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Filosofia Política- Ir Gaudium Maria- N°15

Argumentação do trecho do livro “10 Livros que estragaram o


mundo”
O Príncipe
Nicolau Maquiavel (1513)
Diante da exposição do que se trata o livro O Príncipe, evidentemente
temos que concordar com o autor desse texto, já que de certa forma esse livro
influenciou negativamente o mundo em que vivemos e para constatar isso
devemos olhar para a nossa realidade no tempo atual e destacar 4 pontos que
podemos observar nos dias atuais e encontrar esses pontos no livro de Nicolau
Maquiavel, sendo esses pontos a aparência em ser bom, a engenhosidade
negativa, os meios negativos para obter um bem e o abandono de Deus.

Toda pessoa de um cargo de autoridade necessariamente deve ter uma


aparência boa, isso é lícito, o problema é quando a aparência não condiz com
as atitudes dessa pessoa, ou seja é aquilo que Nosso Senhor diz em Mat 7,15
“Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas
por dentro são lobos arrebatadores.” Estamos cansados dentro da política
quando um candidato algum cargo de poder se faz de “bonzinho” para ganhar
voto e alcançar o poder, mas depois é como um lobo que realiza o mal no
poder, com isso para Maquiavel vale mais uma aparência de ser bom do que
de fato ser bom, já que se de fato for bom ele não poderá agir cruelmente,
então é melhor ser um bom fingidor e dissimulador.

Tendo isso em mente podemos dizer que uma autoridade segundo o


coração de Maquiavel, permita-me dizer, deve ser engenhoso, já que para ter
um “ar” de ser bom, deve realizar as piores artimanhas possíveis para ter essa
aparência de ser bom e mesmo assim praticar a crueldade, e isso só é possível
com essa chamada engenhosidade negativa. Fica nítida essa engenhosidade
quando no Capítulo 7 Maquiavel louva César Bórgia e nos apresenta como ele
lida com os problemas de maneira engenhosa, sendo capaz de através de um
ato transformar a revolta que o povo tinha a ele em admiração. Isso é tão real
que somos acostumados a escutar do nosso povo uma certa sentença
“Roubou, mas fez!” será que em nossos dias os nossos políticos não realizam
esse tipo de engenhosidade?

Devemos entrar em concordância quando ao lermos O Príncipe,


Maquiavel não chega a dizer essa próxima asserção, mas podemos apreender
de seus ensinamentos que “Os meios justificam os fins”, isso é tão presente no
livro que poderia fazer um trabalho só de exemplos segundo esse cunho, mas
devo me deter na realidade de nossos tempos, quantas coisas em nossas
políticas são meios negativos para alcançar bens supostamente positivos,
posso citar aqui a questão do aborto, o incentivo no uso de camisinhas nas
escolas, a eutanásia e entre outros tantos temas que poderíamos abordar,
infelizmente esse tipo de pensamento está cada vez mais fazendo parte da
linhas de raciocínios de nossos políticos.

Com certeza que um dos caminhos para eles chegarem a esse


resultado foi o abandono completo da noção de Deus, principalmente do
cristianismo, visto que onde nos países onde essas pautas supracitadas são
lícitas, o governo se voltou contra a Igreja, e isso é confirmado quando a igreja
diz que “Os meios não justificam os fins”, ou seja para que esse tipo de
crueldade aconteça e seja aprovado pelo povo, primeiro o governo precisa
realizar um trabalho em massa para excluir dos pensamentos do povo, esta
noção de Deus. Estamos vendo essa manobra acontecendo na china, Coréia
do Norte, em países da Europa e da América Latina, onde a Igreja Católica ou
sofre censura ou ela tem uma baixa atividade.

Contudo isso precisamos nos posicionar contra esses tipos de


pensamentos e principalmente através de nossa moral judaico-cristã sermos
contra qualquer tipo de mentalidade que vá contra os nossos ideais,
precisamos ser essa força contrária e cada vez mais influenciar o povo e
sensibiliza-los para não deixar esse tipo de coisa passar nas próximas
eleições.

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