaçu como o Programa de Garantia de Preços
etc. e menos frequente com a castanhei- para a Agricultura Familiar (PGPAF) e a
ra, a andirobeira etc.) o produtor passa a Política de Garantia de Preços Mínimos
ter mais controle sobre a potencial oferta para os Produtos da Sociobiodiversidade
(HOMMA, 1993). (PGPM-Bio). Atualmente, com exceção
Diversas políticas públicas têm sido da copaíba, todos os demais PFNMs des-
implementadas no sentido de apoiar a ta pesquisa são contemplados por algum
produção de PFNMs, seja oriunda de desses programas.
44 Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação
45
Divulgação dos
preços dos PFNMs
• Divulgação em Rádio AM
Figura 17.
Divulgação de preços, debates e sorteio de cesta de PFNMs no Programa Clube no Campo, da
Rádio Clube do Pará.
Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação 47
Simeão Vasconcelos
Auxiliar Administrativo da Feira Municipal de Breves/PA
48 Preços de produtos da floresta: uma década de pesquisa e divulgação
Considerações
Finais
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