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BIBLIOTHECA DO EXERCITO

Casa do Barão de Loreto


– 1881 –

Fundada pelo Decreto nº 8.336, de 17 de dezembro de 1881,


por FRANKLIN AMÉRICO DE MENEZES DÓRIA, Barão de Loreto,
Ministro da Guerra, e reorganizada pelo
General de Divisão VALENTIM BENÍCIO DA SILVA,
pelo Decreto nº 1.748, de 26 de junho de 1937.

Comandante do Exército
General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Departamento de Educação e Cultura do Exército
General de Exército André Luiz Novaes Miranda

Diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército


General de Brigada Carlos Augusto Ramires Teixeira

Diretor da Biblioteca do Exército


Coronel Eduardo Biserra Rocha

Biblioteca do Exército
Palácio Duque de Caxias, 25 – Ala Marcílio Dias – 3º andar
20221-260 – Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Tel.: +55 (21) 2519-5716
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Organização
Exército Brasileiro

Biblioteca do
Exército
EDITORA

Rio de Janeiro - 2021


BIBLIOTECA DO EXÉRCITO Publicação 1007

Copyright © 2021 by Biblioteca do Exército


Produção: Comando Militar do Sul
Direção Geral: Gen Ex Valério Stumpf Trindade
Direção de Edição: Gen Div Hertz Pires do Nascimento
Supervisão de produção: Ten Cel Camilo Pereira Antunes
Redação: Centro de Instrução de Blindados, Seção de Ensino de Operação de Blindados, Seção de Ensino de Manutenção de Blinda-
dos, Seção Técnica de Ensino, Seção de Planejamento, Seção de Simuladores e Seção de Doutrina
Editor-Chefe: Cel Eduardo Biserra Rocha - BIBLIEx
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Coordenador de Publicacões: Cel R/1Leocir Dal Pai - BIBLIEx
Revisão: Cel Waston Sebold - BIBLIEx
Projeto gráfico, diagramação e arte capa: 3º Sgt Marcos Côrtes Pimenta - Designer BIBLIEx
Impressão gráfica: Gráfica do Exército

C394 Brasil. Exército.


100 anos de blindados no Exército Brasileiro /
Organização Militar Exército Brasileiro. – Rio de
Janeiro: Biblioteca do Exército, 2021.
202 p.: il.; 23 cm – (Biblioteca do Exército; 1007.
Obra Avulsa)

ISBN 978-65-5757-031-9

1. Tanques (Ciência militar) – História. 2. Brasil.


Exército. 3. Força mecanizada. 3. . I. Título. II. Série

CDD 358.1883

Os relatos e opiniões expressos nesta obra refletem exclusivamente o


pensamento dos autores e não necessariamente o da Editora ou da Instituição.

Impresso no Brasil Printed in Brazil


O
APRESENTAÇÃO Exército Brasileiro celebra neste ano de 2021 o Centenário das
Tropas Blindadas no Brasil. A data refere-se à criação da primeira
organização militar dotada de veículos blindados - a Companhia
de Carros de Assalto - em 26 de maio de 1921, com doze Renault
FT-17 franceses, os primeiros blindados da América do Sul. A Companhia
foi criada em decorrência dos acontecimentos da Primeira Guerra Mun-
dial, que apontavam para a crescente relevância dos blindados nos
campos de batalha.
Desde então, os blindados evoluíram em tecnologia e abrangência, as-
sumindo papel central nos principais conflitos contemporâneos e tornando-
-se espinha dorsal dos exércitos modernos. O Exército Brasileiro acompa-
nhou essa evolução com o crescimento gradual de suas tropas blindadas,
contando hoje com Brigadas Blindadas e mecanizadas, que operam mais
de dois mil blindados em todas as regiões do território nacional.
O Centenário marca a maturidade das tropas blindadas no Brasil, sen-
do o marechal José Pessôa Cavalcanti de Albuquerque considerado o pio-
neiro da tropa blindada do Exército.
O marechal José Pessôa teve destacada atuação na condução do Exér-
cito Brasileiro rumo à modernidade. Como tenente, participou da Primeira
Guerra Mundial junto às tropas francesas, onde foi condecorado por bra-
vura e promovido a capitão. Em solo europeu, testemunhou a gênese dos
blindados no mundo e visualizou que o futuro das tropas terrestres estaria
vinculado aos blindados, o que foi sobejamente confirmado com a Segun-
da Guerra Mundial. De regresso ao Brasil, demonstrou a importância da
adoção daquele novo meio de combate, sendo designado para organizar
e comandar a primeira unidade blindada do Brasil.
O momento é oportuno também para prestarmos o nosso tributo de
honra àqueles que contribuíram significativamente na trajetória exitosa das
tropas blindadas até a atualidade no Brasil. Representando os tantos que
labutaram por esta senda, reverenciamos o general Carlos Flores de Paiva
Chaves, incansável propulsor da motomecanização no Exército. Organizou
e comandou o Esquadrão de Autometralhadoras – dotado do Fiat Ansaldo
CV/33. Foi responsável pela criação do Centro de Instrução de Motorização
e Mecanização, que viria mais tarde a se tornar a Escola de Material Bélico.
No mesmo sentido, faz-se mister homenagear o general Plínio Pitalu-
ga, comandante do 1º Esquadrão de Reconhecimento, única tropa blinda-
da da Força Expedicionária Brasileira. Pequena fração que imensas glórias
obteve durante a Segunda Guerra Mundial em solo italiano.
Os combatentes blindados do presente são herdeiros dos bravos que
consolidaram as fronteiras da pátria em meio às turbulências da bacia do
Prata. Herdeiros daqueles que seguiram Caxias em Itororó, das cargas de
cavalaria nas planícies pampeanas, das investidas da Divisão Encouraçada
de Sampaio em Tuiuti, da “Artilharia Revólver” de Mallet e de tantos outros
heróis nacionais. Atualmente montados em seus corcéis de aço, contam com
outros meios, mais modernos, porém, sustentam os mesmos valores e ideais
do Exército de Caxias de ontem, de ontem, de hoje e de sempre. A esses
bravos, a nossa vibrante saudação: AÇO!

General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira


Comandante do Exército
9
Palavras do Comandante
O Comando Militar do Sul (CMS) recebeu do Estado-Maior do Exército
Militar do Sul
a honrosa missão de conduzir, ao longo do ano de 2021, as atividades de
celebração do Centenário da Tropa Blindada no Brasil.
O CMS enquadra, na concepção estratégica de emprego da Força
Terrestre, duas brigadas blindadas, quatro brigadas mecanizadas e duas
artilharias divisionárias. Nessas estruturas, a integração de plataformas
de aço, leves e pesadas, com armas de diferentes calibres, tecnologias
ópticas de última geração e simuladores diversos, posiciona o nosso
Exército entre as principais nações detentoras de respeitável poderio bé-
lico e capacidade específica para operar blindados.
Instruir, adestrar e certificar uma tropa com tamanha variedade de
meios, diferentes qualificações de pessoal e uma complexa logística pe-
sada de manutenção não se constitui em tarefa simples. Ao contrário,
exige anos de experiência, condução de vários cursos de especialização
e a realização constante de manobras no terreno para a perfeita compo-
sição de guarnições adestradas e certificadas.
É esse o legado da Companhia de Carros de Assalto, criada em 26 de
maio de 1921, por visão prospectiva do então capitão José Pessôa,
após sua experiência na Europa, em campanha na Primeira Grande Guer-
ra, quando teve a oportunidade de conhecer o desempenho do Renault
FT-17 e indicá-lo para mobiliar a recém-criada tropa blindada. Cabe à
nossa geração buscar preservar e aprimorar no dia-a-dia de nossas orga-
nizações militares o espírito criador do pioneiro dos blindados.
Este livro apresenta um resumido passeio pela história gloriosa do aço
em nossa Força nos últimos 100 anos. Trata-se de um resgate de imagens
e fatos que por muito tempo permaneceram em arquivos muito específicos
ou muitas vezes individuais, fruto de recordações até mesmo de familiares
de falecidos, daqueles que participaram no passado, com abnegação,
estoicismo e motivação, do nascer e da evolução de uma força blindada,
espinha dorsal dos grandes exércitos.
Assim, ao cumprimentar a todos os envolvidos na elaboração desta
importante obra, em particular o Centro de Instrução de Blindados do
Exército Brasileiro (CIBld), enfatizo os símbolos que nós, os integrantes do
Comando Militar do Sul, tanto nos orgulhamos de bradar em nossas for-
maturas ou apresentações, em nome da defesa da pátria:

Aço, boina preta,


Brasil!

General de Exército Valério Stumpf Trindade


Comandante Militar do Sul
PREFÁCIO
Comemorar, registrar e enaltecer os cem anos de história dos blindados no Exército
Brasileiro. Brilhante e oportuna iniciativa, pois é um tempo de relembrar e resgatar os ca-
minhos, nem sempre fáceis, dos nossos blindados de aço.
A evolução dos motores a explosão veio para substituir de vez a força animal em todas
as atividades humanas, inclusive na arte da guerra.
O Exército Brasileiro, como não poderia deixar de ser, acompanhou desde o início a
transformação da arma de cavalaria. Com a evolução maior da guerra, os blindados tam-
bém transformaram a infantaria, artilharia, engenharia, comunicações, intendência e mate-
rial bélico, como bem demonstra o transcorrer das páginas do livro.
Tudo teve início com o capitão José Pessôa em 1921, seguido do capitão Paiva Chaves em
1938, consolidando de vez o emprego de viaturas blindadas no Exército com o Esquadrão
de Reconhecimento do capitão Pitaluga na Segunda Guerra Mundial. Na sequência, outros
militares foram importantes em manter o legado alcançado e abrir novos caminhos.
Com grande influência da doutrina e dos materiais dos EUA, a Divisão Blindada do Exér-
cito Brasileiro foi criada no pós-guerra, introduzindo os batalhões de carros de combate, de
infantaria blindada e de engenharia blindada, além dos grupos de obuses, companhia de
transmissões e tropas da intendência e de manutenção, logística necessária para o combate
de armas combinadas. Simbiose que gera a capacidade de decidir os conflitos desde aque-
les tempos até os dias atuais.
A partir da década de 60, de seguidor de soluções internacionais, o Brasil passou a ser
protagonista em desenvolvimentos nacionais de blindados. Entre 1960 e 1990, o Brasil, por
meio do Exército Brasileiro e da indústria nacional, gerou conhecimento, projetou e fabricou
blindados que estão em serviço até os dias de hoje.
Tivemos oportunidade de estar na elite mundial do desenvolvimento e produção de todas
as classes de blindados, até chegar ao principal deles, o carro de combate.
O carro de combate exige a aplicação da tecnologia disponível no país para otimizar
as três características principais para um vencedor de batalhas: a mobilidade, o poder
de fogo e a proteção blindada. Nós já tivemos a oportunidade de vivenciar este desafio
que foi materializado pelo carro de combate Osório, cujo protótipo representou o Brasil
em avaliações técnicas internacionais.
Agradeço a oportunidade honrosa de estar prefaciando este livro, pois fui engenheiro
na Engesa, trabalhando na concepção dos blindados para o Exército Brasileiro. Renovo com
este livro as esperanças de que poderemos estar voltando a ser protagonistas nesta imor-
redoura arte de enobrecer os blindados. Inicialmente, com aquisições pelo Subprograma
Forças Blindadas, mas também com o pensamento em um desenvolvimento nacional para
diminuir a dependência externa em área tão estratégica da Defesa.

Odilon Lobo de Andrade Neto


Empresário da indústria de defesa
Ex-engenheiro da Engesa

13
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...........................................................................................................................07

PALAVRAS DO COMANDANTE MILITAR DO SUL...........................................................................13

PREFÁCIO....................................................................................................................................11

Capítulo 1 - O ADVENTO DOS BLINDADOS ................................................................................17

Capítulo 2 - MARECHAL JOSÉ PESSÔA........................................................................................ 23

Capítulo 3 - COMPANHIA DE CARROS DE ASSALTO.................................................................... 29

Capítulo 4 - GENERAL PAIVA CHAVES.......................................................................................... 39

Capítulo 5 - SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.................................................................................. 53

Capítulo 6 - A DIVISÃO BLINDADA NO EXÉRCITO BRASILEIRO .....................................................73

Capítulo 7 - ACORDO DE ASSISTÊNCIA MILITAR COM OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA ........ 83

Capítulo 8 - MECANIZAÇÃO DA CAVALARIA................................................................................97

Capítulo 9 - REPOTENCIALIZAÇÃO DE BLINDADOS.....................................................................119

Capítulo 10 - DÉCADA DE 1990: AQUISIÇÃO DE NOVOS BLINDADOS........................................127

Capítulo 11 - REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA...............................................................149

Capítulo 12 - MECANIZAÇÃO DA INFANTARIA............................................................................167

Capítulo 13 - SUBPROGRAMA FORÇAS BLINDADAS - Futuro da tropa blindada............................179

Capítulo 14 - RESGATE HISTÓRICO DAS OM BLINDADAS DA FORÇA TERRESTRE..........................185

REFERÊNCIAS..............................................................................................................................199

15
1941
1921

1938

1939

1942
Chegada dos Chegada dos Fiat Criação do Recebimento Recebimento
Renault FT-17 e Ansaldo CV-3 35II Centro de de blindados de blindados
criação da e criação do Esqd Instrução de por meio de por meio de
Cia C Ass de Auto Mtr Motorização e contrato inter- contrato de
Mecanização nacional - M3 guerra com
(CIMM) Stuart EUA – M3
A3 Lee
1942

1942

1944

1944-1945
Declaração de guerra às nações Transformação do Recebimento Participação do 1º
do Eixo e início da mobilização CIMM em Escola de blindados em Esquadrão de Re-
da FEB de Motomecani- acordo inter- conhecimento na
zação nacional - M8 Segunda Guerra
Greyhound e Mundial
M4 Sherman
1946

1971
1957

1965

1975
1960

Criação do Transformação Chegada dos Chegada das Chegada dos Desenvolvi-


Núcleo da do Núcleo em carros de com- VBTP M113 obuseiros mento das
Divisão Divisão bate M41 e autopropulsa- viaturas sobre
Blindada Blindada VBTP M59 dos M108 rodas Cascavel
e Urutu

16
1999
1995

1996

1997
1976-1986

Repotencia- Emprego do Uru- Criação do Recebimento Recebimento


lização do tu e Cascavel na Centro de Ins- dos carros de das viaturas
M41(1976) e Missão da ONU trução de Blin- combate Le- M109 A3
M113(1986) em Angola dados opard 1 A1 e
M60 A3 TTS

2014
2012

2013
2004

2009

2010

Emprego da Chegada do Chegada de Modernização Aquisição de Chegada da


VBTP Urutu carro de com- viaturas de da VBTP viatura para VBTP Guarani
na Missão bate Leopard apoio ao M113 B defesa na tropa
da ONU no 1 A5 combate antiaérea
Haiti
2016

2018

2019

2019

2020

Chegada da Chegada da Chegada das via- Criação do GT Implantação


viatura PC VBMT Lince tura de Artilharia Nova Couraça do Subpro-
M-577A2 para a Inter- M109 A5+ BR e grama Forças
venção Fede- das VBTE Remn Blindadas
ral na Seg Pub M992
no RJ
17
CAPÍTULO 1

O ADVENTO DOS
BLINDADOS
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL – OS PRIMEIROS CARROS DE
COMBATE EM AÇÃO

Em 15 de setembro de 1916,
um t ank de guerra foi usado
pela primeira vez em uma frente
de batalha.
A origem do nome tanque (re-
servatório de água ou combustível)
foi adotada como medida de con-
trainteligência por ingleses e fran-
ceses a fim de manter o sigilo do
projeto e evitar que as informações
secretas caíssem nas mãos do ini-
migo. O primeiro tanque a entrar
em serviço foi um Mark 1, utilizado
pelo capitão H. W. Mortimore, da
Marinha Real Britânica, durante a ba-
talha do Somme, no norte da França.

Batalha do Somme - Mark 1

Na imagem ao lado, podemos observar tropas inglesas


realizando manutenção nos Mark 4, após as ações ofensi-
vas em Cambrai, 1917, um dos principais confrontos com a
utilização de blindados durante a Primeira Guerra Mundial.
Os carros de combate, “tanques”, foram fundamentais
no retorno do movimento e da manobra, após a longa guer-
ra das trincheiras. Surgia o conceito de armas combinadas,
importante para a vitória na Primeira Guerra Mundial.

Cambrai, 1917 - Mark 4

23
CAPÍTULO 2

MARECHAL
JOSÉ PESSÔA
MARECHAL JOSÉ PESSÔA - PIONEIRO DA TROPA BLINDADA
DO EXÉRCITO BRASILEIRO
O marechal José Pessôa Cavalcanti de Albuquerque nasceu em Cabaceiras, Para-
íba do Norte, atual estado da Paraíba, no dia 12 de setembro de 1885. Sentou praça
no Exército Brasileiro em 1903, no 2º Batalhão de Infantaria, no Recife, com 18 anos.
Em seguida, cursou a Escola Preparatória e de Tática, em Realengo, no Rio de Janeiro.
Transferiu-se, em 1909, para a Escola de Guerra em Porto Alegre, onde foi promovido
a aspirante a oficial.

Homenagem, no QG da 3ª DE, ao pioneiro da tropa blindada no centenário


de criação da Companhia de Carros de Assalto (Maio de 1921)

Na foto, o então coronel José Pessôa, no ano em que assumiu o comando da Escola Mili-
tar do Realengo

27
MARECHAL JOSÉ PESSÔA

Em 1918, o então segundo-tenente de ca-


valaria José Pessôa foi designado para reali-
zar o curso de aperfeiçoamento na Escola de
Cavalaria de Saint-Cyr, na França.
Após o curso, voluntariou-se para o front
da Primeira Guerra Mundial, no 4º Regimen-
to de Dragões, da 2ª Divisão de Cavalaria do
Exército Francês, regimento que havia sofrido
pesadas perdas durante a ofensiva alemã em
março e abril de 1918. Recebeu por sua atu-
ação no front condecorações de franceses e
belgas por bravura à frente de seus coman-
dados, tendo recebido o comando de um pe-
lotão na guerra e sido promovido ao posto de
capitão por bravura.

Imagem do tenente José Pessôa, à direita, na Europa

Em setembro de 1919, foi designado para adquirir os primeiros carros de com-


bate do Exército Brasileiro. Solicitou então que pudesse realizar um estágio numa
unidade blindada francesa. A solicitação foi acatada e ocorreu no 503º Regimento
de Artilharia de Carros de Assalto. Como complemento ao estágio, realizou ainda
o Curso da Escola de Artilharia de Assalto, curso que lhe tornou apto a comandar
unidades blindadas.
Em outubro de 1921, o capitão José Pessôa regressou ao Brasil e foi encar-
regado de organizar a Companhia de Carros de Assalto, que foi a primeira unidade
de meios blindados de combate do nosso Exército.

Medalha Croix de Guerre recebida na França pelo capitão José Pessôa por bravura
em combate

28
MARECHAL JOSÉ PESSÔA

Após retornar da França, onde


combatera junto ao Exército Francês
na Primeira Guerra Mundial, o ca-
pitão José Pessôa escreveu o livro
“OS ‘TANKS’ NA GUERR A EUROPÉA”,
publicado em junho de 1921, a pri-
meira obra literária do gênero na
América Latina.

Capa do livro escrito pelo capitão José Pessôa Folha de rosto com dedicatória
do autor, capitão José Pessôa
Cavalcanti de Albuquerque, feita
em 21 de outubro de 1921

Em 7 de junho de 1976, o 12º Regimento de Cavalaria Mecanizado, atualmente sediado


em Jaguarão, recebeu a denominação histórica Regimento Marechal José Pessôa.
No ato de concessão, consta a justificativa pela escolha: “este oficial foi um dos respon-
sáveis pela introdução dos blindados no Brasil e o Doze, por sua vez, foi a primeira unidade
mecanizada do Exército”.

29
CAPÍTULO 3

COMPANHIA
DE CARROS DE
ASSALTO
COMPANHIA DE CARROS DE ASSALTO

A Companhia de Carros de Assalto foi cria-


da em 26 de maio de 1921, na Vila Militar, no
Rio de Janeiro, e foi a primeira Organização
Militar blindada da América Latina. Esta data
foi utilizada como marco para a contagem do
centenário em 2021.

Companhia de Carros de Assalto realizando exercício no


terreno em outubro de 1921

Comandantes da Companhia de
Carros de Assalto
– Cap José Pessôa Cavalcanti de Albuquerque (1921-1923)
– Cap Newton Araújo Cavalcanti (1923-1927)
– Ten Jair Dantas Ribeiro (1927-1928)
– Cap Carlos da Rocha (1928-1931)
– Cap João Pereira de Oliveira (1931-1932)

Extrato do Boletim Interno nº 1 da Companhia de


Carros de Assalto

Formatura da companhia em 25 de agosto de 1922, no Campo


de São Cristóvão, Rio de Janeiro

35
COMPANHIA DE CARROS DE ASSALTO

A Companhia de Carros de Assalto possuía doze carros de


combate Renault FT-17 franceses.
Os blindados vieram configurados da seguinte forma: seis
com torre fundida (Berliet) e armados com canhão Puteaux de
37mm; cinco com torre octogonal rebitada (Renault), armados
com metralhadoras Hotchkiss de calibre 7mm; e um modelo TSF
(telegrafia sem fio). Na fotografia abaixo, estão destacados os
modelos com canhão 37mm (mais afastados) e com metralha-
dora 7mm (mais próximos).

Carros de combate Renault FT-17 da Companhia de Carros de Assalto Os Renault FT-17 durante formatura em
21 de outubro de 1923

36
COMPANHIA DE CARROS DE ASSALTO
Em outubro de 1921, foram escolhidos os
nomes para cada Renault FT-17, evocantes dos
feitos gloriosos de nossos ancestrais:

AVAHY
COLÔNIA DOS DOUR ADOS
CAMPINA DE TABORDA CASEROS
FORTE DE COIMBR A GUAR AR APES
HUMAYTÁ
ITORORÓ PALMARES RIACHUELLO
TUYUTY YPIR ANGA

O Renault FT-17 “Forte de Coimbra” e sua guarnição,


em São Paulo, 1924

Dos doze Renault FT-17 adquiridos


em 1921, hoje existem apenas seis:
- um no Centro de Instrução de Blin-
dados, em Santa Maria;
- um na Academia Militar das Agu-
lhas Negras, em Resende;
- um no Museu Militar Conde de Li-
nhares, no Rio de Janeiro;
- um no Comando Militar do Sul,
em Porto Alegre;
- um no 13º Regimento de Cavala-
ria Mecanizado, em Pirassununga; e
- um no Museu Eduardo Matarazzo,
O Renault FT-17
em Bebedouro. Guararapes pertencente ao Centro
de Instrução de Blindados

37
COMPANHIA DE CARROS DE ASSALTO

O Renault FT-17 é um carro de assalto de origem francesa que


chegou ao Brasil em 1921, possuindo arquitetura de construção
que até hoje é utilizada por carros de combate: motor na parte tra-
seira, torre ao centro e motorista à frente. O giro da torre de 360º
possibilitava o disparo do armamento em qualquer direção sem a
necessidade de mover o chassi.

Motor Renault, 4 cilindros e 35HP


Transmissão Manual de 4 marchas à
frente e 1 à retaguarda
Peso 6,7ton
Autonomia 38km
Velocidade máxima 7Km/h

38
COMPANHIA DE CARROS DE ASSALTO
O uniforme dos “tanquistas” tinha algumas particularidades interessantes, como o capa-
cete de couro, a bandagem nas pernas e a presença de um emblema bordado na manga
do braço esquerdo da farda.

Distintivo da Companhia Distintivo utilizado na manga


Capacete de couro
de Carros de Assalto esquerda da farda

Uniforme dos “tanquistas” da


Companhia de Carros de Assalto

39
CAPÍTULO 4

GENERAL
PAIVA CHAVES
GENERAL PAIVA CHAVES

O general Paiva Chaves nasceu em Porto Alegre, Rio


Grande do Sul, no dia 28 de outubro de 1901. Foi de-
clarado aspirante a oficial de cavalaria em janeiro de
1922, após finalizar sua formação na Escola Militar do
Realengo. O segundo lugar no curso lhe rendeu a classi-
ficação no 1º Regimento de Cavalaria Divisionário, atual
Regimento dos Dragões da Independência.
Paiva Chaves cursou a Escola de Cavalaria (atual
Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais), sendo classifi-
cado como primeiro da turma, êxito que lhe rendeu o
convite para ser instrutor. Mais à frente, como capitão,
concluiu o curso da Escola de Estado-Maior. Em reconhe-
cimento a seus méritos, estagiou na Escola de Cavalaria
de Saumur, na França. Em seu retorno, implementou o
Esquadrão de Autometralhadoras, em Deodoro, Rio de
Janeiro, e criou o Centro de Instrução de Motorização e
Mecanização.

O então cadete Paiva Chaves, na Escola


Militar do Realengo
ESQUADRÃO DE AUTOMETRALHADORAS

O Esquadrão de Autometralhadoras foi criado no dia 25 de maio de 1938, como consta no Aviso nº
400, sendo integrado à recém-criada Subunidade Escola de Moto Mecanização. Foi oficialmente apresen-
tado às autoridades brasileiras na parada cívico-militar de 7 de setembro de 1938.
ESQUADRÃO DE AUTOMETRALHADORAS

O Esquadrão de Autometralhadoras era composto por 23 viaturas. O carro de combate leve Fiat An-
saldo CV-3 35 pesava 3,85 toneladas, possuía motor de quatro cilindros com 40HP e atingia uma veloci-
dade de até 40km/h. O general Waldomiro Castilho de Lima aconselhou a compra após ter observado
o emprego e o sucesso desses carros nas operações de guerra na Etiópia.

Destaca-se que das 23 viaturas, 18 (dezoito) estavam equipadas com duas metralhadoras Madsen
calibre 7mm (foto à esquerda) e 5 estavam com uma metralhadora Breda de 13,2mm (foto à direita). A
camuflagem consistia em duas tonalidades apenas, com predominância do verde em todo o carro e
alguns pontos em marrom.

49
PRIMEIRO ESTABELECIMENTO DE ENSINO DE BLINDADOS

50
PRIMEIRO ESTABELECIMENTO DE ENSINO DE BLINDADOS

No dia 21 de janeiro de 1939, foi criado o Centro de Instrução de Motorização e Mecanização (CIMM),
no Rio de Janeiro. O primeiro curso teve início no dia 15 de março de 1939, com a participação de 26
oficiais, dentre capitães e tenentes.

O primeiro comandante do CIMM foi o major Durval de Magalhães Coelho, sendo designado como
subcomandante o capitão Paiva Chaves. Ressalta-se que a esse Centro foram agregados cinco Renault
FT-17 remanescentes da Companhia de Carros de Assalto, extinta em 1932.

51
PRIMEIRO ESTABELECIMENTO DE ENSINO DE BLINDADOS

Em 1º de setembro de 1939, com a invasão da Polônia pelos nazistas, teve início a Segunda Guerra
Mundial. Conforme os conflitos se intensificavam, o Brasil, após ter sido atacado por submarinos ale-
mães, declarou guerra contra a Alemanha em agosto de 1942. A demanda pelo ensino da técnica e do
emprego tático do material blindado no Exército Brasileiro aumentou. Em 1941, as ideias reunidas numa
conferência pronunciada na Inspetoria da Arma de Cavalaria sobre a evolução dos blindados usados
na guerra recém-deflagrada, com táticas da Guerra Relâmpago ( Blitzkrieg), foram fundamentais para
as mudanças que ocorreriam nos anos seguintes, dentre elas a transformação do CIMM em Escola de
Motomecanização (EsMM).

O CIMM transformou-se definitivamente na EsMM em 7 de ju-


lho de 1942. O objetivo da nova escola foi especializar oficiais e
praças que completariam as unidades motorizadas e blindadas.
Seu primeiro comandante foi o tenente-coronel Artur da Costa e
Silva (presente ao centro na foto).

52
PRIMEIRO ESTABELECIMENTO DE ENSINO DE BLINDADOS
Naquela ocasião, a EsMM recebeu os primeiros carros de combate M-3 Stuart que vieram por meio do
contrato Lend-Lease, assinado em 1941 entre os Estados Unidos e o Brasil.

A EsMM teve grande relevância na contribuição à Força Expedicionária Brasileira (FEB), formando
militares que atuariam como combatentes no teatro de operações da Itália em 1944/45.

53
CAPÍTULO 5

SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Acreditava-se que seria mais fácil uma cobra fumar do que o


Brasil entrar na Segunda Guerra Mundial. Por essa razão, a expres-
são “A cobra vai fumar” era proferido como forma de provocação e
incentivo. Dela originou-se o símbolo da FEB, o qual foi ostentado
por cerca de 25.000 militares brasileiros em solo italiano.

Organização da 1ª DIE e seus comandantes

A 1ª DIE possuía o 1º Esquadrão de Reconhecimento,


única tropa brasileira a utilizar blindados durante a Segun-
da Guerra Mundial. Era dotado de veículos de reconheci-
mento M8 Greyhound, ¼ton (Jeep) e veículos meia-lagar-
tas (Half Track) M3 e M3A1.
O Cruzeiro do Sul foi aplicado pela FEB em suas viatu-
ras durante a Segunda Guerra Mundial. Depois da guerra,
o Brasil manteve o seu uso até fevereiro de 1983.

A cobra estampada no uniforme do Exército Brasileiro, junto à


Medalha de Campanha da FEB

Durante a Segunda Guerra Mundial, fruto de um acordo com o


EUA, foi aprovada a Portaria Ministerial nº 4.744, de 9 de agosto
de 1943, que criava a FEB, 1ª Divisão de Infantaria Divisionária,
comandada pelo general Mascarenhas de Moraes.

Insígnia do Cruzeiro do Sul, usada nas viaturas


da Segunda Guerra Mundial

59
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
HALF TRACK
A viatura de transporte M3 (Half Track), armada com metralha-
dora calibre .30 Browning M1919, também compôs o 1º Esquadrão
M8 GREYHOUND
de Reconhecimento na Itália.
O 1° Esquadrão de Reconhecimento da FEB foi equipado
com 15 unidades do blindado M8 Greyhound, sendo empre-
gados em missões de reconhecimento na Itália.
Com 7,8 toneladas e cinco metros de comprimento, o M-8
era equipado com um canhão de 37mm e duas metralhado-
ras de calibre .30 Browning M1919. A blindagem variava de
0,8 a 1,5 centímetros de espessura. O veículo transportava
até quatro militares, tinha autonomia de 565 quilômetros e
podia alcançar a velocidade de 90km/h.

Blindado M8 Greyhound em Montese, na Itália, em 1945 Viaturas Half Track no Brasil

Os primeiros exemplares começaram a ser recebidos no Brasil


em 1942. Algumas unidades foram empregadas no contingente da
FEB na Itália, onde foram incorporadas ao 1º Esquadrão de Reco-
nhecimento, atuando nas atividades de transporte de carga e pes-
soal. O Half Track permaneceu em atividade no Brasil até 1980.

60
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
TENENTE AMARO – Nome histórico do 1º Esquadrão de Reconhecimento
O tenente Amaro Felicíssimo da Silveira nasceu em 4 de maio
de 1914 e faleceu em 20 de novembro de 1944, aos 30 anos de
idade, em Gaggio Montano, na Itália, durante uma patrulha de
reconhecimento para o primeiro ataque a Monte Castelo.

Como comandante da patrulha de reconhecimento, re-


cebeu a missão de patrulhar o lugarejo de Gaggio Mon-
tano, uma posição já ocupada por seu esquadrão no dia
anterior. Quando chegou a Montiloco, deparou-se com
uma construção onde, segundo informações da resistên-
cia italiana, havia soldados alemães entrincheirados. Ao
se aproximar para reconhecer a localidade, foi alvejado
por rajada de metralhadora MG 42 e tombou.

Tenente Amaro Felicíssimo da Silveira


Croqui da patrulha do tenente Amaro a Montiloco, onde
foi morto em 20 de novembro de 1944. Seu corpo ficou
insepulto por vários dias, servindo de “isca” para abater
os que tentassem resgatá-lo. Quando Montiloco foi ocu-
pado por tropas brasileiras, uma mulher italiana informou
que tinham enterrado um “brasiliano” próximo a sua casa.
Era o tenente Amaro. Seu corpo recebeu novo sepultamen-
to no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra
“B”, fileira nº 10, sepultura nº 109

61
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
ESQUADRÃO TENENTE AMARO
Por seus atos heroicos, em agosto de 1949, o Exército Bra-
sileiro decidiu homenageá-lo batizando a subunidade com o
nome de Esquadrão Tenente Amaro.

O 1º Esquadrão de Reconhecimento passou a ser deno-


minado 1º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado em 1972,
sendo transferido para a cidade de Valença.

Em 2004, como integrante da 12ª Brigada de Infantaria


Leve (Aeromóvel), recebeu a denominação atual de 1º Esqua-
drão de Cavalaria Leve - Esquadrão Tenente Amaro.

Fotografia institucional do 1º Esquadrão de Cavalaria Leve

Distintivo do 1º Esquadrão de
Estandarte do 1º Esquadrão de Cavalaria Leve Cavalaria Leve

62
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
CAPITÃO FLÁVIO FRANCO FERREIRA

O capitão de cavalaria Flavio Franco Ferrei-


ra foi declarado aspirante a oficial em 1927 na
Escola Militar do Realengo. Assumiu o coman-
do do 1º Esquadrão de Reconhecimento em
4 de fevereiro de 1944, quando deu início à
fase de treinamento para atuar nos campos da
Itália. Recebeu cinco viaturas M8 Greyhound e
quatro M3 Half Track para o adestramento ba-
seado na doutrina americana, juntamente com
a assessoria de um oficial do Exército dos EUA.

Capitão Franco Ferreira

O 1º Esquadrão de Reconhecimento foi comandado, no teatro de opera-


ções italiano, pelo capitão Flávio Franco Ferreira, de setembro de 1944 até
janeiro de 1945.

Após a guerra, serviu em Washington (EUA) de 1953 até 1954, comandou


o 2º Regimento de Reconhecimento Mecanizado, em Porto Alegre (1956-1957)
e o 2º Batalhão de Carros de Combate, em Valença (1962–1963), vindo a
falecer em 1970.
Capitão Franco Ferreira recebendo medalha
da FEB

63
General Plínio Pitaluga
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
GENERAL PLÍNIO PITALUGA

O general Plínio Pitaluga iniciou sua carreira


militar em 25 de fevereiro de 1930. Na Escola Mili-
tar do Realengo, passou pelo Curso de Infantaria e
Ar tilharia, concluindo com aproveitamento o Curso
de Cavalaria.

Participou da Revolução Constitucionalista de São


Paulo, em 1932, como integrante do 1º Regimento
de Cavalaria Divisionário, após ter sido desligado
da Escola Militar do Realengo. Anistiado em maio de
1932, retomou seus estudos no segundo ano do Cur-
so de Cavalaria.

Foi declarado aspirante a oficial em 1934, sendo


classificado no 8º Regimento de Cavalaria Divisioná-
rio, em Uruguaiana. Após sua promoção a primei-
ro-tenente, foi transferido para o 12º Regimento de
Cavalaria Independente, em Bagé. Em 1940, foi clas-
sificado no Esquadrão de Autometralhadoras do Cen-
tro de Instrução de Motomecanização, na Vila Militar
do Rio de Janeiro, onde no ano seguinte realizou o
Curso de Motomecanização.

Em 1943, realizou o Curso de Manutenção,


Armazenamento e Suprimento de Material Bélico
nos EUA , apresentando-se como voluntário para
a guerra no seu retorno, sendo classificado no 1º
Esquadrão de Reconhecimento em 1944.

Tenente Plínio Pitaluga


SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
GENERAL PLÍNIO PITALUGA

O então primeiro-tenente Pitaluga assumiu o comando do 1º Esquadrão de Reco-


nhecimento em 8 de janeiro de 1945, sendo promovido ao posto de capitão em 10 de
janeiro do mesmo ano.

Após a vitória em Montese, o referido esquadrão foi a vanguarda na ofensiva que


levou à rendição da 148ª Divisão Alemã em Fornovo di Taro, Itália.

Recebeu as seguintes medalhas por sua participação na campanha da Itália: Cruz


de Combate 1ª Classe, Medalha de Campanha da FEB e não um Distintivo da FEB,
Medalha de Guerra, Estrela de Bronze (EUA), Cruz de Guerra com Palma (França) e
Cruz ao Valor Militar (Itália).

Capitão Plínio Pitaluga

Em 1957, já como major, fez parte da Comissão de Repatriamento dos


Mortos do Cemitério de Pistóia, na Itália. Em 1961, assumiu o comando do
13º Regimento de Cavalaria, Jaguarão, atual 3º RCG e, em 1964, assumiu
o comando do Regimento de Reconhecimento Mecanizado (R Rec Mec),
atual 15º RC Mec - Vila Militar, Rio de Janeiro.

Em 1968, como general de brigada, comandou a 4ª Brigada de


Medalha Estrela de Bronze (EUA) recebida pelo
capitão Plínio Pitaluga por bravura durante a Cavalaria Mecanizada, em Dourados, sendo transferido para a reser-
Segunda Guerra Mundial va em 1972.

66
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
VEÍCULOS BLINDADOS RECEBIDOS PELO ACORDO DURANTE A
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

M3 STUART

Viatura M3 Stuart em formatura

O M3 Stuart é um blindado leve americano que foi empregado durante a Segunda Guerra Mundial pelas forças americanas e
aliadas. A produção do veículo começou em março de 1941 e continuou até outubro de 1943. O armamento do M3 consistia de
um canhão de 37mm e uma metralhadora .30 Browning M1919.

No Brasil, foi empregado nos batalhões de carros de combate leves (BCCL) e, com a função de reconhecimento, no regimento
de cavalaria mecanizado, permanecendo em serviço até a década de 70. No Exército ficou conhecido como “PERERECA”, devido
à sua pintura verde e por “pular” muito ao transitar pelo campo.

67
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

T17 DEERHOUND 6x6

Utilizadas antes do M8 Greyhound, as viaturas blindadas T17 Deerhound chegaram ao Brasil em 1942. Foram
as primeiras viaturas 6x6 empregadas pelo Exército Brasileiro, inicialmente como veículo-comando e de reconhe-
cimento em algumas unidades blindadas. Mais tarde, algumas remanescentes foram repassadas para a Polícia
do Exército (PE), onde permaneceram em uso até meados dos anos 1970, no Rio de Janeiro.

Desfile das viaturas T17


SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

29º BIB – Berço da Infantaria Blindada


Ainda durante a guerra, o Decreto nº 5.351, de 26 de março de 1943, criou o
3º Batalhão de Carros de Combate (3º BCC), considerado o “Berço da Infantaria
Blindada”. Dotado de viaturas blindadas M3 Stuart, primeiramente ocupou as
instalações do 1º Grupo de Obuses, em São Cristóvão, na cidade do Rio de
Janeiro, sendo transferido para o Derby Club em outubro do mesmo ano, onde
atualmente está localizado o estádio do Maracanã.

Instalações Derby Club do Rio de Janeiro

Major Ibsen Lopes de Castro, primeiro


comandante do 3º Batalhão de Carros de
Combate

Por meio do Decreto nº 6.451, de 28 de abril de 1944, o 3º BCC


foi transferido para “o coração do Rio Grande do Sul”, cidade de
Santa Maria, com a finalidade de reforçar a região sul do território
nacional. Sua transferência da cidade do Rio de Janeiro foi a bordo
dos navios “Itapé”, “Comandante Midossi” e “Itaguassú” até o porto
de Rio Grande. Depois, por meio de transporte ferroviário, seguiu
até a cidade de Santa Maria.
Navio Itaguassú

69
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Em dezembro de 1944, o batalhão
enviou um contingente de dezesseis
Em 1944, o 3º BCC ocupou as instalações do Parque Imembuí, local onde se encon-
voluntários para integrar a FEB.
tra atualmente a Vila Militar da Guarnição de Santa Maria. Em 21 de junho de 1945,
passou a ser denominado como 3º Batalhão de Carros de Combate Leves (3º BCCL),
com o objetivo de o diferenciar de unidades de cavalaria, as quais possuíam viaturas
blindadas mais pesadas. Em 1948, o 3º BCCL passou a ocupar as atuais instalações na
região do bairro Boi Morto.
Por meio da Portaria Ministerial nº 040, de 22 de setembro de 1971, o Batalhão foi
transformado em 29º Batalhão de Infantaria Blindado (29º BIB) e, em dezembro do
mesmo ano, recebeu as viaturas blindadas de transporte de pessoal M113.

Placa em homenagem aos militares


do 3º BCCL que integraram a FEB em
1944/45

Viaturas blindadas em coluna de marcha na nova sede do 3º BCCL,


na região do Boi Morto Distintivo do 29º BIB

70
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
M3 A1 4x4 SCOUT CAR

M3 A1 4x4 Scout Car no Brasil

As primeiras viaturas M3 A1 Scout Car chegaram no Brasil entre agosto e novembro de 1942, totalizando
51 veículos novos. Após recebimento, adaptação e treinamento de motoristas e mecânicos, as viaturas foram
distribuídas às subunidades de canhões anticarro autorrebocados, sendo responsáveis por tracionar os recém-
-recebidos canhões norte-americanos M3 e M3 A1 de 37mm.

Apresentação das viaturas


Scout Car

71
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
M3 A1 4x4 SCOUT CAR

M3 A3 Lee durante formatura em janeiro de 1943

Os blindados M3 A3 e M3 A5 Lee foram inicialmente distribuídos ao 1º Batalhão de Carros de Combate


(1º BCC), que se encontrava aquartelado no antigo Derby Club, na cidade do Rio de Janeiro. Depois foram
distribuídos ao 2º Batalhão de Carros de Combate (2º BCC), sediado em Valença e, por fim, ao 3º Batalhão
de Carros de Combate (3º BCC), na capital do estado de São Paulo.

Blindado M3 A3 LEE

72
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
SHERMAN M4 A1

Blindado Sherman no Brasil

As primeiras viaturas blindadas M4 Sherman chegaram ao Brasil em


plena Segunda Guerra Mundial para equipar unidades recém-criadas no
Exército Brasileiro. Durante e no pós-guerra, o Exército recebeu aproxima-
damente 80 Sherman das versões M-4, M4-A1 e M-4 Composite Hull, que
passaram a equipar diversas unidades blindadas até o final dos anos 60.

Fotografia extraída do livro “M4 Sherman no Brasil”

73
CAPÍTULO 6

A DIVISÃO BLINDADA
NO EXÉRCITO
BRASILEIRO
A DIVISÃO BLINDADA NO EXÉRCITO BRASILEIRO

77
A DIVISÃO BLINDADA NO EXÉRCITO BRASILEIRO

A pós a atuação da FEB, o E xército decidiu aumentar sua tropa blinda-


da. Por intermédio do D ecreto - L ei 9.120, de 2 de abril de 1946, foi criada
a Divisão Blindada (D B) em decorrência da evolução doutrinária, das ex-
periências de combate e da chegada de equipamentos nor te - americanos
excedentes da guerra

O Decreto reorganizava os quadros


e efetivos do Exército e criava a Divisão
Blindada.

O general Walter Pires, cujo nome é ho-


menageado na denominação histórica do
Centro de Instrução de Blindados, foi co-
mandante da então Divisão Blindada (DB),
localizada no Rio de Janeiro. Sob seu co-
mando, a Divisão passaria a se chamar 5ª
Brigada de Cavalaria Blindada.

O ministro da Guerra, general de divi-


são Canrober t Pereira da Costa, cria em
1946 o Núcleo da Divisão Blindada

78
A DIVISÃO BLINDADA NO EXÉRCITO BRASILEIRO

O general de divisão Amaur y Kruel foi


o último comandante do Núcleo da Divisão
Blindada, antes da sua transformação em
Divisão Blindada em 1957.

O Decreto nº 41.186, de 20 de mar-


ço de 1957, fez alterações na estrutura
da Divisão Blindada.

Distintivo da Divisão Blindada

79
A DIVISÃO BLINDADA NO EXÉRCITO BRASILEIRO

Organograma da Divisão Blindada criada em 1957

As viaturas blindadas de combate M41 foram os


primeiros carros de combate que equiparam as uni-
dades de cavalaria da Divisão Blindada.

80
A DIVISÃO BLINDADA NO EXÉRCITO BRASILEIRO
Por meio do Decreto nº 63.510, de 31 de outubro de 1968, ocorreram transformações na
tropa blindada que caracterizaram a sua modernização.

As principais transformações ocorridas na tropa blindada tiveram como base os estudos


realizados pelos instrutores da ECEME em 1966. A alteração mais relevante foi a transforma-
ção da 3ª Divisão de Cavalaria em 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, conforme consta no
decreto acima.

81
A DIVISÃO BLINDADA NO EXÉRCITO BRASILEIRO

Publicação dos ins trutores da ECEME que par tici-


param da propos ta de uma nova organização para a
cavalaria:

Em 1966, foram publicadas na revista “A Defesa Nacional”


as propostas de uma nova organização das brigadas de ca-
valaria mecanizada. Os instrutores da ECEME debruçaram-se
sobre o tema e fizeram um estudo sobre a transformação das
grandes unidades e grandes comandos.

Organograma da Brigada de Cavalaria Mecanizada Organograma da Brigada de Cavalaria Blindada

82
A DIVISÃO BLINDADA NO EXÉRCITO BRASILEIRO
Desdobramento dos grandes comandos e grandes unidades Desdobramento dos grandes comandos e grandes
do Exército Brasileiro em 1960 unidades do Exército Brasileiro em 1980

O Decreto 001-Res, de 11 de novembro de 1971 de-


terminou a transformação de grande parte das unidades,
grandes unidades e grandes comandos previstos no Pla-
no Diretor e no Plano de Reequipamento do Exército de
1970-1973.

O general de exército
Orlando Geisel, minis tro do
E xército entre os anos de
1969 e 1974, promoveu um
amplo reaparelhamento do
E xército, subs tituindo o ar-
mamento obsoleto por equi-
pamentos modernos

83
CAPÍTULO 7

ACORDO DE
ASSISTÊNCIA MILITAR
COM OS ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA
ACORDO DE ASSISTÊNCIA MILITAR COM OS EUA

Na década de 50, foi assinado o Acordo de Assistência


Militar (em inglês, Military Assistance Program – M AP), re-
sultando em uma ação efetiva de cooperação militar entre
Brasil e EUA, com a aquisição inicial de 20 unidades da
viatura blindada de transpor te de pessoal M59 A1, recebi-
das em 1960.

Registro de desfile militar com a viatura M59 A1. Em destaque,


três viaturas incorporadas ao Regimento de Reconhecimento Me-
canizado (R Rec Mec), em 1960, cuja sede estava localizada no
bairro do Campinho, na cidade do Rio de Janeiro

Em 1971, o R Rec M ec foi trans formado no 15° Regimento


de Cavalaria M ecanizado (15° RC M ec) e os M 59 e M 41 da
unidade foram subs tituídos pelos EE-9 Cascavel e EE-11 Urutu.
A tualmente, a sede do 15° RC M ec es tá localizada na V ila M i-
litar, R io de J aneiro.

89
ACORDO DE ASSISTÊNCIA MILITAR COM OS EUA

Em 1965, o Exército Brasileiro recebeu 584 unidades da viatura blinda-


da de transpor te de pessoal M113, equipada com uma metralhadora .50 e
motor a gasolina.

Transporte ferroviário das VBTP M113 do 13º Bata-


lhão de Infantaria Blindado, em 1972

90
ACORDO DE ASSISTÊNCIA MILITAR COM OS EUA

Um M113 realizando navegação durante a travessia do rio Em 1969, blindados M113 do 9º Regimento de Cavalaria Blin-
Vacacaí, na cidade de São Gabriel, em 5 de maio de 1969 dado apoiaram a construção de uma ponte de alvenaria na cida-
de de São Gabriel

Movimento de blindados na Vila Militar de São Ponte de alvenaria sendo finalizada em 1969
Gabriel, em 1973

91
ACORDO DE ASSISTÊNCIA MILITAR COM OS EUA

Flagrante da chegada das primeiras viaturas blindadas


de transporte de pessoal M113 no 29º Batalhão de Infantaria
Blindado, na cidade de Santa Maria, em 1971

Viatura blindada de transpor te de pessoal M113 do 29 º Bata-


lhão de Infantaria Blindado em operações no terreno na déca-
da de 1980

92
ACORDO DE ASSISTÊNCIA MILITAR COM OS EUA

Pr im eiras op e ra çõ e s d as v ia t uras blin d a d as d e t rans -


p or t e d e p e s s o al M113 no 13 º B a t alh ã o d e I nf ant ar ia B lin -
d a do, n a cid a d e d e Pont a G ros s a, e m 1973

Trans p or t e f e r rov iár io d as v ia t uras blin d a d as d e t rans-


p or t e d e Pe s s o al M113 n o 13 º B a talh ã o d e I nf an tar ia B lin -
d a d o, e m 1972

93
ACORDO DE ASSISTÊNCIA MILITAR COM OS EUA

Em agos to de 1960, as primeiras 50 unidades da via-


tura blindada de combate M 41 Walker-Bulldog chegaram
ao Brasil. No total, 368 unidades do M 41 A1 e do M 41 A3
foram recebidas, tornando-se o principal carro de combate
do Brasil até 1994.

N a década de 60, o M 41 era o blindado mais moderno da


A mérica do S ul, tendo como armamento principal um ca-
nhão 76mm.

94
ACORDO DE ASSISTÊNCIA MILITAR COM OS EUA

Flagrante do recebimento das viaturas M41 Walker-Bulldog


e M113, em 1973, no por to de S antos, des tinadas a equipar
o 2 ° Regimento de Carros de Combate, com sede em Piras-
sununga. O capitão de cavalaria Lauria foi o responsável
pela coordenação dos trabalhos de recebimento no por to e
transpor te para o regimento

E x trato do BI nº 076 do 2 º RCC, de 29 de abril de 1973, no


qual se autoriza o deslocamento da equipe de desproces-
samento das viaturas no por to de S antos

95
ACORDO DE ASSISTÊNCIA MILITAR COM OS EUA

A viatura blindada de combate obuseiro autopropul-


sada M108 foi adquirida pelo Brasil no ano de 1971 em
excelente es tado de conser vação. O obuseiro foi utiliza-
do pelas unidades de ar tilharia per tencentes às brigadas
blindadas e mecanizadas até o ano de 2019.

A viatura era dotada de um obuseiro 105mm e de uma


metralhadora antiaérea de calibre .50.

96
ACORDO DE ASSISTÊNCIA MILITAR COM OS EUA

Guarnição de viatura blindada de combate obuseiro auto-


propulsado M108 em adestramento no Regimento Mallet

Deslocamento de blindados
M108 do 3° Grupo de Ar tilha-
ria de Campanha Autopro-
pulsado durante exercício de
adestramento no Campo de
Instrução de Santa Maria

M108 do 5º Grupo de Ar tilharia de Campanha Autopropulsado durante a


passagem de comando em 2016

97
CAPÍTULO 8

MECANIZAÇÃO DA
CAVALARIA
MECANIZAÇÃO DA CAVALARIA

Diante da necessidade de desenvolvimento de


blindados nacionais, foi cons tituído em 1967 um
grupo de trabalho formado por oficiais engenheiros
automotivos, cuja missão era elaborar projetos para
a produção, modernização e repotencialização de
blindados no Brasil. Os trabalhos foram desenvolvi-
dos no Parque Regional de Motomecanização da 2 ª
Região Militar (PqR M M /2), localizado na cidade de
S ão Paulo.

M3 A1 em processo de modernização no PqR M M/2

Primeiro protótipo da VBR-2 em sua apresentação


no PqR M M/2

Os trabalhos foram conduzidos


pelo tenente-coronel engenhei-
ro automotivo Pedro Cordeiro de
Mello, comandante do parque no
período de 16 de junho de 1966 até
24 de junho de 1971.

Tenente-coronel Pedro Cor-


deiro de Mello, comandan-
Oficina da Seção Comercial do PqR M M/2 te do PqR MM/2
MECANIZAÇÃO DA CAVALARIA

A primeira fase visava à elaboração de projetos de en-


genharia experimental com a adaptação de componentes
nacionais, aumento de potência do conjunto de força e do
sis tema de armas, modernizando os veículos sobre rodas e
lagar tas exis tentes na frota do E xército B rasileiro. A lguns
projetos que se des tacaram foram o repotenciamento dos
M 8 G reyhound e a modernização do M 2 H alf Track.

M 8 repotencializado em exposição na fábrica


da M ercedes- B enz

M2 Half Track modernizado no PqR MM/2 em fase de testes

Componentes desenvolvidos no PqR M M /2

104
MECANIZAÇÃO DA CAVALARIA
Outra fase do desenvolvimento de uma frota nacio-
nal foi pautada na idealização de projetos de veículos
blindados sobre rodas que culminaram com a criação
do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Blindados
(CPDB) e na parceria do Exército Brasileiro com empre-
sas expoentes da época, tais como a Bernardini, Biselli,
Engenheiros Especializados S/A (Engesa), Moto Peças,
Novatração, dentre outras.

V iatura blindada de reconhecimento – 1 em versão f inal

L i n h a d e d e s m o n t a g e m, m o d i f i c a ç ã o e r e m o n t a -
g e m B i s e ll i

Linha de produção do EE-9 Cascavel em S ão José


dos Campos
V iatura blindada de reconhecimento – 2 em cons trução

105
MECANIZAÇÃO DA CAVALARIA
N es ta fase de idealização de veículos blindados nacio -
nais, a equipe técnica do Parque Regional de M otomecani-
zação da 2 ª Região M ilitar aproximou-se da empresa En-
gesa devido ao desenvolvimento pela empresa do sis tema
de tração dupla traseira denominado boomerang , f unda-
mental no desenvolvimento de diversos veículos militares.

v ia t ura blin d a d a d e re conh e cim e n to E E-9 C as c a ve l e m


t e s t e. Em d e s ta qu e, o sis t e m a d e t ra ç ã o dupl a t ras e ira
id e ntif ic a d o p or b o om erang

L inh a d e pro du ç ã o d e v ia t uras blin d a d as n a En g e s a

Essa aproximação ocasionou o desenvolvimento de di-


versos protótipos de blindados, alguns desses de grande
sucesso no cenário nacional e internacional.

S is t e m a b o om erang d e f ab r ic a ç ã o d a En g e s a

106
MECANIZAÇÃO DA CAVALARIA

Desenvolvido em 1970, por intermédio da par-


ceria entre o Parque Regional de Motomecanizarão
da 2 ª Região Militar e a empresa Engesa, a viatura
blindada de reconhecimento sobre rodas 6x6 EE-9
Cascavel foi o blindado nacional de maior sucesso,
atingindo a impressionante marca de 1.738 unida-
des ao longo de 18 anos de fabricação (1975/1993).

L ot e d e v ia t ura blin d a d a d e re conh e cim e n to E E-9 C as c a ve l

V ia t ura Cas c a ve l e s e u c anh ã o d e 90 mm exe cu -


tan do o tiro

v ia t ura blin d a d a d e re conh e cim e n to E E-9 C as c a ve l e m exe rcício


no t e r re no

107
MECANIZAÇÃO DA CAVALARIA

Projetado para ser o subs tituto dos blindados ameri-


canos M 8 G reyhound utilizados no E xército B rasileiro, a
viatura blindada de reconhecimento EE-9 Cascavel foi
equipada inicialmente com o canhão 37mm do G reyhound
e duas M etralhadoras .30, versão es ta conhecida como
“Cascavel M agro”.

L inh a d e p ro du ç ã o d e v ia t uras blin d a d as n a En g e s a

V ia t ura blin d a d a d e re conh e cim e nto E E-9 Cas c a ve l e m t e s t e


d e c amp o L o g o d a V B R E E-9 C as c a ve l

108
MECANIZAÇÃO DA CAVALARIA

V ia t ura blin d a d a d e re conh e cim e nto E E-9 Cas c a ve l e quip a d a com o c anh ã o 90 mm

Com a necessidade de aumento do poder de


fogo, o blindado sofreu modif icações, ganhando
em sua composição uma torre com um canhão de
90 mm, além de modif icações em seu chassi para
adequação ao novo armamento.

Tor re d a V B R E E-9 Cas c a ve l

109
MECANIZAÇÃO DA CAVALARIA

J unto com a viatura blindada de reconhecimento


EE-9 Cascavel, a viatura blindada de transpor te de
pessoal sobre rodas EE-11 Urutu foi outro projeto de
sucesso na década de 1970, contando com a mesma
simplicidade mecânica e mobilidade exemplar.

V ia t ura blin d a d a d e t rans p or t e d e p e s s o al E E-11 U r u t u com t u -


b os d e s nor ke l

V ia t ura blin d a d a d e t rans p or t e d e p e s s o al E E-11 U r u t u durant e L o g o d a V B T P E E-11 U r u t u


t e s t e e m ramp a

110
MECANIZAÇÃO DA CAVALARIA

A lém do transpor te de tropas, outras versões do


veículo blindado de transpor te de pessoal EE-11 Uru-
tu foram fabricadas, sendo inclusive expor tados para
outros países.

O mo d e lo m ais cur ios o foi o Ur u ve l, ve r s ão do


blindado fabricada com a torre da viatura blinda-
d a d e r e c o n h e c i m e n t o E E -9 C a s c a v e l c o m c a n h ã o
de 90mm.

V ia t ura blin d a d a d e t rans p or t e d e p e s s o al E E-11 U r u t u com


c anh ã o 76 mm

V ia t ura blin d a d a d e t rans p or t e d e p e s s o al E E-11


U r u ve l / H ydra cob ra

V ia t ura blin d a d a d e t rans p or t e d e p e s s o al E E-11


U r u t u n a ve r s ã o amb ul ân cia

111
MECANIZAÇÃO DA CAVALARIA

Com uma produção de 8 8 8 unidades, entre os anos de


1973 e 1993, nas mais variadas versões, a viatura blindada
foi utilizada em diversas operações do E xército, inclusive
como veículo de transpor te de tropas nas operações de paz
da ON U no H aiti.

Viatura blindada de transporte de pessoal EE-11 em operação

Te s t e d e n a ve g a ç ã o d a V B T P E E-11 U r u t u d o 17 º R C M e c,
n o 9 º B a t alh ã o d e M anu t e n ç ã o, e m Camp o G ran d e

Pre p ara ç ã o d e v ia t uras blin d a d as p ara as op e ra çõ e s d e


p az d a O N U

112
MECANIZAÇÃO DA CAVALARIA

Diante do sucesso dos projetos da viatura blin-


dada de reconhecimento EE-9 Cascavel e viatura
blindada de transpor te de pessoal EE-11 Urutu, a
Engesa idealizou e projetou outros veículos blinda-
dos sobre rodas.

Protótip o d o E E-17

Protótip o do E E- 3 J arara c a Protótip o d o E E-18 S u cur i I I

113
PROJETOS NACIONAIS

Em p aral e lo a os proje tos d e d e s e nvol v im e nto d e novos


veículos blin d a dos s obre ro d as e l a g ar t as n a cion ais p e l a
En g e s a, o Parqu e R e gion al d e M otom e c aniza ç ã o d a 2 ª
R e giã o M ili t ar d e dico u -s e à id e aliza ç ã o d e c ar ros s ob re
l a g ar tas e m p arc e r ia com ou t ras e mp re s as, f i xan d o dire -
t r ize s qu e culmin aram n a cr ia ç ã o d a f amí lia d e veículos
mili tare s X1, n a m o d e r niza ç ã o d o S h e r m an M 4, no d e s e n -
vol v im e nto dos l an ç a dore s d e p ont e X L P-10 e X L P-20, d o
l an ç a dor d e f o gu e t e s X L F- 40, d e blin d a g e ns e d e p ro du -
tos d e b or ra ch a p ara l a g ar t as.

Carro de combate leve X1 com torre da empresa Bernardini

M o d e r niza ç ã o do M 4 S h e r m an

L an ç a dor d e f o gu e t e s X L F- 40 e m t e s t e d e dis p aro

114
PROJETOS NACIONAIS

O u t ros p roje tos d e veículos blin d a d os s ob re l a g ar tas


f oram d e s e nvol v idos, tais com o a v ia t ura blin d a d a M B - 3
Tam oyo, d a e mp re s a B e r n ardini, e a V ia t ura B lin d a d a d e
t rans p or t e d e p e s s o al Ch ar r u a, d a e mp re s a M oto Pe ç as
S . A . Poré m, amb os os veículos p e r m an e c e ram ap e n as n a
f as e d e p rotótip o.

P ro t ó t i p o d o M B - 3 Ta m oy o n o m u s e u d o C e n t ro d e I n s -
trução de Blindados

P ro t ó t i p o d o b l i n d a d o C h a r r u a I I

P ro t ó t i p o d o b l i n d a d o C h a r r u a I I

115
PROJETOS NACIONAIS

E m m e a d o s d a d é c a d a 19 8 0 , v i s a n d o à c o n s t r u ç ã o
d e u m c a r r o d e c o m b a t e b r a s i l e i r o, a E n g e s a p r o j e t o u
o B l i n d a d o d e C o m b a t e P e s a d o E E -T 1 O s ó r i o, o q u a l ,
caso sua produção fos se efetivada, seria o primeiro
m a i n b a t t l e t a n k ( M B T ) l e g í t i m o b r a s i l e i r o, c o m p e t i n d o
no mercado internacional com diversos blindados de
ponta da época.

Carro de combate leve X1 com torre da empresa Bernardini

Protótip o do E E-T1 O s ór io e m t e s t e s n a A rábia S au di t a

Protótip o d o E E-T1 O s ór io e m t e s t e s n o B rasil

116
BLINDADOS EM OPERAÇÕES

A M i s s ã o d e Ve r i f i c a ç ã o d a s N a ç õ e s U n i d a s e m
A n g o l a ( U N AV E M ) f o i i n i c i a d a e m 19 8 8 e t e r m i n o u
e m 19 97, p e r f a z e n d o t r ê s m a n d a t o s . O emprego de tropas e blindados do terceiro contin-
gente da U N AV E M teve o obje tivo de au xiliar o gover no de
A n g o l a e a U n i ã o N a c i o n a l p a r a a I n d e p e n d ê n c i a To t a l d e
A n g o l a ( U N I TA ) a re s t a b e l e c e r a p a z e a l o grar a re c o n ci -
liação nacional.

V B R Cas c a ve l e mp re g a d a e m A n g ol a

O emprego da tropa teve como base legal os acordos de


V B T P U r u t u e mpre g a d a n a U N AV E M I I I p a z p a r a A n g o l a, f i r m a d o s e m 31 d e m a i o d e 19 91, o P r o t o c o -
l o d e L u s a k a, f i r m a d o e m 2 0 d e n o v e m b r o d e 19 94 e a s r e s o -
luções do Conselho de S egurança das Nações Unidas.
N a U N AV E M I I I , n o p e r í o d o d e 19 95 a 19 97, f o -
r a m e m p r e g a d a s 14 v i a t u r a s b l i n d a d a s d e t r a n s p o r-
t e d e p e s s o a l E E -11 U r u t u e d u a s v i a t u r a s b l i n d a d a s
d e r e c o n h e c i m e n t o E E -9 C a s c a v e l .

117
CAVALARIA MECANIZADA EM OPERAÇÕES

N a d é c a d a d e 19 9 0, a s F o r ç a s A r m a d a s f o r a m e m p r e g a d a s
e m o p e r a ç õ e s d e G a r a n t i a d a L e i e d a O r d e m ( G LO ) e m a p o i o
à s F o r ç a s d e S e g u r a n ç a P ú b l i c a d o E s t a d o d o R i o d e J a n e i r o.
Este emprego teve o objetivo de reforçar a segurança na Con-
ferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desen-
v o l v i m e n t o, a R i o -9 2.

M ilitares nas ruas reforçando a segurança no R J

O E xército na segurança da R io -92

Blindados na Operação R io em 1994

118
CAVALARIA MECANIZADA EM OPERAÇÕES
N o a n o d e 2 0 0 4, o B r a s i l f o i c o n v i d a d o a a s s u m i r o
comando da recém-instituída Missão das Nações Unidas
p a r a a E s t a b i l i z a ç ã o n o H a i t i ( M I N U S TA H ).

V BT P EE-11 Urutu para a M I N US TA H

V BTP EE-11 Urutu conduzindo um grupo de com-


A s c a r a c t e r í s t i c a s d a M I N U S TA H o b r i g a r a m o u s o d e
bate que realiza a segurança os tensiva em um
viaturas blindadas para proteção da tropa. Nesse con-
bairro da cidade de Por to Príncipe
t e x t o, s u c e s s i v o s b a t a l h õ e s b r a s i l e i r o s e m p r e g a r a m s u a s
V B T P E E -11 U r u t u n o p a t r u l h a m e n t o d i á r i o p a r a c o l a b o r a r
na garantia de um ambiente seguro e es tável naquela
nação amiga.

A V BT P EE-11 Urutu realizou o transpor te da


S eleção B rasileira de f utebol em sua chegada no
H aiti para jogo amis toso contra a seleção local
em prol da paz e autoes tima da nação haitiana
V BT P EE-11 Urutu ambulância utilizada na M I N US TA H (Por to Príncipe, agos to de 20 0 4)

119
CAPÍTULO 9

REPOTENCIALIZAÇÃO
DE BLINDADOS
REPOTENCIALIZAÇÃO DE BLINDADOS

A primeira modernização das viaturas blinda-


d a s d e t r a n s p o r t e d e p e s s o a l M113 o c o r r e u a p a r-
t i r d o a n o d e 19 8 0 . A s p r i n c i p a i s m o d i f i c a ç õ e s
foram a substituição do motor a gasolina por um
motor die s e l M e rc e d ez- B e n z O M - 352 A e a in clu -
são de uma torreta de proteção blindada para o
a t i r a d o r d a V B T P.

N avegação fluvial da V BT P M113

V BT P M113 em ades tramento de subunidade blindada

125
REPOTENCIALIZAÇÃO DE BLINDADOS

Blindados M41 recém-chegados dos Estados Unidos

M 41 com canhão de 76mm

A s p r i n c i p a i s m o d i f i c a ç õ e s r e a l i z a d a s n a v i a t u r a M 41 f o r a m
a m u d a n ç a d e c a l i b r e d o c a n h ã o (d e 76 m m p a r a 9 0 m m) e o
alongamento do chassi da viatura blindada para permitir a
i n s t a l a ç ã o d e u m m o t o r d i e s e l S c a n i a D S 14 .

M 41 C com canhão de 90 mm

126
REPOTENCIALIZAÇÃO DE BLINDADOS

A segunda modernização das viaturas blindadas de


t r a n s p o r t e d e p e s s o a l M113 c o n t o u c o m a i n s t a l a ç ã o d o
n o v o m o t o r D e t r o i t D i e s e l Tu r b o e e q u i p a m e n t o s d e c o m u -
nicação mais modernos.

VBTP M113 BR empregada em exercício no terreno

V B T P M113 B R r e a l i z a n d o n a v e g a ç ã o . N a i m a g e m , o b -
ser va-se a adição de um flutuador em sua dianteira
para melhorar a per formance do veículo durante as tra-
vessias aquáticas

Formação de motoris tas de V BT P M113 B R

127
CAPÍTULO 10

DÉCADA DE 1990:
AQUISIÇÃO DE NOVOS
BLINDADOS
LEOPARD 1 A1
E m 19 96 , o M i n i s t é r i o d o E x é r c i t o a d q u i r i u 12 8 u n i d a d e s d o L e o p a r d 1 A1 d a B é l g i c a, j u n t a m e n t e c o m t r e i n a m e n t o
d e p e s s o a l, f e r r a m e n t a l e p e ç a s d e r e p o s i ç ã o.
O p r i m e i r o l o t e c o m 61 u n i d a d e s d e c a r r o s d e c o m b a t e f o i e n t r e g u e a o P a r q u e R e g i o n a l d e M a n u t e n ç ã o d a 1ª R e -
g i ã o M i l i t a r, n o R i o d e J a n e i r o, e n t r e o s a n o s 19 97 e 19 9 8 , s e n d o r e a l i z a d a a e n t r e g a d e m a i s 67 c a r r o s d e c o m b a t e
e n t r e o s a n o s d e 19 9 8 e 2 0 0 0 .

Recebimento do primeiro lote das V BC L eopard 1 A1, no por- M ili t ar b e lg a b alizan do o d e s e mb arqu e d a V B C L e op ard
to do R io de J aneiro, em 25 de setembro de 1997 1 A1 no Parqu e R e gion al d e M anu t e n ç ã o d a 1ª R e giã o
M ili t ar

A viatura blindada de combate - carro de combate


L e o p a r d 1 A1 é o p e r a d a p o r u m a g u a r n i ç ã o d e q u a t r o
homens, é equipada como armamento principal com
u m c a n h ã o d e 10 5 m m e c o m o a r m a m e n t o s e c u n d á r i o
c o m u m a m e t r a l h a d o r a c o a x i a l M A G M 3 7, 62m m, a l é m
d e u m a m e t r a l h a d o r a a n t i a é r e a M A G M 2 d e 7, 62m m e
o i t o l a n ç a d o r e s d e f u m í g e n o s 76 m m . A v i a t u r a t e m u m
peso de aproximadamente 40 toneladas em ordem de
m a r c h a, a u t o n o m i a d e 45 0 k m e v e l o c i d a d e m á x i m a d e
62k m / h .

E s col a d e blin d a d os d o E xé rci to d a B é lgic a ( L e op olds-


b urg), on d e os c api tã e s S á Fe r re ira, H e r t z, Q u e iroz e os
t e n e nt e s R ib e iro, M urg a, M e g a, A k ira e M ig on re alizaram
o cur s o d e L e op ard 1 A1, n o an o d e 1996

133
LEOPARD 1 A1

E m 19 96 , o M i n i s t é r i o d o E x é r c i t o a d q u i r i u 12 8 u n i d a d e s d o L e o p a r d 1 A1 d a B é l g i c a, j u n t a m e n t e c o m t r e i n a -
m e n t o d e p e s s o a l, f e r r a m e n t a l e p e ç a s d e r e p o s i ç ã o.
O p r i m e i r o l o t e c o m 61 u n i d a d e s d e c a r r o s d e c o m b a t e f o i e n t r e g u e a o P a r q u e R e g i o n a l d e M a n u t e n ç ã o d a
1ª R e g i ã o M i l i t a r, n o R i o d e J a n e i r o, e n t r e o s a n o s 19 97 e 19 9 8 , s e n d o r e a l i z a d a a e n t r e g a d e m a i s 67 c a r r o s d e
c o m b a t e e n t r e o s a n o s d e 19 9 8 e 2 0 0 0 .

134
A INSTRUÇÃO COM O LEOPARD 1 A1
A chegada do Leopard 1 A1 provocou uma verdadeira trans-
formação na formação e adestramento das guarnições blinda-
das, devido ao sistema de controle de tiro computadorizado e
à estabilização do sistema de armas. Houve grande impacto
nas estruturas de ensino, transporte, manutenção e suprimento
do Exército Brasileiro, em função das características da viatura,
bem mais moderna do que os M41 C existentes nos regimentos
de carros de combate.
A complexidade do sistema de controle de tiro embarcado,
associado à torre estabilizada, permitiu a execução de disparos
mais precisos e ajustados, garantindo a capacidade de atingir
alvos com o carro em movimento.
A vertente da simulação foi contemplada com o tank level
aiming and firing trainer (TAL AFIT), equipamento que, insta-
lado no blindado, propicia a executação do treinamento dos
atiradores do carro de combate nas mais variadas condições,
seja do próprio Leopard ou do alvo.

Pavilhão do simulador de procedimentos de torre da V BC


L eopard 1 A1, na sede do C I Bld no R io de J aneiro

E xercício do 1º Regimento de Carros de Combate, dotado de


V BC L eopard 1 A1, no Campo de Ins trução de S anta M aria, S imulador TA L A FIT para L eopard 1 A1 da empresa belga
em 20 07 S A BC A

135
M60 A3 TTS
E m f e v e r e i ro d e 19 97, o E x é r c i t o a d q u i r i u 91 v i a t u r a s
blindadas M60 A3 T TS dos Estados Unidos da Améri-
c a, s e n d o d e s t i n a d a s a o 4 º R e g i m e n t o d e C a r ro s d e
C o m b a t e, e m R o s á r i o d o S u l (41 c a r ro s), 5º R e g i m e n t o
d e C a r ro s d e C o m b a t e, e m R i o N e g ro (41 b l i n d a d o s),
C e n t ro d e I n s t r u ç ã o d e B l i n d a d o s (o i t o u n i d a d e s), n o R i o
d e J a n e i ro, e u m M 6 0 p a r a a E s c o l a d e M a t e r i a l B é l i c o,
n o R i o d e J a n e i ro.

Curso de guarnição de M60 A 3 T T S no For t Dix, N ew J ersey,


EUA , em 1997, realizado pelos tenentes S érgio M ar tins, G on-
çalves, M aurício Oliveira, H orita e B ar t z; e pelos sargentos
A lber to, Pacheco, Nirion, D evanir, A nselmo, H ernilo, Rudni-
ck, Cas tilhos, A s trana e Kocuka

M60 A 3 T T S em transpor te do 4º RCC, Rosário do S ul,


para o C I Bld, R io de J aneiro, em 1997

O M60 A3 T TS é equipado com um canhão M68 de


10 5 m m, u m a m e t r a l h a d o r a c o a x i a l M 24 0 d e 7, 62m m,
uma metralhadora M85 de calibre .50 para o coman-
d a n t e d o c a r ro e d o i s l a n ç a d o r e s d e f u m í g e n o s m o d e l o
M 239. A v i a t u r a t e m u m p e s o d e a p ro x i m a d a m e n t e 5 0
t o n e l a d a s e m o r d e m d e m a r c h a, a u t o n o m i a d e 45 0 q u i -
l ô m e t ro s e v e l o c i d a d e m á x i m a d e 4 8 k m / h .

Primeiro tes te com a V BC M60 A 3 T T S no Campo de Ins tru-


ção de G ericinó, realizado pelo C I Bld em 1997

136
A INSTRUÇÃO COM O M60 A3 TTS

Es tágio tático de blindados sobre lagar tas com o M60 A 3 Exercício de tiro com o M60 A3 TTS do 20º Regimento de Ca-
T T S no Campo de Ins trução de S anta M aria valaria Blindado, no Polígono de Tiro Tenente De Lacerda

A chegada do M60 A3 T TS exigiu uma série de mudanças nas instruções das unidades
b l i n d a d a s d o E x é r c i t o B r a s i l e i ro. A i n ov a ç ã o t r a z i d a p e l o s i s t e m a d e v i s ã o t e r m a l t a n k t h e r-
m al s i g h t ( T T S ) p o s s i b i l i t o u à s f o r ç a s t a r e f a s b l i n d a d a s c o m b a t e r e m à n o i t e, d a n d o i n í c i o a
u m a n ov a e r a n a d o u t r i n a d e e m p r e g o d e b l i n d a d o s n o B r a s i l.

Interior do M60 A 3 T T S
V isão W hite Hot L eopard 1 A 5 no termal do M60 A 3 T T S

137
M109 A3

E n t r e o s a n o s d e 19 9 9 e 2 0 01, a a r t i l h a r i a a u t o -
p ro p u l s a d a d o E x é r c i t o B r a s i l e i ro f o i r e f o r ç a d a c o m a
c h e g a d a d a v i a t u r a b l i n d a d a d e c o m b a t e o b u s e i ro a u t o -
p ro p u l s a d a M10 9 A 3 . F o r a m a d q u i r i d a s 37 v i a t u r a s e x-
c e d e n t e s d o e x é r c i t o b e l g a, q u e p a s s a r a m p o r u m a m o -
d e r n i z a ç ã o n a e m p r e s a S A B I E X , n a B é l g i c a. O s M10 9 A 3
c h e g a r a m e m q u a t ro l o t e s n o s p o r t o s d o R i o d e J a n e i ro,
R i o G r a n d e e Pa r a n a g u á, c o m o 1º l o t e e m o u t u b ro d e
19 9 9 e o q u a r t o l o t e e m a b r i l d e 2 0 01. F o r a m d i s t r i b u -
í d o s p a r a o 15º G r u p o d e A r t i l h a r i a d e C a m p a n h a A u -
t o p ro p u l s a d o (15º G AC A P ), n a c i d a d e d e L a p a - P R , 16º
G AC A P d e S ã o L e o p o l d o, 29 º G AC A P d e C r u z A l t a e
E s c o l a d e M a t e r i a l B é l i c o – E s M B , n o R i o d e J a n e i ro.
M109 A 3 na Escola de M aterial B élico em 20 0 8

O M10 9 A 3 a u m e n t o u a p o t ê n c i a e o a l c a n c e d a s t ro p a s
b l i n d a d a s a o i n t ro d u z i r o c a n h ã o d e 155 m m, c o m a l c a n c e
d e a t é 23, 5 k m . A v i a t u r a p e s a 25 t o n e l a d a s e, a l é m d o
c a n h ã o 155 m m, p o s s u i u m a m e t r a l h a d o r a d e c a l i b r e . 5 0
n a t o r r e.

M109 A 3 sendo modernizados na S A B I E X

M10 9 A 3 do 15º G r up o d e A r tilh ar ia d e C amp anh a A u to -


p rop uls a do

138
A INSTRUÇÃO COM O M109 A3

C o m a a q u i s i ç ã o d o s M10 9 A 3, a a r t i l h a r i a d i v i s i o n á r i a
passou a deter os meios necessários ao cumprimento da
s u a m i s s ã o d e a p ro f u n d a r o s f o g o s, p o i s a a d o ç ã o d o c a -
l i b r e 155 m m p o s s i b i l i t o u o a u m e n t o d o a l c a n c e d o s f o g o s
i n d i r e t o s d e 11, 5 k m, d o M10 8, p a r a 23, 3 k m, d o M10 9 A 3 .

Exercício de tiro com os M109 A3 do 15º Grupo de Ar tilharia V isão frontal do obuseiro autopropulsado M109 A 3

139
CRIAÇÃO DO CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS
CRIAÇÃO DO CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS

N o a n o d e 19 91, o E x é r c i t o i d e n t i f i c o u a n e c e s s i d a d e d e c r i a r u m
c e n t ro d e i n s t r u ç ã o d e b l i n d a d o s, r e a l i z a n d o u m e s t u d o d e v i a b i l i d a -
de para o es tabelecimento de um núcleo de ins trução de blindados
e m C a n o i n h a s, p ró x i m o a o C a m p o d e I n s t r u ç ã o M a r e c h a l H e r m e s, o
q u e n ã o s e c o n c r e t i zo u.

O s d i s t i n t i vo s p a r a o s c u r s o s d o C e n t ro
d e I n s t r u ç ã o d e B l i n d a d o s (C I B l d ) e o b r a -
são da OM foram considerados nesse es-
t u d o, a s s e m e l h a n d o - s e a o a t u a l b r e v ê d o s
c u r s o s m i n i s t r a d o s n o c e n t ro

141
CRIAÇÃO DO CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS
O C I B l d f o i c r i a d o p e l a p o r t a r i a nº 6 5 6, d e 19 96, s u b o r d i n a d o
à 5ª B d a C B l d, n a c i d a d e d o R i o d e J a n e i ro. O C I B l d i n i c i o u s u a s
a t i v i d a d e s e m 19 97.

D i s t i n t i vo d o s c u r s o s m i n i s t r a d o s p e l o
C e n t ro d e I n s t r u ç ã o d e B l i n d a d o s G e n e r a l
Wa l t e r P i r e s, d e s e n h a d o p e l o e n t ã o p r i m e i -
ro - t e n e n t e d e c a v a l a r i a S é r g i o M a r t i n s

Símbolo do CI Bld

142
CRIAÇÃO DO CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS

O C I B l d t e v e c o m o 1º c o m a n d a n t e o t e -
n e n t e - c o ro n e l d e c a v a l a r i a A u r é l i o d a S i l v a
B o l z e, q u e f o i o r e s p o n s á v e l p o r i m p l a n t a r
u m a n ov a m e t o d o l o g i a p a r a a e s p e c i a l i z a -
ção em blindados na linha de ensino bélico
dos oficiais.

P r i m e i ro d e s f i l e b l i n d a d o c o m a s V B C C C L e o p a r d 1 A1 n o B r a s i l,
e m 7 d e n ov e m b ro d e 19 97, n a V i l a M i l i t a r - R i o d e J a n e i ro

N o a n o d e 19 97, o C I B l d c o n d u z i u o
p r i m e i ro e s t á g i o d e c a p a c i t a ç ã o n a V B C
L e o p a r d 1 A1. N a f o t o, d e s t a c a - s e a
equipe de instrução belga que apoiou
a atividade

143
CRIAÇÃO DO CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS

A missão principal do CI Bld é especializar os oficiais e sargentos das Forças Armadas e de


n a ç õ e s a m i g a s n a o p e r a ç ã o e m a n u t e n ç ã o d a s p l a t a f o r m a s b l i n d a d a s d o E B . A c i m a, i n s t r u ç õ e s
d o p r i m e i ro E s t á g i o d e C o m a n d a n t e, A t i r a d o r e M o t o r i s t a d a V i a t u r a B l i n d a d a d e C o m b a t e C a r-
ro d e C o m b a t e M 6 0 A 3 T T S , e m 19 98

Fl a g r a n t e d a i n s t r u ç ã o d e m a -
nobra de força com emprego de
ro l d a n a s e a n c o r a g e n s, n o E s t á g i o
B á s i c o d e B l i n d a d o s p a r a O f i c i a i s,
e m 19 98
CRIAÇÃO DO CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS

E s t á g i o Tá t i c o d e F o r ç a -Ta r e f a S u b u n i d a d e B l i n d a d a, e m 2 0 0 0, e m p r e g a n d o a s V B C
M 6 0 A 3 T T S . O s e s t á g i o s f o r a m p i o n e i ro s e m e s p e c i a l i z a r o s m i l i t a r e s d a s s e ç õ e s d e c o -
mando das forças tarefas blindadas
CRIAÇÃO DO CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS

E s t á g i o Tá t i c o d e F o r ç a -Ta r e f a S u b u n i d a d e B l i n d a d a (2 0 0 0 ), n o C a m p o d e I n s t r u ç ã o d e G e r i c i n ó

146
CRIAÇÃO DO CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS

Instrução de embarque e transpor te de blinda-


d o s e m f e r rov i a s, d u r a n t e o E s t á g i o Té c n i c o d e
B l i n d a d o s, n o a n o 2 0 0 0
CRIAÇÃO DO CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS

E s t á g i o Tá t i c o d e F o r ç a -Ta r e f a S u b u n i d a d e
B l i n d a d a, n o C a m p o d e I n s t r u ç ã o d e G e r i c i -
n ó, n o R i o d e J a n e i ro, e m 2 0 01. N o d e t a l h e,
u m p e l o t ã o d e c a r ro s d e c o m b a t e d o t a d o d e
V B C C C L e o p a r d 1 A1

Força-tarefa subunidade blin-


dada empregando dois pelotões
de carro de combate ( VBCCC Le-
o p a r d 1 A1 e M 6 0 A 3 T T S ) , d o i s
pelotões de fuzileiros blindados
c o m a V B T P M113 e a s e ç ã o d e
c o m a n d o, e m 2 0 01
CRIAÇÃO DO CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS

Centauro I Centauro I

A o l o n g o d e s u a h i s t ó r i a, o C I B l d c o o p e ro u n a a v a l i a ç ã o d e i n ú m e r a s p l a t a f o r m a s b l i n d a -
d a s, c o m o a V B C C a v C e n t a u ro I (a c i m a), a V B C F u z P i r a n h a (a b a i x o, à e s q u e r d a) e a V B T P
P u m a (a b a i x o, à d i r e i t a)

VBC Fuz Piranha VBTP Puma

149
CAPÍTULO 11

REESTRUTURAÇÃO
DA TROPA BLINDADA
REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA
O Comando M ilitar do S ul (C M S), originado do I I I
E x é r c i t o p o r m e i o d o D e c r e t o nº 91. 7 7 8 , a s s i n a d o p e l o
p r e s i d e n t e d a R e p ú b l i c a J o s é S a r n e y e m 19 8 5 , e n q u a d r a
a maioria dos meios blindados do E xército Brasileiro.

Carro de combate Leopard 1 A 5 BR

Es se comando militar de áre a, com se de na capital Com um total aproximado de 50 mil militares,
g aú ch a, é cons ti t uído p or 52 org aniza çõ e s mili tare s blin - o que corresponde a ¼ do efetivo total do Exército
dadas e mecanizadas, situadas nos estados do Rio Gran- B r a s i l e i r o, s u a t r o p a , v a l e n d o - s e d e s u a l o c a l i z a ç ã o
d e do S ul, S anta Ca tar in a e Paran á. e s t r a t é g i c a , a t u a n o s m a i s d e 576 m i l q u i l ô m e t r o s
quadrados de área da região sul do país.

O Comando Militar do Sul é composto por três


di v is õ e s d e exé rcito (D E ): a 3 ª e a 6ª Di v is õ e s d e
E xército com se des, resp e c tivamente, em S anta
M ar ia e Por to A l e gre, no R io G ran d e do S ul, e a
5 ª D i v i s ã o d e E x é r c i t o, c o m s e d e e m C u r i t i b a , n o
es tado do Paraná.

Compõem as três DE do CMS três brigadas


de cavalaria mecanizada, duas brigadas de in-
fantaria motorizada, uma brigada de infantaria
blindada, uma brigada de cavalaria blindada,
uma brigada de infantaria mecanizada e duas
ar tilharias divisionárias.

155
REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA
A p a r t i r d e 2 0 0 4 , a F o r ç a Te r r e s t r e p a s s o u p o r u m a r e e s t r u t u r a -
ção de suas brigadas blindadas em acordo com o Plano Básico de
E s t r u t u r a ç ã o d o E x é r c i t o ( P B E E x ) , c o n f o r m e c o n s t a d a P o r t a r i a nº
126 E M E , d e 07 D E Z 0 4 , c o n s t a n t e d o B o l e t i m d o E x é r c i t o nº 0 5 0 d o
mesmo ano.

O 28 º B I B f o i O 2º RCC foi
transformado em transformado em
28 º B I L 13 º R C M e c

A 5ª Bda C Bld A 11ª B d a I n f B l d A 6ª B d a I n f B l d


foi transferida foi transformada r e c e b e u o 1º
do Rio de Janei- e m 11ª B d a I n f L RCC e o CI Bld
r o p a r a Po n t a
Grossa

O 1º R C C f o i O 3º RCC foi
transferido do transferido do Rio
R i o d e J a n e i ro de Janeiropara
para S anta Maria Ponta
Grossa

O 7º BIB foi
transferido
de Santa Ma-
ria para S anta
O 4º BIB foi O 24 º B I B f o i O 1º E s q d C M e c Cruz do Sul
transformado em ex tinto foi transformado
4º BIL e m 1º E s q d C L

156
REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA
A s demais organizações militares da tropa blindada do Exército Brasileiro lo-
calizadas no Comando M ilitar do L es te, Comando M ilitar do N ordes te, Comando
M i l i t a r d a A m a z ô n i a , C o m a n d o M i l i t a r d o P l a n a l t o, C o m a n d o M i l i t a r d o S u d e s t e e
Comando Militar do Oeste permaneceram nas suas guarnições de origem.

157
REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA
Tr a n s f e r ê n c i a d o 1º R C C p a r a S a n t a M a r i a

Desembarque no por to de Rio Grande

Tr a n s f e r ê n c i a d o 1º R C C p a r a S a n t a M a r i a

C h e g a d a d o s p r i m e i ro s c a r ro s d e c o m b a t e d o
1º R C C e m S a n t a M a r i a a p ó s o d e s e m b a r q u e n o
Po r t o d e R i o G r a n d e

Chegada das viaturas do CI Bld


em Santa Maria
REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA
E m 2 0 0 9, o E x é r c i t o B r a s i l e i ro a d q u i r i u u m l o t e Junto com a aquisição dos carros de combate Leopard
d e 22 0 u n i d a d e s r e p o t e n c i a l i z a d a s d o c a r ro d e c o m - 1 A 5, f o r a m t a m b é m a d q u i r i d a s v i a t u r a s d e u s o e s p e c i a l,
b a t e L e o p a r d 1 A 5, a s q u a i s f o r a m a d q u i r i d a s e r e - c o m o a v i a t u r a b l i n d a d a d e n g e n h a r i a, q u e p o d e s e r u s a d a
b a t i z a d a s d e v i a t u r a s b l i n d a d a s d e c o m b a t e c a r ro e m a p o i o a m o b i l i d a d e, c o n t r a m o b i l i d a d e e p r o t e ç ã o, c a -
de combate Leopard 1 A 5 BR . vando fossos e espaldões, além de es tar apta a auxiliar em
manobras de força.

Viatura blindada especial de engenharia

A viatura blindada especial lança ponte é capaz de lançar e


recolher uma ponte, que supere vãos de até 20 metros de lar-
gura, possibilitando rápida ultrapassagem de pontos críticos.

D e s e m b a r q u e d o s p r i m e i ro s L e o p a r d 1 A 5 B R n o
por to de Rio Grande

C a r ro d e C o m b a t e L e o p a r d 1 A 5 B R n o C a m p o d e
I n s t r u ç ã o d e S a n t a M a r i a (C I S M ) Viatura blindada especial lança ponte

159
REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA

A v i a t u r a b l i n d a d a e s p e c i a l s o c o r ro é d o t a d a d e u m g u i n -
c h o p r i n c i p a l, u m a l â m i n a d e t e r r a p l e n a g e m e u m g u i n d a s t e,
q u e s ã o u s a d o s p a r a e l e v a r c a r g a s p a r a r e p a r a ç ã o, a l é m d e
auxiliar no resgate e evacuação de outras viaturas.

A l é m d a s v i a t u r a s e s p e c i a i s , e m 2 013 c h e -
g a r a m a s p r i m e i r a s v i a t u r a s G e p a r d 1 A 2, m o -
d e r n i z a d a s e c o m s i s t e m a d e r a d a r e l e t r ô n i c o.
Essas viaturas fazem par te do projeto de mo-
dernização do Sistema de Defesa Antiaérea da
F o r ç a Te r r e s t r e .
V i a t u r a e s p e c i a l b l i n d a d a s o c o r ro

Viatura blindada de combate


antiaérea Gepard 1 A 2

160
REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA
SIMULAÇÃO NO PREPARO DA FORÇA TERRESTRE
O s n ovo s b l i n d a d o s d a f a m í l i a L e o p a r d r e p r e s e n t a r a m O s i m u l a d o r d e p ro c e d i m e n t o s d e t o r r e t a m b é m
u m s a l t o t e c n o l ó g i c o d a f ro t a n a c i o n a l. D e v i d o a e s s a c o n t a c o m u m s i s t e m a d e i n s e r ç ã o d e p a n e s, o q u e
n ov a r e a l i d a d e t e c n o l ó g i c a, s u r g i u a n e c e s s i d a d e d e s e p o s s i b i l i t a, à m e d i d a q u e o t r e i n a m e n t o d a s g u a r n i -
t r e i n a r c o m m a i s e f i c i ê n c i a o s r e c u r s o s h u m a n o s d o E x é r- ç õ e s e vo l u i, t r e i n a r o s m i l i t a r e s a r e a g i r e m s i t u a ç õ e s
c i t o. A s s i m, o C I B l d r e c e b e u, a p a r t i r d e 2 010, d i v e r s o s a d v e r s a s e s o b p r e s s ã o.
s i m u l a d o r e s d e b l i n d a d o s, e l e v a n d o o n í v e l d e a d e s t r a -
m e n t o d a t ro p a b l i n d a d a e a p ro x i m a n d o - s e c a d a v e z m a i s A exemplo do simulador de procedimentos de
do nível dos exércitos mais bem equipados. t o r r e, o s i m u l a d o r d e p r o c e d i m e n t o s d o m o t o r i s t a
N esse escopo, o simulador de procedimento de torre é é uma réplica fiel do compar timento do motorista
uma réplica do compar timento de combate do L eopard 1 do carro de combate tendo como objetivo treinar o
A 5 B R sem a blindagem, o que possibilita a visualização condutor na execução de procedimentos de maneira
dos componentes em seu interior. idêntica à situação real.

N e s t e s i m u l a d o r, s ã o t r e i n a d o s o s p ro c e d i m e n t o s i n d i - N e s t e s i m u l a d o r, p o d e m s e r e x p l o r a d o s c e n á r i o s
v i d u a i s d o c o m a n d a n t e d e c a r ro, d o a t i r a d o r e d o a u x i l i a r e m q u e o m o t o r i s t a é t r e i n a d o d e s d e s i t u a ç õ e s n o r-
d o a t i r a d o r d o c a r ro d e c o m b a t e d e m a n e i r a m a i s s e m e - m a i s d a c o n d u ç ã o d a v i a t u r a a t r a v é s c a m p o, a t é c o n -
l h a n t e p o s s í v e l a o q u e s e r e a l i z a n a v i a t u r a r e a l. t e x t o s t á t i c o s c o m p l e x o s, c o m o n a p r e s e n ç a d e f o g o s
de ar tilharia e deslocamentos sobre campos minados.

S i m u l a d o r d e p ro c e d i m e n t o d e t o r r e ( S P T )

S i m u l a d o r d e p ro c e d i m e n t o d e m o t o r i s t a ( S P M )

161
REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA

SIMULAÇÃO NO PREPARO DA FORÇA TERRESTRE


O t r e i n a d o r s i n t é t i c o p o r t á t i l t e m p o r o b j e t i vo t r e i n a r
o e n t ro s a m e n t o d e u m a g u a r n i ç ã o d e c a r ro s d e c o m b a t e
face a inúmeras situações táticas que podem ser inseridas
n o s o f t w a re d e s t e s i m u l a d o r.

O treinador sintético por tátil em uso no E xército Bra-


s i l e i ro é c o m p o s t o p o r t r ê s e s t a ç õ e s p a r a o s m e m b ro s d a
g u a r n i ç ã o (c o m a n d a n t e d e c a r ro, a t i r a d o r e m o t o r i s t a) A aquisição de viaturas blindadas especiais também
do Leopard 1 A 5 BR e uma estação para o instrutor que foi acompanhada da inserção de simuladores em seu
c o o r d e n a o t r e i n a m e n t o. c i c l o d e c a p a c i t a ç ã o. É o c a s o d o t r e i n a d o r s i n t é t i c o
p o r t á t i l d e e n g e n h a r i a.

N e s t e s i m u l a d o r, é p o s s í v e l t r e i n a r u m a g u a r n i ç ã o
d a v i a t u r a b l i n d a d a e s p e c i a l L a n ç a Po n t e L e o p a r d 1
BR em sua atividade em situações estáticas ou inserida
em um contex to tático com a presença de tropas ami-
gas e inimigas.

Tr e i n a d o r s i n t é t i c o p o r t á t i l ( T S P )

TSP - engenharia

162
REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA

SIMULAÇÃO NO PREPARO DA FORÇA TERRESTRE


O treinador sintético de blindados é o simulador mais
c o m p l e x o d a f a m í l i a L e o p a r d. E l e é c o m p o s t o p o r q u a t ro
cabines fechadas que retratam fielmente o interior de um
c a r ro d e c o m b a t e e u m a e s t a ç ã o d o i n s t r u t o r q u e c o o r d e n a
os treinamentos.

A e x e m p l o d o s d e m a i s t r e i n a d o r e s s i n t é t i c o s, e s t e t a m - A s q u a t ro c a b i n e s d o t r e i n a d o r s i n t é t i c o d e b l i n d a -
bém é capaz de executar cenários simulados com alto grau d o s p o d e m s e r i n s e r i d a s n a m e s m a r e d e d e i n f o r m á t i c a,
d e c o m p l e x i d a d e. N o e n t a n t o, o q u e o d i f e r e d o s d e m a i s é o que torna possível executar o treinamento de um pe-
o r e a l i s m o p ro p o r c i o n a d o p e l a s e m e l h a n ç a c o m o m a t e r i a l l o t ã o d e c a r ro s d e c o m b a t e c o m o u m t o d o.
r e a l, u n i n d o a s i m u l a ç ã o t á t i c a à s i m u l a ç ã o p ro c e d i m e n t a l
d a v i a t u r a. N e s t e n í v e l d e s i m u l a ç ã o, s ã o t r e i n a d a s a s t é c n i c a s,
t á t i c a s e p ro c e d i m e n t o s d o p e l o t ã o p o s s i b i l i t a n d o, a
b a i x o c u s t o e c o m s e g u r a n ç a, q u e a f r a ç ã o e n f r e n t e s i -
t u a ç õ e s s e m e l h a n t e s a o c o m b a t e.

Tr e i n a d o r s i n t é t i c o d e b l i n d a d o s ( T S B )

Interior de uma cabine do TSB

163
REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA

VBCOAP M109 A5+ BR


A a q u i s i ç ã o d a v i a t u r a b l i n d a d a d e c o m b a t e o b u ­s e i ro
a u t o p ro p u l s a d a ( V B C OA P ) M10 9 A 5+ B R , n o a n o d e 2 019,
f a z p a r t e d o S u b p ro g r a m a E s t r a t é g i c o – S i s t e m a d e A r t i -
l h a r i a d e C a m p a n h a ( S AC ), c o m a f i n a l i d a d e d e m o d e r-
nizar e aumentar a capacidade operacional do apoio de
f o g o d o E x é r c i t o B r a s i l e i ro.

Pa r a e s t e f i m, f o r a m a d q u i r i d a s 32 V B C OA P M10 9 A 5
modernizadas e repotencializadas pela empresa inglesa
B A E S y s t e m s, q u e a d i c i o n o u c o m p o n e n t e s d a s V B C OA P
M10 9 A 6 . A s 32 v i a t u r a s f o r a m d i s t r i b u í d a s e n t r e o 3 º
G AC A P, R e g i m e n t o M a l l e t, s i t u a d o n a c i d a d e d e S a n t a
M a r i a e o 5º G AC A P, G r u p o S a l o m ã o d a R o c h a, s i t u a d o
n a c i d a d e d e C u r i t i b a.

J u n t a m e n t e a e s t e a c o r d o, f o r a m c e d i d a s p e l o g ov e r n o
d o s E s t a d o s U n i d o s d a A m é r i c a v i a t u r a s M10 9 A 5 p a r a
c o m p l e t a r a d o t a ç ã o d e o u t ro s g r u p o s d e a r t i l h a r i a d e
c a m p a n h a.

Fl a g r a n t e d o t i ro t é c n i c o d e r e c e p ç ã o d a s V B C OA P
M10 9 A 5+ B R e m n ov e m b ro d e 2 019, n o C a m p o d e
V i a t u r a b l i n d a d a M10 9 A 5
I n s t r u ç ã o B a r ã o d e S ã o B o r j a ( S a i c ã)

164
REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA

VBTE Remn M992


A v i a t u r a b l i n d a d a d e t r a n s p o r t e e s p e c i a l r e m u n i c i a d o r a ( V B T E R e m n) M 9 9 2 f o i r e c e b i -
d a p e l o B r a s i l c o m o d o a ç ã o d o g ov e r n o d o s E s t a d o s U n i d o s d a A m é r i c a, n o a n o d e 2 018,
na quantidade de 40 unidades. Des tinam-se aos grupos de ar tilharia de campanha mobi-
l i a d o s c o m a s V B C OA P M10 9 A 5 e V B C OA P M10 9 A 5+ B R , c o m a f i n a l i d a d e d e a u m e n t a r
a capacidade do sis tema de remuniciamento dessas organizações militares.

V i a t u r a r e m u n i c i a d o r a M 9 9 2 p e r t e n c e n t e a o 3 º G r u p o d e A r t i l h a r i a d e C a m p a n h a, S a n t a M a r i a

165
REESTRUTURAÇÃO DA TROPA BLINDADA

VBEPC M577
O E x é r c i t o B r a s i l e i ro r e c e b e u a v i a t u r a b l i n d a d a e s p e c i a l p o s t o d e c o m a n d o ( V B E P C )
M 577 n o a n o d e 2 016 . E s t a v e r s á t i l v i a t u r a p o d e s e r u t i l i z a d a c o m o p o s t o d e c o -
m a n d o, c o m o p o s t o d e s a ú d e, a m b u l â n c i a b l i n d a d a e c e n t r a l d e t i ro d e a r t i l h a r i a.

V B E P C M 577 p o s t o d e c o m a n d o c o m a b a r r a c a m o n t a d a

166
CAPÍTULO 12

MECANIZAÇÃO DA
INFANTARIA
MECANIZAÇÃO DA INFANTARIA
O P ro j e t o G u a r a n i f o i c r i a d o c o m o o b j e t i vo d e
transformar a infantaria motorizada em mecanizada
e m o d e r n i z a r a c a v a l a r i a m e c a n i z a d a. Pa r a i s s o, e s t á
e m d e s e nvo l v i m e n t o u m a n ov a f a m í l i a d e v i a t u r a s b l i n -
d a d a s s o b r e ro d a s, a f i m d e d o t a r a F o r ç a Te r r e s t r e
de meios para incrementar a dissuasão e a defesa do
t e r r i t ó r i o n a c i o n a l.
A primeira viatura desenvolvida foi a viatura blin-
d a d a p a r a t r a n s p o r t e d e p e s s o a l G u a r a n i ( V B T P- M R ,
6 X 6 , G u a r a n i ), v i s a n d o a s u b s t i t u i ç ã o d a s v i a t u r a s d o
t i p o U r u t u, f a b r i c a d a s p e l a E n g e s a, e m u s o h á m a i s Es ta nova família de viaturas mecanizadas contempla
de 40 anos. u m a s u b f a m í l i a m é d i a, c o m a s v e r s õ e s p a r a r e c o n h e c i -
m e n t o, t r a n s p o r t e d e p e s s o a l, m o r t e i r o, s o c o r r o, p o s t o
d e c o m a n d o, c e n t r a l d e t i r o, o f i c i n a e a m b u l â n c i a; e
u m a s u b f a m í l i a l e v e, c o m a s v e r s õ e s p a r a r e c o n h e c i -
m e n t o, a n t i c a r r o, m o r t e i r o l e v e, r a d a r, p o s t o d e c o m a n -
do e obser vação avançada. Concebido pelo Sistema de
C i ê n c i a, Te c n o l o g i a e I n o v a ç ã o d o E x é r c i t o, o P r o j e t o
Guarani foi desenvolvido em parceria com diversas em-
presas nacionais.

L i n h a d e p ro d u ç ã o d o G u a r a n i n a f a b r i c a d a I V E C O
sediada em S ete Lagoas
MECANIZAÇÃO DA INFANTARIA
N o f i n a l d e 2 0 0 9, o E x é r c i t o a s s i n o u u m c o n t r a t o c o m a I V E C O p a r a a p ro d u ç ã o d o
G u a r a n i. E m 2 014, o 3 3 º B a t a l h ã o d e I n f a n t a r i a M e c a n i z a d o, c o m s e d e e m C a s c a v e l,
r e c e b e u a s p r i m e i r a s u n i d a d e s d o G u a r a n i, d a n d o i n í c i o à e f e t i v a m e c a n i z a ç ã o d a i n f a n -
t a r i a d o E x é r c i t o B r a s i l e i ro.

A p r e s t a m e n t o F O R P R O N (15ª B d a I n f M e c) n a s d e p e n d ê n c i a s d o 3 3 ° B I M e c – C a s c a v e l

174
MECANIZAÇÃO DA INFANTARIA
A mecanização da infantaria vem agregando significativo poder de combate à Força
Te r r e s t r e . D o t a d a s c o m t o r r e R E M A X o u U T 3 0, a t r o p a m e c a n i z a d a g a n h a a c a p a c i d a -
d e d e d e t e c ç ã o d e a l v o s a l o n g a s d i s t â n c i a s e d e e n g a j á - l o s c o m p r e c i s ã o, m e s m o e m
m o v i m e n t o. A s e g u r a n ç a d a t r o p a e m b a r c a d a é t a m b é m u m d o s p o n t o s d e d e s t a q u e d a
viatura Guarani.

E xercício 30 º B I M ec – A pucarana, em julho de 2020

VBTP Guarani na Operação Arandú 2020

T i ro n o t u r n o d o 5º R C M e c c o m S A R C R E M A X e a v i -
Tiro canhão 30mm. 15º Bda Inf Mec – Cascavel, em setembro são de um Leopard 1 A 5 por um equipamento de vi-
de 2017 são termal do Guarani

175
INFANTARIA MECANIZADA EM OPERAÇÕES

A s t ro p a s d e i n f a n t a r i a m e c a n i z a d a f o r a m e m p r e g a d a s
c o m s u a s V B T P G u a r a n i, n o s a n o s d e 2 014 e 2 015, e m o p e -
r a ç õ e s n o C o m p l e x o d a M a r é, n o R i o d e J a n e i ro, e, n o a n o
d e 2 018, n a I n t e r v e n ç ã o F e d e r a l n a S e g u r a n ç a P ú b l i c a d o
R i o d e J a n e i ro.
N e s s a s o c a s i õ e s, a V B T P G u a r a n i p ro p o r c i o n o u u m a
e f e t i v a p ro t e ç ã o p a r a o s m i l i t a r e s d o E x é r c i t o B r a s i l e i ro,
além de permitir um eficiente monitoramento da área de
atuação por meio do seu sistema de armas remotamente
c o n t ro l a d o R E M A X ( S A R C R E M A X ).

VBTP Guarani sendo empregada na Operação


São Francisco no Complexo da Maré no Rio de
Janeiro

Sis tema de gerenciamento de missão do S A RC R EM A X


Guarnição da VBTP Guarani em deslocamento
desescotilhado durante a Operação São Fran-
cisco no Complexo da Maré no Rio de Janeiro

176
MECANIZAÇÃO DA INFANTARIA
A viatura blindada Guarani pode ser equipada com modernos sistemas de armas re-
m o t a m e n t e c o n t r o l a d o. N o E x é r c i t o, f o r a m i n c o r p o r a d o s o s i s t e m a R E M A X (m e t r a l h a d o r a
7, 62 o u . 5 0 m m) e a U T- 3 0, c o m u m c a n h ã o d e 3 0 m m .

VBTP Guarani equipada com SARC REM A X V B T P G u a r a n i e q u i p a d a c o m S A R C U T- 3 0

T i r o d e i n s t r u ç ã o d a U T- 3 0 n o C I B l d Tiro de instrução com REM A X no 5º R C Mec

177
MECANIZAÇÃO DA INFANTARIA

A v i a t u r a b l i n d a d a m u l t i t a r e f a - l e v e s o b r e ro d a s ( V B MT - L S R ) é a m a i s n ov a a q u i s i -
ç ã o d e v i a t u r a s b l i n d a d a s p e l o E x é r c i t o B r a s i l e i ro. F o r a m a d q u i r i d a s n o f i n a l d e 2 019,
n o e s c o p o d o P ro g r a m a G u a r a n i e m o b i l i a r ã o a s o r g a n i z a ç õ e s m i l i t a r e s d e i n f a n t a r i a e
c a v a l a r i a m e c a n i z a d a s d a F o r ç a Te r r e s t r e.

V BMT realizando tes tes of f-road

V B MT e q u i p a d a c o m s i s t e m a d e a r m a s r e m o t a m e n t e c o n -
t ro l a d a R E M A X

178
CAPÍTULO 13

SUBPROGRAMA
FORÇAS BLINDADAS
Futuro da tropa blindada
SUBPROGRAMA FORÇAS BLINDADAS
Futuro da Tropa Blindada
O S u b p ro g r a m a F o r ç a s B l i n d a d a s f o i c r i a d o p a r a a t u a l i z a r a s f o r ç a s b l i n d a d a s d o
E x é r c i t o B r a s il e i ro, p o r m e i o d a m o d e r n i z a ç ã o d e s i s t e m a s e m a t e r i a l d e e m p r e g o m i l i t a r
e m u s o e d a a d q u i s i ç ã o d e n ovo s, d e f o r m a a a t e n d e r à d i r e t r i z d o c o m a n d a n t e d o E x é r-
c i t o e a o P l a n o E s t r a t é g i c o d o E x é r c i t o 2 0 2 0 – 2 0 23 .
P ro j e t o s p a r a a m o d e r n i z a ç ã o d a f ro t a d e b l i n d a d o s d a F o r ç a Te r r e s t r e:

Viatura blindada de C a r ro d e c o m b a t e Viatura blindada de


reconhecimento Cascavel Leopard 1 A 5 BR combate de cavalaria

M O D E R N I Z AÇ ÃO M O D E R N I Z AÇ ÃO O B T E N Ç ÃO
- S i s t e m a d e c o n t ro l e d e t i ro - S is t e m a d e com an d o e cont rol e - C anh ã o d e, n o mínim o, 10 5 mm
- O p t rô n i c o s c o m t e r m a l - G i ro e l é t r i c o d a t o r r e - Tr e m d e ro l a m e n t o 8 X 8
- G i ro e l é t r i c o d a t o r r e - O p t rô n i c o p a r a o c o m a n d a n t e - T i ro e m m ov i m e n t o
- Te l ê m e t ro l a s e r - O p t rô n i c o p a r a o m o t o r i s t a - O p t rô n i c o c o m t e r m a l
- N ovo m o t o r
- N ov a c a i x a d e t r a n s m i s s ã o
- N ov a s u s p e n s ã o

Viatura blindada de N ovo c a r ro d e


c o m b a t e d e f u z i l e i ro s - Canhão de, combate
no mínimo, 25mm C a n h ã o 12 0 m m
- Máximo 45 toneladas - Pe s o i n f e r i o r a
- Guarnição de três militares 50 toneladas
- Capacidade de - G i ro e l é t r i c o
transpor tar no mínimo da torre
sete combatentes - Sistema de
- S i s t e m a d e c o n t ro l e c o n t ro l e d e t i ro
d e t i ro
O B T E N Ç ÃO O B T E N Ç ÃO

185
CAPÍTULO 14

RESGATE HISTÓRICO
DAS OM BLINDADAS
DA FORÇA TERRESTRE
RESGATE HISTÓRICO DAS OM BLINDADAS
DA FORÇA TERRESTRE

7 º B I B - D e s f i l e c o m a s V B T P M113, e m 7 s e t e m b ro d e 1973, 13 º B I B - R e c e b i m e n t o d a s V B T P M113, n o a n o d e 1972,


na cidade de S anta Maria n a c i d a d e d e Po n t a G ro s s a

2 0 º B I B - Té r m i n o d e u m a m a n o b r a r e a l i z a d a c o m a s V B T P 29 º B I B - C h e g a d a d a s V B T P M113, e m 1972, n a c i d a d e
M113, e m 1972, n a c i d a d e d e C u r i t i b a de Santa Maria

191
RESGATE HISTÓRICO DAS OM BLINDADAS
DA FORÇA TERRESTRE

1º R C M e c - F o r m a t u r a d o r e g i m e n t o c o m o C C L M 3 S t u - 2 º R C M e c - R e c e b i m e n t o d o s C C L M 3 S t u a r t, e m 1973,
a r t, n o a n o d e 1973 na cidade de S ão Borja

5º R C M e c - E m 1973, o e n t ã o 5° R C r e c e b i a, e m Q u a r a í
3º R C Mec - E xercício de ades tramento com o CCL M3 - R S , a s V B R -2, p r i m e i ro s p ro t ó t i p o s d a v i a t u r a b l i n d a d a
S t u a r t, e m 195 3, n a c i d a d e d e B a g é E E-9 C a s c a v e l

192
RESGATE HISTÓRICO DAS OM BLINDADAS
DA FORÇA TERRESTRE

7 º R C M e c – H o n r a s d e g a l a d o R e g i m e n t o B r i g a d e i ro Va s c o 8º R C Mec - Recebimento das viaturas M3 Stuar t na


A l v e s Pe r e i r a d u r a n t e i n s p e ç ã o d e c o m a n d o. N o d e t a l h e, a P r a ç a D ’A r m a s M a r e c h a l J o s é Pe s s o a d o R e g i m e n t o, e m
v i a t u r a S c o u t C a r e à r e t a g u a r d a a s V B R E E-9 C a s c a v e l e m 1972, n a c i d a d e d e U r u g u a i a n a
desfile motorizado

11º R C M e c - E x e r c í c i o c o m a s v i a t u r a s b l i n d a d a s E E-9
10 º R C M e c - E x e r c í c i o d e a d e s t r a m e n t o c o m a V B R E E-9 C a s c a v e l e E E-11 U r u t u, e m 198 6, a n o d o r e c e b i m e n t o
C a s c a v e l, e m 198 8, n a c i d a d e d e B e l a V i s t a d a s v i a t u r a s, e m Po n t a Po r ã

193
RESGATE HISTÓRICO DAS OM BLINDADAS
DA FORÇA TERRESTRE

12 º R C M ec - Realização do tiro com o canhão 37mm do 13 º R C M e c - A ti v id a d e d e com e m ora ç ã o a o dia d a c a va-


CC L M3 S tuar t, em 1957, na cidade de Por to A legre l ar ia, no an o d e 1975, n a cid a d e d e Piras s unun g a, à é p o c a
d o 2 º R CC

14 º R C M e c - A p r e s t a m e n t o d e Pe l C M e c, e m 196 8, n a 15º R C M e c - D e s f i l e c í v i c o m i l i t a r e m s e t e m b ro d e 1957


c i d a d e d e D o m Pe d r i t o n a C i d a d e d o R i o d e J a n e i ro

194
RESGATE HISTÓRICO DAS OM BLINDADAS
DA FORÇA TERRESTRE

16º R C M e c - S u b u n i d a d e r e a l i z a n d o e x e r c í c i o n o t e r r e n o, 17 º R C M e c - C h e g a d a d a s V B R E E-9 C a s c a v e l, e m
e m 1972, c o m o C C L M 3 A1 S t u a r t e a V B T P M113 19 9 0, n a c i d a d e d e A m a m b a i

4 º R C B - V i a t u r a s C C L X1 p ro n t a s p a r a o d e s f il e n a
19 º R C M e c - R e c e b i m e n t o d a s V B R E E-9 C a s c a v e l, e m 23 S e m a n a d a Pá t r i a d o a n o d e 1978, n a c i d a d e d e S ã o
d e s e t e m b ro d e 198 6, n a c i d a d e d e S a n t a R o s a Luiz Gonzaga

195
RESGATE HISTÓRICO DAS OM BLINDADAS
DA FORÇA TERRESTRE

6º RC B - E xercício com os CC M 4 S herman, em 1972, na 9 º R C B - C h e g a d a d o s C C M 4 S h e r m a n, e m 1972, n a c i -


cidade do A legrete dade de São Gabriel

2 0 º R C B - C h e g a d a d a s V B C C C M 41 e m 198 8 n a c i d a d e 1º B I M e c - C h e g a d a d a V B T P G u a r a n i e m 2 019, n a c i d a -
de Campo Grande d e d o R i o d e J a n e i ro

196
RESGATE HISTÓRICO DAS OM BLINDADAS
DA FORÇA TERRESTRE

3 0 º B I M e c - R e a l i z a ç ã o d e t r a n s p o s i ç ã o d e c u r s o d’á g u a
c o m a V B T P G u a r a n i, e m a g o s t o d e 2 0 2 0, n a c i d a d e d e 3 3 º B I M e c - R e c e b i m e n t o d a s V B T P G u a r a n i, e m m a r ç o
Apucarana d e 2 014, n a c i d a d e d e C a s c a v e l

34º BI Mec - Navegação com a VBTP Guarani no lago de 36º B I M e c - R e c e b i m e n t o d a p r i m e i r a V B T P G u a r a n i


I t a i p u, e m 2 0 2 0, n a c i d a d e d e F oz d o I g u a ç u e m m a r ç o d e 2 015, n a c i d a d e d e U b e r l â n d i a

197
RESGATE HISTÓRICO DAS OM BLINDADAS
DA FORÇA TERRESTRE

3 º GAC A P - Chegada dos obuseiros M109 A 5+ B R , em 5º G AC A P - R e c e b i m e n t o d o s M10 8, e m 1972, n a c i d a d e


outubro de 2019, no por to de R io G rande de Curitiba

15º G AC A P - C h e g a d a d o s o b u s e i ro s M10 9 A 3, e m o u t u b ro
d e 2 0 0 0, n o p o r t o d e Pa r a n a g u á

198
RESGATE HISTÓRICO DAS OM BLINDADAS
DA FORÇA TERRESTRE

29 º G AC A P - R e c e b i m e n t o d a s v i a t u r a s M10 9 A 3, e m 19 9 9, 5º BE Cmb Bld - Viatura lançadora de ponte Leopard 1 BR


na cidade de Cruz Alta durante a cer tificação da FORPRON, em 2020, no Campo
de Instrução Marechal Hermes em Três Barras

12 º B E C m b B l d - V i a t u r a l a n ç a d o r a d e p o n t e X L P 10 r e a l i z a n d o
o l a n ç a m e n t o, e m 1981, n a c i d a d e d o A l e g r e t e

199
REFERÊNCIAS

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B A S TO S , E x p e d i t o C a r l o s S t e p h a n i. Blindados no Brasil - Um Longo e Árduo Aprendizado. Vol II. Bauru: Taller Comunicação,
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B A S TOS , E x p e di to Car los S t e p h ani. R e n a ul t F T-17 O p r im eir o c a r r a e c o m b a t e d o E xé r c i to B r a sil eir o. S ã o Paulo:


Tall e r C omunic a ç ã o, 2011.

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C H AV E S , A r m a n d o L u i z M a l a n d e Pa i v a. P a i v a C h a v e s e a s j a n e l a s d e s u a m e n t e: i n t e l i g ê n c i a m i l a g r o s a m e n t e
p r e s e r v a d a e m c o r p o p a r a l i s a d o. R i o d e J a n e i ro: B I B L I E x, 2 010.

C O S TA , R e n a t o C é s a r T i b a u d a, 1º E s q u a d r ã o d e R e c o n h e c i m e n t o n a I I G u e r r a M u n d i a l. 1ª e d i ç ã o. R i o d e

J a n e i ro: C e n t ro d e E s t u d o s e Pe s q u i s a s d e H i s t ó r i a M i l i t a r d o B r a s i l, 2 0 2 0.

F E R R E I R A , G us t a vo A dolf o Fran co. Ve n t ur a s, Ave n t ur a s e D e s ve n t ur a s – Tom o I . 1ª e diç ã o. U b a t ub a: S cor t e c ci Edi tora,


2013.

H I G U C H I, H é l i o; B A S TO S J r., Pa u l o R o b e r t o. M 4 S h e r m a n n o B r a s i l. S ã o Pa u l o: C & R , 2 0 0 8 .

M A X I M I A N O, C é s a r C a m p i a n i; N E TO, R i c a r d o B o n a l u m e; B UJ E I R O, R a m i ro. B r a z i l i a n E x p e d i t i o n a r y F o r c e i n Wo r d
Wa r I I . N ov a I o r q u e: O s p r e y P u b l i s h i n g, 2 011.

M O R A E S , J o ã o B a t i s t a M a s c a r e n h a s d e. A F E B p e l o s e u c o m a n d a n t e. R i o d e J a n e i ro: B I B L I E x, 2 0 0 5.

M O R A E S , J o ã o B a t i s t a M a s c a r e n h a s d e. M e m ó r i a s, 2 ª e d i ç ã o. R i o d e J a n e i ro: B I B L I E x, 198 4.

P I TA L U G A , P l í n i o. R e l a t ó r i o d o 1º E s q u a d r ã o d e R e c o n h e c i m e n t o/1ª D i v i s ã o d e I n f a n t a r i a d a F. E . B . [s .l.].

201
S .G. M .G. G a b i n e t e F o t o c a r t o g r á f i c o, 1947.

2. A R T I G O S
A L M E I DA , A n d r é. B r a s i l n a S e g u n d a G u e r r a – O 1º e s q u a d r ã o d e R e c o n h e c i m e n t o e o 1º E s q u a d r ã o d e C a v a l a r i a
L e v e – E s q u a d r ã o Te n e n t e A m a r o. E c o s d a S e g u n d a G u e r r a, 2 0 21.
A N T U N E S , C a m i l o Pe r e i r a. A E v o l u ç ã o d a a r t e d a g u e r r a n o B r a s i l c o m o a d v e n t o d o s b l i n d a d o s n o p e r í o d o d e
19 21 a 194 2 . D i s s e r t a ç ã o – R i o d e J a n e i ro: E s c o l a d e A p e r f e i ç o a m e n t o d e O f i c i a i s, 2 0 0 6 .
B A S TO S , E x p e d i t o C a r l o s S t e p h a n i. D i v e r s o s a r t i g o s d i s p o n í v e i s n o s s i t e s h t t p:// w w w.u f j f.e d u.b r/d e f e s a e h t t p:// w w w.
d e f e s a n e t.c o m .b r/ 2/r v.
M E S Q U I TA , A l e x A l e x a n d r e d e. D e f e s a N e t - D o u t r i n a M i l i t a r - O C o m b a t e N o t u r n o d e B l i n d a d o E x i g e M o d i f i c a ç õ e s
D o u t r i n á r i a s. D i s p o n í v e l e m: h t t p:// w w w.d e f e s a n e t.c o m .b r/ A c e s s o e m: 2 0 a b r il 2 0 21.
P I M E N T E L , A u g u s t o C e z a r M a t t o s G o n ç a l v e s . d e A b r e u. V B C L E O PA R D 1 A 5 B R n o C o m b a t e N o t u r n o. D i s p o n í v e l e m:
h t t p:// w w w.d e f e s a n e t.c o m .b r/ A c e s s o e m: 2 0 a b r i l 2 0 21.
3 . D O C U M E N TO S
B R A S I L . Po r t a r i a N º 245 A p r o v a a D i r e t r i z d e I m p l a n t a ç ã o d o S u b p r o g r a m a F o r ç a s B l i n d a d a s ( E B 2 0 - D - 0 8 - 0 4 8 ),
B r a s í l i a: E s t a d o M a i o r d o E x é r c i t o/C o m a n d o d o E x é r c i t o, 2 0 2 0.
B R A S I L . B o l e t i m I n t e r n o d o C o m a n d o d a C o m p a n h i a d e C a r r o s d e A s s a l t o, R i o d e J a n e i ro: A r q u i vo H i s t ó r i c o d o
E x é rci t o, 2 0 21.
B R A S I L . D i á r i o Pe s s o a l d o M a r e c h a l J o s é Pe s s ô a, R i o d e J a n e i ro: A r q u i vo H i s t ó r i c o d o E x é r c i t o, 2 018 .
B R A S I L . Folhas de Alterações do Marechal José Pessôa, Rio de Janeiro: Arquivo Histórico do Exército, 2018.
B R A S I L . B o l e t i m d o E x é r c i t o N º 411 d e 19 21, R i o d e J a n e i ro: A r q u i vo H i s t ó r i c o d o E x é r c i t o, 2 018 .
B R A S I L . U n i f o r m e s d o E x é r c i t o B r a s i l e i r o 173 0 -19 2 2, R i o d e J a n e i ro: A r q u i vo H i s t ó r i c o d o E x é r c i t o, 19 22.

4. P E R I Ó D I C O S
B A R B O S A , We n d e l – O E m p r e g o d a V i a t u r a B l i n d a d a M113 e m O p e r a ç õ e s U r b a n a s, D o u t r i n a M i l i t a r Te r r e s t r e
e m R e v i s t a: j u l h o a s e t e m b ro d e 2 018 .
B R A S I L , 2 0 º R e g i m e n t o d e C a r ro s d e C o m b a t e. Te s t e d a A s s i n a t u r a Te r m a l, I n f o r m a t i v o “A Tr í a d e ”
– a n o 1. C a m p o G r a n d e: E x é r c i t o B r a s i l e i ro, e d. 01, 2 016 .
B R A S I L . O p ro j e t o G u a r a n i. R e v i s t a Ve r d e O l i v a, B r a s í l i a: C e n t ro d e C o m u n i c a ç ã o S o c i a l d o E x é r c i t o, N º 227, a b r i l
d e 2 015.
P R I M E I R A C O M PA N H I A D E C A R R O S D E A S S A LTO. R e v i s t a A V i d a M o d e r n a, S ã o Pa u l o, a n o 19, N º 4 62,
p á g i n a 8, o u t u b ro d e 19 23 .
S A N T ’A N N A , J o r g e Fr e d e r i c o M a c h a d o d e. N ov a O r g a n i z a ç ã o Pa r a a C a v a l a r i a. A D e f e s a N a c i o n a l. A n o L I I,
N º 610, n ov/d e z 196 6 . R i o d e J a n e i ro, p. 8 9-10 8 .

5. I N T E R N E T
Po r t a l d o 12 ° R e g i m e n t o d e C a v a l a r i a M e c a n i z a d o - h t t p s:// w w w.12r c m e c .e b.m i l.b r

202
Po r t a l d o C e n t ro d e I n s t r u ç ã o d e B l i n d a d o s - h t t p:// w w w.c i b l d.e b.m i l.b r
Po r t a l d o E s c r i t ó r i o d e P ro j e t o s d o E x é r c i t o B r a s i l e i ro - h t t p:// w w w.e p e x .e b.m i l.b r
Po r t a l A r m a s N a c i o n a i s - H i s t ó r i a e m o d e l i s m o - h t t p:// w w w.a r m a s n a c i o n a i s .c o m
Po r t a l A r my R e c o g n i t i o n - h t t p s://a r my r e c o g n i t i o n .c o m
Po r t a l D e f e s a N e t - h t t p s:// w w w.d e f e s a n e t.c o m .b r
Po r t a l F o r ç a s Te r r e s t r e s - h t t p s:// w w w.f o r t e.j o r.b r
Po r t a l Te c n o l o g i a & D e f e s a - h t t p s:// t e c n o d e f e s a.c o m .b r
R e v i s t a Q u a t ro R o d a s - h t t p s://q u a t ro ro d a s .a b r i l.c o m .b r

203
Quantidade de páginas 202

Formato 30 x 30cm
Papel miolo Pólen Soft 80g
Papel capa Cartão Supremo 240g (plastificado)
Impressão e acabamento Gráfica do Exército

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