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Capitulo in 0 pehaviorismo: uma proposta de estudo do comportamento Carlos Renato Xavier Cangado Paulo Guerra Soares Sérgio Dias Cirino Nos Estados Unidos do final do século XIX, dois pontos de vista se mostravam fortes na psicologia: o funcionalismo de William James (¢f tapitulo 7) € 0 estruturatismo de Edward B.Titchener (capitulo 5).As svincipais universidades de psicologia dos Estados Unidos nessa época eram Cornell € Harvard, onde ensinavam, respectivamente, Titchener e James. Apesat de as propostas de ambos serem conceitualmente diferentes, hs se aproximavam em um aspecto: consideravam a consciéncia como o abjeto de estudo da psicologia. Nesse periodo, os estudos de psicologia nos Estados Unidos se consolidavam cada vez mais. JAMES Mark Batpwin e William James pu- blicaram diversos artigos importantes. Os avangos nfo se restringiram apenas a publicagdes. Em 1888, James McKeen Cattell, da Universidade da Pensilvinia, tornou-se o primeiro professor a lecionar formalmente a disciplina de psicologia em territério estadunidense. Em 1892, foi criada a ‘American Psychological Association (APA) e dois anos mais tarde, foi fundado o Psychological Review, um dos principais periddicos sobre psico- logia do mundo, que continua sendo publicado até os dias atuais. Um dos estudiosos mais desta- cados da época era Epwarp Lee THornpike, da Escola Funcionalista 205 James Mark Bauowin (1861-1934). Seus principais estudos sobre psicologia foram realizados a partir da Ultima década do século XIX. Baldwin foi uma figura importante no estudo do desenvolvimento mental de criangas,tendo realizado ele mesmo, pela primeira vez na historia da psicologia,experimentos utilizando criangas como sujeitos. Também foi um dos primeiros psicdlogos a aplicar a teoria da evolu- gio de Darwin is suas teorias do desenvolvimento. Eowarb Ler THoRNoME (1874-1949) trabalhou, ini- cialmente, com galinhas,no porio a casa de William James. Apds um periodo em Boston, Thorndike se dirige, com 0 auxilio de James Cattell (1860-1944), para a Universidade de Columbia (Nova York), onde realiza seu doutoramento em 1899, com a famosa dissertagio Inteligéncia animal: um estudo experimental dos processos associativos nos animais. Cangado, Paulo Guerra Soares ¢ Sétgio Dias Citin, angado, 9 Carlos Renato Xavier imeiros psicdlogos jtulo 7), um dos primero” Pav T0808 a ter sua de Columbia (f capi Estados Unidos. Ele foi um dos os for = : izada nos . om macio inteira realizada ments controlados com descricio deals na reaizagio de experi ge detet na introspeccio como abords, ais sem a ; eee imentos, Thorndike formula a “Lei do Bfeieg™- Por meio desses experi al proposicio afirma que ; igs respostas emitidas para a mesma situaglo, aquelag oo a pnt acompanhadas por satisfaglo para o anim) saa svonsigdes, se tornar mais fitmemente conc, os por desconforto para o animal irio, mantidas as mesmas cong fs suas conexdes com esta situagio enfraquecidas, dessa form, ela ocorrer, [as respostas] tetio menos chances de ocorrer n (Thorndike, 1911; 244). IE Foren ithe, man. ost chine Panhadas MESES, top %) quand Ovamente Qs estudos de Thorndike foram de grande influéncia Para 5 pen. sadores da psicologia, principalmente os estadunidenses, na area de edy. cagio. Segundo o autor, “assim como a ciéncia e a agricultura dependeny da quimica e da botinica, a educagio depende da psicologia e da fisiolo- gia” (Thorndike, 1910: 6). Dessa forma, a psicologia buscaria auxiliar o¢ Process educacionais atuando em quatto tépicos principais: objetivos, materiais, meios e métodos, Para investigar tais t6picos, seriam propose duas linhas de trabalho: descobrir e implementar maneiras de se mensurap as fungdes intelectuais; e estudar diversas etnias, ambos os sexos, idade, diferengas individuais ¢ outros elementos que facilitassem a compreensio do individuo. Apesar de fazer uso de experimentos controlados e de trabalhar com dados empiricos, Thorndike foi criticado, posteriormente, por utilizar termos ainda mentalistas como “satisfagio” “desconforto” em suas explicacdes. Tais explicagdes, contudo, eram cada vez menos aceitas Por um determinado grupo de autores que buscavam alternativas 208 modelos mencalistas ¢ introspeccionistas na psicologia. Essa busca cres- cente culminou no surgimento de uma nova maneita de se pensar € se trabalhar a psicologia: 0 BEHAVIORISMO. Brwavionases, 1 inglés, gerou o termo uetiavionismo, consa aparecendo nos dicionirios mais recentes publ capitulo, pela utilizagio do termo bel termos comportamentalismo ¢ ado a Kngua portage los no Brasil. Optou-se, no preset c r gun 08 uviorismo, Em portugués encontrant-se tambétt comportamentismo, 206 © behaviorismo: uma proposta de estudo do comportamen 0 “manifesto behaviorist " @ 05 primérdios de uma ciéncia do comportamento 0 O que precisamos fazer € comegar a trabalhar na : car Psicologia fazendo d comportamento, € nao da consciéncia, 0 ponte obj " jetivo do nosso ataque, Watson, 1913 A fiase acim, proferida pelo psicdlogo estadunidense Joun Broapus jvmrson em seu manifesto de 1913,"A psicologia como 6 behaviorists (Psychology as the behaviorist views if), exemplifica 1a como esse autor pensa a psicologia. O Watson era o estudo do com- Ele propde que a psicologia ncia empirica e que leve a amplas sobre 0 com- a a form jnteresse de Joun Broapus Watson (1878-1958) matriculou-se, em 1894, na Universidade de Furman, Em 1903, Watson se torna a mais jovem pessoa a se doutorar na Universidade de Chicago, Em 1913, publica o artigo “A psicologia como © behaviorista a vé", que ficou conhecido como © “manifesto behaviorista” eno qual delimitava o campo onde a psicologia deveria focar seus estu- dos. Dois anos mais tarde, é eleito presidente da Associagio Americana de Psicologia (APA). Apés alguns desentendimentos com a Universidade Johns Hopkins, onde lecionava, Watson & afastado e passa a concentrar sta aten- ¢4o nos estudos de publicidade e propaganda. portamento. geja uma cide generalizagde' portamento humano, mantendo-se a uniformidade do procedimento ex- perimental, para que os experimentos gos psicdlogos possam, assim como os dos fisicos € quimicos, ser replicados em qualquer laboratério. Os experimentos desenvolvidos nos tradicionais laboratérios de psicologia tinham como fangio detectar processos € contetidos mentais que estivessem envolvidos na percep¢io, na meméria etc., e nao verificar o modo como 0 ser humano responde a situacdes em um ambiente complexo. Para Watson, conceitos como imaginacio, julgamento e raciocinio nio deveriam ser tomados como objetos de estudo pela ciéncia da psicologia. Da mesma forma, tais conceitos j4 vinham servindo de base explicativa por cientistas das tradicionais abordagens de psicologia até entio. A primeira fase do trabalho de Watson é marcada por um grande interesse na psicologia animal. Defendendo 0 uso de sujeitos animais no estudo do comportamento, ele enfatizava as vantagens de sua utilizago em detrimento do uso de sujeitos humanos. O trabalho com animais visa responder a perguntas (hipdteses) que poderiam Ser GENERALIZADAS a0 comportamento humano. Neste aspecto, a psicologia animal (gf. capitulo 6) se torna o modelo para os estudos do comporta- 207 © conceito de GeNERALIZAGRO implica a realizagio do mesmo procedimento empitico com outros sujeitos da espécie em questo ou com sujeitos de outras espécies, $6 quando da replicacio dos resultados ~ pela realiza- ¢io do mesmo procedimento metodolégico-experimental ou de procedimento anilogo ~ com sujeitos da mesma espécie (ce plicagio direta) ou com sujeitos de outras espécies (ceplicacio sistemtica) pode-se falar em ge- neralizacio dos resultados. ene oe Carlos Renato Xavi Sting m dar ao behaviorismo um valo, IT Drs, : oe mae Porém, preocupad érios académicos, Watso Priticg mento. borator! n iras dos lal n 500 ey ultrapassasse a a apresentando no livro A Psicologia q, a: Seu tos humanos, ; in srs talvez o mais importante de sua carteita sug Pon, : jorista, vista de um behavi de psicologia como uma ciéncia natural an Posty Mais tarde, na déeada de 1920, 0 interese do autor mag do de criangas. Watson propos que 20 nabter, a Crianga cones 9 estudo trés reagdes basicas: amor, ralva ¢ medo. Por meio dessas reacs Me seria responsivel pela forma¢ao dos habitos. Segundo 9 pessoas, ao entrarem em contato com 0 ambiente que as cerca — ambiente interno (misculos, glindulas etc.) quanto o externo (os do mundo exterior) -, aprendem a responder aos estimulos parti do mesmo. Quando exposta a mesma situa¢do novamente, a Pessoa reali. za as mesmas a¢des de forma mais rapida e com a necessidade de menos movimentos diz-se que a pessoa formou um hébito para lidar com essa situagio (Watson, 1924: 200).Em Os euidados psicoldgicos com a crianca, de 1928 — um livro de estrondoso sucesso eS, 9 AUtor, a5 tanto 9 objeto, culate, » Watson apresentava um sistema Para a criacao de filhos baseado no comportamentalismo. Ele aconselha pequenas difi- sobre a demonstracio incondicional de afeto”. Watson de: stacou-se é 4 councaco a Ga tarabém na area de publicidade, Apés seu afas- “101 contratado por uma grande empresa de pro- Paganda,e seus 5 estudos na are. : ea de predicio eo, foram bem recebidos de predigo e controle do comportamento ‘© mundo dos negdcios, P; Paganda era Simplesmente ating; og sors nunc ene uma neces, wDBit © medo, a raiva ou o amor e influenciar, 05 procesay a HeCesidade Psicolégica,Valendo-se di — Pesan na area da publicidade, afiry fazer iso & pans "™ comprador & cooalec = Pesquisando, Watson torna. resa C E que o contratou, trabalhando n © auitor iniciou mando que a melhor ‘0, € a Unica maneira de is tarde, vice-presidente da na frea até sua aposentadoria, se, mn 208 O benaviows Se ES ESINGO 49 Comportamento Meso dedicando a maior parte de seu tempo ao est n 10 deixou de escrever sobre psicologia. Em an o autor contextualiza ¢ define o behavioris wioristtOr pela 3 de psicolo; tudo da propagan- seu livro de 1924, : Mo nio como um gia, mas como uma aproximagio metodolégica aos pro- iste™ da mesma. Watson considerava 0 comportamento como um campo ple muito novo, ¢ que concep¢des como “mente” ¢ “consciéncia” ec este haviam sido abolidas de outros campos do saber, como a filosofia ainda ; exemple. : “eatf 0 ‘lem disso, apresenta conceitos como “estimulo” ¢ “resposta”, mos- no uma resposta pode ser condicionada a um estimulo especifico, do con fe resposta podemos apresentar, € dedica algumas paginas para exos condicionados, estudados por Ivan P. Pavlov (¢ capitulo dos maiores influenciadores de seu trabalho a partir de 1916, jo), que fot um O° os : : gm 1957, oi homenageado pela Associagio Americana de Psicologia como um dos autores mais importantes da histéria da psicologia a No ano seguinte Watson falece, aos 80 anos. moderna. ma abordagem funcional do comportamento: o conceito de operante Os homens agem sobre 0 mundo, modificam-no e, por sua ver, sio modificados pelas consequéncias de suas ages. Skinner, 1957: 15 A presente citacio, retirada do livro O comportamento verbal, de BURRHUS FREDERIC SKINNER, faz referéncia a um ponto central no sistema de pensamento proposto por esse autor: 0 comportamento operante. B.FSunnen (1904-1990) graduou-se em inglés no Hamilton College e decidiu seguir a car- rein de excritor. Apos algumas tentativas frustradas, a escrita, como atividade profissional, foi {nada de lado. Skinner ingressou no curso de psicologia da Universidade de Harvard em 1928 ‘edoutorou-se em 1931. Permaneceu nessa institui¢io como pesquisador até 1936, ano em que comecou a lecionar psicologia na Universidade de Minnesota. Em 1947, retornou 4 Harvard como professor. Permanecen nessa instituigo como professor-pesquisador até sua aposentado- tia, em 1974. Publicou varios livros, sendo os mais importantes: O comportamento dos organismos (1938), Walden 11 (1948), Ciéncia e comportamento humano (1953), O comportamento verbal (1957), Para alim da liberdade e da dignidade (1971) e Sobre o behaviorismo (1974). Essas obras revelam a posicio tebrica do autor, bem como as mudangas pelas quais passou seu pensamento. Até 0 inicio da década de 1930, em parte da psicologia estadunidense, a énfase explicativa dada ao comportamento dos organismos ora era feita 209 Carlos Renate A talista com base na concep¢ao ment eane Hatta referéncia aquilo 4 te se a nogio de reflexos, esta S psicologia behaviorista de mic reensio do claborada por Thorndike influfa na compreen 8 mae nora tal propestateérca tena sido eiticada por Watson poy Mg embors ‘ is quando da explicacio do er asentimentos ¢ estados mentais quan’ Plicag: Comporta da psicologia ~ ou g estaria ocorrendo em sua mente — ima proposta por Pavloy ap tson. Da mesma forma. 10 Xavier Cangado, Faulo Wee SSTBIO Diag Cir ing 18, faz, ora util, 2: opriags » @ Lei dg Pea Atos do j feity ase Uo, iy ; Men, O contexto académico da época foi marcado Por uma fase conh, Ho, ica classica”, que alterou a maneira de ecidy como a “crise da fisica cléssica”, rou de pensar eo ‘em todas as suas formas. O sistema determinista, que atribufa relagdeg wns entre as causas € os efeitos nos fendmenos naturais, sofria varias de muito antes da crise, Ernst Mach (1838-1916), fisico austria © abandono das explicagées de causalidade mecénica utilizad RELAGOES FUNCIONAIS, no caso do comportamento, sio descrigdes de relages (seja entre aspectos do ambiente ‘ou entre o ambiente e © organismo) nas quais um dos eventos (ou variiveis) altera-se em fungio de modifica~ Ses no outro, Nio se trata mais de explicagées substan- ciais ou deterministas. A partir de uma anilise dos fatos relacionados, busca-se a descrigio da relagio através de uma fungio matemitica. Chamam-se varidvel dependente aqueles aspectos da rela¢io sobre os quais observa-se um feito de manipulagio prévia ou alteragio em outra vari- vel — a varidvel independente~a cla relacionada.A Anilise do Comportamento tem como varidvel dependente o Proprio comportamento e como variiveis independentes quaisquer condiges que afetem o comportamento de tum organismo (Skinner, 2000 [1953]; Catania, 1999) poe ui organismo em termos de cau: de relagées funcionais entre as altera sistema englobava dois tipos de 5, ou condicionamento teflexo jé es chamou tipo R, no qual se torna wu Tesposta, © que jé havi ima. Os resultados de teordenavam as consid Skinner env su: He O comportamento dos rages ambientais -Tesposta, baseada antecedentes, como no paradigma refle: 210 Ctiticas g Co, defengi, 38 Pela fig newtoniana, em fj Vor da a gio de RELACOESs FUNCIONats entre os fatos. Dessa forma, aty buigSes mecanicists de ean e efeito foram Sradativamente perdendo espaco pata as dex. crigdes funcionais entre fatoy, Um exemplo disso a teorig da relatividade geral de Albert Einstein (1879-1955), que, em 1915, formula uma teoria di Sravitacdo mais abrangente que a de Newton. Influenciado por essa concepgio funcional de Mach, Skinner pto- m sistema no qual as explicagdes dadas para o comportamento do sa € efeito sio substituidas por descrigdes igSes ambientais e o comportamento. condicionamento: o que chamou fip? tudado por Pavlov e Watson, ¢ 0 que ma consequéncia contingente 2 um ‘a sido trabalhado por Thorndike, como vimos e s pesqisas sobre o comporamen® Tages feitas sobre esse objeto de estudo até Oe Orkanismos no seria influenciado apemss Por a) proposto pela psicologia est" ‘0. Grande parte do comporta” nento em onsum 2 65 ms fe {de Rose, 1982: 73). ae © behaviorismo: uma proposta de estudo do comportement ento gera influenciada por suas consequéncias. Um organismo,ao comporta roduz modificagGes no ambiente que, por sua vez, alteram a forma c me rf i ‘omo a jndividuo se comporta. E neste sentido que, na Perspectivy : . skinneriana, pode-se dizer que o organismo produz o meio que o determi ! ina, Proposto formalmente no ano de 1937, quando Skinner publica o “Dois tipos de reflexo condicionado: uma resposta a Konorski « artigo iller”” i Miller”, 0 conceito de openaNte marca a distin- 9 overanre designa uma -o wit Ta Grceind= (FO em fice ce uma pricologia proponente de sse Oe tas respostas € que —teorias propriedade a qual gente, Um estimulo-resposta diretamente ligadas 4 a nogio de causalidade mecanicista. Considerando Seomeanenea uma categoria © significado dado as ages do organismo pelo nte & i erancias concretas Sio Fespos~__ operante, sobretudo ao fazer do organismo huma- rganismo, 0U se} OCOFFENCIS NG, esse concei i iaga 2 to Eas , esse conceito proporciona uma ampliagio do sd : cans discret OC “Sjo definidas por sua COMportamento como objeto de estudo até entio ostas 0 S ee 4 ay jor sua relagio com a nao atingida no 4mbito da andlise do compor- tamento reflexo, A nogio de comportamento operante descreve a agio do organismo sobre o meio do qual emergem as consequéncias tiltimas de seu comporta- mento. No entanto, quando se trata de sujeitos humanos, deve-se considerar uma forma de comportamento operante distintiva, que age indiretamente sobre 0 meio, ou seja, que age inicialmente sobre outros seres humanos. Denomina-se esse tipo de operante COMPORTAMENTO VERBAL. O organismo humano, portanto, quando ComportaMENTO VERBAL é 0 compor- se comporta verbalmente, tem as consequéncias tamento operante que possui reforco ps diacional. Segundo Catania (1999: rovidas por outr huma- ™* ‘ou de suas a¢Oes pr P fos Seres DUMA~ 399), comportamento verbal“é qualquer nos, € ndo imediatamente pelo ambiente fisico comportamento que envolva palavras, que o cerca. A medida que 0 comportamento_ independente da modalidade (falada, es- verbal comecaa ser estudado, aproximadamente “Tit»gestwal):que éadquitido e mantido ae pelas priticas de reforcamento de uma apartir de 1934, abre-se a possibilidade de uma _comunidade verbal, isto é, uma comuni- anilise funcional dos diversos niveis da ag’o dade de falantes ¢ ouvintes”. Linguagem, on segundo o mesmo autor, seriam as pri- humana: a linguagem, o pensamento, a moral, ics de reforgamento partlhadss pelos a alienagio, os propésitos, dentre outros. A membros de uma comunidade verbal, complexidade caracteristica a esse tipo de com-_ levando-se em conta as"*consisténcias de . vocabulirio e de gramitica” (1999:409). portamento nao justifica uma nova forma de anilise, ou seja, os operantes verbais so analisados em termos de sua relagio com 0 ambiente, sobretudo sua rela¢io com o ambiente humano, social. Desde a proposta watsoniana, que relacionava a linguagem a complexas cadeias de respondentes, os psicélogos behavioristas vém tentando abordar 214 Carlos Renato Xavi o fendmeno linguistic do que seria 0 compot nos relacionados (como © rtamento Jinguagem 6 compo’ pelo contato do organis Durante a década d mais claramente seu inte comportamento.A obra 6),é utilizada por ele para ortamento relagdes funcionais ent darwiniana de seleg natural ¢ 0 comp de Mach sobre as causalidade a proposta da selegio natural, das espécies, aplica- bem como 20 estu Assim como cal O termo “REFORGAMENTO” de~ signa a operagao comportamental de consequenciagio as respostas .das por um organismo € que tem, como resultado, um aumen= to da frequéncia de respostas da mesma classe. Segundo Skinner, apenas para atender a necessi apenas um tipo de consequéncia se 1, cada qual baseand' rtamento ¢, desenvolvido por Da se também 4 anilise do do processo de & racteristicas genéticas levam a mutagées fisiologicas cer Cangado, Paulo Guerra Soares © Sérgio Dias Citing jo-se em concep Ges especificns portanto, 2 linguagem € outros fendme pensamento). Ressalta-se que, para Shinn: S operante €, portanto, © selecionada e mantig a mo com contingéncias de reforcamento specifica 1 1970 e inicio dos anos 1980, Skinner exh : vreias biolgicas que atuam sobre’. de Charles Darwin (of ee ri a partelo ent 08 Prinpios da slegg vos organismos. Skinner amplia, assim, a vsig re fatos tomando como modelo de Jo por consequéncias. O fendmeng win para a explicacio da evolugig, do comportamento do individuo, vyolugio das culturas. 2 resse nas influ’ Origem das espécies que podem ser selecionadas conforme suas con- sequéncias, isto &, segundo proporcionem maior adaptacio do organismo a determinado ambiente, os comportamentos sio selecionados pelo processo de REFORGAMENTO, ou seja, S40 determinados pelas consequéncias que forem contingentes as respostas dadas pelo organismo. © comportamento humano é selecionado no dades de sobrevivéncia imediata —sendo estas Jetiva — como também para se adaptar a Situagdes futuras. Os diversos tipos de ambientes com os guais nos deparamos ao longo da vida exigiriam que nosso Sonmingiacus oc comportamento também esteja em constante mutacao, diig&es nas quais uma repo ta produz uma consequéncs fazendo com que cada pessoa, entrando em contato com (Catania, 1999: 394). CONTINGENCIAS especificas,se torne Gnic: ‘a, comportando- -se de forma distinta das outras pessoas. Duas pessoas, mesmo que pos- suam idéntico dote genético, nao teriam a “Uma pessoa (...) € um LOcus, um ponto care mesma historia de relagio com o ambiente, | ne qual muitas condigdes genéticas € am- caisse agrupam em umefeto conjunto. simplesmente pelo fato de ocuparem locais Como tl, ela permanece in tal, questionavel- ; mente Gna. Ning a menos que See ee tenha um gémeo idé: cu dote ir is gémeo idéntico) tem seu dote Skinner define, dessa forma, trés niveis genético ¢, sem excegio, ninguém tem sua io d ntingénc’ ° ; de atuagio das conting 0 filogenttico, historia pessoal” (Skinner, 1974: 168), 212 behaviorismo: uma proposta de estudo do comportamento 9 ontogenético e o cultural. © comportamento humano é fruto da agio jategrada e inseparavel destes trés niveis. O primeiro refere-se & selegio de comportamentos caracteristicos da espécie ao longo do processo evolutivo da rman. segundo diz respeito hist6ria de reforcamento, ou seja,é relativo ie comportamentos sclecionados 20 longo da vida de um individuo, consi- derando-se a interagio deste com seu ambiente. O terceiro, o nivel cultural, sreslativo aos comportamentos selecionados pela interagio do organismo tamano com seu ambiente social especifico, caracterizado por determinadas pritca socias (Skinner 1981), Algo de extrema importincia a ser ressatado Pijue a susceptibilidade do organismo as consequéncias do comportamento evocita capacidade de ser influencindo pelas consequéncias de suas ages we uma caracteristica que foi selecionada filogeneticamente. Segundo Skinner, a humanidade dew um grande passo em termos sociais quando a mmusculatura vocal passou a ficar sob controle operante, jsto é, quando as emisses vocais passaram a ser influenciadas por suas consequéncias. A emergéncia do comportamento verbal teria permitido gue a cooperagio entre os seres humanos fosse mais bem-sucedida. Da veama forma, as pessoas passaram a aprender ReGnas sio descrigdes de contingéncias a partir daquilo que outros haviam aprendido, de reforgamento, i.e., sio enunciados por exemplo, seguindo REGRAS socialmente acerea de condiates mt quais determi- nadas respostas produzem consequén- prabelecidas ¢ conselhos dados por outrem. 2 Neve sentido, aum esporte como, © alfabeto e a escrita desempenham um pa- por exemplo, o futebol, ha uma regra pel preponderante nesse aspecto, uma vez que posibilitam a disseminacio de determinados que especifica que se 0 jogador de um time deixar que a bola ultrapasse a linha de de marcagio do campo, a posse de avancos obtidos por uma comunidade humana _ bola passa a ser do time adversario. por diversos locais e, sobretudo, a0 longo do tempo. Para o behaviorismo de Skinner, comportar-se verbalmente, por sua vez permite outro passo importante, que é 0 processo de evolugio cultural. ‘Uma maneira diferente de resolver determinado problema, como, por exem- plo, cultivar grios, desenvolver um novo método de navegacio ou mesmo escrever um poema, éselecionada porsuas consequéncias:o cultivo de determinado tipo de grios, um melhor barco e um poema escrito. Tais processos surgiriam em niveis individuais e poderiam ser passados a outros seres humanos. Contribuirio para Qussroes sociais.“E 0 efeito no grupo e nio as consequén- cias reforgadoras em relagio aos individuos, que é responsivel pela evolugio cultural” (Skinner, BE Selecion by Consequences. 1981) aevolugio da cultura aqueles desenvolvimentos de determinado grupo que se mostrarem titeis na solugio de QUESTOES SOCIAIS. 213 Carlos Renate A anilise do comportam’ proposta po! Be sendo fruto desses trés nive so indissocidveis. Os sere uma relagio tinica com se a ontogenia ¢ a cultw ness conceitos de “pes : Os de uma personalidade, enquanto conceito ¢ te de seus comportamentos. Um organi portador ou possuidor ‘ou estrutura determinant pessoa ou um eu organismo procurai logenéticas, ontogenéticas ou culturais nas quais a explicacao deve ser. 0 Xavier Cangades © i ra 0 ner, considel : atoacos : yr Skin is de atuagao das contingéncias que, a Omg humanos sao parte de uma espécie e 30 denominacdes que descrevem os comportame ndo fazer referéncia, respectivamente, as contingg, ees » lting nto, denominagio dada 4 form, de cs Clays comportamento dos Organising, Wenig Sua, i : ee ambiente, que € social e também histan! Ue im. ismo da espécie ticamente seria selecionado um 0 ismo spécie humang genel gant i quar ra selecionariam, respectivamente, uma pessoq es Ny ica, i engu, eu, © cong *Plicatiyg SMO, yy oa” € “eu” nio descrevern 0 individy NOS do Neias fi. buscag, Aspectos filoséficos da andlise do comportamento © behaviorismo, segundo Skinner, nio é a ciéncia do comports. mento humano, mas sua filosofia. Diferentemente do behaviorismo wat. soniano, © BEHAVIORISMO RADICAL rejeita o critério de consenso publico = isto consenso entre dois ou mais gesignaio BeMAMORISHO RADICAL i ch observadores acerca de um fendmeno — por Skinner para se referir 4 filosofia da anise como central na definigao de um objeto ¢XPetimental do comportamento. O tem fe a radical” vem de raiz, no sentido em que de de estudo, Da mesma forma, nio ignora gnaria uma proposta quesestémsocnecs a capacidade de auto-observagio, mas comportamento a partir do proprio compo. questiona a natureza daquilo que @ ob- "mento, sem o recurso explicativo a quigee ; ; outra entidade, servado, em suma, daquilo que é conhe- cido. Segundo Skinner, a introspeccio proposta pelas tradicionais escolas de pensamento psicolégico enfatiza apenas o interno, o mental. Ao contritio,o “O behaviorismo radical nio nega a possibilidade da auto-onseRvacho ou do autoconhecimento ou sua possivel utilidade, mas questiona a natureza daquilo que é sentido ¢ observado, Restaura a introspecgao,mas no aqui- Jo que 05 fildsofos e os psicélogos introspectivos acreditavam ‘esperar’ (speci), e suscita 0 problema de quanto de nosso corpo podemos realmente observar” (Skinner, 2000 [1974]: 19), behaviorismo metodolégico, rejeitando o estudo dos eventos mentais — pois nao haveria sobre eles consenso entre observadores —, enfatiza 4 anilise dos eventos externos determinantes 40 comportamento. © behaviorismo radical estabeleceria u? equilibrio,na medida em que admite acaPacinet DE AUTO-OBSERVACAO e que foca também os i: minantes ambientais do comportamento-Aq"? 214 y 4 proposta de estudo do comportamento comportamentos emitidos de maneira inobservavel no sio tomados como tepeciais apenas porque ocorrem no interior do organismo. ‘Assim como comportamentos diretamente observiveis, os eventos rivados SiO também comportamentos, sao frutos da interagio de um Prganismo com seu ambiente. O fato de ocorrerem no interior do or- verso no Ihes atribui uma natureza especial (seja uma natureza no faica,seja uma natureza explicativa de comportamentos ptiblicos). Como Beealeado por Skinner, 0 que observamos € nosso proprio organismo, nosso comportamento. A proposta behaviorista radical parte do estudo do comportamento tomando-se como objeto o préprio comportamento, gore, sem buscar referencias explicativas de outra natureza, sejam elas rntais ou fisioldgicas. ‘As consequéncias da aplicagio dos principios da anilise do comporta snento 20s assuntos humanos aproximaram Skinner de reflexdes moras e fosdficas. © critério de cientificidade adotado pelo behaviorismo radical passa a ser 0 de utilidade do conhecimento produzido. Dessa maneira, pro- posigdes acerca do comportamento humano seriam relevantes na medida em que se mostrassem iteis na solugao de problemas enfrentados pela co- munidade humana. Nas obras do final de sua carreira, Skinner enfatiza a discussio de as- ectos filos6ficos de sua posi¢ao. PARA ALEM DA LIBERDADE E DA DIGNIDADE, Fe 1971,e Sobre 0 behaviorismo, de 1974, sio exemplos de livros que buscam me! esclarecer diividas sobre as questdes filos6ficas apresentadas pelo behaviorista. Em relagio a0 primeiro, 0 autor elabora uma discussio sobre psavancos do estudo do comportamento huma- no, desde a época da Grécia Antiga, e faz uma reflexio comportamental sobre temas como dignidade, Jiberdade ¢ responsabilidade, aproxi- mando seu ponto de Optou-se pelo presente titulo, dado 4 tradugio portuguesa da obra de 1971, Beyond Freedom and Dignity, em de~ trimento do da tradugio brasileira, O mito da liberdade, Acreditamos que Para ALEM DA LIBERDADE E DA DIGNIDADE expressa mais fidedignamente a ideia contida no titulo original. vista de temas cotidianos. De acordo com sua visao, a liberdade seria “uma questo de contingéncias de reforg, ¢ ndo de sentimentos que as contingéncias geram” (Skinner, 1977: 34). Em Sobre o behaviorismo, trata de clucidar as principais di cio de suas ideias, mostrand diversos temas, em oposi¢ao a exp! lavidas ¢ erros tedricos oriundos da mé interpreta~ lo as interpretagdes behavioristas radicais sobre licagdes mentalistas acerca desses temas. Contingéncias especiais de reforgamento proporcionaram a evolucao dessa forma especifica de conhecimento, assim como de varios tipos de co- nhecimentos existentes sobre o comportamento humano. Deve-se procurar 215 tra forma tem como gualdaer a de saber, haviorismo 7 m meio historico-cul tural especificg 2 Mo mw) na medida em que se Mostre yy el 0 Brasil Desdobram' ntos da andlise do comportame to no B mento dos primeiros cursos de pocolowte no Brasil, nos a, . O surgimer cessidade de atualizagao exigh fa por parte de Profs, 1950, aponta para a ies ensino,sobretudo de ensino superior. Tal £20 levoy sons ee cmos entrar em conaro com tendénciasrecenes os docentes com outr¢ . do pensamento psicoldgice, bem como 4 buscar, ee 98 profissionais da Le seja em contexto brasileiro ow internacional, apoio para o ensing ¢ rea, s¢ja 7 para o desenvolvimento da psicologia em ambito aa ‘Assim, no inicio da década de 1960, mais precisamente no priming semestre de 1961,a convite do diretor da Faculdade de Filosofia, Ciéncias Graduow-se no Tufts College e estudou Psicologia em Harvard. Faidade na qual permaneceu até 1931. Tornou-se professor de Psicologia da Universidade de Colunba, Jhstitugao ns gual permanecea até sua aposentadoria, em 1964. Foi também professor vistant em dus ie nemidedes brasleiras - Universidade de Sio Paulo ¢ Universidade de Brasilia ~ respectivamente ny anos de 1961 ¢ 1964. Idealizou o Sistema Personalizado de Instrucao (PSI), método de ensino ctiaip 2 parti de estudos em andlise experimental do comportamento. E autor do livro Prindpias de Prisas (1950, co-autoria de W. N. Shoenfeld) e de virios outros artigos cientificos. Keller esteve no Brasil como professor visitante no periodo de 1961-1962. Retorna ao pais em 19, como professor da Universidade de Brasilia, onde permanece por apenas dois meses. Nos anos de 172 ¢ 1978 e também nas décadas de 1980 ¢ 1990, volta ao pais para participar de congressos cientificos. Frep Simmons KELter (1899-1996). e Letras da USP, professor Paulo Sawaya, chega ao Brasil, como professor visitante, o psicélogo estadunidense FRep SIMMONS KELLER. Dar-se ia, nese contexto, o primeiro contato efetivo de profissionais e estudantes em uma instituicdo de ensino brasileira com a andlise do comportamento. Antes de realizar sua primeira viagem ao Brasil, Keller trabalhava como professor na Universidade de Columbia, nos EUA. Suas Pesquisas, bem como sua atu- acio profissional, colaboraram para o estabelecimento e para a divulgacio da anilise do comportamento, Aiscinthmemteas contingéncias de ensino estabelecidas por Kelle~ 48 ' wae thas optativas — atrairam alguns poucos alunos e também professors entre esses destacam-se Carolina Martuscelli Bori, Rodolpho Azzi, ambos 4 sae ; Ocentes da USP,¢ Maria Amélia Matos, nessa época estudante de geaduati® do curso de psicologi 0 © de psicologia. As aula testicas e os exercicios praticos, es ti 216 10 realizados num laboratério recém-constr | yrocuravam instruir os alunos acerca das b. uido por Keller ¢ Rodolpho A ASS CONCeitts; pu ortamental para que, em curso posterior, fos, neeituais da anilise comp’ paviow —m sio Paul nentte PPP: Novos Prale' “Watson & Skinner. eto A falta ros a0 aM eranspostass ™ Em relagio a esse aspecto, jto cara a contribuicio nao sé 4 Dae do comportamento, mas arologia como um todo, da profes- ee ‘CaRotina M. Bort. Ao elaborar ° rojetos part © financiamento de pes- ‘ois junto a érgaos governamentais Jigados educacao, para a construgio de materiais pata © ensino e também ara a pesquisa em laborat6rios, e para ° estabelecimento de um acervo bi- pliogifico consistente, ela dé subsidios gara o estabelecimento desse campo de saber especifico, assim como para de uma forma geral. Pos- 4 frente de importantes as nao impossiveis. oe a 2 psicologia teriormente, institui¢des cientificas como a Pesoal de Nivel Superio: ‘ancia), Carolina Bori colabora pata ee cursos de pos-graduagio relacionados graduagio em psicologia e também janilise do comportamento. 1962, Keller retorna aos BUA. Seus alunos d, fo estabeleceriam novas contingéncias a partie yostas, direcionadas a0 ensino © 4 pesquisa tos de pesquisa ¢ propostas de ensino baseai dologia comportamentais comegaram a ser elaborac de uma solida preparagio tedrica, bem como de damento dos projetos propostos foram barreiras dificeis de serem scm tratados autores como la Universidade de daquelas anterior- m solo brasileiro, dos nos preceitos ¢ dos nesse periodo, Materiais necess4- te ee ze an formou- edagogia pela Faculdade de Filosofia Ciéncias e Letras da Universidade de Sio Paulo. No ano seguinte é contratada como profes- sora assistente de Psicologia na USP, universidade na qual permaneceu como docente até sua aposentado- ria, em 1994, Seu contato com a anilise do compor- tamento deu-se, efetivamente, em 1961, quando foi aluna de F S. Keller. Carolina M. Bori, em mais de 50 anos de trabalho, dedicou-se 4 ciéncia como um todo, na busca de sua divulgagio e de seu progresso. Orientou aproximadamente 100 teses de mestrado ¢ doutorado ¢ destacou-se como presidente de importantes sociedades cientificas brasileiras como a Sociedade Brasileira para 0 Progresso da Ciéncia (1986-1989) e a Sociedade Brasileira de Psicologia (1992-1993), Carolina Bori propés uma ampliacio do Sistema Personalizado de Instrucio, elaborado por F S. Keller: A Andlise de Contingéncias em Programacio de Ensino. CAPES (Coordenagio de Aperfeigoamento de 1) ea SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso a fiandagao de diversos cursos de A partir da década de 1970, passam a ser estabelecidos diver- sos cursos de pos-graduagao no pais, comportamento, por exemplo, na USP, Universidade Federal do Pard, na Unive mais recentemente, na PUC-SP. Analistas a7 com forte énfase em anilise do na Universidade de Brasilia, na tsidade Federal de Sido Carlos e, do comportamento passam 2 = Soates € Sérgio Dias c;,. Carlos Renato Xavier Cangado, Paulo Guerra os des cientficas €a produzir publicacigs gi {iblico em geral. tid Temas de pesquisa inicialme O Sis Pnsonauzavo PEENSINO como esquemas a foramen \ my propde une alcaio ¢¢ PreTmpo aversivo, abrem caminho para estugs. ok seine A props de Keller f0ca_ca de toxicologia, bem como a y, 7 + eSpeit, sane dostemasedortstsasere™) au caczo, tema desenvolvido por see de 4 nancira pela . ; in cite Sn a gia do sing. © Sisrane pote u1zavo bE ENSINO (PSI, da sigla origina inglés) idealizado por Keller toma no Brasil uma nova diteszo, propose por Carolina M, Bori: A Anélise de Contingéncias em Programacs. : Ensino. Segundo essa visio, everiam ser analisados 0s conhecimen® e habilidades necessirios para o exercicio de determinada atividaas” © consequente planejamento de contingéncias de ensino que propor. cionassem a aquisi¢io dos mesmos.Tal vertente de pesquisa influencioy diversos analistas do comportamento, bem como profissionais Voltados pata o ensino de diversas areas, como a matemitica, a quimica, a ¢ nharia e a arquitetura, em varias capitais do pais. se organizar em socieda tanto 4 area quanto ao Pp Nte tra ge. Ao longo do tempo, areas como o comportamento verbal, a Variabi- lidade comportamental,a equivaléncia de estimulos, dentre outras, Passaram a ser estudadas no Brasil. As atividades de ensino e de atuagio clinica tam- bém cresceram entre os analistas do comportamento. Atualmente, grande parte dos analistas do comportamento brasileiros retine-se todo ano nos encontros da ABPMC (Associagio Brasileira de Psicoterapia ¢ Medicina Comportamental) e nas reunides da SPB (Sociedade Brasileira de Psicologia). Artigos sobre a anilise do comportamento sio publicados nas mais diversas revistas cientificas do pais e profissionais brasileiros vém colaborando para revistas internacionais especializadas em anilise do comportamento, Indicagées estéticas e bibliograticas Drawing hands, litogravura (28,5 x 34 cm) de M. C. Escher, 1948. ioci e ‘ . n Raciocinar sobre a relagio organismo-ambiente, tomando Ut - ; i 10. desses pontos em separado consiste, de maneira geral,em uma abst Essa interagio ocorre como num fluxo, e a abstragio é feita no sentido, och . ~ ' é. i de simplificar uma situagio, com o intuito de descrevé-la. Uma ae 2 feita por um organismo e 7 ‘m seu ambiente leva a uma modificaga 218 — Peramento _ spocesso que é continuo e apenas interrompido co. 3640 smo que se COmPOrta. ™ a morte do an A litogravura de Escher apresenta duas mios que se d, amente em uma folha de papel, prosa q uw ¢ desenham sha O produto do aod ua is mio =n ATEN. ot . 10 da ‘Z que a mio alterada mbém notar que os indo por este cami. uariam a se desenhar © quando 0 resultado nh e aneira, i des "nos €st30, de certa maneira, inacabados. Segu dese" der-se-ia pensar que essas duas mios contin ahs mente ou que, subitamente parariam, com aaa . mosttass . ce 0 umn analogia, o comportar-se de um organiamo dé-seinfnita te no Curso de uma vida. O comportamento é matéria nao acabada, et sempre por ser ttabalhada ~ no sentido de que se modifea cri exe feragio organismo-ambiente. © desenho pronto, acabado con nes Neon a situagao na qual 0 organismo jé nio mais se comporteri ci errant eerie lever , ¢ ideal.

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