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GRUPOS SOCIAIS E ESTRATIFICACAO SOCIAL EM PORTUGAL NO SECULO XIX Benedicta Maria Duque Vieira (ox«.) REPRODUCAO SOCIAL DA FAMILIA NO SECULO XIX: ESTUDOS DE CASO MARIA NORBERTA AMORIM | omeeosoe 0 wna Trabathar a reproducdo social da Familia, mesmo que se restrinja a poucos estudos de «aso, no deixa de constitutr um grande desafio, ainda mais se se refere ao século XIX, época herdelra de imobilismos em que as muclangas se aceleram, A reprodusdo social da Familia liga-se d reproducdo blolégica, as condicdes sociais de partida, aos desafios do meio e das respostas individuais a esses desafios, Um estudo conse- quente neste dmibito assentandé numa base de dados demogrifica, numa identificasdo dos recursos acessivels & populacdo a que a mesma se referee no acomparhamento dos percur- 508 de vida dos sujeitos ale A diversidade ¢ riqueza das fontes citocentistas ¢ as metodologias de que dispomos Partida reuntr as condiges nevessurius u esse esiudo. © mator obstaculo advém da morosidade dos processos, As anilises comparativas exigiveis num quadro hacional, englobando mundo rural ¢ mundo urbana, s6 se poderdo atingir a longo prazo. Neste momento proponho-me apenas dar conta de um projecto de médio prazo, que pretende companhar a reproducio social em quatro comunidades rurais de zonas distintas do pais: S. Jodo, do concetho das Lajes do Pico, nos Acores; Selmes, do concelho da Vidigueira, dis- trito de Beja; Couto do Mosteiro, do Concelho de Santa Comba Dao, distrito de Viseu, € S. Pedro de Poiares, do concelho de Freixo de Espada a Cinta, distrito de Braganca. Embora as bases de dados demograficas referentes a essas quatro comunidades se encon- trem jd organizadas ou em fase adiantada de organizacao, s6 para S. Jodo do Pico o levan- tamento e cruzamento de fontes permite jé a apresentaciio de resultados. Dada a possibilidade de cruzamento de fontes diversas para a pentiltima década do séeulo XIX, ‘remos_ assentar a abservacito sabre o estado da freguesia de S, Jodo no primero dia de Janeiro de 1883. Nosestudos de caso identificaremios os agreyadios domisticos naquela data erecuatemos depois ‘quatro ou mais geragdes, no sentido da abordagem da repradusio social pela vie das genealogias. 165, {UPS SIA ESTRATIFICACAO SOCIAL EM PORTUGAL No SECULO ES 8. JOAO DO PICO - ESPAGO E RECURSOS S. Jodo é uma freguesia do concelo das Lajes do Pico, situata entre dis mistérios, uas corrents de lavas vulcnicas que a isolaram em 1718 e 1720 das duas freguesias enqua drantes, 5, Mateus, do concetho da Madalena, Lajes, a sede do concetho a que pertence Situando-se numa zona de transigao entre a parte oriental daitha, de formagio mais anti- gue parte ocidental de formagao mais recente, tem terrenos pobres, pouco propicios & pro- dlugdo de cereals, mas na base da grande montarha, a uma altitude de mais de 800 metros, 4 cerca de ts horas de penosa subida, estendem-se boas pastagens de gada vacum, sendo a freguesia conheca por um tipo de queijo comercializado nos mercados exteriores como queijo do Pico. ‘Com data de 1884, mas com o mais extenso levantamtento atribuivel ao ano anterior, « ratriz predial da freguesta dd para a propriedade ristica um espaco apropriado de 14.140 alqueires (cada alquere, a medida agréria mais corente na regido, coresponde a 968 metros quacirados), Com apenas dois alqueires de terreno inculto tentifcadas, os restantes foram classificados como terras de semeadura, de vinha, de arvoredo, de inhames, de tenha, de rama, de mato, de queiro, de relva e de pastagem. Com 646 niimeros de matriz, a pastagem cocupava 81% de todo 0 espaco apropriado, mas apesar da sua grande extensio, 0 rend- mento da pastagem correspondia apenas a 39% do rendimento global da propriedade risti- «a da frequesia, Os terrenos mats valorizados eram of terrenos de semeadura, com 41% de todo 0 rendimento, Embort os terrenas de semeadura fossem sempre referidos na matriz & producdo de miho, outros géneros, como batatas e legumes, eramt tanbém cultvadas nesses terrenos, como se depreende das statisticas de produgdo consumo do Governo Civil para 0 mesmo ama, Camo terreno exclusivamente de semeadura encontramas 1496 niimeros com uma exigua dimensdo média de 73 bracas (um alqueite corresponde a 200 bracas). Outros 6638 muimeros incufam produgSes diversas no mesmo terreno: semeadura e vin, ou drvores de fruto, ou lenha, ou rama ou mato, sendo a rama eo mato necessirios &reposio da pro- dtividade da terra, curtidos pelos antimais em estrume, ou em verde, nos terrenos mais altos. O rendimento da vinha ndo chegava entéo a 6% do rendimento global, emlbora antes de meados do sécuo, altura em que foram afectadas pelo oidium ¢ filoxera, se estendessem ao longo da costa espacos de virhedos relativamente importantes. As terras de inhames ram entdo muito escassas, com uma extensio que pensanos inferior a 10 alqueires (quan- do se tratava de uma propriedade com producées diferencias, no famosa saber a exten- so dedicada a cada uma delas, endo o caso frequente de terras com inhames),correspon- dlendo a um rendimenta de cerca de 4% do total. Os terrenos de relva,correspondentes a 66 terrenos em poust, ocupavam uma extensdo muito maior, de cerca de 230 alqueires. Apesar as quintas com drvores de fruto ocuparem maior espago, 0 seu rendimento era inferior ao os inhames, com 3% do rendimento global. A lenka tinka um peso de 2% no rendimento, estendendo-se os restantes 5% pela rama, pelo mato, pelo queiro ¢ pela elva, embors os terrenos que thes eram exclusivamente referides correspondessem @ 13% do espaco apro- prado da frequesiae muitos outros niimeros incluissem terrenos de semeadura com espa¢os de rama ou mato. As Estatisticas do Governo Civil da Horta permitem-nos 0 aprofundamento para 1884 4a relagdo entre cada unidade populacionale os recursos bésicos que 0 meio natural the fa roporcionando. Em relacdo aS Joo, os terrenos de semeadura, com a producdo de 1.000 littos de trigo, 45.000 litros de mitho, 18.000 litros de batata inglesa € 90.000 de batata doce, comple- ‘mentados com 300 litrs de feijdo, 600 litros de fava e 50 ites de ervitha, nao supriam Sendo uma escassa parte dos produtos necessirias ao sustento didrio da populactio. A pro- Augdo de inhames ficava-se pelos 10.800 ltrs. ‘© consumo de trigo na frequesia colocave-se nesse ano de 1884 nos $6,000 litros,sendo 4 producio menos de 2% do consumo. O consumo de milho atingia 0s 230.000 litros, com lum product infertor a 20% do consumo, Repare-se que o valor médio por alquere de trigo (14,206 litros), era na época de $900 rés, enquanto 0 mitho valia $500 réts, © bolo de lh >, base da alimentagdo,implicava geralmente wma pequena mistura de farina de trigo «© por ocaso das festas, paricularmente das estas do Espirito Santo, otrigo imperava, O feidoconstituia um importante reforco das qualidades nutritivas do “caldo de couves” que se comia ao meio dia, mas a freguesia nao produsia o suiciente para o seu abastecimento, pagando-se oalqueire a $900 wis. As favas, além de covides ioladamente ou nocaldo, eram ‘também torradase mo‘das para fazer uma espécie de eat, O seu valor comercial era de $500 reisoalqueire tm 1884 a producto de batatainglesa, batata branca ou batata de ¢d, como também era chamada, cava muito aquém do consumo, Seriam necessartos 88,000 litros para consumo € reproducto e freguesia ndo produsia mais do que 18,000 litros. Repare-se que o valor rmédio de uma rasa de batata branca, o equivalente a 16 ltrs, era de $400 rés. A batata doce, que vira a tornar-se uma revolugio no ditfetl equiforo das subsisténcias, ainda nao tinha grande expansio em 1884, com valor de $240 réis a rasa, o mesmo valor que © {nhame, um recurso alimentar bem mais antigo na iha. (© pouco vinho produzido na frequesia em 1884, apenas 2,600 ltros, com preco corrente de $240 rs, se branco (vinho verdetha), € $120 réls, se tinto, era consumido na feguesta, o {KUPOS SOLAS ESTRATIIEAGRO SOCIAL EM PORTUGAL NO SECLO MIX ‘mas nao se trazia nenhum de fora, acontecenda o mesmo & aguardente, com apenas 40 litros, ou aa vinagre, com 180 litros. Alguma dessa aguardente e desse vinagre era de frutos, principalmente de figos e péssegos, havendo também magis, nésperas ¢ ainda castanhas para consumo, sem trnsito comercial Em 1884 contavam-se 250 cabecas de gado bovino, sendo 50 bois € 200 vacas, 0 que permitia a producto de 3.000 kg. de quetjo. Contavam-se 380 cabecas de gado ovino, com io de 480 kg. de ld. O gado caprino reduzia-se a 52 cabecas e 0 suino a 200, A came de bovino consumida na freguesta fol entdo de apenas 14 bovines adultos e 8 vitelas, com um peso total de cerca de 1.720 kg, pouco mais de um kg. de came por pessoa, apesar dos grandes gastos nas festas de Natale Espirito Santo, o que evidencia a fru- produ galidade alimentar. O seu prego era de $200 réis 0 kg. A carne de carneiro consumida colo- cava-se nos 900 kg, abatendo-se 90 carneires, com um prego de $160 réis cada kg. A cabra, nas casas pobres,alimentada com a erva das beiras dos caminhos, traziao lite para criancas velhos, mas a sua carne $6 era consumida em familias particularmente carentes. Criar porco era um sinal de casa remediada, mas nem todos 0 podiam sustentar. Menos de 60% das famitias tinham possibilidade de matar um porco, de onde se tirava a gordura para todos (0s usos culindrios, numa terra sem azeit, ¢ se faziam enchidos com possibilidade de trazer algum mimo ds parcas refeicdes quotidianas. Uma importante produgto da frequesia era a lenha para combustivel, da ondem dos 380.000 metros cibicos em 1884, lenha que era feita em achas e vendida para as Lajes e para a cidade da Horta, acompanhando os queljos como mats importantes exportacdes de uma freguesia que necessttava de importar grandes quantidades dos seus consumos bisicos.. A importancia da pesca ndo se reflecte nas estatisticas. Muito poucos pescadores sao ldentificados nos réis de confessados, mas sabemos que a pesca de canico na costa era comum e que se havia entao iniclado em S. Joao uma uctividade que conheceu depois mator fortuna em outros portes da itha ~ a caga d bale. S, JORO DO PICO ~ 0 QUADRO DEMOGRAFICO EM 1883, Para o estuda da evalucao da populacao dispomos para a freguesta de uma base de dados emoagrdtica, decorrente da aplicagda da metadotogia de reconstituigao de paréquias aos registos paroquiais de naseimentos, casamentos e ébitos, iniciados na segunda metade do séeula XVI. Dispames ainda de uma série praticamente continua de ris de contessados que se estende de 1799 a 1899, de registos de passaportes iniciados em 1859, das nossas 168 ePRODUCKO SOCIAL DA FAMILIA No Steuto x préprias memérias e de um protongade trabalho de campo, Centrando-nos no dia 1 de Janeivo de 1883, como foi nossa oped, o rol de contessados esse ano (um rol que inclu todos os residentes e a indicagde da ade dos mesmos) fol cruza- lo com os dados da paréquia reconstituida, formandt-se uma base de dados com 0 percurso de vida de cada inlividuo, ntegrado no fogo respectivo, seoundo a hierarquia familiar, sendo cada fogo referido a residéncias, alinhadas no Caminho da freguesia, paralelo & costa, ow subindo pelas Canadas que o cruzam, ou estendendo-se pelas Travessas. De facto, 0 péroco no ro de confessados em causa mumerou mecanicamente cada fago e paralelamente identi- ficou cada residéncia pelo respectivo "nimero de policia®, de ocidente para oriente A fica de cada individu foi depots enriquecida com os dados da recenseamento eleitoral de 1884 e com os datos da matrt predial referida ao mesmo ane, Assim, nat base de dados da comunidade de S. Jodo em 1 de Janeiro de 1883, cada ficha individual contém campos para a numeragao do fogo em que o indviduo se inser, a mume- raga da casa onde habita, a identficagdo do Caminho, Canada ow Travessa, o niimero de cordem na hierarq uta fama, « posicdo de chefe de familia ou 0 tipo de depencléncia em relacae ao chefe, 0 sexo, 0 nome completo, aalcurtha, a profissfo, « data de nascimento, a dade exac- 1, ou, para os individuos de fora, a naturalidadee a idade atribuida pelo pdroco (56 no caso da Pardquia em causa ndo ter sido ainda reconstituid), a data do primetto casamento, a data de dbito, a data de emigrac Nesse dia 1 de janeiro de 1883 a freguesia de S. Jodo contava 1265 residentes, sendo '503 do sexo masculino 762 do feminino, numa relagdo de masculinidade de 66 homens em 100 mulheres. A pirémide de idades ea distribulgdo por grupos funcionats evidenciam clara- 4s contributgdes ¢ os rendimentos, ¢ um campo de observacdes. ‘mente a influéncia da mobilidade diferencial na estrutura da populacdo do periodo. As relacdes de masculinidade distorcidas em todas as idades, mesmo entre os adoles- centes, com uma percentagem importante de *velhos", ni era de molde a facilitar 0 cresct= mento, De facto, o ano de 1883 enquadra-se numa fase de regressdo da populacio da ilha do Pico, que desde meados do século XIX perdia gente, Seguindo os réis de confessados cruza- dos com a base de dados demogréfica (para incluso dos menores de 7 anos, nao referidos nos r6is anteriores a 1873), S. Jodo atingira 0 ponto mals alto da sua histéria no ano de 1847, com 1.409 residentes. As dificuldades de acesso ao casamenta eas facitidades de saida para o Brasil, depois de passado um periodo mais dificil que se seguiu d Independencia, fariam com que a populagio entrasse em fase regressiva de dificil saida. A observacdo das pirdmides de idades em momentos distintos dos surtos emigratérios a estender-se até a primeira metade do século XX, mostra a saciedade a influéncia desses surtos no estado da populacto da freguesta, {GRUPOS SOCIAISFESTRATITCAGNO SOCIAL EM PORTUGAL NO SEEUIO XIX S.10K0 | ESTRUTURA DA POPULACKO FMB m ® # 0 % © mm © @ fs 1 QUADKO | ‘exuros FUNCIONAIS EM 1883 niewones ors | eMrREI5 6 | or éseaats | Nt HORA | _aw | wl ai wf wie fos sexo nascutio wo | 8 | 276 | saa) | Ba se sexo renino 6 faag | a7 | 625 | eo | a 7 | SExOS REUNIDOS. 346 | 274 733 4 167 B2 1265, RELACOES | trinseeturuoane 86 8 ermonncAo Socata rai No stata 3 ‘5. 10Ko | FSTRUTURA DA POPULAGRO EM 1819 5: 10Ko | ESTRUTURA DA ROPULAGAD FM 1847 S:10KO | ESTRUTURA DA POPULACKO EM 1920 ” ‘euros socias FESIRATIIACROSOCIAEEM PORTUGAL MO sft XI ‘Comparando a pirimide de idades para o ano de 1819, ainda em tempo de Brasil colé. niia, com a pirdimide de 1847, apds quase trés décadas de restrigSes nas saidas, as diferencas silo salientes. Aumentou significativamente a percentagem dos mais jovens, passando 0 peso dos individuos com menos de 15 anos de 30% para 36%, enquanto a relagaa de masculini- dade passava de 83 homens em 100 mulheres para 88 em 100. No entanto, em 1899, pas ‘sadlo meio século, com a reorganizacao dos movimentos de saida, o quadro era bem diferente, Onuimero de individuos com menos de 15 anos passava para 27%, enquanto.o peso dos indi- ‘viduos com 65 ou mais anos, que na primeira metade do século ndo ultrapassavam 0s 8%, se posicionavam jd nos 14%, com relacdes de masculinidade da ordem dos 67 homens em 100 mulheres. Em 1920 as relagdes de masculinidade encontravam-se mais reequilibradas ‘como consequéncia da emigracdo familiar, passando para 81 homens em 100 mulheres, mas @ proporciio de velhos aumentara para 20%, € a dos jovens reduzira para 24%, numa ‘aparente situacdo de madernidade. Em 1950, apés trinta anos de corte nas safdas emi- ratérias, a populacao reequilibrava-se, alargando a base da pirémide, apesar dos efeitos do controlo de natalidade.’ ‘Acompanhando as geracdes nascidas entre 1800 ¢ 1879, cobrindo grosseiramente o uni- ‘verso das pessoas eventualmente residentes em 1883, encontramos nivels importantes de ‘emigragdo sem retorno, emigragao dominantemente de gente jovem, a comprometer a reno- vvagto das geracoes. avapro 1 SAIDA SEM RETORNO GIRAGBES NASCIDAS ENTRE 1800 € 1879 asco | saat | % [wosconane | ante [a6 | nosenane | salen | iB ss | a [8| wo | = [6] as | nm |e wo | 6 | 59 |x| uo | se [20] 309 | #9 [29] 1820 we | | {wo | so [a] 968 | wm | a7| 1830 38) "810 wa_| m6 [ool as | ao |e] ao | mo [a 1830 wo | 8 [oe [202 | [as] 35 | 26 | 5 1860 |» [al wo | nm [as a9 | wo |» a ‘Mara Nova Amorim, Et Demag es pba oS oe (160.1980), ena do Nha ™ trroooeA0 sont a ANIA mo sfevio x (© Quadro Il evidencia a importancia dos movimento de saida, sem retorno, ao longo das ita décadas observadas, com particular incidéncia no periodo de 1840 a 1879. Como se verifica, 66% dos individuos do sexo masculine nascidas na déeada de 1850, ndo chegaram 4 falecer na sua tera, endo de 43% a percentagem paralela no caso do sexo feminina, 0s efeitos da emigragdo massive iriam ter reflexos muito nitidos nos indicadores demogrticos do period, Vejamos, ao longo de sete periodos de seis anos, distribuidos entre 1820 ¢ 1885, « evolucdo do niimero de casais com fh e de mulheres isoladas em procria~ «Go, €0 mimero de criangas nascidas fora do casamento ¢ abardonadas, em relagao com 0 total de criangas nascidas. QUADRO Mt [NASCIMENTOS DENTRO E FORA DO CASAMENTO (1850-1885) ows | es | wef ; a Boats |g | 2s : a wiotss | |e a 7 z a z 1860-1865 99 zm ay 3 | 6 1870-1875, 83 2 181 [a | | 20 "iR0-885 | a bow Te |e ‘Verificamos claramente como o mtimero de baptizados se retrat logo nos seis anos que se seguem a 1850, enquanto a percentagem de filhos naturals adquire maior retevo, Embora regredindo jd em 1850, o fendmeno do abandono de criancas mantém acuidade em todos 0s periodos observados. A subida da idade média ao primeiro casamento feminino € continua de 1820 a 1880, reflectindo as alteragdes do mercado matrimonial O efeito da etevagao da idade média ao primeira casamento feminino refletirse-fa natu- ralmente no mimero de fihos nascidos. Nos casamentos realizados entre 1820 e 1849, 0 tnimero de filhos colocou-se nos 5,0, batxando para 4,2 para os casamentos reltzados na

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