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Douglas Tufano
Licenciado em Letras e Pedagogia pela Universidade de São Paulo.
Professor do Ensino Fundamental e Médio em escolas públicas
e particulares do estado de São Paulo por 25 anos.
Autor de várias obras didáticas para o ensino de língua
portuguesa no Ensino Fundamental e Médio.
m á t i c a
Grau n d a m e n
F
t a l 9
3a edição
© Douglas Tufano, 2017
Tufano, Douglas
17-01165 CDD-372.61
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
EDITORA MODERNA LTDA.
Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho
São Paulo – SP – Brasil – CEP 03303-904
Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510
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2017
Impresso no Brasil
1 3 5 7 9 10 8 6 4 2
Para você, jovem estudante
ssio
fissional, mas também para exercer sua cidadania, reivindicar seus
direitos e se posicionar diante dos fatos. Por isso, o conhecimento
da nossa língua é fundamental.
É claro que você já sabe falar português e já estudou gramáti-
ca durante os anos iniciais do Ensino Fundamental. Mas agora vai
aprofundar esse estudo e sua capacidade de expressão oral e escri-
ta, ampliando seu vocabulário, desenvolvendo o senso crítico, ela-
borando melhor suas ideias e lendo textos que vão enriquecer suas
experiências de vida.
Esta coleção de gramática foi feita com o propósito de ajudá-lo a
atingir esses objetivos. Nela você vai encontrar um grande número
de textos sobre os mais variados assuntos de seu interesse, além de
exercícios, atividades lúdicas e textos de humor. Dessa forma, o estu-
do da nossa língua será agradável e produtivo.
Espero que goste desta obra, que foi preparada com muito cari-
nho especialmente para você.
Um abraço do
Douglas Tufano
3
Sumário – 9o ano
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
t Dica gramatical ................................................................................................................................. 32
Atividades de reforço...................................................................................................................................................................... 35
t Orações subordinadas.................................................................................................................. 39
t Orações subordinadas adverbiais ........................................................................................ 42
Classificação.......................................................................................................................................... 42
Atividades de reforço...................................................................................................................................................................... 55
Atividades de reforço...................................................................................................................................................................... 71
4
Capítulo 5 Orações subordinadas adjetivas 74
Atividades de reforço...................................................................................................................................................................... 91
5
Capítulo 9 Regência verbal e regência nominal 138
t Regência verbal................................................................................................................................ 139
Casos mais comuns ............................................................................................................................ 140
t Regência nominal............................................................................................................................ 143
t Dica gramatical ................................................................................................................................. 147
t Aprendendo com o dicionário ................................................................................................. 147
t A ortografia em destaque ......................................................................................................... 148
Atividades de reforço...................................................................................................................................................................... 149
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Crase ........................................................................................................................................................ 153
Crase da preposição a + artigo definido a(s) ........................................................................ 153
Crase da preposição a + pronomes demonstrativos ......................................................... 158
t Dica gramatical ................................................................................................................................. 161
t Aprendendo com o dicionário ................................................................................................. 161
t A ortografia em destaque ......................................................................................................... 162
Atividades de reforço...................................................................................................................................................................... 164
6
t Dica gramatical ................................................................................................................................. 192
t Aprendendo com o dicionário ................................................................................................. 193
t A ortografia em destaque ......................................................................................................... 194
Atividades de reforço...................................................................................................................................................................... 196
Teste seus conhecimentos II .................................................................................................................................................... 199
7
t Aprendendo com o dicionário ................................................................................................. 238
t A ortografia em destaque ......................................................................................................... 240
Atividades de reforço...................................................................................................................................................................... 241
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Atividades de reforço...................................................................................................................................................................... 257
8
Capítulo 19 Figuras de linguagem 286
t Uma forma especial de usar a linguagem....................................................................... 287
t Figuras de palavras........................................................................................................................ 287
Metáfora ................................................................................................................................................. 287
Metonímia............................................................................................................................................... 288
Catacrese ................................................................................................................................................ 289
Perífrase ................................................................................................................................................. 289
t Figuras sonoras ................................................................................................................................ 289
Aliteração ............................................................................................................................................... 289
Onomatopeia ........................................................................................................................................ 290
t Figuras de pensamento .............................................................................................................. 292
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Antítese................................................................................................................................................... 292
Hipérbole ................................................................................................................................................ 292
Personificação (ou prosopopeia) ................................................................................................. 292
Ironia ......................................................................................................................................................... 292
Eufemismo ............................................................................................................................................. 293
t Figuras de construção ................................................................................................................. 295
Repetição................................................................................................................................................ 295
Anáfora .................................................................................................................................................... 295
Elipse ........................................................................................................................................................ 296
Zeugma.................................................................................................................................................... 296
Silepse...................................................................................................................................................... 296
Polissíndeto ........................................................................................................................................... 297
Pleonasmo.............................................................................................................................................. 297
t Dica gramatical ................................................................................................................................. 299
t Aprendendo com o dicionário ................................................................................................. 300
t A ortografia em destaque ......................................................................................................... 301
Atividades de reforço...................................................................................................................................................................... 302
9
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ULO
ÍT Recapitulação:
CA P classes gramaticais e
1 termos da oração
Baleias não me emocionam
Hoje quero falar de gente e de bichos. De notícias que frequen-
temente aparecem sobre baleias encalhadas e pinguins perdidos
em alguma praia. Não sei se me aborrece ou me inquieta ver tantas
pessoas acorrendo, torcendo, chorando, porque uma baleia morre
encalhada. Mas certamente não me emociona.
[...]
Não gosto de ver bicho sofrendo; sempre curti animais, fui cria-
da com eles. [...] De modo que animais fazem parte da minha histó-
ria de vida, com muitas aventuras, divertimento e alguma emoção.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Equipes de resgate
tentam salvar
uma baleia jubarte
encalhada.
11
Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia cau-
saria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace
defensor de seres humanos se moveria. Nenhuma manchete seria
estampada. Uma ambulância talvez levasse horas para chegar, o
corpo coberto por um jornal, quem sabe uma vela acesa. Curiosi-
dade, rostos virados, um sentimentozinho de culpa, possivelmente
irritação: cadê as autoridades, ninguém toma providência?
Diante de um morto humano, ou de um candidato a morto na cal-
çada, a gente se protege com uma armadura. De modo que (perdão)
vejo sem entusiasmo as campanhas em favor dos animais — pelo
menos enquanto se deletarem tão facilmente homens e mulheres.
Lya Luft. Veja, 25 ago. 2004.
3 “Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia causaria menos co-
moção do que uma baleia.” Você concorda com essa afirmação? Por quê?
4 Você tem o mesmo ponto de vista da autora sobre esse problema? Se pudesse
escrever-lhe uma mensagem, o que você diria?
LEO TEIXEIRA
neste volume. Aproveite para tirar suas dúvidas!
Exercícios
1 Leia: “Hoje quero falar de gente e de bichos”.
t hoje:
t falar:
t de:
t gente:
12
Vamos recordar
Classes gramaticais
Em nossa língua, as palavras dividem-se em dez classes gramaticais: substantivo,
adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção, interjeição.
Função sintática
Indicar a função sintática de um termo de uma oração significa dizer se ele é
sujeito, predicado, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, predicativo
do objeto, agente da passiva, complemento nominal, adjunto adverbial, adjunto
adnominal, aposto ou vocativo.
t hoje:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
t de gente e de bichos:
c) Qual o sujeito dessa oração? Como ele se classifica?
d) Em “quero falar”, temos uma locução verbal. Qual é o verbo principal dessa
locução?
t uma:
t baleia:
t encalhada:
t na praia:
c) Identifique o predicado dessa oração e classifique-o.
13
t Justifique a sua classificação do predicado.
d) Qual é o infinitivo do verbo dessa oração? Em que tempo e modo ele foi
usado na oração?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vamos recordar
Lobos
O lobo, como todos os animais selva-
BILDAGENTUR ZOONAR/SHUTTERSTOCK
14
a) “Ele o fareja de longe e foge.” Esse é um exemplo de período:
( ) simples ( ) composto
b) Justifique oralmente sua resposta.
c) Que pronome pessoal do caso oblíquo foi usado nesse período? E qual é
sua função sintática?
15
6 Passe as orações abaixo para a voz passiva.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tQual dessas orações apresenta sujeito indeterminado?
16
8 Cinco dos adjetivos presentes no exercício anterior estão escondidos no qua-
dro de letras. Você consegue achá-los? Os adjetivos estão na forma normal.
F E L U E M A G L O N
I B A M G O E U P M E
E N C A M I G O B U B
V E R O Z I D N R F O
B O N D L M A G F I T
F I L S I A I B E E O
O B M I E G R A R L M
Z U B O M R T G O I B
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
F R S E N O I O Z B U
C R E L O N A M I A I
c) Caiu a noite. ( )
17
e) Ele tem muita confiança em nós. ( )
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I. Quais dessas orações apresentam predicativo do sujeito?
b) Ele não pôde me dar um convite para a festa. ( ) Veja Dica gramatical
na página seguinte.
18
c) Quem lhe contou essa novidade? ( )
Dica gramatical
Pode / pôde
Atenção com a ortografia dessas formas do verbo poder, pois elas
expressam ideias diferentes.
A forma pode (ó) é a 3a pessoa do singular do presente do indicativo..
Exemplo: Hoje, você pode sair mais cedo.
A forma pôde (ô), com acento circunflexo, é a 3a pessoa do singular
LEO TEIXEIRA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Netiqueta
LEO TEIXEIRA
Antes de enviar uma mensagem para todo mundo, pense
bem se as pessoas têm interesse em recebê-la. Nem todo
mundo gosta de correntes, mensagens de autoajuda em
PowerPoint, piadas, etc. […]
Evite enviar anexos muito pesados, a menos que o
destinatário tenha pedido. Isso pode exceder o espa-
ço disponível da conta da pessoa que vai receber a
mensagem e até travar seu computador. Erros de
português ou de digitação não pegam bem. Que tal
revisar o que escreveu antes de enviar?
Silmara Franco. Navegando em mares conhecidos: como usar a internet a seu favor.
São Paulo: Moderna, 2012. p. 45. (Fragmento).
etiqueta subst. fem. 1. pedaço de papel ou pano colocado sobre um produto para dar
alguma informação. 2. conjunto de normas de conduta que devem ser seguidas em
determinadas situações da vida em sociedade.
19
1 Com base na leitura do verbete e considerando que a palavra que dá título ao
texto é formada de net + etiqueta, escreva no caderno o texto de um verbe-
te de dicionário explicando o que significa netiqueta.
corrente adj. 1. que corre, que não está parado. 2. que é usado por todos. 3. diz-se do
P]^^dS^\ÐbT\`dTbTTbcÇ~subst. fem. 4. curso de água normalmente contínuo
e forte. 5. série de elos ou anéis ligados um com o outro. 6. vento, ar em movimento.
7. mensagem enviada por e-mail para diversos destinatários ao mesmo tempo e que,
geralmente, são repassados adiante, podendo se espalhar em pouco tempo e atingir
milhares de internautas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) Indique o sentido que a palavra corrente tem nas frases abaixo.
A ortografia em destaque
20
tJustifique os acentos que você colocou.
2 Complete as lacunas das palavras abaixo com uma sílaba. Atenção: a vogal
dessa sílaba deve levar acento agudo ou circunflexo.
a) respon vel i) ino cia
b) audi rio j) fo grafo
c) au mato k) psico gico
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
RDVELNVESEO
PRNCORERSOED
EASRAPDEREC
TCERSEIENRT
MRANAHCEE
OMRPBEECRE
NEROCRHEEC
RMEADECARU
RLESERVO
RERTEMSECE
ENFERURCE
REGORSPTEED
21
ULO
ÍT
CA P Orações coordenadas
2
[O diário de Zlata]
Domingo, 20 de março de 1992
Dear Mimmy,
G S
IMAGES
IUPII! Atravessei a ponte! Saí de casa!
Nem consigo acreditar. A ponte continua
O O / S OC PHOTOS/GETTY
igual, não mudou. Mas está tristíssima, por
O OS/G
causa do antigo correio, que está com as-
TPOPOVA/ISTOCK
pecto ainda mais triste. Continua no mes-
mo lugar, mas o fogo passou por ali. Está
lá como testemunha de um desejo brutal
de destruição.
As ruas já não são as mesmas, quase
não se vê ninguém, as pessoas estão pre-
ocupadas, tristes, todo mundo corre com
a cabeça encolhida entre os ombros. As vi-
trines estão destruídas e as lojas foram
saqueadas. Minha escola foi atingida por Além de Sarajevo, a cidade
de Mostar (em foto de 2016)
uma granada, a escada de trás desmoronou. O teatro também foi está entre as principais
atingido por essas porcarias de granadas e está bastante demoli- cidades da Bósnia-
do. É impressionante o número de casas antigas de Sarajevo que -Herzegovina.
foram demolidas.
REPRODUÇÃO
Fui à casa de vovô e vovó. Nos abraçamos muito forte e nos co-
brimos de beijos. Eles choravam de felicidade. Como eles emagre-
ceram e envelheceram nestes quatro meses! Disseram que eu ti-
nha crescido, que agora era uma menina grande. É a natureza. As
crianças crescem, os velhos envelhecem. Bom, pelo menos os que
continuam vivos.
Tem uma montanha de gente e de crianças em Sarajevo que
já não estão entre nós. A guerra os levou. Inocentes todos. Ví-
timas inocentes desta guerra imbecil. Encontramos a mãe de
Marijana. Eles não foram embora. Estão vivos e com boa saúde.
Disseram-me que Ivan tinha ido embora para Zagreb — com o
comboio judeu.
Comboio
Também passamos na casa de Doda (uma amiga). Ela ficou sur- judeu: comboio
organizado pela
presa ao me ver. E começou a chorar. Disse que eu tinha crescido. Benevolencija,
Slobo (o marido dela) foi ferido, mas agora já está tudo bem. Eles associação judaica
estão sem notícias de Dejan, o filho deles. Doda está agoniada. de Sarajevo.
22
Mimmy, vou confessar uma coisa a você. Eu tinha me arrumado
toda. Tinha vestido meu lindo conjunto xadrez. Os sapatos esta-
vam um pouco apertados porque meus pés cresceram, mas deu
para aguentar.
E aí está, foi meu reencontro com a ponte, com o antigo correio,
com vovô e vovó, meu reencontro com Sarajevo, a ferida. Que a
guerra pare! Assim seus ferimentos vão cicatrizar. Tchau!
Zlata Filipović. O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra.
Trad. Antonio de Macedo Soares e Heloisa Jahn.
São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 89-90. (Fragmento).
1 O texto foi extraído do livro O diário de Zlata, relato de uma adolescente sobre
os dias de guerra na sua cidade natal, Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina.
b) Alguns diários, como o de Zlata, são publicados. Você já leu ou conhece ou-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2 O dia descrito no texto tinha sido especial para a garota. O que havia aconteci-
do de diferente para que merecesse o registro no diário?
3 Após ler o texto de Zlata e conhecer um pouco da situação pela qual a me-
nina estava passando, qual seria, na sua opinião, a importância do diário na
vida dela?
4 Muitas pessoas têm o hábito de escrever diário. Você escreve ou já escreveu um?
Orações coordenadas
As orações de um período podem vir ligadas por conjunções. Obser-
ROGÉRIO BORGES
ve estes exemplos:
conjunção
oração 1 oração 2
conjunção
oração 1 oração 2
23
Nesses exemplos, as orações são ligadas por conjunções, mas não ão
ROGÉRIO BORGES
há entre elas nenhuma dependência gramatical, ou seja, uma oração oé
independente da outra.
Essas orações independentes são chamadas de orações coordenadas.as.
os
Existe uma relação de sentido entre as orações, mas nós poderíamos
m-
até eliminar as conjunções e transformar as orações em períodos sim-
ples que esse sentido ficaria subentendido. Observe:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
são classificadas como orações coordenadas assindéticas.
conjunção
Vamos recordar
24
t Orações coordenadas sindéticas
As orações coordenadas sindéticas recebem o nome das conjunções
coordenativas que as introduzem. Elas podem ser: aditivas, adversati-
vas, conclusivas, explicativas, alternativas.
1. Oração coordenada sindética aditiva — expressa ideia de acrés-
cimo ou de adição com referência à oração anterior.
conjunção coordenativa aditiva
25
conjunção coordenativa adversativa
odução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3. Oração coordenada sindética conclusiva — indica ideia de con-
clusão ou dedução de um pensamento expresso na oração anterior.
conjunção coordenativa conclusiva
Ele não estuda nessa escola, portanto não pode participar do campeonato interno.
Reprodução
conjunção coordenativa conclusiva
Repr
R
Os jogadores treinaram bastante; logo, devem fazer uma boa partida.
artida.
26
4. Oração coordenada sindética explicativa — explica a ideia
expressa na oração anterior.
ROGÉRIO BORGES
conjunção coordenativa explicativa
Ajude-me, por favor, pois não consigo fazer esse trabalho sozinho.
27
Quando a conjunção alternativa aparece nas duas orações, ambas
são classificadas como coordenadas sindéticas alternativas. Observe
o exemplo:
conjunção coordenativa conjunção coordenativa
alternativa alternativa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exercícios
1 Complete as lacunas dos períodos usando conjunções coordenativas. Depois,
classifique as conjunções que você usou.
28
e) Você não conseguiu passar nesse exame, não
desanime, logo haverá uma nova oportunidade.
29
c) Pegue esses livros e coloque-os no armário da sala. ( )
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
30
a) Nos dois primeiros quadrinhos, temos períodos simples ou compostos?
d) Que conjunção poderíamos usar no lugar das reticências para unir essas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
31
d) Muitas pessoas estão com problemas na coluna. Ficam muito tempo sen-
tadas diante do computador. Não se preocupam com a postura.
e) Você pode ir à festa. Não chegue tarde. Iremos viajar bem cedo.
f) Empreste-me o seu celular. Preciso ligar para meu amigo. Não estou en-
contrando o meu aparelho.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
g) Não entreguei o livro na biblioteca. Recebi uma advertência por atraso.
Pude retirar o que precisava para a tarefa.
Dica gramatical
Usamos há uma hora (com o verbo haver), quando ndo há pode ser
substituído por faz, indicando tempo passado. Exemplo:
emplo: O trem partiu
há uma hora. Essa frase equivale a: O trem partiu faz uma hora.
Usamos à uma hora quando nos referimos à hora ra do dia. Exemplos:
O jogo vai começar à uma hora da tarde. / A festa acabou à uma hora da
madrugada.
Observe a diferença entre estas frases: O ônibuss saiu há uma hora. /
O ônibus saiu à uma hora. No primeiro caso, estamos
mos dizendo que já see
passou uma hora desde a saída do ônibus. No outro caso,
trro caso informamos
s , in
nfo
f rmamos o
horário de partida do ônibus.
32
Aprendendo com o dicionário
objeto) e o sentido figurado que ela adquire na expressão “de ponta”, que signi-
fica “o melhor e mais avançado”.
ponta subst. fem. 1. a extremidade de uma coisa. 2. cada um dos lados do campo de
futebol, próximo ao gol. 3. pequena participação de um artista em filme, novela, peça
de teatro, etc. 4. a primeira posição em uma disputa ou competição.
33
A ortografia em destaque
1 Forme palavras, substituindo as letras de cada conjunto por aquelas que vêm
imediatamente antes no alfabeto. Atenção aos acentos. Se necessário, con-
sulte o quadro das regras de acentuação no final do volume.
a) J O E V T U S J B
b) I F S P J D P
c) H F P H S B G J D P
d) Q B D J F O D J B
a) rurgia g) tiço
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) la rinto h) carcerar
d) contar j) punidade
e) direitar k) fe nino
f) truição l) pencar
3 Ordene as letras e forme adjetivos uniformes que começam com a letra ver-
melha e terminam com a letra azul. Atente para a acentuação.
LVSPNISDEINEA
NPELSOSRVAE
RENETESISATN
VAESLCSIE
TEISPSIAMS
TEESCNDEONT
SESIPOVIML
IBESDENOTEED
NLOFCORTVAE
EEVNOLTVEN
NAERAROGT
AXELICVLPE
34
Atividades de reforço
ROGÉRIO BORGES
conversa.
35
i) O professor explicou a experiência nos mínimos detalhes.
36
4 As palavras relacionadas a seguir têm antônimos começa-
dos pelas letras indicadas. Quais são eles?
a) legítimo f h) risonho t
b) pequenino e i) revelar o
c) juntar s j) grosseiro g
d) atraente r k) enfadonho i
e) beneficiar p l) respeitoso i
f) libertar p m) ingênuo m
g) coragem c n) raro c
O céu é o passado
Quando olhamos o céu estrelado, à noite, ve-
mos nada mais que o passado. Como a luz das
estrelas distantes demora anos viajando pelo es-
paço até chegar a nós, o que vemos é sempre o
que já foi.
ROGÉRIO BORGES
Sergio Kon. Imagem: da caverna ao monitor, a aventura do olhar.
São Paulo: Melhoramentos, 2007. p. 30. (Fragmento).
37
ULO
ÍT
CA P
Orações subordinadas
3 adverbiais
VICENTE MENDONÇA
Funciona melhor que café. Mas tenho pensado em m abandonar esse
hábito. Ao mesmo tempo que me pilha, o Twitter er me deixa mal-
-humorada, e isso ferra com o resto do meu dia. Por quê?
de 1998.
1998
998
199
19
1 99
9 98
9 8.
gora; o que você
Vamos fazer um exercício: abra o Twitter aí, agora;
eiro
irro
de fevereiro
eir
errei
e o de
gocêntrico que
encontra? Vai ter alguém xingando o artista egocêntrico
19 de ever
ver
eve
vve
fev
e e
e reclamando do
deu uma declaração equivocada, [...] vai ter gente
de 19
10 de
tícia de mais um
atendimento da empresa tal, vai ter mais uma notícia
eii 9.610
9.61
9. 61
..6
6
assassinato por homofobia, outra sobre mais uma a mulher que so-
al e Lei
Le
Le 9
freu abuso, que vai motivar mais uma feminista a tentar mostrar
o Penal
Pe
P ena
Pena
en
Pen
ena
n
rar comentários
o quanto a sociedade precisa mudar, o que vai gerar
Cód
ód
Có
Có igo
do Códigogo
diig
g
misóginos, e por aí vai.
Art. 18
1 84 do
rrtt. 184
Isso não rola só no Twitter! No Facebook não ão é diferente.
proibida.ida.
da.
biida
da
d Art
a Ar
A
As redes sociais viraram um poço de rage e haterismo.
Reprodução op
ão oib
roib
oi
rroi
o
ro iib
Estamos vivendo a “era do textão”, desencadeada ada por uma
oduç
prrod
o duç
odu
du
d uçã
uç
noção importante e saudável de que a internet nos os deu poder
Repr
Re
R epr
Rep
ep
e p
para opinar e encontrar outras pessoas que corroboram
e compartilham o que dizemos. A internet noss deu voz,
audiência, e agora tudo o que queremos é ter opinião
ma coisa
formada sobre tudo e fazer um textão sobre isso. Uma
orém...
tremendamente incrível, não fosse um pequeno porém...
Ao mesmo tempo que exercitamos nossa livre
opinião, ficamos cada vez menos tolerantes com m a
opinião alheia. Passamos o dia lendo posts que nos
incomodam, e às 18 horas nos vemos extremamen- en-
te fatigados sem saber o motivo. Uma pesquisa do
jornal norte-americano The New York Times mos-os-
ue
trou que a raiva é uma das principais emoções que
nos fazem compartilhar coisas, mas é também a
que mais demora a passar. Ficamos remoendo o
assunto até ter uma gastrite. Queremos “descur-r-
e.
tir” mil vezes aquele post que nos causa espécie.
38
Queremos voltar lá para deixar 500 comentários raivosos mostran-
do que a pessoa está completamente errada. Sério?
Quando foi que a internet virou essa grande dor de estômago?
Tem muita coisa legal e construtiva rolando na grande rede mun-
dial de computadores, foque seu tempo e energia nelas, mude seu
humor, torne-se mais produtivo e seja feliz. PAZ!
Bia Granja. Founder e curadora do youPIX e cocuradora da
Campus Party Brasil. Seu trabalho busca entender como os jovens
brasileiros usam a rede para se expressar e criar movimentos culturais.
2 No início do texto, a autora revela que tem um hábito diário. Que hábito é esse?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) A autora alega que muitas pessoas fazem o mesmo ritual que ela. Você é uma
delas? Conhece pessoas que são assim como ela?
3 No último parágrafo, a autora diz que a internet virou uma grande dor de es-
tômago. Você concorda com os argumentos usados pela autora para defender
essa ideia? Por quê?
Orações subordinadas
No capítulo anterior, vimos que, num período composto o por coorde-
dentes sinta-
nação, as orações têm o mesmo valor, isto é, são independentes
ticamente umas das outras.
No entanto, num período composto, pode haver também ém uma ora-
pendem dela,
ção que expressa a ideia principal e outras orações que dependem
pois sozinhas não possuem sentido completo. Observe:
39
Damos o nome de oração subordinada à oração que depende de
outra oração, chamada principal.
Você sabia?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
principal.
conjunção
40
adjunto adnominal
VICENTE MENDONÇA
oração principal oração subordinada
com função de adjunto
adnominal
objeto direto
Exercícios
1 Sublinhe a oração subordinada de cada período abaixo.
41
2 Você tem a seguir alguns períodos compostos. Leia-os com atenção e indi-
que se eles são compostos por coordenação (C) ou subordinação (S).
e) Você poderá aprender muito com a internet, se souber usá-la com inteli-
gência. ( )
t Classificação
Oração subordinada adverbial causal
Indica a causa da ocorrência ou da declaração expressa na oração
42
Oração subordinada adverbial condicional
Indica uma hipótese ou condição para a ocorrência da oração principal.
ipal.
VICENTE MENDONÇA
oração principal oração subordinada
adverbial condicional
adverbial condicional
Conjunções subordinativas condicionais mais comuns: se, contanto
que, desde que, a não ser que, caso, a menos que.
43
Oração subordinada adverbial temporal
VICENTE MENDONÇA
Indica o tempo ou momento em que ocorre o que foi declarado
arado na
oração principal.
Exercícios
1 Leia a tira a seguir.
MINDUIM CHARLES M. SCHULS
© 1963 PEANUTS WORLDWIDE
LLC./DIST. BY ANDREWS MCMEEL
SYNDICATION
( ) coordenação ( ) subordinação
44
c) Qual o único adjetivo usado nesse quadrinho? Qual é sua função sintática?
t castelos: .
t de areia: .
45
c) Mesmo que chova, o jogo não será interrompido.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c) O mundo não terá paz enquanto
46
6 Forme uma oração subordinada adverbial concessiva usando a conjunção
embora, conforme o exemplo. Atenção com o emprego correto dos tempos
verbais nessas orações.
Apesar de ganhar um bom salário, ele não gosta muito desse emprego.
Embora ganhe um bom salário, ele não gosta muito desse emprego.
b) Vou ao cinema com eles, apesar de não gostar muito desse tipo de filme.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
47
Observe que, quando a conjunção que é consecutiva, a oração
o prin-
me in-
cipal geralmente apresenta um advérbio ou expressão que exprime
tensidade (tão, tanto, tal, etc.).
VICENTE MENDONÇA
Expressa conformidade de um fato com outro.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Conjunções subordinativas conformativas mais comuns: confor-
r
me, segundo, como (quando equivale a conforme).
48
A ideia de proporção pode ser expressa também pelas conjunções
quanto mais, quanto menos, quanto maior, quanto menor, combinadas
com as expressões tanto mais, tanto menos, tanto maior, tanto menor, etc.
Quanto mais você estudar agora, menos dificuldade terá nos exames finais.
VICENTE MENDONÇA
Expressa ideia de comparação com referência à oração
ração principal.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
49
Exercícios
1 Identifique e classifique a oração subordinada adverbial que foi usada no pri-
meiro quadrinho da tira.
NÍQUEL NÁUSEA FERNANDO GONSALES
FERNANDO GONSALES
002-f-GF9-C03-M-
NOVA: tira Níquel
Náusea. Fernando
Gonsales. Folha de
S.Paulo, 17 jan. 2016.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ção destacada abaixo.
3 Crie orações subordinadas que se liguem às orações principais por meio das
conjunções indicadas. Depois, classifique as orações que você criou.
50
4 Complete as lacunas dos períodos abaixo usando conjunções subordinativas.
MENDONÇA
Dica gramatical
VICENTE MENDO
A fim de / afim
A conjunção a fim de expressa ideia de finalidade, objetivo. Exemplo:
mplo:
Ele veio até aqui a fim de me ajudar.
Na linguagem coloquial, usamos a fim de para indicar também a ideia
de disposição ou vontade: Estou a fim de tirar umas férias.
O adjetivo afim expressa ideia de afinidade, semelhança. Exemplo:plo:
No campo da música, eu e ele temos interesses afins, gostamos das
mesmas bandas.
51
Aprendendo com o dicionário
uestões.
Leia o texto a seguir para responder às questões.
A importância do livro
Foi a invenção de Gutenberg que realmentente
vro,
abriu o caminho para a popularização do livro,
para o desenvolvimento da imprensa e para aa
democratização da educação.
O livro tem sido durante os últimos sécu- cu-
los o instrumento mais importante do desen- en-
volvimento intelectual e espiritual do homem em
VICENTE MENDONÇA
e da sua possibilidade de aprender e progre- re-
dir. Através do livro viaja-se para o passado oe
para o futuro. Conhecem-se o pensamento e a
fantasia de outras pessoas e de outros povos. os.
Gutenberg (1398-1468) foi
Aprende-se nos livros a conhecer a ciência, a, a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
um tipógrafo alemão que
apreciar a arte e a avaliar o que é certo e o que aperfeiçoou o método de
é errado. impressão, possibilitando assim
a produção em massa de livros,
Ruth Rocha & Otávio Roth. A história do livro. base da revolução cultural dos
São Paulo: Melhoramentos, 1992. p. 29. séculos seguintes.
52
3 Leia o verbete.
abrir verbo 1. mover, separando as partes que estão juntas ou unidas. 2. cavar, escavar.
3. pôr em ação, fazer funcionar. 4. desabrochar. 5. começar a funcionar ou atender. 6.
desdobrar. 7.STb_TacPaTbcX\d[Pa~PQaXabT8. desabafar, fazer confidências.
A ortografia em destaque
1 Complete as lacunas das frases usando: por que, por quê, porque, porquê.
53
2 No texto abaixo, foram destacadas catorze palavras. Algumas delas devem
ser acentuadas. Acentue-as.
Corpo é imagem
O corpo humano como imagem esta presente em todos os periodos da nos-
sa historia. A pintura corporal assim como o uso de mascaras e roupas espe-
ciais tem muitos significados e aparecem em festas e rituais de grupos humanos
antigos e recentes. Afinal, a grande obsessão e modelo do homem é o proprio
homem. Muitas tribos indigenas brasileiras utilizam a pintura corporal ate hoje,
como uma forma importante de manifestação pessoal e cultural.
Sergio Kon. Imagem: da caverna ao monitor, a aventura do olhar.
São Paulo: Melhoramentos, 2007. p. 2.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) Justifique oralmente a acentuação dessas palavras. Se necessário, consulte
o quadro geral de acentuação gráfica, no final deste volume.
3 A sílaba inicial e a sílaba final das palavras a seguir estão corretas, mas as letras
das outras sílabas estão fora de ordem. Ordene-as de modo a formar palavras
polissílabas.
D E U N E Q I L N T E DE TE
D E T O N E S S I A D D E DE DE
E S A L A F H A T P O S O ES SO
S O R E N A C B L H A SO LHA
C O N E N T I E M S N T O CON TO
R E N F I E R G R A T E RE TE
G E D E R S I N A O D E GE DE
P R O A E R I D P D E PRO DE
C O I N I H Z E R O CO RO
A R I E U T U Q T R A AR RA
C O E R N D A O D O R CO DOR
R E I E N D C I S A L RE AL
54
Atividades de reforço
55
b) Essa é a melhor escola de teatro que eu conheço.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
oralmente as duas possibilidades de interpretação que elas
permitem. Depois, reescreva as frases, deixando claro um
dos sentidos apontados.
56
e) A expedição científica que está viajando pelo mundo há
dois meses passou pelo Brasil.
57
ULO
ÍT
CA P
Orações subordinadas
4 substantivas
ORLANDO PEDROSO
aquela foto.
O sorriso da selfie é uma ma mescla de
autoconfiança com vontade e de dividir
bons momentos com os amigos. gos. Leva um
Quem disse
toque sutil de arrogância (“Quem
mada bem
que eu não viria?”) e uma camada
m, sou eu
servida de exibicionismo (“Sim,
íssimo”).
mesmo neste restaurante caríssimo”).
Ficaram para trás as frases ses de
cartão-postal, do tipo “Você cê
adoraria estar aqui”. Não,,
o combinado é justamente
você não estar aqui, para não
estragar a selfie perfeita.
Com a prática, algumas
pessoas tornam-se verda-
deiros craques da autofoto.
58
Elas sabem o ângulo certo para posicionar o braço — sempre de
cima para baixo, para não dar olheira nem escancarar a papada —
e buscam a melhor luz para valorizar a imagem. O nobre objetivo
da selfie é mostrar ao mundo que você está ótimo, de penteado
novo e com um corpinho de sílfide.
[…]
Bom senso também cai bem na hora de postar uma selfie. É re-
comendável não exagerar na quantidade. Chega uma hora em que
ninguém aguenta mais o seu sorriso escancarado por causa de um
churro com chantili e chocolate granulado ou de um hambúrguer
do tamanho de um novilho. Aliás, fazer carinha de espanto ao lado
de qualquer prato também já deu.
Mário Viana. Veja São Paulo, 18 jan. 2017. p. 58. (Fragmento).
Orações subordinadas
substantivas
As orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem m fun-
eto in-
ções sintáticas próprias do substantivo: sujeito, objeto direto, objeto
direto, predicativo, complemento nominal, aposto.
Observe que, na oração a seguir, o substantivo destacado tem m fun-
ção de objeto direto:
ORLANDO PEDROSO
objeto direto
59
ORLANDO PEDROSO
Agora veja como esse substantivo pode ser substituído por uma ora-
ção subordinada com a mesma função de objeto direto do verbo esperar:
conjunção subordinativa integrante
objeto direto
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
oração principal oração subordinada
substantiva objetiva direta
Além da conjunção integrante que, as orações substantivas podem
ser introduzidas pela conjunção integrante se. Veja um exemplo:
conjunção integrante
tClassificação
As orações subordinadas substantivas se classificam em objetiva dire-
ta, objetiva indireta, predicativa, completiva nominal, apositiva e subjetiva.
0SBËÊPTVCPSEJOBEBTVCTUBOUJWBPCKFUJWBEJSFUB
Exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal.
conjunção integrante
oração principal
objeto direto oração subordinada
substantiva objetiva direta
60
conjunção integrante
oração principal
objeto direto oração subordinada
substantiva objetiva direta
0SBËÊPTVCPSEJOBEBTVCTUBOUJWBPCKFUJWBJOEJSFUB
Exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal.
conjunção integrante
oração principal
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
conjunção integrante
oração principal
objeto indireto oração subordinada
substantiva objetiva indireta
0SBËÊPTVCPSEJOBEBTVCTUBOUJWBQSFEJDBUJWB
Exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal.
conjunção integrante
Nosso desejo é sua felicidade. Nosso desejo é que você seja feliz.
oração principal
predicativo do sujeito oração subordinada
substantiva predicativa
conjunção integrante
ORLANDO PEDROSO
Minha alegria era a sua volta. Minha alegria era que você voltasse.
oração principal
predicativo do sujeito oração subordinada
substantiva predicativa
61
Exercícios
1 Identifique os objetos diretos presentes nas orações a seguir e desenvolva-
-os em orações subordinadas substantivas objetivas diretas. Veja o exemplo:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d) O motorista pediu a ajuda do policial.
62
3 Em todos os períodos abaixo há uma oração principal e uma oração subordi-
nada substantiva objetiva direta ou indireta. Sublinhe com um traço as ora-
ções principais e com dois as subordinadas substantivas, indicando entre pa-
rênteses se se trata de uma objetiva direta (OD) ou objetiva indireta (OI).
63
Oração subordinada substantiva apositiva
Exerce a função de aposto de um termo da oração principal. Geral-
mente, vem após o sinal de dois-pontos.
ORLANDO PEDROSO
O rapaz tinha um desejo: a convivência pacífica dos familiares.
conjunção integrante
complemento nominal
conjunção integrante
oração principal
oração subordinada substantiva
completiva nominal
complemento nominal
conjunção integrante
oração principal
oração subordinada substantiva
completiva nominal
64
Vamos recordar
adjetivo substantivo
O objeto indireto, por sua vez, completa o sentido de um verbo.
Exemplo:
ORLANDO PEDROSO
objeto indireto objeto indireto
verbo verbo
0SBËÊPTVCPSEJOBEBTVCTUBOUJWBTVCKFUJWB
Exerce a função de sujeito da oração principal.
conjunção integrante
Atenção
65
Exercícios
1 Transforme o sujeito de cada frase em uma oração subordinada substantiva
subjetiva. Veja o exemplo:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d) Era impossível a saída desse funcionário naquele momento.
66
d) A mãe só impôs uma condição: que o filho voltasse antes da meia-noite. ( )
Dica gramatical
Se não / senão
Usa-se se não em frases que indicam ideia de condição. Exemplo:
Se não chover, irei à festa. Não faça esse trabalho, se não quiser.
Usa-se senão nos seguintes casos: a) quando equivale a “do contrário”.rio”.
Exemplo: Levante-se logo, senão você perderá o ônibus. b) quando
equivale a “exceto, a não ser”. Exemplo: Ninguém, senão ele, seria capaz
paz
ORLANDO PEDROSO
67
Aprendendo com o dicionário
Tatuagem
Vem de tatau, idioma original do Taiti. Nele, signi-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Márcio Cotrim. O pulo do gato 3: o berço das palavras e expressões populares.
São Paulo: Geração Editorial, 2009. p. 70. (Fragmento).
1 Leia o verbete:
ícone subst. masc. 1. imagem religiosa pintada: em certas igrejas, muitas pessoas
consideram santos os ícones que representam Jesus. 2. desenho, imagem. 3. em
informática, símbolo gráfico usado para representar um software: na tela do computador,
clique sobre o ícone do dicionário e ele se abre imediatamente.
2 Leia o verbete sinal e indique o sentido que esse substantivo tem nas frases
a seguir.
sinal subst. masc. 1. símbolo de orientação, advertência etc., usado em vias públicas,
aeroportos, etc. 2. aceno, gesto. 3. vestígio deixado por alguém ou por algo. 4.
dinheiro que o comprador dá ao vendedor como garantia de que vai fechar o negócio.
5. símbolo de uma operação matemática. 6. aparelho que emite som para marcar
determinados horários em fábricas, escolas etc. 7. ruído produzido por um aparelho de
telecomunicação.
68
e) As marcas de sapato no tapete eram um sinal de que alguém andara pela
sala. ( )
f) Eles já deram um sinal para comprar esse apartamento. ( )
g) Ele errou o exercício porque usou o sinal de mais em vez de usar o sinal de
menos. ( )
4 Com relação à palavra sinal, procure num dicionário o significado das expres-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sões abaixo:
a) dar sinal de vida: .
b) sinal de pontuação: .
c) abrir o sinal: .
d) avançar o sinal: .
e) por sinal: .
f) sinal da cruz: .
A ortografia em destaque
1 Complete as lacunas das palavras abaixo com uma sílaba que começa com
s, x ou z.
a) he tação f) ra ável k) e plar
b) pre tear g) e gente l) e gência
c) esva ar h) maga ne m) re dente
d) para ta i) requi ção n) e berante
e) au te j) a lo o) re lução
69
2 Na tira abaixo, foram retirados os acentos de algumas palavras. Leia com
atenção e recoloque os acentos necessários.
ARMANDINHO ALEXANDRE BECK
BECK ILUSTRAS
a) Que palavras devem ser acentuadas?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) Justifique oralmente os acentos colocados. Se necessário, consulte o qua-
dro geral das regras de acentuação no final do volume.
R
A B D I S O C
E M H G U F X
70
Atividades de reforço
71
ORLANDO PEDROSO
3 Redija de outra maneira os períodos apresentados
os a seguir,
mas sem alterar a ideia expressa por eles. Siga
a as instru-
ções de como iniciá-los.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c) Ela continua a mandar-lhe mensagens, embora saiba que
ele já tem outra namorada.
Comece com: Ela sabe que ele já tem outra namorada...
72
4 Leia o texto a seguir.
ORLANDO PEDROSO
A música é uma outra forma de comunica-
ção. Ela transmite estados de espírito: alegria,
tristeza, romantismo ou entusiasmo.
Quando a música é acompanhada de letra,
pode emitir uma mensagem específica, que vai
desde as ingênuas canções infantis até os mais
exaltados hinos patrióticos.
A emoção que se sente quando se assiste a
uma simples premiação esportiva, acompanhada
do içar de uma bandeira e da execução de um hino,
mostra como estes símbolos trazem mensagens
ligadas a eles.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ruth Rocha & Otávio Roth. O livro dos gestos e dos símbolos.
São Paulo: Melhoramentos, 1992. p. 27.
73
ULO
ÍT
CA P
Orações subordinadas
5 adjetivas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
acordados, somos escravos do aqui e agora, sempre atendendo al-
gum estímulo e aprendendo algo novo”, diz a italiana Chiara Cirelli,
uma das autoras do estudo. “Durante o sono, nosso cérebro reequi-
libra as sinapses de um jeito mais eficiente.”
Sinapses são os pontos de encontro entre dois neurônios, por
onde passam os impulsos elétricos. No experimento, 18% das si-
napses dos ratinhos que tiraram um cochilo foram apagadas — o
que abre espaço para novas informações. Nos roedores que fica-
ram acordados não houve mudança.
Essa capacidade que os seres vivos têm de regular a si mesmos,
ajustando a energia que deve ser dedicada a cada tarefa para man-
ter o equilíbrio do corpo, tem um nome técnico: homeostase. Por
isso, a teoria de Cirelli e seus colegas é chamada hipótese da home-
ostase sináptica (SHY).
O resultado perceptível disso é que durante a noite nós grava-
mos informações novas e importantes na memória, enquanto de- TETRA IMAGES/GETTY IMAGES
74
1 O texto aborda uma descoberta feita por pesquisadores da Universidade de
Wisconsin-Madison, nos EUA. O que eles descobriram?
adjetivo
pronome relativo
adjetiva
75
pronome relativo
pronome relativo
LEO TEIXEIRA
pronome relativo
Vamos recordar
76
Exercícios
1 Transforme os adjetivos destacados em orações subordinadas adjetivas. Use
o pronome relativo que para introduzi-las. Veja o exemplo:
pronome relativo
77
2 Sublinhe o pronome relativo e circule seu antecedente conforme os exemplos.
Atenção
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) O carro em que viajávamos furou o pneu.
b) Ele disse que cometeram uma falha que era imperdoável.
c) O dinheiro que foi arrecado com a rifa será usado na festa que acontecerá
no fim de semana.
d) Os atletas que foram selecionados ficaram tão animados que começaram
a gritar de alegria.
e) A cantora desabafou dizendo que a notícia do divórcio dela, que foi anun-
ciado nos jornais, era uma fofoca imperdoável.
Atenção
78
b) O adversário foi vencido na luta é norte-americano.
79
6 Leia esta frase e responda.
LEO TEIXEIRA
a) Essa frase pode admitir duas interpretações? Por quê?
ê?
7 Você tem a seguir sete frases. Algumas delas apresentam ambiguidade. Assi-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nale-as e, usando o pronome relativo o qual (e variações), reescreva-as para
deixá-las com um único sentido.
a) Conversei com a mãe do Leonardo, que, aliás, me disse estar muito satis-
feita na nova casa. ( )
c) Mostre esse texto ao colega de sua irmã, que acabou de entrar na sala. ( )
80
f) Vou cumprimentar o sobrinho daquela mulher, que está aniversariando. ( )
g) Soube que o pai dessa menina, que foi premiado nesse concurso, será en-
trevistado pelo jornal da cidade. ( )
d) Visitei meu amigo. Fiquei hospedado na casa do meu amigo quando fiquei
doente.
81
t Classificação
As orações subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou explicativas.
Orações subordinadas adjetivas restritivas
Restringem ou especificam o sentido da palavra a que se referem.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Gostei muito da música que ela cantou.
O artista conversou com os fãs que foram esperá-lo no aeroporto.
oração principal
oração principal
82
Exercícios
1 Transforme o aposto das orações a seguir em orações subordinadas adjeti-
vas explicativas. Veja o exemplo:
aposto
83
h) A senhora, diretora da ONG, recebeu uma homenagem na Associação de
bairros.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2 Sublinhe e classifique as orações subordinadas adjetivas, informando se elas
são restritivas (R) ou explicativas (E).
84
c) A cola que usamos na aula de artes acabou.
85
Exercícios
1 Leia a frase a seguir.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) Na frase I, se diz que todos os artistas manifestaram opinião sobre o
ocorrido. ( )
b) Na frase II, se diz que apenas alguns artistas manifestaram opinião sobre
o assunto. ( )
86
4 As frases que seguem dão duas informações diferentes sobre o substantivo
alunos. Explique-as.
Dica gramatical
87
Aprendendo com o dicionário
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
necessidade.
a) Houve falta de energia no bairro; por isso não pude usar o computador. ( )
88
4 Leia o verbete faltar.
faltar verbo 1. não comparecer. 2. não haver. 3. não cumprir. 4. ser necessário.
A ortografia em destaque
89
d) Não sei por que ele sair mais cedo hoje. (querer —
perfeito do indicativo)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d) con der k) in ticida r) amazonen
DOÁIRVEARS
ADLECNIOÁR
ÂRAROAGCNI
NGVAIILCÂI
FÊIACINCEI
ÊOPNCETCIAM
AOICNCDCIINÊ
RHOUANIMTIÁ
RERCSETIAÁ
RÓEFOEITIR
GÁMAINIROI
FÍORACICSI
90
Atividades de reforço
Atividades de reforço
O tuiuiú
91
f) Por que o substantivo tuiuiú deve ser acentuado? Se ne-
LEO TEIXEIRA
cessário, consulte o quadro geral das regras de acentua-
ua-
ção, no final deste volume.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d) Podemos terminar a tarefa ainda hoje, desde que vocês
ajudem.
92
d) A notícia deixou o pessoal muito triste.
Se acaso / caso
Numa oração condicional, a palavra acaso deve ser sempre
acompanhada pela conjunção se. A expressão “se acaso” equivale
a “se porventura”. Exemplo: Se acaso você chegar mais cedo,
comece a limpeza da sala.
Com a palavra caso, porém, não se usa o se. Exemplo: Caso
você chegue mais cedo, comece a limpeza da sala.
93
ULO
ÍT
CA P
Funções sintáticas dos
6 pronomes relativos
94
Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela
ROGÉRIO BORGES
desolação, ele saiu de machado em punho, para os arredores da
cidade. Onde encontrava árvore, capões, matos atacava, limpava,
deixava os montes de lenhas arrumadinhos para quem quisesse
se servir. Os donos dos terrenos não se importavam, estavam em
vias de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e precisavam de
tudo limpo mesmo.
E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida
com seu instrumento. Onde quer que precisassem derrubar árvo-
res, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para
organizar a agenda. Depois, auxiliares. Montou uma companhia,
construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operá-
rios devastadores. Importou tratores e máquinas especializadas
do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem cursos nos Estados
Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E traba-
lhavam, derrubavam. Foram do sul ao norte, não deixando nada
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
em pé. Onde quer houvesse uma folha verde, lá estava uma tesou-
ra, um machado, um aparelho eletrônico para arrasar.
E enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num
deserto, terra calcinada. E então, o governo, para remediar, man-
dou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis as
terras do deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E en-
quanto as árvores eram plantadas, o homem do machado ensina-
va ao filho a sua profissão.
Ignácio de Loyola Brandão. Cadeiras proibidas.
São Paulo: Global, 2002. p. 74-76. (Fragmento).
4 Esse conto, publicado há mais de trinta anos, ilustra um problema ainda pre-
sente no Brasil? Justifique sua resposta.
95
Funções sintáticas dos pronomes
relativos
Nesse período, temos duas orações:
(que)
sujeito
ROGÉRIO BORGES
Os pronomes relativos exercem funções sintáticas, isto é, podem ser
sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal,
adjunto adnominal, adjunto adverbial e agente da passiva.
Vamos sistematizar agora o estudo de cada uma dessas funções,
com outros exemplos.
t Sujeito
sujeito
96
t Objeto direto
ROGÉRIO BORGES
objeto direto
t Objeto indireto
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
objeto indireto
t Predicativo
predicativo
97
Exercícios
1 Leia a tira a seguir.
MALVADOS ANDRÉ DAHMER
ANDRÉ DAHMER
a) No primeiro quadrinho, temos uma oração subordinada adjetiva restritiva:
“que transforma pessoas em zumbis”. Qual é a função sintática do prono-
me relativo que nessa oração?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) Que outro pronome relativo poderia substituir o que nessa oração?
t pessoas: .
t em zumbis: .
98
t Complemento nominal
complemento nominal
t Adjunto adverbial
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
adjunto adverbial
t Adjunto adnominal
adjunto adnominal
99
O pronome relativo cujo (cujos, cuja, cujas) exerce sempre
re a função
de adjunto adnominal, concordando em gênero e número com om o termo
le a de que,
a que se refere. Esse pronome tem valor possessivo e equivale
de quem, do qual (dos quais, da qual, das quais).
t Agente da passiva
ROGÉRIO BORGES
Substituindo o pronome qual pelo antecedente, temos:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
agente da passiva
Exercícios
1 Junte as duas orações de cada item usando um pronome relativo. Depois, in-
dique a função sintática que você usou em cada frase. Veja o exemplo:
c) A cidade é bonita e tem muitas belezas naturais. Meu irmão mora nessa
cidade.
100
d) Marina é uma jovem e talentosa pianista. Todos nós, seus amigos, temos
muito orgulho dela.
REPRODUÇÃO
O UÇ O
Ç
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Dica gramatical
101
Aprendendo com o dicionário
O primeiro emoticon
Scotti Fahlman, professor americano, queria inven-
tar um jeito de diferenciar, nas mensagens eletrôni-
cas, as brincadeiras dos assuntos sérios. Sugeriu
ROGÉRIO BORGES
aos colegas usarem a sequência que ficaria uni-
versalmente famosa — :-) — para representar
um sorriso e sugeriu :-( para o contrário.
Isso foi em 1982. A partir daí outros emoti-
cons surgiram, evoluíram e viraram a febre que
são hoje.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Silmara Franco. Navegando em mares conhecidos: como usar a internet a seu favor.
São Paulo: Moderna, 2012. p. 46. (Fragmento).
jeito subst. masc. 1. maneira, modo. 2. habilidade. 3. talento. 4. aspecto, tipo. 5. torsão
(em músculo ou tendão).
102
3 Indique o sentido que a palavra jeito tem nas frases abaixo.
A ortografia em destaque
1 Complete as lacunas das frases empregando o verbo trazer nos modos e tem-
pos indicados.
103
2 Complete as lacunas das palavras abaixo com uma sílaba que tenha ch ou x.
a) en cado n) pi ção
b) apetre o) ca bo
c) ve me p) pei ria
d) en queca q) rela do
e) ma cado r) fe dura
g) re ado t) ca ado
h) fariz u) en tar
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
i) lagarti v) deslei do
j) co lar w) ca ça
k) en val x) aga do
m) ra dura z) abai do
ORIOROGS
IFUEGSEAR
AULESGIMO
ETIMISOA
OMIRPSOIV
NESDHAISTE
EPSIDRTEEN
GOSIALRH
IPETOSA
PIVESORÃ
LESIDUAG
104
Atividades de reforço
ROGÉRIO BORGES
o teu cão morde perguntou o carteiro ao menino Carlinhos
que estava sentado à porta da casa não respondeu ele com má
vontade o carteiro prosseguiu e o cão avançou nas pernas do
moço então você não tinha dito que o teu cão não mordia esse
cão é o da minha irmã
105
3 A vírgula tem várias funções. Uma delas é destacar um ad-
junto adverbial que esteja no início de uma frase. Por exem-
plo: No fim das aulas, todos saíram rapidamente da sala.
Leia as frases abaixo e coloque corretamente a vírgula de-
pois dos adjuntos adverbiais que iniciam cada uma delas.
a) Durante a reunião muitos pais pediram a palavra.
b) No fim do semestre os alunos fizeram um teste.
c) Amanhã bem cedo os turistas embarcarão nesse ônibus.
d) Dentro de duas horas chegaremos à fazenda.
e) No sábado passado havia poucas pessoas no cinema.
f) Aos poucos as crianças foram aprendendo a usar esse
computador.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
forme o exemplo.
106
5 Leia a tira abaixo e preencha a lacuna com se não ou senão.
FRANK & ERNEST BOB THAVES
ROGÉRIO BORGES
tarde. (à / há)
107
Teste seus
Teste seus conhecimentos
conhecimentos III
Apresentamos, a seguir, alguns testes para você fazer uma autoavaliação e ve-
rificar se entendeu bem a matéria estudada até aqui. Depois de assinalar as res-
postas a todas as questões, vá até o gabarito, no rodapé da página 111, e confira
quantas você acertou.
1 Leia as orações abaixo.
I. A floresta virou um deserto.
II. As noites têm sido muito frias.
III. Ele deixou aberto o portão de entrada.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) I. nominal; II. verbal; III. verbo-nominal.
b) I. verbal; II. nominal; III. nominal.
c) I. nominal; II. nominal; III. verbo-nominal.
d) I. verbo-nominal; II. verbo-nominal; III. verbal.
2 Nos itens abaixo, temos períodos compostos por coordenação, exceto em:
a) Ele ora abria ora fechava os olhos.
b) Ela estudou bastante, logo, deve ir bem nesse teste.
c) A dor era intensa, por isso a criança chorava.
d) Como sentia muita dor, ela se pôs a chorar.
3 Assinale o item em que a oração subordinada adverbial foi incorretamente
analisada.
a) Executei a jogada como havia treinado. — causal.
b) Ainda que você insista, não irei à reunião. — concessiva
c) Caso precise sair, deixe um recado. — condicional
d) Desde que ele foi embora, nossa casa ficou meio triste. — temporal
4 Em cada item abaixo, foi destacada uma oração subordinada adverbial tem-
poral, exceto em:
a) Quando a encontrei, quase não pude reconhecê-la.
b) Conseguirei finalizar esse trabalho, desde que tenha mais tempo.
c) Enquanto almoçávamos, conversamos sobre o novo projeto.
d) O pessoal saiu, antes que eu desse o aviso.
108
5 Apenas duas das orações destacadas abaixo são subordinadas adjetivas.
Assinale-as.
a) O calor era tanto que muita gente estava passando mal.
b) Os alunos que faltaram vão fazer a prova amanhã.
c) Era muito interessante a história que ele nos contou.
d) Espero que você seja feliz nesse novo emprego.
6 Leia a tira a seguir.
CALVIN E HAROLDO BILL WATTERSON
9 de fevereiro de
2016.
109
10 Em todos os períodos abaixo, temos uma oração subordinada adjetiva,
menos em um. Qual?
a) Ele explicou que o filme que vimos falava de uma sociedade ideal.
b) Ninguém conseguiu responder à pergunta que ele fez.
c) Ele me disse que estava tão apressado que não poderia ficar nem mais um
minuto.
d) Tenho vários colegas que gostam de ler histórias de terror.
11 Em quais frases a função sintática do pronome relativo não foi corretamente
indicada?
a) Não conheço a menina a quem você se refere. — objeto indireto
b) Ele não respeitou os amigos que o ajudaram. — objeto direto
c) Lembre-se de ler o texto que o professor indicou. — objeto direto
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d) Trouxe o brinquedo que as crianças tanto queriam. — sujeito
12 Leia esta oração: “Os alunos estavam preparando a exposição”. Passando
essa oração para a voz passiva, temos a forma verbal:
a) foi sendo preparada. c) estava preparada.
b) estava sendo preparada. d) era preparada.
13 Leia esta oração: “O barco ia sendo levado pela correnteza”. Passando essa
oração para a voz ativa, temos a forma verbal:
a) levava c) ia levando
b) levou d) foi levando
14 Em todas as orações abaixo foi destacado um agente da passiva, menos em
uma. Qual?
a) As folhas das árvores foram levadas pelo vento da manhã.
b) Muita gente caminhava pelas alamedas do parque.
c) Os trabalhos foram expostos pelas meninas do 9º ano.
d) Esses estudantes foram elogiados pelos professores.
15 Todas as orações destacadas abaixo são coordenadas explicativas, menos
uma. Qual?
a) Vamos sair que está muito calor aqui dentro.
b) Ele estava nervoso, pois não tinha estudado para os exames.
c) Fique calmo, pois vamos ajudá-lo nesse caso.
d) Você estudou bastante; não se preocupe, pois, com esse teste.
110
16 Assinale o único item em que a função sintática do pronome relativo não foi
corretamente indicada.
a) É bonito e moderno o aeroporto em que desembarcamos ontem. — adjun-
to adverbial de tempo.
b) Ele é a única pessoa de quem espero ajuda. — complemento nominal
c) Não conheço a pessoa por quem fui ajudado. — agente da passiva
d) Ele fez uma ação que merece elogio. — sujeito
19 Dois dos períodos abaixo são compostos apenas por uma oração principal e
uma oração subordinada adverbial. Quais são eles?
a) Assim que entrou na sala, todos o aplaudiram.
b) O filme era muito bom, mas, infelizmente, havia pouca gente na plateia.
c) Estudou tanto durante a noite, que pegou no sono na hora da prova.
d) Gostaria que você viesse à minha festa.
20 Todos os períodos abaixo são compostos apenas por uma oração principal e
uma oração subordinada substantiva, menos um. Qual?
a) É certo que todos vocês vão viajar amanhã?
b) Disseram-me que a exposição já está pronta.
c) Tenho um pouco de receio de que as coisas não saiam bem.
d) Infelizmente, nada foi feito como eu pedi.
oração “como eu pedi” é adverbial conformativa).
(a oração é conclusiva); 16. a (o correto é adjunto adverbial de lugar); 17. b, d; 18. a, d; 19. a (adverbial temporal), c (adverbial consecutiva); 20. d (a
há pronome relativo nesse período); 11. b (sujeito), d (objeto direto); 12. b; 13. c; 14. b (o termo “pelas alamedas” é adjunto adverbial de lugar); 15. d
1. c; 2. d; 3. a (a oração é conformativa); 4. b (a oração é condicional); 5. b, c; 6. b; 7. a, c; 8. d (o correto é predicativo do sujeito); 9. c, d; 10. c (não
111
ULO
ÍT
CA P
Orações reduzidas.
7 Período misto
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Um novo mundo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
espaço para todos. A terra, que é boa e rica,
pode prover todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e
da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça en-
venenou a alma dos homens... levantou no mun-
do as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar
a passo de ganso para a miséria e os morticínios. ios Criamos
C i Charles Chaplin em cena
do filme O grande ditador.
a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados den-
tro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado Passo de ganso: nome
em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa dado à forma como
inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e os soldados de certos
países marcham, com
sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de a perna esticada para
humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afei- a frente.
ção e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e Morticínios: matanças,
carnificinas.
tudo será perdido. Céticos: descrentes,
que não acreditam em
O pensamento vivo de Chaplin. Pesquisa e texto José Geraldo Simões Jr.
nada.
São Paulo: Martin Claret, 1984. p. 13-15. (Fragmento).
Empedernidos: duros
e insensíveis como
1 Como você resumiria a mensagem desse texto? pedra.
2 Você acha que essa mensagem, escrita durante a Segunda Guerra Mundial, ain-
da é válida para os dias de hoje? Por quê?
112
Orações reduzidas
As orações subordinadas estudadas até aqui são sempre introduzidas por
uma conjunção e apresentam o verbo numa forma do indicativo ou do sub-
juntivo. No entanto, nem sempre elas têm essa forma. Observe esta frase:
Nesse caso, vemos que a oração destacada não está introduzida por
conjunção nem apresenta um verbo no indicativo ou subjuntivo. A for-
ma verbal está no particípio: terminado. Para entendermos bem a ideia
expressa por essa oração, podemos desenvolvê-la assim:
113
Ao terminar o espetáculo, a plateia aplaudiu pedindo bis.
VICENTE MENDONÇA
oração reduzida de infinitivo oração principal
Desenvolvendo:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exercícios
1 Relacione as orações reduzidas com as ideias que expressam.
114
b) Como notei sua fraqueza, ofereci rapidamente um prato de comida a ele.
Saindo um pouco mais cedo de casa, não perderá o início do espetáculo. (se)
Se sair um pouco mais cedo de casa…
b) Fazendo todas as tarefas propostas, terá sucesso nos exames. (desde que)
115
e) Pondo o capacete, andará de bicicleta com mais segurança. (se)
f) Indo à minha cidade natal, não deixe de visitar meus pais. (quando)
5 Leia o período abaixo e explique por que a oração reduzida pode expressar
duas ideias.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
6 Leia a frase abaixo e explique oralmente por que a oração reduzida de gerún-
dio cria duplo sentido.
Período misto
Você já aprendeu que um período pode ser composto por coorde-
oorde-
nadas.
nação ou subordinação. No primeiro, temos só orações coordenadas.
s. Mas
No segundo, temos uma oração principal e orações subordinadas.
NTE MENDONÇA
dena-
pode haver também um período misto, em que há orações coordena-
das e orações subordinadas. Exemplo:
VICENTE
VICE
V
2a oração: principal
(em relação à 1a) e coordenada
assindética (em relação à 3a)
a
1 oração: subordinada 3a oração: coordenada
enada
adverbial temporal sindética aditiva
va
(em relação à 2a)
116
Exercícios
1 Separe e classifique as orações do período misto a seguir.
tNo segundo quadrinho dessa tira, temos um período misto, com quatro
orações, apresentadas a seguir. Classifique-as.
117
Dica gramatical
Repórter / repórteres
Cuidado para não errar o plural das palavras terminadas em r. Basta
juntar es à forma do singular. Veja alguns exemplos: pôster / pôsteres;
gângster / gângsteres; hambúrguer / hambúrgueres; abajur / abajures;
amor / amores; mar / mares; dor / dores.
VICENTE MENDONÇA
ONÇA
Aprendendo com o dicionário
CBPIX/SHUTTERSTOCK
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
bido, porque, quando está em perigo, corre
para casa. É que ele mora no meio das anê-
monas, que são animais cheios de tentácu-
los venenosos. Se algum inimigo se atreve
a segui-lo, logo é atingido pelo veneno, fica
paralisado e é devorado pela anêmona. Esse
veneno não faz nada ao peixe-palhaço, que
ajuda a anêmona, limpando os restos de ali-
mentos que ficam entre os tentáculos. O peixe-palhaço e as anêmonas.
1 “Esse veneno não faz nada ao peixe-palhaço.” Qual o sentido do verbo fazer
nessa frase do texto?
2 Como você pôde observar, o verbo fazer pode ter muitos sentidos diferentes,
dependendo da frase em que se encontra. Por isso, pode ter também muitos
sinônimos. O verbete que você leu acima dá onze significados diferentes para
o verbo fazer. Crie, no caderno, uma frase de exemplo para cada um deles.
3 “O peixe-palhaço não tem medo de ser exibido.” Reescreva essa frase substi-
tuindo o adjetivo exibido por outra palavra ou expressão de sentido equivalente.
118
A ortografia em destaque
RELTBEACE
REGNAADÇO
IRDACVREIO
OICMPIMODR
ARLADEVGÁ
GMAPDEORRA
UBARVAITREA
EIPRMUDTNE
ERIREFRAGDRO
RFARTNOE
RDBICAIERNA
RPETNDEENET
119
Atividades de reforço
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
bastante específico. Vejamos os mais usuais.
t Empregamos este e isto quando tais pronomes anunciam
algo que ainda vai ser citado: Diga isto a seus pais: eles devem vir
conversar comigo amanhã sem falta.
t Usamos esse e isso quando nos referimos ao que acabou de ser
citado: Ouvimos o sinal. Isso significa que o tempo da prova terminou.
t Quando queremos retomar elementos já citados, usamos
aquele para o elemento que foi citado em primeiro lugar e este
para o que foi citado depois:
Pais e mães vieram à festa da escola; aqueles, sérios e orgulhosos;
estas, elegantes e risonhas.
120
f) É bom ficar ciente : ninguém deve
sair antes do horário previsto! (disso / disto)
g) Não adianta apenas reciclar o lixo, é preciso diminuir a
produção. é a posição que eu de-
fendo. (Essa / Esta)
h) Essa dieta maluca está prejudicando a sua saúde. Pense
com carinho! (nisto / nisso)
2 Leia e responda.
121
b) Como se classifica o período composto?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e) Em uma das orações desse primeiro quadrinho, há um
predicativo do sujeito e um complemento nominal. Iden-
tifique-os.
122
ULO
ÍT
Funções das palavras
CA P
8 que e se
123
1 Qual é o assunto do texto?
t$POKVOËÊP
A palavra que exerce a função de conjunção quando introduz deter-
minados tipos de oração coordenada ou subordinada.
Veja alguns exemplos:
ORLANDO PREDOSO
conjunção coordenativa explicativa
(introduz uma oração coordenada sindética explicativa)
O tempo passa tão depressa que mal tenho tempo para os meus amigos.
124
t1SPOPNFSFMBUJWP
A palavra que exerce a função de pronome relativo quando introduz
uma oração subordinada adjetiva restritiva ou explicativa, referindo-se
bsti-
sempre a uma palavra da oração principal. Nesse caso, pode ser substi-
tuída por o qual (e variações).
Veja estes exemplos:
pronome relativo (= o qual) (refere-se a dispositivo)
ORLANDO PREDOSO
no.
Um médico removeria o cristalino, que é a lente natural do olho humano.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
oração principal ti
oração subordinada adjetiva explicativa
Exercícios
1 Indique as funções da palavra que na tira abaixo.
ARMANDINHO BILL WATTERSON
BECK ILUSTRAS
125
t1SPOPNFJOUFSSPHBUJWP
A palavra que exerce a função de pronome interrogativo quando é
ta.
empregada em uma oração interrogativa direta ou indireta.
Veja estes exemplos:
ORLANDO PREDOSO
Diga-me que dia é hoje.
Que aconteceu?
Queria saber que dia é hoje.
O que aconteceu?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
t1SPOPNFJOEFGJOJEP
A palavra que é pronome indefinido quando vem antes de um
substantivo e equivale a quanto, quanta, quantos ou quantas.
Observe estes exemplos:
t"EWÌSCJPEFJOUFOTJEBEF
A palavra que funciona como advérbio de intensidade quando inten-
sifica a característica expressa por um adjetivo ou a ideia expressa por
um advérbio.
Veja estes exemplos:
adjetivo
advérbio
126
t*OUFSKFJËÊP
A palavra que tem função de interjeição quando é empregada como
uma exclamação de surpresa ou espanto. Nesse caso, é acentuada e
vem seguida de ponto de exclamação. Às vezes, pode ser seguida de um
ponto de exclamação e de interrogação juntos.
Observe um exemplo:
t1SFQPTJËÊP
A palavra que exerce a função de preposição quando equivale a de.
Com esse valor, o que geralmente é usado para ligar dois verbos de uma
locução verbal formada pelos auxiliares ter ou haver.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
t1BMBWSBPVQBSUÐDVMBEFSFBMDF
Nessa função, a palavra que compõe a expressão é que, que serve
para realçar ou destacar um elemento da oração e não é essencial
para a compreensão do sentido geral. Se for retirada, não prejudica
o sentido da frase.
Observe este exemplo:
127
t4VCTUBOUJWP
Quando é precedida de um artigo, pronome ou numeral, a palavra
que assume a função de substantivo. Nesse caso, deve ser acentuada e
pode até ser usada no plural.
Veja estes exemplos:
ORLANDO PREDOSO
Há um quê de mistério nessa mulher.
Não sei classificar aqueles dois quês do texto.
Exercícios
1 Quais são as funções morfológicas da palavra que na tira abaixo?
FRANK & ERNEST BOB THAVES
© 2004 THAVES/DIST. BY ANDREWS
MCMEEL SYNDICATION
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2 Dê a função morfológica da palavra que nas frases a seguir. Utilize o código
do quadro.
128
3 Indique as funções que a palavra que exerce na tira abaixo.
GARFIELD JIM DAVIS
© 2014 PAWS, INC. ALL RIGHTS RESERVED/DIST.
BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Funções da palavra se
A palavra se também pode exercer diferentes funções morfológicas,
dependendo da frase em que está sendo empregada. Vejamos a seguir
as funções mais comuns.
t$POKVOËÊP
rmi-
A palavra se exerce a função de conjunção quando introduz determi-
nadas orações subordinadas. ORLANDO PREDOSO
129
t1SPOPNFSFGMFYJWPFQSPOPNFSFDÐQSPDP
A palavra se tem a função morfológica de pronome reflexivo quando
representa a mesma pessoa ou coisa que constitui o sujeito do verbo.
Nesse caso, temos um sujeito que pratica e recebe, ao mesmo tempo,
a ação expressa pelo verbo.
Observe um exemplo:
ORLANDO PREDOSO
Veja esta oração:
pronome recíproco
(as amigas abraçaram uma à outra)
t1BMBWSBPVQBSUÐDVMBEFSFBMDF
A palavra se exerce essa função quando serve para realçar ou desta-
car a ação expressa pelo verbo. Nesse caso, o se pode ser retirado sem
prejuízo do sentido básico da frase.
Observe um exemplo:
t1BSUFJOUFHSBOUFEFWFSCPQSPOPNJOBM
Nesse caso, a palavra se acompanha verbos que se conjugam sempre
na forma pronominal, como arrepender-se, queixar-se, etc.
Veja estes exemplos:
130
t1SPOPNFBQBTTJWBEPS
A palavra se funciona como pronome apassivador quando se junta
a um verbo transitivo para formar a voz passiva pronominal (pronome
apassivador + verbo na 3a pessoa, singular ou plural, conforme o sujeito).
Observe estes casos:
sujeito de vendem-se
= são vendidos
sujeito de sorteou-se
= foi sorteado
Atenção
ORLANDO PREDOSO
índice de indeterminação do sujeito
Obs.: índice de indeterminação do sujeito é função sintática, não
morfológica.
t4VCTUBOUJWP
A palavra se assume a função morfológica de substantivo quando
vem precedida de um artigo, pronome ou numeral.
Veja estes exemplos:
131
Exercícios
1 Assinale as frases em que a palavra se não é conjunção. Justifique suas
respostas.
a) Ele não confirmou se o voo será às 10h. ( )
b) Alguém sabe se a nossa prova foi adiada? ( ) Veja Dica gramatical,
página a seguir.
c) Estamos estudando as funções do se. ( )
d) Ele se machucou ao cair da escada. ( )
e) Se você precisar de minha ajuda, telefone-me. ( )
f) Alugaram-se todos os apartamentos desse prédio. ( )
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ARMANDINHO BILL WATTERSON
BECK ILUSTRAS
004-f-GF9-C08-M-NOVA:
tira Armandinho. Bill
Watterson. Folha de
S.Paulo, 10 out. 2015.
3 Em duas das frases abaixo, o se tem a mesma função morfológica. Quais são
essas frases e qual é essa função?
a) O pessoal do bairro queixou-se do barulho da fábrica.
b) Eles se deram as mãos e foram passear.
c) Ela se trancou no quarto o dia todo.
d) Lá se vão as andorinhas, voando na imensidão do céu.
e) Eles são amigos e se estimam desde crianças.
132
4 Leia a tira a seguir.
HAGAR CHRIS BROWNE
Dica gramatical
Atenção
Abreviaturas
Os nomes dos
Abreviatura é a representação de uma palavra usando apenas algumas meses do ano
de suas letras ou sílabas. A abreviatura sempre leva ponto. Exemplos: também podem
ser abreviados,
professor — prof. / avenida — av. com exceção do
mês de maio.
Recomenda-se que a abreviatura termine sempre por uma consoante. Observe: jan.,
Se a palavra tiver um grupo consonantal, deve-se mantê-lo. Exemplo: fev., mar., abr.,
agricultura — agr. Mantém-se o acento gráfico na abreviatura. Exemplos: maio, jun., jul.,
ago., set., out.,
médico — méd. / século — séc. nov., dez.
Atenção: no caso do sistema métrico e unidades de tempo, não se usa
ponto nas abreviaturas e não há espaço entre os números. Observe:
133
Aprendendo com o dicionário
ORLANDO PREDOSO
soprando ligeiramente através de um saxofone, diversas
partes de seu cérebro estão envolvidas na ação, o que
mantém seu cérebro em constante trabalho.
Disponível em: <https://www.saudemelhor.com/quais-beneficios-tocar-instrumento-musical/>.
Acesso em: 3 jul. 2017. (Fragmento).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tocar verbo 1. encostar de leve uma parte do corpo em alguém ou alguma coisa.
2. soar. 3. mencionar. 4. expulsar, enxotar. 5. executar uma melodia. 6. emocionar.
7. responsabilizar-se. 8. dar-se conta de alguma coisa. 9. bater.
2 Pesquise num dicionário outros sentidos do verbo tocar e crie exemplos para
dois deles. Compartilhe sua resposta com os colegas.
134
A ortografia em destaque
ORLANDO PREDOSO
1 Leia o texto a seguir e coloque os acentos necessários.
Perigos da internet
Espelho da vida real, a internet tambem tem um lado avesso:
seu uso indevido leva ao espaço virtual varios perigos “invisi-
veis”, como a pratica de crimes, violações contra os direitos
humanos, exposição excessiva e desnecessaria das pessoas,
manifestações de odio e intolerancia. Não da para fazer esses
perigos desaparecerem. No entanto, a gente pode se proteger.
Silmara Franco. Navegando em mares conhecidos: como usar a internet a seu favor.
São Paulo: Moderna, 2012. p. 7. (Fragmento).
a) Justifique oralmente os acentos. Se necessário, consulte o quadro geral das
regras de acentuação no final deste volume.
3 Ordene as letras e forme palavras com ss. A letra azul é a segunda letra de
cada palavra.
SEÁSNOCIER
ÇISCLSAIFAOÃC
IDPSISIDOLABE
ESEASIBLAM
SRISONGE
VRASGEOSI
ÃEPESRSOR
GOSEASSOD
RSTANMÃISOS
ACESINSTNE
ASTPSEAA
DECIESADNES
135
Atividades de reforço
ORLANDO PREDOSO
O que é pergunta o pai
136
3 Leia este período: “Se eu tivesse feito o curso, teria apren-
dido a me comunicar em inglês e não precisaria de um in-
térprete”.
ORLANDO PREDOSO
c) Sumiu o livro da sala em que costumo estudar para as
provas.
137
ULO
ÍT
CA P
Regência verbal e
9 regência nominal
Solidários na porta
Vivemos a civilização do automóvel, mas atrás do volante de um Metáfora: espécie
carro o homem se comporta como se ainda estivesse nas cavernas. de representação
Antes da roda. Luta com seu semelhante pelo espaço na rua como simbólica.
se este fosse o último mamute. Usando as mesmas táticas de inti- Jângal: selva.
Trégua: suspensão
midação, apenas buzinando em vez de rosnar ou rosnando em vez da violência.
de morder. Tácita:
subentendida; que
O trânsito em qualquer grande cidade do mundo é uma metáfo- todos entendem
ra para a vida competitiva que a gente leva, cada um dentro do seu sem precisar dizer.
próprio pequeno mundo de metal tentando levar vantagem sobre o Hostilidades:
outro, ou pelo menos tentando não se deixar intimidar. E provando atitudes agressivas.
que não há nada menos civilizado que a civilização.
Mas há uma exceção. Uma pequena clareira de solidariedade na
jângal. É a porta aberta. Quando o carro ao seu lado emparelha
com o seu e alguém põe a cabeça para fora, você se prepara para
LEO TEIXEIRA
o pior. Prepara a resposta. “É a sua!”. Mas pode ter uma surpresa.
— O quê?
Você custa a acreditar que nem você nem ninguém da sua família
está sendo xingado. Mas não, o inimigo está sinceramente preo-
cupado com a possibilidade da porta se abrir e você cair do carro.
A porta aberta determina uma espécie de trégua tácita. Todos a
apontam. Vão atrás, buzinando freneticamente, se por acaso você
não ouviu o primeiro aviso. “Olha a porta aberta!” É como um có-
digo de honra, um intervalo nas hostilidades. Se a porta se abrir e
você cair mesmo na rua, aí passam por cima. Mas avisaram.
Quer dizer, ainda não voltamos ao estado animal.
Luis Fernando Verissimo. O suicida e o computador.
Porto Alegre: L&PM, 1992. p. 55-56.
138
1 Por que o autor compara os motoristas a homens pré-históricos? O que haveria
de comum entre eles?
2 Por que o autor afirma que “o trânsito em qualquer grande cidade do mundo é
uma metáfora para a vida competitiva que a gente leva”?
4 O que você sugere para diminuir ou acabar com esse tipo de problema no
trânsito?
Regência verbal
Leia e compare estas frases:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nsito.
Precisamos de educação no trânsito.
preposição
termo regente termo regido
LEO TEIXEIRA
ito.
Desejamos educação no trânsito.
Observe que, nas duas frases, o sentido dos verbos foi complementa-
Vamos recordar
do pela mesma palavra: educação. Mas, no primeiro caso, a preposição
fez a ligação entre os termos; no segundo caso, ela não foi necessária. Relembre
É o verbo que determina como vai ser a ligação entre ele e seu com- que, nesses
plemento. Por isso, ele é chamado de termo regente. E o seu comple- casos, o
mento recebe o nome de termo regido. termo regido
será objeto
Damos o nome de regência verbal à relação que se estabelece indireto se vier
entre o verbo e o seu complemento. antecedido de
preposição;
caso contrário,
Às vezes, a mudança de regência — isto é, o uso ou não de uma será objeto
preposição para ligar o termo regente ao regido, ou mesmo a troca de direto.
uma preposição por outra — pode alterar o sentido da frase. Por exemplo:
139
Atenção
Agradar
tAcariciar, fazer carinho (sem preposição): A mãe agrada o bebê.
tContentar (sem preposição): Ele agradou a esposa com um presente.
tSatisfazer (com a preposição a): O filme não agradou ao público.
Aspirar
tCheirar (sem preposição): Ele aspira o perfume das flores.
s.
tDesejar, almejar (com a preposição a): Ele aspira ao posto
o de diretor.r
Assistir
tAjudar, socorrer (sem preposição): O médico assistiu u a criança
doente.
LEO TEIXEIRA
Chegar
tAtingir um local ou certo objetivo (com a preposição a):: Ela chegou
ao colégio. Ele chegou ao posto de diretor.
140
Esquecer
tEsquecer alguma coisa (sem preposição): Esqueci a data do seu ani-
versário.
tEsquecer-se (pronominal, com a preposição de): Esqueci-me da
data do seu aniversário.
Observação: o mesmo vale para o verbo lembrar.
Implicar
tCausar, provocar, envolver (sem preposição): A reforma da escola
implica muitos gastos.
tEnvolver (alguém) em uma situação (sem preposição): O menino
implicou a colega na travessura que tinha feito.
tMostrar repetida antipatia ou descontentamento (com a preposi-
ção com): Ela implica muito com esse menino.
Ir
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Obedecer
tObedecer a alguém ou algo (com a preposição a): Ela obedece a
seus pais. O aluno obedece ao regulamento da escola.
Observação: hoje em dia, é aceitável usar esse verbo sem a preposi-
ção: Ela obedece os pais. Ele obedece o regulamento. Essa regência direta
é frequente em muitos escritores modernos. O mesmo vale para o ver-
bo desobedecer.
Perdoar
tPerdoar algo (sem preposição): Ela perdoou o meu engano.
tPerdoar a alguém (com a preposição a): Ela perdoou ao colega.
Preferir
tPreferir uma coisa a outra (com a preposição a): Prefiro passear a
ver televisão.
Observação: preferir significa “querer mais”, portanto evite escrever
ou dizer “prefiro mais isto do que aquilo”. Diga ou escreva, por exemplo,
“prefiro conversar com meus colegas a ver televisão”.
Querer
tDesejar (sem preposição): Quero um bom livro para ler nas férias.
LEO TEIXEIRA
141
Responder
LEO TEIXEIRA
tDizer ou escrever em resposta (sem preposição): Respondeu a ver-
r
dade quando lhe perguntaram sobre o assassinato.
tResponder a alguém ou algo (com a preposição a): O aluno respon-
pon-
deu ao professor. O menino respondeu às questões da prova.
Visar
tApontar, dirigir a pontaria (sem preposição): O jogador visou o gol
e chutou.
tPôr visto em (sem preposição): O professor visou as provas.
tDesejar, pretender (com a preposição a): Os artistas visam ao sucesso.
esso.
Exercícios
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1 Preencha as lacunas das frases com a preposição adequada à regência verbal.
142
b) Ficamos abismados, quando presenciamos o tumulto. (assistir)
Regência nominal
Assim como acontece com os verbos, existe também uma relação de
dependência de certos substantivos e adjetivos no que se refere a seus
complementos. Observe a frase:
substantivo
143
Veja agora um exemplo com um adjetivo:
adjetivo
Exercícios
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1 Nas frases abaixo, a palavra destacada é sempre o termo regente. Você
deve completar as lacunas com as preposições adequadas e sublinhar o
termo regido. Veja:
144
2 Leia a tira e preencha as lacunas do primeiro quadrinho da tira com as pre-
posições adequadas.
MINDUIM CHARLES M. SCHULZ
© 1961 PEANUTS WORLDWIDE
LLC./DIST. BY ANDREWS MCMEEL
SYNDICATION
Atenção
145
4 Apresentamos, a seguir, alguns verbos com mais de uma regência. Escreva
frases de exemplo para cada uma delas e indique entre parênteses os dife-
rentes sentidos que os verbos podem ter em cada caso.
a) Reparar (algo). / Reparar em (algo).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d) Contar a (alguém). / Contar com (alguém).
146
Dica gramatical
RON DAHLQUIST/ISTOCK
PHOTOS/GETTY IMAGES
Leia esta frase:
bater verbo 1. dar pancada em alguém ou alguma coisa. 2. andar por um lugar para
observar ou procurar. 3. fazer alguma coisa emitir som. 4. soar. 5. tirar (foto). 6. superar,
vencer. 7. palpitar, pulsar. 8. Furtar. 9. ir de encontro a, chocar-se com. 10. agitar.
147
A ortografia em destaque
1 Complete com sílabas as lacunas das palavras abaixo e forme palavras. As sí-
labas devem começar com i ou e.
a) trevista e) provisar i) plicante
b) divíduo f) talado j) tusiasmo
c) barque g) baraçar k) devido
d) surdecer h) quieto l) centivar
de estudante de escola
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) está para mão como está para braço.
IOSHRMONAO
OHÊOMGNOE
FLTEAROILIHATS
AÇHOTLIAR
OLOREIPTH
LRIANIATHE
ILORNOTAHZ
AUMHEILDD
MONTOHCEICEN
NESMPEDHOE
ESATMUNTHE
IQSTUNENOH
148
Atividades de reforço
LEO TEIXEIRA
sem alterar a ideia expressa por eles.
Estava frio,
Levará um tombo,
Voltarei a perguntar-lhe,
149
d) O atleta jogou que os outros.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d) A menina entrou calmamente, mas não falou com nin-
guém. (modo) ( )
e) Todos os convidados devem chegar amanhã. (tempo) ( )
f) Dirigiu o carro prudentemente. (intensidade) ( )
g) Nunca falei assim com você. (afirmação) ( )
h) Ela estava muito feliz. (modo) ( )
i) Deram-me o recado hoje. (tempo) ( )
j) Disseram que a prova será bem difícil. (intensidade) ( )
150
e) Escrever essa redação.
LEO TEIXEIRA
Por que as serras ao longe são azuis?
Se você estiver no campo, olhe bem para as serrass
ao longe. Se você morar na cidade, olhe para as casas
mais distantes. Elas parecem um pouco azuis. No entan--
to, você sabe que nem as serras nem as casas são azuis!
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
á
O ar que existe na frente das serras e das casas é que dá
esse tom azulado, porque ele fica azul quando iluminado o
pela luz do Sol.
Pierre Averous & Marie-Marthe Collin. De olho no céu e na Terra.
São Paulo: Scipione, 1992. p. 26. (Fragmento).
agmento).
151
ULO
ÍT
CA P Crase
10
Rosto com dois perfis
Renuncio às palavras
e às explicações.
Ando pelos contornos,
onde todos os significados
são sutis, são mortais.
ROGÉRIO BORGES
desprendimento,
liberdade.
— mas não desiste jamais.
Fulguração: brilho
intenso
Lya Luft. Para não dizer adeus. Rio de janeiro: Record, 2005. p. 37.
152
Crase
Você já aprendeu que crase é o nome que se dá à fusão de duas
vogais iguais. Na língua falada, a todo momento ocorrem crases. Nas
frases abaixo, por exemplo, temos três ocorrências de crase, com as
vogais a, e e o. Leia as frases em voz alta, em ritmo natural, e perceba.
Você deve ter percebido que, quando a última vogal de uma palavra e
a primeira da palavra seguinte são iguais, nós as pronunciamos como se
fossem uma vogal só. Esses casos de crase não são marcados com acento.
Veja a seguir os casos em que a crase é marcada com acento grave.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
t$SBTFEBQSFQPTJËÊPaBSUJHPEFGJOJEPa(s)
Ocorre a crase quando a preposição a se funde com o artigo
definido a(s).
t2VBOEPOÊPVTBSPBDFOUPJOEJDBUJWPEBDSBTF
ROGÉRIO BORGES
153
2. Antes de palavra masculina.
ROGÉRIO BORGES
Devolva o material de desenho a essa professora.
ora.
A quem ele está devendo esse dinheiro?
Observe que, nesses casos, não podemos substituir o a por para a, mas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
apenas por para. Logo, não há crase; trata-se apenas da preposição a.
Atenção
154
Exercícios
1 Complete as lacunas das frases com a ou à.
2 A ocorrência ou não da crase pode alterar o sentido de uma frase. Leia as fra-
ses abaixo e explique a diferença de sentido que há entre elas.
155
3 Complete as frases com as ou às.
t2VBOEPFNQSFHBSPBDFOUPJOEJDBUJWP
EBDSBTF
Veja a seguir os casos em que sempre se usa o acento grave.
1. Na indicação das horas.
%JDBQSÅUJDB
Para resolver muitos outros casos de crase, você pode substituir a pa-
lavra feminina em questão por uma palavra masculina, mesmo que não
seja sinônima, apenas para verificar como fica a construção da frase.
156
Se na substituição for possível usar ao ou aos, é porque ocorre a crasee
no caso da palavra feminina e o acento grave deve ser usado. Mas, see
for possível usar apenas o artigo o ou os, é porque não ocorre crase e o
acento não deve ser usado.
Veja estes exemplos:
ROGÉRIO BORGES
ocorre crase
Exercícios
Complete as lacunas com a, à, as, às.
m) João foi Bahia para fazer uma visita primas que moram lá.
157
t$SBTFEBQSFQPTJËÊPaQSPOPNFT
EFNPOTUSBUJWPT
Ocorre também crase quando a preposição a se junta aos pronomes
demonstrativos aquilo, aquele, aquela, aqueles, aquelas. Observe:
a + aquele a + aquela
a + aquilo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
preposição demonstrativo
ROGÉRIO BORGES
a + aquele = àquele
elee
a + aqueles = àqueles
ueles
a + aquela = àquela
ela
a + aquelas = àquelas
uelas
a + aquilo = àquilo
lo
o
Exercícios
1 Complete as lacunas com àquele, aquele, àquela, aquela, àqueles, aqueles,
àquelas, aquelas, àquilo, aquilo.
a) Fiquei emocionada quando vi obra de arte.
b) Não acreditava que estava assistindo cena.
c) Concederam o prêmio atleta.
d) Mandou entregar flores senhora.
e) Referia-se com muita naturalidade.
f) O pai não compreendeu que o filho dizia.
g) Comunicaram senhores que a decisão havia sido
tomada.
h) Vocês não compraram flores?
158
2 Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas de cada texto.
a) A – à – à – à c) À – à – à – a
b) À – a – a – à d) A – à – a – a
t"UFOËÊPQBSBFTUFTDBTPT
Fique atento, ainda, aos casos particulares de uso (ou não) do acento
grave apresentados a seguir.
1. Antes de nomes próprios femininos, o emprego do acento grave é
facultativo.
2. Não ocorre crase antes da palavra terra quando ela significa “terra
ra
firme”, em oposição a mar.
3. Não ocorre crase antes da palavra casa quando ela faz referência
ia
ao próprio lar.
159
4. Pode ocorrer crase antes de palavra masculina quando uma pala-
vra feminina estiver subentendida antes dela.
Exercícios
1 Complete as lacunas com a, à, as, às.
a) O professor ensinou o melhor método de estudo alunas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) Obedeça voz da sua consciência!
c) Aquele comerciante só visava lucro.
d) Quem ensinará coreografia crianças?
e) Não perguntaram mim se concordei com o argumento.
f) Eu não disse nada ninguém!
g) Estava totalmente vontade na casa deles!
h) Não tenho o hábito de escrever lápis!
i) A mãe teve de fazer tudo pressas!
j) Comi um arroz grega delicioso!
2 Complete as lacunas com à ou a.
ROGÉRIO BORGES
a) Excesso de açúcar é prejudicial saúde.
b) Não compete mim julgar as pessoas.
c) A menina disse adeus esperança!
d) Aconselho-te fazer o bem!
e) Parece que vieram muitas pessoas ta.
festa.
f) Consolava-o aria.
ideia de que tudo melhoraria.
160
Dica gramatical
ROGÉRIO BORGES
Leia o texto a seguir e responda às questões.
Com a corda toda
Quem está animadíssimo para fazer alguma coisa, diz-se que ue
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) Ele gastou mais do que podia e ago- 2. Não cumprir uma promessa
ra está com a corda no pescoço, não ou um combinado.
sabe como pagar as dívidas. ( )
161
2 No texto, foi usado o substantivo berço. Ele foi empregado no sentido pró-
prio ou figurado? Justifique sua resposta.
3 Para explicar a origem da expressão “com a corda toda”, o autor disse que
ela tinha a ver com o “mundo infantil”. Leia o verbete abaixo e diga em que
sentido o substantivo mundo foi usado no texto.
mundo subst. masc. 1. conjunto dos astros, universo. 2. grande quantidade. 3. certa área
do conhecimento ou atividade. 4. tudo aquilo que faz parte da vida de um determinado
grupo de pessoas. 5. o globo terrestre, a Terra.
tAgora indique o sentido da palavra mundo em cada uma das frase a seguir.
a) O mundo da moda ficou surpreso com o desfile daquele estilista. ( )
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) No mundo juvenil, os jogos eletrônicos são uma grande fascinação. ( )
c) Em suas apresentações pelo mundo, esses artistas ganharam muitos
aplausos. ( )
d) Os cientistas discutem as teorias sobre as origens do mundo. ( )
e) Havia um mundo de gente no dia da inauguração da loja. ( )
f) O mundo do esporte ficou empolgado com a aproximação dos jogos
olímpicos. ( )
g) Esse homem ganhou um mundo de dinheiro com suas invenções. ( )
A ortografia em destaque
162
2 Nas frases abaixo, substitua as expressões destacadas por um advérbio de
modo terminado em -mente. Veja o exemplo:
LAVROFAVE
MEUOTÓVLA
LVSECESÍA
VÁORLMIDFE
EVCONSVRLÍE
MLCEDIAIN
MTABILENA
CRANIOAL
FRERÍEPEVL
NÁEITELVIV
AIUNVRESL
LEFNEANMO
163
Atividades de reforço
ROGÉRIO BORGES
g) Depois do susto o pouso do avião, chegar
casa de meus pais foi um alívio.
h) Refiro-me todos que foram encenação de
ontem.
i) Dirigiu-se pessoas que demonstraram interesse
comprar o produto.
j) Naquele momento, teve certeza que estava apai-
xonada ele.
164
g) Esse ator além de muito famoso é simpático e gentil com
todos.
h) Preciso comprar o remédio ou melhor os remédios!
165
5 Reescreva as frases, transformando-as conforme o exemplo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c) Para não complicar o quadro clínico do paciente, o médi-
co acrescentou um remédio.
e) Para não afligir os fãs, o cantor postou uma foto nas re-
des sociais.
LEO TEIXEIRA
166
ULO
ÍT
CA P
Concordância nominal
11 e concordância
verbal verbal
Para que ninguém a quisesse
Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, man- VICENTE MENDONÇA
dou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar.
Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a
exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de sal-
tos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou
todas as joias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril
se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os
longos cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas
vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1 O que o marido acabou fazendo com a mulher para que ela não chamasse a
atenção de outros homens?
4 Você acha que esse conto trata de uma situação ainda bastante comum hoje
em dia entre homens e mulheres?
5 Você conhece outras situações em que ocorrem violências contra a mulher por
parte do namorado ou companheiro?
167
Concordância nominal
Observe a oração a seguir.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Além dos adjetivos e artigos, os pronomes e os numerais também
concordam com o substantivo a que se referem. Veja o exemplo:
t"EKFUJWPRVFTFSFGFSFBTVCTUBOUJWPTEF
EF
HÍOFSPTEJGFSFOUFT
Quando se refere a substantivos de gêneros diferentes, o adjetivo vvai
aii
para o masculino plural.
168
t"EKFUJWPDPNPQSFEJDBUJWPEPPCKFUP
Nesse caso, o adjetivo concorda normalmente com o substantivo a
que se refere. Mas atenção para os casos em que o adjetivo vem antes
do substantivo.
substantivo adjetivo
(predicativo do objeto portas)
adjetivo substantivo
t"EKFUJWPDPNWBMPSEFBEWÌSCJP
É muito comum o uso do adjetivo com valor de advérbio de modo.
Nesse caso, o adjetivo fica sempre no masculino singular. Observe:
t0VUSPTDBTPTEFDPODPSEÆODJB
"QBMBWSBNFJP
Quando usada como adjetivo, essa palavra concorda normalmente
com o substantivo a que se refere, significando “metade de”. VICENTE MENDONÇA
169
A palavra emprestado
Essa palavra é adjetivo e significa “por empréstimo”, concordando
sempre com o substantivo a que se refere.
VICENTE MENDONÇA
adjetivo feminino singular substantivo feminino singular
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quando usadas como advérbios, essas palavras são invariáveis, fi-
cando sempre no masculino singular.
170
Exercícios
1 Algumas frases abaixo apresentam erro de concordância nominal. Assinale-as
e faça as devidas correções. Justifique oralmente suas correções.
d) Já está liberado para todos os alunos a entrada por esse novo portão. ( )
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
171
"EKFUJWPTRVFJOEJDBNDPS
tQuando o adjetivo composto é formado por dois adjetivos, só o
segundo elemento varia no plural. Observe:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tQuando o adjetivo é formado pela expressão “cor de” + substanti-
vo, não varia no plural.
VICENTE MENDONÇA
Exercícios
1 Passe os adjetivos para o plural, conforme o exemplo.
Concordância verbal
VICENTE MENDONÇA
Damos o nome de concordância verbal à concordância
ância em número
e pessoa do verbo com o seu sujeito.
173
t$BTPTFTQFDJBJT
4VKFJUPDPNQPTUPGPSNBEPQPSQSPOPNFT
sujeito composto
sujeito composto
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Você e ele vão fazer parte do meu grupo. Atenção
Nesse caso,
verbo: 3a pessoa do plural
o pronome de
6NEPTRVF tratamento
você funciona
Com a expressão um dos que (uma das que), usa-se o verbo no plural. como pronome
pessoal.
Esse escritor é um dos que ganharam esse prêmio.
Essa cantora é uma das que participarão do espetáculo.
2VBMEF RVBJTEF
Reproduç
Com a expressão qual de, temos a ideia de singular; logo, usamos
amos o
a
verbo na 3 pessoa do singular. Mas a expressão quais de expressaa ideia
de plural, por isso, leva o verbo para a 3a pessoa do plural.
6NEF VNBEF
DBEBVN DBEBVNB
Com expressões desse tipo, usa-se o verbo sempre na 3a pessoa
soa do
singular.
174
"NBJPSJBEFBNBJPSQBSUFEFHSBOEFQBSUFEFNFUBEF
EFHSBOEFOÛNFSPEF
Com expressões desse tipo, podemos ter duas formas de concordância:
a) usamos o verbo na 3a pessoa do singular, caso queiramos destacar
a noção do conjunto.
/FNVNOFNPVUSP
OFNVNBOFNPVUSB
Nesse caso, usa-se o verbo preferencialmente na 3a pessoa do plural,
mas o singular também é aceitável.
6NPVPVUSP
VNBPVPVUSB
Como há ideia de exclusão, usamos o verbo na 3a pessoa do
singular.
VICENTE MENDONÇA
4VKFJUPDPMFUJWP
Quando o sujeito é coletivo, o verbo é usado na 3a pessoa
soa do
singular.
175
1SPOPNFquem
Quando esse pronome exerce a função de sujeito, o verbo pode ser
usado na 3a pessoa do singular ou pode concordar com o pronome pes-
soal que é sujeito da oração anterior, em frases deste tipo.
3a pessoa do singular
1a pessoa do singular
1SPOPNFque
Quando antes do verbo vier o pronome relativo que, a concordância
cordância
deve ser feita com o sujeito do verbo ser, em frases deste tipo:
VICENTE MENDONÇA
DONÇA
Fomos nós que o salvamos.
1SPOPNFTEFUSBUBNFOUP
Com os pronomes de tratamento, como Vossa Senhoria, Vossa
Excelência, Vossa Majestade, etc., usamos o verbo na 3ª pessoa do sin-
gular, embora eles se refiram à 2ª pessoa do discurso (vós).
176
Exercícios
1 Complete cada oração com o verbo indicado entre parênteses, flexionando-os
no pretérito perfeito do indicativo.
177
t$PODPSEÆODJBEFDFSUPTWFSCPT
VICENTE MENDONÇA
4FS
1. O verbo ser concorda com o predicativo:
a) quando o sujeito é um dos pronomes isto, isso, aquilo, tudo.
o.
sujeito
sujeito
b) quando o sujeito é um substantivo comum singular e o predicativo
icativo
um substantivo plural.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A sua roupa eram trapos.
sujeito
178
)BWFS
É usado apenas na 3a pessoa do singular:
a) quando empregado no sentido de existir.
VICENTE MENDONÇA
Havia muitas pessoas na sala.
Houve alguns problemas com essa máquina.
Atenção
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
&YJTUJS
Concorda sempre com o sujeito a que se refere.
Atenção
3a pessoa do plural
179
'B[FS
Quando indica tempo ou quando se refere a fenômenos atmosféri-
mosféri-
a
cos, deve ser usado sempre na 3 pessoa do singular.
Atenção
VICENTE MENDONÇA
também deverá ser usado na 3a pessoa do singular.
locução verbal
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3a pessoa do singular
Exercícios
1 Complete as lacunas das frases, usando o verbo ser no presente do indicativo.
2 Complete cada frase com uma das palavras indicadas entre parênteses.
180
Dica gramatical
Beija-flor, beija-flores
Quando uma palavra composta é formada de verbo + substantivo ou
lural.
adjetivo, apenas o segundo elemento varia no plural.
beija-flor ores
beija-flores
lava-louça lava-louças
guarda-roupa as
guarda-roupas
guarda-noturno guardas-noturnos
guarda-florestal guardas-florestais
181
No texto, o verbo correr tem o sentido usual de mover-se com rapidez de
um lugar para outro. Mas esse verbo pode ter outros sentidos e sinônimos.
Veja o verbete.
2 “O prazer por recreações ativas pode ser o pontapé inicial para uma vida
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
adulta saudável e distante do sedentarismo.”
No primeiro período do texto, foi usado o verbo perder, que também tem
vários significados e sinônimos. Veja:
perder verbo 1. ficar sem alguma coisa que se possuía. 2. ficar sem alguém por morte.
3. emagrecer certa quantidade de peso. 4. deixar de ver ou assistir. 5. desperdiçar, jogar
fora. 6. gastar, despender. 7. desgraçar, tornar infeliz. 8. sofrer prejuízo. 9. extraviar-se,
não seguir o caminho certo. 10. ser derrotado, não conseguir vencer.
182
3 Indique o sentido do verbo perder nas frases abaixo.
a) Perdi duas horas no trânsito engarrafado. ( )
b) Ele perdeu os pais quando era pequeno. ( )
c) Ele quis fazer esse negócio e, no fim, saiu perdendo. ( )
d) Nosso time perdeu a partida. ( )
e) Perdi meu documento de identidade. ( )
f) Ela perdeu vários quilos com essa dieta. ( )
g) Dois jovens perderam-se nessa floresta e só foram encontrados dias
depois. ( )
h) Ele está perdendo os melhores anos de sua vida. ( )
i) Cheguei atrasado e perdi metade do filme. ( )
j) O vício da bebida está perdendo esse homem. ( )
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) perder a cabeça.
c) perder de vista.
d) perder o respeito.
183
A ortografia em destaque
2 Escreva a sílaba tônica que está faltando nas palavras abaixo. Em algumas
delas, essa sílaba deve ser acentuada.
tbene cio tveteri rio tinde te
tinflu cia tpo tico tpolu do
ta nimo tprecon to tinstan neo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tfarma tico tdoen o tteimo a
ONROSMTUOS
VIUSTINRTO
RIÃSPOIAÇN
RORANTSRTAP
ÇCRÃNOSTUO
BARNDRSOATR
NTINRSUOETM
RTRAIANSPR
TIRNOTURS
TENAINTS
IVSTNITION
OÇICANOSPRÃ
184
ULO
ÍT
CA P
Concordância nominal
Atividades de reforço
11 e verbal
VICENTE MENDONÇA
ONÇA
2 As frases abaixo apresentam duplo sentido. Leia-as com
atenção e depois reescreva-as de modo a deixar claro um
dos sentidos que elas admitem.
185
3 No texto abaixo, foram tiradas todas as vírgulas. Leia-o com
atenção e coloque as vírgulas necessárias.
VICENTE MENDONÇA
o caráter lúdico do esporte é um meio de motivação e mais
uma razão para buscar o aprimoramento e o desenvol-
vimento contínuos. Tem sucesso quem se dedica
assim como em qualquer atividade ou profissão.
Porém todo bom atleta deve saber que não é
possível ganhar sempre. Afinal até os grandes
campeões têm seus dias ruins e isso faz parte do
jogo. Além disso a vitória só tem valor se estiver
baseada na ética no respeito aos adversários e às
regras. Isso envolve tanto os profissionais como os
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que praticam esporte por lazer. Ser campeão não tem
um gostinho bom caso se tenha machucado o adversá-
rio, por exemplo.
Denise Pellegrini. Esporte, caminho de superação. São Paulo:
Moderna, 2013. p. 21. (Fragmento).
186
ULO
ÍT
CA P
Discurso direto e
12 discurso indireto
Sonhos
Gregório telefona a Berta.
— Berta, você está bem?
— Sim, Gregório, por quê?
— Tive um sonho horrível esta noite. Sonhei que você
se afogava num mar revolto. Eu era o salva-vidas na praia.
— E você me salvou, Gregório?
— Claro, Berta. Quem mais poderia te salvar?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Terceiro dia:
— Berta, você está bem?
— Sim, Gregório. Por quê?
— Tive um sonho horrível esta noite. Sonhei que
você estava possuída pelos demônios. Eu era o
sacerdote que te exorcizava.
— E você me salvou, Gregório?
— Claro, Berta. Quem mais poderia te
salvar?
No quarto dia Berta aceita a proposta de
Gregório. Casam-se. E desde então ela tem
um único sonho: que Gregório está morto,
morto, morto.
Moacyr Scliar. In: Ricardo Ramos. A palavra é amor.
São Paulo: Scipione, 1988. p. 88.
187
1 É possível afirmar que o texto é uma narrativa?
b) Você acha que Berta se apaixonou por Gregório ou foi vencida pelo cansaço?
Texto narrativo
Um texto narrativo é aquele que apresenta um relato de fatos que
se encadeiam e se desenrolam num certo tempo. Numa narrativa, há
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
seres que praticam as ações (personagens) e uma “voz” que narra o
que está acontecendo (narrador).
O narrador pode recontar ao leitor, com suas palavras, o que os per-
sonagens falam ou pode reproduzir diretamente suas falas. Neste últi-
mo caso, temos os diálogos, em que os personagens conversam entre
si, como vimos no texto de abertura deste capítulo. Essas duas formas
de apresentação das falas dos personagens recebem o nome de discur-
so, que pode ser direto ou indireto.
t%JTDVSTPEJSFUPFEJTDVSTPJOEJSFUP
No discurso direto, o narrador reproduz exatamente as falas das
personagens. Observe:
188
Na passagem do discurso direto para o indireto, eliminamos o tra-
vessão e, quando há, os dois-pontos.
Os dois tipos de discurso são marcados pela presença de verbos
como responder, perguntar, explicar, dizer, afirmar e outros semelhan-
tes. São eles que introduzem as falas dos personagens ou ajudam a dar
sequência a um diálogo.
Observe agora como pode haver mudança de formas verbais na pas-
sagem de um tipo de discurso para o outro.
Exercícios
1 A anedota abaixo foi reproduzida sem os sinais de pontuação, sem a divisão
em parágrafos e sem o devido uso de letras maiúsculas. Reescreva-a restau-
rando a forma adequada do texto.
os dois se conheceram e estão namorando via Internet a conversa é muito ro-
mântica ela tecla meus olhos se parecem com os da Ana Paula Arósio ele surpre-
so pergunta o quê você tem os olhos da Ana Paula Arósio ao que ela retruca não
não eu tenho os meus e ela tem os dela
Sheldon Skywalker. Piadas nerds. São Paulo: V&R Editoras, 2012. p. 13.
189
2 Passe as frases para o discurso direto, atentando para a mudança das formas
verbais e para a introdução dos sinais de pontuação. Veja o exemplo:
ORLANDO PEDROSO
a) A professora perguntou se algum aluno havia trazido o livro.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c) Ela disse ao namorado que precisaria viajar.
e) O guarda, de mau humor, disse que aquela falha não seria perdoada.
g) O diretor, irritado, disse que não admitiria mais aquele tipo de com-
portamento.
190
h) A professora ordenou aos alunos que parassem com aquele barulho.
Siga o exemplo.
A garota disse:
— Eu quero ganhar uma boneca!
A garota disse que queria ganhar uma boneca.
191
e) A repórter pediu ao câmera:
— Não deixe de registrar aquela cena!
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
h) — Maria, você deveria usar um pouco de condicionador após o xampu —
sugeriu o cabeleireiro.
Dica gramatical
ganhar bem (e não “um médico desse”). / Uma aluna dessas merece
uma recompensa (e não “uma aluna dessa”). / Um amigo destes é muito
precioso (e não “um amigo deste”).
192
Aprendendo com o dicionário
levar verbo 1. carregar alguma coisa até o lugar onde ela deve ficar. 2. conduzir acom-
panhando até um certo lugar. 3. carregar consigo. 4. ter consigo, usar. 5. consumir, gastar
tempo. 6. apagar, fazer desaparecer. 7. ganhar, conquistar. 8. ter, conter. 9. dar acesso,
permitir que se chegue a um certo ponto.
193
4 Pesquise no dicionário outros sentidos que o verbo levar pode ter e crie duas
frases como exemplo.
5 Nas frases abaixo, foram destacadas expressões com o verbo levar. Leia-as
com atenção e relacione cada uma delas com seu respectivo sentido.
a) Nosso time levou a melhor sobre (1) Ser derrotado, vencido.
o adversário. ( )
b) Por favor, não leve a mal essa (2) Ter consideração por.
brincadeira. ( )
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
conta o esforço da turma. ( )
A ortografia em destaque
194
2 Transforme as frases usando os substantivos correspondentes aos verbos,
conforme o exemplo.
a) Liberaram a estrada.
b) Salvaram o rapaz.
c) Obtiveram o prêmio.
d) Concederam a licença.
e) Devolveram a encomenda.
f) Calcularam o prejuízo.
h) Invadiram a cidade.
i) Permitiram a entrada.
j) Prenderam o corrupto.
3 Ordene as letras e forme palavras com o dígrafo LH. A letra vermelha é a pe-
núltima de cada palavra.
ETMLAHENES
FOLADAHI
SIELONHRCEO
CLARIVEAHO
BROAULREHIA
LTPILRAMAHO
DRESHAQUILA
ORTIADLCOH
CHOSBRANAEL
ZENADCHRUILA
HETELMARA
PONHTASELA
195
Atividades de reforço
ORLANDO PEDROSO
Comece com:
Você não passará nesse teste, se não estudar mais.
a) Ele sabia que as coisas iam mal, mas não esperava que a
situação chegasse a esse ponto.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Comece com: Ele não esperava que a situação chegasse
a esse ponto,
196
2 Complete a lacuna de cada frase com uma das formas indi-
cadas entre parênteses.
ORLANDO PEDROSO
e) Essa loja vende há muito tempo.
(guardas-roupas / guarda-roupas)
197
d) Quem será responsável essa pesquisa?
ORLANDO PEDROSO
tConsiderando o emprego das preposições, indique quais
as frases que representam exemplos de regência verbal
e quais representam exemplos de regência nominal.
a) regência verbal:
b) regência nominal:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ele fez um resumo do texto. Ele resumiu o texto.
198
Teste seus conhecimentos II
Apresentamos, a seguir, alguns testes para você fazer uma autoavaliação e ve-
rificar se entendeu bem a matéria estudada até aqui. Depois de assinalar as res-
postas a todas as questões, vá até o gabarito, no rodapé da página 202, e con-
fira quantas você acertou.
1 Assinale o item que preenche corretamente as lacunas da frase a seguir.
3 “O rapaz hesitou, mas acabou comprando o livro que todos estavam comen-
tando.” Esse é um período:
a) composto por coordenação, com três orações.
b) composto por subordinação, com duas orações.
c) composto por subordinação e coordenação, com três orações.
d) composto por coordenação e subordinação, com duas orações.
6 “Insistindo nesse projeto, ele acabará tendo prejuízo.” Nesse período há uma
oração reduzida de gerúndio, que pode ser desdobrada em uma oração su-
bordinada adverbial:
a) conformativa. c) temporal.
b) condicional. d) causal.
199
7 Todas as orações abaixo estão na voz passiva, menos uma. Qual?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
9 Assinale o item que indica corretamente as preposições que completam as
lacunas das frases abaixo.
I – Esse é o homem quem devo pagar essa conta.
II – A proposta que ele se refere não foi aceita na reunião.
III – A anedota que me lembrei é muito engraçada.
a) I – de; II – a; III – a. c) I – a; II – de; III – em.
b) I – em; II – em; III – de. d) I – a; II – a; III – de.
11 Assinale o item que indica corretamente como devem ser preenchidas as la-
cunas das frases a seguir.
I – Ele foi viajar duas semanas.
II – Pouca gente compareceu reunião.
III – Os portões do estádio estarão abertos partir das 10 horas.
a) I – há; II - a; III – à. c) I – há; II – à; III – a.
b) I – a; II – à; III – a. d) I – a; II – a; III – à.
200
12 Leia.
MINDUIM CHARLES M. SCHULZ
© 1967 PEANUTS WORLDWIDE
LLC./DIST. BY ANDREWS MCMEEL
SYNDICATION
002-f-GF9-C12-M-
NOVA: tira Minduim.
Charles M. Schulz. O
Estado de S. Paulo, 19
ago. 2014.
13 Assinale o item que indica corretamente a função sintática dos pronomes re-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
201
16 “Lembro-me de que ele vinha frequentemente à nossa fazenda.” A oração
destacada é subordinada substantiva:
a) predicativa.
b) objetiva indireta.
c) objetiva direta.
d) subjetiva.
a) tempo.
b) finalidade.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c) condição.
d) consequência.
b) há – à – às – a d) a – à – às – a
indeterminação do sujeito); 16. b; 17. a; 18. c (o correto é deve haver); 19. d; 20. d.
1. c; 2. a; 3. c; 4. d; 5. c; 6. b; 7. c; 8. c; 9. d; 10. a (proibida), c (fechadas); 11. c; 12. a; 13. b; 14. c (pronome reflexivo); 15. d (índice de
202
ULO
ÍT
Origem e formação da
CA P
13 língua portuguesa
Na mitologia greco-romana,
Vulcano é o deus do fogo.
203
Um pouco da história da nossa
língua
ITÁLIA
550 km
Roma
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
espaço mundial. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2010.
204
Durante os séculos XV e XVI, os navegantes portugueses conquis-
taram várias regiões, fundaram colônias e ampliaram os domínios do
reino de Portugal. Nesse processo de expansão, levaram com eles a
língua portuguesa, que passou a ser falada em diversos lugares, como
algumas regiões da África e da Ásia e, principalmente, no Brasil, que
hoje constitui a maior comunidade de língua portuguesa do mundo.
Atualmente, além de Portugal e do Brasil, seis países têm o por-
tuguês como língua oficial: Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique,
Angola, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PORTUGAL
CABO VERDE
GUINÉ-BISSAU
BRASIL
TIMOR-LESTE
SÃO TOMÉ
E PRÍNCIPE MOÇAMBIQUE
ANGOLA
3.030 km
A formação do vocabulário
português
A maior parte do vocabulário português é de origem latina. Entre-
tanto, ao longo do tempo, o contato entre os povos fez com que muitas
palavras de outras línguas fossem incorporadas ao português.
Vejamos alguns exemplos dessas contribuições estrangeiras ocorri-
das tanto nos tempos antigos como nos modernos:
a) gregas: anjo, apóstolo, bíblia, idolatria, igreja, mosteiro, além de
vários nomes próprios, como Alexandre, André, Filipe.
b) hebraicas: aleluia, amém, bálsamo, sábado, além de nomes pró-
prios como Ester, Ismael, João, Marta, Raquel.
c) árabes: açougue, algarismo, álgebra, algodão, almofada, laranja,
limão.
205
d) francesas: chaminé, chapéu, chefe, dama, elite, emoção, revanche.
e) inglesas: bar, bife, clube, esporte, futebol, pudim, repórter, sanduí-
che, túnel.
f) italianas: balcão, bandolim, cantina, capricho, cenário, maestro,
ópera, serenata, violino.
g) espanholas: amistoso, castanhola, cavalheiro, mantilha, neblina,
ninharia, pandeiro, rebelde.
t O português do Brasil
Os índios e os africanos contribuíram para o enriquecimento do vo-
cabulário português usado no Brasil.
A presença de palavras da língua tupi deu-se principalmente:
a) em nomes de animais, como araponga, arara, capivara, cutia, gam-
bá, jacaré, jararaca, jiboia, lambari, paca, piranha, sabiá, saúva, tatu,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
urubu.
b) em nomes de lugares, como Catumbi, Guanabara, Itatiaia, Itatiba,
Jundiaí, Maracanã, Niterói, Paraíba, Ubatuba.
c) em nomes de pessoas, como Abaeté, Araci, Guaraciaba, Jaci, Jure-
ma, Moema, Ubirajara.
d) em nomes de frutas, árvores e vegetação em geral, como aba-
caxi, capim, carnaúba, cipó, ipê, jequitibá, mandioca, peroba,
pitanga, taquara.
A presença contínua do escravo africano na vida brasileira por vários
séculos fez com que muitas palavras africanas fossem incorporadas ao
vocabulário da nossa língua, como acarajé, berimbau, caçula, cachimbo,
cafuné, moleque, quitanda, quitute, samba, vatapá.
Observe que a tira abaixo usa algumas palavras da língua tupi: caraí-
ba = homem branco; jaci = lua; m’boi = cobra.
206
O português de Portugal
Você entendeu que, com o passar do tempo, o vocabulário da língua
portuguesa falada no Brasil foi se enriquecendo com a contribuição de
várias outras línguas, e que muitas palavras usadas aqui não são co-
muns em Portugal. Mas o mesmo aconteceu lá: muitas palavras e ex-
pressões portuguesas são incompreensíveis para nós, brasileiros, e isso
pode gerar alguns problemas de comunicação.
Veja, por exemplo, o fragmento de texto a seguir, extraído do livro
Uma viagem a Portugal, de José Santos e Mauricio de Sousa. A obra é
composta de cenas vividas pela Turma da Mônica em Portugal e nos per-
mite conhecer muitas coisas típicas da língua portuguesa falada por lá.
No Centro Comercial
Será que todos os Centros Comerciais são iguais? Nimbus e
REPRODUÇÃO
Cascuda olhavam brinquedos nas montras e eram muitos: bone-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
José Santos e Mauricio de Sousa. Uma viagem a Portugal. São Paulo: Mauricio de Sousa
Editora / Leya, 2013. p. 65. (Fragmento).
207
As línguas modificam-se com
o tempo
Ao longo do tempo, as línguas sofrem transformações. Palavras
caem em desuso, enquanto outras são criadas para suprir novas neces-
sidades de expressão. As línguas estão passando sempre por um pro-
cesso dinâmico e emprestam e tomam de empréstimo muitas palavras Veja Dica gramatical,
umas das outras. página 210.
Palavras recém-criadas numa língua recebem o nome de neologis-
mos, termo formado por dois elementos que vêm do grego: neo (novo)
+ logos (palavra). A chegada da internet, por exemplo, provocou o sur-
gimento de muitos deles, como digitalizar, digitar, deletar, escanear,
internauta. Se você consultar um dicionário antigo, não vai encontrar
essas palavras.
Também podemos considerar neologismos as palavras que já exis-
tiam mas que receberam novo significado há pouco tempo, como celu-
lar, navegar (na internet), teclar.
Palavras ou expressões antigas que não são mais usadas pela maioria
das pessoas recebem o nome de arcaísmos, termo pertencente à famí- mí-
lia do adjetivo arcaico, que significa “velho, desusado”.
Usando apenas arcaísmos, o escritor mineiro Carlos Drummond de
Andrade (1902-1987) escreveu uma crônica bem-humorada chamada da
“Antigamente”. Leia um trecho:
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram m
todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completa- a-
vam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo do
LEO TEIXEIRA
a-
rapagões, faziam-lhes pé de alferes, arrastando a asa, mas fica-
vam longos meses debaixo do balaio. E, se levavam tábua, o re- e-
a.
médio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia.
Carlos Drummond de Andrade. Antigamente. In: Seleta em prosa e verso.
so.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1971. p. 3. (Fragmento).
o).
208
Exercícios
1 Agora, leia o fragmento da crônica "Regras para uso dos que frequentam bonds",
de Machado de Assis, publicada em 1883.
Art. I – DOS ENCATARRHOADOS. Os encatarrhoados podem entrar nos
bonds com a condição de não tossirem mais de trez vezes de uma hora e, no caso
de pigarro, quatro. Quando a tosse for tão teimosa que não permita esta limita-
ção, os encatarrhoados têem dous alvitres: ou irem a pé, que é bom exercício, ou
metterem-se na cama [...]
209
LEO TEIXEIRA
Dica gramatical
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Leia a tirinha a seguir.
ARMANDINHO ALEXANDRE BECK
BECK ILUSTRAS
Em português, há muitas expressões com a palavra língua. Na tira, ela foi usa-
da no sentido de “conjunto dos elementos que constituem a linguagem falada ou
escrita de uma coletividade” (língua brasileira de sinais) e no sentido de “idio-
ma” (língua portuguesa).
ignorar verbo. 1. não ter conhecimento de, desconhecer. 2. não levar em conta,
desconsiderar. 3. não saber por falta de experiência ou prática. 4. Tratar com indiferença,
desprezar.
210
b) Agora anote o sentido em que o verbo ignorar foi empregado nas frases
a seguir.
2 Leia as frases abaixo e relacione cada expressão com seu respectivo signi-
ficado.
b) Não confio nessa pessoa, ela 2. Pessoa que tem costume de fazer
tem a língua comprida. ( ) fofoca ou falar mal dos outros.
211
A ortografia em destaque
LEO TEIXEIRA
Alguns passaros, rapidissimos no voo, sabem pairar e
recuar voando: são os beija-flores. Eles sugam o nectar
das flores, sem pousar. Algumas borboletas tambem pairam m
voando, sem pousar. E ate voam para tras.
Charles-Henry Vermont & Claire Cormier. Animais não domesticados. São Paulo: Scipione,
Scipione 1991.
1991 p.
p 52.
52
tJustifique oralmente os acentos colocados. Se necessário, consulte o
quadro geral das regras de acentuação, no final deste volume.
3 Ordene as letras e forme palavras com hiatos.
JNVTAEIA
HARIOASDEP
MÍSOGEO
CAPOROER
COPORNADOEDR
MEROPOCNESÃ
OCÉPTIO
NASPTIAI
LONIVOI
ROEFIDA
BALIOTIBEC
AREIADLED
SASATAPE
212
Atividades de reforço
LEO TEIXEIRA
c) Chegou a carta que meu tio escreveu.
213
h) O advogado reiterou o pedido que o juiz não aceitou.
214
3 Responda as perguntas, utilizando a palavra entre parênte-
ses conforme o exemplo.
LEO TEIXEIRA
215
i) A que seu pai se dedica? (Medicina)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) Essa diferença provoca mudanças de sentido entre as
frases? Justifique sua resposta.
216
ULO
ÍT
CA P Crase
Estrutura das palavras
10
14
Trote é para cavalo
[...]
rrido na cidade de
Na última semana, mais um trote violento — ocorrido
eimaduras em sete
Barretos (interior de São Paulo) — que provocou queimaduras
áginas dos jornais.
calouros, voltou a ganhar os noticiários da TV e as páginas
o antiquado e ina-
Afinal de contas, por que é necessário esse rito
dequado de entrada no ensino superior? Depois de tanto esforço
menda concorrên-
com estudos, cursinho, provas inacabáveis e tremenda
or essa difícil fase
cia, não terão nossos calouros pago o suficiente por
da vida? Por que resta ainda essa conta salgada comom os veteranos?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ROGÉRIO BORGES
foros, tudo isso para ter acesso ao “clubinho” de quem já entrou na
faculdade. Não existe uma maneira mais inteligentente e solidária de
comemorar tudo isso?
Há sempre algum veterano (em geral movido peloelo excesso de be-
to, mais agressivo
bida) que “perde a mão” e acaba sendo mais violento,
te desnecessários.
e acaba expondo os calouros a riscos absolutamente
A própria palavra trote já traz uma conotação negativa (“zomba-
gundo o dicioná-
rias impostas aos calouros, troça, indiscrição”, segundo
xistir? Muitas ins-
rio Aurélio). Por que e para que, então, ele deve existir?
olentos, mas, em
tituições proibiram nos últimos anos os trotes violentos,
muitos lugares, eles continuam a ocorrer, até fora das faculdades.
Não há como dar certo uma fórmula que impõe e humilhação e
ameaça de violência a grupos de jovens, feitas porr outros gru-
pos de jovens. E não venham com a história de que, porque
ros devem
os veteranos já passaram por isso, todos os calouros
passar também. Tremenda bobagem! Está na hora ra de vi-
rar esse jogo e festejar o ingresso na faculdade valori-
zando os calouros.
Jairo Bouer. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/
m.br/
fsp/folhatee/fm0103201012.htm>. Publicado em: 10 mar. 2010.
010.
Acesso em: 11 jul. 2017. (Fragmento).
nto).
217
1 Muita gente defende os trotes dizendo que se trata de uma tradição. Você acha
que isso justifica a humilhação e a violência de que são vítimas muitos calouros
pelo Brasil?
2 Na sua opinião, que tipo de recepção os veteranos deveriam oferecer aos ca-
louros?
3 No caso de trotes violentos ou humilhantes, qual deveria ser o papel das insti-
tuições de ensino, uma vez que muitos trotes ocorrem no campus universitário?
O que elas deveriam fazer para tentar resolver o problema?
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Estrutura das palavras
t Radical
Considere este grupo de palavras:
cabelo
cabeleireiro
ROGÉRIO BORGES
descabelado
cabeludo
radical
Veja que nessas palavras há um elemento comum: cabel. É ele que
garante o significado básico de cada uma delas. Todas se referem à ideia
de cabelo. Confira:
218
t Afixos
Observe como podemos formar palavras a partir de um radical:
ver real
Exercícios
1 Com base nos radicais destacados, forme pelo menos mais três palavras.
a) Carro:
b) Roda:
c) Cavalo:
d) Nave:
e) Mar:
219
t Desinências
Observe a estrutura destas palavras:
meninos menin + o + s
desinências nominais
garotas garot + a + s
desinências nominais
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radical vogal temática desinência de tempo desinência de
(pretérito imperfeito) pessoa (1a) e de
tema e de modo (indicativo) número (plural)
desinências verbais
220
t Vogais e consoantes de ligação
Observe a análise da estrutura das palavras chaleira e inseticida:
ROGÉRIO BORGES
radical vogal de sufixo
ligação
Exercícios
1 Complete a análise da estrutura das palavras.
a) compramos
compr + a + mos
radical desinência de
pessoa e número
b) deslealdade
des + leal + dade
radical sufixo
c) calmamente
calm + a + mente
d) amássemos
am + á + sse + mos
221
2 Destaque o elemento que se pede com relação às palavras.
a) deselegantes
t prefixo:
t desinência de número:
b) cavalinho
t radical:
t desinência de grau:
c) chaleira
t consoante de ligação:
t sufixo:
d) estudariam
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t radical:
t vogal temática:
t desinência de tempo e modo:
t desinência de número e pessoa:
b) Qual é o radical do verbo festejar? Forme duas outras palavras com esse
radical.
222
Dica gramatical
Todo / todo o
Todo equivale a “cada”, “qualquer”. Exemplos: Todo aluno deve estar matriculado para poder
seguir esse curso. Toda pessoa deve ter seus direitos respeitados.
Todo o equivale a “inteiro”. Exemplos: Passou todo o dia dormindo (o dia inteiro). Ele brincou
toda a manhã (a manhã inteira).
No plural, usamos o artigo nos dois casos. Exemplos: Todos os alunos devem estar aqui às 10
horas. Ele brinca todas as manhãs nesse parquinho.
b) hospitalar:
c) hospitaleiro:
d) hospitalizar:
e) hospitalidade:
223
A ortografia em destaque
2 Duas das palavras da atividade anterior estão acentuadas pelo mesmo motivo.
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a) Quais são elas?
a) finete e) pendre i) c da
b) todidata f) ac mar j) m feito
c) titude g) f sificar k) s dação
d) tomático h) s doso l) c deirão
tNas palavras acima, em um dos casos podemos completar a lacuna tanto
com al como com au, formando duas palavras com sentidos diferentes.
Qual é esse caso?
S
A N E R M O L
I P B U D C
224
ULO
ÍT
CA P Crase
10 Atividades de reforço
(Construiu-se / Construíram-se)
e) Infelizmente, em propostas menti-
rosas. (acredita-se / acreditam-se)
f) Naquela festa, muitas pessoas
ROGÉRIO BORGES
fantasiadas. (havia / haviam)
g) Por aí, muitos talentos não
revelados. (deve existir / devem existir)
h) Já meio dia e meia? (é / são)
i) do comício mais de mil pessoas.
(Participou / Participaram)
225
g) Tudo diferente se você tivesse obe-
decido a seus pais. (ser)
h) Suponho que ele já em casa! (estar)
i) direitinho o que eu lhe pedi! (fazer)
ROGÉRIO BORGES
e) Essa música é uma das que mais
sucesso no carnaval. (fazer)
f) Alguns de nós virose durante a via-
gem. (contrair)
g) Há anos, meu pai e eu judô. (lutar)
h) Apenas um dos cachorros do canil.
(escapar)
226
ULO
ÍT
Processos de formação
CA P Crase
10
15 de palavras (I)
O açúcar
Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VICENTE MENDONÇA
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
afável: agradável.
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema. regaço: fundo,
Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. p. 227-228. interior.
227
1 Que contrastes aponta o poeta entre a vida de quem vende o açúcar e a vida
de quem o planta e colhe?
2 Leia este trecho da Declaração dos Direitos Humanos, publicada pela ONU,
em 1948:
“Todo homem tem direito ao trabalho, à livre es-
colha do emprego, a condições justas e favoráveis
de trabalho e à proteção contra o desemprego.
Todo homem, sem qualquer distinção, tem direi-
to a igual remuneração por igual trabalho. Todo
homem que trabalha tem direito a uma remune-
VICENTE MENDONÇA
ração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim
como à sua família, uma existência compatível
com a dignidade humana e a que se acrescenta-
rão, se necessário, outros meios de proteção social.”
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nhecimentos da realidade brasileira, comente com seus
colegas essa questão dos direitos humanos em nosso
país.
Processos de formação
de palavras
As palavras podem ser formadas por dois processos principais: deriva-
ção e composição.
Neste capítulo, veremos os vários tipos de derivação de palavras
que ocorrem na língua portuguesa.
Formação de palavras
por derivação
Observe alguns exemplos de palavras que derivam da palavra açúcar:
açúcar
açucarado açucarar açucareiro
228
Dependendo da forma como ocorre, a derivação pode ser prefixal,
sufixal, parassintética, regressiva e imprópria.
re + ler = reler
in + feliz = infeliz
des + fazer = desfazer
i + moral = imoral
prefixos radicais
re repetição refazer
229
Exercícios
1 Destaque o prefixo de cada palavra e dê o seu significado, conforme mostra
o exemplo.
reler: re = repetição
a) desligar:
b) previsão:
c) internacional:
d) semiaberto:
e) invisível:
f) contragolpe:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
g) subchefe:
h) supervaidoso:
230
g) Letra que não se pode ler.
d) bicho rapidíssimo:
e) prédio moderníssimo:
f) homem honestíssimo:
g) água puríssima:
h) fato interessantíssimo:
Só usamos
a) automático:
o hífen se a
b) dizer: palavra começa
pela mesma
c) analfabeto: vogal do prefixo
d) resistente: ou por h. Caso
contrário, o
e) automóvel: hífen não é
f) círculo: necessário. Se a
palavra começa
g) econômico: por r ou s,
dobram-se
h) saia:
essas letras:
i) humano: microrregião,
ultrassom, etc.
j) revolucionário:
231
Derivação sufixal ou sufixação
Ocorre quando a palavra é formada com o acréscimo de um sufixo.
Observe estes exemplos:
VICENTE MENDONÇA
jornal + eiro = jornaleiro
feliz + ardo = felizardo
gat + inho = gatinho
radicais sufixos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
moso, filhote, alagoano.
t Sufixos verbais — formam verbos: finalizar, velejar, dedilhar.
Há ainda o sufixo adverbial -mente, que forma advérbios de modo:
suavemente, tristemente, alegremente.
Exercícios
1 Indique o sentido expresso pelo sufixo de cada palavra de acordo com o código.
(1) ação que se inicia (2) ação que se repete (3) ação com pouca intensidade
232
3 Substitua as expressões por um verbo derivado do adjetivo e formado pelo
sufixo -izar. Veja o exemplo:
a) tornar automático:
b) tornar frágil:
c) tornar consciente:
d) tornar internacional:
e) tornar ágil:
f) tornar estéril:
g) tornar suave:
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h) tornar impermeável:
3
VICENTE MENDONÇA
233
t Derivação parassintética ou parassíntese
Ocorre quando um prefixo e um sufixo se juntam ao mesmo tempopo
a um radical, para formar uma nova palavra.
ue
Consideremos, por exemplo, a formação do verbo entristecer, que
deriva do adjetivo triste:
VICENTE MENDONÇA
prefixo radical sufixo
cer
Note que, com base no radical trist-, formamos o verbo entristecer
mo
com a junção simultânea do prefixo en- e do sufixo -ecer. O acréscimo
de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma palavravra
com sentido completo. Não existem nem “tristecer” nem “entrist”.
Veja outros exemplos:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mudo e + mud + ecer = emudecer
pedaço des + pedaç + ar = despedaçar
duro en + dur + ecer = endurecer
floresta re + florest + ar = reflorestar
Atenção
Não basta que uma palavra tenha prefixo e sufixo para se dizer que
ela foi formada pelo processo de derivação parassintética. Se, com a
ausência do prefixo ou do sufixo, a palavra tem sentido completo, isto é,
existe de forma autônoma, não ocorre um caso de parassíntese.
Observe, por exemplo, a palavra infelicidade. Ela apresenta um prefixo
e um sufixo:
in + felici + dade
234
Exercícios
1 Usando a derivação parassintética, forme verbos a partir das palavras lista-
das abaixo. Veja o exemplo:
calma acalmar
a) noite:
b) sabão:
c) raiz:
d) mole:
e) verde:
f) raiva:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
g) rouco:
h) podre:
i) pelo:
j) pacote:
a) desconectar ( ) f) abraçar ( )
b) amadurecer ( ) g) crueldade ( )
c) ruindade ( ) h) reproduzir ( )
d) contragolpe ( ) i) milharal ( )
e) tristonho ( ) j) desnudar ( )
t Derivação regressiva
VICENTE MENDONÇA
235
t Derivação imprópria
Ocorre quando há mudança de classe gramatical. É o q
que acontece,,
por exemplo, quando:
tum substantivo é usado como adjetivo.
VICENTE MENDONÇA
O filme mostrava um homem-morcego.
o.
ro de 1998.
tum advérbio é usado como substantivo.
Exercícios
1 Usando o processo da derivação regressiva, forme um substantivo de cada
um dos verbos abaixo. Veja o exemplo:
censurar censura
a) saltar:
b) empregar:
c) cortar:
d) falar:
e) fugir:
f) castigar:
g) combater:
h) descontar:
236
2 Indique o processo de formação das palavras destacadas nos períodos a seguir.
237
Dica gramatical
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
loso, enquanto o guepardo já faz um tipo mais magricelo, com um corpo esguio
e pernas mais longas. Outra dica para diferenciá-los é o tamanho da cabeça em
relação ao corpo: o leopardo é bem mais “cabeçudo”.
VLAPAEV/ISTOCK PHOTOS/GETTY IMAGES
ERIC ISSELEE/SHUTTERSTOCK
leopardo guepardo
Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/mundo-animal/qual-a-diferenca-entre-leopardo-e-guepardo/.
(Fragmento). Acesso em: 12 jul. 2017.
Agora, leia este verbete.
cabeça subst. fem. 1. parte do corpo do ser humano e de muitos animais, onde se
encontram os olhos, o cérebro, as orelhas, o nariz e a boca. 2. parte arredondada e
mais larga de alguma coisa. 3. centro da memória, do pensamento e da inteligência.
t subst. masc. chefe, líder.
238
3 Indique o sentido que a palavra cabeça tem nas frases abaixo.
t Com base na leitura desse verbete, por que, na sua opinião, a palavra cabeçudo
foi escrita entre aspas no texto? Ao usar as aspas, o que o autor do texto
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
f) Não seja cabeça oca, não faça isso! ( ) (6) ser desmiolado, irresponsável.
239
A ortografia em destaque
a) sintonia: e) pesquisa:
b) liso: f) canal:
c) moderno: g) higiene:
d) ameno: h) paralisia:
possível possibilidade
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tAgora, faça o mesmo com as palavras a seguir.
a) responsável: e) amável:
b) possível: f) legível:
c) provável: g) durável:
d) invencível: h) sensível:
EMLRINAPIR
TROMPICNEOM
PETRESDINE
SÃERESPOX
PROMECENDRE
XIDAROMPIDE
ALCNERIEFREP
REPODEIRDAP
PODIRRIDEA
PIRENICAPIN
DROSPEAIDREP
T P C EI P R A I R
240
Atividades de reforço
VICENTE MENDONÇA
Depois, classifique a oração coordenada sindética.
ética. Veja o
exemplo.
241
2 Nas frases abaixo, há um erro de concordância nominal ou
verbal. Sublinhe-os e faça as devidas correções.
242
4 Escreva o plural das palavras compostas abaixo.
a) guarda-florestal:
b) beija-flor:
c) couve-flor:
d) porta-bandeira:
e) arranha-céu:
f) obra-prima:
243
ULO
ÍT
CA P
Processos de formação
Concordância nominal
11
16 e verbal
de palavras (II)
Fotografia
ORLANDO PEDROSO
Um homem, uma mulher,
uma criança.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A criança, muito pequena
em seu xale e sua touca,
não parece que sou eu.
244
1 Quem é o “eu” que fala no poema?
3 Você acha que as perguntas que fecham o poema poderiam ser feitas por você
também? Por quê?
ORLANDO PEDROSO
Observe estas palavras compostas:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
fotografia porta-retrato
Quando juntamos duas ou mais palavras para formar uma outrautra com
significado próprio, temos um processo de formação chamado compo-
sição, que pode ser realizado por justaposição ou aglutinação.
a) Justaposição — quando as palavras se juntam e não sofrem alte-
rações na forma. Exemplos:
planalto pernalta
junção de plano + alto junção de perna + alta
vinagre embora
junção de vinho + acre junção de em + boa + hora
245
Outros processos de formação
de palavras
Além da derivação e da composição, que são os principais proces-
sos de formação de palavras na língua portuguesa, há outros menos
frequentes, como o hibridismo, a abreviação vocabular e a onomato-
peia. Vejamos:
a) Hibridismo — consiste na criação de palavras por meio da junção
de radicais originários de línguas diferentes:
ORLANDO PEDROSO
microcomputador micro
metropolitano metrô
Atenção
246
c) Onomatopeia — consiste na criação de palavras que procuram
reproduzir ruídos em geral e sons produzidos pela natureza ou
por animais:
Exercícios
Leia o texto para resolver os exercícios de 1 a 3.
247
1 Escreva C (certo) ou E (errado) nas afirmações abaixo, levando em conta a
análise dos processos de formação das palavras. Depois, faça as devidas cor-
reções oralmente.
a) obra-prima: composição por justaposição ( )
b) belíssimos: derivação por prefixação ( )
c) girassóis: composição por justaposição ( )
d) beleza: derivação por sufixação ( )
e) inspiração: derivação por parassíntese ( )
a) beleza:
b) rica:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c) pobre:
a) vitória-régia ( ) f) desfazer ( )
b) obra-prima ( ) g) pernilongo ( )
c) vilarejo ( ) h) peixe-espada ( )
d) infiel ( ) i) porta-luvas ( )
e) esvaziar ( ) j) aguardente ( )
248
5 Leia a tira a seguir.
O MELHOR DO CALVIN BILL WATTERSON
© 1986 WATTERSON/DIST. BY ANDREWS MCMEEL
SYNDICATION
t3BEJDBJTHSFHPTFMBUJOPT
Os radicais de origem grega e latina estão presentes em grande nú-
mero de palavras da nossa língua. Saber o significado deles aumenta
sua competência como leitor, pois permite a compreensão rápida de
muitas palavras, principalmente no campo científico, onde esses radi-
cais são muito empregados. Observe alguns exemplos:
3BEJDBJTHSFHPT
aero (ar)
ORLANDO PEDROSO
249
agro (campo)
agronomia: agro + nomia (lei, princípio) = conjunto dos princípios que orientam o
cultivo do campo
antropo (homem, ser humano)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
movimento e a posição dos corpos celestes
auto (por si mesmo) Não confundir com auto, redução do substantivo automóvel,
que aparece em palavras como autódromo, autoestrada, etc.
autobiografia: auto + bio (vida) + grafia (escrita) = relato da vida de uma pessoa
escrito por ela mesma
autocrítica: auto + crítica = crítica que alguém faz de si mesmo
autodidata: auto + didata (instrutor) = aquele que se instrui sozinho, sem auxílio
de ninguém
biblio (livro) A palavra bíblia, que hoje designa o conjunto dos livros sagrados do
Velho e do Novo Testamento, vem diretamente do grego biblia. Em sua origem,
essa palavra significava “os livros”.
bibliografia: biblio + grafia (escrita) = conjunto de livros escritos sobre
determinado assunto
biblioteca: biblio + teca (caixa) = local onde se guardam livros para leitura e/ou
consulta
bio (vida)
biografia: bio + grafia (escrita) = relato da vida de alguém
biologia: bio + logia (estudo) = estudo da vida
cosmo (universo)
cosmologia: cosmo + logia (estudo) = estudo do universo
cosmonauta: cosmo + nauta (navegante) = navegante do espaço; astronauta
cracia (poder, domínio, governo)
teocracia: teo (Deus) + cracia = governo exercido pela classe sacerdotal, pelos
religiosos
crono (tempo)
cronologia: crono + logia (estudo) = estudo das divisões do tempo e
estabelecimento de datas de ocorrência dos fatos
250
dromo (corrida)
autódromo: auto (automóvel) + dromo = local onde se realizam corridas de automóveis
hipódromo: hipo (cavalo) + dromo = local onde se realizam corridas de cavalos
hetero (diferente, outro)
heterossexual: hetero + sexual = que sente atração sexual por indivíduos do sexo oposto
homossexual: homo + sexual = que sente atração sexual por indivíduos do mesmo sexo
necrotério: necro + tério (lugar) = lugar onde ficam os cadáveres que vão ser
identificados ou enterrados
odonto (dente)
odontologia: odonto + logia (estudo) = ciência que estuda os dentes
oftalmo (olho)
oftalmologia: oftalmo + logia (estudo) = ciência que estuda os olhos
orto (correto, justo, direito)
ortografia: orto + grafia (escrita) = escrita correta
poli (muito)
poliglota: poli + glota (língua) = que sabe muitas línguas
polígono: poli + gono (ângulo) = que tem muitos ângulos
psico (alma, mente)
quilo (mil)
zoo (animal)
zoologia: zoo + logia (estudo) = estudos dos animais
251
3BEJDBJTMBUJOPT
agri (campo)
agricultura: agri + cultura = cultivo do campo
ambi (ambos, dois)
ambidestro: ambi + destro (hábil) = que tem habilidade ou destreza com as duas
mãos
arbor (árvore)
arborizar: arbor + izar (sufixo verbal) = plantar árvores
bene (bem)
bendizer: ben(e) + dizer = abençoar, louvar
benfeitor: ben(e) + feitor = aquele que faz o bem
cida (que mata)
inseticida: inseti + cida = que mata insetos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
suicida: sui (si mesmo) + cida = que mata a si mesmo
fero (que produz ou contém)
aurífero: auri (ouro) + fero = que produz ouro
mortífero: morti + fero = que produz a morte
oni (tudo, todo)
onipotente: oni + potente = todo-poderoso, que pode tudo
voro (que come)
carnívoro: carni + voro = que come carne
herbívoro: herbi + voro = que come ervas
Exercícios
1 Sabendo que o radical -logia significa “estudo”, relacione as colunas ligando
cada palavra a seu significado.
252
2 Leia a tirinha a seguir.
FRANK & ERNEST BOB THAVES
© 2003 THAVES/DIST. BY ANDREWS MCMEEL
SYNDICATION
3 Complete a cruzadinha.
2
1 4
3
ORLANDO PEDROSO
253
4 Relacione as colunas, ligando cada palavra a seu significado. Todas as pala-
vras apresentam o radical poli, que significa “vários, muitos”.
Dica gramatical
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Separação silábica
Atenção para estes casos:
1. Advogado ad-vo-ga-do.
Nas palavras para esse tipo de encontro consonantal, a primeira consoante fica ligada à vogal
que vem antes dela; a outra consoante se liga à vogal que vem depois dela. Exemplos:
absurdo ab-sur-do adjetivo ad-je-ti-vo
submarino sub-ma-ri-no magnífico mag-ní-fi-co
Observação: se as duas consoantes iniciam a palavra, elas ficam na mesma sílaba: Exemplos:
pneumático pneu-má-ti-co psicólogo psi-có-lo-go
2. Abstrato abs-tra-to. Fica na sílaba anterior o s que vem antes de uma consoante.
Exemplos:
substantivo subs-tan-ti-vo inscrição ins-cri-ção
3. Cooperar co-o-pe-rar. Vogais idênticas ficam em sílabas diferentes. Exemplos:
caatinga ca-a-tin-ga compreensão com-pre-en-são
4. Carro car-ro. Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç e xc. Exemplos:
ferro fer-ro passo pas-so nascer nas-cer
cresço cres-ço exceto ex-ce-to
5. Ficção fic-ção. As letras cc e cç ficam em sílabas diferentes. Exemplos:
infeccioso in-fec-ci-o-so infecção in-fec-ção
6. Caminho ca mi-nho. Não se separam as letras dos dígrafgos nh e lh. Exemplos:
vinho vi-nho galho ga-lho
254
Aprendendo com o dicionário
ORLANDO PEDROSO
“através”, e fumus, que quer dizer “fumaça”. Desta forma,
perfume é sentir através da fumaça ou encher de fumaça, isso
porque, originalmente, assim que o homem descobriu como
fazer fogo, os chamados perfumes eram feitos pela queima de e
flores, resinas, incensos que assim exalavam intenso aroma.
Elazier Barbosa. Dicionário: a origem das palavras. São Paulo: RG Editores, 2010. p. 506.
queimar verbo 1. pôr fogo em alguma coisa. 2. produzir queimadura no corpo. 3. deixar
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
255
A ortografia em destaque
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c) super + resistente:
d) auto + análise:
e) mini + relógio:
f) super + animado:
g) inter + escolar:
h) anti + higiênico:
OHISNOBR
GORBAIÇÃ
MERBETEL
TUMBRELASNED
OBIRAGEDIR
BREMANÇAL
UBARAVIATER
ROSAMBOAÇÃS
DEQUOBALIRI
RANICRADIBE
TRABECELE
BACARRIF
256
ULO
ÍT
CA P Crase
10 Atividades de reforço
ORLANDO PEDROSO
c) Empreste-me esse livro eu pos-
sa fazer a pesquisa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
257
c) É possível a existência de petróleo nessa área?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) Que substantivo usado na tira é formado pelo processo
da sufixação?
Nuvens
As nuvens são responsáveis por muitos aspectos do tempo.
Portanto, dão algumas das melhores pistas sobre como será o
tempo nas próximas horas ou dias. Se você vê um céu de nuvens
escuras e ameaçadoras, sabe que deve chover forte. Nuvens fofas
e brancas, em dia quente e ensolarado, significam que o tempo
provavelmente será quente e seco.
Enciclopédia da ciência. São Paulo: Globo, 1993. p. 254.
258
a) Sublinhe todos os substantivos do texto. Depois, escre-
va-os em ordem alfabética.
t tempo: t dia:
t forte: t fofa:
t hora: t branco:
f) “As nuvens são responsáveis por muitos aspectos do
tempo.” Dê a função sintática dos seguintes termos
dessa oração:
t nuvens:
t responsáveis:
t por muitos aspectos do tempo:
g) Classifique o predicado dessa oração.
259
ULO
ÍT Verbos regulares,
CA P irregulares,
Crase anômalos,
10
17 defectivos e abundantes
Conjugação
Eu falo
tu ouves
ele cala.
Eu procuro
tu indagas
ele esconde.
Eu planto
tu adubas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ele colhe.
Eu ajunto
tu conservas
ele rouba.
Eu defendo
tu combates
ele entrega
LEO TEIXEIRA
Eu canto
tu calas
ele vaia.
Eu escrevo
tu me lês
ele apaga.
Affonso Romano de Sant’Anna. Poesia reunida: 1965-1999.
Porto Alegre: L&PM, 2004. p. 157-158.
2 Cada verso apresenta uma estrutura sintática que se repete. O que você obser-
vou sobre isso?
tSe você tivesse que atribuir uma qualidade a cada um dos sujeitos dos ver-
sos, que adjetivo usaria?
4 Use o poema como inspiração e crie uma estrofe adotando a mesma estratégia
do texto. Depois compartilhe sua criação com os colegas.
260
Classificação dos verbos
Conforme a conjugação, os verbos podem ser classificados em: regu-
lares, irregulares, anômalos, defectivos e abundantes. Vejamos cada
uma dessas classificações.
t Verbos regulares
Compare, a seguir, o presente do indicativo de dois verbos da primei-
ra conjugação: cantar e falar.
Cantar Falar
canto falo
cantas falas
canta fala
cantamos falamos
cantais falais
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cantam falam
vendem partem
t Verbos irregulares
Diferentemente dos verbos regulares, os irregulares são aqueles
que, quando conjugados, apresentam alterações no radicall ou nas dede-
sinências, não seguindo um modelo ou padrão. É possível detectar se
um verbo é ou não irregular ao conjugá-lo no presente e no pretérito
perfeito do indicativo. São exemplos de verbos irregulares: dar, dizer,
fazer, poder, pôr, rir, saber, ver, vir, etc.
261
A seguir, veja a conjugação dos verbos dar, fazer e rir, no presente e
no pretérito perfeito do indicativo.
Presente
Dar Fazer Rir
dou faço rio
dás fazes ris
dá faz ri
damos fazemos rimos
dais fazeis rides
dão fazem riem
Pretérito perfeito
dei fiz ri
deste fizeste riste
deu fez riu
demos fizemos rimos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
destes fizestes ristes
deram fizeram riram
t Verbos anômalos
Palavra que significa
Verbos anômalos são aqueles que apresentam mais de um radical na “contrário à norma,
sua conjugação, como os verbos ser e ir. Observe como essa mudança que não segue o
padrão”.
nos radicais acontece no presente e no pretérito imperfeito do indicati-
vo desses verbos:
262
t Verbos defectivos
Os verbos defectivos não apresentam conjugação completa. Em al- A palavra
defectivo significa
guns tempos, modos ou pessoas eles não são conjugados. A maioria “defeituoso”.
deles pertence à terceira conjugação, como abolir, colorir, falir, etc.
Atenção
LEO TEIXEIRA
t Verbos abundantes
Leia a manchete e o trecho da notícia a seguir, observando as pala-
vras em destaque.
Balão solto em São Paulo cai
em propriedade de Palotina
[…] Este balão era confeccionado de papel de seda colorido,
linha, armação de bambu e tinha desenhos da bandeira do esta-
do de São Paulo […]. Provavelmente, alguém o havia soltado em
uma festa da família. Vamos recordar
O Presente, 6 fev. 2012. (Fragmento adaptado).
Solto e soltado são particípios de um mesmo verbo: soltar. Quando Geralmente,
os particípios
um verbo apresenta mais de uma forma com o mesmo valor, é chama-
regulares
do de abundante. Geralmente, podemos observar essa característica acompanham
dos verbos no particípio. Exemplos: os verbos ter
e haver. Já os
enxugar enxugado, enxuto irregulares, os
matar matado, morto verbos ser e
soltar soltado, solto estar.
263
Exercícios
1 Complete as frases com os verbos indicados entre parênteses no presente ou
no pretérito imperfeito do subjuntivo, conforme o contexto.
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essa partida. (estar) Veja Dica gramatical,
página 267.
2 Reescreva as orações a seguir, passando os verbos da 2a pessoa do singular para
a 3a pessoa do singular. Faça as adaptações necessárias conforme o exemplo.
264
g) Sobe na tua bicicleta e começa a pedalar devagar.
Atenção
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A consulta a um
Não quero que você z esse desenho. (colorir) dicionário poderá
Não quero que você ponha cor nesse desenho. / ajudá-lo neste
Não quero que você faça esse desenho colorido. exercício.
265
c) É possível que a prefeitura z esse prédio. (demolir)
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Ele acabaria logo a tarefa se alguém o ajudasse.
Ele acabará logo a tarefa se alguém o ajudar.
266
Dica gramatical
LEO TEIXEIRA
Bastante, bastantes
Como advérbio, significa “muito” e é invariável. Exemplos: Eles ficaram
bastante emocionados. Eles correram bastante. Como adjetivo, significa
“suficiente”, varia no plural e geralmente é usado depois do substantivo a
que se refere. Exemplos: Tenho motivos bastantes para desconfiar de sua
honestidade. Não há provas bastantes para incriminar esse homem.
O adjetivo leve, usado no texto, pode ter vários significados. Leia o verbete.
leve adj. 1. que tem pouco peso. 2. diz-se de uma bebida que contém pouco álcool. 3.
que exerce pouca pressão, que mal se sente. 4. superficial, sem gravidade. 5. ameno,
brando. 6. diz-se de um tecido ou material pouco espesso. 7. que não cansa muito.
8. que quase não se ouve. 9. que é de fácil digestão. 10. diz-se de um sono que se
interrompe facilmente. 11. aliviado, despreocupado.
a) Como estava calor, ela vestiu uma roupa leve e foi passear. ( )
267
d) O ventinho leve que vinha do jardim refrescava a sala. ( )
3 Leviano é um adjetivo derivado de leve. Mas esses dois adjetivos não têm o
mesmo sentido. Consulte um dicionário e explique a diferença de sentido que
há entre eles.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4 Os substantivos leveza e leviandade são derivados por sufixação do adjetivo
leve. Consulte um dicionário e explique a diferença de sentido que há entre eles.
LEO TEIXEIRA
A ortografia em destaque
268
que voce nunca viu. No mar, tambem vivem mamiferos (golfinhos, baleias...) e rep-
teis (tartarugas, serpentes marinhas). Nas praias, encontram-se focas e numerosas
aves, que buscam alimento nas aguas.
Primeira enciclopédia: os mares e os oceanos. Rio de Janeiro: Maltese, 1987. p. 24.
tJustifique oralmente os acentos colocados. Se necessário, consulte o qua-
dro geral das regras de acentuação no final deste volume.
ILGNAOSA
CRAERIPA
HALATRIÇO
DRENAXURA
NARTEVITES
MESOAFRAT
EZENTAGLI
LOSEDUSIÃ
DEPSAMTETE
POMACHINA
CANÇAFISÃO
GARUDADAM
269
ULO
ÍT
CA P Crase
10 Atividades de reforço
LEO TEIXEIRA
b) É urgente conter as despesas.
270
c) Não sei eles foram. (onde / aonde)
a) honestidade
b) lutador
c) desencontro
d) esvoaçar
e) abrilhantar
f) tolerante
g) arredondar
h) irreal
i) sumiço
j) infiel
271
b) O professor ficou responsável pela organização do
evento.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
f ) Minha viagem a São Paulo é anterior à sua partida para o
Rio de Janeiro.
bem.
272
Teste seus conhecimentos III
b) II – IV – II – I d) III – II – I – IV
4 Com relação às palavras busca e marcha, é correto afirmar que elas são for-
madas pelo processo da:
b) parassíntese. d) sufixação.
273
5 As palavras insensível e beleza são formadas, respectivamente, por:
a) prefixação e justaposição.
b) prefixação e parassíntese.
d) prefixação e sufixação.
a) um predicativo do sujeito.
b) um sujeito composto.
c) um aposto.
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d) um complemento nominal.
7 Com relação aos verbos dizer, fazer e ver, podemos afirmar que:
c) Lê o texto e resuma-o.
9 Nos itens abaixo, o prefixo anti ficaria ligado sem hífen à palavra indicada
apenas em dois casos. Quais?
a) poluição c) econômico
b) higiênico d) inflamatório
10 As frases abaixo devem ser completadas com o verbo haver, exceto uma de-
las. Qual?
a) Saí da escola duas horas. c) Ele foi Itália faz dois anos.
274
11 Os elementos destacados nas palavras abaixo são prefixos ou sufixos, exceto em:
a) desaparecer.
b) realmente.
c) antinatural.
d) pureza.
12 Apenas uma das frases abaixo deve ser completada com porque. Assinale-a.
a) incendiar
b) enferrujar
c) enraivecer
d) anular
a) nacionali ar
b) industriali ar
c) anali ar
d) pesqui ar
275
16 Nos períodos abaixo há uma oração subordinada adjetiva, exceto em:
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18 Complete as frases com a ou à.
b) à – à – à – a d) à – à – a – a.
CA P Crase
Denotação e conotação
10
18
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ORLANDO PEDROSO
1 Com poucas palavras, o cartaz passa um recado sério às pessoas. Qual é esse
recado?
Denotação e conotação
No texto do cartaz, você percebeu que a palavra barato não está empre-
gada no sentido de “sem valor”, mas no sentido de “momento de euforia”.
Dizemos que, nesse cartaz, a palavra barato foi empregada em sen-
tido conotativo. Dependendo do contexto, as palavras podem apresen-
tar sentido denotativo (denotação) ou sentido conotativo (conotação),
também chamado de sentido figurado.
277
A denotação ocorre quando uma palavra ou expressão é empregada
em seu sentido usual, que geralmente vem explicado no dicionário na
primeira acepção do verbete.
A conotação ocorre quando uma palavra ou expressão é utilizada
num sentido especial, que só pode ser esclarecido pelo contexto, isto
é, pelos outros elementos do texto.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nessa frase, a palavra noite adquire um sentido especial. Ela foi usa-
da para expressar a ideia de tristeza, sofrimento, solidão. Dizemos, en-
tão, que ela foi usada no sentido conotativo.
Perceber que as palavras estão sendo usadas no sentido denotativo
ou conotativo é muito importante para seu desenvolvimento como lei-
tor, pois lhe permite compreender os mais variados tipos de texto, além
dos literários e poéticos. Pode ocorrer em anedotas, tiras de humor,
anúncios publicitários, etc.
Exercícios
1 Indique o sentido em que está sendo usada a palavra destacada em cada frase.
Use o código:
278
2 A conotação ou linguagem figurada está presente nos provérbios. Quando
dizemos, por exemplo, “Depois da tempestade vem a bonança”, percebemos
que tempestade é referência aos momentos de aflição e bonança aos mo-
mentos felizes. Com base nesse exemplo, explique o significado dos provér-
bios abaixo.
a) Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza.
a) A força do leão.
b) O murmúrio da plateia.
279
c) A raiz da planta.
d) Os frutos da macieira.
e) Os espinhos da flor.
b) A derrota naquele jogo foi um banho de água fria nos nossos jogadores.
c) A explicação que ele deu para essa confusão não tem pé nem cabeça.
d) Durante a partida, nosso time de vôlei passou por maus momentos, mas
não deixou a peteca cair e conseguiu vencer nos minutos finais.
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situação, pôs mais lenha na fogueira.
f) Ele nada muito bem, mas por ora não chega aos pés do campeão olímpico.
Veja Dica gramatical,
a seguir.
5 Leia.
RECRUTA ZERO MORT WALKER
Dica gramatical
280
Aprendendo com o dicionário
ROGÉRIO BORGES
Leia o texto a seguir.
Conectando
Em pouco menos de trinta anos, a rede mundial de computadores
transformou boa parte do que há no mundo. Mexeu — e continua
mexendo — no modo como as pessoas se comunicam, se relacio-
nam, compartilham e lidam com as informações. Mudou e ainda mu-
dará mais as formas de trabalho, a educação, a economia, o lazer, a
imprensa, a política, as maneiras de ver TV, de ouvir música e de ler
livros. Fez surgir uma nova geração, a sua, que já nasceu conectada.
Silmara Franco. Navegando em mares conhecidos. São Paulo: Moderna, 2012. p. 7.
rede subst. fem. 1. entrelaçado de fios formando um tecido de malhas com espaçamentos
regulares, que pode ser usado para diversos fins. 2. peça comprida de tecido, sustentada
pelas extremidades, própria para se descansar ou dormir. 3. conjunto de estradas que
se entrecruzam. 4. conjunto de meios de comunicação ou informação associados.
5. conjunto de instalações elétricas, hidráulicas, etc. 6. sistema mundial de computadores
que conecta as pessoas para trocarem informações, mensagens, arquivos, etc. 7. pessoas,
grupos ou organizações que agem em conjunto com o mesmo objetivo.
281
A ortografia em destaque
1 Complete as lacunas das palavras com uma sílaba que comece por c, ç ou s.
a) dor de estômago:
b) região de fábricas:
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c) impressão do dedo:
d) força de leão:
e) classe de criança:
f) loção de cabelo:
g) carne de boi:
h) rosto de anjo:
ROEIRPDEMINETA
TRAZOCRENE
RACLIONARI
PREINERTROM
CROPESOTRNENED
LOPIRINHARTE
NCORTRENCOE
GREROEIRU
TINTREOGRAIVO
TRETRERES
PRAIADORE
TRANEIRIT
282
ULO
ÍT
CA P Crase
10 Atividades de reforço
ROGÉRIO BORGES
2 Reescreva os períodos, iniciando-os com as conjunções in-
dicadas entre parênteses, como no exemplo. Faça as alte-
rações necessárias.
283
b) Tendo conhecimento do assunto, ele será convocado
para atuar na banca examinadora. (desde que)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3 Passe as orações abaixo para o imperativo afirmativo. Veja
o exemplo:
R
b) Você vira a página do livro.
284
4 Leia a tirinha a seguir.
FRANK & ERNEST BOB THAVES
285
ULO
ÍT
CA P
Concordância nominal
Figuras de linguagem
11
19 e verbal
Viagem no espelho
se às vezes me estilhaço
se às vezes viro mil
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
se quero mudar o mundo
se quero mudar o rosto
se tenho sempre na boca
um gosto de água e de céu
se às vezes sou tão só
quando me viro do avesso
se às vezes anoiteço
em plena luz do sol
ou então amanheço
com vontade de voar
diga a verdade
quem sou eu?
Roseana Murray. Viagens. Rio de Janeiro: Memórias futuras, 1984. p. 30
1 O eu lírico, isto é, a voz que fala no poema, faz uma reflexão que todos nós
fazemos em diversos momentos da vida. Que reflexão é essa?
2 Pode-se dizer que os versos revelam que eu lírico se sente confuso ou não?
Justifique sua resposta.
3 Você acha que há certas fases da vida em que essa reflexão provoca mais in-
certezas? Por quê?
286
Uma forma especial de usar
a linguagem
No capítulo anterior, estudamos a conotação. No poema que você
leu, vemos que há várias palavras empregadas em sentido conotativo
ou figurado, como neste verso:
“se às vezes me estilhaço”
t figuras de pensamento;
t figuras de construção (ou figuras de sintaxe).
Figuras de palavras
As figuras de palavras são formas de expressão que apresentam
mudança ou transposição do sentido de uma palavra.
t Metáfora
Dá-se o nome de metáfora ao uso de uma palavra com sentido trans- Do grego metaphorá
(= transferência de
ferido de outra. Veja este exemplo: sentido).
“Teu sorriso é uma aurora.” (Castro Alves)
287
VICENTE MENDONÇA
Que ideias desperta a palavra ninho? E por que o autor diz que “o
campo é o ninho do poeta”? Que relação pode haver entre o campo ou
a natureza e a criação poética? O que fica sugerido nesses versos? Cabe
ao leitor refletir sobre os possíveis significados dessa metáfora.
A metáfora é uma espécie de comparação condensada, sem a presen-
ça dos conectivos como, tal como, assim como, etc. Se esses conectivos
estiverem presentes, não teremos uma metáfora, mas uma comparação.
Observe um exemplo de comparação no primeiro verso desta estro-
fe do poeta Vicente de Carvalho:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
t Metonímia
A metonímia consiste no emprego de uma palavra em lugar de ou- Do grego meta
(= mudança) +
tra, por haver uma relação de sentido entre elas. onima (= nome).
Observe que a palavra suor foi usada no lugar de trabalho. Entre essas
palavras há claramente uma relação de sentido: o suor é o efeito do tra-
balho. Veja este outro caso.
Veja que a palavra teto (parte) está sendo usada no lugar de casa
(todo).
Note que a palavra copo (aquilo que contém) está sendo usada no
lugar do conteúdo (suco).
288
t Catacrese
Ocorre a catacrese quando transferimos frequentemente para uma Do grego catacresis
palavra o sentido próprio de outra. Se a metáfora surpreende pela ori- (= mau uso).
ginalidade na associação de ideias, o mesmo não acontece com a ca-
tacrese, que, por ser constantemente repetida, já não chama a nossa
atenção. Exemplo:
Ele embarcou no trem das onze.
Observe que o verbo embarcar pressupõe barco e não trem. Mas essa
forma de dizer já está tão incorporada na língua que nem percebemos
que se trata de linguagem figurada. O mesmo ocorre em expressões
como perna da mesa, folha de papel, braço da cadeira, asa da xícara etc.
Figuras sonoras
Essas figuras são formas de expressão que exploram a sonoridade
das palavras.
t Aliteração
A aliteração consiste na repetição do mesmo som em m várias palavras Do latim littera
seguidas. Observe o efeito sonoro e musical que o poetaa brasileiro Cruz e (= letra).
Sousa obteve com a aliteração dos sons consonantais v e l nesta estrofe:
VICENTE MENDONÇA
289
t Onomatopeia
Do grego onomatos
VICENTE MENDONÇA
A onomatopeia consiste no uso de palavras que procuram reprodu- (= nome, palavra)
zir ruídos em geral e sons produzidos pela natureza ou por animais. + poiein (= fazer,
fabricar).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exercícios
290
2 Explique oralmente por que o cartum abaixo pode ser con- Espécie de anedota
visual que satiriza
siderado uma “metáfora visual”. comportamentos
humanos,
IVAN CABRAL
geralmente
publicada em jornais
e revistas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3 Explique oralmente por que as palavras destacadas nas frases a seguir são
exemplos de metonímia.
a) A infância deve ser amparada.
b) Os revolucionários queriam o trono.
c) Ele vendeu algumas cabeças de gado.
d) Preciso trabalhar muito: tenho cinco bocas para alimentar.
e) Ele é um bom garfo.
De repente
um raio de sol arisco
risca o chuvisco no meio
291
Figuras de pensamento
As figuras de pensamento atuam no plano das ideias sugeridas pela
frase.
t Antítese
A antítese consiste em realçar uma ideia por meio da aproximação Esta palavra vem do
grego anti (= contra) +
entre palavras ou frases de sentidos opostos ou contrastantes. thesis (= afirmação).
t Hipérbole
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ocorre hipérbole quando, para realçar uma ideia, exageramos na sua Do grego hyperbolé,
que significa
descrição. “excesso”.
292
HAGAR DIK BROWNE
Exercícios
1 Identifique as figuras de linguagem usadas nas frases a seguir.
b) Sem você, há noite onde havia sol, tristeza onde havia alegria.
293
c) Entre mim e ele existe um abismo. Veja Dica gramatical,
página 299.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3 Analise as metonímias usadas nas frases a seguir e classifique-as conforme
este código:
294
e) O cão é um animal fiel. ( )
Figuras de construção
As figuras de construção recebem esse nome porque se relacionam
com a construção das frases.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
t Repetição
A repetição é um recurso de estilo que permite ao autor destacar
palavras que chamam a atenção do leitor para as ideias que elas ex-
pressam e reforçam. Veja um exemplo nestes versos do poeta Gon-
çalves Dias:
São uns olhos verdes, verdes,
Que podem também brilhar;
Não são de um verde embaçado,
VICENTE MENDONÇA
Mas verdes da cor do prado,
Mas verdes da cor do mar.
295
t Elipse Essa palavra vem
A elipse consiste na omissão de um termo facilmente identificável do grego élleipsis,
que significa
pelo contexto. “supressão,
Observe, por exemplo, esta frase: eliminação”.
t Zeugma
Zeugma é um tipo de elipse que consiste na omissão de um ou mais Palavra grega que
termos anteriormente expressos. significa “junção”.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Observe esta frase:
Como se pode notar, foi omitida a forma verbal estava na segunda Note que
oração: O dia estava frio; o vento estava cortante. foi utilizada
uma vírgula
O termo omitido também pode ser um verbo anteriormente citado, para marcar
mas em outra flexão. Por exemplo: o zeugma.
Isso facilita a
O homem estava preocupado; os filhos, alegres. compreensão da
frase.
Na segunda oração, omitiu-se o verbo estar, mas sob a forma esta-
vam (3ª pessoa do plural).
t Silepse
Ocorre silepse quando a concordância de gênero, número ou pessoa Palavra grega que
significa “ação de
é feita com ideias ou termos subentendidos na frase. A silepse pode ser: compreender”.
1. de gênero.
296
2. de número.
VICENTE MENDONÇA
NDONÇA
Os brasileiros gostamos de futebol.
t Polissíndeto
Palavra de origem
O polissíndeto consiste na repetição de um conectivo, geralmente a grega formada de
conjunção e, sugerindo uma sequência rápida e contínua de ações. poli (= muitos) +
síndeto (= conectivo).
t Pleonasmo
O pleonasmo consiste no emprego de palavras redundantes para re- Palavra de origem
grega que significa
forçar a expressão de uma ideia. “superabundância”.
Atenção
297
Exercícios
1 Identifique os pleonasmos presentes nas frases abaixo e explique oralmente
por que eles devem ser evitados.
a) O pessoal saiu para fora e foi ver os fogos de artifício.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
NÍQUEL NÁUSEA FERNANDO GONSALES
FERNANDO GONSALES
298
e) E a criançada corria, e gritava, e se divertia no parque de diversões.
Anatomia
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VICENTE MENDONÇA
Jorge Miguel Marinho. 3 asas no meu voo mundo afora.
São Paulo: Moderna, 2006. p. 53.
Dica gramatical
299
Aprendendo com o dicionário
VICENTE MENDONÇA
Leia o texto a seguir.
O amor e o verbo amar
Fazemos uma grande confusão com o amor. Falamos do amor como
quem fala de um objeto, como se fosse uma coisa só ou como se amar
fosse simples. Dizemos que amamos nossa mãe. Usamos a mesma pa-
lavra para dizer que amamos a natureza, que amamos roupas claras,
que amamos o time do Corinthians — ou do Flamengo ou do Real
Madri (...). Amamos ginástica, amamos cerveja importada e amamos
cozinhar. Amamos nosso trabalho e nossos filhos. Mas confundimos
os amores que sentimos. Ou alguém considerará que amamos do mes-
mo modo nossa mãe, Paris, salada de tomate e a pessoa com quem
nos casamos? Evidente que não! Confundimos nossos amores e neles
tropeçamos a todo instante.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
F. Tonnetti & A. Meucci. Amor, existência e morte. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. p. 14.
amar verbo 1. Querer muito bem a alguém. 2. Ter muito prazer em fazer ou praticar
alguma coisa. 3. Adorar, ter grande devoção a. 4. Ter muita consideração, honrar,
respeitar. 5. Sentir forte atração amorosa por alguém. 6. Sentir um afeto ou entusiasmo
exagerado por algo ou alguém.
300
A ortografia em destaque
1 Complete as lacunas das palavras abaixo com uma sílaba. Atenção: em algu-
mas palavras, a vogal dessa sílaba deve ser acentuada.
deste volume.
a) o que perturba:
b) o que se opõe:
c) o que seduz:
d) o que corrompe:
e) o que expõe:
f) o que inspeciona:
g) o que conduz:
h) o que promove:
H
A L E F I O N
R U C P S M
301
Atividades
LO
de reforço
U
ÍT
CA P Atividades
Crase de reforço
10
1 As frases a seguir admitem dupla interpretação. Reescreva-as
deixando claro um dos sentidos possíveis.
a) O pai do Marcelo deixa-o passear na rua com sua bicicleta.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d) Marta perguntou à irmã se ela teria que ir à escola.
302
f) quase cinco anos que ele se mu-
dou. (fazem / faz)
g) A placa dizia: “ de pedreiros”.
(Precisa-se / Precisam-se)
h) No auditório, caber umas duzen-
tas pessoas. (pode /podem)
(1) or. sub. adv. final (4) or. sub. adv. condicional
VICENTE MENDONÇA
(2) or. sub. adv. concessiva (5) or. sub. adv. causal
(3) or. sub. adv. temporal (6) or. sub. adv. conformativa
303
d) As autoridades prometeram que ajudarão as vítimas das
enchentes.
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6 Responda às questões abaixo, considerando as orações do
exercício anterior.
304
ULO
ÍT
CA P Crase
Versificação
10
20
Soneto de separação
ORLANDO PEDROSO
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
305
O texto poético
Um poema ou texto poético é composto de versos.
Verso é o nome que se dá a cada uma das linhas do poema.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vemos considerar até a última sílaba tônica. Por isso, dizemos que esse
verso de Vinicius de Moraes tem dez sílabas. E, se você contar as sílabas
dos outros versos, verá que todos eles também têm dez sílabas.
Por necessidade de ritmo, muitas vezes os poetas fazem a fusão de vo-
gais no encontro de palavras. É o que ocorre, por exemplo, no verso abaixo:
De repente do riso fez-se o pranto
De - re - pen - te - do - ri - so - fez - se + o - pran
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
306
Leia este curioso poema de Guilherme de Almeida e observe que
cada verso tem uma sílaba a mais que o anterior. Ele começa com um
verso de uma sílaba e termina com um verso de doze sílabas.
Sobre a ambição
Só
de pó
Deus o fez
mas ele, em vez
de se conformar,
quis ser sol, quis ser mar,
ORLANDO PEDROSO
e ser céu... — ser tudo, enfim!
Mas nada pôde! E foi assim
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Em minha tarde.
Paulo Bonfim. Poemas escolhidos.
São Paulo: Círculo do Livro, s/d, p. 22.
Água que corre
Em minha dor.
307
Atente para a apresentação gráfica deste poema.
Ego
Eu sou assim
Desse jeito
Do modo que eu quero
Ser
Ou
Não
Ser.
Num dia nem aconteço.
No outro nem sei viver.
STOP!
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ORLANDO PEDROSO
Tenho um signo
Os quatro dentes do siso
Um sorriso quase risonho
Uma pinta meio escondida
Um desejo de manhã bem cedo
Um futuro meia-boca
Metade de um segredo.
E depois
Que bobeira essa minha
Ficar parado assim desse jeito
Dando trombada na minha viagem.
Sempre assim
Assim sempre.
A vida inteira voando
Sem asa no voo.
LÁ VOU EU...
Jorge Miguel Marinho. 3 asas no meu voo mundo afora.
São Paulo: Moderna, 2006. p. 38-39.
308
Exercícios
1 Separe as sílabas poéticas dos versos a seguir.
2 Separe as sílabas poéticas dos versos abaixo e depois assinale a resposta correta.
309
t Estrofe e rima
Estrofe é o nome que se dá a cada conjunto ou grupo de versos de
um poema.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Rima é a igualdade ou semelhança de sons no fim dos versos de
um poema.
ORLANDO PEDROSO
E paramos de súbito na estrada A
Da vida: longos anos, presa à minha B
A tua mão, a vista deslumbrada A
Tive da luz que teu olhar continha. B
310
Mesmo um poema de forma fixa, como o soneto, pode ser composto
de versos sem esquema de rimas. Veja um exemplo:
Soneto
Não virá mais. É tarde. A noite envolve
As ruas, a cidade, e o meu quarto.
Não virá mais. É tarde. E é tão longe
Onde estou! No entanto, espero.
Um ou outro passante indiferente,
Como não esperar, se é tudo triste?
O tédio da longa noite solitária...
Se tudo é escuro e tão vazio assim?
Tudo diz que não vem. Esta mágoa
Como não esperar, se o silêncio é tão grande?
Tudo diz que não vem: a quietude da rua, Que se apossou de mim é sem remédio.
Não virá mais. No entanto, espero. Espero,
Triste de mim, nem sei por quem.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exercícios
1 Leia o poema a seguir.
Canção do tamoio
“Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
b) Indique o número de sílabas de cada verso e quais são as sílabas mais for-
tes, que marcam o ritmo.
311
ULO
ÍT
CA P
Atividades de reforço:
Crase
10 revisão
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) Fizemos um breve passeio por mar até essa ilha. ( )
( )( )( )( )
312
d) Pensando em você, relembro nossas férias.
ORLANDO PEDROSO
e) A banda começou a tocar para animar o pessoal.
ttudo: tbem:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
313
4 Indique o processo de formação das palavras abaixo.
a) mudança:
b) envenenar:
c) (o) encanto:
d) reescrever:
e) bombom:
f) pernalta:
só algumas delas?
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b) Ela só pensa si mesma, não se
314
Testeseus
Teste seusconhecimentos
conhecimentosIV
II
a) finalidade c) condição
b) tempo d) causa
315
6 “É claro que o surfe é um esporte divertido e agradável.” Nesse período te-
mos uma oração subordinada:
a) adverbial temporal
b) substantiva subjetiva
d) adverbial consecutiva
8 “O rapaz hesitou, mas acabou comprando o livro que todo mundo estava co-
mentando na escola.” Assinale a única afirmativa incorreta sobre esse período.
a) à – a – a c) à – à – a
b) a – à – a d) a – a – a
a) inconstante
b) mentiroso
c) desleal
d) teatral
316
11 Assinale o único item em que as duas palavras devem ser acentuadas.
FERNANDO GONSALES
a) polissíndeto c) metáfora
b) metonímia d) eufemismo
a) pleonasmo c) polissíndeto
15 “Estou certo de que ninguém ouviu minha reclamação.” Nesse período temos
uma oração subordinada:
b) adverbial consecutiva
d) adverbial condicional
317
16 Todas as frases abaixo devem ser completadas com a preposição com,
menos uma. Qual?
18 “Triste época a nossa em que é mais fácil desintegrar o átomo que um pre-
conceito.” (Albert Einstein). Assinale o item que classifica corretamente as
duas ocorrências da palavra que nessa frase.
19 “De tudo ao meu amor serei atento.” Indique o número de sílabas poéticas
desse verso de Vinicius de Moraes:
20 Apenas duas das orações destacadas abaixo são orações sem sujeito.
Assinale-as.
3 Palavras paroxítonas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Atenção
a) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
As paroxítonas
ão(s), ã(s) – órfão, n – pólen
terminadas em n
órfãos, órfã, órfãs r – cadáver são acentuadas
ei, eis – jóquei, vôlei, us – vírus (por exemplo:
fáceis hífen), mas as
um, uns – álbum, álbuns
i, is – júri, lápis que terminam
x – tórax em ens não são
l – fácil
acentuadas (por
b) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos exemplo: hifens,
crescentes, também chamadas proparoxítonas aparentes: jovens).
ea(s) – várzea eo(s) – óleo ia(s) – férias
ie(s) – cárie io(s) – início oa(s) – mágoa Atenção
ua(s) – régua ue(s) – tênue uo(s) – ingênuo
Não se
4 Palavras monossílabas — acentuam-se as monossílabas tô- acentua o i
nicas terminadas em: tônico dos
a(s) – lá, cá e(s) – pé, mês o(s) – pó, nós hiatos se ele
for seguido de
ditongo aberto – céu, réu, dói (verbo doer)
nh (moinho,
5 Hiatos — Acentuam-se o i e o u tônicos quando formam hia- rainha), e não
to com a vogal anterior, desde que estejam sozinhos na sí- se acentua o u
laba ou acompanhados da letra s. Eles podem vir no interior tônico se antes
ou no final da palavra. dele houver um
Exemplos: saída, egoísmo, saúde, Jundiaí, Jaú. ditongo (feiura).
319
R...
POTU...
Gramática
Fundamental
Douglas Tufano
9 GUÊS...
Esta coleção foi feita com o objetivo de ajudar você a entender e a
fixar os conceitos de gramática que fazem parte do conteúdo do En-
sino Fundamental II. Escolhemos para ela textos instigantes e tiras
divertidas a fim de tornar as atividades mais atraentes. Você vai ler
trechos de crônicas, poemas, textos informativos sobre uma grande
8
Todos os livros são acompanhados do Tira-dúvidas
de conjugação verbal que:
• apresenta modelos de conjugação dos verbos;
• oferece um apêndice no final com a nova
ortografia de forma descomplicada.
ISBN: 978-85-16-10632-4
9 788516 106324