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Leones Gerdrum

Caput Annexus
III

Manual de Segurança
Grão-Mestre Leones Gerdrum

Ordem Brasileira de Taumaturgia

Manual de Segurança

Manutenção das Ferramentas

Escrito e editado por


Grão-Mestre Leones Gerdrum

Primeira Edição em Dezembro de 2020

Para os membros da Ordem Brasileira de Taumaturgia

Todos os Direitos Reservados a Ordem Brasileira de Taumaturgia.


Sobre o Fogo em Geral

Primeiramente devemos nos atentar ao potencial destrutivo do fogo. Uma


chama livre é capaz de destruir uma casa de forma irreversível em poucas horas.
O primeiro cuidado a se tomar é afastar da chama qualquer objeto
potencialmente infamável, como desodorantes e inseticidas aerossóis, tecidos
sintéticos, plásticos e papéis.

O fogo deve ser aceso sempre sobre superfícies de pedra, metal ou vidro,
pois no caso do recipiente contentor desta chama perder estabilidade e cair, o
primeiro contato será com um material sem risco de incandescer.

O fogo deve ser aceso sempre abaixo da linha dos olhos. Acender uma
chama em superfícies altas é um enorme risco pois, além da caloria poder
derreter ou incendiar fações elétricas e forrações de teto feitas de madeira ou de
PVC, caso o recipiente contentor desta chama perder estabilidade e cair, fca
totalmente imprevisível o seu local de queda.

Sobre as Velas

As velas fnas têm uma estabilidade problemática e caem com facilidade,


motivo pelo qual recomendamos que sejam acesas dentro de recipientes altos o
sufciente para que, caso caiam, não deitem. O mais adequado para elas seria o
uso de candelabros ou xícaras de louça.

O suporte utilizado para conter a vela deve ser sempre mais pesado que
ela, o que evitará o tombamento e o consequente acidente.
Alguns materiais como pratos e pires de louça não devem ser utilizados,
pois, ao cair deles, as velas podem rolar em direção a algo infamável e iniciar
uma tragédia.

Caso haja a intenção de deixar uma vela acesa longe de supervisão


humana, o mais recomendado é que esta vela fque dentro do forno de um
fogão. O local é feito para suportar altas temperaturas e por ser fechado, é
impossível que a chama se espalhe para fora dele em caso de tombamento.

As velas jamais devem ser deixadas acesas sem supervisão humana caso
estejam em espaço desprotegido.

Sobre o Caldeirão

O fogo do caldeirão fca contido na câmara interna e pode crescer


verticalmente, mas não horizontalmente. Desta forma, é ideal que se mantenha o
caldeirão a aproximadamente um metro e meio de distância do teto, no mínimo.

O caldeirão tem suportes que o mantém afastado da superfície onde ele é


colocado. Isso não impede que materiais que estejam abaixo dele sejam afetados
pelo calor, portanto, deve-se evitar acender o caldeirão em cima de tecidos
sintéticos, de plásticos ou de vidros, devendo ser aceso sobre mármore, pedra,
madeira de boa qualidade ou diretamente no solo.

Alguns materiais podem pular para fora do caldeirão, podendo causar


incêndios ou queimaduras. As velas, por exemplo, costumam jogar cera para
fora quando queimadas no caldeirão. Cuidado!

Coloque a quantidade de combustível sufciente para todo o rito de uma


vez só no caldeirão para que ele não precise ser reaceso durante o rito.
Não reacenda o caldeirão enquanto o metal ainda estiver quente. Assim
que o combustível encontrar o metal em alta temperatura, ele levantará vapores
que, ao receberem o fogo para o caldeirão ser novamente aceso causarão uma
pequena explosão acima do caldeirão, que poderá ter como consequência a
queimadura das pessoas ao redor e o início de um incêndio. O ideal é aguardar
até que o caldeirão esfrie um pouco para reabastecer o combustível.

Para locais Fechados

O combustível mais seguro para locais fechados é o álcool, sendo o álcool


em gel para churrasqueira o que tem o melhor tempo de queima e maior
segurança. O uso de outros combustíveis pode gerar fumaça e vapores tóxicos.
Cuidado!

O uso de material sólido dentro do caldeirão em ambientes fechados deve


ser evitado. Caso seja indispensável para os objetivos do rito a queima de
material sólido, é recomendável que se queime apenas papel ou serragem de
madeira. Para outros materiais, o ideal é iniciar a queima no espaço interno e
assim que os pontos mais importantes do rito forem realizados ou se perceba
fumaça de coloração escura deve-se levar o caldeirão, com muito cuidado pois
ele ainda estará aceso, para um espaço externo, erguendo-o com auxílio de
alicates ou correntes longas durante o transporte. Evitar a todo custo a queima
de materiais sintéticos como plásticos e borrachas devido a fumaça
potencialmente tóxica. Cuidado!

Para locais Abertos

Para locais abertos, o óleo diesel é o combustível com melhor tempo de


queima, porém, de difícil incandescência, precisando de um material mais
infamável imerso, como um pano de algodão ou serragem.
Sobre os Incensos

Evite acender mais de três varetas de incenso simultaneamente, pois a


fumaça pode desencadear alergias ou problemas respiratórios a curto ou longo
prazo.

Prefra incensos “caseiros” a industrializados. O preço geralmente é


proporcional a qualidade.

Deve-se atentar para o prazo e validade e o estado de conservação dos


incensos. A umidade pode causar mofo e tornar o incenso tóxico, além de fazê-lo
perder suas propriedades aromáticas.

Sobre as Lâminas e Cortantes

Os athames devem ser desprovidas de fo de corte.

Deve-se utilizar ferramentas cortantes e afadas apenas se o rito a ser


realizado exigir um corte de materiais, ervas, frutos, etc.

Em ritos realizados em locais abertos, evite o uso de lâminas afadas, cujo


porte pode representar infração a lei de porte de armas (arma branca).

Nos ritos que exigirem extração de “aima”, recomenda-se o uso de


lancetas de perfuração capilar, vendidas em farmácias.
Manutenção das Ferramentas

Caldeirão:

Depois da utilização, os resíduos podem ser coletados para a preparação


de Sal Negro. O material interno deve ser raspado com uma colher.

Quando estiver vazio, o caldeirão deve ser bem lavado com detergente
neutro e muito bem seco
e por fm, o caldeirão deve ser banhado com óleo. Basta espalhar óleo com um
pedaço de papel toalha por toda a superfície interna e externa do caldeirão.

Quanto mais grosso for o óleo, melhor. Recomendamos o Óleo de Dendê


ou o Óleo de Soja.

Lâminas:

Depois da utilização, as lâminas deverão ser limpas com um pano seco.

Se entraram em contato com líquidos, precisarão ser lavadas com sabão.


Lã de aço consegue remover a maioria dos pontos de ferrugem caso existam.

Depois da limpeza, deve-se aplicar um óleo fno na lâmina, como por


exemplo o Óleo Mineral ou o Óleo de Côco, para criar uma camada de proteção
contra a umidade presente no ar.

Manter as lâminas vestidas por bainha ou tecido enquanto estiverem sem


uso.
Taças de Cobre:

Caso as taças utilizadas sejam feitas de cobre, devem ser bem lavadas antes
e depois dos ritos.

A parte externa pode ser limpa com lã de aço para restaurar o brilho.

A parte interna não precisa de brilho, basta limpar superfcialmente com


uma esponja.

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