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Escritor inglês, cuja identidade se pensa corresponder à de

um Thomas Malory, de Newbold Revell, no Warwickshire.


As raízes da sua família remontavam a muitos séculos nas
Midlands inglesas.
Filho de um proprietário rural, John Malory, bailio, xerife e
membro do parlamento, e de Philippa Chetwynd, são
escassos os indícios sobre a sua infância. Sabe-se que
teria três irmãs e que teria nascido provavelmente em
1416.

Tendo servido de escudeiro a Richard Beauchamp, o


Conde de Warwick, viria a ser armado cavaleiro em 1442.
Eleito membro do Parlamento inglês em 1445, teria tido
algumas complicações com o priorado, no âmbito
da Guerra das Rosas, que resultariam no seu
encarceramento na Torre de Londres, em 1451.

Suspeita-se que a sua natureza seria a de um homem


violento, e que teria cometido inúmeros crimes, como
extorsão, latrocínio, homicídio e violações sucessivas.

Aprisionado inúmeras vezes, outras tantas se teria evadido,


em circunstâncias que conferem à sua vida o signo do
aventureiro incorrigível.
Assim, antes daquilo que seria reconhecido como uma
mudança radical na vida do cavaleiro, conta-se que Malory
teria, juntamente com vinte e seis outros homens armados,
feito uma emboscada ao Duque de Buckingham (a 4 de
janeiro de 1450), alegadamente violado duas mulheres e
extorquido somas de dinheiro, sob ameaças, a indivíduos
de Monks Kirby.
Tendo sido aprisionado, não sem uma miríade de
peripécias, evadiu-se, atravessando o fosso do castelo a
nado. Cometendo nova série de desacatos e assaltos, seria
finalmente encarcerado na Torre de Londres, onde
aguardaria, em vão e durante oito longos anos, um
julgamento.
Teria sido no cativeiro que Malory teria criado a sua versão
do ciclo arturiano, que havia intitulado The Book of King
Arthur and His Noble Knights of the Round Table, e que, ao
ser impresso por Caxton em 1485, tomaria o nome
definitivo de Le Morte d'Arthur.
É a última obra medieval da lenda arturiana, tendo-se
notabilizado sobretudo pela excelente narrativa dramática e
pela beleza da linguagem ritmada e simples, constituindo
uma fonte clássica para versões posteriores da mesma
lenda.

Finalmente solto, em outubro de 1470, pela fação de


Lencastre, libertar-se-ia do mundo apenas cinco meses
depois, a 14 de março de 1471.
Apresentação Artistíca:

Cantiga de Amor:

A dona que eu amo e tenho por Senhor


amostra-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.

A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus


e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.

Essa que Vós fezestes melhor parecer


de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
se non dade-me-a morte.

A Deus, que me-a fizestes mais amar,


mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte.

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