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| Ty * CAPITULO 8 ; BY oe Perfil e Extragées Carlos Alberto G, Cabrera tulo 8: Perfil e Extrayoes 209 Perfil e Extracoes Consideragses Gerais Academi em de forma expressiva para a interpretagdo das variagées estruturais da face. Entretanto, em samente, 0 estudo da cefalometria com suas diversas anilises cefalométricas contribu- decorréncia de interpretagdes estritamente numéricas, por vezes resultados contradit6rios quanto aos aspectos estéticos do tecido mole de revestimento sao implemeniados ao paciente. A reconciliagao entre estruturas ésseas € os tecidos moles de revestimento tem merecido atengao do ortodontista modemo, visto que nem sempre existe uma compatibilidade entre ambos. A nossa ‘oe plano imterpretagao das estruturas 6sseas tegumentares com finalidade de diagndstico, prognd: de tratamento apéia-se em trés elementos: nariz. (base nasal); manila c incisivo central superior; mandibula ¢ incisive central inferior: Esclarccemos ao paciente 0 relacionamento entre estas esiruturas ¢ as diregdes terapéuticas ecom ‘© seu consentimento definimos 0 planejamento. O que deve prevalecer na meta @ ser cumprida & a reparagio da oclusio com a finalidade de promover um perfeito funcionamento de todo o sistema estomatognatice, entretanto, a ambisao estética deve ser respeitada ¢ definida pelo profissional em ‘comum acordo com o paciente, visio que ¢ cle quem deve julgar e apreciar os tecidos de revestimento dos 05505 subjacentes. Avaliagio morfoldgica da base nasal (Morfologia Nasomaxilar) © érgio nasal representa o mais importante elemento subsidi proposicao dos objetivos estéticos. Embora nao seja do dominio do ortodontista alteré-lo,as alteragdes rio em nosso planejamento na na maxila cou na mandibula poderdo refletir diretamente nos objetivos estéticos pretendidos. A morfologia variivel ¢ suas manifestagdes fisicas étnico-hereditirias devem ser levadas em conta na predig&o do perfil pés-tratamento, Igualmente importante & considerar o dinamismo do crescimento ¢ desenvolvimento craniofacial e entender que poderd refletir em grandes alteragdes durante e apds © tratamento ortodéntico. A negligéncia na interpretagao desses elementos poderé comprometer inexoravelmente a estética do paciente. A andlise sagital da face média, segundo nossos preceitos, fundamenta-se na participagdio do nariz na composigao facial. Ao interpretarmos a morfologia ¢ a distineia nasomaxilar (base nasal), trés situagdes distintas podem ocorrer: Avaliagio do posicionamento espacial da maxila ¢ em relagio ao érgio nasal Perfil 1 (+-) Definimos o perfil ideal quando o érgdo nasal encentra-se em plena harmonia com nasal). Quando esta rclagao estiver em harmonia assinalamos entre parénteses 05 sinais de adigao ¢ subtragio (+ ) sob @ base nasal do 4 face, em especial a morfologia ¢ a disténcia nasomaxilar (bas tragado cefalométrico, indicando queamaxilaencontra-seem uma posi¢to antero-posterior satisfatéria na composicio facial. Corresponde ao padrao facial Classe I. Esta situagio de equilibrio ocorre quando 2 posigdo da maxila em relagio ao nariz nfo aceita avango ou retroposigto. 210 Cabrera & Cabrera og 4 mage de ume pacientes gus pss” ama Fig 2 Atavés da imagem 1, procuramos desenhar 0 iiula bom postelonada no seatide sagial de fue, perildapecietedefomaguetornssseielasuammrfalogia Geionszaned equ (na morflogta end rasomatilar, AO noso ver_esia dstinca enconte-se ET tarménicat-)equelqe-modifieactoquerpocprotusioou retrusio nasilarado trarisbeneficos estéuces face Fig. 3 Igualmente através de desenkos madiicamos a Fie. 4 Iqualmente através de desenhos moditicaros » ‘morfologia nasomesiar protinds 4 maxila com 3 inten mmorfologia masomacilar reiruindo 2 maxila com ho de domensirr que este efeite contribuina negativa intengio de demossrar que este feito contribuiria {neate para» composigio facial, qucbrando a harmonia sogativameats pars acomposigao facial, sugerindo uma ‘pasomatila, sugerindo ua base basal poquena(-) base nasal grande (-) Perfil 2(-) Quando a maxila encontra-seem desarmonia com 2 base nasal projetando-se em direcdo ao Apice nasal, assinalamos entre os parénteses o sinal de subtrayao (-) soba base nasal do tragado cefalométrico para determinar que a maxila enconira-se protruida. O beneficio estético sé ¢ conseguido retraindo a porgo anterior da maxita para a posiggo harmonica (+). Fi. At Perfil do paciente deforma qu tornasse Iogia nasomarilar. Ao nosso ver a mala Capitulo 8: Perfite Exiracaes FFig-5 Imagem de um paviente com protusio maxilar (O diagndstieo fi fochado com basene anélise morfol6- Jea da base nasal pequena. Peril 2 (-). Fig.7_[gualmente através de deseshos modificamos.a norfologia nasomatilar retruinds a maxils som & moastrar que es D tornarla ica, suzerindo uma base nasal ert equi- an 12 Cabrera & Cabrera Perfil 3 (+) Quando a morfologia nasomaxi- larestiver desarmOniva, com 0 drgao nasal destaca- oem relagio 4 maxila, assinalamos entre parén- teses 0 sinal de adigio (+) sob a base nasal do tragado cefalométrico para determiner quea maxila encontrs-se retruida. Neste caso a retragllo da ma- xila nfo é indicada, pois aumentaria ainda mais esta distancia. O beneficio estético sé é conseguido aproximando espacialmente a maxila ao apice na- sal, tornando @ morfologiz Nestes casos, raramente silo obtidos resultados expressivos com agdes ortodénticas isoladas, re- querendo terapia com aparelhos que promovam protusiio maxilar ou com auxilio da cirurgia ortognatica mais harmdnica (+). Fig. Atravée da imager §, procuramos deseuhar «por do paciente deforma qu tarasse Fela sua were sugerindo umabasenesalgrende(") Fig. Ima Odiagnistica fo estado sm deur paviente com retrusfo maxilar im bases andlise merfold ica da base nasal grande. Perfil 3 (+). Fig. 1 Igualment através de desenhos modifcamos morfelogia nason ? provtinda a maxi com sien Capitulo 8: Perfil e Fxtracdes 213 ‘Na avaliagao espacial da maxila no peri de vestibuloversio ou palatoversio dos in tornar estas aval 1 (+); 2) ou 3 (+) é preciso considerar que oexcesso ivos deverd ser considerado; pois do contririo podera Avaliaco do posicionamento espacial da mandibula em relagéo a maxila Como vimos, a avali 10 morfol6gica da base nasal, determina a posicao espacial da maxila. Entretanto para se determinar a posigao espacial da mandibula em relago 4 maxila, a avaliagdo Wits, Essa medida cefalométrica linear posiciona a mandibula sagitalmente em relagdio A maxila e ela deve ser respeitada desde que a maxila encontre-se bem posicionada na face. A op¢aio poresta metodologia deve -se ao fato de acharmos mais confiavel que outros métodos cefalométricos, permitindo assim uma melhor compreensio do ortodontista, além do que torna-se mais dida paciente compreender os propésitos terapéuticos pretendidos. Através das telerradiografias dos pacientes das Figs. 1, 5 € 8 obtivemos seus tragados cefalométricos e simulamos variages com protusdes ¢ retrusdes mandibulares com a finalidade de elucidar nossas argumentages. a0. Fig. 11 Telerrafingrafia de norma lat do da pos acho Wits de -1 mm d 24 Cabrera & Cabrera ig.12 Tragado cefalomésricods paciente da Fig. 1, porém ‘com simulacio na regio mandibular. A’ mensuracao Wits de 7mmdemonstra que a maneibula ncontra-sereiruiga fem relagao a maxile cue por sus vez apresenta-se em hharmonia coma face, pos a distincia nasomexilar encon- tra-sc em equlibrio ('-), Perfil 1 Fig.13 Tragado cofalomctrice dapaciente da Fig. 1,porém ‘com simulagdo na regiao mandibular. A. mensurapao Wits de-Tmm demanstra que armindibula enconirs-seprotruida com relago a manila quo por sun vez apresenta-se em hharmonia com a face, pos a distancia nasomaxilar encon- tra-se em equilibri (+). Perfil | Capita 8: Perfil e Fvtragtes 218 Fig. aT orm lateral ¢ seu tragado ido do paciente da Fi oss 1s mensurapio Wits Gemonsiréndo que a mandibula ‘encor bem Posicionada. Embora erroneamente possa ser interpretado Tetntida: destacamos que nda, pois a cist@ncia naso- dequea man manila é que manilar € pequena ¢ 216 Cabrera & Cabrera Fig. 16 Tragado cefalométrico dopacienteda com simulaeona regio mandibular. A: men deOmmdemonstra que a mandibula encontri pois embora scu relacienament Tatoeia, a distancia rasomaxilar € pea Fig. 18 Trasade cefaloméivico do paciente da Fig. 8 orem com Simulagdo na regido mandibular. A mensu- ragio Wits de-7 mm demonsira que, a mandibula encon- ‘ra-se bem posicionada ¢ a maxila € que encomtra-se retruida pois a andlise morfologica nasomaxilar apreser tase grande (+), Peril 3 Fig. 19, Trogedo cefalométrico dopacienteda Fig. 8 porém, com simulagio na regido mandibular. A mensuragio Wits dde-I2mm demonstra que, emandibulaenconiraseprotruida 5 mmemrela;So a sua posiso ideal mencionada naFig. 18, bem como 2 maxila encontra-se retruida pois a andlise smorfoldgica nascmaxilar apresenta-ce unde (+) Pel 3. Capitulo 8: Perfil e Bxtracies 217 (3) 218 a & Cabrera Importancia dos Incisivos Centrais Inferiores no Pert Entre outros objetivos, o tratamento ortodéntico, empenha-se para que os incisivos centrais ia incisal (1:1), €om 0s incisivos centrais inferiores (Fig. 20), condigiosine qua non para o término em oclusto perfeita. Ao se determinar qual seri o posicionamento final 1 definir que posigdes iro ocupar os ineisivos superiores ao final do tratamento, Conseqitentemente, estaremos determinando qual a distancia que os incisivos superiores deverao percorrer para adequar-se aos incisivos inferiores. O tecido tegumentar do lébio superior deveré acompanhar o recuo proposto para os incisivos centrais superiores, © que poderd alterara morfologia nasomaxilar (base nasal) favorivel ou desfavoravelmente, dependendo da superiores mantenha uma relagilo de incisivos inferiores ja € possivel a rig posigdo inicial do érgao nasal Conclui-se, portanto que a posigio final dos incisivos inferiores & que determinarao 0 posicionamento dos incisives superiores ¢ consequentemente a distincia a ser pereorrida pelo incisivo superior. Resa distiincia, portanto, é previsivele determinara a relagio nasomaxilar (base nasal) final: harmOnica (+-), grande(+) ou pequena (-). Fig,20 A imagem demonstra em vista lateral uma relagdo de ula incisal Diagnéstico do Arco Dentario Inferior A opgio tecrapéutica quanto & extraydo de elementos dentarios (extracionista ou conservadora) fundementa~ inguineo que {Jo mais préximos dos ossos basais (Fig. 21), Tais caracteristicas principio, na avaliagio do arco inferior, que possui menor suprimento a maxila e os elementos dentério tornam mais limitada a movimentaglo ortodéntie: na maxila. As dificuldades de tratamento, portanto, so mais intensas na mandibula que na maxila. comparada com a relativa facilidade apresentada Pelas razdes ja enumeradas, a prdtica da distalizagdo dos molares inferiores é inexecutavel. pelo ‘menos a movimentaco de corpo. O que se consegue restringe-se a verticalizacdes de molares mésio- angulados, reabrindo espagos no arco alveolar. Ao contrério, na maxil a sua caracterizaga0 nistologica ¢ morfold ‘amads dos molares superiores com controle ica permite a distalizarao pre Capitulo Perfil e Extroqdes 219 Fig. 21 Aimagemdocorteanatémico de mandibula demonstra um pré-moler eso tule 8: Penile Extragses 243 A cquagio (1) representa que 0 espago de extrago serd ocupado pelo avango distal e seu ‘complemento mesial. Nas equagdes (2) ¢ (3) estéo configurades que: @) 0 avango distal é inversamente proporcional &s somas das éreas de contato radicular dos elementos anteriores, enquanto que +b) 0 avango distal & inversamente proporcional As somas das Areas de contato radicular dos elementos posteriores. As equagdes (2) e (3) podem ser representades por perventuais do espago de extragao, resultando o seguinte: Determinadas estas equagdes, foram aplicadas 4 situagdes tipicas de extragdo para se averiguar as resultantes com variéveis de 3.a 10 mm de espago a seem fechados pelas retragSes. 244 Cabrera & Cabrera EXTRACAO DE SEGUNDO PRE-MOLAR SUPERIOR 2P=P,+P, AWA, +AtA,tA, 2, +P,=120+ 110 =230em AFA,+A,+ A," 50440 + 15 +7! TA+ EP=470cn 4, = 230. 100 = 49% 470 4, = 240 x 100 = 51% 40 EXTRACAO DE PRIMEIRO PRE-MOLAR INFERIOR EP=P.+P.4P, =60+110+ 100= 270 en 8 +25 +15 = 125 en 210 x 100 = 69% 35 = 125 x 100 = 32% 395 TS EXTRACKO DE SEGUNDO PRE-MOLAR INFERIOR EP=P,+P,=110+100=210em* EA=A,+A,+A,7A,=254257 75 + 60=185 em? EAS 95 om? 4, =210. x 100 = 53%

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