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PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de
sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “Desafios para a inclusão das pessoas com deficiência na
sociedade”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de
vista.

Texto 1
A frase mais repetida por todos os que trabalham com a inclusão de pessoas com deficiência é: a
inclusão é um processo. É o que falamos para nós mesmos e para nossos companheiros de estrada
em momentos de comemoração e também para nos animar frente a um aparente retrocesso. Essa
sentença tem complementos, e o mais frequente é o que compara nosso árduo trabalho ao das
“formiguinhas”. Nesse caso, lembro sempre de uma observação de Rosangela Berman Bieler,
jornalista e ativista do movimento das pessoas com deficiência no Brasil: “Torço para que, um dia,
esse formigueiro tão grande, que construímos com tanto afinco, mas sem que a sociedade o visse,
exploda como um vulcão, se espalhe por uma área enorme e seja visto por todos!”.
Falar que a inclusão é um processo significa dizer que ela muda à medida que avança, encontra
dificuldades e pode dar passos para trás até descobrir outros caminhos – a partir da interação com
as pessoas, com os fatos e com as circunstâncias de cada tempo e momento. Significa também
dizer que ela nasce dentro de cada um de nós, mesmo naqueles que já se consideram “inclusivos”.
Sempre temos algo a aprender. Há sempre mais uma fronteira para transpor.
Fonte: http://diversa.org.br/artigos/quais-sao-desafios-inclusao-pessoa-deficiencia/

Texto 2

Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-kxyt26AVGEI/TZUYY1HyK9I/AAAAAAAAAB0/0uHB_qF0t3A/s1600/01.bmp

Texto 3

A inclusão de pessoas com deficiência é, ao mesmo tempo, um desafio, uma necessidade e uma
grande oportunidade para as empresas. No Brasil a chamada Lei de Cotas (art. 93 da Lei nº
8.213/91) estabelece a obrigatoriedade de que empresas com cem ou mais empregados
preencham uma parcela de seus cargos com pessoas com deficiência. A porcentagem varia de
acordo com a quantidade geral de funcionários, com o mínimo de 2% e o máximo de 5% (para
organizações a partir de mil colaboradores).
Porém, independente da obrigatoriedade, este processo de inclusão tem uma série de impactos
tanto do ponto de vista social quanto econômico. Para os portadores de deficiência, a atuação nas
empresas significa uma forma de exercer uma atividade laboral remunerada de maneira digna. É,
ainda, a possibilidade de estabelecerem uma interação constante com outros profissionais. Trata-
se de um caminho para a independência e a construção de uma autoestima mais saudável, o que
favorece todo o processo de sociabilidade desses indivíduos, inclusive em outros ambientes.
Outro ponto positivo é o fato de as empresas, seus gestores e colaboradores, terem a oportunidade
de conhecer de perto as necessidades dos portadores de deficiências, o que favorece a
desmistificação dessa condição, diminuindo e até eliminando possíveis preconceitos preexistentes.
Do ponto de vista econômico, esse processo de inclusão também funciona como um propulsor
positivo. Afinal, quanto mais pessoas estiverem exercendo atividades remuneradas – adquirindo
poder de consumo – mais aquecida será a economia.
Fonte: http://blog.isocial.com.br/importancia-da-inclusao-de-pessoas-com-deficiencia-mercado-de-trabalho/
TEXTOS DE APROFUNDAMENTO NO TEMA

Filmes sobre Pessoas com Deficiência

Intocáveis (2012)
Conta a história de um homem rico, tetraplégico e seu cuidador, um homem negro que nunca
trabalhou como cuidador e nem conviveu com pessoas com deficiência. Esse cuidador foi escolhido
pela pessoa com deficiência, que ao entrevistar vários candidatos o escolheu.
Conceitos – chaves: Independência e autonomia, a importância da relação PcD e cuidador,
desenvolvimento pessoal.
Meu nome é Rádio (2003)
Baseado na história real de James Robert Kennedy, um jovem com deficiência intelectual e um
treinador de futebol americano, que tenta ajudar James, passando a protegê-lo e dando-lhe uma
ocupação, depois que alguns jovens da equipe fazem uma “brincadeira” de péssimo gosto com
ele. Como ele não falava e o treinador não sabia o nome dele, passou a chamá-lo de Rádio, por
que ele gostava de rádios.
Conceitos – chaves: Capacitismo, inclusão.
Colegas (2012)
Conta a história de três amigos com Síndrome de Down que fogem da instituição em que vivem
para ir em busca de seus sonhos: ver o mar, voar e se casar.
Conceitos-chaves: Diferença entre integração e inclusão, independência, realização pessoal.
Essa é uma boa sugestão da lista de filmes sobre Pessoas com Deficiência para o dia 21 de
Março, em que celebramos o Dia Internacional da Síndrome de Down.
Hoje eu quero voltar sozinho (2014)
Primeira produção nacional da lista, o longa-metragem traz como personagem principal Leonardo,
um adolescente cego em busca de independência e que precisa lidar com uma mãe superprotetora.
Além de buscar autonomia, Leonardo passa a entender melhor sua sexualidade quando conhece
Gabriel (Fabio Audi), que é recém chegado na cidade, e por quem Léo se apaixona.
Conceitos – chaves: Interseccionalidade, autonomia e independência, sexualidade da pessoa
com deficiência.
Uma lição de amor (2001)
Sam Dawson é um homem adulto com um tipo de deficiência mental que limita o
desenvolvimento de habilidades de inteligência, por exemplo, fazendo com que ele tenha a
capacidade intelectual de uma criança de sete anos. Sam é pai de Lucy (Dakota Fanning), que foi
abandonada pela mãe após o nascimento, e a cria com a ajuda de quatro amigos também
deficientes.
Quando Lucy atinge idade suficiente para perceber as limitações intelectuais do pai, ela passa a
propositalmente frear seu próprio desenvolvimento, principalmente na escola, para que eles não
se distanciem. Ao completar sete anos, Lucy é levada a um orfanato pela assistência social, sob
alegação de que seu pai não tinha capacidade de criá-la.
Incentivado por seus amigos, Sam inicia uma batalha judicial para manter a guarda da filha, que
também deseja estar sob os cuidados dele.
Conceitos – chaves: Inclusão, desenvolvimento pessoal, acessibilidade.
Como eu era antes de você (2016)
Conta a história de um jovem rico e bem sucedido, que após um acidente de moto, fica
tetraplégico. Essa situação o deixa depressivo e extremamente arrogante. Para tentar ajudá-lo, os
pais contratam uma cuidadora: uma jovem sem muitas perspectivas na vida, com dificuldades
financeiras e que precisa trabalhar para ajudar os pais. Aos poucos, eles se envolvem.
Conceitos – chaves: Ajudas técnicas, acessibilidade, desenvolvimento pessoal, autonomia.
Como estrelas na terra (2007)
História de uma criança com dislexia que não é compreendida pelos pais e professores. Os pais,
na tentativa de ajudá-lo, resolvem colocá-lo num colégio interno e lá ele conhece um professor de
artes, que também tem dislexia e ajuda o menino a entender sua condição e encontrar maneiras
alternativas para seu processo se aprendizagem.
Conceitos-chave: Múltiplas maneiras de aprendizagem, inclusão escolar.
Milagre na Cela 7 (2019)
História de um pastor de ovelhas com deficiência intelectual, que vive com a filha e avó em uma
vila. Sua rotina muda drasticamente quando ele é acusado de matar a filha de um comandante.
Preso numa cela com outros prisioneiros, aos poucos ele vai mostrando a todos sua condição.
Sua filha de 6 anos, também luta para tirar o pai da prisão.
Conceitos – chaves: Vieses inconscientes, capacitismo.
Extraordinário (2017)
História de um menino com deformidade facial, que após passar anos tendo aulas em casa com a
mãe, vai a 1º vez para a escola.
Conceitos – chaves: Preconceito, diversidade e inclusão.
O farol das orcas (2016)
História de uma mãe que viaja com seu filho autista atrás de um biólogo que interagia com orcas,
para tentar ajudá-lo a desenvolver suas emoções e socialização.
Conceitos – chaves: Autismo, acolhimento, empatia.
A Teoria de tudo (2014)
Biografia do cientista Stephen Hawking (1942 – 2018) que retrata o início de sua carreira como
cientista na universidade de Cambridge e seu romance com a primeira esposa, a também
universitária Jane Wide.
Ao retratar seu trabalho e vida pessoal, o filme não poderia deixar de abordar a Esclerose Lateral
Amiotrófica (ELA), doença com a qual o cientista foi diagnosticado aos 21 anos. A ELA é uma
enfermidade motora neurodegenerativa rara, paralisante e sem cura, que afeta o controle dos
músculos.
Conceito – chave: Resiliência.
O Filho Eterno (2016)
Baseado no livro homônimo de Cristóvão Tezza, o longa conta a história de Roberto (Marcos
Veras) e Cláudia (Débora Falabella), um casal que aguarda ansiosamente o nascimento do
primeiro filho. O protagonista da história é Roberto, um escritor que vê na chegada do filho uma
oportunidade de recomeço, mas tem suas expectativas frustradas quando Fabrício, seu bebê,
nasce com Síndrome de Down — uma alteração genética que causa comprometimento
intelectual.
Por se passar nos anos 80, o filme trata como a síndrome, que era chamada de “mongolismo” na
época, era um assunto tabu e cercado de preconceitos. É nesse cenário que Roberto vive uma
espécie de revolta em relação a seu filho e precisa aprender a lidar com a criança.
Conceitos – chaves: Inclusão, preconceito.
Livros

1. Ainda Sou Eu: Memórias


Por Christopher Reeve
Esta obra tem um personagem muito famoso, que provavelmente você o conhece: o Super-
Homem. Apesar disso, este livro não trata das histórias de aventura desse personagem. Na
verdade, é a autobiografia do ator que está por trás da versão mais famosa do Homem de Aço
no cinema, Christopher Reeve.
Após o acidente que o deixou tetraplégico, Reeve resolve contar suas histórias para o mundo. No
livro, ele fala sobre a carreira de ator e descreve a complexa relação com os pais e a luta incansável
de lidar com a condição de pessoa com deficiência.
Não há como não se emocionar com a perspectiva de vida desse grande herói — dentro e fora das
telas.
2. A Saga de um Campeão
Por Lars Grael
O esporte feito em alto mar é realmente muito desafiador. E desafio é o que o atleta Lars
Grael gosta de enfrentar. Em 1998, seu veleiro foi atingido por uma lancha em alta velocidade.
Esse acidente acabou custando-lhe uma perna.
No seu livro A Saga de um Campeão, Lars conta os detalhes do momento em que ficou entre a
vida e a morte em consequência do acidente e também narra a reconstrução da sua carreira.
3. Roda Viva: Memórias de um cadeirante
Por José Carlos Morais
Uma história de sucesso! Nesse livro, o autor conta o antes e o depois do acidente que o deixou
paraplégico.
Com um texto leve e envolvente, José Carlos nos insere em sua rotina, contando sobre sua
reabilitação, sua nova rotina, suas lutas e suas conquistar.
Além de ser médico, José também era esportista. Disputou três paraolimpíadas, nove mundiais e
foi o primeiro do ranking brasileiro de tênis por seis vezes consecutivas.
4. Histórias de cego
Por Marcos Lima
O livro se trata de uma coletânea bem humorada e divertida das melhores crônicas de um projeto
iniciado por Marcos Lima em um Blog e no Youtube. Nessas crônicas, o autor conta sobre sua
vivência em uma sociedade tão visual, mostrando sua “visão” pessoal do mundo.
Marcos Lima mostra como as pessoas cegas devem ser vistas na sociedade com uma leitura leve
e envolvente.
5. Amizades Improváveis
Por Jonathan Evison
Do autor de best-sellers do New York Times Jonathan Evison, este livro conta a história de
um cuidador profissional que enfrentou uma tremenda perda em sua vida. Ele começa por fazer
um trabalho cuidando de um jovem com distrofia muscular de Duchenne.
O romance, como a vida, está cheia de detalhes obscuros e felizes. Algumas das cenas mais
divertidas são as conversas cruas entre o cuidador e o jovem.
6. Não era você que eu esperava
Por Fabien Toulmé
Em formato de quadrinhos o livro conta a história de um casal que recebe a notícia que sua filha
recém nascida tem síndrome de down.
O livro mostra com leveza e sinceridade como foi o processo de aceitação dos novos pais. Além
de conter momentos engraçados e informativos, o livro também emociona e gera muita reflexão ao
seu leitor.
7. A Beleza é um Verbo
Por Sheila Black, Jennifer Bartlett e Michael Northen
Este livro é uma antologia de poesia de 37 autores com deficiência.
Cada seção começa com a declaração do artista sobre seu trabalho, seguida de uma seleção de
poemas em estilos experimentais. A obra pode ser entendida como um exemplo de educação
inclusiva.
8. Olhando para Trás
Editado por Kenny Fries, este livro é uma antologia incomum. Estão reunidas histórias de não
ficção, ficção, poesia e drama.
Participam da obra 37 escritores com deficiência. Temas de conexão, humanidade e justiça social
atravessam todas as histórias.
9. Do Outro Lado do sol
Por Katia Yuriko
Aos 19 anos, Kátia Iuriko Ito foi vítima de um angioma cerebral, que danificou de forma radical os
seus movimentos do corpo. Com isso, ela teve que refazer a sua história pessoal, reaprender a ler
e escrever, e imaginar o mundo de outra forma.
O livro é uma lição de vida, contando a história incrível de uma mulher determinada a viver e
aproveitar a vida.
10. Feliz Ano Velho
Por Marcelo Rubens Paiva
O autor, Marcelo, conta como sua vida mudou a partir de um grave acidente após mergulhar em
um lago a poucos dias do Natal de 1979, que o deixou tetraplégico.
Nesta autobiografia, Marcelo não apenas narra a experiência de pessoa com deficiência, mas
também descreve momentos importantes da história do Brasil. Não é à toa que essa obra é
considerada uma referência na literatura brasileira contemporânea.
11. Salvando Meu Filho
Por Richard Galli
Richard Galli narra os 10 dias que se seguiram ao acidente com Jeffrey, seu filho de 17 anos.
Jeffrey mergulhou numa piscina e bateu a cabeça. Embora tenha sido salvo pelo pai, o rapaz ficou
tetraplégico por conta da forte batida da queda.
Galli, no entanto, encara um futuro não imaginado para o filho e sente as dificuldades que ele vai
enfrentar. Esta obra é um convite para refletirmos sobre nossas escolhas.
12. Devoção
Por Dick Hoyt e Don Yaeger
Este livro descreve a trajetória de Dick e Rick Hoyt, pai e filho que têm uma ligação de amor e apoio
incondicional. Rick nasceu com tetraplegia espasmódia, apesar das dificuldades, seus pais
estavam determinados a dar todas as oportunidades para o filho.
Rick e o pai participaram de mais mil corridas e ficaram conhecidos no mundo inteiro pela força e
coragem, o lema da dupla é: “Sim, você pode!”
A história dessa família é referência quando assunto é determinação. Dick e Rick são exemplo não
apenas para as pessoas com algum tipo de deficiência, mas sim para todos nós.
13. Sem Asas ao Amanhecer
Por Luciana Scotti
Luciana Scotti, quando jovem, teve uma trombose cerebral e ficou muda e tetraplégica. No livro, a
escritora revela sua história, seus medos, sua força pela vontade de viver.
14. Despertar para ser. Eu chego lá
Por Gilberto Stanieski Filho
Mesmo depois de sofrer um acidente que limitou seus movimentos e mudou totalmente sua vida,
Gilberto decidiu que não iria parar. Nessa história, o autor conta como lutou pela vida e seus
aprendizados.
Gilberto mostra como seu apego à vida o ajudou a lidar com as fatalidades e se tornar um exemplo
de coragem e superação.

Disponível em: https://blog.freedom.ind.br/livros-sobre-deficiencia-fisica-que-voce-deveria-ler/

Legislação

Lei 13.146/2015 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência


Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais
pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. (...)
Art. 5º A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante.
Parágrafo único. Para os fins da proteção mencionada no caput deste artigo, são considerados
especialmente vulneráveis a criança, o adolescente, a mulher e o idoso, com deficiência.
Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:
I - casar-se e constituir união estável;
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações
adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária;
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em
igualdade de oportunidades com as demais pessoas.

LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989.

Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social,


sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos
dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá
outras providências.

Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência
o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho,
ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes
da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico.

Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da
administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos
assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de
outras, as seguintes medidas:

I - na área da educação:
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que
abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e
reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação próprios;
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas;
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino;
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1
(um) ano, educandos portadores de deficiência;
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais
educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de
pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;
II - na área da saúde:
a) a promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao
aconselhamento genético, ao acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à nutrição da
mulher e da criança, à identificação e ao controle da gestante e do feto de alto risco, à imunização,
às doenças do metabolismo e seu diagnóstico e ao encaminhamento precoce de outras doenças
causadoras de deficiência;
b) o desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidente do trabalho e de
trânsito, e de tratamento adequado a suas vítimas;
c) a criação de uma rede de serviços especializados em reabilitação e habilitação;
d) a garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência aos estabelecimentos de saúde
públicos e privados, e de seu adequado tratamento neles, sob normas técnicas e padrões de
conduta apropriados;
e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave não internado;
f) o desenvolvimento de programas de saúde voltados para as pessoas portadoras de
deficiência, desenvolvidos com a participação da sociedade e que lhes ensejem a integração social;

III - na área da formação profissional e do trabalho:


a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso aos serviços
concernentes, inclusive aos cursos regulares voltados à formação profissional;
b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de empregos, inclusive
de tempo parcial, destinados às pessoas portadoras de deficiência que não tenham acesso aos
empregos comuns;
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e privado, de
pessoas portadoras de deficiência;
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor
das pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da Administração Pública e do setor privado,
e que regulamente a organização de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e
a situação, nelas, das pessoas portadoras de deficiência;

IV - na área de recursos humanos:


a) a formação de professores de nível médio para a Educação Especial, de técnicos de nível
médio especializados na habilitação e reabilitação, e de instrutores para formação profissional;
b) a formação e qualificação de recursos humanos que, nas diversas áreas de conhecimento,
inclusive de nível superior, atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas portadoras
de deficiências;
c) o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do
conhecimento relacionadas com a pessoa portadora de deficiência;

V - na área das edificações:


a) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a funcionalidade das edificações
e vias públicas, que evitem ou removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência, permitam
o acesso destas a edifícios, a logradouros e a meios de transporte.

Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra


as Pessoas Portadoras de Deficiência
Tem por objetivo prevenir e eliminar todas as formas de discriminação contra as pessoas
portadoras de deficiência e propiciar a sua plena integração à sociedade.
LEI Nº 11.126, DE 27 DE JUNHO DE 2005
Dispõe sobre o direito do portador de deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes
de uso coletivo acompanhado de cão-guia.

Citações e afins

A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades.


Paulo Freire
Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar.
Carlos Drummond de Andrade

Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças


Mantoan

A ideia de inclusão social remete as noções que Émile Durkheim tinha da educação e sua função
de integrar harmoniosamente o indivíduo na sociedade, evitando os conflitos e o isolamento.

Vygotsky considera que a deficiência, defeito ou problema não constituiriam, em si, um


impedimento para o desenvolvimento do indivíduo.

Dados estatísticos
Nível de instrução das pessoas com deficiência de 15 anos ou mais

Fonte: https://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/node/763
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/10/1825694-falta-de-acessibilidade-e-maior-entrave-
para-contratar-pessoa-com-deficiencia.shtml

O Censo Demográfico 2010 pesquisou as deficiências visual, auditiva, mental e


motora e seus graus de severidade, o que permitiu conhecer a parcela da população que é
incluída nas políticas públicas específicas. A metodologia considerou os graus de
severidade de deficiências das pessoas que responderam “sim, grande dificuldade” ou “sim,
não consegue de modo algum”.
Entre as pessoas que declararam ter deficiência visual, mais de 6,5 milhões disseram
ter a dificuldade de forma severa e 6 milhões afirmaram que tinham dificuldade de enxergar.
Mais de 506 mil informaram serem cegas.
A deficiência motora apareceu como a segunda mais relatada pela população: mais
de 13,2 milhões de pessoas afirmaram ter algum grau do problema, o que equivale a 7%
dos brasileiros. A deficiência motora severa foi declarada por mais de 4,4 milhões de
pessoas. Destas, mais de 734,4 mil disseram não conseguir caminhar ou subir escadas de
modo algum e mais de 3,6 milhões informaram ter grande dificuldade de locomoção.
Cerca de 9,7 milhões declaram ter deficiência auditiva (5,1%).
A deficiência auditiva severa foi declarada por mais de 2,1 milhões de pessoas.
Destas, 344,2 mil são surdas e 1,7 milhão de pessoas têm grande dificuldade de ouvir.

A deficiência mental ou intelectual foi declarada por mais de 2,6 milhões de


brasileiros.

Disponível em: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/04/239-dos-brasileiros-declaram-ter-alguma-deficiencia-diz-


ibge.html - Acesso em: 17 ago. 2017

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