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Catarina PDC
Catarina PDC
Passando agora para os resultados e analisando a performance dos participantes nos testes de
cada medida:
Discussão
Passando para a discussão do nosso artigo e analisando as suas hipóteses:
1. Confirmada
2. A segunda é refutada, visto as habilidades de compreensão de linguagem oral não preverem a
decodificação.
3. Como a segunda é refutada, a terceira por sua vez também é.
4. A quarta também é refutada
5. A quinta é confirmada pelos resultados
6. A sexta também é confirmada
Este estudo provou que as crianças que aprendem ortografias relativamente consistentes
tendem a ser leitoras de palavras mais avançadas até o final do 1º ano e compreendem melhor o que
leem no 2º ano em comparação com as crianças que aprendem inglês => tal acontecesse devido à
facilidade que as crianças que aprendem ortografias consistentes têm em decodificar palavras.
Os autores depararam-se com uma componente peculiar nos idiomas espanhol e eslovaco
onde resultados indicaram que a habilidade de decodificação era mais preditiva da compreensão de
leitura para decodificadores fracos em comparação com bons decodificadores. Tal alinha-se com o
modelo da “simple view of reading”, onde o efeito da decodificação na compreensão de leitura
diminui com a habilidade e experiência de decodificação.
Alem disso, segundo o mesmo modelo, tanto a decodificação como a compreensão de
linguagem oral são preditores da compreensão de leitura, no entanto no grupo inglês tal não se
verificou, visto a decodificação ser preditor único da compreensão de leitura. Seria de supor que tal
resultado servia para refutar o modelo, porém é de ressaltar a altura em que os testes foram realizados.
As crianças inglesas naquela fase do desenvolvimento estão mais focadas na decodificação, por ser
uma língua pouco consistente, daí negligenciarem as habilidades de compreensão de linguagem oral.
É de supor por isso que se este estudo tivesse sido realizado num estágio mais avançado,
provavelmente a compreensão de linguagem oral seria também preditor da compreensão de leitura.
Além disso, a conclusão de que variações precoces na leitura de palavras, consciência
fonémica/ conhecimento de letras e nomeação rápida automatizada predizem variações nas
habilidades de decodificação é consistente com estudos como Landerl et al, 2018 e Peterson et al,.
2017, no entanto tais estudos adicionaram às habilidades fundamentais mencionadas, a leitura ao
longo do tempo.
Por ultimo, os resultados do estudo estão de acordo com Hulme & Snowling, 2013 que
enfatiza o papel critico desempenhado pela consciência fonémica, conhecimento de letras e nomeação
rápida automatizada para o domínio das habilidades de decodificação em inglês nessa fase inicial do
desenvolvimento da leitura.
Foram poucas as limitações que encontrámos, salientando-se apenas a diferença de idades
entre as amostras que vai até aos 12 meses de idade, podendo influenciar os resultados