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JANEIRO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – CCH
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
Monografia
Rio de Janeiro
2016
1
Anderson Couto
Rio de Janeiro
2016
2
Anderson Couto
Aprovado por:
Rio de Janeiro
2016
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Dedico este trabalho à minha família com amor e gratidão pelo apoio e pela compreensão.
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1 Conjunto das teorias sobre administração industrial criadas pelo industrial e fabricante de automóveis norte
americano Henry Ford, no início do Século XX. (Enciclopédia Barsa. v.7, p20.)
7
Figura 12: Fonte: Revista Veja. nº 1060, dez. 1988 apud COSTA, 2004..................................36
Figura 13: Fonte: Revista Veja. nº 1060, dez. 1988 apud COSTA, 2004..................................37
Figura 17: Fonte: Página oficial da PMVR. Acesso em 27/04/2016. disponível em:
http://www.portalvr.com/turismo/mod/pontos_historicos/.......................................................40
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SUMÁRIO
4. Os Arigós ………………………………………………………………………………… 20
8. Conclusão………………………………………………………………………………… 44
9. Bibliografia ……………………………………………………………………………… 45
Volta Redonda à Sombra da Usina: Uma cidade criada em função de uma empresa
estatal – 1941/1993
INTRODUÇÃO
2 COSTA, Alkindar Cândido da, Volta Redonda Ontem & Hoje. p.10
11
o café das fazendas até Barra do Piraí, de onde seguia pela estrada de ferro para a capital. No
distrito de Santo Antonio de Volta Redonda foram erguidas as primeiras edificações
destinadas ao pouso de tropas, dando início ao povoado, um típico arraial, composto de igreja,
escola, cadeia, comércios e algumas residências, que deu origem ao atual Bairro Niterói.
Nesse empreendimento o governo podia contar com o apoio dos mais importantes
setores da burguesia nacional: a burocracia civil considerava esse o verdadeiro caminho para a
independência; os militares acreditavam no fortalecimento da economia através da
implantação de uma indústria de base (e consequentemente, da segurança nacional) e o setor
industrial acabou convencido de que o incentivo à industrialização só seria possível através de
uma forte intervenção do Estado.
Esse é o contexto da política interna que culminou com a criação da Companhia
Siderúrgica Nacional, conforme nos aponta Edgard Bedê:
4 Apud ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de. Pequena história da formação social brasileira. p. 596.
15
5 BEDÊ, Edgard Domingos Aparecida Tonolli. A formação da classe operária em Volta Redonda. p. 25.
16
Em setembro de 1942 chegava ao Brasil uma outra missão, composta de doze técnicos
norte-americanos e chefiada por Morris Llewellyn Cooke, e por isso mesmo batizada de
“Missão Cooke”. Tinha o objetivo de estudar, junto com uma comissão brasileira, formas de
cooperação técnica entre o Brasil e Estados Unidos para o desenvolvimento da indústria e da
produção de guerra. A missão foi organizada pelo Conselho Econômico de Guerra com a
colaboração do Departamento de Estado, pelo Conselho de Produção de Guerra e pelo
Coordenador para Assuntos Interamericanos. Constituída e enviada em caráter oficial em
1942, instalou-se no Rio de Janeiro em 23 de setembro, regressando aos Estados Unidos em 3
de dezembro.
A partir dos estudos realizados por essa missão, definiram-se as estratégias de
implantação do parque siderúrgico em Volta Redonda.
Os itens que definiram a implantação da usina em Volta Redonda foram: a posição
geográfica, que colocava Volta Redonda bem no meio do eixo Rio-São Paulo, cujas cidades
(e, posteriormente, as indústrias) eram os principais consumidores dos produtos da
siderúrgica, além de sua posição privilegiada com relação às regiões mineradoras de ferro
(Minas Gerais) e Carvão (Santa Catarina); a facilidade de transporte do todos os elementos
necessários à produção, graças à Estrada de Ferro Central do Brasil; a abundância de um
elemento essencial na produção: água, do Rio Paraíba do Sul; e a proximidade com os portos
do Rio de Janeiro e o Porto de Itaguaí, na Baia de Sepetiba. E, ainda, o principal interesse da
nossa pesquisa, a facilidade para a obtenção de mão de obra que fosse suprir tanto o pessoal
necessário para a construção da usina e da cidade operária quanto para sua operacionalização,
posteriormente. Não poderia haver lugar melhor que Volta Redonda para a materialização do
sonho desenvolvimentista do Estado Novo (OLIVEIRA, 2003).
O projeto da usina foi desenvolvido por uma empresa estadunidense, a Arthur G.
Mc.Kee & Co. Já a vila operária e todo o plano urbanístico que viria definir tanto os setores
de moradia quanto a área comercial, que seria frequentada pelos futuros trabalhadores da CSN
e suas famílias, ficou a cargo do arquiteto Attilio Correa Lima, autor do plano original da
cidade de Goiânia (BEDÊ, 2004).
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3. A CIDADE OPERÁRIA
Aspecto de uma vila operária (Bairro Conforto) em 1944, com a usina ao fundo.
De acordo com Alberto Costa Lopes (LOPES, 1993) em sua dissertação de mestrado,
Correa Lima utilizou como modêlo para a vila operária de Volta Redonda a cidade industrial
de Tony Garnier, na França (1917). Esse modêlo propõe uma cidade que surge juntamente
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com uma indústria metalúrgica, para servir aos seus trabalhadores e administradores e já havia
sido proposto para a Região de Lyon, que inclusive, contava com um vilarejo já existente,
assim como Volta Redonda.
Plano da Cidade Operária (a indicação de alguns locais na legenda foi colocada incorretamente)
6 LOPES, Alberto Costa. A aventura da cidade industrial de Tony Garnier em Volta Redonda. p. 70.
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4. OS ARIGÓS
Em seu livro “Volta Redonda na era Vargas” de 2004, o Prof. Waldyr Amaral Bedê,
sociólogo e pesquisador local, nos descreve o clima social em Volta Redonda no início das
obras de implantação da CSN:
Já Regina da Luz Moreira nos dá uma visão bem pitoresca de como funcionava o
recrutamento desses trabalhadores que, oriundos das zonas rurais, vieram formar o corpo de
operários para a construção da usina e da cidade operária:
Esse “torneamento pedagógico” vem bem de acordo com o controle dos corpos do
qual nos fala Foucault, uma vez que define um perfil moral e social de comportamento para o
indivíduo como condição básica para a sua devida inserção naquela comunidade e obriga a
sua adaptação a esse meio.
Observamos porém que o “arigó”, matuto e ignorante, agora sob a virtuosa alcunha de
“cíclope”, que viria a estampar o brasão da cidade que nasceria em seguida, continua lá. O
que muda é somente o prisma de observação. A Profª. Irene Rodrigues de Oliveira expõe com
muita propriedade (OLIVEIRA, 2013) que o “Arigó” e o “Cíclope” são o mesmo indivíduo: o
cíclope, obreiro das forjas de Hefesto na mitologia grega, representa, a princípio uma figura
forte e poderosa. Surge como indicativo de que para realizar um trabalho braçal de tamanha
envergadura, só um gigante poderia dar conta. No entanto, a partir de uma outra análise,
podemos definir o cíclope como uma figura patética, uma vez que, apesar do gigantismo
corporal, a incapacidade de vislumbrar objetos à distância tornam-no limitado. Numa imagem
grotesca o cíclope é uma espécie de trabalhador que, apesar da força, não se reconhece como
sujeito de transformação política. O gigante, por ter um único olho, não harmoniza a
capacidade produtiva com o discernimento. É um elemento imbecilizado, apenas o resultado
de um processo no qual ele não é sujeito ativo, mas somente uma das várias peças a serem
manipuladas, estando, pela pouca inteligência e compreensão, acomodado a isso. Aqui temos,
então, o encontro do “arigó” com o “cíclope”. Uma realidade que moldou-se em outra. Que,
ao mudar de ambiente precisou adaptar-se a esse novo meio, mas não teve modificada a sua
essência.
“Arigós” em 1944.
A adaptação a esse novo ambiente não aconteceu de forma homogênea, como bem
descreve Edgard Bedê (BEDÊ, 2010), uma vez que os trabalhadores vinham de procedências
diversas, o aglomerado de milhares de pessoas com costumes diversos trouxe também casos
de violência, roubos, brigas, bebedeiras, promiscuidade e desordem. A companhia precisava,
portanto, dispor de instrumentos de repressão e manutenção da ordem desejada dentro do seu
grande canteiro de obras. Surgem então os “cabeças de tomate” (assim chamados pela cor
vermelha do capacete), o corpo particular de guardas da CSN, que encaminhava os
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trasgressores para o chamado “Núcleo Cem”, prisão cercada de arame farpado dentro do
próprio acampamento.
Havia um Departamento de Serviços Gerais, que tinha a função de supervisionar toda
a relação entre a CSN e seus empregados e ainda os serviços como hospitais, vigilância
sanitária, transporte, recolhimento do lixo, que passaram a ser providos pela empresa quando
os barracões do acampamento deram lugar às residências dos operários. Essas residências
eram cedidas aos trabalhadores em troca de aluguéis muito abaixo do mercado e descontados
em folha de pagamento.
A CSN criou ainda uma escola profissional, em 1943. Durante o período de construção
e montagem da usina, foram recrutados, no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, uma
centena de adolescentes, entre treze e dezessete anos, para o curso técnico em regime de
internato na Escola Técnica. Além de serem preparados para o trabalho operário
especializado, eram também educados para serem modelo de disciplina, obediência e
compromisso profissional, ou seja, “trabalhadores do novo tipo”, adequados ao regime
fordista do complexo siderúrgico de Volta Redonda. Essa experiência pedagógica, no entanto,
fracassou devido à resistência dos adolescentes ao regime de internato sob uma disciplina
rígida e militarista (BEDÊ, 2010).
Volta Redonda pertencia a CSN, e não ao contrário. Bem como toda a população, que,
de uma forma ou de outra, dependia economicamente da empresa.
Parte da força de trabalho empregada na construção da usina e da cidade foi mantida,
cerca de sete mil homens, sendo utilizada em diversas seções da usina. Esses trabalhadores
tiveram que receber treinamento, pois nunca haviam trabalhado com máquinas. Uma outra
parcela dos trabalhadores da construção foi dispensada e permaneceu em Volta Redonda. E,
uma vez fora dos quadros funcionais da CSN e desamparada, veio formar os primeiros
núcleos de ocupação desordenada, bem próximos da “cidade operária fordista”, como é o
exemplo do Morro do São Carlos, próximo ao bairro Conforto, que remonta ao ano de 1940.
Essas pessoas passaram a formar um contingente de “cidadãos de segunda classe” em
Volta Redonda, uma vez que não pertencendo mais à CSN e não fazendo parte de uma elite
econômica formada pelos antigos proprietários de terra (que, com a vinda da CSN e o
consequente crescimento da cidade, prosperaram na condição de loteadores, especuladores de
terrenos e comerciantes), passaram a viver à margem do sistema na cidade, não podendo
frequentar os clubes, os eventos, a vida social e nem dispondo de benefícios como o centro de
puericultura que cuidava dos filhos dos operários ou a assistência médica no “Hospital da
CSN”. Esses trabalhadores formaram, juntamente com a antiga elite da cidade, o que passou a
se chamar de “cidade velha”, em contraponto à “cidade nova”, que eram os bairros
construídos pela CSN (PIMENTA, 1989).
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Nas áreas da cidade que não “pertenciam” à CSN, que incluíam também os antigos
núcleos de povoamento anteriores ao advento da mesma, ocorreu um desenvolvimento
paralelo ao dos bairros planejados construídos pela usina. Ângela Fontes e Sérgio Lamarão
destacam:
O povoado de Santo Antonio de Volta Redonda, núcleo original da cidade, passou a ser
a ligação entre a Cidade Nova e os bairros surgidos nesse processo, como Retiro, Santo
Agostinho, Vila Americana, entre outros. Volta Redonda, em 10 anos, a partir de 1940, teve
um espantoso crescimento populacional, saltando de 2.782 para 36.964 em 1950, segundo
dados do IBGE.12
Esse rápido crescimento populacional gerou uma série de problemas devido à falta de
desenvolvimento dos bairros não pertencentes à Cidade Operária. A Prefeitura Municipal de
Barra Mansa, sobre a qual deveria recair a responsabilidade por esse investimento, aplicava os
tributos gerados pelas atividades da CSN, em sua maior parte, na sede do município, o que
causava grande descontentamento na população do distrito. Comerciantes e proprietários de
terras do local começaram a reivindicar a emancipação. Esse movimento atendia também aos
interesses da direção da CSN, uma vez que, no início da década de 1950, a Cidade Operária já
havia se tornado dinâmica e com uma certa independência da usina e seria muito conveniente
11 FONTES, Ângela M. M.; LAMARÃO, Sérgio T. N. Volta Redonda: História de uma cidade ou de uma
usina? p. 6.
12 IBGE, Banco de dados agregados. Censo 1940/1950.
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Metalúrgicos iniciou a retomada das suas atividades enquanto verdadeiro órgão de classe,
concentrandos seus esforços na esfera da produção, representando os trabalhadores junto à
direção da CSN e reorganizando a categoria.
Conforme nos aponta Alkindar Costa (COSTA, 2004), tropas do exército ocuparam a
usina em sete ocasiões diferentes. A mais tragicamente notória foi a greve iniciada em 07 de
novembro de 1988, decidida em assembléia do Sindicato dos Metalúrgicos no dia 04. O
movimento era liderado por José Juarez Antunes, sindicalista que, à época, encontrava-se
como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos licenciado, cumprindo mandato de deputado
federal, e que logo depois se elegeria prefeito, vindo a falecer no início de seu mandato.
O movimento teve início a partir de uma reinvidicação de reposição de perdas salariais
dos metalúrgicos, em torno de 26,06% e resultou em uma greve de ocupação que gerou
conflitos nos pátios internos da usina entre metalúrgicos e a tropa de choque da Polícia
Militar, acionada pela direção da empresa a fim de promover a desocupação de suas
instalações. A intervenção da polícia havia sido autorizada por decisão judicial.
Diante da incapacidade da tropa da Polícia Militar de conter os grevistas, outra decisão
judicial determinou que tropas federais realizassem intervenção a fim de desocupar a usina.
Foi acionado o 22º Batalhão de Infantaria Motorizada, sediado em Barra Mansa.
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Figura 13: Fonte: Revista Veja. nº 1060, dez. 1988 apud COSTA,
2004.
Os três operários mortos eram Carlos Augusto Barroso (19 anos), Walmir Freitas
Monteiro (27 anos) e William Fernandes Leite (22 anos). Esses três jovens tornaram-se
mártires desse movimento e da luta dos operários da CSN desde então.
localizado na Praça Juarez Antunes, em frente a Passagem Superior, principal acesso da Usina
Presidente Vargas.
O Memorial 9 de Novembro foi criado pelo arquiteto Oscar Niemeyer a pedido do
Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda. Sobre ele, o próprio arquiteto declarou em
matéria para o Jornal do Brasil:
17 Jornal do Brasil, 15-03-1989. apud. COSTA, Alkindar Cândido da, op. cit. p. 114
40
produzido exclusivamente pela Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), controlada pelo
exército.
7. A PRIVATIZAÇÃO DA CSN
18 Revista Exame, 5-04-1989, p. 56-57. apud. GRACIOLLI, Edilson José. Privatização da CSN. p. 210.
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Os 20% do capital votante dos empregados da CSN não representou para estes o
controle da empresa, uma vez que as empresas integrantes do consórcio, em conjunto,
possuiam a maior parte das ações. O presidente do Bamerindus, Maurício Schulman, foi eleito
presidente do Conselho de Administração da CSN, ficando Benjamin Steinbruch, do Grupo
Vicunha como vice-presidente.
Apesar do discurso inicial do Conselho de Administração, de que não haveria
demissões, estas foram da ordem de 35,75% dos postos de trabalho na empresa
(GRACIOLLI, 2007).
A relação da CSN com a cidade de Volta Redonda havia chegado ao seu ponto de
maior distanciamento. A partir de então, esta relação seria a mesma de tantos outras grandes
estrutras capitalistas no Brasil com as comunidades onde se encontram inseridas. A
Companhia Siderúrgica Nacional e suas terceirizadas continuam sendo os maiores
empregadores da cidade, porém a vida em Volta Redonda não gira mais em torno da empresa.
Com a redução dos postos de trabalho no setor siderúrgico, a cidade teve de encontrar uma
nova vocação para o desenvolvimento de sua economia, tando apostado nos setores de
comércio e serviços, deixando a indústria em segundo plano.
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8. CONCLUSÃO
Entrelaçadas, as Histórias da cidade de Volta Redonda e da Companhia Siderúrgica
Nacional formam uma única trajetória: a do povo que veio para esta terra tentar a sorte, em
busca do “Eldorado” citado pelo Prof. Waldyr Bedê no poema que abre este trabalho.
Entre “arigós” e “cíclopes” foi escrita a História dessas pessoas e a grandiosidade das
experiências aqui vividas merece registro nos anais da História Brasileira. Narrativas que
envolvem preconceito, doutrinação, injustiças e trabalho duro, mas também vida, afetos,
superação e progresso. Assim, feita de contrapontos, se constrói uma cidade única, apesar de
moldada a partir de um esquema já pronto. Volta Redonda soube encontrar sua identidade ao
longo dos anos.
A Volta Redonda de hoje é bem diferente daquela que existia em meados do Século
XX. A relação da CSN com a população resume-se às relações entre empregados e empresa,
não se estendendo aos serviços sociais. A maior parte da população sequer tem relação direta
com a empresa. Uma nova geração agora conduz a cidade, não mais sob os auspícios da CSN,
mas reconhecendo nela a gênese da grande cidade na qual Volta Redonda se transformou.
O município hoje possui, segundo o IBGE 20, uma população estimada de mais de
duzentos e sessenta mil habitantes. A CSN emprega, na usina em Volta Redonda e em outras
unidades do Grupo, cerca de dezenove mil pessoas. Apesar de ainda participar em grande
parte da economia da região, a usina perdeu muito de sua importância econômica. O mesmo
se deu com o seu aparato social, que ainda tentou se manter através da Fundação CSN, logo
após a privatização, mas que hoje atende poucas pessoas em projetos cada vez mais raros.
De toda forma, a presença da CSN e todo o histórico das políticas trabalhistas, do
movimento sindical e da relação fordista entre empresa e cidade permanecem como que
dando um sentido para o que a cidade representa no imaginário de seus moradores até hoje.
Volta Redonda ainda ostenta com orgulho o título de “Cidade do Aço”.
Não haveria lugar melhor do que Volta Redonda para a grande experiência do
progresso industrial brasileiro. Nem povo mais capacitado para enfrentar tal desafio.
9. BIBLIOGRAFIA
BEDÊ, Waldyr Amaral. Volta Redonda na Era Vargas (1941-1964). Volta Redonda:
SMC/PMVR, 2004.
COSTA, Alkindar Cândido da. Volta Redonda ontem & hoje – visão histórica e estática.
Volta Redonda: Glan. 2004.
GRACIOLLI, Edilson José. Privatização da CSN: da luta de classes à parceria. São Paulo:
Editora Expressão Popular, 2007.
MOREIRA, Regina da Luz. CSN um sonho feito de aço e ousadia. Rio de Janeiro: Iarte,
2000.
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OLIVEIRA, Irene Rodrigues de. Jecas, arigós, peões, bisonhos, cíclopes: o discurso “sob
medida” na construção de uma identidade de operário na cidade de Volta Redonda
(1941-1946). Volta Redonda: Revista Epistema Transversalis, v. 4. nº 2. p. 22 a 32. Jun. 2013.
PIQUET, Rosélia. Cidade empresa: presença na paisagem urbana. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 1998.