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—? CAPITULO 10 Ancoragens e Tragées Carlos Alberto G. Cabrera Marise de Castro Cabrera Capituly 10: Ancoragens e Treedes Ancoragens e Tragdes (Extra e Intrabucais) Considerages Gerais © termo ancoragem protende indicar a resisténcia ao deslocamente. Inimeros aparelhos ortodénticos sto utilizados para fins de ancoragem e seus empregos so variéveis, sendo alguns estiticos € outros dindmicos. Os aparclhos estaticos intencionam promover a ancoragem propriamente dita, enguanto que os dinémices i 1m promover uma forga de trage, que podera promovera ancoragem ou 0 destocamento. fencion Classificagao das Ancoragens Ancoragem Estatica: 9 emptego da ancoragem estatica (dispositive estiticos) permite conter movimentos dentérios € vetores de crescimento dsseo quando as forgas exercidas pelos movimentos, dentarios, ou pelo deslocamento promovido pelo creseimento e desenvolvimento craniofacial, forem inferiores ou iguais & resisténcia da ancoragem estitica empregada Ancoragen Dindmica: 0 emprego da ancoragem dindmiea (dispositives que promovem ages) exerce uma forea igual e contriria aos movimentos dentérios © aos vetores de crescimento © desenvolvimento craniofacial, anulando suas resultantes, permitindo assim a ancoragem. Tragdo. quando o emprego de aparethos resultar numa forga superior & resisténcia dos compos, (dentes ¢ oss0s), estes promoverdo movimentagdo nos elementos dentrios (Porgas staves) € contengdo de vetores de crescimento (forges médias ou pesades), quando o paciente estiver em fiance desenvolvimento craniofacial. De um modo geral, a tragio é empregada com 0 escopo de deslocar elementos demtérios para locais mais adequados, objetivando as correcdes ortadGnticas eo adequado posicionamento das bases ‘6sseas (maxila ¢ mandibula) entre si. F possivel classificar as ancoragens ou tragdes de acordo cam os locais a serem empregadas. da seguinte maneira Lovrabuc Inga ers txtrabueat Died Antee-Posterir (Cervical cu Buta, Osi Mia Paria ou Als) Diregao Pestero- Anterior (Tragaoreversa da maria) Ancoragem Intrabueal Como 0 nome propéem, « ancoragem intrabueal refere-se aos dispositivos aplicados no interior da boca utilizando-se de dentes, ossos e¢ ou miusculos. As possibilidades mecdnicas induzem a subclassificagao em: intramaxilar, quando envolve um inico maxilar, ¢ intermaxilar quando envolve ambos os maxilares. 271 272_ Cabrera & Cabrera Ancoragem Intramayilar Pode ser superior ou inferior. Sao exemplos de ancoragem intramaxilar: 4) superior: Barra Transpalating, Boldo Palatino, Placa de Ancoragem Anterior, Placa de Ancoragem Posterior. 4) infertor: Placa Labio Ativa, Arco Lingual de Nance, c) superior e inferior: Grade Intrabucal. a) Ancoragem Intramaxilar Superior Barra Transpalatina (BTP) - Este aparclho ¢ constituido de um arco palatino soldado ou encaixado (pré-fabrivado) as bandas dos primeiros molares superiores (Pigs. | a 4) . Est indicada para impedir a movimentay2o dos molares durante a mecanoterapia. Isoladamente, nao tem eficiéneia suficiente ‘para manter o molar em posigio estética durante a fase de retragio anterior. A reagio ao nivel dos molares geralmente provoca mesializacdo de magnitudes variadas. Nesie caso, a BTP podera ser combinada com o uso parcial da ancoragem extrabucal. As agdes promovidas pela ancoragem extrabucal visam anular a mesializagao dos molares, mantendo-ps ancorados. Fig. 1 Rarra trating peécfabriceca empregada para preservar a Fig.? Aimagem demonsttaa fechamento des espacose a remocio da ancoragem, bora wanspalatina Fie.3 Barratranspalatina confeccionadaem laboratoricempregadapara prescriars ancorager, Fig. 4A imagem demonstra fechamento dos espagos ea remosio da ‘area wanspalating. Capitalo 10: Ancoragens e Tragdes 273 Botdo Palatino de Nance (BPN)- Este aparelho & constituido de um arco palatino soldado 43 bandas dos primeiros molares superiores ¢ um botao de resina acrilica justaposte a regido anterior do palate (Fig. 5). A semelhanga da barra transpalatina, este aparelho ¢ cfetive somente na auséncia de reagio mesial sobre os molares; se utilizado durante a fase de retragdo anterior, sua efetividade & parcial. As forges de deslocamento mesial liberadas em conjunto com @ bola palatino de Nance redundam no seu deslocamento anterior € 0 apoio acrilico poder pressionar a mucosa palatina, causando ulceragdes (Fig. 6). 0 uso da ancoragem extrabucal anula este efeito indesejével. Fig. 5 Botao palatinode Nance empregado em conjuntocom retagées, Fig. 6 Aimagem demonstra fechamento dos espayos coaparceimento eum discret leeragioneregido dopalao, promovida pelacompressio \dobotio de acrilice quand damesializaeao dos molars. Placa de Ancoragem Anterior (PAA) - Este aparclhe é constituido de uma placa de resina acrilica com grampos circunferenciais em distal dos elementos proximos aos locais de extragies. Esta placa apdia-se no palato elementos dentarios com desgastes nas porgées cervico- palatinas circundantes aos deates posteriores para liberar as movimentagdes (Figs. 7 ¢ 8). Quando necessério, deverd ter levantamento de mordida transitorio para liberar os travamentos oclusais. Geralmente € utilizada quando se intenciona mesializar os elementos posteriores em diregao aos Jocais da extra¢ao, sem provocar distalizacao dos elementos anteriores. A efetividade da mesializa- cho dos elementos posteriores deve-se a acao dos elésticos de Classe III quando empregada com as retragOes a ancoragem devera ser parcial. Fig-& A imagem demonstra fechamento dos espacos. promovido pela smesializagio dos deates posteriores Capitalo 10: Ancovagens e Tragies 273 Botdo Palatino de Nance (BPN)-Este aparelho & constituido de um arco palatino soldado 44s bandas dos primeiros molares superiores ¢ um botdo de resina acrilica justaposto a regio anterior do palato (Fig. 5). A semethanga da barra transpalatina, este aparelho ¢ cfetivo somente na auséncia de reagio mesial sobre os molares; se utilizado durante a fase de retragdo anterior, sua efetividade & parcial. As forgas de deslocamento mesial liberadas em conjunto com @ bolo palatino de Nance redundam no seu deslocamento anterior € 0 apoio acrilico poder pressionar a mucosa palatina, causando ulceragées (Fig, 6). 0 uso da ancoragem extrabucal_anula este efeito indesejavel Fig.5 Botao palatinode Nance empregado em conjuntocom retrages. Fig. 6 Aimagem demonstra fechamento dos espazos e oaparecimento deumediscretalceragiona regi dopalao, promovida pelacorpressio \doboti deacriticn quando damesializaeao dos molars. Placa de Ancoragem Anterior (PAA) - Este aparclho 6 constituido de uma placa de resina acrilica com grampos circunferenciais em distal dos elementos préximos aos locais de cextragdes. Esta placa apdia-se no palato c clementos dentérios com desgastes nas porgdes cervico- palatinas circundantes aos dentes posteriores para liberar as movimentagdes (Figs. 7 ¢ 8). Quanda necessario, deverd ter levantamento de mordida transitério para liberar os travamentos oclusais, Geralmente é utilizada quando se intenciona mesializar os elementos posteriores em direcao aos ocais da extracdo, sem provocer distalizaedo dos elementos anteriores. A efetividade da mesializa- cio dos elementos posteriores deve-se a acto dos elésticos de Classe ITI quando empregada com as retragoes a ancoragem deverd ser parcial. Fig-& A imagem demonstra fechamento dos espacos promovido pela smesializagio dos dentes posteriores 274 Cabrera & Cabrera Placa de Ancoragem Posterior (PAP)- Este aparclho & constituido de uma placade resina acrilica adaptada ao palato c dois grampos circunferenciais adaptados mesialmente aos molares superiores.. E utilizada com a finalidade de preservar a ancoragem dos molares posteriores ¢ superiores, apés a obtengaio da relagdo molar de Classe | ideal (Figs. 9 € 10). Este tipo de ancoragem nao deve ser empregada isoladamente com mecinicas que liberem forgas de reagdo mesial nos molares, pois, desta forma haveria a perda de ancoragem. Fig.9 A imagem demonstra cs espacosmesiaisacsmolarespromovidos Fig. 10_ Place de ancoragem anterior visando manteroespayo obtido io detragio extrabuea conforms Fig. :nesses casos esta placa substitu use da ancoragem exitabucal, b) Ancoragem Intramaxilar Inferior Arco Lingual de Nance (ALN)-Este aparelho consiste em bandas adaptadas bilateralmente ‘eum arco lingual soldado &s extremidades das banclas dos primeiros molares infeciores permanentes. Sua finalidade é preservar espago disponivel de Nance (Leeway Space) no arco inferior, ancorando os molares e preservando 0 espago diferencial entre o segundo molar deciduo ¢ 0 segundo pré-molar permanente. Com o emprego do arco lingual de Nance, inteneionamos dissipar apinhamentos dentarios para o espaco de Nance, sem que haja a _mesializagao dos molares. Fle. 11 Arco dentirio inferiorcom s presenca dos segurdosmolares Fig. 12. Perdado segundo molardeciduo esquerdoe colocagiodo arco seciduon. lingual de Nance. cepa Capitute 10: Ancoragens e Tragdes 275 ‘igs. 19 419 As imagens demoasram respectivamente ume seqdéneia de arcos de nivelamento ¢ alinhameato dissipande es apinhameatos para ‘oespaco de Nance Placa Labio Ativa (PLA) - Este aparelhoé composto de um fio de calibre 045mm que contorna externamente © perimetro do arco dentirio inferior ¢ deverd ser encaixado nos tubos redondos .045mm soldados as bandas dos primeiros molares inferiores. Adicionalmente, possui um escudo de resina anterior gue ficard interposto anteriormente entre 0 libio e os incisivos. Embora a placa libio ativa seja aqui considerada como elemento de ancoragem, sua principal finalidade, quando empregada em pacientes jovens, € desobstruir as agées musculares externas do libio inferior sobre as faces vestibulares dos incisivos inferiores. Neste caso ¢ promovida uma maior efetividade das ages musculares linguais para a anterior, ‘© que proporcions vestibuloversio dos incisives inferiores, dissipando pequenos apinhamentos. A placa libio ativa_pode ser empregada isoladamente ou com reforgo de ancoragem. Placa Labio Ativa Isolada: ¢ wilizada para preservat a posicdo mesiodistal dos molares inferiores, Paralelamente a esta acao, a placa labio ativa suscita a vestibularizagao dos incisivos inferiores 20 suprimir 0 contato do labio inferior com os incisivos. Fig 17 A imagem demonstr por vista oclusaloarco dentirio inferior Fig. 18 A imagem demonstra por vista frontal a adaptagio da placa ‘com apinhamentos generalizados © « edaplagio de plocs Kbio stiva. bio ativa, 0 0 ‘igs. 22,25 €24 As imagens demonsiram respectivamente close direito, anterior e esquerd, com os apinhamentos dssipados para comparas30 com as imagens anteriores. ae Capitule 10; Ancoragens e Tragies 277 Fig.25 A imagem demonstra Aissipacao dos epintamentos ‘que estavam presentes ne Fig. 17 Placa Labio Ativa com Reforco de Ancoragem: A placa \abio ativa tecebe elisticos de Classe IIL. Esses elisticos partem do arco superior, geralmente do gancho dos primeiros molares superiores ¢ encaixam-se nos ganchos da parte metilica da PLA ou na fissura feita no escudo anterior da PLA (Figs. 26, 27 ¢ 28). Estes elisticos téma finalidade de recuperar os espagos inferiores perdidos quando ha inclinaydo mesial dos primeiros molares inferiores (Figs. 29 a 32). O uso dos elisticos poder promover ago adversa de mesializagio dos molares superiores. Se a pretensfo for manté-los ancorados, ‘© cmprego de tragio extrabucal serd necessério para anular esta reagdo indesejada. igs.26,27¢28 _Asimagenspor vistas frontal, lateral direta © esquend, demoustramousede pees lio ativa eam elisticos de Classe IT, estes estioatados tedistendidos desde a fissura do seid 278 Cabrera & Cabrera ign 31222 Avimagone demonctram os espagos consegvidosstravés da placa libio ative associads a0 cistico de Clsse I eancoragem cestrabueal conforme demonstrado nas imagens 26,27 ¢28 ©) Ancoragem Intramaxitar Superior ou Inferior Grade Intrabucal (GI): Este apare|ho é constituido de um arco palatino ou lingual soldado {i bandas dos primeiros molares com grades soldadas ao arco. Tanto pode ser usada no arco superior como no inferior. Seu objetivo principal & auxiliar nas cortegiies das mordiclas abertas dentoalveolares, cauisadas por hdbitos deletérios. Além desta finalidade, a grade intrabucal pode ser utilizada como um elemento de ancoragem dos molares, apenas quando a intengdo pretendida for associada & indicagdo principal. Capituto 10: Areoragense Tragces 279 Pig.38_ Vista frontal da mordida aberia coma grade intrabucal inferior Fig. 36 Vista frontal aps a remogio de hibito ond> nota-se a vorregio instaad ig. 39 Visca frontal da mordida aberta com a grade intrabucal Fig 40. Vista frontal apd a emogio do habito onde senota acorregio superior instalada, ‘ta mordida aberta, - 280 Cabrera & Cabrera Ancoragem Intermaxilar ‘So assim denominadas por serem aplicadas simultaneamente em ambos os maxilares. Embora existam varios tipos de ancoragens intermaxilares, nés ocupamos exclusivamente os elisticos. Os elisticos so requeridos em uma variedade de situagdes: como elementos de ancoragem, tragio e coadjuvante a outros aparelhos proporeionando resultantes distintas. So denominados elisticos Classe Il e Il disposigio sagital empregada para corregie da relagdio de Classe II ¢ III entre os arcos dentarios, respectivamente. Ao serem distendidos, esses elasticos Figs.41,(2043 As imagens demonstram por vista lateral dlireita, esquetda e frontal uma pequena mé oclusao de Classe IL Figs. 44,4546 As imagens demonstram por vistas lateral direita, esquerda e frontal 0 uso de elisticas de Clase Il durante © tratamento Figs.47,48€49 As imagens demonstram 0 caso por vistas, lateral direita, esquerda c frontal apés a remogio dos aparelhos.. Capttuto 10: Aneoragens ¢ Tragdes promovem ages iguais e contririas (reciprocas) em suas extremidades, quer no sentido Classe II ou Classe TI, dai suas resultantes poderem ser ocupadas como elementos de ancoragem ou trago. Contudo, quando se pretend ocupar resultantes somente em um dos lados, deverd ser anulado com o auxilio de dispositivos de agio igual e contriria, para evitar efeitos indesejados. Elistico de Classe H: 0 cmprego de clistice Classe II destina-se, prioritariamente, a promover pequcnos movimentos dentitios na regido antero-superior no sentido ntero-posterior, unilateral ow bilateralmente. Este elastico encaixa-se no gancho do arco superior (entre o incisivo lateral ¢ canino) ¢ & distendido até o gancho do tubo do primeiro ou segundo molar inferior, unilateral ou bilateral. 281 282 Cabrera & Cabrera Eldstico de Classe II: 0 emprego de elastico Classe IMI destina-se @ promover a mesializagio dos molares superiores unilateral ou bilateralmente. Este elastico encaixa-se no gancho do tubo do primeiro ‘molar superior ¢ é distendido até o gancho do area inferior (entre o incisive lateral ¢ canino) 1e82 _Asimagens demonstram por: dire, esquerda€ flout umna- ini oclusto de Figs.53,54 088 _Asimagens demonstram por vistas lateral direita, esquerda e frontal 0 uso de elisticos de Classe IL durante o tratament, igs. $8,57.e58 As imagens demonstram por vistas lateral ‘direita, esquerds » frontal (0 caso) apés a remegio dos aparelhos, Capitulo 10: Arcoragense Trapdes 283 284 Cabrera & Cabrera Elastico de Classe IIT + PLA: 0 emprego de elistico Classe II] como coadjuvante (ativo) sobre a placa libio ativa tem a finalidade de exercer agdo no sentido fntero-posterior e promover a verticalizagao dos molares inferiores. A agio contriria sobre os molares superiores, contudo, poder levé-los a uma relagio de Classe Il indesejada. Para coibir tais resultantes, torna-se necessdria a aplicagao de uma ancoragem extrabucal com forgas iguais ¢ contrarias as ocasionadas pelos eléstieos ligados aos molares superiores. Figs.$9,60 ¢ 61 As imagens demonstram o emprego de placa bio ativa associado a0 uso de clstice de Classe IL Fig. 62 Demonstracemprege deancoragem extrsbucal par anuhiraacTo demesializagio dos molar saperiores prom: vidos pels elésticos Figs. 68,6468 Asimazens demonstram o caso coneluido aps a emogio dos aparelhos Capitulo 10: Ancoragens e Trocdes 28S 286 Cabrera & Cabrera Elastico para Corregio de Linha Mediana - Os elisticos também poderao ser empregados no auxilio das correges dos desvios de linha mediana. Quando assim empregados, deverio ser atados em ganchos no areo superior e inferior e distendidos de forma.a promover uma resultante contrériaao desvio apresentado, Figs 66,6768 Asimagens demonstram uma mi oclusdo com pequeno desvie de linha medians, Figs. 69, 10671 As imagens demonstram 0 emprego d= cistico para correedo da linha medina, associado.ao uso de elistico de Classe Il unilateral esqueido para auxiliar a comregio, Figs.72,73e74 Asimagens demonstram 0 caso concluido apis «-remosdo dos sparelios, com & linha mediana restabelecida Capitulo 10: Ancoragens e Tragies 287 288 Cabrera & Cabrera Poderio ocorrersituagdes de uso simultineo de elésticos Classe II, Classe III e Linha Mediana com 0 objetivo de reparar os respectivos desvios. Figs. 75,7677 Asimagens demonstram uma mé oclusdo com pequen desvio de linha medians, mordida profunda e relagdo molar de Classe I! bilateral. Figs. 18,79 80 As imagens demonstram o emprego de clisico para coresio da linha mediana, associado ao uso de clsticn de Clase I do lado direitoe eldstco de Classe M1 do lado esquento. Figs 81, 82 € 83 As imagens demonsiram 0 e490 conclude apis 2 remocio dos aparethos, com a linha ‘mediana restabelecida, bem como a mordida profunda © relagio molar. Capitale 10: Ancoragens e Tragies 289 290 Cabrera & Cabrera Ancoragem Extrabucal Denomina-se extrabucal a ancoragem apoiada fora da eavidade bueal, nao obstante o efeito esperado seja intrabucal. As ancoragens ou tragdes extrabucais sio divididas de acordo com o sentido do vetor empregado: 1- Antero-Posterior: recebem denominagdes distintas conforme o ponto de apoio externo pericra- niano ow a sua altura, tomando como referencia o plano oclusal: cervical ou baixa, occipital ou média © parietal ou alta 2. Péste1o-Anterior: por serapoiadana regio mentoniana e frontal da face recebe a denominagia de facial, 1-Aparelho Extrabucal de Direcio Antero-Posterior Os aparelhos extrabueais, em especial os de ages intero-posteriores, so compostos de trés partes distintas: a ancoragem, o aparelho © 08 e! sticos extrabucais. Ancoragen Asancoragens possuem modelos distintos ¢ séo fabricadas com tecidos, couros ousimilares. Deverdo ser resistentes pois, ds vezes, serdo utilizadas por um periodo longo de tratamento, Tipos de Ancoragem: os divetsos tipos de ancoragens permitem ao ortodontista direcionar as forgas de acordo com a exigéncia vetorial requerida no tratamento. Considerando as variveis no emprego das tragdes de acdo dintero-posterior e suas resultantes, de modo geral sao recomendados os diversos tipos de ancoragens procurando dar compatibilidade as resultantes com os diferentes. biotipos faciais e sue respectivas més oclusdes. A margem dos diversas tipos € marcas existentes, disponiveis no mercado, descreveremos basicamente trés tipos di intos. 4 Ancoragem cervical ou baixa: esta ancoragem consiste em uma almofada que deveri ser apoiada na tegido posterior do pescogo (cervical). Possui ganchos nas extremidades bilaterais onde deverio ser atados os eldsticos que dario efetividade is ancoragens (Figs. 84 a $6). Fie. 84 Aparelho ex- trabucal de ancora- gemeervical ou baina vista frontal Fig. 85 Aparelho ex trabueal de ancore gemeervical ou baixa vista lateral Capitulo 10; Ancoragens © Trager 291 Pig. 85 A imagors demonstra close onde observarse 0 eistice dlistentida ligando 9 gancho da aancoragem cervicalaoganchode baaco externa do aparetho b - Ancoragem occipital ow media: yisando solucionar problemas de diregéo de forgas, Interlandi®**, em 1962, desenvolveu na Universidade de Szint Louis, um tipo de apoio eérvieo-occipital que permite varias opgdes de tragdo em um mesmoaparetho. Esteapoio de ancoragem é conhecido atualmente como Interlandi Head Gear (IHG)*. Consiste em tés tiras de apoio as quais se adaptam respectivamente na regiio cervical, occipital e parietal unidas a laminas plasticas em forma de "C" invertido bilateral ¢ anteriormente a frente das orelhas; estas por sua vez possuem ranhuras internas que permitem variar as insergdes dos elastics objetivando diferentes resultantes (Figs. 87, 88 € 89). Aparelho extrabusal de ancoragem ig.87 A imagem demonstra close onde se ‘ou médin ~ vista lateral; com a pode observar a Kiminaplistca em forma de ‘C" inventido, cujos elistcns este inseridos Hig. 87 Aparelho ex tal ou méia- vista cal de ancoragem ontal; coma final ddade de_promever agbes mais horizoatas. e de promover ages mais horizon 292 Cabrera & Cabrera ¢- Parietal ou alta: esta ancoragem consiste em duas tiras de apoio occipito-parietal unidas 2 um dispositive pléstico que contém internamente uma mola de scegie fechada, Esta quando distendida permite graduar a intensidade da forca desejada através das cintas bilaterais, as quais possuem orificios respectivamente numerados para se quantificar a intensidade desejada (Figs. 90, 91 ¢ 92). .- 90 Aparelho extrabucal de ancorager Figs, 9t parietal ou ala vista frontal com s finalidede ‘de promover agdes mais veriais. Apareiho extrabucal de ancoragem Fig.92 Aimagemdemonsira closeonde pode parietal ov alta - vita lateral coma finalidade observer 0 dispositive plisico com a cinta de de promover ages mais venicais. _aluagio distendida e conseqlsntemente gra duel @ inensidade da forca deseisd. Aparetho 0 aparetho propriamente dito possui dois componentes: 0 arco interno, que deveri se alojar dentro da boca ¢ os bragos externos que devem contornar a face do paciente. Arco Interno: Os sparelhos.pré-fabricados estio disponiveis em fios de calibre 045" ou 051" ¢ devem ser encaixados nos tubos molares de .045" ou .051", respectivamente. Durante algum tempo, utilizamos aparelhos compostos de ambos os calibres pudemos constatar nao haver qualquer diferenca significativa em suzs resultantes. Desde entdo, optamos por fazer uso do arco .045" pela maior receptividade na confeccao das dobras. Iremos descrever as etapas de adaptacdo do arco interno, partindo de sua forma original e explicando, ao mesmo tempo, suas respectivas fungdes. Acreditamos que 0 adestramento manual obtido no treinamento destas etapas em modelos permitiré, mais tarde, a adaptagao do arco diretamente na boca do paciente. Contralizagio Devemos centralizara marca mediana do aparelho (local de solda entre o brago externo arco intemo) com alinha mediana doarco dentario. Esta marca serve também como referencia ao paciente na colozagio do aparelhe, devendo ele receber orientagio para a colocagio do aparelho sempre com a marca voltada para a regiio onde foi determinada, cervical ou incisal (Figs. 63 © 94), Situagées onds houver desvio de linha mediana, deve-se desviar & marca de referénciaemrelagiolinhamedianaa quantidade excedente entre as diferontesrelagéesmolares {que apresentarum mesmo caso. Exemplo: No caso em quea relagdo molar do lado diteito for 1 ‘mmde Classe Il edo esquerdo 4mm de Classe II, pode-seconfeccionaro aparelhonie coinciding comalinhamediana, esim 3mm desviado paraolado direito, pois quando arelagaomolarchegar ‘relagéo ideal de Classe J, a linha central do apareiho coincidira com a linka mediana do pacieate, Contorno. eee Em seguida, arco interno ¢ adaptado, de forma a manter uma distancia aproximada de 5 7 mm extemamente ao arco dentirio ou dos braquetes, caso ja estejam fixados (Figs.95 e 96) Alga em Omega Com a distalizagio dos molares, a parte anterior do arco interno poderi tocar a face vestibular dos braquetes anteriores. Neste caso, recomenda-se confeccionar algas bilaterais no arvo intemo em forma de Gmega, com um alicate 139, logo apis a parte mais grossa do arco interno. Estas aleas poderio estar voltadas tanto para cervical como paraa oclusal sendo que esta iltima causa_menos desconforto av paciente no uso do aparelho (Figs. 97 a 101), Ao distender estas algas (ativi-tas) elas deverio distanciar o arco interno da face vestibular dos ddentes anteriores, o que permite usar o mesmo aparelho sem a necessidade de troci-lo durante a distalizagio dos molares (Fig, 102) Dobras Terminais (Stop ou Batoneta) Com o aunitio de uma cancta de tint lavavel so feitas marcas bilaterais prdxitnas & etispide mesiovestibular do segundo pré-molar (Pigs. 103 e 104), Nos locas demarcados s30 confescionadas dobras de aproximadamente 15° 30” no sentido interno do.areo, como auxilio de alieates podendo ser 139 ou tidente (Figs. 105, 106 ¢ (07). Em seguida, muurce-se bilateralmeate o arco interno na entrada da luz do tube .045". Neste local séo confeccionadas dobras no sentido extero, de forma que as extremidades do arco sobrepanham.bilatealmente 06 tubos molares quando vistas por oclusal (Figs. 108 a 112). Sfodemarcadas asextremidades distais dos tuhos no arcointerno (Pigs. 113 ¢ 114)econadas Fig. 115), 0 que_getalmente promove uma distorgdo éo calibre na porgio terminal do fio, aumentando 0 didmetro terminal ¢ dificultande 0 instalagio dos arcos 2 tubos. Nesteseas03, recomenda-se promover um desgaste com o auxilio de pedra montada, para eompatbilizar 0 calibre da porgao temminal do fio cor 0 calibre do tube molar (Fig. 116) Estas dobras irdo se anteperar no orifico de entrada dotubo,oqued=veré manteroarcojatsmo estabilizadono seatido {ntero-postorior. tulo 16: Ancoragens e Tragdes 293 204 Cabrera é& Cabrera Observagies Complementares O arco intemo deve estar paralelo ao plano oclusal ae nivel das comissuras labiais na regido anterior, contudo, nem sempre a ma ocluséo do paciente permite esta condigto. 0 arco dentério superior, de contorno parabélico, mostra-se divergente om diregdo posterior. A Aistalizagio dos motares paraa regido posterior tende a conduzi-los de sua posigio inicial néo cruzada para aregido posterior, causando um cruzamento bilateral, Para preveniresta adversidade, o arco intemo deve seraberio manualmente em suas porgdes terminais, de modo que adaptando um dos lados ao tubo, a porgio terminal do lado oposto deverd ficar aproximadamente 2.a 3mm mais aberta por vestibular em relagio a0 tubo contralateral (Figs. 114 115), Este procedimento vise evitar 0 cruzamento dos molares postetiores durante a sua distalizacio, A abertura excedente do area nao proporciona vestibuloversio aos molares devido & acdo {ntero-posterior promovida pelos elasticos que previnem sua ocorréncia, O paciente deverd ser orientado sobre a colocagio do aparelho e como promover uma compresso bilateral nas extremidades para um perfeito encaixe nos tubos (Fig. 116). Nao se deve remover o aparelho maneando-o com movimentos laterais alternados, Tais agdes promovem a ruptura da solda dos tubos ou deseolam as bandas. O movimento uniforme no sentido anterior 60 mais adequado para a remogiio segura do aparelho. A cada retorno do paciente o profissional deveré monitorar 0 aparelho para certificar-sc se esto presentes as mesmas caracteristicas iniciais, Quando se intenciona corrigir uma relagdo moler Classe II pequene, ou seja, 2mm bilateralmente, arco intemo deve exceder em 2 mm a distancia nonmalmente prevista cm relagdo face vestibular dos incisivos centrais superiores. Assim, a0 corrigira relagio molar, 0 arco ndodeverd tocar os incisivos centrais superiores ou seus braquetes comrespondentes. Na correcdo de uma relactio molar Classe II grande, ou sea, ‘5mm, oexcesso de 5 mm além da distancia normalmente previstaem relagdo face vestibular dos incisivos centrais superiores. promoveria uma adaptacio esteticamente extravagamte, Neste caso, deve-se confec- cionar algas em Omega proximas as dobras terminais (stop ou baioneta) do arco interno, quer no sentido cervical ou aclusal, Havendo distalizagiio dos molares e aproximagao do arco interno a face vestibular incisivos centrais superiores, ou dos seus braquetes correspondentes, é possivel abrir as algas para promover um distanciamento do arco interno anterior. A ndo-indicagao destas dobras, nestes casos, requereria a confeegao de novos aparelhos. Quando os tubos adeptados aos melares em giroversio dificultarem a instalagdo do areo interno, aconselhamos, primeiramente, promover a corregio das giroversdes atravs de arces de nivelamento ¢ alinhamento pare, 86 entio, utilizar © aparctho de tragio extrabucal. A soqiiéncia a seguir (Figs. 93 2 119) demonstra a confecgio e adaptagio do aparelho exirabucal 298 Cabrera & Cabrera Capitulo 10: Ancoragens e Tracdes 299 Bragos Externos: os bragos externos possuiem espessuras varidveis ¢ so compostos de fios de calibre maior que 0 arco interno, Sio resistentes ds fraturas € possuem uma bea flexibilidade, 0 que permite a0 profissional ajusti-los manualmente, deste mode os bragos extemos poderdio receber modificagdes obedecendo as convenigncias das diversas aplicagdes. No sentido verticalos bragos externos poderdo ficar ao mesmo nivel, ou aproxtmadamente de 15° @ 25° acima ou abaixo em relacdo ao arco interno, De importincia fundamental para as resultantes preiendidas, esias variacdes implementadas nos bragos extemos quando aplicadas de forma combinadas com 05 diversos tipos deancoragem (baixa, média ealta), poderdo promover efeitos distintos aos movimentos dentarios (Figs. 120 a 137), Estas adaptacOes sao efetuadas manualmente. Por vista superior o operador apéia ospolegares bilateralmente na regio Antero-superior do aparelho (solda de unifio do arco interno com ‘braco extemo). Apoiando os demais dedos sob o braco extemo, imprime-se_uma presséio sobre estes até que se promova a angulagio desejada. Tais posigdes devem ser invertidas quando se intenciona promover angulagio para baixo do arco intemo. No sentido horizontal, a distincis original dos bragos externos em relagdo & face pode tanto ser mantida como modificada para uma forma mais aberta ou fechada. 300 Cabrera & Cabrera Figs. 120, 121 ¢122 As imagens demonstram respecti- ‘vamentepor vista frontal, avariago no emprego do brace externo em relagdo ao arco intemo: acima (azul), absino Uaranja) eno mesmo nivel da arco interno (verde) Figs, 123, 124 € 125 As imagens demonstram closes das imagens snteriormente citadas. Figs. 126,127 € 128 As imagens demonsiram em vista frontal a adaptacdo dos arcos emmanequim comas respec tivasvariagdes 302 Cabrera & Cabrera Fig. 130 © 131 As imagens demoustram sespectiva mente por vista Isteral a variagio no emprego do brago exemo em relagdo x0 arco interno: acima (azul, abaixe (laranja) ao mesmo airel do arco intemo (verde) Figs, 132, 133 ¢ 134 As imagens demonstram closes das imagens anterionents citadas. Figs.135, 1866137 Asimagens demonstiam em Vistalateral + adaptagio dos arcos em manequim com as respectivas Capitule 10: Ancoragens e Tragées 303 304 Cabrera & Cabrera Elisticos Extrabucais Os elisticos extrabueais sto responséveis pela efetividade dos aparelhos de ancoragem (ou trago) extrabucsl e devem ser enlagados nos ganchos e distendidos bilateralmento, desde as extremidades dos bragos externas até aos espordes de apoio da ancoragem. As varidveis de forgas por nés empregadas nos aparelhos de agio antero-posterior sio as seguintes: forgas suaves (50 a 250 gramas), para movimentos ortodénticos e, forgas médias (400 a 500 gramas), para movimentos ortodénticos © resultantes ortopédicas. Nos aparelhos de ago postero-anterior (tragdo reversa da maxila) ocupamos forgas intensas (600 a 1000 gramas). A cfetividade dos aparelhos est condicionads & maturidade Ossca do paciente, © seus efeitos ortodGnticos ou ortopédicos sdo mais expressivos em pacientes jovens, com o potencial de crescimento e desenvolvimento signiticativo. Nos adultos, contudo, devido ao menor potencial de desenvolvimento significativo, nao ¢ possivel superestimar estas resultantes. Intensidade das Forcas Extrabucais As forcas podem ser conseguidas através de dois métodos distintos: através do uso de elasticos extrabucais (Fig. 138) ou com o uso de correntes metilicas (Fig. 139). Ambos devem ser enlacados € distendidos desde 0 espordo das ancoragens até as extremidades dos bragos extenos dos aparelhos, A intensidade das forgas requeridas através de elisticos varia de acordo com a exigencia do tratamento proposto e, para aplicé-las convenientemente, deve-se encontrar a forca ideal elegendo 0 elistico de calibre e tamanho adequado ou, ainda, langar mio de outros recursos como: promover maior ou menor abertura dos bragos externos em relagdo A face do paciente, © que permite distender mais ou menos 0 elistico que, por sua vez, promoverd uma forga de maior ou menor intensidade. Como uso de correntes metilicas, os bragos externos devem estar mais abertos em relagao & face do paciente, Ao enlagar as correntes dos espordes is extremidades dos bragos externos, clas promovem uma convergéncia dos bragos externos em relagéo a face exercendo, assim, a forgade tragao. Este método €maisindicado em pacientes mesofaciais com o potencial de crescimento e desenvolvimento craniofacial significativo. As resultantes destes dois métodos poderio ser ortodénticas ou ortopédicas, caso se utilize forcas suaves ou médias, respectivamente. Fig. 138A ima ‘gem demousire © uiso de elistico distendido dobra gnextemasogan chodasncoragem carved Capitulo 10: Ancoragens e Tragdes Fig. 189A ima gem demonsite.o two de sorrento Fi ‘gande 0 braga ex- Terpoao gancho da ancoragen cervical. Duragéo das Forgas Extrabucais Inicialmente sio requeridas 8 horas diarias de uso continuo do aparelho extrabucal, durante uma semana, para que haja uma adaptagdo do paciente no convivio com 0 aparelho. Posteriormente, sio requeridas 14 a 16 horasidia ou 24 horasidia. Estes periodos so deierminados de acordo com a quantidade de relagio molar a ser corrigida, O uso do aparelho extrabucal deve ser continuo, prioritariamente no perfodo de sono, quando a dimensdo vertical permanece cam a oclusio desobstruida e normalmente ha uma cooperacio exemplar por parte do paciente, favorecendo a ago do aparelho. Sintomatologia e Efeitos Clinicos E importante ressaltar que a corre¢ao da relacao molar em pacientes mesofaciais cu braquifaciais, que estejam em franco desenvolvimento craniofacial, § aleangada através do seguinte: 4) Distalizagio dos primeiros molares superiores, 4) Contengao do vetor de crescimento anterior da maxila; ¢) Deslocamento anterior do arco dentério inferior promovide pelo crescimentoedesenvolvimento mandibular. Na fase inicial do uso do aparelho, o paciente sente um ligeiro desconforto na regia dos molares, que desaparece cerea de 3 a 4 dias depois. A efetividade (distalizagdio dos molares) do uso do aparclho éreconhecida quantificada clinicamente a cada reconsulta, quando a relaydo molar deve ser comparada com 0 modelo da documentacdo ortodOntica inicial. No perfodo em que forem sendo exercidas forcas, 05 molares apresentario pequena mobilidade. © uso de uma placa transitéria de levantamento de mordida pode ser indicado em pacientes mesofeciais ow braquifuciais portadores de mordida profunda, para liberar os contatos oclusais © promover maior efetividade na distalizagdo dos molares. O uso da placa transitéria permite, também, a vertical anterior extruso dentoalveolar dos molares, auxiliando na correedo da dimensi 305 306 Cabrera & Cabrere A relacdo molar ideal obtida pode ser preservada com 0 uso do aparelho extrabucal durante 0 periodo notumo (10 horas), ow através do uso de uma placa de ancoragem posterior com grampos circunferenciais em mesial aos molares (ver Figs. 9 e 10). Segundo afirmou Posen”: "0 que parece ser um perfil facial agradavel e harmonieso aos 13 anos, pode esiar radicalmente alterado aos 18 anos de idade". O uso prolongado do aparelho de tragdo extrabucal em pacientes em franco desenvolvimento craniofacial poderd alterar ainda mais o perfil nesta faixa etdria. O aparelho promove uma contencao nos vetores anteriores da maxila ¢, com o dinamico crescimento do mento e do perfil do tecido mole, em especial do tecido mole nasal, poderd resultar em ‘um perfil com destaque nasal ¢ ldbios hipoténicos, denotando ums aparéncia senil Centro de Resisténcia ‘Ao aplicar uma forga em um elemento dentirio a fim de movimenti-lo, este devera se mover obedecendo 0 sentido no qual a forga foi aplicada, Os clementos dentérios possuem estruturas anatémicas semelhantes entre os individuos, mas as condigées locais podem variar amplamente, Os elementos dentérios possuem um centro de resistencia as ages ortodénticas. E impossivel precisar individualmente sua localizagio, embora como referéneia anatémica possamos considerar que em dentes unirradiculares 0 centro de resistSncia encontra-se no longo eixo do dente, aproximadamente entre 0 tergo cervical e 0 tergo médio da raiz e, em dentes com mais de uma raiz, na regidio da furea. ‘A resultante de uma forca incidindo sobre o centro de resisténcia do molar, promove um movimento de corpo: incidindo mais apicalmente, a acio seri de distalizagao da raiz com intrusdo dentoalveolar e, se incidir mais oclusalmente ao centro de resisténcia, haveré distaliza¢io do molar com extrusio dentealveolac. Actes e Resuliantes Para fins didaticos elaboramos imagens indicando resultantes promovidas pelos movimentos dos molares quando empregados diferentes tipos de ancoragens: baixa, média ¢ alta, combinades com as, variagdes implemeatadas nos brages extemos dos aparclhos (alta - azul , média - verdes baixa - laranja) Para melhor interpretacio das resultantes as imagens possuem distalmente aos molares setas © pequenas esferas coloridas; onde as esferas azuis, verdes e laranjas respectivamente correspondem a tragdo alta, média e baixa , Igualmente as setas indicam as variagSes angulares implementadas nos bragos, cxtemos dos aparelhos. As linhas brancas horizontais demarcam o plane oclusal, enquanto as brancas vertivais demarcam o longo eixo dos molares antes da movimentag. As linhas coloridas correspondem {is setas e indicam o plano oclusal apés o movimento efetuado, enquanto que as linhas coleridas verticais indicam 0 longo eixo dos molares aps a movimentagio. As imagens a seguir visam tinica c exclusivamente promover um apoio didatico. Os vetores descritos nao deverio ser tomados como referencias absolutas, pois as variagdes morfofisiolbgicas apresentadas pelos pacientes poderio nao corresponder aos efeitos desejados. Figs 0,141 142 As imagens intoncionam: emnonstrar a resultante promovida quando emprepado o aparetho om de tra gfoaka com va a e baixa, implementadas nos bragos externas Capitate 10: sncoragens & 307 408 Catrera & Catrera Figs. 143, 1446145 As imagens intencionam demonstrararesultantepromovida uanso em: progedo o aparelho de ancoragem de tage média vom variagdes engulares ata, média € baice,implementadas nos bragosenternos dos pares. Figs. 146 1476148 Asimagens intencionam demonstrar a tesultante promovida quando empregndooaparelhe de anseragom dorado babxa com variagoes angulares alte, médiac baixa,implementadar nos brago:extemes ds aparsihos, Capituio 19: Ancoragens e Tragoes 309 310 Cabrera & Cabrera Compasso Octusal ‘Se observarmos em norma lateral um paciente em desoclusio, observaremos duas linhas imagindrias ‘que passam pelas superficies oclusais do arco superior c inferior, converginde posteriormente (regidio dos molares superiores com os inferiores) e divergindo anteriormente (regido incisal dos incisivos superiores com cs inferiores), assemethando-se ao mecanismo de um compasso, A medida que 0 molar superior for distalizado e tocar a linha oclusal inferior ira promover a abertura anterior (aberiura do compasso), sendo tanto maior este efeito quanto maior sua distalizacio. Pormelhor que possam serconduzido os movimentos de distalizacdo dos molares superiores, quer com tracdo cervical ou baixa, occipital ou média, parietal ou alta, ou variando a disposigao dos bragos extemos: dos aparelhos, as resultantes irdo promover um pequeno aumento na dimensio vertical anterior pelas extrus6es dentoalveolares ou pela abertura do compasso oclusal. Em pacientes braquifaciais ¢ ou mesofaciais portadores de mordidas profundas, a distalizacao dos molares ¢ conseqiiente abertura do compasso oclusal ird beneficiar na correedo da dimensio vertical anterior. Em pacientes dolicofaciais portadores de mordidas topo a topo ou abertas estas resultantes ndo sto recomendadas, pois a abertura do compasso oclusal poderia exacerbar ainda mais a dimensio vertical anterior. Considerando as varidveis no emprego das trades de ago Antero-posterior ¢ suas resultantes recomenda-se_as seguintes opcdes para cada caso’ cientebraquifacial portador de dimenséo verticl anterior baixa(mordia profunda) -Apareiho deancoragem (ou rapdo) cervical oubaixa “As resullantes promovidas por sete de tragioe suas combinagSes comm as variages possiveis nas angulaySes ‘dos braces externos dos aparelhos poderdo ser vistas nas imagers 146, 148 Placa tansitiria de levantamento de mordida para liberagio do contato cclusal dosmolares. Comaliberagdo 4o contato oclusalhaverd uma maior efetividade da extrusio dentoalveolar eos melares aumentam a éimensio vertical anterior (aborturade compas aclusal) Pacientemesofacial ortedordedimensio vertical anterior regula (guia incisal normal) oubsisa ordi profunda} -Aparelho éeancoragom (ou taso)occipital ums, As resuliantes promovidas por este tipo de tracdoe suas combinacBes comm as variages possveis nas angulacdes dos brajos extern dos aparethos poderdo ser vistas nas imagens 143 145. -Estaindicaciopromove umacxtrusio deatoalveclar parcial na distal do molar superior que, xo tecara linha do ‘compa:se ociusalinfeior, limita parcialmente aextrusio dentoalveolar,ndo obstante, imedide que omolar Aistaliza,ocompasso oclusal breanterionment, uxiliandona corecdo dadimensio vertical anterior. | __Pacientedolicofacial portador dedimensio vertical anterioralta(mordiatopoatopo ou diseretamente aberta) -Apareiho deancoragem (ou tra) parietalowalta, As resultantes promevidas por ese tipe de tragioe suas combinagSes com as variag es possveis nas angulagées ‘dos bragos externos dos aarelhos podero ser vistas nas imagers 140. 142. Esaaplicagio promove uma discret ousfetivaintrusio dentoalveolar dos molaressuperiores proporsionande acorre¢3> da dimensao vertical anterior, A cooperagio do paciente no uso do aparelho pode serprejudicada por um juizo estétien desmotivante. ‘Obs: Emboraactervidade sen satisfatira como empregodosdiversesposdeanconigem, nospacientesjovensnem sempre o€xitoéconseguiso, pois cocperasio quante ao uso das ancoragens alias emcias so lmitadas devid ascu desmotivant efit entitic, Nests casos ror s¢ As ameoragensbainas, deve ser corsideradsapossbilidsde de complementigioatravés de cinugia nognitca noseasos extern. Variacies Simétricas e Assimétricas Uma importante varidvel a ser considerada na utilizagdo das ancoragens extrabucais ¢ 0 emprego de forgas simétricas e assimétricas. Para corrigir uma relago molar Classe II, quantitativamente igual nos molares direito e esquerdo, sdo utilizadasardes simérricas de ancoragem extrabucal. A distincia entre a extremidade do brago externo e a almofada de apoio cervical da ancoragem deve ser simétrica nos dois lados, a fim de proporcionar uma resultante de magnitude bragos externos distribuidos simetricamente & face beagos extemes distibuid Capitulo 10: 4 igualmente sim ica sobre os molares (Fig. 149). Se, contudo, a relagdo molar Classe I for quantitativamente de: gual, £., apresentar uma relagdio Classe II maior em um dos lados, so requeridas ages assimérricas de ancoragem extrabucal, exercendo maior intensidade de forga no lado que requer maior corregdo, até que se igualem bilateralmente as discrepancias, quando entdo serdo obtidos os pardmetios de aplicacao de forgas simétricas. Em nossa pratica clinica, utilizamos alternativamente duas ‘opcodes distintas de aplicacao de forgas assimétricas, através da ancoragem extrabucal do molar Classe na maior forga al deslizante (Fig. |50). A distincia da extremidade do brago externo com a ancoragem, maior em 1. Lima opeio preferencial de aplic: Il assimétrica, ¢ abrir mais o brago externo do aparetho do lado em que se pretende v o do aparelho extrabucal para corrigir a rel unil um dos lados, exere: deslizante unilateral e, conseqiientemente, movimentos assimétricos. 2 Em casos de relagio molar Classe It unilateral, Z¢., Classe II de um lado e Classe I ideal do outro, € possivel utilizar aparethos de anco \geM ou tragdes extrabucais assimétricas ¢ estiticas da seguinte maneira; 0 brago externo do aparelho € simetricamente distribuido na face, porém, no lado em que se objetiva a comesdo da discrepancia molar Classe If sio colocados eldsticos para exercer uma forga eslizante unilateral (Fig. 151). No lado oposto, onde se int ideal, a exiremidade do arco externo do aparelho extrabucal € unida 20 apoio cervical com o auxilio de um elemento estitico (corrente metallica ou similar) (Fig. 152). Entretanto, caso a relacdo assimétrica seja corrigida para uma relacio simétrica e ainda haja Classe Il, segue-se indicando 0 uso de forga céntrica, 1a preservara ancoragem ¢ a relagdo Classe 31 A imagem demonstra por vista inferior 0 aparelbo com 08 Fig. 19) A imagem demonstra por vista inferior o sparctho com os 312 Cabrera & Cabrera ig. 1852138 Asimagens cm norma Intra, ocluslc seus espestivos closes demonsram acfetividade nocmprego do aparebo de tro exrabucal itulo 10: Ancoragens e Traydes Teoria das dez horas Uma das contribuigdes mais significativas para a mecanoterapia ortodéntica advém do conceito de Andrews? denominado " Teoria das 10 horas ". Neste conceito o autor defende algumas hipSteses: Ao imprimir uma forga com o intuito de prover 2 movimentagio ortodéntica, os osteoclastos responsiveis pela reabsorgdo e os osteoblastos responsivels pela aposigdo, s6 promoverio condigdes para a movimentagdo a partir de 10 horas de uso continuo da forga. Interrompendo-se a forga, cessa-se imediatamente 0 efeito desejado (movimento). Apds um periodo de aproximadamente de 30 minutos de repouso, digo suspensa a forga , serd necessitio 0 emprego de mais 10 horas de forga continua para que se reinicic a_movimentagdo ortodéntica. Admitindo-sc estas hipdteses podemos concluir que: a)- Se 0 uso do aparelho de tragio extrabucal for empregado continuamente 24 horas/dia & tivermos a movimentado de distalizagio do molares em aproximadamente 1 milimetro em 1 més, concluizemos que s¢ o aparetho for usado continuamente 14 horas/dia teremes 10 horas para que se erie condigdes para se iniciar os movimentos ¢ 4 horas com condigdes de movimentos efetivos. Conseqiientemente, se 4 horas corresponde a 1/6 de 24 horas, uso continuo de 14 horas/dia promovera a distalizacdio de apenas 1 milimetro em 6 meses. b)- Os clésticos interarcos horizontais quando usados distendidos quer no sentido de Classe [1 ou IIT promovem ums aco igual ¢ contrdria aos locais onde foram atados (reciprocidade). Geralmente 0 ortodontista ao empregar estes elisticos intenciona ago (movimentos) em apenas uma das extremidades dos elasticos (favordvel). Entretanto, a outra extremidade promove uma acdo igual e contraia (desfavo- rével). Para anular esta resultante desfavorivel, 0 ortodontista tem que adicionalmente langar mao de outros dispositivos que anulem a reciprocidade desfavoravel, entretanto, se um elemento dentirio s6 movimentara apds receber agdes superiores a 10 horas continuamente, entio poderemos oeup4-los como ancoragens (estagdes nio reciprocas) usando para apoiar elasticos interarcos horizontais, porém por um periodo inferior a 10 horas. Um exemplo clinico que se pode dar baseado no conceito da "Teoria das 10 horas" & 0 beneficio que se tem na redugdio do periodo de uso do aparelho de ancoragem ou tragdo extrabucal (uso de somente 8 horas por dia) interealando-o com uso de elasticos interarcos horizontais (Classe IT) Nos fireqiientes casos de Classe If, usamos 2 fases, sendo que em cada fase usamos trés estégios distintos a cada 24 horas. 1* FASE - Distalizagao dos 1° molares. Esta fase 6 dividida em 3 estigios distintos:- I* Estigio - 8 HORAS - (das 23 4s 7 Horas) - Uso do aparelho de tragdo extrabucal 8 horas a noite para dormir proporeiona & horas de agdo continua nos 1 molares superiores (Fig. 161). 2: Estigio- § HORAS- (das 74s 15 Horas) -Elésticosinterarcos horizontais (Classe II) 8 horas, distendidos bilateralmente desde os ganchos dos primeiros molares inferiores aos ganchos dos cursares posicionados bilateralmente no arco superior (Fig. 162). As forgas promovidas nos cursores transferem- se para os primeiros molares superiores perfazendo agora 16 horas continuas (8 horas do 1° Estagio + 8 horas deste 28estigio) e somente 8 horas nos 1* molares inferiores (estago ndo reciproca / ancoragem).. 3 Estigio - 8 HORAS -(das 15 4s 23 Horas) - Elisticos interarcos (Classe II) 8 horas, distendidos bilateralmente desde os ganchos dos 2 molares inferiores aos cursores posicionados bilateralmente no arco superior (Fig. 163). As Forgas promovidas nos cursores transferem-se para os 1°*molares superiores perfazendo agora 24 horas continuas (8 horas do 1° Estigio + 8 horas do 2° Estagio + 8 horas deste 3° Estigio) ¢ somente 8 horas nos 2* molares inferiores (estado no reciproca / ancoragem). 313 -_ 314 Cabrera & Cabrera © emprego desta altemativa mecinica nesta I fase em seus 3 estigios, proporciona a distalizagio dos 1% molares superiores ea obtengao da relagio molar de Classe |; geralmente promovendo diastemas nas regides dos pré-molares. Observacdo: 0s horérios de uso aqui mencionados sio referenciais, entretanto o profissional deverd adequar estes periodos de acordo com a rotina diaria do paciente. 2FASI Reducio de Diastema e Overject. Em uma 2'fase colamos os braquetes nos pré-molares superiores¢ usamos arcos de diferentes calibres para promoverem nivelamento e alinhamento; estes arcos sero trocados a cada retorno e deverao possuir ganchos soldados bilateralmente entre as regides distais de incisivos laterais e mesiais de caninos, Durante o periodo de nivelamento usamos elisticos interarcos horizontais (Classe II) assoviado a0 uso de ancoragem Extrabueal em intervalos de 8 horas em 3 distintos estégios: J* Estigio - 8 HORAS - (das 23 as 7 Horas) - O uso de ancoragem extrabucal associado ao uso e elisticos bilaterais distendidos desde os ganchos dos tubos dos 1°*molares superiores até aos ganchos os arcos ortodnticos superiores (Fig. 164), Estes elasticos proporcionam neste periodo 8 horas continuas cago anterior para redugao do overjet c/ou redugao dos diastemas e enquanto que as & horas posteriores (¢stagdo no reciproca / ancoragem) serdo anuladas pelo uso da ancoragem extrabucal 2° Extdgio - 8 HORAS - (day 7 ay 15. Horas) - Elasticos interarcos (Classe II) distendidos bilatcramente desde os ganchos dos 1* molares inferiores até aos ganchos dos arcos ortodénticos superiores (Fig. 165). Estes eldsticos proporcionam neste periodo 16 horas continuas de ago anterior (Shoras do 1*Estégio ~ 8 horas deste 2* Estigio) € somente 8 horas posterior nos 1 molares inferiores (estac&o nao reciproca / ancoragem). 3 Estiigio - § HORAS - (das 15 8 23 Horas) - Elisticos interarcos (Classe 11) distendidos bilateralmente desde os ganchos dos 2© molares inferiores até aos ganchos dos arcos ortodenticos superiores (Fig. 166). Estes elastics proporeionam neste periodo 24 horas continuas de ago anterior (8 horas do 1° Estigio + 8 horas do 2° Estgio + & horas deste 3° Estigio) e somente 8 horas posterior nos 2% molares inferiores (estago no reciproca / ancoragem). As ilustragdes a seguir demostram a aplicagio clinica da Teoria das 10 hor: Figs.1$9 ¢ 160 As imagens demonstram respectivamente um caso tipico de clase Il e seu nivelament. Capitulo 10: Ancoragens e Pragdes 315 Teoria das 10 horas - Estagios de Aplicacio 18 FASE (rip. 161, 192 © 103) 22 BASE cigs. 104, 165 © 166) ' 316 Cabrera & Cabrera Distalizadores Intrabucais (Jones Jig e Magnetos) Distalizadores Jones Jig Consideragies Gerais Muitos ortodontistas sentem-se incapazes e frustrados na execucdo de alguns planejamentos ortodénticos devido a ndo cooperacdo do paciente no uso dos aparelhos de ancoragens extrabucais. Embora esses aparelhos tenham comprovadamente demonsirado serem efetivos na distalizacto dos molares superiores, bem como na contengao de vetores anteriores de crescimento e desenvolvimento da maxila, a falta de conscientizagao da necessidade em usar estes aparelhos quando indicado, tem comprometido 0 resultado de muitos tratamentos ortodénticos Desenvolvido por Richard D. Jones, os aparelhos “Jones Jig” de uso intrabucal, tem se mostrado efetivo na distalizag3o dos molares superiores, podendo substituir satisfatoriamente tragdes extrabucais quando estas so usadas com as mesmas finalidades, ou seja, promover movimentos exclusivamente dentarios. Entretanto, advertimos que estes aparelhos no substituem por completo os aparelhos de ancoragens extrabucais, pois obviamente nio proporcionam resultantes ortopédicas. A aplicago deste aparelho exige a presenga do botio de Nance modificado como ancoragem para 6s dentes anteriores aos molares que serao distalizades. O aparclho sera adaptado lateralmente ao arco dentirio superior na regido dos molares € pré-molares, apoiando no botie de Nance (elemento de ancoragem), enquanto scu apoio posterior seri nos tubos duplos das bandas dos primeiros molares superiores (elementos a serem distalizados). Caracteristicas dos aparethos Jones Jig Para fins didaticos, enumeramos cada parte do aparelho para uma melhor explicagio quanto & sua colocagao e ativagao, ii 3 oe me = crm gy | Buiremidade caudal grossa de calibre 0.9 mm a ser introduzido ao tubo redondo .045" do. molar superior. 2- Exremidade caudal fina ée calibre 0.5 mm a ser introduzide no slot 022" x 028". 3- Garicho para fixagd0 do aparelho. Deve ser ligado ao gancho do tubo molar. 4- Braco de extensdo anterior para recede a mola de nique! tténio, 5--Mola de secgio aberta localizada no centro do brago ¢€ fechada nas extremidades (nique tino). 6- Presitha para retensd0 da mola ¢ fxayo de amarstho para ativasdo. 7 Contorno anterior do braco para retenga da presiha. A seguir descreveremos uma seqtiéncia explicando a confeccdo do botdo de Nance modificado, adaptacdo, fixacdo, ativacdo, remocéo e controle dos aparethos Jones Jig. Os primeiros molares superiores deverdo estar previamente bandados com tubos duplos soldados as bandas. Preferencialmente usamos 0 tubo tedondo voltado para a cervical, com a finalidade de evitar eventuais extrusdes dentoalveolares. Alguns tubos duplos para molares ossulem um stop na sua porcdo distal, nestes tubos sdo necessérios remogao previa dos stops para que haja uma perfeita adaptagao do aparelho. Capitulo 10: Anconagens ¢ Tragies Confecsao do botio de Nance modificado (Elemento de a pragem) = Sepavasdo interproximal dos segundos pré-molares superiores ou eventualmente os segundos ‘molares deciduos superiares; adaptacio das bandas e soldagem por vestibular dos acessdrios de fixacao (braquetes ou botdes) que serviré de local de amarra quando da fixegio do aparelho, - Moldamos 0 arco dentirio superior com as bandas previamente adaptadas aos pré-molares. Obtida a moldagem, removemos as bandas e as transferimos para a moldagem. Em seguida ‘Vazamos © molde em gesso para a obtengdo de um modelo fiel =De posse do modelo com as bandas fixas confeccionamos 0 botdo de Nance: 2) Um segmento de fio de ago de calibre 0.8 ou 0.9mm deveri ser contornado desde a porcio palatina do segundo pré-molar superior direito, contornando a regio anterior do palato cestendendo-se a até mesma regio do lado oposto »)Soldamos ofio deagodporeao palatina dasbandas. Em s=guida,colocamosacrilicoauto polimerizivelna porgio anterior de fiopara confecgiodo botio acrlico, Este botdo dever’assentar- se na porgiio ntero-superior do palato duro, sem que toque anteriommente a regio da pepile dos incisivos superiorese lateralmente a dos caninos primeires pré-molares superiores, posteriorments « actilico ndo deverd estender-se além da parte mais ascendente do palato; ¢) Fazemosacabamento e polimento do aparelho quando entio, este esté pronto para ser finado na cavidade bucel, Adaptagie do aparelho Como auxilio de um alieate 139 introduzimos simultaneamente aextremidade caudal grossa (1) notubo redondo ¢ @ extremidade caudal fina (2) no slot 022" x 028" do molar superior. Est procedimento visa adaptar inicalmente as extremidades, visto que nem todos os tubos duplos io compativeis com as exiremidlales caudais do Jones Jig. Apds este ajuste 0 aparelho sera retirado para entio dar continuidade aos préximos passos. - Através de modelos outendocome pardmetroa propriaboca dopacientee com auxilio éoaticate {delarose damos eoaformidade ao bragode extensio anterior (4) demodo acontornarregularmente 9 perimetro lateral externo do arco dentério (regio de molar, pré-molares e eventuaimente canino). = A mola de niquel titinio (5) deverd ser encaixada no braco de extensio anterior (4) = Em seguida & encaixada a presilha de retengto (6), -Comalicate 139dobramos cervicalmentea extreridade anterior dobrago de extensdo (7) sem deixar qualquer pona waumatizante; esta dobra tem a finalidade de conter a presiha (6) ¢ a mola (5). Fixagae = Como eparelhe devidamente conformado, encaixamos as extremidades caudais(11e2) no tubo ddo molar: grossa no tubo redondo e a fina no slot .022* x .028" = Com ume ligadura de calibre .010" amarramos o gancho de fixagdo (3) ao gancho do tube do molar, a extremidade caudal (scstante do emarrilho) deverd ser cortada e dobrada canveniente ‘mente para que no haja qualquer traumatismo na mucosa adjacente. BIT Ativacto Z | | | - Em seguica uma ligadura de calibre 00" (0,25mm) devera ser amartada aoacessério (braquete bu bolo) previamente soldedo is bandas, sendo distendida até. ao orificio de fnagio da presilba (©) com auxilio de condutor e pinga mathié promovemos a torcedura da ligadura, 0 que . proporciana a ativacio propriamente dita. Por esta acdo a pesilha (6) desliza por sobre o braco de exiensto anterior 4) comprimindo a mola de nigueltitinio (5) promoxendo a ativagdo do aparelho. Poradoxalmente intensdade de forgasliberadas nas ancoragens extrabucais,onde S80 aplicadas forgas que podem variar de 400 a 500 gramas para a distalizagdo dos molares; nos . distalizadores “Jones lig" sio ocupadas forgasextremamente suaves. A mola deseceao aberta de nique! titanioibera foreasque variam 7075 gramas quandoeste sto comprimidas de 1a Sm, De mancire geral, quando ativamnos a mola, temos imprimindo uma forge que varia de 50 a 55 arama; forgasestesaferidas através de dinarnémetrosdeprecisio, Essa fora coresponde a uma ativagdo de cerea de 1/3 do tamanio da parte aberta da mola Fig. 168 A imagem demonstra 0 distalizador Jones Jig ati- vado, coma mola compri i 1/3 do sou tamenhe o nal. O desenho demonstra a ‘mola totalmente ativada,o gue rio € aconsethado, 319 10: Ancoragens e Tra © periodo de avaliacao do paciente em nossa clinica varia de 3 a 4 semanas. A resposta quanto a ativacdo tem-se mostrado disereta nos primeiros 21 dias, passando a significante aps este periodo. A cada reconsulta 0 aparelho deverd ser avaliado e ativado. Por trabalharmos rotineiramente com as ancoragens extrabucais, aqueles que experimentam 0 uso destes aparelhos no aceitam de pronto a idéia de que tao pouca forca fard a distalizagao dos molares ¢ por vezes sentem-se insatisfeitos nos primeiros 21 dias. Em decorréncia deste pensamento, comprimem. totalmente @ mola e, em conseqiiéneia, induzem a perda de ancoragem, ou seja, pouca distalizagao dos molares ¢ mesializagao dos elementos anteriores O paciente deverd ser orientado quanto ao tipo de alimentaeao para evitar quebra do aparelho: pois aextremidade caudal fina tem se mostrado frdgil. Remocao e Controle Cumprido 08 objetivos desejados, obviamente os aparelhos deverio ser removidos de maneira ‘posta sua colocagao. Preservacio do Molar Distalizado (Ancoragem) ‘A maneira de se preservar a ancoragem é pessoal de cada profissional, podendo ser usada placa de Hawley modificada com grampos em forma de “C” na mesial dos molares, barra transpalatina, botio de Nance com bandagem de molares, entre outros. Entretanto preferencialmente temos tido duas opcoe a) Na presenga de pequenos apinhamentos, temas montado o aparelho ortodéntico fixo e através de areas de nivelamento e alinhamento confeccionados com algas em forma de mega mesialmente aos ‘tubos molares, preservamos a ancoragem ao mesmo tempo que os apinhamentos séo dissipados para 0 local do diastema promovido pelo aparetho. b) Na auséneia de apinhamento, porém com grandes trespasse horizontal ou diante de apinhamentos severos, temos usado o mesmos fio de nivelamento ¢ alinhamento com alcas em 6megas e através de um segmento de elistico corrente ligamos do gancho do molar a aleta distal do braquete do segundo pré-molar. Esta alternativa permite preservar a ancoragem através da alca em forma de mega e distalizar 0 segundo pré-molar para o local do diastema. Lima ve conseguido este objetivo, se necessario repete-se 0 mesmo procedimento para o primeiro pré-molar. Posteriormente 0 uso de eléstico de Classe II podera colaborar com a mecénica Obs.- As consideragaes sobre o aparelho Jones Jig foram descritas a luz de nossa experiéncia pessoal na aplicagao destes aparelhos, como demonstrado nas figuras 169 a 194. Uma revisio da literatura poder melhor elucidar o pensamento do autor Fig. 169¢ 170 As imagens demonstram por vistas oclusal ¢ frontal oaparetno aplicado bilateralmente em uma paciente com 11 anos e10 meses de sds 320 Caivera & Cabrera ig. 176A imager demonstra por vista ‘oclusal a efetividade do aparclhe apés 5 -mesesed diasde use Capitulo 10: Ancoragens e Tracdes 320 178 As imagens oclusaisdemonstram a aplicago do dstaizador fones Jig promovendo uma seo unilateralem uma paciente com. Tanos lOmeses dedade zl demonstra a presenoy ds distonss 322 Cabrera & Cabrera Fig. 184A demonstra por frontal a aplicacdo do aparetho Jones Jig associndo a gra- de palatina,exja fi nalidade ¢ advertir 4 sucgdo digital em ‘uma paciente com Manos e3 meses de dade, Fig. 187A imagem fclusal demonstra a presenga de dinsic- maspromovidospela izagao dos mo- lares 2 meses ¢ 13 aps sua instal lo, entretanto com resultantes. quantita- tivamente diferentes, sendo maior 6 lado dieit. To ee Capitulo 10: Ancorazens ¢ Tragdes 323 licagio do aparelho, {quanéitativamenteiguais em uma pacients com ITanos e 3 moses de tad. Figs. 192 €193 As imagens laterais demonstram 2 iniencio om distalizaro8 segundos pré-molarcs stave de segmentor le elistica comente (rox0} atado e cistendido desde os tzanchos dos thos molares até as aletaedistsis dos braquetes los présmolares;@ arco de nivelamente e alinhamento com algas em forma de Omeva justoem mesial Ge molarescumpsi- ‘Srmporante ng napresersago de ancoragem dos melios molares. Fig. 194 4 imager por vista oclusal demonstra a argumenta- so anterior 324 Cabrera & Cabrera Distalizadores Magnetos 5 distalizadores magnetos de terras raras miniaturizados tem como objetivo, distalizar exclusi- vamente elementos dentérios (resultantes ortod6nticos). De uso intrabucal sua aplicagdo & semelhante a0 Jones Jig. Embora as forgas promovidas pelos Jones Jig sejam mecanicas promovidas pelas com- pressdes das molas, ¢ as forgas dos magnetos promovido pelas agdes magnéticas dos imiis que se repelem, a resultante de ambas so iguais ¢ variam de 50 a 170 gramas. emprego de ambos tem se mostrado efetivo, entretanto o leitor podera neste momento ques- tionar a titulo de comparacio; qual o dispositivo mais efetivo? suas vantagens e desvantagens? A im- parcialidade do julgamento requer uma aplicagao e avaliagao clinica em condigdes idénticas, visto que tais condigdes no sio possiveis clinicamente e desconhecendo trabalhos laboratoriais comparativos, estamos aplicando ambos aparelhos em um mesmo paciente, para que possamos ter uma avaliagio clinica satisfatdria quanto a0 comportamento e efetividade durante o tratamento ortodéntico. Caracteristicas dos Aparelhos Magnetos Para fins didaticos, cnumeramos cada parte do aparelho para melhor explicagao quanto a sua colocagio ¢ ativagao. 1 - Extremidede caudal fina de calibre .016" a ser introducida na canaleta do tubo do molar superior; 2 - Presilha para fixacdo ¢ ativagéo do aparetho ao botito de Nance: Trava de retengdo meciinica dos magnetos miniaturizades 4 - Magnetos miniaturizados cilindricos com polaridades iguais em contatos para promoverem a ado de repulsio. Capitule 10: Ancoragens e Tragies Considerando que ja tenha sido abordado a confeccio ¢ adaptacdo do bot de Nance modifi- cado, descreveremos uma seaiiéncia explicando a fixagao, ativacdo e remocao dos magnetos. Para aplicagio e melhor expectativa quanto a0 uso dos magnetos, os molares deverdo estar bem posicionados, ou seja, com auséncia de inclinagbes, rotagdes excessivas bem como suas ciispides de- veri estar livres de traumas com os elementos inferiores. Finasio e ativagio ; - = Atraves de alicate 139, pinga Mathié ou alieate how eurvo introduzimos no sentido intero- posieriora extremidade caudal de calibre 016" (1) na luz do tubo do primeiro molar supe- rior, de forma que os magnetos fiquem proximos (tocando a poreao mesial do tubo do I= molar superior - Bm seguida uma ligadara de calibre 010" & introdurida no orificio da presilha de fixaeao (2), € com auxilio de uma pinga mathié distendemos e Fixamos esta ligadura ao botdo previamente soldado externamente ds bandas do botdo de Nance modificado. A extremiila- de caudal do amarrilho deveri ser cortadae o restante dobrado 4 conveniéneia nia trauma- tizante dos tecidos adjacentes. = Com auxitio de um condutor ao alicate, dobramos a porgdo terminal da extremidade caudal (1) do aparetho aproximadamente 4 aS mm além da porgdo distal des tubos dos molares, Esta porydo terminal ‘ema finalidade de permitir o deslizamento do molar para distal. = Em seguide, a trava de retenglw mecinica &retirada com auxilio de sonda clinica, promo- ‘vendo assim a acto de repulstio des magneios miniaturizados tornando-0s ativos, = Remogio = Cumpridos os cbjetivos desejados, obviamente os aparelhos deverio ser removidos de ‘maneira oposta a sua colocacdo, 0 periodo de avaliagio, controle ¢ ativagao dos magnetos sio igualmente 20 dos jé citados Jones Jig. A seguir, duas situagSes serio ilustradas: 1 - Emprego de distalizador magneto em um lado ¢ do outro o distalizador Jones Jig em um mesmo paciente (Figs. 196 a 205); 2- Emprego de distalizador magneto unilateral (Figs. 206 a 217). 325 326 Cabrera & Cabrera 1 - Emprego de distalizador magneto e Jones Jig. Figs 1952205 Asimagens demonstram 0 empreyo de dlistalizador magneto em um lado ¢ do outro 0 distaliza- ddorJones Jigem um mestno pacieate, Capitulo 10: Ancoragens e Tracdes 327 528 Cabrera & Cabrera 2-Emprego de distalizador magneto unilateral. Capitule 10: Ancoragens e Tragées 329 —_— °° —— 330 Cabrera & Cabrera 2- Aparelhos Extrabucais de Acdo Péstero-Anterior (Tragdo Reversa da Maxila) NOs utilizamos os aparelhos extrabucais de protracdo maxilar com 0 escopo principal de promover co deslocamento ortopédico péstero-anterior da maxila nas dentaduras decidua, mista e permanente. Estes aparelhos tém beneficiado os pacientes nestas correpdes, o que por vezes descarta a indicagao futura de cirurgia ortognatica. A efetividade ortopédica esté condicionada 4 maturidade dssea do paciente, sendo mais efetiva nos. pacientes jovens. O aparelho extrabucal de protragdo maxilar, a rigor, deve ser utilizado imediatamente apésa disjuncio palatina, no infcio da fase de contencao. Neste momento, a agdo ortopédica de protracao toma-se mais efetiva, favorecida pelo cisalhamento da maxila em relagio as suas suturas adjacentes. Evidentemente, a disjungdo palatina corrige as discrepincias transversais das bases dsseas € as tray reversas corrigem as discrepancias esqueléticas de retroposicionamento maxilar. Ha casos, embora infreqlentes, em que a deficiéncia antero-posterior da maxi durante 0 tratamento ortodéntico, promovendo uma relacio incisal topo 2 topo ou discretamente negativa. Quando se intenciona aplicar a tragdo reversa nestes casos, & necessério que os arcos retangulares sejam dobrados bilateral ¢ distalmente aos tubos molares, a fim de conter 0 arco dentario ¢ formar um corpo iinico com a maxila, potencializando uma acio ortopédica. Utilizamos particular para desempenhar tais objetivos: Sky Hook, Mascara Facial se manifesta mente trés tipos de aparelhos disponivei e Perfil Metalico. Sky Hook: confeccionado individualmente para cada paciente. Dois fios de calibre 2,0 mm. bilateralmente percorrem desde as porgdes posteriores dos pavilhdes auriculares ¢, em descendéncia, contornam externamente 0 ramo ¢ © corpo da mandibula, pasando pelo mento € amoldando-se a uma poredo de resina acrilica. Os segmentos de fios seguem em ascendéncia anteriormente aos labios, terminando em duas hastes bilaterais que servirdo para enlacar os elésticos de protragdo. Um apoio occipito-parictal em tiras de gorgurdo, com dois botdes laterais localizados atras dos pavilhes auriculares prende as extremidades dos aparelhos. As tiras occipito-parietais estao disponiveis em varias cores e motivam a complacéneia do paciente no uso do aparetho Sky Hook (Figs. 218 a 229), Capitulo 10: Ancoragens e Tracdes 331 Figs.218,219¢220 As imagens demonstram um paciente de9 anos apresentando mordia cruzaca total ¢ mal relacionamento antero-posterior de bases bsseas com reiresio maxilar, A terapa indicoda foi disjungio palain 2 tragéo reversa da maxil, Fig. 221 A imagem demonstra 0 disjuster tipo Haas, imediatamente Fig. 222A imagem demonstra o disjutor tipo Haas ativado, com 0 pbs suz instalacso. proposito de corrigir ransvesalmemte a aesia da maxi bem como propercionar o cizalhamento das eutiras para torar efetva 2 traclo 334 Cabrera & Cabrera Mascara Facial: a mascara facial (pré-fabricada) possui uma armacao metalica que devera posicionar-se frontal 4 face do paciente, Esta possiti apoios faciais para a regido da testa e mento Anteriormente a regio bucal possui uma barra ajustivel verticalmente, que dever4 ser ajustada de forma a receber elasticos de acordo com as resultantes_vetoriais intencionadas (Figs. 230 a 232), Perfil Metslico: confeccionado individualmente para cada paciente. Consiste em dois apoios faciais em resina acrilica transparente preferencialmente flexivel, um superior apoiado na regio do osse frontal ¢ um inferior apoiado no mento. Um fio de calibre 2,0 mm deve contornar o perfil do paciente desde o apoio superior até o inferior. Hastes de apoio para enlagar os eldsticos de protragio devem ser soldados transversalmente ao perfil metdlico, ¢ anterior & cavidade bucal, a uma altura convenientemente determinada, Os aparelhos Sky Hook, Mascara Facial ¢ Perfil Me anteriormente aos lébios, onde stio enlagados elisticos intensos de protagio maxilar que sio distendidos e atados intrabucal e bilateralmente aos aparelhos fixos da maxila (geralmente disjun- tores). Devido ans efeitos estéticos distintos, os pacientes preferencialmente t¢m optado pelo uso do Perfil Metilico (Figs. 233 a 237) ico possuem apoios lecalizados Capitale 10: Ancoragen Fig.244. Perfil Metilico - vista frontal Mig. 238 287 Perf Metilico- vistas itrabs a) frontal, laterale close Interalanteiorespectiva: mente; ondese observarn 338 Cabrera & Cabrera Intensidade ¢ Duragéto das Forgas Forgas Pesadas Ortopédicas Forgas de grande magnitude (600 a 1000 g) sio requeridas para se obter efeitos ortopédicos. Particularmente ocupamos estas forgas exelusivamente nos aparelhos de protracdo maxilar, aplicados por um periodo médio de 16 horas/dia. Apés a corregdo, pode-se diminuir 0 uso para 8 horas!dia, durante aproximadamente 2 a 3 meses, como contengao dindmica, Mesmo assim, devem ser observadas as resultantes obtidas neste periodo, ie., em caso de recidiva deve-se aumentar ntimero de horas de uso do aparelho de protragZo. Mas, se contudo, 0 aparelho continuar exercendo ado resultante, deve-se diminuir o ntimero de horas/uso. O tempo de uso ideal serd determinado pela observacao clinica destas acorréncias. Agées e Resultantes Devido is distintas variagdes morfofisiolégicas da maxila nos individuos braquifaciais, meso- faciais e dolicofaciais, torna-se impossivel precisar o centro de resisténcia da maxila. Didaticamente, contudo, é possivel determinar a direa do suporte zigomético como referéncia do centro de resistencia ‘maxilar, Durante o emprego da trago reversa, o disjuntor palatino necessariamente deverd estar fixo na maxila. Dois pontos de apoio anteriores ¢ dois posteriores permitirio enlacar e distender eldsticos pesados, até 0 apoio anterior dos aparelhos de protragio maxilar. Para que sejam efetivadas as resultantes, estes clisticos poderio ser ligados posterior ¢ bilateralmente aos ganchos dos tubos molares ou anterior ¢ bilateralmente aos_ganchos previamente confeccionades 4 altura dos eaninos. As diferentes opgdes promovem efeitos distintos: quando ligados & porgdo posterior da maxila nos garchos dos tubos molares, os clisticos promovem um efeito rotacional no sentido anti-hordrio, © que poder beneficiar os pacientes braquifaciais ou meso aciais portadores de mordida profunda; por outro lado, este efeito torna-se adverso nos pacientes dolicofaciais portadores de mordida topo a topo ou aberias, promovendo um aumento na dimensdo vertical anterior. Para minimizar este efeito adverso € indicado 0 enlacamento dos elasticos intrabucais de protracdo maxilar nos ganchos anteriores localizados 4 altura das eaninos. O uso de elasticos na regiao mais anterior promove uma resultante mais horizontalizada, com discreto efeito rotacional no sentido horario. Oemprego de tragio reversa sem disjungao palatina é de rara indicagao. F aconselhado somente ‘nos casos em que exista uma discreta relagao de Classe III, geralmente dentéria com mordida topo a topo anterior, em pacientes jovens sem antecedentes genéticos familiares de Classe III. Nestes easos requer-se dobras nos arcos retangulares, bilateral ¢ distal mente aos tubos molares. Estas dobras sio requeridas com 0 escopo de conter 0 arco dentirio, formando um corpo tinico com a maxila e permitindo uma agaio ortopédica, uma vez tracionada. Se forem requeridas resultantes no sentido anti- hordrio, € necessério enlagar os clisticos intrabucais de protragie no gancho dos tubos molares. Entretanto, se o profissional desejar uma resultante mais horizontalizada ou com disercto efeito rotacional no sentido horicio, as elstivos devem ser enlagados em ganchos previamente soldados aos arcos retangulares, entre a distal de lateral € mesial de canines, bilatcralmente. i i errr mmm Aa

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