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‘o longo percurso \ percur ‘alive que ti eral cle 1820, provacdo, em 182: dai Constituicdo que ve vintista. Oque a careicterizavae come led Wal Morea (Ueland ae Damingues (Gaeta) A PRIMEIRA “CONSTITUICAO POLITICA” QUE VIGOROU EM PORTUGAL mnome da San tisimaeindint sivel Trindade, asCortes Gerais Fxtraordinatias -e Constitutes da NagioPort guesa deere tuigao Poitca. a reitos ee cata e oem geral det: ‘dos os partagueses” Com estas pala vraspreambulares.no dia2desetem. to tevolcionarie de 24 ale agosto de 1820: aprovar uma pols de adotado ne Magno Congresso, ‘textoconsttucional viriaa ser jurado Dor D, foao VE, no dia 1 de ou ‘depois pelasautoridadescle todo oRet n,no dia3 denovernbsodde 1822. Ape sat da protocolar invocacae divina, ‘Nagao Portuguesa”, através das Cor tes eles, assumia cla mesma asta autodeterminago constituinte ¢ ‘constitula-se em novos maldes q do aorganizacio do poder politico. Com 2 aprovagie da Constituigao, Portugal alinhava, ainda que com a6 adasde araso, na revolucio-eonst ‘conalisa iniclada na independéneia americana (776) ¢ na revolugdo fr ‘cesa(l7B9),visando estabelocer 0 moderno: soberania eonstituinte da nagaooudo pow expressa mumiaco sbordinagio dopader representative" co parlamento diretamente eleito: sepa ragio de sderes, eabendo 0 poder le mento e proteca dos direitos ind das iberdade, proprtedade, ete) Das antigas “Tels fundamentals” A Constttulgse como Lal Fundamental Nasauspiciosis palavrasde wm cowvo ‘cortespandente do perididica “Borbo: Teta Constituciona(lerga-feira, Bde novemnbo de 1822. “esencreserito nos lwrosdo destino que a heroica Nagao portuguesa, aconfando ur dia dole targoom que jaza,procurasse sac de sias desgracas piblieas que tanto ‘doprimiramn Fstava reservader para ‘as Cortes Gerals Extraordinarlas.e Constituintes.damesma Nacdo. als fia de fazer eviver, ampliar telor a6 mar as Leis Fundam alsa Monar quia ¢ restituir 08 seus cidadaos aos legtimos politicos direitos de que ve -achevemesbulhados.dando-thewma Constiicao Politica” ‘idea de “fazer revive reformer a Lois Funda Monarquia” fo, seguramente. calig daa parti do préprie preim oda ‘Constiutcao eretomava eargumento politica de que arevoluio visava, es ‘Sencialmente, restaurar(eatualizar) antiga “constitui¢ae" do Rein ‘cluindo a representagao em Cor “quewabsolutsmo tinka ignorado, Tea tase, no entanto, cle uma Invocagao -enigmetica ede eificil explicitacao -emmeatosdo éeutlo XVIL JA Thomas Hobbes se queixavar~Nuntca ple ver -emnentum autora quewmatelFun ‘damental significa” -, que coloca s6- Flas dificuldades a uma defi Dae pte erat terminagao exata de quaise feridas Leis Pun mentais ca momar -qula portusgeesa. Nao sendoesteo mementos olocal Dropicios para tratar assunto tao del ceado, podenos adfanta qateas Leis Pan umentals do Reino, eriundas do Dat Conerqu Rey ele browem Lamego, defpsis que oSummePemifice Ibe mandon « Bulla da confie ‘mafia do Reyna, eae lgat ote jst fee ptr! sso one seca ‘ecfariay nem a podia dar 205 seni aeoapiae Taleeae Gc eacpiie assed somprehende outras coulas do eee ‘soli pa sae note acon deal epee ei Sear sa le Amtigo Regime, stodefacto eran te consideradas como o parente mals Dreximo das constitulcoes normativas sem sentidensodemo, Aspprimciras te ferénelass Lois ondanioneales sur cern Franga, mas obras de nn: ull de Théodore de Bez, publicadasna déeada de 70 doséculo XVI, Ainda no final desse século, em Inglaterra surgiaa primeirareter expressa is _slesas, numa o ddatada de de janeito de 1596, i Portugal. as Lets Fundamentals do Reino andam associadas ao moxt ‘mervo revoluciondrie da Restauragio sda independéncia(iniciadoem fem Tie dezembrode 1610), surgindo referidas pelaprimeiravez numaobra de Luts Marinko-de Azevedo, “Excla ‘maciones Politica. uridicuse Mora- es" 1615). Mas acabsrann por fea te ‘duridas.s leis emanadas pelas Cortes tdeLamego (Circa 149) pelasCortesde shea doanodeNG7LepelasCantesde Lisboa do-ano de 1697, que 6 versa ‘yam sobze asueessae da coron ea te _gencia ou utoriaem casos de menott slide ou ineapacidade do re. Conse- ‘quentement, a iteratura politica ab ‘AtusB035CoreseProjtooficat Lenega.nosaheees dosCtes(1820, Stqacemamam —Cerstio Pana aspemensies Monga Poruguess solutista do século NVI acabarta por hes etirar qualsquet pretensocs det ‘ita ioao exerciciodo pader poiiticn Keortes, “direitos dos povos”, ete) ‘ransformanclo-as ena swples instr ‘mento de legitimacaa do poder abso: Iutodoreledejustifcacao-da"monar ‘quia pura” ou “plena” como forma de Estado, Nao sera despiclendo que, no ‘manifesto outorgado em 28 de marco de 1832, ore D. Miguel aindaas cont sse 3 invocar aesidamente como plausivel suporte jusfundamental da stEieausaabwoluisa axsim descartan doanecessidade de uma constitelcio, "Todavta,nafraseacima etadabiave- sa que sublinhar nao somentea ida sde“reviver” as antigasleis fundamen this, mas também a idea de as “ane pillar e“reformar”falém de as cod ‘car num nico texto. E¢ justamente Dor isso que. nos artigos 27°€29*. 0 testa constiteional weahasalizar a ex Dressio"Lei Fundamental” e“leis fun ‘damentais" para designar a propria Constitulgao, assim alterando 0 para ‘digna constinicional das Leis Funda ‘mentatsanteriormente vigentes, quer sui a0 seu dinbito quer quanto 4 ‘suasubstineia, desde logoafasta préprio monarea do processo consti- inte, o que nao sticedera na fom ‘ste das antégas leis fundamentais” ‘Nao é por acaso que, ainda hoje alga ‘masconstituigoestem adesignagaode “Lei Fundamental” (como é 0 caso da Alemanhad e que os constitueionalis ts usam correntemente essa expres ‘sto como sinénima de Constituicio, ‘ procedimento constituinte A progressista teoria constituctonal adotada pelo Vintismo concebia rei ‘como um érgao constituido e nie ‘constituinte-oqual portant clevia ser ‘excluido de participar na elaboracio dotextoconstitucional do pais. Naprs ica, aerupgao ehegemoniaassummida pelo principio da soberania da Nagao Fez com que rel, D. 1020 VI, fosse ‘completamente exclu deste proce- dimento constituinte, até porque se ‘opds. enquanto pode, a rexolugao ‘eonstitucional, Emsuma, o texto originirio de 1822 derivou de um procedimento consti- tuintedemoeritico representativo,eX- clusivamente fevado a cabo por uma assembletaconstituinte saberanaclt- ta ad hoc, com plenos poderes para claborar eaprovaraConstitutco,“sen dependéneia da sancao do rei” a 27." da Constituigao), De testo, como vimos em anterior artigo-desta série, as proprias Cortes constituintes ti nnham sido convocadas pelos revolu clontrios de 1820 revelia do ret ( senten Rode laneitod eda Regéncia Ae Lisboa. que tentaram reunir pres sa as Cortes tradlicionals, convocando os “trésestades da Reino” -Nabertura ¢ instalagao oficial das. Cortes ororreuno dia 26 de janeiro te 1821(comumasessiopreparatériaan terior. realzada no dia 24 de janeiro), rnasala dalivratiado Conwento das Ne cessldades.apenascom apresengados Aeputadesda metrépole(nasessio oft cal de abertura, no dia 26 de janelzo, estiveram presentes74 deputados) que ian sido eleitos em dezembro de 1820, uma vez que os eeputados das thas adjacentes e dos dominios ultra: ‘marinos s6 posteriormente viriam a ser eletoseintegradosno MagnoCon _gresso (vero nossoartigo de junho de 2018.0 N° Lda IN Historia). ‘Ostraballos decorteraminintcersp. tamente es6 eessaram no dia # de no Yeinbro de 1822, ap6s 0 juramento a Consttuicione pals, coma dissolucho ‘dasCortesConstituines, quederamhu- {gars Cortes ordinirias, emtretanto leitas. Nocursodestesdoisanosdein- tensa tividade parlamentar, as Cortes nto se lnitaram 3 tarefa consttuinte, tendoassumido praticamente todasas fangdes politics, legistativas (e em parle judicial) do Estado, colocando mesmo em eauisaa pedra de toque do ‘constiuicionalismotiberal-o principio dla separacio de poderes -,0 que Ihe _mereceu auras citicas, vf do “Cor: reio Braviliense”: “Com estas nogoes vYagas ele poder infinito. achamos as Contes ingerindo-se na parte execute vada administragto eos particulares fazendo-Ihes petigdes sobre toda a ‘Sortede negécios grandese pequenos” Centrando-nos. por ora, mo labor {que gerost a Constitutgao, 0 procedt _mento constituinte teve a particulari dade deter sido desernolvido em tes fasesdistintas: numa primeira fase as Cortes aprovaram um texto constitu clonal interino; numa segunda fase, estabeleceram o projeto oficial da Constituigto:e s6 depots. numatereet ra fase, passaram a preparagie doex- to consttucional defi oa

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