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Sagrados Orixás -

A Manifestação de Deus em Nós


Apostila Introdutória À Ciência Divina

Ministrante:

André Cozta

Orientador Espiritual:

Senhor Mestre Mago da Luz Preto Velho Pai Thomé do Congo


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“SAGRADOS ORIXÁS - A MANIFESTAÇÃO DE DEUS EM NÓS”

Índice

Mensagem de Abertura 03
7 Luzes Divinas 04
Umbanda Tem Fundamento, é Preciso Preparar -“Se” 05
1) Introdução - Deus e os 7 Sentidos da Vida 06
2) Deus e Suas Divindades 08
2.1) Fatores = Verbo Divino 09
2.2) Irradiações Divinas, Correntes Eletromagnéticas e Ondas Vibratórias 09
2.2a) Irradiações 09
2.2b) Irradiações/Correntes Eletromagnéticas 10
2.2c) Ondas Vibratórias, A Base da Criação 13
3) Os Sagrados Orixás = 7 Sentidos da Vida = 7 Linhas de Umbanda Sagrada 14
3.1) Orixá Exu, Orixá Pombagira e Orixá Exu -Mirim 20
3.1a) Orixá Exu/Entidade Exu 21
3.1b) Orixá Pombagira/Entidade Pombagira 22
3.1 c) Orixá Exu - Mirim/Entidade Exu -Mirim 22
3.2) Hereditariedade 25
3.2 a) A Hereditariedade e o Caráter Divino dos Sagrados Orixás 28
4) Gênese de Umbanda, Gênese dos Seres e os 7 Planos da Vida 30
4.1) Os Fatores e as Ondas Fatorais 32
4.2) Os Planos da Vida 33
4.2a) 1º Plano da Vida - O Plano Fatoral 33
4.2b) 2º Plano da Vida - O Plano Essencial 34
4.2c) 3º Plano da Vida - O Plano Elemental 34
4.2d) 4º Plano da Vida - O Plano Dual 35
4.2e) 5º Plano da Vida - O Plano Encantado 37
4.2f) 6º Plano da Vida - O Plano Natural 38
4.2g) 7º Plano da Vida - O Plano Celestial 39
4.2h) Sobre a Evolução de Uma Divindade 39
4.2i) Gênese dos Seres 42
5) Surgimento e Formação das Hierarquias Divinas 42
6) 7 Linhas de Umbanda/Chacras/Orixás Ancestrais, de Frente e Juntó 45
6.1) 7 Linhas de Umbanda e Chacras 45
6.2) Orixás Ancestrais, de Frente e Juntó 46
7) Os Sagrados Orixás e os Pontos de Forças Naturais 48
8) Desvendando Mitos 48
9) Responsabilidade do Médium Umbandista: Qual a Sua Real Missão?
Como Relacionar -se com os Sagrados Orixás? 50
10) Encerramento 51
Agradecimentos 52
Fontes de Pesquisa 52
Fim 53

SAGRADOS ORIXÁS - A MANIFESTAÇÃO DE DEUS EM NÓS


Ministrante: André Cozta Orientador Espiritual: Senhor Mestre Mago da Luz Preto Velho Pai Thomé do Congo
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MENSAGEM DE ABERTURA

Um Salve a todos os filhos de Deus que até aqui chegaram! Saibam que, se aqui estão, é
porque assim o nossa Origem Divina está querendo e, só por isso, sintam-se abençoados.

Para mim, um Negro Velho Pai Thomé do Congo, é um prazer imensurável poder contribuir com
os filhos que vivem no plano material da vida humana, passando um pouco dos conhecimentos
acerca das divindades auxiliares de nosso Pai Maior: os Sagrados Orixás!

Um longo trabalho vem sendo feito no Brasil, nos últimos tempos, através de Mestres da Luz,
entre eles, meu irmão Pai Benedito de Aruanda e o Senhor Ogum Megê 7 Espadas da Lei e da
Vida (Mestre Seiman Hamiser Yê), entre outros, a fim de esclarecer aos umbandistas, certos
mitos que adentraram a religião, tornando-se, infelizmente, vícios. Vícios estes que pouco tem
sido feito para serem eliminados.

Por isso, meus filhos, abrimos este trabalho, afirmando a vocês que a Religião de Umbanda,
ainda “nascente” no Brasil e no plano material, é por si só, riquíssima. E é esta riqueza que deve
começar a ser “vista” pelos umbandistas daqui para a frente.

Muitas lendas e mitos têm sido contadas em todos os ambientes umbandistas e pouco se tem,
infelizmente, destacado as reais qualidades dos Sagrados Orixás.

Então, nas próximas páginas deste trabalho, encontraremos explanações do meu “cavalo”
acerca do tema proposto, fruto dos estudos que ele vem realizando profundamente nesta
matéria. Estudos estes, que encontram -se à disposição através de livros e cursos. Alguns
destes títulos serão colocados ao final desta apostila para que, aqueles que se interessarem,
possam aprofundar-se no estudo do Mistério “Orixás”.

Negro Velho espera que todos tenham um bom aproveitamento e uma boa compreensão do que
é proposto.

Que Olorum e os Sagrados Orixás abençoem a todos!

Saravá!

Pai Thomé do Congo

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7 Luzes Divinas

Eu andava pela estrada desta vida, já um pouco cansado, confesso, pois, a trilha é longa, às
vezes reta, às vezes tortuosa, às vezes plana, às vezes instável.
Mas, em todas as ocasiões, mantive-me firme, pois, a Fé em Deus, o Amor pela Vida, a
incessante sede de Conhecimento, a noção da real necessidade de Equilíbrio, o senso de
Ordenação, a necessidade de Evolução e a forte atração pela Criatividade, mantinham-me
firme, forte e reto.
Durante um bom tempo, nesta estrada, eu caminhei intuitivamente, sabendo que estava indo
em frente, mas, sem saber ao certo aonde chegaria. Porém, apesar das momentâneas
incertezas, sempre tive como objetivo o “Sol”. Pois, sabia que nele, eu reencontraria minha
Origem.
Em outros momentos, até achei que aquela estrada me levaria a um “outro” lugar, mas, ao
final, havia algo que me dizia para não desistir, seguir em frente, porque, apesar dos meus
equívocos, eu ainda trilhava o caminho correto.
E foi por ter ouvido aquelas “vozes”, que, hoje, afirmo a vocês: descobri que estava trilhando
rumo ao objetivo Maior, que nos conduz ao único lugar que devemos trilhar (de volta aos
braços de Deus), quando consegui enxergar as 7 Luzes.
E foram elas, as 7 Luzes, que mostraram-me o que estava muito próximo de mim naquela
estrada, mas que minha visão “turva” não alcançava.
Hoje, graças às 7 Luzes multicoloridas: a Luz da Fé, a Luz do Amor, a Luz do
Conhecimento, a Luz da Razão, a Luz da Lei, a Luz da Evolução e a Luz da Geração, cá
estou para compartilhar com vocês o que venho aprendendo.
É um prazer poder dividir estas informações com quantos irmãos e irmãs em Oxalá eu
puder, pois, assim, vendo que alguns ao menos, voltarão seus olhos para Deus sem a
necessidade de “óculos” (que, muitas vezes, distorcem a visão, mostrando uma “realidade
alterada”), já me faz muito feliz e deixa-me profundamente realizado.
Um abraço fraterno a todos!

André Cozta

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Umbanda tem Fundamento, é Preciso Preparar -“Se”

Falar sobre Deus é sempre polêmico! Desgastante para uns, prazeroso para outros. Falar
acerca de Suas Divindades, responsáveis pela evolução dos seres, os Sagrados Orixás, então,
toma, muitas vezes, uma proporção tão “grande e dramática” que, sendo sensato, é melhor
encerrar a conversa.

E tudo isto acontece, porque as pessoas têm sua própria visão acerca de Deus e dos Sagrados
Orixás. Então, respeitar o ponto de vista de cada um, é fundamental para que se possa colocar
a sua opinião relativa a qualquer tema, principalmente, quando trata -se de um assunto desta
magnitude.

Costumo dizer que nasci na Umbanda, porque cresci tendo, às noites de Sábado, sempre uma
sessão umbandista no terreiro que meu pai (que fora apresentado à religião por meu avô e
minha avó maternos) comandava, no terreno em que morávamos, nos fundos de nossa casa. E
fui batizado nesta religião ainda recém nascido, além de ter sido batizado na Igreja Católica
também.

E, vivendo a Religião de Umbanda desde sempre nesta encarnação, cresci vendo e ouvindo
muitas definições acerca de tudo: Sagrados Orixás, manifestações de guias espirituais, formas
ritualísticas etc. Mas, sempre me incomodou, desde muito cedo, o fato de uma religião como a
minha não ter um estudo que me “convencesse”. Isto, sem contar, que sempre percebi que a
busca pelo conhecimento não era incentivada na Umbanda. E via isto como uma contradição
frenadora para o desenvolvimento e caminhar contínuo da religião, pois, pensava eu: “Como
pode, uma religião riquíssima, que mostra a todos a verdadeira face de Deus, que aproxima as
pessoas D’Ele/D’Ela através da Natureza, dos Sagrados Orixás e dos guias espirituais
manifestadores das qualidades divinas, não ter um fundamento e uma ‘unidade doutrinária’,
como eu vejo em outras religiões?”

Passei uma vida inteira buscando em livros de autores diversos o que me convenceria e, até
que, ao encontrar as obras do Mestre Rubens Saraceni, comecei a me encontrar também. E
ouvia, de meus mestres e guias espirituais, entre eles, Pai Thomé do Congo, que orienta este
trabalho, a seguinte frase: “Vá em frente, é por aí o caminho!” Em menos de um ano, já havia
devorado 10 livros deste autor e já fazia parte de um dos cursos por ele iniciado no plano
material (Magia Divina das 7 Chamas Sagradas), tendo como mago iniciador o Sr. José de Brito
Irmão.

Fiz questão de que a introdução desta apostila fosse um relato pessoal, para mostrar àqueles
que aqui chegaram, que, de tudo o que se ouve falar no que se refere aos Sagrados Orixás, há
por trás uma Ciência Divina. E é disso que procurarei falar um pouco. Vamos ao trabalho...

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1) Introdução - Deus e os 7 Sentidos da Vida

Deus, em Sua Magnitude, tudo pensou e tudo criou.

E para o nosso Planeta, manifestou Seus Poderes através de 7 Essências, 7 Elementos e 7


Sentidos da Vida.
As 7 Essências: Essência Cristalina, Essência Mineral, Essência Vegetal, Essência Ígnea,
Essência Eólica, Essência Telúrica e Essência Aquática, formam, no nível terra, os 7
elementos: cristal, mineral, vegetal, fogo, ar, terra e água. E dão origem aos 7 Sentidos da
Vida (sentidos estes, que fundamentam as 7 Linhas de Umbanda Sagrada): Sentido da Fé,
Sentido do Amor, Sentido do Conhecimento, Sentido da Justiça, Sentido da Lei, Sentido
da Evolução e Sentido da Geração.

Vejamos o esquema abaixo:


ESSÊNCIA ELEMENTO SENTIDO DA VIDA
1 - Cristalina Cristal Fé
2 - Mineral Mineral Amor
3 - Vegetal Vegetal Conhecimento
4 - Ígnea Fogo Justiça
5 - Eólica Ar Lei
6 - Telúrica Terra Evolução
7 - Aquática Água Geração da Vida e Criatividade

A partir deste esquema, podemos compreender que, para cada essência emanada pelo Divino
Criador, há um Trono Essencial (leia -se em Trono, Divindade Essencial): Vejamos o esquema
abaixo:
ELEMENTO SENTIDO DA VIDA TRONO ESSENCIAL
Cristal Fé Trono Cristalino
Mineral Amor Trono Mineral
Vegetal Conhecimento Trono Vegetal
Fogo Justiça Trono Ígneo
Ar Lei Trono Eólico
Terra Evolução Trono Telúrico
Água Geração da Vida e Criatividade Aquático

Como tudo na Criação que é realizado no macro, reflete-se no micro, temos a manifestação
destas 7 Essências em “nós”, através de nossos chacras. Vejamos:
ELEMENTO SENTIDO DA VIDA CHACRA
Cristal Fé Coronal
Mineral Amor Cardíaco
Vegetal Conhecimento Frontal
Fogo Justiça Umbilical
Ar Lei Laríngeo
Terra Evolução Esplênico (ou Plexo Solar)
Água Geração da Vida e Criatividade Básico

Então, quando falamos em 7 Sentidos da Vida, falamos destes (conforme a ordem abaixo).
Imaginemos agora, que estejamos sedentos por um objetivo (um empreendimento, projeto ou a
abertura de um templo religioso). Para isso, necessitaremos dos 7 Sentidos.

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Vejamos:
1) Sentido da Fé - Este sentido é básico na vida, não só no que tange à fé religiosa, mas, porque,
sem fé, nada fazemos, a “lugar algum” chegamos, não é mesmo? Este sentido é
Congregador. Pois, a Fé congrega os seres em torno de um objetivo ou de uma religião,
correto? Prossigamos...

2) Sentido do Amor - Se temos Fé, podemos seguir em frente em nossas jornadas, caminhadas,
empreitadas, etc. Mas há de se prosseguir com Amor. Aliás, sem Fé não há Amor. Este sentido
é Agregador e promove a União e a Concepção. E com Fé e Amor, podemos seguir em
frente...

3) Sentido do Conhecimento - Se temos Fé, temos Amor, no entanto, para que nossas
empreitadas, projetos, caminhadas, tenham uma sequência duradoura e não sejam
“relâmpagos”, há de se adquirir Conhecimento. E há alguém que não concorde que
Conhecimento é fundamental em qualquer setor da vida? Por que este sentido é Expansor do
Raciocínio. Acho que ninguém discorda que com conhecimento “ultrapassamos fronteiras”,
ok? Pois bem, então, com Fé, Amor, Conhecimento, sigamos em frente...

4) Sentido da Justiça e da Razão - Temos Fé, Amor, Conhecimento e desejamos seguir em


frente. Há de se usar da razão, manter o Equilíbrio. Sem este fator essencial para este
sentido, ou, trocando em miúdos, de modo desequilibrado, não há justiça. E, sem justiça, há
alguma empreitada ou projeto que se sustente? Com certeza, não. Então, com Fé, Amor,
Conhecimento e Justiça, vamos à frente...

5) Sentido da Lei e da Ordem - Temos Fé, Amor, Conhecimento, Justiça (Razão e Equilíbrio).
Para prosseguirmos com nossa empreitada ou projeto, há de se ter uma Ordenação, ou,
corremos o sério risco de acabar parando por aqui, não é mesmo? Então, com Fé, Amor,
Conhecimento, Justiça e Lei (Ordenação), podemos seguir no rumo que almejamos...

6) Sentido da Evolução - Temos Fé, Amor, Conhecimento, Justiça (Razão e Equilíbrio), Lei
(Ordem). Mas, pararemos por aí? Há de se desejar algo mais, para que nossos projetos e
empreitadas sejam duradouros. O que precisamos fazer para prosseguir? Então, chegamos ao
6º Sentido da Vida, o Sentido da Evolução e do Saber. Ou, trocando em miúdos: sem a sede
de Evolução, de progresso, não seguimos em frente. Com ele, ficamos muito perto de nossos
objetivos. Já temos, então, Fé, Amor, Conhecimento, Justiça (Razão e Equilíbrio), Lei
(Ordenação) e Evolução (Saber). Prossigamos...

7) Sentido da Geração, da Criatividade e da Vida - Temos Fé, Amor, Conhecimento, Justiça


(Razão e Equilíbrio), Lei (Ordenação), Evolução (Saber). Já está na hora de criarmos o que
almejávamos. E é neste sentido em que tudo se concretiza, com criatividade. Geramos vidas,
mas, também geramos projetos, empreendimentos, oportunidades, etc.

Desta forma, numa linguagem simples, espero ter esclarecido como atuam os 7 Sentidos em nossas
vidas. E, quando falamos em 7 Linhas de Umbanda, falamos em:

1- Linha da Fé;
2- Linha do Amor;
3- Linha do Conhecimento;
4- Linha da Justiça;
5- Linha da Lei;
6- Linha da Evolução;
7- Linha da Geração e da Vida;

Mas, aí você pergunta: - Num trabalho que se chama “Sagrados Orixás: A Manifestação de Deus
em Nós”, onde estão os Sagrados Orixás? E eu respondo: - Respire fundo, pois, chegaremos
neles, a seguir...

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2) Deus e Suas Divindades
Deus está em tudo. Qualquer pessoa que creia na sua Divindade, independente de sua religião,
concorda que Ele/Ela é o princípio, o meio e o fim de tudo.

Então, podemos concluir que o “Espírito Vivo de Deus” é a vida. Vemos Deus na água,nos vegetais,
no fogo, na terra, nos animais, nos seres humanos etc. E, se vemos, é porque realmente Ele/Ela está
em todas as coisas.

Deus criou várias classes de Divindades (Arcanjos, Anjos, Querubins, Serafins, etc), que são em si
mistérios divinos.

Neste trabalho, nos deteremos a analisar a classe de Divindades responsável pelo amparo à
evolução dos seres, criaturas e espécies em nosso planeta: os Divinos Tronos (Sagrados Orixás.).

Porém, antes precisamos entender sobre Divindades, o seguinte; “Divindade é um ser gerado em
Deus, amadurecido e divinizado n”Ele, qualificado por Ele com uma de suas 7 Qualidades Divinas.
Sintetizando: a Divindade, quando sai do âmago do Pai, já sai pronta. E sai pronta para cumprir sua
função específica num ponto determinado da Criação por Ele ou em qualquer outro que seja
necessário.

Encontramos uma classe de Divindades em vários níveis da Criação. Isto se dá através das
hierarquias que são formadas com a finalidade de cobrir (atender) a tudo e a todos.
E, se você concorda que Deus é magnânimo, soberano e está em tudo, se compreendeu que as
Divindades são qualidades e poderes manifestados d”Ele, então, entenderá perfeitamente esta
“Organização Divina” e passará a ver nela o que sempre ouviu: “Deus está em tudo e em todos”.

Onipresença, oniquerência, onipotência e onisciência, são atribuições exclusivas de Deus. Mas, uma
divindade (localizada, média ou maior), em seu campo de atuação, é a autoridade máxima, pois,
neste campo é a representante de Deus. E será, neste campo de atuação, onipotente, onisciente,
oniquerente e onipresente.

Para concluir: Deus manifesta -se através de Suas Divindades. Portanto, não devemos separar uma
Divindade Média, da sua Maior ou da Localizada, pois, são a mesma divindade, atuando em níveis
vibratórios ou campos diferentes.

Exemplificando: se você é filho(a) da Orixá Iansã, toda uma linha de forças na vibração desta Mãe
Divina trabalha para o seu fortalecimento. Então, a Orixá Iansã Maior, uma das Orixás Iansãs
Intermediárias (média), a Orixá Iansã localizada de um ponto de forças da natureza onde você
oferende à esta divindade e sua Orixá Iansã individual, estarão sempre atuando na mesma linha de
forças em prol da sua evolução.” (Saraceni,....)

Espero que tenha ficado compreendido, até então, como atuam os Sagrados Orixás, divindades de
Olorum, nosso Pai Maior e Divino Criador.

E nós, humanos, também manifestamos os 7 Sentidos de Deus, os 7 Sentidos da Vida:

1) O Sentido da Fé;
2) O Sentido do Amor;
3) O Sentido do Conhecimento;
4) O Sentido da Justiça;
5) O Sentido da Lei;
6) O Sentido da Evolução;
7) O Sentido da Geração;

Então, fica fácil concluir que, nossa jornada evolutiva é longa, porém, todos saímos de Deus e a
Ele/Ela deveremos voltar, não da forma como saímos, mas, muito mais próximos do que Ele/Ela
deseja que sejamos.

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2.1) Fatores = Verbo Divino:

Tudo na Criação de Deus inicia-se com os Fatores Divinos.

E você me pergunta: - O que são fatores?

Respondendo: - Você tem noção de que o átomo é a menor partícula que há na matéria. Pois
então, imagine algo infinitamente menor do que o átomo e não visível aos nossos olhos
humanos. Imagine que um Fator Divino está para um átomo, assim como um fio de cabelo está
para o sol.

E saiba que toda a matéria é formada por um incontável número de fatores em estado de
repouso.

Assim, você consegue ter, a partir de agora, uma noção de como tudo se inicia na Criação
Divina.

O Fator é a menor partícula da Criação, cumprindo funções essenciais.

O Fator é o Verbo Divino, porque, cumpre a função pré-determinada pelo Pai quando da sua
criação.
Por exemplo:
1) Um fator Congregador, de Essência Cristalina, da Fé, cumpre em toda a criação a
função de estimular a fé e a religiosidade em tudo e em todos, por onde ele passar.
2) Um fator Agregador, de Essência Mineral, do Amor, cumpre em toda a criação a função
de estimular a união e a concepção em tudo e em todos, por onde ele passar.
3) Um fator Expansor, de Essência Vegetal, do Conhecimento, cumpre em toda a Criação
a função de expandir o raciocínio em tudo e em todos, por onde ele passar.
4) Um fator Equilibrador, de Essência Ígnea (de fogo), da Justiça, cumpre a função de
equilibrar a tudo e a todos, por onde ele passar.
5) Um fator Ordenador, de Essência Eólica (de ar), da Lei, cumpre a função de ordenar a
tudo e a todos, por onde ele passar.
6) Um fator Transmutador, de Essência Telúrica (de Terra), da Evolução, cumpre em toda
a Criação a função de transmutar a tudo e a todos, por onde ele passar.
7) Um fator Criativo, de Essência Aquática, da Geração, cumpre em toda a Criação a
função de dar criatividade a tudo e a todos, gerando “vidas”, por onde ele passar.
2.2) Irradiações Divinas, Correntes Eletromagnéticas e Ondas Vibratórias:

2.2a) Irradiações:

Temos 7 Planos da Vida em nosso planeta. As Irradiações Divinas dão início às suas
“trajetórias” no 1º Plano da Vida, chegando até nós, que estamos no 6º Plano da Vida.

E neste estágio em que nos encontramos, somos sustentados pelas 7 Irradiações Puras e por
centenas de irradiações mistas. A saber:
1) Irradiação da Fé e da Religiosidade;
2) Irradiação do Amor e da Concepção;
3) Irradiação do Conhecimento e do Raciocínio;
4) Irradiação da Justiça Divina e do Equilíbrio;
5) Irradiação da Lei e da Ordenação;
6) Irradiação da Evolução e do Saber;
7) Irradiação da Geração e da Vida;

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No início dessas 7 irradiações estão os Orixás Fatorais gerando energias puras e específicas.
E sustentam, com estas energias puras, toda a Criação de Deus. São eles: Orixá da Fé ou Orixá
Cristalino, Orixá do Amor ou Orixá Mineral, Orixá do Conhecimento ou Orixá Vegetal, Orixá da
Justiça ou Orixá Ígneo (Orixá do Fogo), Orixá da Lei ou Orixá Eólico (Orixá do Ar), Orixá da
Evolução ou Orixá Telúrico (Orixá da Terra), Orixá da Geração ou Orixá Aquático.

Estas energias puras são sutis, geradas por estes Divinos Orixás o tempo todo e nos banham,
abastecendo-nos, em nossos chacras, com as 7 essências, os 7 Sentidos da Vida.

Então, deve ficar entendido, a partir de agora, quando você ouvir falar em 7 Linhas de Umbanda,
que não se está falando em 7 Orixás (até porque, existem centenas de Orixás), mas, de 7
Irradiações fundamentais à vida em nosso planeta (em qualquer uma de suas dimensões,
planos ou faixas vibratórias).

Devemos classificar as 7 Linhas de Umbanda pelas Essências: Linha Cristalina, Linha


Mineral, Linha Vegetal, Linha Ígnea, Linha Eólica, Linha Telúrica e Linha Aquática.

Ou, pelos Sentidos da Vida: Linha da Fé, Linha do Amor, Linha do Conhecimento, Linha da
Justiça, Linha da Lei, Linha da Evolução, Linha da Geração.

E, juntando as 7 energias com os 7 sentidos, temos as 7 Irradiações:

1) Irradiação da Fé ou Cristalina;
2) Irradiação do Amor ou Mineral;
3) Irradiação do Conhecimento ou Vegetal;
4) Irradiação da Justiça ou Ígnea;
5) Irradiação da Lei ou Eólica;
6) Irradiação da Evolução ou Telúrica;
7) Irradiação da Geração ou Aquática;

É preciso saber também que as irradiações divinas e as correntes eletromagnéticas são a base
de tudo na Criação.
2.2b) Irradiações/Correntes Eletromagnéticas:

As irradiações e as correntes eletromagnéticas são a base da criação.

A irradiação é emanada do Alto, vem de Deus, alcança a tudo e a todos e está em tudo.

Cada irradiação tem dupla polaridade (polo ativo e passivo).

A onda passiva é positiva e universal, de vibração magnética contínua e irradiante.

A onda ativa é negativa e cósmica, de vibração alternada e absorvente.

Não devemos associar positivo e negativo como bem e mal, apenas como polos opostos e
complementares. Você já viu, por exemplo, uma pilha com 2 polos positivos ou 2 negativos? Nós
temos esta dupla polaridade em nossos chacras: positiva no coronal e negativa (descarregando
energias ou “sobrecargas”) no básico.

Há diversas formas de ondas. E, quando, em determinado ponto há um cruzamento de ondas,


cria-se um polo magnético, onde uma assume a condição de irradiação energética e a outra
de corrente eletromagnética.

Toda linha vertical é uma irradiação direta.

Toda linha horizontal é uma corrente eletromagnética que dá origem aos níveis e faixas
vibratórias e aos subníveis e subfaixas vibratórias.

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Há ondas que dão sustentação aos 7 Sentidos da Vida: Fé, Amor, Conhecimento, Justiça,
Lei, Evolução e Geração.

Sentidos estes que são as 7 irradiações vivas que sustentam a tudo o que há em nosso planeta,
em qualquer uma das suas 77 dimensões. Elas começam em Deus e nos chegam através de
ondas vivas transportadoras de fatores, essências, elementos e energias.

As Irradiações nos 7 Planos são denominadas assim:


1º - Plano Fatoral: ondas fatorais (transportam fatores divinos);
2º - Plano Essencial: vibrações essenciais (transportam essências divinas);
3º - Plano Elemental: irradiações elementais (transportam elementos puros);
4º - Plano Dual: irradiações bipolares (transportam energias elementais bipolarizadas);
5º - Plano energético: vibrações energéticas
6º - Plano Natural: irradiações energéticas naturais (transportam energias da natureza);
7º - Plano Celestial ou Mental: vibrações mentais geradoras de energias, elementos,
essências, fatores, magnetismos e vibrações;
No 7º Plano da Criação, estão assentados os 7 Tronos de Deus ao redor do Divino Trono das 7
Encruzilhadas, o Logos Planetário.

O Divino Trono das 7 Encruzilhadas é um mental planetário, que é a individualização de Deus


para o nosso planeta. Saiba que, cada planeta tem o seu Trono/Logos Planetário.

Ele absorve diretamente do 1º Plano as Irradiações Vivas de Deus, adaptando-as ao seu


padrão vibratório e criando condições para que aqui em nosso planeta se reproduzam
novamente os 7 Planos da Criação Divina.

Ele absorve as ondas vivas, internaliza, adapta ao seu magnetismo mental, iniciando e repetindo
os 7 Planos da Criação:

1º Plano da Criação Planetária - Fatoral: regido pelos 7 Orixás (ou Tronos) fatorais. Fatoram
tudo e todos e dão qualidade às coisas.

Trono Fatoral da Fé - Fator Cristalizador;


Trono Fatoral do Amor - Fator Agregador;
Trono Fatoral do Conhecimento - Fator Expansor;
Trono Fatoral da Justiça - Fator Equlibrador;
Trono Fatoral da Lei - Fator Ordenador;
Trono Fatoral da Evolução - Fator Evolucionista;
Trono Fatoral da Geração - Fator Gerador;

2º Plano da Criação Planetária - Essencial: absorve as essências que fluem pelo universo e
gera em si as essências necessárias ao planeta como um todo (espécies, criaturas e seres).
Trono Essencial Cristalino - Sentido da Fé;
Trono Essencial Mineral - Sentido do Amor;
Trono Essencial Vegetal - Sentido do Conhecimento;
Trono Essencial Ígneo - Sentido da Justiça;
Trono Essencial Eólico - Sentido da Lei;
Trono Essencial Telúrico - Sentido da Evolução;
Trono Essencial Aquático - Sentido da Geração;

Estes Tronos estimulam os sentimentos, ou seja, os Sentidos da Vida.

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3º Plano da Criação Planetária - Elemental: Neste Plano da Criação, há 7 Tronos Elementais
que absorvem as essências, internalizando-as e combinando-as, dando origem à geração de
energias elementais bipolarizadas, com um dos polos sendo uma onda passiva, reta, contínua e
irradiante e, no outro, uma onda ativa, curva, alternada e absorvente.
As irradiações positivas sutilizam o magnetismo mental dos seres, abrindo suas faculdades
mentais.

As irradiações negativas densificam o magnetismo mental dos seres, fechando suas


faculdades mentais.

É neste plano elemental da criação, onde já podemos começar a identificar os Tronos/Orixás


com os nomes que conhecemos no Ritual de Umbanda Sagrada.

4º Plano da Criação Planetária - Dual ou Energético: Há 7 Tronos Duais ou Bipolares, também


chamados de Tronos Energéticos. Seus magnetismos são passivos e ativos simultaneamente,
pois possuem um polo irradiante e outro absorvente. Absorvem elementos e irradiam energias.

São estes Tronos que regem os 7 vórtices (chacras planetários) suprindo todas as dimensões
com as energias necessárias para a manutenção da vida em nosso planeta.
5º Plano da Criação Planetária - Encantado: Há Tronos Encantados (ou Mentais). Uns são
irradiantes e outros concentradores. Atuam intensamente sobre a natureza e sobre os seres.
Têm como função despertar os sentidos e as faculdades naturais nos seres.
6º Plano da Criação Planetária - Natural: Há os Tronos (Orixás) Naturais. Regem a Natureza
Planetária e Multidimensional.
Há 7 irradiações passivas e 7 irradiações ativas

As 7 irradiações passivas são universais e contínuas. Estimulam os sentidos.

As 7 irradiações ativas são cósmicas, alternadas e fixadoras, cada uma de um sentido,


faculdade ou grau vibratório. Atuam afixando seres que estavam se desequilibrando.

Atuam por meio dos magnetismos e dos sentidos da vida, sempre através de irradiações e
vibrações naturais.

No 6º Plano da Vida, onde estamos, em nosso estágio humano (ciclo reencarnatório) da


evolução, pode-se começar a visualizar os Divinos Tronos (Sagrados Orixás), nestas atuações,
sobre tudo e todos, na vida dos seres, das espécies e da natureza em geral.
7º Plano da Criação Planetária - Celestial ou Divino: Há os Tronos (Orixás) Celestiais. Eles
geram e irradiam cada um, seus fatores, essências, elementos, energias, vibrações, de forma
reta e contínua. E geram e irradiam de forma oblíqua, os outros 6 fatores, essências, elementos,
energias e vibrações.

O Divino Trono das 7 Encruzilhadas rege o Setenário Sagrado, que é formado pelas 7
Irradiações Divinas, projetando, a partir de si, 7 irradiações que formarão 7 Hierarquias Divinas,
que são 7 Mentais Divinos, As irradiações são verticais e vão descendo pelos 7 Planos da
Vida.

Leia novamente esta explicação sobre os 7 Planos da Vida e veja como acontece a evolução
dos seres, inclusive a nossa, humana. Ainda nesta apostila, poderá compreender melhor como
se dá nossa evolução, desde o plano fatoral, chegando ao atual estágio, no plano natural e,
seguindo em diante...

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2.2c) Ondas Vibratórias, A Base da Criação:

Ondas vibratórias emanadas por Deus dão forma a tudo o que há na dimensão humana
(espiritual e sua contraparte material, 7 planos ascensos e 7 planos descensos) e também nas
dimensões paralelas.

Deus gera o tempo todo, sendo tudo gerado nas Suas emanações divinas, que estão na origem
de tudo o que ele gera.

Uma mesma onda vibratória pode ordenar a geração de uma planta e também de um
sentimento vibrado por nós.
As ondas vibratórias estão em tudo (físico, material ou mental). E na natureza física podemos
ver a concretização de muitos tipos de ondas.

- A Fé tem suas ondas congregadoras.


- O Amor tem suas ondas agregadoras.
- O Conhecimento tem suas ondas expansoras.
- A Razão (Justiça) tem suas ondas equilibradoras.
- A Lei tem suas ondas ordenadoras.
- A Evolução tem suas ondas transmutadoras
- A Geração tem suas ondas criativas.

Nada existe, se não for formado por uma ou várias ondas vibratórias.
Uma planta ou uma flor, por exemplo, podem ser formadas por vários tipos de ondas vibratórias.
E a junção de todas estas ondas, dá origem àquele elemento que nos é visível.
Os símbolos religiosos são a fusão de ondas vibratórias.
Os pontos riscados de Umbanda são a afixação mágica de ondas vibratórias que são riscados,
potencializados e ativados pelos guias espirituais ou por médiuns aptos a fazê -lo.
A mesma onda fatoral que magnetiza os filhos de um Orixá, magnetiza seus animais, suas
pedras, suas folhas ou ervas e os sentimentos vibrados através do sentido da Vida regido por
ele.
A onda vibratória cristalina do Orixá Oxalá nasce em Deus, que a emana viva, geradora e
criadora, e é nessa onda que nossa fé é fortalecida ou que um quartzo é gerado na natureza.
A estrutura do pensamento obedece às ondas vibratórias. Se o ser foi magnetizado numa onda
cristalina, a estrutura do seu pensamento será religiosa. Vejamos:

1) Pessoas com pensamento de estrutura cristalina têm alma congregadora e campo


vocacional religioso;
2) Pessoas com pensamento de estrutura mineral têm alma agregadora e campo
vocacional conceptivo;
3) Pessoas com pensamento de estrutura vegetal têm alma expansora e campo
vocacional no conhecimento;
4) Pessoas com pensamento de estrutura ígnea têm alma racionalista e campo
vocacional equilibrador;
5) Pessoas com pensamento de estrutura eólica têm alma direcionadora e campo
vocacional ordenador;
6) Pessoas com pensamento de estrutura telúrica têm alma transmutadora e campo
vocacional evolutivo;
7) Pessoas com pensamento de estrutura aquática têm alma geradora e campo
vocacional criativo;

Muitas vezes, as dificuldades vocacionais de uma pessoa ocorrem, por ela estar deslocada ou
afastada de sua natureza íntima. Observe em seu ambiente de trabalho.

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3) Os Sagrados Orixás = 7 Sentidos da Vida = 7 Linhas de Umbanda Sagrada

Você já pode compreender que há 7 Essências Básicas, 7 Elementos e 7 Sentidos sustentando a


vida no planeta. E é daí que se originam as 7 Linhas de Umbanda.
Porém, você deve estar se perguntando: - Mas, onde estão os Sagrados
Orixás? E eu, respondo: - Estão nestas 7 Linhas.
Para cada uma das linhas do Ritual de Umbanda, cada um dos 7 Sentidos da Vida, os mentores
da Umbanda no astral, escolheram um par de Orixás, que os pontificam.
As 7 Linhas são sempre polarizadas por um Orixá masculino e um feminino, um universal e um
cósmico, um passivo e um ativo, um de magnetismo irradiante e outro absorvente.
Entenda Orixá ou Trono Universal como aquele que ampara e Orixá ou Trono Cósmico como
aquele que corrige. Vejamos:

1) Linha da Fé (Cristal):

1a) Sagrado Pai Oxalá - Trono Masculino e Universal da Fé:

Este Divino Trono atua irradiando a Fé o tempo todo. Seu principal fator é o magnetizador.

1b) Sagrada Mãe Oiá -Tempo (Logunã) - Trono Feminino e Cósmico da Fé:

Este Divino Trono atua de forma cósmica, ativa, cristalizando aqueles que se negativam na
religiosidade. É o Trono do Tempo.
Você já deve ter ouvido falar daquele Pai ou Mãe no Santo, ou até mesmo um médium, que
atuando de forma negativa e equivocada, “virou no tempo”. E se “virou no tempo”, foi sob a
atuação desta divina Mãe.

Seu principal fator é o cristalizador.

Nesta Linha da Fé, o Pai Oxalá é o Espaço e a Mãe Logunã é o Tempo. Ambos são cristalinos.

2) Linha do Amor (Mineral):

2a) Sagrada Mãe Oxum - Trono Feminino e Universal do Amor:


Este Divino Trono atua irradiando Amor o tempo todo. Seu principal fator é o Agregador.

2b) Sagrado Pai Oxumaré - Trono Masculino e Cósmico do Amor;


Este Sagrado Orixá atua diluindo os negativismos no sentido do Amor e renovando aqueles
que neste sentido da vida se negativaram. É associado ao arco-íris. Você pode oferendar este
Orixá com velas de 7 cores ou com 7 velas coloridas.

A Sagrada Mãe Oxum é Mineral (associada às cachoeiras) e o Sagrado Pai Oxumaré é


Cristalino (está presente nas cachoeiras).

3) Linha do Conhecimento (Vegetal):

3a) Sagrado Pai Oxossi - Trono Masculino e Universal do Conhecimento;


Este Sagrado Orixá, que rege os vegetais, é o Senhor do Conhecimento. Atua expandindo o
raciocínio dos seres na busca pelo saber evolutivo.

3b) Sagrada Mãe Obá - Trono Feminino e Cósmico do Conhecimento;


Esta Divina Mãe Orixá, atua de modo cósmico no Sentido do Conhecimento. Seu principal fator
é o concentrador. Atua afixando o ser que se negativa neste sentido da vida, ou seja, todo
aquele que usa do conhecimento de forma mesquinha ou em benefício próprio.

Cabe ressaltar que esta Orixá atua intensamente, também, no campo da fé.

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Portanto, aos sacerdotes e dirigentes espirituais que usam do conhecimento religioso para a
exploração de irmãos em Deus, um alerta: encontrarão com esta Divina Mãe em seu polo
negativo e por ela serão corrigidos até que se esvaziem dos seus negativismos, nunca mais
usando deste sentido da vida para se sobreporem aos semelhantes.

Se o Sagrado Pai Oxossi é o vegetal, a Sagrada Mãe Obá é a terra, a raiz que dá firmeza e
o afixa no solo.

4) Linha da Justiça (Fogo):

4a) Sagrado Pai Xangô - Trono Masculino e Universal da Justiça:


Eis o 4º Sentido da Vida!
As lendas e mitos sempre identificaram este Sagrado Orixá como o aplicador da Justiça Divina.
E ele aparece, realmente, no quarto sentido da vida, da Justiça e da Razão.
Seu principal fator é o equilibrador. Atua na vida dos seres através do elemento fogo, como a
chama abrasadora e equilibradora da Justiça.

4b) Sagrada Mãe Iansã - Trono Feminino e Cósmico da Lei;


A Senhora dos Ventos!
Ela é o Trono Cósmico da Lei, que atua nos campos da Justiça, direcionando aqueles que
neste sentido da vida se negativaram.
Como o vento, ela é movimentadora e direcionadora dos seres.

Se o Sagrado Pai Xangô é o fogo equilibrador, a chama abrasadora da Justiça, a Sagrada


Mãe Iansã é o vento que direciona os seres para seus lugares de merecimento
(compreende -se, portanto, porque esta Sagrada Orixá é tida como aquela que
encaminha os “eguns” para as suas devidas moradas).

5) Linha da Lei (Ar):

5a) Sagrado Pai Ogum - Trono Masculino e Universal da Lei;


O Senhor da Lei Divina! O Comandante das Milícias Celestiais!
Seu principal fator é o ordenador, pois, é o aplicador da Lei Divina e é a própria Lei de Deus
em si.
Aplicando esta Lei, atua polarizando a tudo e a todos. É reto, de atuação universal e, como os
“Olhos da Lei” que nunca dormem, está sempre atento aos procedimentos na Criação Divina.

5b) Sagrada Mãe Oro Iná - Trono Feminino e Cósmico da Justiça;


A Senhora do Fogo!
Com suas labaredas ígneas purificadoras, atua de modo cósmico, consumindo os
negativismos daqueles que atentaram contra a Lei de Deus. É o Divino Trono Cósmico da
Justiça, atuante nos campos da Lei Divina.
Seu principal fator é o energizador.

Esta Sagrada Orixá, não nominada na cultura nagô (yorubana), é encontrada no panteão hindu
como a divindade Kaly. Cultuada pelos ciganos, como a Mãe Negra, acabou sendo sincretizada
com Santa Sara e, hoje, pode-se vê-la, em alguns cultos, como Santa Sara de Kaly.

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O Sagrado Pai Ogum é o ar que a tudo sustenta e ordena. A Divina Mãe Oro Iná é o fogo
consumidor e purificador dos vícios e negativismos daqueles que atentam contra a Lei
Maior e a Justiça Divina.

Observação:

Você pode observar que o 4º e o 5º Sentidos da Vida (Justiça e Lei, respectivamente) são
indissociáveis.
Pois, tanto a Orixá Iansã, que é o Trono Feminino da Lei, pode atuar diretamente neste sentido
da vida, assim como, guardando o sentido da Justiça. E tanto a Orixá Egunitá, que é o Trono
Feminino da Justiça, pode atuar neste sentido da vida, assim como, guardando o sentido da Lei.
As lendas dos Orixás, que são um legado de nossos ancestrais africanos, se bem interpretadas,
podem ser vistas como chaves para a revelação destes mistérios ocultos na Ciência Divina.
Atente, por exemplo, para certos mitos que falam de uma “rivalidade” entre o Divino Xangô e o
Divino Ogum.
Em verdade, usando-se minimamente da razão, é inadmissível imaginar que “poderes
manifestados de Olorum”, oponham-se de uma forma tão mesquinha e tão humana.
O que podemos ver é que, Lei e Justiça andam juntas, mas, vibratoriamente, magneticamente e
energeticamente, Pai Xangô e Pai Ogum não se complementam. Ambos são masculinos, de
magnetismo positivo, atuação universal.
E, até agora, você pode observar que, em todos os Sentidos da Vida, os Sagrados Orixás que
os pontificam, complementam-se sempre como masculino e feminino ou feminino e masculino,
positivo e negativo, universal e cósmico, passivo e ativo. São de elementos diferentes, mas,
complementares.
Portanto, o Sagrado Pai Ogum pode polarizar com a Divina Iansã de forma pura (reta), pois, ele
é masculino, ela feminina, ele é positivo, ela negativa, ele é universal, ela cósmica. Ou com a
Mâe Oro Iná de forma inclinada, pois, além das complementações masculino-feminino, positivo
-negativa, universal-cósmica, o “ar” do Pai Ogum, ordena as “labaredas de fogo” da Mãe Oro
Iná, não permitindo que “se espalhem” desordenadamente.
O Sagrado Pai Xangô pode polarizar com a Divina Mãe Oro Iná de forma pura (reta), pois, ele é
masculino, ela feminina, ele é positivo, ela negativa, ele universal, ela cósmica. Ou com a Divina
Mãe Iansã de forma inclinada, pois, além das complementações masculino-feminina, positivo -
negativa, universal-cósmica, a natureza eólica (ventos) da Divina Iansã, expande o fogo (chama
abrasadora e equilibradora) do Senhor da Justiça e, assim que o ser é purificado de seus
negativismos, ela o direciona para outro campo onde deverá retomar sua evolução.

Compreendidas as atuações dos Sagrados Orixás da Lei Maior e da Justiça Divina, vamos ao 6º
Sentido da Vida, 6ª Linha de Umbanda...

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6) Linha da Evolução (Terra):

6a) Sagrado Pai Obaluayê - Trono Masculino e Universal da Evolução;


O Senhor da Evolução! O Senhor das Passagens!
Divino Pai Obaluayê, Trono Universal da Evolução, é o responsável pelas passagens dos seres
entre uma dimensão e outra da vida. Por isso, é o Orixá regente dos campos santos
(cemitérios).
Este Orixá é o mistério que reduz o espírito ao tamanho do feto no momento da reencarnação
e é o responsável pela passagem do espírito no momento do seu desencarne.
É conhecido como Senhor da Evolução e das Passagens, pois, atua tanto no processo da
reencarnação, quanto no seu desencarne e encaminhamento após o final de sua etapa neste
plano da vida.
Seu principal fator é o transmutador. Seu elemento é terra-água. Pois atua de forma ativa no
elemento terra e passiva no elemento água.

6b) Sagrada Mãe Nanã Buruquê - Trono Feminino e Universal da Evolução


A Senhora da Evolução!
Impossível dissociar esta Divina Mãe Orixá do Sentido da Evolução, o 6º da Vida.
Ela e o Divino Pai Obaluayê são inseparáveis.
Adormece o espírito, apagando de sua memória as lembranças de sua última vida, entregando
-o ao Divino Obaluayê que irá reduzi-lo ao tamanho do feto.
Seu principal fator é o decantador dos negativismos.
Esta Divina Mãe também pode ser vista em outra linha da vida.
Se, nesta linha da vida, temos a Divina Oxum na concepção e a Divina Iemanjá na geração, a
amada Mãe Nanã entra na linha da menopausa. Por isso, também é associada à senilidade. E
se formarmos uma linha aquática pura, teremos Oxum (Cachoeiras e rios), Iemanjá (Mar) e
Nanã (Lagos).
Seu elemento é água-terra, pois atua de forma ativa no elemento água e de forma passiva no
elemento terra.

Se o Amado Obaluayê é terra-água (beiras de rios e mar), a Divina Nanã Buruquê é água -
terra (lagos, rios). Por isso, sempre foi associada ao barro.
E, pelo fato de algumas “gêneses” religiosas descreverem que, no início do planeta, só havia
barro, podemos entender porque ela é tida como a mais velha de todos os Orixás.

7) Linha da Geração (Água):

7a) Sagrada Mâe Iemanjá - Trono Feminino e Universal da Geração;


A Divina Mãe Iemanjá é o Trono Feminino e Universal da Geração.
Como a água do mar, dá mobilidade aos seres.
A água gera vida, movimenta a vida dos seres e do planeta como um todo.
Por isso, é vista como a grande mãe, a mãe de todos os Orixás, ao lado de Oxalá.
Se observarmos, o Divino Pai Oxalá, cristalino, está associado ao nosso chacra coronal (cabeça) e a
Divina Mãe Iemanjá, aquática, está associada ao nosso chacra básico (o chacra da geração da
vida). Ambos, estão em nossos 2 polos.
Seu principal fator é o criativo.

7b) Sagrado Pai Omulu - Trono Masculino e Cósmico da Geração;


O Senhor da Morte!
Um dos maiores equívocos da Umbanda e de outras religiões cultuadoras dos Sagrados Orixás, é a
errônea associação deste Divino Orixá ao mal, ou, até mesmo, ao “demônio”.
Faz -se necessário compreendê-lo corretamente.
No sétimo sentido da vida, o da Geração, ele atua de forma cósmica, paralisando aqueles que
contra a vida atentam.

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Seu principal fator é o paralisador. E assim ele atua sempre que o ser atenta contra este sentido
da vida e, se assim o faz, é por amor a nós, filhos de Olorum, e também a fim de impedir que o ser
prossiga “afundando-se” cada vez mais no abismo das trevas da ignorância humana.
Paralisa, esgota seus negativismos, até que o ser retome a consciência e reinicie o caminho reto
evolutivo.
É associado também aos campos santos (cemitérios) e, talvez por isso, haja uma confusão no Ritual
de Umbanda deste Orixá com o Divino Obaluayê.
Porém, se neste ponto de forças (cemitério), o Sagrado Pai Obaluayê rege-o no “em cima”, o
Sagrado Pai Omulu guarda-o no “embaixo”.

No Sentido da Geração, o 7º da Vida, temos a Mãe Iemanjá como a própria geradora de vidas e
o Pai Omulu como aquele que rompe o cordão que liga o espírito à carne no momento do
desencarne.
Ela é a água do mar. Ele, a areia.

Compreendidas as atuações dos 14 Orixás que pontificam os 7 Sentidos da Vida, as 7 Linhas de


Umbanda, colocamos a seguir, uma pequena tabela demonstrativa destes Tronos Divinos, seus
fatores, qualidades e atributos, sintetizando o que foi descrito anteriormente:

ORIXÁ FATOR QUALIDADE ATRIBUTO

Oxalá Magnetizador Fé Religiosidade


Oiá -Tempo Desmagnetizador Fé Religiosidade

Oxum Agregador Amor Concepção/União


Oxumaré Desagregador Amor Concepção/União

Oxossi Expansor Conhecimento Raciocínio


Obá Concentrador Conhecimento Raciocínio

Xangô Equilibrador Justiça Razão


Yansã Movimentador Justiça Razão

Ogum Ordenador Lei Ordenação


Egunitá Energizador Lei Ordenação

Obaluaê Evolutivo Evolução Saber


Nanã Decantador Evolução Saber

Yemanjá Gerador Geração Geracionista


Omulu Paralisador Geração Geracionista

Uma pequena observação se faz necessária: “Se, eventualmente, na descrição de alguns dos
Orixás, você constatar que o principal fator a ele associado, for diferente do que está nesta
tabela e isto lhe causar dúvida, responda você mesmo ao seu questionamento, interpretando
e comparando.”
É comum que haja, quando se inicia o estudo da Ciência dos Orixás,certa resistência com relação ao
que vem sendo revelado pelos Mestres da Luz.

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E isto acontece, porque fomos acostumados a ouvir lendas e mitos “alegóricos” (parafraseando Pai
Benedito de Aruanda, nas obras psicografadas pelo Mestre Rubens Saraceni) e não nos foi ensinado
a interpretar corretamente as “chaves” ocultadoras dos mistérios nestas lendas.
E não nos foi ensinado, porque, a quem nos ensinou, também não foram passadas estas “chaves”.
Então, como que numa “bola de neve”, com o passar do tempo, os Divinos Orixás foram associados,
de forma simplista, a fenômenos da natureza.
Mas, em pleno Século XXI, os Sagrados Orixás desejam, tenha certeza disso, que passemos a
compreendê-los como Divindades originadas em Deus, atuantes e presentes em toda a Sua Criação.
É difícil imaginar ou visualizar as Divindades como elas realmente são: mentais planetários que,
através de suas hierarquias, assumem formas mais “compreensíveis” a nós, seres humanos e
limitados.
Sim, nós, humanos, temos a necessidade de ‘humanizar” o Universo de Deus, para que possamos
realmente compreender ao máximo a Sua Criação.
Porém, é necessário que entendamos de uma vez por todas que a Criação de Deus é infinita. E os
espíritos humanos (encarnados e desencarnados), são somente e apenas mais uma das Suas
criações.
“O ser humano está a serviço da Infinita Criação de Deus e não ao contrário”.
Espero, sinceramente, que isto penetre em seu íntimo, porque é uma verdade e vontade de Deus.
Despidos de vaidade, trilhando nosso caminho com humildade, conseguiremos compreender nossa
Origem, assim como à Sua Criação. E, banhados nesta compreensão, finalmente, nos
conheceremos de fato e verdadeiramente.
Para afixar definitivamente a compreensão da atuação destas divindades em nossas vidas,
observemos agora, a correspondência dos Orixás individuais dos médiuns com os Tronos Geradores
de Fatores:
- Pai Oxalá com o Trono Gerador do Fator Congregador ou Magnetizador;
- Mãe Oiá-Tempo (Logunã) com o Trono Gerador do Fator Cristalizador ou
Desmagnetizador;
- Mãe Oxum com o Trono Gerador do Fator Agregador ou Conceptivo;
- Pai Oxumaré com o Trono Gerador do Fator Diluidor ou Renovador;
- Pai Oxossi com o Trono Gerador do Fator Racionalizador ou Expansor;
- Mãe Obá com o Trono Gerador do Fator Concentrador ou Afixador;
- Pai Xangõ com o Trono Gerador do Fator Equilibrador;
- Mãe Iansã com o Trono Gerador do Fator Direcionador ou Mobilizador;
- Pai Ogum com o Trono Gerador do Fator Ordenador;
- Mãe Egunitá com o Trono Gerador do Fator Condensador ou Energizador;
- Pai Obaluayê com o Trono Gerador do Fator Evolutivo ou Transmutador;
- Mãe Nanã Buruquê com o Trono Gerador do Fator Decantador ou Estabilizador;
- Mãe Iemanjá com o Trono Gerador do Fator Criativista ou Geracionista;
- Pai Omulu com o Trono Gerador do Fator Paralisador;
- Senhor Exu com o Trono Gerador do Fator Vitalizador;
- Senhora Pombagira com o Trono Gerador do Fator Estimulador;

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3.1) Orixá Exu, Orixá Pombagira e Orixá Exu Mirim:
Abordaremos, a partir de agora, acerca destas divindades à esquerda, cultuadas no Ritual de
Umbanda através das entidades/guias manifestadoras de seus mistérios, porém, pouco
compreendidas enquanto Tronos Divinos/Orixás.
3.1a) Orixá Exu/Entidade Exu:
O Orixá Exu é o Trono da Vitalidade, do Vigor.
No livro “Orixá Exu - Fundamentação do Mistério Exu na Umbanda” (Rubens Saraceni/Editora
Madras), este Sagrado Orixá é definido como o Mistério do Vazio Absoluto.
Para que não haja confusões, vamos esclarecer o que é o Vazio Absoluto, pois, esta revelação
acerca desta divindade controversa, alvo de tantos preconceitos, porém, fundamental na vida dos
seres e do planeta, vem mostrar a verdadeira face deste Orixá.
Quando Deus pensou em Sua Criação exterior (além de seu âmago), precisava criar o Espaço
Absoluto (Pai Oxalá). Porém, não poderia “instalar” este Espaço no nada (ou o caos - Orixá Exu
Mirim: plano das ideias ou intenções). Então, após muito pensar, Olorum criou um estado anterior ao
do Espaço, que pudesse abrigá-lo. E criou o estado do Vazio: Exu.
No Vazio, o Espaço Absoluto poderia estabelecer-se e se expandir ao infinito. O vazio é infinito, o
espaço também. O espaço vai se ampliando dentro do vazio, que vai ampliando-se mais ainda.
Portanto, o Orixá Exu, enquanto Estado do Vazio na Criação de Deus, é considerado como o maior
de todos os Orixás, pois, se ele é o vazio, estabelecido fora da Criação de Olorum, não está em nós,
mas, nós estamos em Exu, pois, temos o vazio à nossa volta.
As tronqueiras (casas de Exu) nos templos de Umbanda são construídas do lado de fora, porque
Exu dentro do templo estabelece o vazio e impede a ação dos outros Orixás.
Do lado de fora, cria-se o vazio relativo e todas as descargas (demandas) realizadas pelos outros
Sagrados Orixás e guias espirituais nele são jogadas.
Exu, enquanto Trono da Vitalidade, vitaliza e desvitaliza. Ou seja, desvitaliza, esgotando o ser de
todos os seus negativismos e vitaliza-o reconduzindo o ser novamente ao seu caminho evolutivo.
Para uma compreensão real de Exu, é necessário que nos limpemos dos preconceitos plantados e
disseminados ao longo dos tempos, especialmente, pela Igreja Católica e outras igrejas cristãs.
As igrejas cristãs (principalmente a Igreja Católica), historicamente, trabalham intensamente e
intensivamente com o intuito de demonizar divindades tidas como pagãs (termo oriundo de
“paganus”, em latim, que significa “morador do campo”, pois, no campo moravam aqueles que
cultuavam a natureza, especialmente na Europa medieval e assim, preconceituosamente e de modo
pejorativo, foram taxados pela igreja) e, especialmente, o Orixá Exu.
A difícil compreensão de seu caráter “humano” para estas religiões, fez com que a associação ao
“coisa ruim”, como falam muitos cristãos, fosse inevitável.
E, quando descrevo-o como “humano”, para que haja uma melhor compreensão, posso trocar este
termo por “espelho”, afinal, este Divino Orixá, nada mais é, do que a nossa “melhor imagem” ou, a
mais próxima de nós, ou, o mais “humano” dos Orixás. E isto também acontece com os guias
espirituais que trabalham sob a irradiação do Divino Exu.
Se o Orixá Exu, nada mais é do que o Vazio Absoluto, é porque se encontra no estado neutro da
criação.
No polo neutro ele “reside” e de lá se desloca para o polo positivo ou para o negativo, conforme a
necessidade.
Exu se apresentará a você conforme a sua consciência.

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Evoque-o positivamente e terá nele uma divindade atuando em seu benefício, dos seus familiares
ou dos seus projetos.
Evoque-o negativamente, a fim de prejudicar alguém, e terá nele uma divindade que atuará em sua
vida esgotando seus negativismos. E arque com as consequências!
A primeira dimensão à esquerda, paralela à dimensão humana em que vivemos, é dimensão de Exu.
Lá vivem seres naturais “Exus” que são irradiados o tempo todo por esta divindade. São os
verdadeiros filhos de Exu, tanto na aparência, quanto nas atitudes e forma de pensar.
E são estes naturais que cuidam de nossas vidas, à esquerda. Saiba disso!
Cada realidade (reino) natural dos outros Orixás nas dimensões paralelas à nossa, em nosso
planeta, é guardada do lado de fora por um destes Exus. Então, numa dimensão mineral, regida pela
Mãe Oxum, do lado de fora, há um Exu de Oxum, ou um Exu Mineral, ou um Exu do Amor, da
Agregação e da Concepção.
Nesta realidade, este Exu não perderá suas principais características, como “filho de Exu”, mas,
somará a elas, algumas características da Orixá que o acolheu e ao qual serve. Se estiver, por
exemplo, em uma realidade da Mãe Oxum das Pedras, será visivelmente um Exu com aparência
petrificada.
Este guardião será um Exu, porque manterá sempre sua correspondência com o Orixá Regente do
Vazio Absoluto, mas estará guardando o vazio relativo da realidade da Mãe Oxum das Pedras.
São seres naturais, mantém em suas aparências, algumas características diferentes das dos seres
humanos: tendo dedos mais longos e orelhas compridas, despossuídos de cabelos.
Os espíritos que se manifestam como Exus na Umbanda, através de seus médiuns, são
manifestadores de mistérios, sempre sob a irradiação do Orixá Exu e também de um outro Orixá
(exemplificando: o Senhor Exu Caveira, atua sob a irradiação do Orixá Exu, mas serve ao Sagrado
Pai Omulu)
Se estes seres naturais atuam em nosso benefício a partir das realidades onde vivem (pois, se
atuarem incorporando nos médiuns, acabarão humanizando-se e perdendo suas “qualidades” de
seres naturais), são, em realidade, nossos “Exus Guardiões”. Enquanto os espíritos que manifestam
-se através dos médiuns são nossos “Exus de Trabalho”.
Para fácil compreensão: um médium que trabalha com o Sr. Exu Marabô, terá, de uma realidade
natural, um Exu Natural Marabô como seu Guardião, comandando a sua “esquerda”, mas, quem se
manifestará será um “espírito humano exunizado”, atuante no Mistério Exu Marabô (falange) e sob o
comando deste natural.
Para afixar a compreensão: este espírito está Exu, enquanto o ser natural é de fato um Exu e
nunca deixará de ser.
O espírito, dependendo da vontade e determinação da Lei Maior, poderá ainda, um dia, voltar a
reencarnar.
Ainda neste trabalho, abordaremos acerca dos seres naturais, que vivem em paralelo à nossa
dimensão humana, porém, não evoluem através do processo reencarnatório.
Reafirmando: quando só havia o nada (Exu -Mirim), Olorum criou o vazio (Exu). Então, Exu foi o
primeiro a ser exteriorizado e, por isso, tem a primazia em tudo e deve ser saudado e oferendado
primeiro, sempre.

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3.1b) Orixá Pombagira/Entidade Pombagira:
Uma melhor compreensão da Senhora Pombagira, enquanto Orixá, está no livro “Orixá
Pombagira” (Rubens Saraceni/Editora Madras).
A teogonia nagô não nos apresenta uma divindade feminina à esquerda.
Na cultura Bantu (Angola, Congo, Guiné, Cabinda), encontramos uma divindade (Inquices, são
as divindades bantu) chamada Pambu Njila. Deste nome, origina-se o termo Bombogira e, em
seguida, o definitivo aqui no Brasil: Pombagira.
Segundo o Senhor Valter Nicossi, especialista em cultura Bantu e professor de Kimbundo
(dialeto angolano), Pambu= fronteira, encruzilhada, Njila= rua, caminho.
Se o Orixá Exu é o Mistério do Vazio e o Trono da Vitalidade, tendo como seu principal fator o
vitalizador, a Orixá Pombagira é o Trono dos Desejos, tendo como principal fator o
estimulador.
É a divindade que estimula toda a criação em seus 7 Sentidos. E deve sempre ser buscada para
o estímulo, o desejo. Por exemplo: se você quer ter mais estímulo em seu trabalho, recorra a
esta Sagrada Orixá. Se você quer ter estímulo, desejo, nos estudos, recorra também a ela. E
assim, em todos os sentidos e setores de sua vida.
Este “casal” de Orixás, Exu e Pombagira, não estão em um dos 7 Sentidos da Vida, mas, em
todas as 7 Linhas, 7 Vibrações. Exu representa a vitalidade que precisa do estímulo para
exercer sua função na criação. Pombagira representa o estímulo, o desejo que precisa de vigor
e vitalidade para exercer sua função na criação.
Fica fácil, então, entender porque, mesmo no nível terra, as entidades Exu e Pombagira são
inseparáveis. Pois, não devemos esquecer que, na Criação de Deus, o macro se repete no
micro.
Á nossa esquerda, são as maiores forças para cortar toda e qualquer força negativa.
Pai Benedito de Aruanda, através de suas obras psicografadas por Rubens Saraceni, nos revela
que no astral estas divindades são conhecidas pelos seguintes nomes: Mehor Yê (Exu) e Mahor
Yê (Pombagira).
Pombagira também é definida como o Mistério dos Interiores. Pois, se Exu atua esvaziando, ela
vai ao nosso “interior” e nele trabalha nossos negativismos.
3.1c) Orixá Exu -Mirim/Entidade Exu -Mirim:
Há muitos equívocos com relação à esta entidade e, por conta disso, muitas casas de Umbanda
optam por não trabalhar com Exu -Mirim.
Rubens Saraceni nos revela que o plano das idéias, das intenções, ou o nada, o caos, que havia
antes de Olorum exteriorizar Sua Criação, é representado por este Orixá.
Ele tem como principais fatores: o nadificador e o complicador.
E se Olorum criou Exu, o Vazio, foi para que o Espaço (Oxalá) pudesse se estabelecer, pois, no
Nada, ele seria reduzido... ao nada.
E se a divindade Exu-Mirim carrega o fator complicador, também carrega o descomplicador. E pode
ser ativada ou oferendada para descomplicar qualquer coisa.
Também carrega o fator retrocededor.
Reconhecer uma divindade, um mistério na Criação é reconhecer que esta divindade cumpre uma
função na gênese. Então, todos os guias que incorporam num terreiro de Umbanda, são, em
verdade, manifestadores de mistérios maiores.
E as entidades Exu-Mirim que se apresentam nos terreiros, manifestam este mistério, esta divindade
maior.

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Para uma melhor compreensão: no momento antes da Criação no exterior de Olorum, só havia o
“Nada”, então, Deus criou o “Vazio” para abrigar a “Plenitude/Espaço” e também criou o “Interior” das
coisas.
Nada = Orixá Exu Mirim
Vazio = Orixá Exu
Interior = Orixá Pombagira
Plenitude/Espaço = Orixá Oxalá
O campo de atuação preferencial do Orixá Exu-Mirim é o das intenções.
Quando nossas intenções são positivas, ele nos ampara e nos ajuda. Quando são negativas, ele nos
faz retroceder, regredir, paralisar, andar para trás, nos idiotiza, nos dementiza.
Quando a pessoa estiver imbuída de uma intenção negativa, Exu-Mirim a fará atrasar, retroceder,
caminhar para trás, envolvê-la-á no azar, complicando suas realizações.
E, quando esta pessoa começa a se perder no raciocínio, escorregar nas palavras, saiba, está sendo
atuada pelo Mistério Exu-Mirim.
No processo reencarnatório, a atuação do Mistério Exu-Mirim, se dá, muitas vezes, quando uma
pessoa em uma encarnação abusou de seus conhecimentos, usando-os de forma negativa ou
mesquinha e reencarna com deficiências mentais, dentro das leis do carma, de ação e reação.
Não quer dizer que isto se aplique a toda e qualquer pessoa com deficiência mental, que fique bem
claro! Mas, é uma das possibilidades e é uma das formas de atuar do Orixá Exu-Mirim.
Esta atuação pode ocorrer também durante uma encarnação, quando, na velhice, a pessoa
apresenta alguns problemas mentais, para que não sustente os negativismos praticados enquanto
possuía jovialidade.
A punição é parte de um retorno cármico. E o Mistério Exu-Mirim é um dos recursos da Criação de
Deus para a aplicação deste retorno.
Porém, o arrependimento é sempre um recurso que deve ser acionado pelo ser, desde que sincero,
é claro!
Se o ser realmente se arrepende de seus equívocos, deve voltar-se para Olorum, para o Divino Pai
Oxalá, acendendo a ele uma vela, pedindo perdão de coração, oferendando ao Orixá Exu-Mirim e
pedindo que ele ajude a corrigir seu comportamento.
Sobre a entidade Exu-Mirim: travessos, irrequietos, peraltas, de muita energia. Mas não são espíritos
humanos.
Que fique claro que há muita confusão com relação à estas entidades nos terreiros de Umbanda.
Eles não são trombadinhas, ex-delinquentes. Nunca encarnaram.
Vivem na 7ª dimensão, à esquerda da dimensão humana. São seres encantados da natureza.
Alguns parecem pigmeus africanos, outros parecem índios e outros parecem extraterrestres. Mas, só
parecem, pois, como já foi descrito, não são espíritos humanos ou extraterrestres, e sim seres
encantados em uma dimensão à esquerda da dimensão humana.
Abaixo, um trecho do livro “Orixá Exu -Mirim”( Rubens Saraceni/Editora Madras), onde é explicada
de forma clara a real atuação das entidades Exu-Mirim na Umbanda:
“Falemos sobre os verdadeiros Exus-Mirins. Não são espíritos humanos em hipótese alguma,
Exus -Mirins são seres encantados da natureza, provenientes da sétima dimensão à esquerda
da que nós vivemos.
A irreverência ou má educação comportamental não é típica deles na dimensão onde vivem,
são naturalmente irrequietos e curiosos, mas nunca mal educados ou desrespeitadores.
Por um processo osmótico espiritual, refletem o inconsciente de seus médiuns, tal como
acontece com Exu e Pombagira. Logo, são nossos refletores naturais.

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Gostam de beber as bebidas mais agradáveis ao paladar de seus médiuns, sejam elas
alcoólicas ou não. Apreciam frutas ácidas e doces duros tais como rapadura, pé de moleque,
quebra queixo, cocada, cocada seca e balas ardidas como menta ou hortelã.
Se bem doutrinados prestam inestimáveis trabalhos de auxílio aos freqüentadores dos
centros de Umbanda.
Não aprovam ser invocados e oferendados em trabalhos de demandas e magias negativas
contra quem quer que seja.
Toda vez que seus médiuns os ativam para prejudicar os desafetos, os seus Exus-Mirins se
enfraquecem automaticamente (por “enfraquecem”, entenda-se: perdem o poder de
realização no campo do relacionar-se com o ser humano) pois já aconteceram inúmeros
casos de médiuns que ficaram sem o amparo dos seus Exus-Mirins porque tentaram utilizá -
los contra os desafetos.
Eles raramente pedem assentamento ou firmeza permanente, preferem ser oferendados
periodicamente na natureza tal como as crianças na direita.
Se bem doutrinados e colocados a serviço dos freqüentadores dos centros de Umbanda,
realizam um bom trabalho caritativo e insubstituível”.
Como você pode perceber, neste espaço em que fomos sintéticos, mas objetivos, há muito a se
aprender, especialmente com relação a estes Orixás da esquerda e seus manifestadores no Ritual
de Umbanda.
E àqueles que resistem ao fato de cultuarmos, a partir de agora, os Orixás Pombagira e Exu -Mirim,
relegando estas entidades homônimas à “tutela” do Orixá Exu, afirmamos que, todo o mistério
manifestador na Umbanda (falanges), estão sob a irradiação de um Divino Orixá, mesmo quando
servem a um outro Orixá.
Exemplificando: os Pretos Velhos estão sob a irradiação do Pai Obaluayê (e atuam nos campos de
todos os Orixás, mesmo não deixando de atuar sob a irradiação do Senhor da Evolução), as Pretas
Velhas estão sob a irradiação da Mãe Nanã Buruquê (e atuam nos campos de todos os Orixás,
mesmo não deixando de atuar sob a irradiação da Senhora da Evolução), os Caboclos estão sob a
irradiação do Pai Oxossi (e atuam nos campos de todos os Orixás, mesmo não deixando de atuar
sob a irradiação do Senhor do Conhecimento). Então, temos Pretos Velhos de Xangô, Pretas Velhas
de Iemanjá, Caboclos de Ogum e assim por diante.
E, com relação aos Orixás da esquerda, ocorre a mesma coisa. Os Exus da Umbanda, estão sob a
irradiação deste Divino Orixá, mas atuam nos campos de todos os outros (Exus de Omulu, de Xangô
etc). As Pombagiras da Umbanda, estão sob a irradiação desta Divina Orixá, mas atuam nos
campos de todos os outros (Pombagiras de Iansã, Oxum, etc). Os ExusMirins da Umbanda, estão
sob a irradiação deste Divino Orixá, mas atuam nos campos de todos os outros (Exus -Mirins de
Oxossi, de Xangô, etc).
Que tudo fique claro e que os preconceitos sejam eliminados. Aliás, sobre os preconceitos, disserto
a seguir:
Há de se eliminar o preconceito “demonizador” destes mistérios e também dos guias espirituais
manifestadores deles, pois, não bastando o que é praticado pelas igrejas cristãs, entre outras, ainda
há a legitimação e a sustentação deste preconceito por parte dos próprios médiuns umbandistas,
principalmente, com atitudes errôneas, onde escamoteiam seus negativismos usando suas
esquerdas como desculpa.
Reflita sobre isto!
Aprender a trabalhar com a sua esquerda, de fato, é encontrar a medida para usá-la em seu
benefício, em sua proteção, sem querer atingir outras pessoas ou ativar algo contra elas. É usar do
poder destes 3 Sagrados Orixás em seu favor, para o seu fortalecimento, para o cumprimento de sua
missão. E, com muito respeito e reverência, tratar a sua “esquerda pessoal”, tendo-a como
fundamental para o seu caminhar tranqüilo nesta jornada terrena.

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3.2) Hereditariedade:

É muito comum entre as pessoas (mesmo aquelas que não cultuam os Sagrados Orixás), que
tenham despertadas em si, a curiosidade por sua hereditariedade divina. Ou, trocando em
miúdos: até mesmo aqueles que não cultuam os Orixás, por mera curiosidade, muitas vezes,
querem saber de qual ou quais deles “é filho”.

Isto já está intrínseco no inconsciente coletivo e na cultura do povo brasileiro. Que esperneiem
os adeptos e disseminadores das religiões abstratas (segundo Pai Benedito de Aruanda, nas
obras de Rubens Saraceni, há as religiões naturais, como Umbanda e Candomblé, as
mentalistas, como o Espiritismo, e as abstratas, como as igrejas cristãs, que possuem
fundamentos, como define o termo, nada concretos)!

E assim o é, realmente!

Todo o ser, quando criado por Deus ainda como “centelha pulsante” foi imantado (fatorado) por
um casal de divindades que deu a ele suas qualidades, características, formando assim sua
natureza íntima, que carregará para todo o sempre, esteja “estagiando” na dimensão ou plano
da vida em que estiver, independente do seu grau evolutivo.

Nossos gostos e preferências em geral, são características que herdamos dos Sagrados Orixás
e, mesmo com as influências do meio em que vivemos, nossa natureza íntima permanece.

Por isso, somos semelhantes, mas nunca iguais. Mesmo os “filhos” de um mesmo Orixá
possuem diferenças entre si, pois, Deus fez todos os seus filhos desta forma.

Reproduzimos, a seguir, um trecho do livro “Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada” (Rubens


Saraceni/Editora Madras), no capítulo que fala sobre Androgenesia Umbandista e a
Hereditariedade Divina dos Seres:
“Essa Androgenesia Divina, que adquirimos nas ondas fatorais, está na nossa
hereditariedade e é a base da astrologia, da numerologia, da cabala, do tarô, da
quiromancia, da radiestesia, da magnetologia, da química, da física, etc., porque está na
base da Criação Divina que gerou tudo o que existe, animado ou inanimado, e está na
base ou origem dos elementos, das energias, das naturezas, do Universo e das
divindades de Deus.
É certo que o meio altera alguns aspectos ou características de algo ou alguém. Mas a
sua qualidade original e caráter básico sempre aflorarão e se mostrarão ao bom
observador.
Fiéis de outras religiões, por desconhecimento de causa, chamam os adoradores dos
Orixás de ignorantes. Mas se observassem a magnificência da Ciência dos Orixás, se
calariam, pois Cabala, Tarô, Astrologia e Numerologia não revelam a nossa
ancestralidade. Já os búzios revelam o passado, o presente e o futuro das pessoas
porque estão baseados na “androgenesia” Divina dos seres.”

Tudo na criação tem a imantação ou fatoração de algum Trono Divino, um Sagrado Orixá.

Isto, percebemos quando se fala no culto aos Orixás (Umbanda e Candomblé, especialmente),
sobre as plantas, ervas, animais, pedras de cada Sagrado Orixá.

Tudo passa pela fatoração. E, se você compreendeu no início do trabalho o que são os fatores
divinos, as ondas fatorais, consegue agora visualizar que os Sagrados Orixás por nós cultuados,
são divindades de Olorum desde o início da Criação e, como seus Poderes Manifestados, estão
presentes em tudo, em todos os lugares e atuam na vida de todos os seres, espécies e
criaturas.

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Reproduzimos a seguir (também extraído do livro “Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada”
(Rubens Saraceni - Ed.Madras), um esquema demonstrativo dos Fatores de Deus e as 7
Estruturas Básicas. Vejamos:

1) Estrutura Religiosa Oxalá - Magnetizador


Fator Congregador Oiá – Cristalizadora
(Fé)
2) Estrutura Conceptiva Oxum - Conceptiva
Fator Agregador Oxumaré – Renovador
(Amor)
3) Estrutura Expansora Oxossi - Expansor
Fator Expansor Obá – Concentradora
(Conhecimento)
4) Estrutura Judiciária Xangô - Racionalizador
Fator Equilibrador Egunitá – Energizadora
(Justiça)
5) Estrutura Militar Ogum - Ordenador
Fator Ordenador Iansã – Direcionadora
(Lei)
6) Estrutura Evolutiva Obaluayê - Transmutador
Fator Evolutivo Nanã – Decantadora
(Saber)
7) Estrutura Geradora Iemanjá - Criacionista
Fator Gerador Omulu – Estabilizador
(Vida)

É importante estudarmos os aspectos positivos e negativos dos Orixás.


Sim, eles existem, estão na base da criação divina, pois, os fatores possuem seus polos positivos e
negativos.
Quando, na maioria dos casos, absorvemos a parte positiva de um fator, temos fortalecido nosso
virtuosismo. Mas, quando vibramos sentimentos negativos ou viciados, então, nossos chacras
passam a absorver as partes negativas dos fatores relacionados a eles.
Por exemplo: no Sentido do Amor, temos como sentimento oposto o ciúme, que gera a
desconfiança. Isto acontece, mesmo que a pessoa negue, mas, se voltar-se para seu íntimo, verá
pouca “razão” e muito “instinto” em seu sentimento.
Ainda no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada” (Rubens Saraceni/Editora Madras), no
capítulo que se refere aos aspectos dos Orixás, o autor cita que na teogonia nagô havia os Orixás
revelados e os ocultos.
E que os revelados geram a parte positiva dos fatores divinos, ainda que muitos tenham se perdido
nas disputas territoriais e religiosas, à época, no continente africano.
Por isso, hoje falta a descrição detalhada da Orixá que rege o “fator tempo” em seu lado feminino,
pois, em seu lado masculino, está o Orixá Oxalá. Consequentemente, recorreu-se ao nome Oiá,
juntando-o ao fator tempo, identificando esta divindade como “Oiá -Tempo” (também chamada de
Logunã).
O mesmo ocorreu com a parte feminina do “fator ígneo” (elemento fogo), recorrendo ao nome Oro
Iná.
Oiá é, no Candomblé, nome dado a Iansã. Egunitá é uma das qualidades de Oiá (Rubens Saraceni
acabou, em 2013, encontrando uma denominação nagô para a Mãe do fogo = Oro Iná).
Os aspectos negativos dos fatores não são absorvidos naturalmente pelos seres, pois são
destinados às criaturas e às espécies. Mas começam a ser absorvidos pelos seres quando estes
deixam de ser guiados pelo seu racional (polo mental positivo) e passam a ser guiados pelo seu
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instinto (polo mental negativo).

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A seguir, uma lista de aspectos positivos dos Orixás:

1) Oxalá é magnetizador da Fé;


2) Oiá -Tempo é cristalizadora da Religiosidade;
3) Oxum é concebedora do Amor;
4) Oxumaré é renovador da Concepção;
5) Oxossi é expansor do Conhecimento;
6) Obá é concentradora do Raciocínio;
7) Xangô é equilibrador da Justiça;
8) Egunitá é energizadora da Razão;
9) Ogum é ordenador da Lei;
10) Iansã é direcionadora do Caráter;
11) Obaluayê é transmutador da Evolução;
12) Nanã é decantadora dos Sentidos;
13) Iemanjá é geradora da Criatividade;
14) Omulu é estabilizador da Geração;

A seguir, uma lista de aspectos negativos dos Orixás:

1) Oxalá, no seu aspecto negativo ou oposto, gera a ilusão;


2) Oiá -Tempo, no seu aspecto negativo ou oposto, gera o fanatismo;
3) Oxum, no seu aspecto negativo ou oposto, gera o ciúme;
4) Oxumaré, no seu aspecto negativo ou oposto, gera a permissividade;
5) Oxossi, no seu aspecto negativo ou oposto, gera a dispersão;
6) Obá, no seu aspecto negativo ou oposto, gera a petrificação;
7) Xangô, no seu aspecto negativo ou oposto, gera o desequilíbrio;
8) Egunitá, no seu aspecto negativo ou oposto, gera a fraqueza;
9) Ogum, no seu aspecto negativo ou oposto, gera a confusão;
10) Iansã, no seu aspecto negativo ou oposto, gera o imobilismo;
11) Obaluayê, no seu aspecto negativo ou oposto, gera a apatia;
12) Nanã, no seu aspecto negativo ou oposto, gera a senilidade;
13) Iemanjá, no seu aspecto negativo ou oposto, gera a esterilidade;
14) Omulu, no seu aspecto negativo ou oposto, gera a paralisia;

Os aspectos negativos dos Orixás devem ser trabalhados por seus Exus pares-opostos. A partir da
identificação da parte negativa que está sendo absorvida por uma pessoa, é possível ajudá-la a
substituir estes sentimentos por positivos, trazendo-a de volta à razão.

A negativação dos sentidos da vida faz com que a pessoa atraia espíritos negativados. Por exemplo:
pessoas ciumentas atraem espíritos possessivos, as descrentes atraem espíritos iludidos, as
permissivas atraem espíritos devassos, as degeneradas atraem espíritos viciosos.

Portanto, cuide do seu mental, pois, ele atrairá o que você vibrar. Se vibrar positivamente, atrairá
espíritos positivos e energias sutis e benéficas, mas, se vibrar negativamente... aí, é por sua conta e
risco!

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3.2a) A Hereditariedade e o Caráter Divino dos Sagrados Orixás:
A Natureza de Deus é formada pelos seus fatores, que também são Suas Qualidades Divinas e dão
origem às naturezas distintas e caracterizadoras de tudo o que é gerado em nossa Origem: os
fatores divinos.
Deus gera em Si e de Si:
- Em Si, gera suas partes divinas, multiplica-se e se repete, através de suas qualidades, fatoradas e
naturalizadas como Suas partes, que o forma e o tornam o(a) nosso(a) PaiCriador/Mãe Geradora
Maior;
- De Si, irradia-Se e gera a tudo o que existe (criaturas, seres, espécies). Cada geração ocorre em
uma de Suas qualidades , que fatora sua Geração, mas, que evoluirá no exterior de Deus.
Na gênese dos seres, os Orixás masculinos e femininos são qualidades de Deus. Os masculinos
fatoram somente seres machos e os femininos fatoram seres femininos.

Um ser divino, gerado em Deus, desenvolve uma natureza pura, identificada com o fator que o
imantou.

Um espírito humano gerado por Deus é como a geração do corpo humano, onde o ser possui
algumas características da mãe ou do pai, mas não todas e nem a mesma natureza deles.
Uma filha da Sagrada Oxum, por exemplo, terá algumas características da Divina Mãe que a fatorou,
mas, não todas. Outras qualidades ela adquirirá ao longo de sua evolução.

Perceba: um ser feminino fatorado pela Mãe Oxum terá algumas de suas características, pois, ela
será sua Orixá Ancestral “dominante”. Mas, será fatorado este ser feminino, também por um Orixá
Ancestral masculino “recessivo”, que passará a este ser feminino algumas de suas qualidades
originais. E vice-versa, quando houver a fatoração de um ser masculino.

Toda a geração de Deus é bipolarizada em masculino-feminino, ativo-passivo, positivo-negativo,


irradiante-absorvente, universal-cósmico.

Até Suas divindades foram geradas aos pares, formando irradiações (ondas) puras, mas
bipolarizadas.

Eis, então, como funciona a hereditariedade dos seres. E a real comprovação de que todos,
independentemente de suas crenças, são “filhos” dos Sagrados Orixás, pois, estes, são poderes
manifestados de Olorum e nada escapa à sua fatoração divina.

4) Gênese de Umbanda, Gênese do Ser e os 7 Planos da Vida

A Umbanda é uma religião ainda nascente em solo brasileiro, considerando-se que tem pouco mais
de um século de existência.

Outras religiões, como Espiritismo e Candomblé, são bem mais antigas. O culto aos Orixás na África
é milenar, assim como o Catolicismo e o Judaísmo, por exemplo.

Muitas religiões, já extintas, serviram de base para a formação teológica das religiões ainda atuantes
no plano material.

Portanto, todas as religiões tiveram influências e não devem, os umbandistas, envergonharem -se ou
sentirem -se inseguros, quando questionados sobre os fundamentos da Umbanda.

Saiba você, que o Judaísmo levou, praticamente, 3 séculos para concluir o Velho Testamento (entre
o Século III e o Século I A.C). A Igreja Católica também passou por várias transformações, até
encontrar sua “unidade” no Concílio dos Bispos, no Século III D.C.
Descrevo unidade entre aspas, pois, em verdade, qual religião é realmente una?

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Na própria Igreja Católica vemos variações entre as várias ordens religiosas. Nas Igrejas
Evangélicas, estas variações são ainda mais gritante

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Porém, todas as religiões, com o passar do tempo, foram formando suas teorias acerca da Gênese
do Planeta e do ser humano. E a Umbanda, engatinhando no plano material, ainda bebe das
influências destas “gêneses”.

Através do médium psicógrafo Rubens Saraceni. o Senhor Mestre Mago da Luz Seiman Hamiser Yê
(um Ogum Megê 7 Espadas da Lei e da Vida), trouxe para o plano material a “Gênese Divina de
Umbanda Sagrada”, através de um livro com este título, onde mostra, através dos estudos realizados
pelos Mestres da Umbanda no astral, como ocorreu a formação do nosso planeta e da vida que o
anima.

Esta Gênese está à disposição dos umbandistas, mesmo daqueles mais resistentes, que insistem
em “beber” em fontes alheias.

Sintetizando -a: “A Terra já foi um caos energético e, por bilhões de anos, foi um planeta inabitável.
Aconteciam milhões de explosões energéticas entre elementos que se chocavam e se repeliam, o
que impedia qualquer tipo de vida por aqui. Foi acontecendo um esgotamento e os elementos mais
reativos foram desaparecendo, o que foi possibilitando a acomodação de elementos estáveis.

A crosta do planeta foi perdendo calor para o espaço vazio que há ao seu redor do seu campo
eletromagnético (que tem limite na extratosfera, em suas camadas mais altas. Neste local situavam -
se os gases e vapores). Os gases e vapores não conseguiam ultrapassar o cinturão eletromagnético
sobre o eixo magnético (ou o giro do planeta sobre si próprio).

A Terra encontrava-se, há bilhões de anos, coberta por uma densa massa gasosa formada por
muitos elementos, que foram combinando-se e dando origem a moléculas mais pesadas, que
começaram a baixar sobre a massa incandescente que era o planeta.

Diz a Ciência Divina, que desde que o Divino Criador assentou o Divino Trono das 7 Encruzilhadas
por aqui, já se passaram, aproximadamente, 13 bilhões de anos. E que nos primeiros 4 bilhões de
anos, o planeta parecia com uma estrela azul, mas que cintilava outras cores.

Nesta primeira etapa, o Logos Planetário absorveu energias, através do seu poderoso magnetismo
mental O núcleo magnético foi alcançando um ponto de equilíbrio, as ondas eletromagnéticas
perdendo forças e as energias foram condensando-se em torno do eixo magnético planetário.

E o planeta começou a perder calor para o geladíssimo espaço cósmico (absorvedor natural de calor
de corpos celestes).

Com esse resfriamento, a Terra foi se densificando e possibilitando que moléculas mais pesadas
formadas pelas massas gasosas nela se acomodassem.

Esse processo de resfriamento durou mais 3 bilhões de anos. As ligações atômicas comandadas
pelas imanências do Divino Trono das 7 Encruzilhadas originaram muitos tipos de moléculas, que
originaram muitas substâncias (sólidas, líquidas ou gasosas).

Criado este magnetismo, o planeta começou a absorver “nutrientes” do Cosmos.

Enquanto o Trono das 7 Encruzilhadas crescia magneticamente, o planeta se materializava.


O Divino Trono das 7 Encruzilhadas é o magnetismo que sustenta o planeta em suas muitas
dimensões. Já a sua contraparte natural é individualização de sua natureza cósmica ou Sua parte
feminina. Em suma: falo da Mãe Natureza.
Quando afirmamos que Deus é Pai e Mãe, masculino e feminino, então, fica fácil entender que este
Divino Trono que é sua individualização para o nosso planeta, tenha também sua parte feminina: a
natureza.

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Após estes 7 bilhões de anos, o planeta ainda era instável, passando por uma série de erupções
vulcânicas. E saiba que este processo de esfriamento pelas erupções durou mais 1 bilhão e meio de
anos e iniciou -se a partir dos polos norte e sul.

A partir daí, começou o alinhamento das 77 dimensões, processo este que durou mais 2 bilhões de
anos e só completou-se quando a vida teve início, ainda de forma rudimentar e unicelular.
A formação de moléculas de água acelerou e alagou parte da crosta terrestre. E isto possibilitou que
o primeiro tipo de vida surgida no planeta, fossem as algas.
500 milhões de anos após o surgimento de vida, a formação de plânctons (bolores), permitiu o
surgimento de um modo de vida superior formada por seres instintivos.

As dimensões paralelas (básicas ou elementais) já estavam formadas e começaram a receber seres


inconscientes. Eram elementais puros (cristalinos, minerais, vegetais, ígneos, eólicos, telúricos e
aquáticos).

Nestas dimensões eram fatorados e iam recebendo suas ancestralidades.

Quando foi assentado aqui pelo Divino Criador, o Trono das 7 Encruzilhadas trouxe consigo sua
hierarquia, que assentou à sua volta: Trono da Fé, Trono do Amor, Trono do Conhecimento,
Trono da Justiça, Trono da Lei, Trono da Evolução, Trono da Geração.

Após 10 bilhões de anos, houve o alinhamento do planeta (de suas 77 dimensões) e estavam
criadas as condições para a evolução dos seres e das espécies aqui.

De lá para cá, passaram-se aproximadamente, 3 bilhões de anos.

Há meio bilhão de anos surgiram as criaturas e os sáurios, que dominaram o planeta por milhões de
anos. Após seu desaparecimento (que foi lento), a Terra passou por uma nova configuração
geográfica e só há cerca de 50 milhões de anos o plano físico voltou a ter vida.

Esta interrupção da vida não aconteceu nas dimensões paralelas. Houve uma evolução tão grande
nas dimensões naturais que os Tronos Planetários já haviam completado suas hierarquias de cima a
baixo, em todos os níveis vibratórios e faixas magnéticas.

No plano físico, começaram a aparecer símios, feras e aves, além de uma fauna e flora exuberantes.

Há cerca de 10 milhões de anos, surgiram raças intermediárias entre os símios e os humanos. Estes
seres ascenderam de um grau abaixo ao nosso na escala vibratória Divina.

Este processo de subida durou 6 milhões de anos e exauriu a crosta terrestre.


A partir daí, começaram a surgir os ancestrais dos seres humanos, mas, ainda selvagens.

Esse período durou até 1 milhão e meio de anos atrás, quando, em uma colisão de planetas, a vida
na Terra quase foi extinta.

Após isso, o planeta recuperou-se e, há cerca de 1 milhão de anos, surgiram as civilizações


adâmicas, atlantes e lemurianas.

Nesta era, denominada “Cristalina”, os seres encarnavam uma só vez, retornando à paralela á direita
ou à paralela à esquerda, já humanizados. A vida na carne, durava, em média, 150 anos.
Espiritualizar -se ou humanizar -se, é a única forma de absorver o fator humano, gerado pelo Divino
Criador e, para isso, é necessário que o ser encarne.

O fator humano dota o ser da capacidade de absorver a natureza de todos os outros fatores, o que
não é possível aos seres naturais (os que nunca encarnaram).

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Mentalismo, onanismo, criatividade mental, raciocínio hipotético, curiosidade, ilusionismo, assim
como, ambição, inveja, racismo, egoísmo, fanatismo, soberba, etc, são fatores que não encontramos
nos seres que nunca encarnaram.

O fator humano funde muitos fatores Divinos (positivos e negativos), todos agregados na energia
humana.

Uma era religiosa dura 77.000 anos. Pois, a era Cristalina durou 300.000 anos.
A população de encarnados, nessa era, chegou à 8 bilhões de habitantes, que, como já descrito,
viviam cerca de 150 anos.

Com a decadência religiosa e moral, afloraram os aspectos negativos do fator humano, sintetizados
na figura de Lucifer Yê (Senhor do Poder e da Luz), que, em verdade, era o Trono responsável pela
evolução na dimensão humana do planeta, tendo regido-a desde o início da Era Cristalina.

O seres que espiritualizavam-se, mas, se negativavam, voltavam às suas dimensões de origem,


porém, para os polos negativos, causando desestabilidade no meio onde ficavam retidos. Não
esgotavam seus negativismos, apenas os extravasavam e contagiavam os seres naturais ao redor.

Lucifer Yê sentiu-se abandonado pelos outros Tronos na sustentação destes seres que
humanizaram-se e, nesta condição negativaram-se. Chamou para si a responsabilidade sobre os
seres “desumanizados”, agregou a eles seu fator transformador e dissociou a dimensão humana de
todas as outras do planeta.

Puxou para a paralela à esquerda inúmeros seres negativados, o que provocou uma sobrecarga que
causou uma estática cósmica perigosa para o equilíbrio do planeta como um todo.
Então, houve uma intervenção divina e a dimensão humana sofreu deslocamento de um grau para a
esquerda. Houve uma violenta descarga da estática negativa da dimensão humana, o que causou
um enorme terremoto.

Bilhões de seres morreram e outros tantos perderam muitas faculdades (ficaram como as pessoas
que, hoje, definimos como excepcionais).

Antes dessa catástrofe, os seres viam e até ouviam as divindades em seus pontos de forças, em
dias e horários determinados. O grau vibratório do magnetismo terrestre era o mesmo dos pontos de
forças.

Porém, com o deslocamento à esquerda, uma “densificação” aconteceu e o magnetismo mental das
pessoas sofreu um rebaixamento vibratório.

Os mitos Lúcifer, Dilúvio e Torre de Babel, são dessa época.”

Eis uma breve síntese da gênese do planeta, que você pode encontrar no lviro ‘Gênese Divina de
Umbanda Sagrada” (Rubens Saraceni/Editora Madras).

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4.1) Os Fatores e as Ondas Fatorais:

As ondas fatorais que fluem no primeiro plano da vida atraem fatores, os transportam e os espalham
por toda a Criação de Deus.
Cada uma tem um comprimento e forma específica, pois, seu magnetismo atrairá somente a parte
que lhe cabe de um determinado fator.
Um fator é formado de 4 partes, com cada onda transportando uma de suas partes.
Como temos 7 fatores divinos preponderantes, são 28 tipos de ondas fatorais.
Vejamos:

Gênero:
1º + = masculino
1º - = feminino
Tudo na Criação obedece à dupla polarização. Tudo está dividido em masculino e feminino

Polaridade:
2º += positivo
2º - = negativo
Tudo na criação obedece à polaridade positiva ou universal, negativa ou cósmica.

Fluidez ou Tipo de Onda:


3º += passivo
3º - = ativo
Tudo na Criação obedece aos tipos de ondas, classificadas como passivas ou ativas.

Irradiação ou Tipo de Magnetismo:


4º + = irradiante
4º - = absorvente
O magnetismo pode ser absorvente ou irradiante
Uma onda fatoral transporta somente os Fatores Divinos que seu magnetismo atrai, levando-os para
onde estejam em falta.
Quando uma onda fatoral passa pelo campo de um polo magnético, é magnetizada e passa a gerar
a onda que transportava. Ela passa a gerar, mas não a irradia, sobrecarregando-se. Então, as
ondas eletromagnéticas as atraem e incorporam-nas a seus fluxos, absorvendo os fatores gerados
por elas, misturando-os com outros fatores e dando origem às essências espalhadas por esses
fluxos magnéticos.
E quando essas ondas fatorais magnetizadas passam por polos eletromagnéticos, eletrizam-se e
passam a absorver outras ondas fatorais magnetizadas, gerando essências, que vão acumulando
até que se transmutam em ondas eletromagnéticas, multiplicando a onda eletromagnética que a
havia incorporado e conduzido até um polo eletromagnético.
Para quem tem um primeiro contato com estas informações, parece muito complicado, mas, aos
poucos, vamos entendendo esta Ciência Divina.

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4.2) Os Planos da Vida:
Sintetizaremos, a partir de agora, como ocorre a evolução do 1º ao 7º Plano da Vida.
4.2a) 1º Plano da Vida - O Plano Fatoral:
Este plano é sustentado pelos Orixás Fatorais (ou fatoradores) dos seres gerados por Deus.
Neste plano, os seres são gerados ainda “virginais” ou como “centelhas vivas e pulsantes” e não
possuem ainda consciência de sua existência.
Os seres vão sendo atraídos pelas ondas vivas e imantados com um magnetismo que carregarão
como suas naturezas íntimas para todo o sempre.
Neste plano, vão surgindo pontos luminosos que são gerados por Deus a todo instante e vão sendo
fatorados por estas divindades.
As 7 Ondas Fatorais que chegam até o plano material da vida na dimensão humana, são:

1ª Onda Fatoral - Onda Congregadora - Cristalina;


2ª Onda Fatoral - Onda Agregadora - Mineral;
3ª Onda Fatoral - Onda Expansora - Vegetal;
4ª Onda Fatoral - Onda Equilibradora - Ígnea;
5ª Onda Fatoral - Onda Ordenadora - Eólica;
6ª Onda Fatoral - Onda Evolucionista - Telúrica;
7ª Onda Fatoral - Onda Criacionista - Aquática;

A qualidade divina pelo qual o novo ser foi fatorado, o acompanhará para todo o sempre, na
dimensão, plano da vida em que estagiar e no grau evolutivo em que se encontrar.
Quando o ser amadurece no 1º Plano, é conduzido por ondas fatorais para o...
4.2b) 2º Plano da Vida - O Plano Essencial:

Neste plano, os seres são “alimentados” com essências até que assumem a forma de um ovóide.

Então, imagine que, a centelha pulsante do primeiro plano da vida, no segundo ganha uma “casca”.

Quando o ser é uma “estrela pulsante”, já é possível identificar sua “filiação”, pois, será análoga à
“Estrela da Vida” do Orixá que o fatorou.

A Onda Fatoral do Orixá alcança o mental do ser por ele regido e anima-o, sustentando sua vida
para todo o sempre. É como um coração que nunca para de bater.

Esta estrela viva está protegida por uma casca ou revestimento cristalino (situa-se no nosso mental)
e é formada pela cristalização de essências absorvidas quando o ser viveu no 2º Plano da Vida.

No plano fatoral o ser era uma centelha viva, uma estrela pulsante. No plano essencial, já é um
ovóide que acende e apaga regularmente. Quando acende, está irradiando as essências que não
usou, quando apaga, está absorvendo essências das quais necessita (ou seja, aquelas que
sustentam o desenvolvimento da sua qualidade original; e aquela que mais absorver, o qualificará).

Quando o ser está pronto para ser conduzido ao 3º Plano da Vida, um disco formou-se ao redor dele
(semelhante aos anéis de Saturno). Disco este que é o campo eletromagnético do ser (ainda sutil),
formado por ondas mentais puras saturadas das essências que estão formando um campo protetor
ao redor da “estrela viva”

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4.2 c) 3º Plano da Vida - O Plano Elemental:

Quando desenvolve o campo magnético protetor do mental com as 7 faixas já desenvolvidas, o ser é
encaminhado ao plano elemental, onde será alimentado por energias e não mais por essências
puras.

Neste plano, o ser é acolhido e começa a desenvolver seus “corpos”. E o primeiro corpo a ser
desenvolvido é o elemental básico.

Este corpo elemental básico assemelha-se ao citoplasma de uma célula, porém, é alongado
verticalmente.

Conforme o ser vai se desenvolvendo, essa proteção vai crescendo e o corpo elemental básico
expande-se, funcionando como a parede de uma célula, que absorve os nutrientes e os internaliza
por osmose.

O ser elemental absorve energias elementais puras do meio onde vive, assim como recebe energias
dos Tronos responsáveis pela sua evolução.

As energias elementais são a condensação de energias combinadas e que dão origem ás energias
cristalina, mineral, vegetal, ígnea, eólica, telúrica e aquática.

Como um feto que é alimentado no cordão umbilical, neste estágio, o ser é alimentado pelo Trono
Elemental através de um cordão vivo, por onde transmitem, a partir de suas estrelas vivas, as
energias necessárias para a sua subsistência.

Estes cordões vão perdendo a utilidade, conforme o corpo elemental básico vai se desenvolvendo e
vão formando -se os chacras, captadores de energias elementais do meio onde vivem.

Quando os chacras se formam completamente, os cordões se rompem e o ser passa a ter liberdade
de movimentação na dimensão em que vive.

As 7 dimensões elementais básicas do 3º Plano da Vida, são:

1) Dimensão Elemental Básica Cristalina;


2) Dimensão Elemental Básica Mineral;
3) Dimensão Elemental Básica Vegetal;
4) Dimensão Elemental Básica Ígmea;
5) Dimensão Elemental Básica Eólica;
6) Dimensão Elemental Básica Telúrica;
7) Dimensão Elemental Básica Aquática;

São 7 faixas duplas: uma faixa magnética positiva e irradiante (que expande o magnetismo mental
do ser) e outra negativa e absorvente (que concentra o mental do ser, afixando-o numa única
faculdade, impedindo-o de fixar-se em sentimentos ilusórios).
Esta dupla polaridade dá os limites para que os instintos se resumam ao indispensável para o
desenvolvimento neste plano da vida.

As dimensões elementais do 3º Plano projetam correntes eletromagnéticas energizadas para o 4º


Plano da Vida, onde se fundem e formam o plano bielemental.

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4.2 d) 4º Plano da Vida - O Plano Dual:

Se no 3º Plano da Vida, o ser desenvolveu seu corpo elemental básico e seu magnetismo mental, no
4º Plano, o dual, entrará em contato com um segundo elemento, que dará formação ao seu
emocional, ou seu polo negativo.

Neste plano, o ser entra em contato com energias que acelerarão ou desacelerarão seu pulsar
magnético.

Neste plano, o ser fica exposto aos instintos básicos de sobrevivência. Alcançar o equilíbrio entre
razão e emoção, é o objetivo neste estágio da evolução.

As dimensões do 4º Plano são formadas por 2 elementos que se combinam ou potencializam.

Combinam= Complementares

Potencializam= Polarizam

Ar e água se combinam, ar e fogo se potencializam, polarizando-se.

Cristal e mineral se combinam, cristal e fogo se polarizam.

Este processo divino emociona ou apatiza o ser, amadurecendo-o.

Os Tronos Duais são os mais rigorosos de toda a Criação, pois, seus domínios são os dos instintos e
mantém uma vigilância permanente sobre todos os seres que lá vivem.

Compare o estágio dual da evolução à adolescência.e terão uma ideia da complexidade deste
estágio da evolução, que ocorre em 33 dimensões da vida.

Uma dimensão fogo-ar, por exemplo, não é o mesmo que uma dimensão ar-fogo.

Na dimensão ar-fogo, vivem seres elementais eólicos, que incorporando o fogo como seu segundo
elemento, se polariza e os aquietam, reduzindo sua vibração magnética.

Na dimensão fogo-ar, vivem seres elementais ígneos, que incorporando o ar como seu segundo
elemento, se polariza e eleva suas vibrações magnéticas, emocionando-os.

As dimensões duais possuem tudo o que possuem as dimensões elementais, mas têm o segundo
elemento, que complementando-se ou polarizando-se, dão origem a um composto energético misto,
a fim de aflorar os instintos básicos do ser, até que se forme o corpo emocional e este atinja
equilíbrio com o racional.

Corpo emocional este que sinalizará tudo o que contrariar a natureza íntima do ser. Um ser mineral
elemental é igual a todos os seres minerais elementais, por exemplo. Mas, no plano dual, já nota-se
uma acentuada individualização, diferenciando-o dos de seu grupo. Essa individualização é
instintiva, pois, neste plano da vida o ser age e reage por instinto.

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A seguir, uma lista com as 33 dimensões duais do 4º Plano da Vida:

Dimensões Cristalinas:
1) Cristalina -Mineral;
2) Cristalina -Vegetal;
3) Cristalina -Telúrica;
4) Cristalina -Ígnea;
5) Cristalina -Eólica;
6) Cristalina -Aquática;

Dimensões Minerais:
7) Mineral -Aquática;
8) Mineral -Cristalina;
9) Mineral -Ìgnea;
10) Mineral -Telúrica;

Dimensões Vegetais:
11) Vegetal -Eólica;
12) Vegetal -Aquática;
13) Vegetal -Telúrica;
14) Vegetal -Cristalina;
15) Vegetal -Mineral;

Dimensões Ígneas:
16) Ígnea -Cristalina;
17) Ígnea -Mineral;
18) Ígnea -Eólica;
19) Ígnea -Telúrica;

Dimensões Eólicas:
20) Eólica -Cristalina;
21) Eólica -Aquática;
22) Eólica -Ígnea;
23) Eólica -Vegetal;

Dimensões Telúricas:
24) Telúrica -Aquática;
25) Telúrica -Vegetal;
26) Telúrica -Mineral;
27) Telúrica -Cristalina;
28) Telúrica -Ígneas;

Dimensões Aquáticas:
29) Aquática -Eólica;
30) Aquática -Cristalina;
31) Aquática -Vegetal;
32) Aquática -Mineral;
33) Aquática -Telúrica;

Cada dimensão é regida por um Divino Orixá Dual, que é auxiliado por outros Orixás Duais.
As entradas destas dimensões são vigiadíssimas por guardiões portadores de “armas” e, para
adentrá-las, é preciso uma autorização dos Tronos Guardiões dessas passagens.
E este guarda é rigorosa, porque, um ser que adentre o plano dual, pode ter seus instintos básicos
aflorados, regredindo consciencialmente e assumindo uma deformação em seus órgãos energéticos,
bem como a paralisação de suas faculdades mentais.
A passagem dos seres elementais para o plano dual é sinal de evolução. Mas um retorno forçado à
elas, é sinal de regressão.

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4.2e) 5º Plano da Vida - O Plano Encantado:

É formado por 49 dimensões trienergéticas.


O meio ambiente destas dimensões é formado por combinações de energias elementais puras com
energias mistas das dimensões elementais duais
Estas energias mistas, acrescidas de uma 3ª energia elemental pura, criam condições para que
neste plano, o ser com emocional equilibrado, apure sensibilidade, sensitividade e percepção,
purificando suas faculdades dos vícios dos instintos básicos.
As dimensões trienergéticas, são: 7 cristalinas, 7 minerais, 7 vegetais, 7 ígneas, 7 eólicas, 7
telúricas, 7 aquáticas.
Estes são os primeiros elementos. Com relação aos outros 2, o segundo repete as dimensões duais
e o terceiro entra como neutralizador, apassivador ou ativador.
Todas as hierarquias são polarizadas, porque neste plano da vida, a finalidade é abrir os sentidos e
as faculdades do ser e acelerar sua individualização amparado pelas divindades que regem esta
dimensão.
Neste plano, o ser manterá sua qualidade e qualificação, mas, se fixará num campo definido, onde
permanecerá, até que todas as faculdades de um dos 7 sentidos se desenvolva e ele passe a ter
consciência sobre si próprio. Então, já deixou de ser movido por instintos e é guiado por um dos 7
sentidos.
Este plano é chamado de Encantado, porque nele, os Orixás Regentes atuam abrindo as
faculdades do ser, amadurecendo e expandindo sua capacidade mental.
Os seres no 5º Plano são chamados de: Encantados Cristalinos, Encantados Minerais,
Encantados Vegetais, Encantados Ígneos, Encantados Eólicos, Encantados Telúricos,
Encantados Aquáticos.
Cada um deles está voltado para o despertar consciente de um sentido da vida, pois, neste plano,
não são mais instintivos, são seres mentais.
A partir de certo ponto, os seres encantados são capazes de movimentar energias mentais
relacionadas a eles, como se tornam geradores naturais de um composto energético triplo, onde
predomina a energia que o distingue.
Os encantados se manifestam no Ritual de Umbanda como os Erês (crianças).
4.2f) 6º Plano da Vida - O Plano Natural:
Este estágio se destina ao desenvolvimento da consciência plena do ser. E, por isso, é o mais
complexo.
É no 6º Plano da Vida, o Plano Natural, que os espíritos passam a ter livre arbítrio, onde, passam a
trilhar “escolhendo” seus caminhos, mas, também, arcando com as conseqüências destas escolhas.
Lembre-se sempre de que o livre arbítrio e a lei do carma andam de braços dados.
Neste plano, há 77 dimensões, regidas em torno de um eixo magnético central que as liga ao Divino
Trono das 7 Encruzilhadas.
O Logos Planetário , que é a individualização de Deus que deu origem ao nosso planeta, rege a vida
desde o 3º plano da vida, o elemental.
E tudo e todos, a partir deste plano, estão ligados a ele, ressonando e vibrando (pensamentos,
sentimentos, palavras) em suas telas planetárias multidimensionais. Ou seja, nada escapa dos
“olhos e ouvidos” do Divino Trono das 7 Encruzilhadas... nada escapa de Deus.
As 77 dimensões de nosso planeta são habitadas por um número incontável de seres semelhantes a
nós, humanos, todos desenvolvendo suas consciências e sob a regência do Divino Trono das 7
Encruzilhadas e dos Sagrados Orixás.
Destas 77 dimensões, a dimensão humana é formada, além do plano material, por 7 dimensões
acima deste plano material (positivas) e 7 dimensões abaixo do plano material (negativas).
A dimensão humana é formada pelo “lado” espiritual e sua contraparte material.

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Para que fique claro, àqueles que confundem: ser humano não é estar na carne. É estar
desenvolvendo sua consciência, no 6º plano da vida, através do ciclo reencarnatório.
Todos os espíritos (encarnados e desencarnados) que evoluem na dimensão humana (em qualquer
uma das suas faixas ou subfaixas vibratórias, ascensas ou descensas) é um espírito humano.
Saiba também que o plano em que vivemos, o plano dos encarnados, na dimensão humana da vida
é o mais denso de todos, em todas as dimensões do planeta.
Que isto fique claro, pois, muito confundem densidade com negativismo (que é polaridade
magnética).
Afinal, um espírito que vive na 4º faixa vibratória abaixo da nossa, não é mais denso do que quem
está encarnado, mas, está “tomado” pela sua polaridade negativa.
E saiba também que nosso plano material é o único, em todo o planeta, onde misturam-se seres
(espíritos) dos mais variados graus evolutivos.
Isto pode ser comprovado na própria dimensão humana da vida, onde, fora do plano material, os
espíritos são atraídos para as faixas afins com suas vibrações mentais.
A dimensão humana é a 22ª nesta paralela, tendo 55 à sua direita e 21 à sua esquerda.
Em todas, tudo é muito semelhante à nossa. Porém, quanto mais à esquerda, mais “opaca”, quanto
mais à direita, mais “colorida”.
Os seres que vivem nas dimensões naturais não evoluem através do ciclo reencarnatório.
Evoluem em uma determinada faixa (nível vibratório ou plano da vida) sob a regência de um Orixá e,
assim que seu estágio naquela faixa encerra-se, são puxados por cordões energéticos por outro
Orixá para a faixa seguinte. Não perdem consciência e memória de suas trajetórias.
Ao contrário de nós, bipolares, são seres monopolares e, quando negativam-se, sofrem muito mais,
tendo uma regressão consciencial auto-punitiva, até mesmo.
Saiba que o ciclo reencarnatório é um acelerador da evolução. Através dele, adquirimos faculdades
que soam “estranhas” a alguns seres naturais que não conseguem compreender, em muitos
aspectos, nosso “jeito humano de ser”.
Um espírito humano que vai visitar uma dimensão natural, percebe claramente esta diferença.
Segundo o Mestre Rubens Saraceni, a proporção de nossa evolução humana para a dos naturais é
de 5 para 20. Ou seja, o grau evolutivo que adquirimos em 5.000 anos, um ser natural leva 20.000
anos para atingir.
Todos nós, humanos, já passamos pela evolução natural. E assim foi, até quando vivemos no 5º
plano da vida. Porém, quando adentramos no 6º plano, fomos encaminhados para a dimensão
humana, onde evoluímos até hoje e dela só sairemos quando desenvolvermos plenamente nossas
faculdades. Trocando em miúdos: quando estivermos aptos a “pular” para o 7º plano, já
manifestando Deus naturalmente em nossos íntimos.
Por que, quando fomos fatorados no 1º plano da vida, já adquirimos a “condição” humana e, mesmo
que tentemos evoluir nas dimensões naturais, seremos sempre atraídos pelo nosso fator humano.
Se no 4º plano da vida o ser é instintivo, no 6º, tem consciência de si e de sua condição e tenta influir
na sua evolução, afinal, este é o plano do desenvolvimento da consciência plena.
E, se citamos anteriormente, que o Divino Trono das 7 Encruzilhadas possui telas vibratórias
refletoras de pensamentos e sentimentos de tudo e todos, complementamos agora, dizendo que
todos os seres que evoluem no 6º Plano da Vida, são ligados a este Divino Trono através de cordões
magnéticos finíssimos.

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4.2g) 7º Plano da Vida - O Plano Celestial:

É também chamado de Plano Mental.


Quando o ser atinge este estágio evolutivo, já está desligado das coisas do nosso planeta e é
conduzido a uma mentalização onde abrirá faculdades inimagináveis a nós, em nosso atual estágio
evolutivo.
Neste plano, os seres tornam-se irradiadores naturais dos 7 Sentidos da Vida.
Neste plano vivem os espíritos ascensionados. E alguns deles retornam aos planos anteriores com a
missão de auxiliarem os Sagrados Orixás na evolução dos espíritos que ainda encontram-se
evoluindo no planeta.
Mestres Ascensionados do 7º Raio, Mestres Crísticos e Mestres da Luz dirigentes da Umbanda
provém deste plano mental. Assim como semeadores das mais variadas religiões que, voltam à
carne, por amor à humanidade.
Muitos “angelizaram -se” ou “arcangelizaram -se”, passando a integrar as hierarquias divinas dos
Anjos e Arcanjos.
São solicitados pelos Sagrados Orixás a auxiliarem nas evoluções dos seres sob suas regências,
devido à sua capacidade mental.
Seres das 77 dimensões do plano natural, que sublimam-se, são encaminhados para o 7º Plano da
Vida. Nele, há 7 dimensões celestiais (umas em nossa dimensão solar, outras, em outras dimensões
solares).
4.2h) Sobre a Evolução de uma Divindade:

Reproduzimos a seguir, trecho do livro “Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada” (Rubens


Saraceni - Ed.Madras), onde o autor descreve o processo evolutivo dos Sagrados Orixás, em cada
plano da vida sob o título “A Expansão da Vida nas Dimensões Planetárias):
“Saibam que a cada era religiosa (77.000 anos) todas as dimensões crescem externamente 1 grau
magnético. Este crescimento externo acontece assim: no início de cada era religiosa, o Divino
Criador abre suas 7 dimensões essenciais da vida para que trilhões de seres, já formados
mentalmente, iniciem o estágio elemental da evolução.

Este fluxo tem início conforme a capacidade de absorção das dimensões elementais básicas que
os recebem: os seres já estarão preparados para iniciar este estágio evolutivo.

São tantos seres que usamos a palavra trilhões no sentido de “incontáveis”. As dimensões
elementais básicas, por um processo Divino, expandem-se em 1 grau, novo e inabitado que
acolherá estes trilhões de seres.

Nesta nova ‘faixa” elemental pura, que repete em tudo os outros graus já ocupados por seres
elementais mais evoluídos, vão sendo assentados os Tronos Elementais (masculinos e
femininos) que alcançam o grau divino chamado de “Pai” e “Mãe”.

Para um Trono conquistar este grau, que é sua meta principal, ele tem de concluir todo um giro
evolutivo. Um giro evolutivo signifca que ele, um manifestador puro e natural de uma qualidade de
Deus, iniciou sua evolução ou crescimento Divino numa onda fatoral regida pelo Trono de Deus
responsável por ela, que estacionou ali e cresceu no grau de Trono Fatoral.

Vamos recorrer a uma Oxum para mostrar como é essa evolução Divina dos Tronos de Deus.

Deus gera em Si o Seu Amor Divino. E gerou nessa qualidade uma de Suas Divindades, que
denominamos Oxum, o Trono do Amor, divindade também capaz de gerar em si o Amor Divino,
cujo fator Agregador permite que aconteçam as uniões e as ligações que sustentam a Criação
Divina. Logo, Oxum é a Mãe de Concepção Divina.

Deus gerou em Si Oxum, o Trono do Amor, agregador e conceptivo, e Oxum é em si essa


qualidade Divina. Então Deus gerou em Si seres cuja qualidade original é agregadora e
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conceptiva, e os gerou nesta sua Onda Viva da Vida, onde foram fatorados por Oxum e
passaram a ser regidos por ela, o Trono do Amor, agregador e conceptivo, de natureza amorosa,
agregadora e conceptiva.

Deus gerou Oxum em si e a tornou a divindade geradora e irradiadora dessa Sua qualidade divina.
Já os seres, Deus os gerou de Si. E Oxum, esta Sua qualidade viva e Divina, os fatorou e os
imantou com sua qualidade amorosa, agregadora e conceptiva. A partir daí, aos olhos de Deus,
todos os Seus filhos, gerados de Si na Sua qualidade amorosa, agregadora e conceptiva, são
vistos por ele como os filhos de Oxum, a Divina Mãe do Amor, da agregação e da concepção. Eles
nunca mais deixarão de ser filhos de Oxum, pois Deus os gerou nessa Sua qualidade. E mesmo
que se passem bilhões de anos, continuarão a ser identificados como filhos de Oxum, pois
herdaram dela sua natureza amorosa, agregadora e conceptiva. Mas eles irão evoluir e incorporar
outras qualidades a esta qualidade original que herdaram da Divina Mãe do Amor, que não vive no
exterior de Deus, mas sim no Seu “interior”, pois é em si mesma essa qualidade geradora D’Ele.

Mas Deus, que gerou em si essa Sua qualidade e a Divindade que a distingue e individualiza,
continuou a gerar em Si uma hereditariedade Divina denominada de “Divindades Oxum”, ou
divindades amorosas, agregadoras e conceptivas, que irão crescer e ocupar todo o Seu “exterior”,
que está sendo ocupado pelos seres que ele gera de Si nesta sua qualidade “Oxum”.

Logo, Deus não se expande internamente, mas sim externamente, pois Suas ondas vivas ocupam
todo o seu exterior, que continua a se expandir, criando novos universos e tudo o que os forma e
os torna próprios para a expansão da vida.

Deus primeiro cria os meios e os recursos necessários para a vida, depois cria a vida, gerando os
seres, as criaturas, e as espécies que ocuparão os universos já criados por Ele. Portanto, antes de
gerar vidas, Deus gera os meios onde elas fluirão.

Ele gera o tempo todo, de Si, Sua qualidade agregadora e conceptiva, e gera continuamente Sua
Divindade Oxum, que vai multiplicando-se e repetindo-se na Sua hereditariedade Divina, toda
formada por divindades Oxum, ou Mães do Amor Divino, todas agregadoras e conceptivas.

As Oxuns fatorais estagiam no íntimo de Deus, em Sua qualidade fatoradora, na qual adquirem a
capacidade de gerar o fator agregador e conceptivo, e vão ocupando o plano fatoral, sempre por
intermédio da expansão de sua onda viva. Nessa ocupação por divindades agregadoras e
conceptivas, a vida tem seus recursos agregadores de seres e concebedores de vida.

Eles vão assentando-se e criando à volta de seus Tronos as condições ideais para que os seres,
gerados por Deus na Sua qualidade Oxum, possam ser agregados e fatorados, até que alcancem
as condições para serem conduzidos à dimensão essencial da vida.

Quando uma dessas Oxuns fatorais envia para a dimensão essencial todos os seres a ela
confiados por Deus, é chegado o momento de ela recolher em si o mistério gerador do seu fator
agregador e conceptivo, e enquanto vai recolhendo, seu magnetismo vai se concentrando de tal
forma, que ela torna-se em si mesma um polo magnético agregador e conceptivo, habilitando-se
ao grau de Oxum Essencial.

Esse seu novo grau e poderoso magnetismo a conduz à dimensão Essencial da Vida, onde
aglutinará ao seu redor tantos seres quanto o seu magnetismo atrair, dando-lhes sustentação.

O mesmo se repete, e quando esses seres essenciais forem conduzidos à dimensão elemental, ela
recolherá sua irradiação essencial e alcançará o grau de Oxum Elemental. Quando todos os seres
elementais amparados por ela forem conduzidos às dimensões duais, ela alcançará o grau de
Oxum bipolar ou bielemental, assumindo a condução e o amparo de tantos seres quanto seu
magnetismo atrair.

O estágio seguinte é o encantado, em que regerá todo um reino da natureza, no qual permanecerá,
no mínimo, por toda uma era religiosa, ou um período de 77.000 anos solares.

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O próximo passo é alcançar o grau de Oxum Natural, no qual será uma geradora de energias
agregadoras e conceptivas, e atuará por irradiação magnética, em
muitas dimensões. Também iniciará a formação da sua hierarquia de Oxuns auxiliares, não tendo
um tempo definido para permanecer nele.

Mas, assim que desenvolver seu magnetismo celestial, seu campo de ação abre-se para outras
esferas da vida, sempre em contínua expansão.

Este “evoluir” de uma divindade nada mais é do que a contínua ocupação dos espaços e meios
que Deus vai criando para que os seres, em contínua evolução, possam ser conduzidos a novos
estágios e possam “crescer”, sempre amparados pelas divindades manifestadoras das qualidades
D’Ele, o Divino Criador.

O universo físico está em contínua expansão e crescimento, e o mesmo acontece com as


dimensões da vida, pois Deus gera de Si, continuamente, seres, criaturas e espécies, que vão
ocupando os espaços que vão sendo criados por Ele.

As divindades também se expandem, pois, à medida que aumentam suas irradiações, magnetismo
e vibração, aumentam seus campos de atuação.

No exemplo que demos com as divindades do Amor Divino (as Oxuns), nós vimos que no início
geravam e irradiavam apenas o fator agregador, mas, à medida que evoluíam, iam gerando
essência, depois elemento, depois energia, para no estágio natural, gerarem tudo isso e irradiarem
energias complexas.

Após concluírem todo este giro evolutivo, estas Oxuns “Naturais” podem optar por ascender ás
esferas Celestiais e atuar em níveis vibratórios interplanetários, no qual cada planeta será mais
uma das “moradas” Divinas sob seu amparo e atuação, ou podem optar por assumir o grau de
regentes de uma nova faixa elemental, ou dual, ou encantada, criada automaticamente por Deus, a
cada 77.000 anos, na qual estas Oxuns excelsas se assentarão em definitivo e por todo o sempre,
e à qual regerão com o seu Mistério do Amor, agregador e conceptivo, por individualizarem-se e
habilitarem -se como manifestadoras plenas dessa qualidade Divina.

Esta condição única para uma divindade dota-a do poder de gerar, tanto em si quanto de si, tudo o
que for preciso para que a sua faixa permaneça sempre em equilíbrio vibratório, energético e
magnético, e vá se expandindo segundo a vontade de Deus e as necessidades da vida que fluirá
naturalmente dentro dela. Este “fluir da vida” significa que seres habitarão e encontrarão nesta
nova faixa tudo o que for preciso para crescerem e evoluírem, pois a divindade que a rege tornou -
se uma individualização do Divino Criador no mistério que manifesta em si e de si.

Saibam que as divindades assentadas nos 14 polos magnéticos das 7 Linhas de Umbanda
Sagrada já concluíram este ciclo evolutivo que descrevemos, e optaram por assentarem-se e
regerem esta faixa natural.

Aqui foram assentadas há muito tempo, e aqui permanecerão por todo o sempre, pois são
indissociáveis do próprio meio e vida aqui existentes.

O que existe em nosso planeta, em suas múltiplas dimensões, só existe porque as divindades
naturais são capazes de gerar em si tudo o que precisamos, como são capazes de gerar de si tudo
o que ainda viermos a precisar.

Assim é, não precisamos nos preocupar com o amanhã de nossa evolução, pois elas estão se
expandindo continuamente, e estão criando as condições ideais para que continuemos crescendo
mentalmente e evoluindo conscientemente, sem precisarmos ir para outros planetas. Mas, caso
um ser evoluidíssimo opte por atuar em outra orbe planetária e evoluir em outra realidade extra
humana, até isso elas estão aptas a nos facultar, pois são as divindades naturais de Deus, são os
Sagrados Orixás Regentes da Natureza.“

Espero que, com este trecho “colado” desta obra esclarecedora, você tenha compreendido bem
como funciona a evolução em nosso planeta.
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4.2i) Gênese dos Seres:


A escala magnética divina repete -se e multiplica -se por toda a Criação. É vertical e parte do nosso
universo físico com sua paralela espiritual à esquerda e a natural à direita.
Estas paralelas, que são novas escalas divinas, mostram-se em graus vibratórios no mesmo
padrão, porém, à esquerda mais feio e à direita mais belo. Nos seus graus vibratórios superiores,
vão se sutilizando e diferenciando-se do nosso plano físico.
Na dimensão natural, a natureza é mais bela e mais brilhante do que em nossa dimensão física e
também do que em nossa dimensão espiritual humana.
No lado etérico dos pontos de forças da natureza (paralela natural), encontramos tantos seres, que é
quase impossível de se fazer um cálculo populacional. Eles recebem os espíritos humanos com
enorme alegria, sempre desejando estabelecer laços afetivos conosco. São seres visivelmente
“inocentes”.
Há espíritos que, após visitarem reinos naturais, assentam-se ao lado dos Orixás regentes destes
pontos de forças e por lá permanecem.
Há até mesmo casos de “casamentos” entre espíritos humanos e seres naturais. E até casos de
espíritos humanos que adotam seres naturais como seus “filhos”.
A reprodução como conhecemos, no plano material (onde é facultado aos seres humanos atuarem
na geração dos “corpos carnais” apenas, só aqui existe. Seres e espíritos são única e
exclusivamente gerados por Deus). Nas dimensões naturais, os seres são “adotados” como filhos,
porém, com um afeto não menor aos quais nutrimos por nossos filhos e pais carnais, mantém uma
relação de amor “paternal” ou “maternal”.
Seres com aparência de crianças de 2 a 5 anos, se contarmos o tempo pelo nosso calendário de 365
dias e 6 horas, já possuem alguns milhares de anos e,só terão aparência de 20 anos, após a
contagem de muitos milhares de anos para nós.
Estas “crianças” plasmam energias mentalmente, amoldam e brincam com elas conforme
seus desejos, movimentando ‐as com as mãos ou com a mente.
5) Surgimento e Formação das Hierarquias dos Orixás:

Ao contrário do que muitos pensam, as hierarquias são respeitadíssimas entre os Sagrados Orixás e
funcionam “militarmente”.

Há um respeito enorme entre eles, sendo que um não interfere na faixa do outro, mesmo quando
esta entra em desequilíbrio, pois, nestes casos, entram em ação os Arcanjos, que são os
responsáveis pelo equilíbrio na Criação.

Um Arcanjo pode isolar uma faixa, nível ou subnível vibratório e até mesmo, substituí-lo por outro,
se necessário.

Um exemplo claro foi o citado anteriormente neste trabalho, quando Lucifer Yê foi isolado em uma
dimensão atemporal, onde vive até hoje.
Este é um processo dolorido, pois, os seres “envolvidos” são desmagnetizados, desenergizados e
desemocionados nesta dimensão atemporal.

Os Anjos são os auxiliares diretos dos Arcanjos, pois atuam diretamente na consciência dos seres a
fim de mantê-los em harmonia com a Criação e em equilíbrio vibratório.
As hierarquias dos Tronos se repetem nos Anjos e Arcanjos, havendo, então, Arcanjos e Anjos: da
Fé, do Amor, do Conhecimento, da Justiça, da Lei, da Evolução, da Geração.
Há anjos celestiais, planetários, dimensionais, de níveis e subníveis, além dos anjos pessoais ou
anjos da guarda.

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Uma qualidade de Deus é infinita e dá origem a muitas qualidades de divindades.
Magnetismos, fatores, essências, elementos, sentimentos, são derivados das qualidades de Deus.

A ordem em toda a Criação é: o magnetismo surge de uma qualidade Divina, que flui em um
padrão ou onda própria e que vai imantando tudo o que toca. A imantação absorve o seu
fator afim que a qualifica. Essa qualidade absorve uma essência afim que a distingue e
densifica até que torne-se um elemento. O elemento este passa a gerar energias que
alcançam os sentidos, despertando os sentimentos afins com a qualidade Divina que iniciou
todo o processo.

O mesmo ocorre com as hierarquias divinas e repete-se na Criação com os seres, as espécies e as
criaturas.

Até mesmo as notas musicais têm correspondência com as 7 imantações Divinas (o que prova que
também há notas musicais dos Orixás).

Vejamos:

O dó equivale ao magnetismo telúrico básico ou elemental ( Obaluayê);


O ré equivale ao magnetismo mineral básico ou elemental (Oxum);
O mi equivale ao magnetismo ígneo básico ou elemental (Xangô);
O fá equivale ao magnetismo vegetal básico ou elemental (Oxossi);
O sol equivale ao magnetismo eólico básico ou elemental (Ogum);
O lá equivale ao magnetismo aquático básico ou elemental (Iemanjá);
O si equivale ao magnetismo cristalino básico ou elemental (Oxalá);

A “combinação” das notas musicais cria sons mistos que dão origem aos mantras desencadeadores
de processos magnetizadores, energizadores, condensadores ou diluidores de plasmas,
estimuladores de sentimentos etc.

As hierarquias Divinas dos Sagrados Orixás surgem no “Alto”, através dos Tronos Maiores
Planetários, assentados ao redor do Divino Trono das 7 Encruzilhadas e que “cobrem” toda a
Criação.

Há, em seguida, os Tronos (Orixás) intermediários, que cobrem algumas dimensões, com suas
imanências. Há Tronos que cobrem 7, 13, 21, 33, 49, 63 ou 77 dimensões.
E nos níveis vibratórios (pontos de força), há os Orixás (Tronos) localizados que regem aquele ponto
específico.

E há os Orixás Individuais das pessoas, que são seres destes níveis vibratórios, que vivem sob a
regência de um Orixá localizado, que são por eles (os Orixás Naturais), enviados para acelerar a
evolução dos seres humanos.

Assim, de uma forma abrangente, explicamos como funcionam as hierarquias dos Sagrados Orixás.
O estudo detalhado destas hierarquias, assim como da Ciência dos Entrecruzamentos (A Ciência do
X), pode ser feito através das obras publicadas pelo autor Rubens Saraceni.

A Ciência dos Entrecruzamentos é um método científico aberto pelos Mestres da Luz regentes do
Ritual de Umbanda, que tem como objetivo mostrar aos seres como funciona a correspondência
magnética, energética e vibratória entre os Orixás, através de uma tela plana.

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Uma pequena amostra, neste trabalho, é o esquema que colocamos logo a seguir, usando como
exemplo a formação da hierarquia fatoral do Divino Orixá Ogum. Vejamos:

OGUM PURO ORDENADOR


AR
OGUM MEGÊ Terra SENTIDO ATUAÇÃO
EVOLUÇÃO OBALUAYÊ
TERRA
OGUM MARINHO Àgua
GERAÇÃO IEMANJÁ
ÁGUA
OGUM CRISTALINO Cristal
RELIGIOSIDADE OXALÁ
CRISTAL
OGUM IARA Mineral
AMOR OXUM
MINERAL
OGUM ROMPE MATAS Vegetal
CONHECIMENTO OXOSSI
VEGETAL
OGUM DO FOGO Fogo
JUSTIÇA XANGÔ
FOGO

Perceba que, no alto, está o Divino Orixá Ogum “Puro”, eólico, ordenador, emanando irradiações.
Logo abaixo, começam a surgir os “Oguns Intermediários”, ou seja, os Orixás da Lei que atuam nos
campos dos outros Orixás.

A segunda coluna da esquerda para a direita, mostra a combinação do elemento Ar (Ogum), com o
segundo elemento, que é sempre o do Orixá daquele campo onde a Lei estará atuando. Na coluna
seguinte o sentido da vida correspondente e o elemento e, finalmente, na última coluna, o Orixá
daquele campo, emissor daquela corrente eletromagnética.

Veja que o que já citamos neste trabalho (irradiação na vertical, vindo do alto e corrente
eletromagnética na horizontal), mostra-se claramente neste esquema.
Trocando em miúdos: isto é o que chamam de forma mais comum, na Umbanda, como o Ogum de
Oxalá, Ogum de Xangô, Ogum de Obaluayê, etc.

Ou, nos cultos de Nação: Ogum que come com Iemanjá, Ogum que come com Iansã, etc.
Todas estas interpretações, na verdade, são um modo de definir o encontro das irradiações com as
correntes eletromagnéticas.

Assim é a Ciência dos Orixás.

Então, isto se repete em todos os campos, com todos os Orixás. Temos a Iemanjá das Cachoeiras
(atuante nos campos de Oxum), O Obaluayê do Mar (atuante nos campos de Iemanjá) e assim por
diante.

Comece a vislumbrar este esquema com todos os Orixás e verá a beleza que há na Ciência Divina.

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No esquema a seguir, você perceberá o cruzamento da irradiação eólica da Lei, vinda do alto, com
as 7 correntes eletromagnéticas|:

OGUM
Irradiação Eólica

Ogum Puro/Ogum de Lei/Ogum Ordenador Corrente Eletromagnética Eólica C.E Eólica Ogum
Ogum Megê Corrente Eletromagnética Telúrica C.E Telúrica Obaluayê
Ogum Marinho Corrente Eletromagnética AquáticA C.E Aquática Iemanjá
Ogum do Tempo Corrente Eletromagnética Cristalina C.E Cristalina Oxalá
Ogum das Cachoeiras Corrente Eletromagnética Mineral C.E Mineral Oxum
Ogum Rompe Matas Corrente Eletromagnética Vegetal C.E Vegetal Oxossi
Ogum do Fogo Corrente Eletromagnética Ígnea C.E Ígnea Xangô

Quanto mais você mergulhar no estudo da Ciência dos Sagrados Orixás, mais perceberá o quão
vasto é o campo de atuação destas divindades em toda a Criação.

Nestre trabalho, colocamos apenas uma amostra e esperamos que você busque aprofundar-se cada
vez mais neste estudo, pois, garanto, quanto mais conhecer o funcionamento desta Ciência, mais
ampliará seu auto-conhecimento.

6) 7 Linhas de Umbanda/Chacras/Orixás Ancestrais, de Frente e Juntó

6.1) 7 Linhas de Umbanda e Chacras:

Já abordamos as 7 Linhas de Umbanda:


1) Linha da Fé ou Cristalina;
2) Linha do Amor ou Mineral;
3) Linha do Conhecimento ou Vegetal;
4) Linha da Justiça ou Ígnea;
5) Linha da Lei ou Eólica;
6) Linha da Evolução ou Telúrica;
7) Linha da Geração ou Aquática;

No início deste trabalho, associamos os 7 chacras do corpo humano aos 7 sentidos e às 7


essências.

Então, fica fácil concluir que, também nossos chacras são regidos pelos Sagrados Orixás. Vejamos:
1) Chacra Coronal: Cristalino -Fé -=Pai Oxalá e Mãe Oiá -Tempo;
2) Chacra Frontal: Vegetal - Conhecimento= Pai Oxossi e Mãe Obá;
3) Chacra Laríngeo: Ar - Lei= Pai Ogum e Mãe Iansã
4) Chacra Cardíaco: Mineral -Amor= Mãe Oxum e Pai Oxumaré
5) Chacra Esplênico: Terra -Evolução= Pai Obaluayê e Mãe Nanã Buruquê;
6) Chacra Umbilical: Fogo -Justiça= Pai Xangô e Mâe Egunitá;
7) Chacra Básico: Água -Geração= Mâe Iemanjá e Pai Omulu;

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6.2) Orixás Ancestrais, de Frente e Juntó:

Você já pode compreender que todos os seres foram imantados por um “casal” de Tronos quando
criados por Deus, ainda no plano virginal ou fatoral. E que esta “natureza íntima” acompanhará o ser
para todo o sempre.

Então, àqueles que costumam falar ou querer saber quem é seu Pai ou Mãe “de cabeça”, preste
atenção no seguinte:

“O Orixá Ancestral ‘dominante’, irradia o tempo todo no seu chacra coronal, durante todo o seu
processo evolutivo e assim será para sempre, esteja você no plano, dimensão ou planeta em que
estiver. O Orixá Ancestral ‘recessivo’, atua através de seu chacra básico e é um apassivador das
qualidades do Orixá Ancestral ou Pai/Mãe de cabeça.

Dificilmente, nos centros de Umbanda, consegue-se identificar o Orixá Ancestral das pessoas.
Identifica -se, comumente, o Orixá de Frente, que acaba sendo chamado de Pai ou Mãe de Cabeça.

A cada encarnação, o ser troca seu Orixá de Frente. Por um motivo muito simples: quando saímos
do âmago de Deus para trilhar nossa jornada evolutiva, é para que, um dia, voltemos ao Pai,
manifestando-O naturalmente. Então, durante todo o processo evolutivo, passaremos pela regência
de todos os Orixás.

Se assim é desde o primeiro plano da vida, passando por todos os outros, quando adentramos no
ciclo reencarnatório, este processo tem continuidade.

Por exemplo: um ser masculino ancestralizado do Pai Ogum que, durante suas encarnações
demonstrou certos desequilíbrios, poderá reencarnar tendo como Orixá de Frente o Pai Xangõ, para
adquirir estas qualidades equilibradoras deste divino Orixá.

Então, ele será sempre filho de Ogum, mas, naquela encarnação, terá o Pai Xangô, de frente para
ele, imantando seu chacra frontal o tempo todo.

O Orixá de Juntó (ou adjunto), atua na nuca (parte de trás do chacra frontal), apassivando o ser,
preparando-o para que não manifeste tão acentuadamente suas qualidades ancestrais e receba as
do seu Orixá de Frente.

O Orixá de Frente atua no racional positivo do ser, o Orixá de Juntó atua no emocional negativo do
ser.

Entenda por “atuações” as imantações divinas destes Sagrados Orixás com suas qualidades e
poderes.

Então, imaginemos: um ser ancestralizado do Pai Ogum, tem como ancestral recessivo a Mâe Oxum
atuando no chacra básico e apassivando-o. Mas, para adquirir o equilíbrio que necessita, reencarnou
tendo o Pai Xangô de frente e a Mãe Iemanjá de juntó (ou adjunto),apassivando suas qualidades de
Ogum, para que receba as de Xangô.

Perceba que, em ambos os casos, formaram-se casais de Orixás. E assim sempre será: um ser
macho terá seu ancestral dominante masculino e o recessivo feminino e vice -versa.

Já, seu Orixá de frente, poderá ser feminino, mas, formará par com um Orixá de Juntó masculino. E
se o Orixá de frente for masculino, formará par com um Orixá de Juntó feminino.

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A única possibilidade de encontrarmos um ser ancestralizado por Orixá de ‘sexo oposto’, é quando
este ser por algum motivo cármico ou até mesmo missionário, encarna no invólucro carnal do sexo
oposto ao seu: Por exemplo: um homem que falhou durante suas encarnações no trato com as
mulheres, é ancestralizado de um Orixá masculino, mas, reencarna como mulher, a fim de aprender
‘na carne’ e redimir -se de todos os seus erros neste sentido. Ou, no caso, por exemplo, de uma
mulher que encarne como homem para cumprir uma missão específica.

Porém, é preciso que fique claro que, temos todos os Orixás em todos os chacras, sempre com um
à frente, no polo positivo e outro à frente, no polo negativo de cada um. E esta ‘conta”, digamos, é
um tanto difícil de se fazer. Eu, ao menos, ainda não tive notícias de quem conheça de cor e
salteado seus Orixás de Frente em todos os seus chacras.

Por isso, o mais comum é a pessoa saber quem são seus Pai e Mãe, através do chacra frontal,
definindo-os como seus Orixás de cabeça.”

Quanto àqueles que, por curiosidade, queiram conhecer seu Pai ou Mãe Ancestral, há algumas
características comuns entre os filhos Orixás. Você pode consultá -las no livro “Gênese Divina de
Umbanda Sagrada” (Rubens Saraceni¹/Editora Madras).

Perceba que, no início deste capítulo, correlacionamos os 7 chacras à 7 pares de Orixás, 7


essências e 7 sentidos da vida.

Esta correlação é única e exclusivamente uma “ligação” entre os chacras e as essências que estão
“à frente” neles.
Não quer dizer que todos tenham, por exemplo, o Pai Oxalá de frente no chacra coronal. Isto
significaria que todos seriam ancestralizados do Divino Trono da Fé.

Os chacras coronal e básico (nossos polos positivo e negativo, respectivamente), mantém nossos
ancestrais (recessivo e dominante) à frente, sempre. Já, nos outros, a regência muda a cada
encarnação.

Porém, que fique claro mais uma vez, que somos filhos de todos os Orixás e temos todos imantando
nossos chacras o tempo todo.

Pai Thomé do Congo aconselha a você, que até aqui chegou, que crie uma relação de amor com os
Orixás. Ame Deus, primeiramente, ame a todos os Orixás e, depois, ao natural, no momento certo,
saberá quem o rege.

7) Os Sagrados Orixás e os Pontos de Forças Naturais

Oferendar à Mãe Iemanjá à beira-mar, à Mãe Oxum na cachoeira, ao Pai Ogum nos caminhos, ao
Pai Xangô nas pedreiras, á Mãe Iansã nos bambuzais, ao Pai Oxalá em campo aberto, ao Orixá Exu
nas encruzilhadas, ao Pai Obaluayê e ao Pai Omulu nos cemitérios, é comum entre os umbandistas
e os cultuadores dos Orixás em geral.
Porém, é necessário que as pessoas conscientizem-se de algumas coisas:
1) Orixá não come, não bebe, não veste roupa (a não ser as suas simbólicas e energéticas).
Nem os guias espirituais fazem isso.
O fundamento de uma oferenda está (e você, que chegou até aqui já deve ter percebido), na
essência dos elementos, ligados a cada Orixá e o poder de realização destas essências em
benefício próprio ou dos semelhantes.
Portanto, quando arriar uma oferenda para uma divindade, faça com amor, devoção e
reverência. E faça sabendo que você está ativando, através daqueles elementos, poderes
divinos que fortalecerão a você ou a quem for o beneficiário;
2) Se você cultua divindades da Natureza, os Sagrados Orixás, concorda que é um pouco
contraditório não cuidar dela, não é mesmo?
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Então, sempre que oferendar em um ponto de forças, após uma hora, volte ao local e
limpe -o. E saiba que, assim, você estará manifestando sua fé de forma “limpa”, como
desejam nossos Pais e Mães Orixás.

3) Reafirmando (sobre o poder das oferendas):Tudo o que é visível na Criação de Deus é


materialização do que não podemos ver. Então, em todos os elementos há essências. De
posse dessa informação, espero que, a partir de agora, oferende aos Sagrados Orixás, sem
pensar que eles comerão ou beberão. Mas sim, que manipularão aqueles elementos em
benefício de seus amados filhos humanos, conforme seus merecimentos, é claro!

Recomendamos o livro “Rituais Umbandistas - Oferendas, Firmezas e Assentamentos” (Rubens


Saraceni - Ed.Madras). Nele, você poderá adentrar no mistério das oferendas, sabendo, inclusive,
que há toda uma ritualística para realizar uma oferta aos Sagrados Orixás.

8) Desvendando Mitos:

A Ciência Divina, ou, a Ciência dos Orixás, revelada ao plano material pelos Mestres da Luz
dirigentes do Ritual de Umbanda Sagrada, vem para mostrar aos cultuadores destas divindades,
especialmente aos umbandistas, que há muito ainda a se aprender com relação à Criação de
Deus e aos Seus Tronos Divinos.
Muitos mitos foram criados ao longo dos tempos, exatamente, porque o ser humano, limitado,
não consegue compreender o que está fora do alcance da sua visão. E, infelizmente, além de
limitado, muitas vezes, equivocadamente, pensa estar no centro do universo, no lugar de Deus.
É só olharmos para tudo o que vem acontecendo no mundo.
De qualquer modo, compreendo a resistência de algumas pessoas quando chegam à Ciência
dos Orixás.
Em um país onde o estudo não está em primeiro plano e, em uma religião magnífica, mas que,
equivocadamente, tem pautado em muitos casos suas práticas na negação do estudo, fica mais
fácil adquirir o “saber alegórico” mítico, associando de modo simplista os Sagrados Orixás à
fenômenos da
natureza ou simplesmente à lendas que, nem ao menos, se dão ao trabalho de interpretar
corretamente.
Saiba, você que chegou até aqui, que os fenômenos da natureza são mera conseqüência de
tudo o que aqui leram, e não ao contrário.
O Mistério “Orixás” é um universo infinito, tenha certeza disso!

Quanto mais estudarmos, mais maravilhados ficaremos e mais aprofundarmo-nos no estudo


quereremos.
Haverá quem perguntará sobre as encarnações dos Sagrados Orixás em solo africano.
Como você percebeu neste trabalho, os Divinos Orixás regem realidades naturais não visíveis
aos olhos humanos. E, em algumas oportunidades, enviaram ao plano material, seres de seus
níveis vibratórios com o intuito de acelerar a evolução de grupos de seus “filhos de cabeça” que
encontravam-se encarnados. E isto aconteceu, com certeza, na África.
Porém, o culto às divindades da Natureza vem de tempos remotos.
Alguns dos Sagrados Orixás cultuados no continente africano, já eram cultuados, por exemplo,
em Atlântida, na Era Cristalina, sob outros nomes.
E você me diz: - Mas não há comprovação científica disso!
E eu retruco: - Há sim, a dos Mestres da Luz e do Saber! E para mim, já é mais do que
suficiente!
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Precisamos entender os Sagrados Orixás como Potências Divinas. E, sendo assim, desde que
existe Deus, eles existem. Portanto, são mais antigos do que o próprio Planeta Terra.
Faz-se necessário também esclarecermos que, no Ritual de Umbanda, não trabalhamos
somente com as Divindades/Orixás (como é o caso do Candomblé mais puro) ou apenas com
espíritos humanos (como é o caso do Kardecismo). Trabalhamos sim com os Sagrados Orixás e
temos toda a nossa religião fundamentada neles, trabalhamos com os espíritos guias
representantes das falanges (mistérios), mas, trabalhamos também com seres da natureza,
encantados e naturais.
E talvez aí resida a maior dificuldade de compreensão da Umbanda por parte de outras
religiões espiritualistas.
Um recado aos umbandistas: percebi em alguns lugares que freqüentei, um equívoco
estrondoso no que se refere à relação com os Sagrados Orixás e os guias espirituais.
De uma vez por todas, irmãos, Orixás não são espíritos, são divindades, manifestadores de
potências divinas. Os guias espirituais, sim, assim como nós, são irradiados também pelos
Orixás. E os mistérios que representam e onde atuam (as falanges), estão sempre sob a
irradiação de um ou mais Orixás. Afinal, nada na Umbanda é feito sem os Orixás, não há
Umbanda sem Orixás. Doa a quem doer!
Então, que tratemos aos guias espirituais da direita e da esquerda com respeito e reverência,
pois são Mestres da Luz, do Conhecimento, do Saber, plasmados em “formas” simbólicas
humildes para nos mostrar que, como diz Pai Thomé do Congo, “humildade é sabedoria”. São
Magos, ordenados na Magia Divina, sempre prontos para auxiliar a nós, seus irmãos mais
novos, crianças inconsequentes e arteiras que, ao pé da primeira dificuldade, correm para os
seus colos em busca do seu afago, do seu amor, da sua compreensão e do seu auxílio mágico.
Mas, são Mestres Magos, Mestres da Luz, e não divindades.
Da mesma forma, não banalizem os Sagrados Orixás. Não profanem seus nomes, não ponham
nas “contas” dessas divindades as suas atitudes negativas e seus vícios humanos (afinal, se
Orixás não são espíritos, não são humanos e, portanto, não podem ter práticas humanas).
Amem , reverenciem, ajoelhem-se sempre que puderem e forem citar seus nomes, pois eles
são Deus manifestado em tudo, são a própria Natureza Divina: são a Fé, o Amor, o
Conhecimento, a Justiça, a Lei, a Evolução e a Geração.
Poderia ter prolongado este trabalho, afinal, há muito mais a se falar sobre os Sagrados Orixás,
mas, o intuito é introduzir a Ciência Divina quem a ela ainda não teve acesso. Ao final,
recomendaremos algumas obras dos Mestres da Luz dirigentes da Umbanda, que são muito
esclarecedoras e entram a fundo nos mistérios aqui abordados superficialmente.

Que Olorum e os Sagrados Orixás nos iluminem sempre, conduzindo-nos pelo caminho reto que
leva de volta à Origem!

SARAVÁ!!!

André Cozta

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8) “Responsabilidade do Médium Umbandista: Qual a Sua Real Missão? Como
Relacionar -se com os Sagrados Orixás?”

Este trabalho tem o intuito de introduzir a Ciência dos Orixás aqueles que a ela ainda não tiveram
acesso. Mas também serve como uma chave de abertura da consciência daqueles cultuadores dos
Divinos Tronos, especialmente os umbandistas, que a ela chegaram.
Se você é freqüentador de um templo umbandista, ou mesmo quando adentra a um terreiro pela primeira
vez, o que espera ver, o que espera encontrar?
Médiuns dedicados, preparados, esbanjando fé, espalhando amor pelo ambiente e a todos nele
presentes? Ou, médiuns relapsos, descuidados com as coisas do templo, do ritual e até mesmo de seus
próprios guias espirituais?
O que você pensaria, caso entrasse num templo onde mal fosse atendido, sentasse-se na assistência e,
não sendo ainda conhecido no ambiente em que adentrou pela primeira vez, ali ficasse por muito tempo
sem nenhum tipo de informação ou, o que considero ainda mais grave, nenhum sorriso de um dos
médiuns da casa.
É obrigação de todos receber bem quem chega à sua casa. E um templo umbandista é uma casa que
não tem portas fechadas. E sim portas sempre abertas para todos. Se não for assim, saiba que não é um
templo umbandista.
Você, médium, tem pensado em como você se relaciona com a sua religião, com seus guias da direita e
da esquerda e com os Sagrados Orixás?
É fundamental que todos os umbandistas, especialmente os médiuns, provoquem esta autorreflexão.
Uma banalização da religião, dos Sagrados Orixás e dos guias manifestadores dos mistérios tem sido
cada vez mais comum, infelizmente!
E por isso, eu, um Negro Velho Pai Thomé do Congo, fiz questão de encerrar este trabalho abordando
esta questão.
Estudar e compreender a Umbanda, a Ciência dos Orixás, é mais do que importante, é necessário! Mas,
há de se ter fé verdadeiramente.
E ter fé verdadeiramente é cuidar dos mínimos detalhes no que se refere ao seu trato, sua relação com
os Sagrados Orixás e com sua religião como um todo.
Lembre-se dos Orixás diariamente, e não somente quando você adentra ao templo ou precisa de algo
(geralmente, de coisas materiais).
Reverencie a estas divindades todos os dias, crie um momento de contato íntimo com elas, ou, ao
menos, com seu Orixá de Frente. Já será de grande valia se assim fizer.
Os Orixás não atrapalham a vida de ninguém, ao contrário, as vidas das pessoas, sem eles, nem
atrapalhadas ficam, pois, não saem do lugar.
Então, não sintam-se “atrapalhados” em seus compromissos quando tiverem de parar por alguns
instantes para saudarem, amarem, adorarem, reverenciarem os Sagrados Orixás.
Afinal, quando o ser conscientiza-se de que seu maior compromisso é servir à Deus, trabalhando pela
sua própria evolução e pela evolução coletiva, perceberá nos Sagrados Orixás a via para retornar à
Origem, da forma que foi idealizada para todos nós.
Portanto, médium umbandista, reflita sobre a sua relação com os Sagrados Orixás. Eles, realmente,
fazem parte do seu dia a dia?

Que fique na paz dos Tronos Divinos, os nossos Amados Orixás!

Pai Thomé do Congo

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10) Encerramento:
O objetivo deste trabalho foi o de servir como uma ponte de ligação entre pessoas que cultuam ou
admiram os Sagrados Orixás e a Ciência que está por trás de suas atuações.
Tudo o que consta neste material foi abordado de forma superficial, pois, há de se prosseguir (se
houver interesse) no estudo destas divindades manifestadoras de Suas qualidades divinas.
Recomendarei, a seguir, obras (em sua maioria, enviadas por Mestres da Luz dirigentes do Ritual de
Umbanda), em etapas que considero mais adequadas para o estudo proveitoso e real compreensão
desta maravilhosa Ciência Divina. Vamos a elas:
1ª Etapa:
1) O Guardião da Meia -Noite (Rubens Saraceni - Ed.Madras);
2) Lendas da Criação - A Saga dos Orixás (Rubens Saraceni - Ed.Madras)
3) As Sete Linhas de Umbanda (Rubens Saraceni - Ed.Madras);
4) Orixás - Teogonia de Umbanda (Rubens Saraceni - Ed.Madras);
5) Arquétipos de Umbanda (Rubens Saraceni - Ed.Madras);
6) Rituais Umbandistas - Oferendas, Firmezas e Assentamentos (Rubens Saraceni -
Ed.Madras)

2ª Etapa:
1) Orixá Exu - Fundamentação do Mistério Exu na Umbanda (Rubens Saraceni - Ed.Madras)
2) Orixá Pombagira (Rubens Saraceni - Ed.Madras)
3) Orixá Exu Mirim (Rubens Saraceni - Ed.Madras)
4) Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada (Rubens Saraceni - Ed.Madras)

3ª Etapa:
1) Gênese Divina de Umbanda Sagrada (Rubens Saraceni - Ed.Madras)
2) Código de Umbanda (Rubens Saraceni - Ed.Madras)
Considero esta uma boa ordem para a leitura destes livros e também para um “mergulho”
ordenado na Ciência dos Orixás.
Abaixo, recomendo alguns romances que podem ser lidos de forma aleatória, a meu ver:
1) O Guardião das 7 Encruzilhadas (Rubens Saraceni - Ed.Madras);
2) O Guardião Tranca -Ruas (Rubens Saraceni - Ed.Madras);
3) Aprendiz Sete - O Filho de Ogum (Rubens Saraceni - Ed.Madras);
4) Diálogo com um Executor (Rubens Saraceni - Ed.Madras);
5) O Cavaleiro da Estrela Guia (Rubens Saraceni - Ed.Madras);
6) O Cavaleiro do Arco -Íris (Rubens Saraceni - Ed.Madras);

Espero, com este modesto trabalho, poder ter contribuído para uma melhor compreensão acerca da
Ciência Divina, dos Sagrados Orixás, mas saiba que há muito a se aprofundar, se você interessar -
se, acompanhando as obras que descrevi ou, tantas outras, publicadas pelos Mestres da Luz através
do Sr. Rubens Saraceni.
Coloco -me à disposição para trocas de idéias, através do email umbandaemagia@gmail.com.
Abraços Fraternos,
André Cozta

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Fontes de Pesquisa:

- Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada (Rubens Saraceni/Editora Madras)


- Cógido de Umbanda (Rubens Saraceni/Editora Madras)
- O Código da Escrita Mágica Simbólica (Rubens Saraceni/Editora Madras)
- A Magia Divina das Velas (Rubens Saraceni/Editora Madras)
- A Magia Divina dos Elementais (Rubens Saraceni/Editora Madras)
- A Magia Divina das Sete Ervas Sagradas (Rubens Saraceni/Editora Madras)
- Rituais Umbandistas - Oferendas, Firmezas e Assentamentos (Rubens Saraceni/Editora Madras)
- Orixá Exu - Fundamentação do Mistério Exu na Umbanda (Rubens Saraceni/Editora Madras)
- Formulário de Consagrações Umbandistas (Rubens Saraceni/Editora Madras)
- Material do Curso de Teologia de Umbanda ministrado pelo Sr. José de Brito Irmão

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ORAÇÃO AOS PODERES DIVINOS

Olorum, Pai Criador e Mãe Geradora de tudo e de todos, humildemente, peço que me banhe com
Suas 7 luzes, Suas 7 vibrações, fortalecendo em mim os 7 Sentidos da Vida.
Meu Deus Amado, mantenha -me firme na Fé, iluminado pelo Sagrado Pai Oxalá e guardado no
Tempo contra os excessos e negatividades, pela Divina Mâe Oiá.
Que no sentido do Amor, eu seja guiado pelo Divino Coração da Sagrada Mãe Oxum. Se eu colocar
o egoísmo acima do amor em meu coração, que eu encontre no Amado Pai Oxumaré a força para
esta negatividade diluir e partir para a renovação.
Que eu trilhe no caminho da sabedoria, a cada momento, tendo no Sagrado Pai Oxossi, a flecha
que me guiará na estrada do conhecimento. E se deste sentido eu fizer mau uso na aquisição, que
encontre na Divina Mãe Obá, a força punitiva da concentração.
Que no sentido da justiça, o Sagrado Pai Xangô, mantenha vibrando sobre mim o seu fogo
equilibrador. Mas se na justiça eu me exceder, que a Amada Mãe Egunitá dilua as negatividades
com seu fogo consumidor.
Que a Ordem Divina esteja à minha frente, com o Sagrado Pai Ogum guiando -me com sua espada
dourada reluzente. Se eu ultrapassar os limites da Lei, seja hoje ou amanhã, que eu retorne ao
equilíbrio, com a força espiral dos ventos, da Amada Mãe Yansã.
Que no sentido da evolução, eu seja guiado por todas as passagens, tendo as portas abertas pelo
Sagrado Pai Obaluaê. Mas, se ainda assim, as portas erradas eu escolher, que venha me
transmutar, com seu Divino Poder decantador, minha Amada Mâe Nanã Buruquê.
Que a Divina Mãe Yemanjá me dê capacidade para criar e gerar. Mas se nesta manifestação da
vida, os limites eu ultrapassar, que o Sagrado Pai Omulu, este sentido venha paralisar.
Se em qualquer dos 7 Sentidos, a negatividade aflorar, peço que o Mistério do Vazio, estas baixas
vibrações venha esgotar. Que o Senhor Orixá Exu, Trono da Vitalidade, me mostre a estrada
correta, pela janela da verdade.
E se em meu íntimo habitar uma negatividade flamejante, que a Senhora Orixá Pombagira, Divino
Trono dos Desejos, possa devolver -me o alívio interior, dotando -me de bons sentimentos.
Pai Olorum, que eu seja sempre Seu servidor, que eu possa levar aos meus irmãos o Seu Divino
Verbo, através dos Sentidos da Fé, do Amor, do Conhecimento, da Justiça, da Lei, da Evolução e
da Geração.
Que eu e todos os meus irmãos possamos, finalmente, perceber Sua presença Divina em nossos
corações, em cada criatura deste mundo, em cada ponto da Natureza.
Que o Amor Divino brote do íntimo de cada um de nós.
Amém.

Oração anotada por André Cozta em 10/05/2011.

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