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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


NÚCLEO INTEGRADO DE DISCIPLINAS
DISCIPLINA DE TRABALHO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA I

ALUNOS: Isadora R. F. Setter e Vanessa Tinti

Avaliação sobre Levantamento Bibliográfico– Parte II (até 14/06/2021)

Fichamento de artigos

Artigo 1 Qual é o custo da prescrição pelo nome de marca na judicialização do


acesso aos medicamentos?

https://www.scielo.br/j/cadsc/a/3t4qQdQzZhHX9GTBvcqywQn/?lang=pt

Estimar o custo e a economia da aquisição de medicamentos fornecidos por meio de ação judicial,
considerando a aquisição de medicamentos de referência, genérico e similar. Estudo descritivo e
analítico das ações judiciais (n=186) para acesso a medicamentos pleiteados na comarca de Antônio
Prado/RS entre os anos de 2004 a 2015. Investigou-se o custo dos tratamentos em três cenários: A - a
aquisição pela referência; B - a aquisição de genéricos; C - a aquisição do medicamento de menor
valor.

O valor acumulado necessário para o cumprimento integral das ações judiciais ativas entre os anos de
2004 a 2015 seria de R$6.592.936,58 para o cenário A, de R$5.573.571,19 para o cenário B e de
R$5.357.309,82 para o cenário C. O percentual de economia comparativamente ao cenário A foi
13,44% pela aquisição de medicamentos genéricos (cenário B) e de 17,94% pela aquisição do
medicamento de menor valor (cenário C).

As ações judiciais de acesso aos medicamentos deferidas pela marca de referência oneram o Sistema
Único de Saúde (SUS) e ferem o princípio da livre concorrência que orienta as licitações públicas

Artigo 2 Avaliação da economia gerada por meio das intervenções farmacêuticas realizadas em um
hospital universitário terciário de grande porte
Referência

https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1147977
file://fileserver/users$/dispensario.cc04/Downloads/95646-458903-1-PB.pdf
A Assistência Farmacêutica é o conjunto de ações que visa assegurar a assistência integral, a promoção,
proteção e a recuperação da saúde, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e
o seu uso racional1 . Dentro deste contexto, encontra-se a farmácia clínica, que emprega a
farmacoterapia para garantir um ótimo serviço ao paciente, promovendo qualidade, segurança e
eficiência no cuidado2 . As atividades desempenhadas pelos farmacêuticos clínicos são fundamentais
para garantir o tratamento adequado, prevenir, reduzir e monitorar eventos adversos tendo como
objetivos principais o sucesso terapêutico e a segurança do paciente, otimizando recursos e
minimizando os custos. Um estudo realizado em Hospital Universitário demostrou que 29% dos erros
de medicação estão relacionados à prescrição, destes 21% referem-se a problemas de dosagem, via de
administração, posologia, diluição e prescrição de medicamentos inadequados7 . A atuação do
profissional farmacêutico em hospitais contribui para a redução de erros de prescrições, além de ajudar
a mudança de padrões de qualidade da prescrição. A relevância das atividades do farmacêutico clínico é
destacada em estudos que demonstraram a redução de aproximadamente 66% os erros de
medicamento3 . Também se conclui que 64% dos problemas relacionados a medicamentos foram
resolvidos ou evitados e que 91% das sugestões foram aceitas pelos médicos, mostrando que a
intervenção farmacêutica tem contribuído na qualidade da assistência prestada ao paciente, evitando
erros de medicamentos8 . Além do uso racional, farmacêuticos também garantem o uso econômico dos
medicamentos. Estima-se que gastos com medicamentos em uma unidade de terapia intensiva (UTI)
podem chegar a 38% do total em um hospital. Esse alto custo enfatiza a crescente importância de
estudos de avaliação farmacoenocomicas, o que permitem identificar, medir e comparar os custos de
diferentes terapias medicamentosas. Farmacêuticos, por meio de trabalhos como estes podem ter
grande influência sobre qual a melhor alocação dos recursos, de modo a otimizar e reduzir os gastos
com terapia medicamentosa.
Além do uso racional, farmacêuticos também garantem o uso econômico dos medicamentos. O artigo
demonstra que a atuação do farmacêutico clínico resultando na efetivação de intervenções relacionadas
à adequação de dose, correção de diluição, alteração de apresentação, substituição de forma
farmacêutica, adequação de tempo de tratamento e a adesão aos protocolos institucionais. Essas
intervenções refletem diretamente na redução de custo.

Artigo 3 Avaliação clínica e econômica do uso de dexmedetomidina em um hospital universitári


Referência https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-915089
http://www.jbes.com.br/images/v10n2/134.pdf

O objetivo do artigo é avaliar a utilização clínica da dexmedetomidina e o custo econômico de sua


aquisição em pacientes adultos em um hospital universitário. Métodos: Estudo observacional e descritivo
do tipo prospectivo, em que foram analisados os formulários de solicitações do medicamento entre 15
de dezembro de 2016 e 15 de dezembro de 2017. Os dados coletados foram idade, gênero, dias
solicitados e liberados, justificativa clínica, dose, posologia e via de administração. O custo financeiro foi
calculado considerando o valor unitário do medicamento. A análise estatística foi realizada pelo
STATA12.0. Resultados: Foram coletados 79 formulários; 14 foram da UTI cardiológica, 41, da UTI de
adulto e 24, do centro cirúrgico. As solicitações foram separadas em grupos cirúrgico e clínico. Foi
observada prevalência de pacientes com idade acima de 30 anos e sexo masculino. No grupo cirúrgico, o
tempo médio de solicitação e liberação foi igual, enquanto no grupo clínico foi de 3,73 e 3 dias,
respectivamente. A dose diária foi de 233,33 mcg/dia no grupo cirúrgico e de 773,77 μg/ dia no clínico.
No grupo cirúrgico, o uso foi para sedação em plástica mamária não estética; no grupo clínico, foi para
agitação psicomotora, sedoanalgesia e delirium. O custo no grupo clínico foi de R$ 58.470,65, enquanto
no grupo cirúrgico foi de R$ 2.995,65, totalizando R$ 61.466,30. Conclusão: O custo econômico
encontrado com o uso do medicamento foi similar ao achado em outro hospital público de alta
complexidade.
Os medicamentos representam um dos componentes com mais impacto nos custos dos serviços de
saúde (Laing et al., 2003). Ações destinadas a melhoria e eficiência dos serviços de saúde visam a seu uso
racional (Kahn, 2006). Dentre as classes terapêuticas, os fármacos sedativos são cruciais na redução de
custos e na otimização de benefícios clínicos em pacientes hospitalizados (Laing et al., 2003; Kahn, 2006).
Tais fármacos são utilizados em situações clínicas como diminuição da atividade motora, estabilidade
mental, redução do estresse, prevenção no retardo da recuperação e liberação da ventilação mecânica,
conferindo conforto aos pacientes e suas famílias (Robinson et al., 2008). A escolha ou combinação de
agentes sedativos é essencial para aliviar estímulos nocivos, estresse, ansiedade, além de minimizar os
riscos de eventos adversos (Carollo et al., 2008). A dexmedetomidina é um agonista potente e altamente
seletivo do adrenoceptor α-2 com propriedades sedativas, analgésicas, ansiolíticas, simpaticolíticas e
limitadoras de opioides, proporcionando “sedação consciente”, na qual os pacientes parecem estar
inertes, mas ficam facilmente estimulados, prontos a ajudar e comunicativos quando estimulados
(Afonso & Reis, 2012). A dexmedetomidina (Precedex® ) foi aprovada nos Estados Unidos pela Food and
Drug Administration (FDA) em 1999 e, posteriormente em outros países, para uso em seres humanos
como terapia de sedação e analgesia de curta duração em unidade de tratamento intensivo (UTI)
(Gertler et al., 2001)
A pesquisa trata-se de um estudo observacional e descritivo do tipo prospectivo, em que foram
acompanhadas as solicitações do medicamento dexmedetomidina no período de 15 de dezembro de
2016 a 15 de dezembro de 2017, atendidas na Unidade de Farmácia Adulto do Hospital das Clínicas da
Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O HU-UFMA é referência estadual para procedimentos de
alta complexidade em diversas áreas, possuindo 573 leitos, sendo 63 de UTI (Neonatal, Adulto e
Pediátrica) e 22 leitos de isolamentos, além de 16 salas de cirurgias [Ministério da Saúde (Brasil), 2013].
A amostra do estudo foi composta das prescrições e formulários de solicitação de medicamentos não
padronizados e/ou padronizados de uso restrito dos pacientes que utilizaram dexmedetomidina durante
sua internação no HU-UFMA. Para o cálculo da amostra, foi realizado um levantamento do número de
solicitações de dexmedetomidina atendidas pela farmácia no período de abril a maio de 2016. Nesse
cálculo, consideraram-se frequência de solicitação encontrada nesse período, erro amostral de 5% e
nível de confiança de 95%, tendo sido estimada uma amostra de 70 solicitações.
Durante a pesquisa, 85 prescrições e 79 formulários de solicitações foram elegíveis para avaliação
dos dados clínicos e econômicos. A diferença entre o número de solicitações e prescrições deve-se ao
fato de não terem sido encontrados seis formulários de solicitação nos registros da unidade de farmácia,
contudo houve a liberação do medicamento, sendo necessário considerá-los para avaliação de custo.
Dos 79 formulários, 41 foram da UTI de adulto, 14, da UTI cardiológica e 24, do centro cirúrgico adulto.
O artigo vai apresentar a avaliação farmaceutica e relátorios que foram feitos para esse artigo.

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