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Copa do Mundo – 1934 – Wolrd Cup

● País-Sede: Itália (Italy)
● Número de Participantes: 16 (Dezesseis)
● Período: de 27 de maio à 10 de Junho de 1934
● Total de Partidas Jogadas: 17
● Gols Marcados: 70 – Média: 4,12 gols por jogo
● Público Total: 358.000 – Média: 21.058
● Campeão: Itália (Italy)
● Artilheiro: Oldřich Nejedlý (Tcheco), 5 gols

A Copa do Mundo de 1934 foi a primeira na qual os países tiveram que disputar uma Eliminatória para poder
participar. O número de nações participantes desta vez dobrou em relação à edição anterior, sendo que 70% das 32
nações eram do continente Europeu.
O modelo do mundial aconteceu em estilo “mata-mata”, composto por 5 fases com os confrontos das oitavas
definidos por sorteio: Oitavas, Quartas, Semifinal, Disputa do 3º Lugar (ausente em 1930) e Final. Participaram doze
seleções européias: Áustria, Tchecoslováquia, Alemanha, Hungria, Itália, Espanha, Suécia, Suíça, França, Romênia,
Bélgica e Holanda; Duas sul-americanas: Brasil e Argentina; Uma norte-centro-americana: Estados Unidos e uma
africana: Egito. (Fonte: wikipedia.org)
Curiosidades da Copa
distancia das tabelas
❑ O jogador Luis Monti, campeão pela Itália, é o mesmo Monti que ficou com o vice-campeonato pela Argentina
quatro anos antes. Descendente de italianos, ele foi para a Europa a convite de Mussolini, que queria reforçar a
Azzurra com sul-americanos filhos de italianos. Pelo mesmo motivo, o ex-corintiano Filó também defendeu a seleção
italiana, usando seu sobrenome Guarisi. Com isso, ele se tornou o primeiro brasileiro a ser campeão mundial de
futebol. Além de Monti e Filó Guarisi, a seleção italiana contava com os naturalizados Enrique Guaita, Raimundo
Orsi e Attilio Demaría, ambos argentinos. Demaría, como Monti, também defendera a Argentina em 1930, mas em
ambas as Copas não chegou a jogar nas finais;

❑ Apesar de ser sede do Mundial, a Itália teve de disputar as Eliminatórias. Venceu a Grécia por 4 x 0 em Milão;

❑ A Palestina disputou as Eliminatórias. Na época, Israel ainda não havia sido criado e a Palestina era uma nação
de árabes e judeus. Porém, apenas os judeus integraram a seleção que foi desclassificada pelo Egito;

❑ Como na edição anterior em 1930, todos os vencedores de jogos eliminatórios foram conhecidos nos 90 minutos
regulamentares, foi nessa Copa que ocorreu a primeira prorrogação da história. No jogo Áustria e França nas
oitavas-de-final, houve empate em 1-1 após os 90 minutos. Na prorrogação a Áustria chegou a fazer 3-1. A França
diminuiu, e apertou o time austríaco até o fim da prorrogação sem conseguir o empate. Resultado: 3-2 para a Áustria,
que foi para as quartas-de-final;

❑ Nesta Copa também ocorreu O Primeiro Jogo Desempate da história das Copas. Itália e Espanha empataram
em 1-1 após a prorrogação. Dois dias depois, as duas equipes vieram a campo com desfalques. Principalmente a
Espanha, que não pôde contar com o goleiro e capitão Ricardo Zamora, que, de tanto apanhar no primeiro jogo, não
teve como jogar o desempate. Resultado: 1-0 para os italianos, que foram às semifinais;

❑ Na disputa do 3º lugar entre Alemanha e Áustria, as seleções não haviam levado jogo de uniformes reserva
(ambas equipes eram alvinegras). Os austríacos, então, usaram a camisa do Napoli;

❑ Waldemar de Brito, brasileiro que perdeu o pênalti contra a Espanha, foi o responsável por descobrir Pelé no
Bauru Atlético Clube e levá-lo ao Santos Futebol Clube em 1956;

❑ O Uruguai, campeão da edição anterior, não defendeu seu título por ressentimento dos europeus, que não
haviam prestigiado a Copa de 1930;

❑ A Hungria não fez uma grande Copa, mas pelo menos seu goleiro István Avar entrou para a história. Ele
defendeu dois pênaltis no jogo contra a Áustria. Mas a Áustria venceu 2 x 1.

❑ O suíço Leopold Kielholz jogou de óculos nas duas partidas que fez na Copa e ainda assim marcou gols nos dois
jogos. Imagina se tivesse a visão perfeita;
A Copa do Mundo FIFA de 1934 foi a segunda Copa do Mundo FIFA, o campeonato mundial entre seleções
masculinas de futebol. Teve lugar na Itália de 27 de maio a 10 de junho.
Esta Copa do Mundo foi a primeira à qual as equipes tiveram de se classificar para participar. 32 nações
entraram para a competição e, depois das eliminatórias, 16 seleções participaram do torneio definitivo. O então
campeão Uruguai não quis participar em represália as seleções europeias que quatro anos antes nāo quiseram
ir a sua copa em 1930. A Itália se tornou a segunda campeã mundial, derrotando a Tchecoslováquia por 2 a 1
na final.

Eleição da sede
Após um longo processo de tomada de decisão em que o comitê executivo da FIFA se reuniu oito vezes,
[1]
 a Itália foi escolhida como o país anfitrião em uma reunião em Estocolmo em 9 de outubro de 1932.[2] A
decisão foi tomada pelo Comitê Executivo, por decisão unânime dos 29 membros.[2] A candidatura italiana
ganhou força após a desistência da Suécia. O ditador fascista Benito Mussolini fez questão da Copa ser na
Itália (para provar a superioridade do fascismo italiano) e designou o general Giorgio Vaccaro para a missão de
negociar com a FIFA. O governo italiano garantiu que dinheiro não seria problema e investiu 3,5 milhões
de liras no torneio.[3]

Eliminatórias e participantes
34 países quiseram entrar no torneio, então partidas eliminatórias foram requeridas para enxugar para 16
equipes.[4] Ainda assim, houve várias ausências notáveis. O então campeão Uruguai optou por não participar,
em protesto pela recusa de várias seleções europeias de irem à América do Sul para a Copa anterior, a qual
o Uruguai sediou.[5] Como resultado, a Copa de 1934 é a única na qual o campeão anterior não participou. Os
britânicos, em exílio autoimposto em relação à FIFA, também se recusaram a participar. A visão do membro do
comitê da FA Charles Sutcliffe foi: "as associações nacionais da Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda têm mais o
que fazer no seu próprio campeonato internacional, o qual, para mim, é muito melhor do que um Campeonato
Mundial sediado em Roma".[6]
Apesar de ser sede, a Itália teve que se classificar, a primeira e única vez que o país-sede não teve
classificação automática.[4] As partidas eliminatórias foram arranjadas em uma base geográfica. Desistências
de Chile e Peru colocaram Argentina e Brasil na Copa sem jogar um único jogo.[7]
Doze das 16 vagas foram distribuídas pela Europa, três para as Américas e um para Ásia ou África (incluindo
Turquia). Somente dez das 32 equipes participantes e quatro das 16 classificadas (Brasil, Argentina, Estados
Unidos e Egito) eram de fora da Europa. A última vaga do torneio foi decidida entre Estados Unidos e México a
apenas três dias do início do torneio em uma partida única em Roma, a qual os EUA venceram.[8]
A maioria das 16 equipes estavam estreando em uma Copa. Incluem-se nove das doze europeias
(Itália, Alemanha, Espanha, Holanda, Hungria, Tchecoslováquia, Suécia, Áustria e Suíça) e o Egito. O Egito foi
a primeira seleção africana a participar de um Copa do Mundo, e não voltaria a se classificar até a
próxima Copa na Itália, em 1990.

Itália como sede


Como as Olimpíadas de Berlim dois anos depois, a Copa de 1934 foi um exemplo de alto nível de um evento
esportivo sendo usado para evidente benefício político. Benito Mussolini estava pronto para usar o torneio como
meio de promover o fascismo. Mussolini decidiu que a Itália iria ganhar o torneio por qualquer custo. E não
poupou esforços e não teve escrúpulos para atingir seu objetivo. Convidou jogadores sul-americanos com
ascendência italiana para jogar pela Azzurra. Foram naturalizados italianos os argentinos Luís Monti, Raimundo
Orsi e Enrique Guaita e o brasileiro Filó (Guarisi). Mussolini também contratou o técnico estrategista Vitorio
Pozzo e deixou seu recado a ele e aos jogadores: Vencer ou arcar com as consequências.
Formato
A fase de grupos usada na primeira Copa do Mundo foi descartada em favor de um torneio eliminatório direto.
Se uma partida terminasse empatada depois dos 90 minutos, 30 minutos de prorrogação seriam jogados. Se
persistisse o empate, a partida seria refeita no dia posterior.
As oito equipes cabeças-de-chave - Argentina, Brasil, Alemanha, Itália, Países Baixos, Áustria,
Tchecoslováquia e Hungria - foram mantidas separadas.

Resumo

Países classificados e seus resultados

Antes do início da Copa, 3 seleções eram consideradas as favoritas para levar o caneco: A Itália, país-sede
que contava com o craque da Ambrosiana-Inter (atual Internazionale de Milão) Giuseppe Meazza e com o
grande técnico Vittorio Pozzo; A Espanha, que contava com o lendário arqueiro Ricardo Zamora, além da
base do Madrid (atual Real Madrid), bicampeão espanhol e campeão da Copa do Presidente (atual Copa
do Rei), e a Áustria, considerada a melhor seleção tecnicamente, que era comandada pelo lendário
técnico Hugo Meisl, vencedora de 28 dos últimos 31 jogos, e que contava com o gênio Matthias
Sindelar (apelidado de Homem de Papel, devido a sua agilidade e elasticidade). Não era à toa que a
Áustria era conhecida por Wunderteam (Time-Maravilha).
Todas as primeiras partidas da primeira rodada foram disputadas simultaneamente.[10] Sede e favorita, a
Itália ganhou generosamente dos EUA por 7x1; o correspondente do The New York Times escreveu que
"apenas a grande atuação do goleiro Julius Hjulian de Chicago manteve o placar baixo como foi".[11]
Disputas internas fizeram com que a seleção da Argentina não tivesse nenhum dos jogadores finalistas da
Copa passada.[12] Contra a Suécia, em Bolonha, a Argentina ficou duas vezes à frente no placar, mas dois
gols de Sven Jonasson e um de Knut Kroon deram a vitória à Suécia por 3 a 2.[13] Seus parceiros sul-
americanos do Brasil também sofreram uma eliminação precoce. A Espanha os derrotou confortavelmente
por 3x1.[14]

Seleção Brasileira embarcando para a Copa do Mundo de 1934. Arquivo Nacional.

Pela única vez em uma Copa do Mundo, as oito melhores seleções foram europeias - Áustria, Alemanha,
Tchecoslováquia, Espanha, Hungria, Itália, Suécia e Suíça. Todas as quatro equipes não-europeias foram
eliminadas na primeira rodada.
Foi nas quartas-de-final que a primeira partida refeita na história das Copas teve lugar, quando a Itália e
Espanha empataram em 1 a 1 depois da prorrogação. A partida foi disputada de uma maneira grosseira,
com muitos jogadores machucados de ambos os lados: uma jogada dura machucou o goleiro
espanhol Ricardo Zamora na primeira partida, deixando-o impossibilitado de participar da partida-
desempate, enquanto que, do outro lado, uma jogada dura dos espanhóis quebrou a perna do
italiano Mario Pizziolo, que não iria jogar mais pela sua seleção.[15] A partida também ficou marcada pela
atuação memorável de Zamora, que, mesmo machucado, fazia defesas milagrosas, numa das melhores
atuações de um goleiro. No jogo-desempate,a Itália bateu por 1 a 0 a Espanha (sem Zamora, impedido de
atuar pela lesão contraída na primeira partida, que foi agravada pelo esforço de continuar e ainda fazer
grandes defesas). Gol do craque italiano Giuseppe Meazza, em cabeçada indefensável para o goleiro Joan
Josep Nogués, em lance de muita malandragem: embora não lhe faltasse impulsão apesar da baixa
estatura, apoiou-se nas costas de um colega para conseguir cabecear.[16] Os italianos foram tão brutos, que,
pelo menos, três jogadores espanhóis tiveram que deixar o campo machucados.[17]
As semifinais eram: Itália X Áustria e Tchecoslováquia x Alemanha.
Itália e Áustria (o Wunderteam/Time-Maravilha) eram as melhores equipes do torneio, e a imprensa dizia
que o vencedor da partida certamente seria o campeão. O jogo opunha o craque italiano Giuseppe Meazza
e o astro austríaco Matthias Sindelar. No jogo, os austríacos se deram mal: a forte chuva ocorrida na
véspera e no dia da partida prejudicou o rápido toque de bola da equipe[18] O time perdeu muito também
com a truculenta marcação de Luis Monti sobre Sindelar[19] cuja única oportunidade de gol na partida
ocorreu aos 33 minutos do segundo tempo, quando chutou para fora após ficar de frente para o
goleiro Gianpiero Combi.[20] Naquela altura, o jogo já estava 1 a 0 para a Itália, um gol de Enrique
Guaita que originou bastante reclamação dos austríacos, que alegaram uma possível falta no lance.[20] Ao
final do jogo, a Squadra Azzura venceu por 1 a 0 e foi à final. Na outra semifinal, numa partida considerada
"inferior'' pela imprensa,[21] a Tchecoslováquia bateu a Alemanha por 3 a 1
O Estádio Nacional do Partido Nacional Fascista foi o palco da final. A Tchecoslováquia depositava sua
esperança no artilheiro Oldřich Nejedlý e no grande goleiro František Plánička. A Azzura contava com o
mando de campo, com o craque Meazza (que depois viria a ser eleito o craque da copa) e com o fato de
seu time ser bem superior tecnicamente que a Tchecoslováquia. II Duce Benito Mussolini estaria no
estádio, ao mesmo tempo para intimidar os tchecoslovacos e garantir que os italianos dessem o máximo
em campo, ou "arcariam com as consequências''. Com 80 minutos jogados, para desespero do ditador e
descrença da imprensa, a Tchecoslováquia liderava o placar por 1 a 0, gol de Antonín Puc. Porém, 1
minuto depois, Raimundo Orsi empatou a partida após lance polêmico: o meia Giovanni Ferrari dominou a
bola com o braço pela meia esquerda no ataque italiano, gerando desde logo reclamação dos
tchecoslovacos[22] A jogada prosseguiu com ele encontrando na linha lateral da grande área Orsi, que
driblou o marcador e conseguiu chutar no canto direito de Plánička[23] Os tchecoslovacos reclamaram
bastante e o árbitro sueco Ivan Eklind resolveu consultar o auxiliar, mas este confirmou que o lance teria
sido normal.[24] A partida foi para a prorrogação. A Azzurra lançou-se ao ataque e virou aos cinco minutos do
primeiro tempo. A defesa tcheca perdeu uma bola dividida que custaria caro: ao ganhar o lance, Enrique
Guaita tocou para Angelo Schiavio, que chutou quase do bico da grande área quando o zagueiro Josef
Čtyřoký chegava para tentar interceptar. O chute saiu prensado, fazendo a bola encobrir Plánička, que se
agachara para defender uma bola que normalmente viria rasteira[23] Depois da virada, a Itália se trancou na
defesa e só esperou o apito final. Ao final do jogo, os italianos podiam comemorar sua primeira Copa do
Mundo. O técnico Pozzo e os jogadores italianos ficaram muito aliviados por terem conseguido cumprir a
missão dada por Mussolini. Lamentavelmente, a Copa havia virado um palco para promoção de um regime
ditatorial que mais tarde viria a causar muitas mortes.
O total de três gols sofridos pela Itália em cinco partidas foi um recorde baixo para uma equipe campeã da
Copa do Mundo. Foi igualado pela Inglaterra em 1966 (que jogou seis partidas) e Brasil em 1994 (que jogou
sete partidas), mas foi ultrapassado pela França em 1998, que levou apenas dois gols na campanha
vitoriosa.

Sorteio
O sorteio foi realizado no Ambasciatori Hotel em Roma no dia 3 de Maio de 1934, apenas após a chegada
de todas as seleções à Itália.
Os cabeças de chave foram   Alemanha,   Argentina,   Áustria,   Brasil,   Países Baixos,   
Hungria,   Itália,   Tchecoslováquia.

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