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Como conseguimos verificar num dos resultados do artigo base, a existência de um membro

músico na família do aluno estava associada a uma autoeficácia superior e uma das explicações foi
que esses mesmos alunos predispunham de uma dita “capacidade inata”.
Posto isto, será a habilidade musical algo hereditário, ou a simples existência de um membro
da família músico é capaz de influenciar a auto eficácia e o consequente desempenho do individuo?
Por um lado, estudos sugerem que a predisposição genética pode influenciar a habilidade
musical de uma pessoa e, portanto, a sua autoeficácia e desempenho musical.
Mosing et al. (2014) elaborou um estudo com gêmeos idênticos e não idênticos e concluiu
que a habilidade musical tem uma base genética significativa, especialmente no que se refere à
percepção de ritmo e à habilidade de distinguir sons. Além disso não encontraram efeito causal da
prática musical na habilidade musical.
Por sua vez, Oikkonen et al. (2015) mostram que há locais no genoma relacionados a funções
cognitivas e sensoriais que estão associados à aptidão musical. No entanto, concluíram que a aptidão
musical não depende apenas dos genes, mas também de outros fatores.
Desse modo, é possível supor que a simples presença de um membro da família músico,
ignorando a influência da genética, pode proporcionar uma autoeficácia superior.
De acordo com Amato (2008), a família exerce uma forte influência na iniciação musical dos
filhos, principalmente na transmissão de valores, hábitos e costumes musicais, concluindo que o
talento que os músicos possuem não é inato, mas resultado da motivação do estudo da música
promovida pela família, entendida como agente social.
Ainda procurando responder à pergunta, foram três as sugestões e explicações que nos
ocorreram durante a elaboração do trabalho: o Modelo de comportamento, a exposição precoce à
música e o estudo diário. No primeiro caso, admirar um membro da família devido à sua vocação
pode ser um modelo de comportamento para outros membros da família que desejam seguir os
mesmos passos. O seu sucesso pode aumentar a autoconfiança e a autoeficácia do indivíduo,
permitindo que ele acredite nas suas próprias habilidades. A exposição precoce à música por meio
de um membro da família músico pode também aumentar a familiaridade com a música e
proporcionar um aumento da confiança. Finalmente, Pais que são mais envolvidos na educação
musical, tendem a ser mais firmes na exigência do estudo diário. Insistindo na prática diária, esses
pais ensinam disciplina e consolidam hábitos, que, uma vez estabelecidos, dificilmente se modificam.
Em suma, tanto a predisposição genética quanto a influência da família parecem afetar a
autoeficácia e, consequentemente, a performance de um indivíduo. No caso da predisposição
genética, há evidências de genes associados à aptidão musical, no entanto, toda essa aquisição não
seria viável sem o estímulo do meio ambiente, talvez tão ou mais importante do que as chamadas
qualidades inatas.
McPherson, G. E. (2009) apresenta dados de estudos que demonstram a importância do
envolvimento dos pais na educação musical de seus filhos e discute as características dos pais que
tendem a ser mais envolvidos na educação musical de seus filhos, como terem experiência musical
prévia e um forte interesse pela música. Além disso, o autor destaca a importância dos pais
incentivarem a prática diária da música, que ensina disciplina e consolida hábitos importantes para o
desenvolvimento musical.
Pontos fortes e pontos fracos/ limitações

Começando pelos pontos fortes, podemos destacar a importância de abordar um tópico na educação
musical: a auto eficácia e motivação dos alunos no estudo do piano; o facto dos autores levarem em
conta diferentes variáveis, como idade, experiência prévia em música, feedback do professor e apoio
dos pais; o estudo incluir entrevistas com alunos e professores de piano, o que ajuda a fornecer uma
compreensão mais profunda das experiências dos alunos; e a discussão relevante de razões por trás
do fracasso dos alunos no estudo do piano, o que pode ajudar os professores a identificar obstáculos
e ajudar os alunos a superá-los.

Abordagem multidimensional: O estudo utiliza uma abordagem multidimensional para examinar a


motivação e autoeficácia dos alunos de piano, considerando várias variáveis, incluindo o ambiente de
aprendizado, o nível de habilidade e a qualidade do ensino. Isso permite uma análise mais
abrangente dos fatores que afetam o desempenho dos alunos.

Estratégias identificadas: O estudo identifica várias estratégias que podem ser usadas para aumentar
a motivação e autoeficácia dos alunos, incluindo o uso de feedback positivo, o desenvolvimento de
objetivos específicos e desafiadores e o fornecimento de oportunidades para a prática e
desempenho. Essas estratégias são práticas e aplicáveis para os professores de piano em sua prática
pedagógica.

Contribuição para a literatura existente: O estudo faz uma contribuição significativa para a literatura
existente sobre motivação e autoeficácia dos alunos de piano. Ele fornece insights valiosos sobre as
razões pelas quais os alunos desistem e estratégias eficazes para aumentar a motivação e
autoeficácia dos alunos.

Implicações para a prática pedagógica: Os resultados do estudo têm implicações diretas para a
prática pedagógica e podem ajudar os professores a identificar áreas de melhoria em seu ensino e
desenvolver estratégias mais eficazes de ensino e motivação dos alunos.

Por outro lado, os pontos fracos do artigo focam-se na amostra utilizada, visto esta investigação ter
sido realizada numa região geográfica específica, o que pode limitar a generalização dos resultados
para outras culturas ou contextos.

No decorrer do trabalho, achámos que talvez fosse uma boa sugestão, embora o artigo discuta as
razões para o fracasso dos alunos no estudo do piano, ele não fornece informações sobre estratégias
específicas para ajudar os alunos a superar esses obstáculos e nesse sentido poderia ser algo útil.

Tamanho da amostra: A amostra de participantes do estudo é relativamente pequena, com apenas


66 estudantes de piano. Embora os resultados sejam significativos, é possível que as conclusões do
estudo não sejam generalizáveis para uma população mais ampla de estudantes de piano.

Limitações metodológicas: O estudo se baseia em dados autorrelatados, o que pode introduzir vieses
e erros na análise. Além disso, o estudo é transversal, o que significa que não há acompanhamento
dos participantes ao longo do tempo. Isso torna difícil determinar se as relações observadas são
causais ou apenas correlacionais.

Limitações culturais: O estudo foi realizado em uma universidade na Coreia do Sul, o que pode
limitar a aplicabilidade dos resultados em outros contextos culturais. É possível que as percepções de
motivação, autoeficácia e desistência possam ser diferentes em outras culturas, e as estratégias
identificadas no estudo podem não ser eficazes em outros contextos.
Escopo limitado: O estudo se concentra especificamente na motivação, autoeficácia e desistência dos
estudantes de piano, e não aborda outras questões importantes, como a habilidade técnica ou a
satisfação geral com a experiência de aprendizado do piano.

Perspetiva pessoal + Estratégias

Lembro me de uma situação, fortemente relacionada com este tema, que se passou no meu primeiro
ano de estudo musical. Uma das componentes de avaliação eram as audições de piano, onde
basicamente tínhamos de tocar uma peça estudada nas aulas para uma audiência significativamente
grande. Lembro me de não ter estudado tanto quanto devia e de receber um feedback não tão
motivador dos meus pais pois também sabiam que não me tinha dedicado muito então também não
podiam dizer muito. Mas sem querer ocupar muito tempo desta apresentação, resumindo, o que se
passou foi que a audição não me correu nada bem e parei a meio cheia de vergonha. A consequência
desse meu desempenho foi querer desistir de estudar musica com medo que tal me acontecesse em
avaliações posteriores.

Esta minha experiencia apresenta uma situação em que me senti fortemente desmotivada e com
baixa auto eficácia em relação ao meu desempenho musical. A falta de estudo prévio e o feedback
pouco motivador podem ter contribuído para a baixa confiança no meu próprio desempenho e o
resultado negativo na audição reforçou a crença de que não tinha habilidade suficiente para tocar
música, gerando uma perda de confiança na sua capacidade e vontade de desistir da prática musical.
Nesse caso, a auto eficácia poderia ter sido fortalecida com uma preparação adequada para a
audição e um feedback mais encorajador, o que poderia ter resultado em um melhor desempenho e,
consequentemente, um aumento da confiança do indivíduo em suas habilidades musicais.

Estratégias que podem ser usadas pelos músicos:

1. Definir metas claras e realistas: É importante que as metas sejam realistas e mensuráveis,
para que os músicos possam medir o seu progresso e ajustar as suas estratégias, se
necessário.
2. Praticar regularmente: Os músicos devem estabelecer uma rotina de prática diária e
procurar melhorar aspetos específicos da sua técnica e, consequentemente, o desempenho.
3. Aprender com os erros: Os músicos devem ver os erros como oportunidades de
aprendizagem e não como fracassos. Ao analisar os erros e identificar as áreas que precisam
de melhoria, os músicos podem ajustar a sua prática e melhorar sua habilidade.
4. Visualizar o sucesso: A visualização é uma técnica poderosa que pode ajudar os músicos a
aumentar a sua autoeficácia. Ao visualizar-se tocando com habilidade e sucesso, os músicos
podem aumentar a sua confiança e preparar-se mentalmente para o desempenho.
5. Procurar feedback: O feedback é uma ferramenta valiosa para melhorar o desempenho
musical e aumentar a autoeficácia. Os músicos devem procurar feedback construtivo de
professores, colegas e outras pessoas com conhecimento musical, para identificar áreas que
precisam de melhoria e ajustar a sua prática.
6. Enfrentar desafios: Ao enfrentar desafios musicais, os músicos podem aumentar a sua
autoeficácia e habilidade. Os músicos devem procurar oportunidades para tocar em
situações desafiadoras, fora da sua zona de conforto, como em concursos ou apresentações
ao vivo, e tal pode fazer com que acreditem mais nas suas capacidades e melhorar a sua
autoeficácia.

Resposta à pergunta da genética


4) Alunos que têm músicos nas suas famílias percepcionam as suas habilidades técnicas
como superiores aos alunos que não têm —> Auto-eficácia superior

Explicação: Os alunos que têm um músico na família têm uma predisposição inata e muitas
vezes contam com o apoio musical da família.

Como conseguimos verificar num dos resultados do artigo base, a existência de um membro
músico na família do aluno estava associado a uma autoeficácia superior. Desse mesmo
modo, uma das explicações foi que esses mesmos alunos predispunham de uma capacidade
inata.
Posto isto, será a habilidade musical algo hereditário, ou a simples existência de um membro
da família musico capaz de influenciar a auto eficácia e o consequente desempenho do
individuo?
Respondendo à primeira parte da pergunta, Sim. Estudos sugerem que a predisposição
genética pode influenciar a habilidade musical de uma pessoa e, portanto, a sua autoeficácia
e desempenho musical.
 Miriam Mosing em 20141: estudo de gêmeos identicos e não idênticos indicou que a
habilidade musical tem uma base genética significativa, especialmente no que se
refere à percepção de ritmo e à habilidade de distinguir sons.
 I. Jarvela 20152: Este estudo é o primeiro a mostrar a importância dos genes da via
auditiva na aptidão musical. Os cientistas analisaram os genomas e as habilidades
dos participantes em reconhecer e identificar padrões sonoros em música, de tempo
e de duração. Os cientistas descobriram que as atividades mais importantes
relacionadas à música são determinadas pelo cromossomo 4,  incluindo funções
como o desenvolvimento dos órgãos do canal auditivo, a habilidade de células
capilares no ouvido de converter sons para sinais cerebrais e a interpretação
emocionais dos sons. Nessa pesquisa, os cientistas chegaram à conclusão que a
aptidão musical não depende apenas dos genes, mas também de outros fatores,
como cultura e educação.
De seguida, oferecendo resposta às segunda parte da pergunta, a resposta é a mesma, Sim.
 A presença de um membro da família músico pode facilitar o contacto precoce com a
música e, consequentemente, o desenvolvimento de habilidades musicais numa
altura tão importante como a infância. Em consequência, a prática regular
(mencionada no artigo base) é vista como um fator fundamental para o
desenvolvimento da autoeficacia na música e com isso podemos perceber que a
exposição à aprendizagem musical desde cedo pode levar a uma maior confiança na
capacidade de aprender e tocar música.
 Observar um membro da família que é músico bem-sucedido também pode fornecer
um modelo positivo e inspirador para o indivíduo.

1
Mosing, M. A., Madison, G., Pedersen, N. L., Kuja-Halkola, R., & Ullén, F. (2014). Practice does not make
perfect: No causal effect of music practice on music ability. Psychological science, 25(9), 1795-1803.
2
Oikkonen, J., Huang, Y., Onkamo, P. et al. Um estudo de ligação e associação de aptidão musical em todo o
genoma identifica loci contendo genes relacionados ao desenvolvimento do ouvido interno e às funções
neurocognitivas. Mol Psychiatry 20, 275–282 (2015).
Em suma, mesmo sendo a genética capaz de influenciar a habilidade musical, a autoeficácia
e o desempenho musical de uma pessoa, ela não é o único fator determinante. Nesse sentido, a
simples existência de um membro da família músico tem também um impacto significativo, na
medida em que fatores como o contacto precoce com a música e a visualização de um modelo a
seguir revelam ser impactantes no desenvolvimento da auto eficácia.

1. A simples existência de membro da família músico pode influenciar a auto eficácia e o


consequente desempenho do indivíduo?

Sim.

 A presença de um membro da família músico pode facilitar o contacto precoce com a


música e, consequentemente, o desenvolvimento de habilidades musicais numa
altura tão importante como a infância. Em consequência, a prática regular
(mencionada no artigo base) é vista como um fator fundamental para o
desenvolvimento da autoeficacia na música e com isso podemos perceber que a
exposição à aprendizagem musical desde cedo pode levar a uma maior confiança na
capacidade de aprender e tocar música.
 Observar um membro da família que é músico bem-sucedido também pode fornecer
um modelo positivo e inspirador para o indivíduo.

2. Será a habilidade musical hereditária? Se sim, qual a sua influência na auto eficácia e
consequente desempenho do indivíduo?

Sim. Estudos sugerem que a predisposição genética pode influenciar a habilidade musical de
uma pessoa e, portanto, a sua autoeficácia e desempenho musical.

 Miriam Mosing em 20143: estudo de gêmeos identicos e não idênticos indicou que a
habilidade musical tem uma base genética significativa, especialmente no que se
refere à percepção de ritmo e à habilidade de distinguir sons.
 I. Jarvela 20154: Este estudo é o primeiro a mostrar a importância dos genes da via
auditiva na aptidão musical. Os cientistas analisaram os genomas e as habilidades
dos participantes em reconhecer e identificar padrões sonoros em música, de tempo
e de duração. Os cientistas descobriram que as atividades mais importantes
relacionadas à música são determinadas pelo cromossomo 4,  incluindo funções
como o desenvolvimento dos órgãos do canal auditivo, a habilidade de células
capilares no ouvido de converter sons para sinais cerebrais e a interpretação
emocionais dos sons. Nessa pesquisa, os cientistas chegaram à conclusão que a
aptidão musical não depende apenas dos genes, mas também de outros fatores,
como cultura e educação.

3
Mosing, M. A., Madison, G., Pedersen, N. L., Kuja-Halkola, R., & Ullén, F. (2014). Practice does not make
perfect: No causal effect of music practice on music ability. Psychological science, 25(9), 1795-1803.
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Oikkonen, J., Huang, Y., Onkamo, P. et al. Um estudo de ligação e associação de aptidão musical em todo o
genoma identifica loci contendo genes relacionados ao desenvolvimento do ouvido interno e às funções
neurocognitivas. Mol Psychiatry 20, 275–282 (2015).
Em suma, mesmo sendo a genética capaz de influenciar a habilidade musical, a autoeficácia
e o desempenho musical de uma pessoa, ela não é o único fator determinante. Nesse sentido, a
simples existência de um membro da família músico tem também um impacto significativo, na
medida em que fatores como o contacto precoce com a música e a visualização de um modelo a
seguir revelam ser impactantes no desenvolvimento da auto eficácia.
An analysis of students’ self-efficacy and Music Self-Efficacy for Performance: An
motivation in piano, based on different Explanatory Model Based on Social Support
variables and the reasons for their failure
 Objeto de estudo: autoeficácia e  Objeto de estudo: influência do
motivação dos alunos no estudo do suporte social na autoeficácia do
piano. Examina diferentes variáveis e desempenho musical, no geral.
razões que podem influenciar esses  Método: pesquisa online com músicos
fatores. profissionais e amadores.
 Método: questionários e entrevistas a
alunos e professores de piano.
Pontos fortes:
 aborda um tópico importante na
educação musical, a autoeficácia e
motivação dos alunos no estudo do
piano.
 Os autores levam em conta diferentes
variáveis, como idade, experiência
prévia em música, feedback do
professor e apoio dos pais, para
examinar a relação entre a autoeficácia
e a motivação dos alunos.
 O estudo inclui entrevistas com alunos
e professores de piano, o que ajuda a
fornecer uma compreensão mais
profunda das experiências dos alunos.
 O artigo também discute as razões por
trás do fracasso dos alunos no estudo
do piano, o que pode ajudar os
professores a identificar obstáculos e
ajudar os alunos a superá-los.

Pontos fracos:
 O estudo foi realizado numa região
geográfica específica, o que pode
limitar a generalização dos resultados
para outras culturas ou contextos.

Sugestões:
 Embora o artigo discuta as razões para
o fracasso dos alunos no estudo do
piano, ele não fornece informações
sobre estratégias específicas para
ajudar os alunos a superar esses
obstáculos.

Resultados: ambos mostram que a autoeficácia é importante para o desempenho musical e que o
suporte social e outras variáveis podem influenciá-la.
QFRPE: para determinar as razões do fracasso

1. Acho que sou descuidado(a) quando estudo para as disciplinas académicas.


2. Eu não sei exatamente como estudar para as disciplinas académicas.
3. Sinto que sou tecnicamente incapaz.
4. Acho que não poupo tempo suficiente para o estudo académico.
5. Acho que não fiz esforço suficiente para o sucesso académico.
6. A intensidade das minhas atividades está a afetar o meu estudo académico.
7. Acho que não consigo descansar o suficiente no processo de estudo académico.
8. Passo muito tempo a divertir-me ou a passear em vez de estudar.
9. Prefiro memorizar em vez de aprender nas disciplinas académicas.
10. Penso que a formação que recebi no processo anterior de formação académica não é
suficiente.
11. Eu fico muito ansioso(a) e isso afeta o meu desempenho nos exames académicos.
12. Acho que a minha capacidade de estudar é limitada.
13. Eu não me sinto capaz de tomar uma boa decisão relativamente ao curso académico.
14. Todos esperam que eu tenha muito sucesso académico, o que me afeta negativamente.
15. A minha família ou amigos não me apoiam o suficiente no meu estudo académico.
16. A minha vida pessoal afeta o meu desempenho académico.
17. Tenho alguns problemas pessoais que não posso partilhar com ninguém e que afetam o meu
desempenho académico.
18. Eu não posso integrar o estudo de diferentes disciplinas académicas de forma eficiente.
19. Penso que estudos preparatórios ou exercícios para as disciplinas académicas são
insuficientes.
20. Eu acho que algumas disciplinas académicas são chatas.
21. Acho que algumas disciplinas académicas são interessantes.
22. Acho que o meu professor ou professora de algumas disciplinas académicas tem uma atitude
sólida.
23. Eu acho que meu professor ou professora de algumas disciplinas académicas não pode
ensinar o curso de forma eficiente.
24. Tenho de fazer mais do que um exame no mesmo dia e isso afeta o meu desempenho
académico.
25. Continuo a tirar notas baixas inesperadas em algumas disciplinas académicas.

SESPP: para determinar os seus escores de autoeficácia;

MSPE: para determinar pontuações de motivação juntamente com formulário de informações


pessoais.
3. A simples existência de membro da família músico pode influenciar a auto eficácia e o
consequente desempenho do indivíduo?

Sim.

 A presença de um membro da família músico pode facilitar o contacto precoce com a


música e, consequentemente, o desenvolvimento de habilidades musicais numa
altura tão importante como a infância. Em consequência, a prática regular
(mencionada no artigo base) é vista como um fator fundamental para o
desenvolvimento da autoeficacia na música e com isso podemos perceber que a
exposição à aprendizagem musical desde cedo pode levar a uma maior confiança na
capacidade de aprender e tocar música.
 Observar um membro da família que é músico bem-sucedido também pode fornecer
um modelo positivo e inspirador para o indivíduo.

4. Será a habilidade musical hereditária? Se sim, qual a sua influência na auto eficácia e
consequente desempenho do indivíduo?

Sim. Estudos sugerem que a predisposição genética pode influenciar a habilidade musical de
uma pessoa e, portanto, a sua autoeficácia e desempenho musical.

 Miriam Mosing em 20145: estudo de gêmeos identicos e não idênticos indicou que a
habilidade musical tem uma base genética significativa, especialmente no que se
refere à percepção de ritmo e à habilidade de distinguir sons.
 I. Jarvela 20156: Este estudo é o primeiro a mostrar a importância dos genes da via
auditiva na aptidão musical. Os cientistas analisaram os genomas e as habilidades
dos participantes em reconhecer e identificar padrões sonoros em música, de tempo
e de duração. Os cientistas descobriram que as atividades mais importantes
relacionadas à música são determinadas pelo cromossomo 4,  incluindo funções
como o desenvolvimento dos órgãos do canal auditivo, a habilidade de células
capilares no ouvido de converter sons para sinais cerebrais e a interpretação
emocionais dos sons. Nessa pesquisa, os cientistas chegaram à conclusão que a
aptidão musical não depende apenas dos genes, mas também de outros fatores,
como cultura e educação.

Em suma, mesmo sendo a genética capaz de influenciar a habilidade musical, a autoeficácia


e o desempenho musical de uma pessoa, ela não é o único fator determinante. Nesse sentido, a
simples existência de um membro da família músico tem também um impacto significativo, na
medida em que fatores como o contacto precoce com a música e a visualização de um modelo a
seguir revelam ser impactantes no desenvolvimento da auto eficácia.

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Mosing, M. A., Madison, G., Pedersen, N. L., Kuja-Halkola, R., & Ullén, F. (2014). Practice does not make
perfect: No causal effect of music practice on music ability. Psychological science, 25(9), 1795-1803.
6
Oikkonen, J., Huang, Y., Onkamo, P. et al. Um estudo de ligação e associação de aptidão musical em todo o
genoma identifica loci contendo genes relacionados ao desenvolvimento do ouvido interno e às funções
neurocognitivas. Mol Psychiatry 20, 275–282 (2015).
Comparing the age groups, an increasing percentage in explained variance in investment in school
and in achievement was found during adolescence. Both indicators of the personal and affective
values – namely social self-concept and time perspective on personal development – show
decreasing effects over the ages on school investment, respectively, the time perspective on school
and professional career. Possibly more variance over the years is explained by the variables
controlled for in the model (i.e., gender and school type), as neither the self-evaluations nor the
goals explained more variance here. The total effect of social self- concept and of time perspective
on personal development on students’ school investment and achievement is largest for the
youngest adolescents. This is contrary to the expectations. Possible explanations might lie in the
students’ developmental processes. During early adolescents the relevance of social aspects and the
trust in one’s own capacities might be stronger. Feeling competent in social school situations might
serve as a motivational factor similar to the motivation theory of Deci and Ryan (1985), who pointed
out the motivational impact of social integration.
Preditores de mudança na autoeficácia específica do domínio foram examinados em uma amostra de
homens e mulheres que moram na comunidade com 62 anos ou mais. As percepções de autoeficácia
foram avaliadas para oito domínios de vida: produtividade, saúde, transporte, relacionamentos
familiares, relacionamentos com amigos, finanças, segurança e arranjos de vida. Usando modelos de
regressão logística agrupados, foram examinados preditores de linha de base e variáveis no tempo
de declínio e melhoria na autoeficácia. Os resultados indicaram que, embora os fatores demográficos
e de saúde fossem preditivos de declínio na autoeficácia para alguns domínios da vida, os preditores
mais consistentes de declínio eram características psicossociais. Especificamente, os níveis anteriores
de depressão foram associados ao declínio nos domínios de transporte, relacionamentos familiares,
relacionamentos com amigos, financeiros, de segurança e de arranjos de vida. A presença de um
incômodo específico do domínio foi associada a um declínio na autoeficácia para os domínios de
transporte, relações familiares, finanças e arranjos de vida. Além disso, níveis mais baixos de contato
de redes sociais foram preditivos de declínio nos domínios de saúde e segurança, e a ausência de
apoio instrumental também foi associada ao declínio nos domínios de produtividade, saúde e
transporte da vida. Melhorias nas percepções de autoeficácia foram associadas a menos
características de saúde e psicossociais e foram influenciadas principalmente pela disponibilidade de
recursos de apoio financeiro e emocional.

O estudo Miriam Mosing (2014), investigou a influência da genética e do ambiente na habilidade


musical em gêmeos idênticos e não idênticos. Os resultados indicaram que a habilidade musical tem
uma base genética significativa, especialmente no que se refere à percepção de ritmo e à habilidade
de distinguir sons. No entanto, a influência do ambiente também foi significativa, sugerindo que a
exposição à música e a educação musical são importantes para o desenvolvimento da habilidade
musical. Os pesquisadores também descobriram que a correlação entre a habilidade musical e a
personalidade era mais forte em gêmeos idênticos do que em gêmeos não idênticos, indicando que
há uma base genética para a relação entre a habilidade musical e a personalidade. Em resumo, o
estudo de Mosing sugere que a habilidade musical é influenciada tanto pela genética quanto pelo
ambiente, e que a correlação entre a habilidade musical e a personalidade tem uma base genética.

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