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Sexo e partenogénese?
A parteaogénese é uma estratégia de reprodução as-
sexuada, em que há prcdução Ce descendentes, sem
que úcorra fecundação, a partir de un'r hnico plcgeni-
tor; a mãe. Existem duas vias pelas quais se processâ
a partenogénese. Numa, os descendentes desenvol-
vem-se a partir de óvulcs haploides, danCo crigem
a aduitos tambem haploiCes" Esta partencgénese
haploide ocorÍe en'l algumas espéeies Ce abeihas,
vesllas, formigas e nemátcdcs" l.tra cutra via, a mais
comum, os zigotos (dipioirles), formados a partir de
óra-rlos, desenvolvem-se e originam adultos tambem
diploicies" Este tipo cle partenoge ne se pode acontecer
por automixia, em que, após a meiose, uma célula ha-
ploide pode duplicâr os seus cÍolnossolxas cu pode
juntar-se a outra celula haploide, cclnc, por exernplo,
um glóbulo polar {Fig" 13).
, n ' 1.o glóbulo polar
Oogónia n .... .:,.- , ,: ,,
Oócito I tambern deram origem a machos. C sisterna de
ii,; \i Os grobulos polares íornam-se por
citocineses àesiguais durarte a neiose que
da origem aoi gametas femin ros.
Este proeesso fci documentado em várias especies de
tubarôes, puigões e Íotíferos. Na apornixia, o outro pro-
cesso da partogénese diploide, as células reprodutoras
diploides originam, através da mitcse, óvulcs Ciploides
que) poÍ mitoses e diferenciação, o;:iginam arluitos qr.re
são clones do seu único progenitol. A apomixia é muito
rara ncs animais (mas existe em várias plantas).
Como na partenogénese a mãe e a única progenitora,
se a determinação sexual fosse idêatica à da especie
hurnana, todos os descendente s seriam do sexc femi-
nino. Mas este sisterna de determinação sexual, en:l
que o macho apresenta dimorÍis;no clos cromossomas
sexuais (XY) não é universal. Em algurs câsos, ü sexo
ate é determinado pelas conCições ambientais ou petra
.H
Fz;5. 1 4 Draqáo-de-komodc
r
Lagartos sem pai
Em zo:-6, dois dragões-de-kcmodo fên-reas
(Varanus kontcdoensis) (Fig. 14) tiveram crias sau-
Cáveis em dcis jardins zoológicos ingieses, sem
nünca teÍem tido ccntacto com machos, no casc
de Fiora, ou com contacto há mais de dois anos.
nc caso de Sungai" Como os repteis podem guar-
dar o esperma nos cviilutos femininos d.urattte
vários ancs, inicialmente os investigadores pen-
saram que poderia ter sido esse o caso de Sungai.
mas !1rna análise genetica determinou qüe oi
n : 2.o glóbulo polar qüatrc dragões-de-komodo machos que se de-
senvoh,eram eram resultantes de partencgénese
por automixia da rnãe. Sere dos ovos de Fior;
n n Celerminação sexual dos dragóes-de-komod.o, :.
semeihança do Ce outros repteis, algurnas aves
oócito ll óvulo
e aiguns insetos, é ZW, em que ZZ correspcnde i
um dragão do sexo mascuiino eZW aum clo serc
fernininc irig. 15)"
Pensa-se que estes anir-nais possam recorrer i',
esta estratégia reprodutiva em situações que 1e-
vam eo isolamento de fêmeas dos machos, co1rL.'
no caso de cativeiro. No entantc, apesar dest:-
possibiiidade extÍa Ce reprcCução, o maior lagar-
tc vivo está em perigo de extinção.
FoLtes:rlr\,\.\,\,'.sciea:iÍicamerican.com/articleistraage-br-1t-trL1i-
-komcCc-Cf ; news.bbc.co.ui<,/u/hi/science/nature/6r9 6zz5.str-
(cor-rsultadas em t9 / tc I zozl
7Z
€
? zlt
7,

alimentação.
;; Fig.!S5istemade
Fortes: r,mro,..britannica.ccm/science/part§cl'rcgen
r,r,.vr.rl'.resealchgate.net/publica:ion1z7z5o78cz-Parthen
esis;
og.ttc sis-ert-
repiiies (consultadas en-r r9/ro-lzozr)
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':j:. :.., determinação sexual
nos dragões-de-komodo

112
 r.2 r\,reiose e reprocucào sexuacra
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i. |lati Lrre r:ister r;l $

dllrrr;:;;ç;t slrlal jlt
drçÕes',Jr-!cn:l* i I lZl!),
Rainha ailr ítr.lt aa il;eas prs-rll;:
32 cromossomas 16 cromossomas
t: tJi:i-r crrr:;sslt'lâs ::tr-;:ls
: Cli:r:r'il:. l;Cr r-:,;r ;lle ret
g, 16 Fêmea de donzelinha-virgem. r't:a'. !l[r cl ll, i-]: lt,r.r llll crl:ts-
óvulos .. . ?...,.nj Espermatozoide l:,r;: lr.l r:lcr:;l \::irí rtàl :á:
r::i,;e l: s illtl :t:t; ic cr; r;lr! rlr
lir: rrl: Il, ql;,;llir:r rn'
Donzelinhas virgens Larvas
OescenaCn.ir$

alimentadas Larvasalimentadas
geleia-real
nos Acores Descendência t' com com pólen e mel ?. !e l'rrl íinel d: lreqâl
.il l:rrcr-ll ll-tr1t; r:li ilia,
tri !:rílrr.!3:rt:r liilrá
-:;ltnut a kastata (Fig. 16) é uma especie de
don- lll:rr: ir slrr lra:lli.tnt q::
Zangão Rainha ;;drrã,t lrplcrii.t:ri se sl:lu;.
-:linha âÍnplamente disaribuída n; América, Fédil Fértil
OpeÍária
Estéril
Cartnle tctr ir irã{] r,t 1s:;it
:r'incipaimente do Norte, que existe tambem esiai:ebcer r;n; ycprhtir
crr:r i"e ;::lJr;1:11 :t.tt;da.
.-o Arquipelago dos Âçores" No continente Fig. 17 Determinação sexual das abelhas. 3. Se rCr .Êstllã,b dÊ âps,;l
-,1-rericano, eneontíafi1-se populâções com ;:a, o ql;: e rarl rcs ::lt'rat:,
r::achos e fêmeas que se reproduzem sexua- ôs llr:rl;;l::t :ccli:;'t;l
sil tllr:s gerair: p:: p::r-
ralxente - linhagens sexuais. Contudo, nas O sexo das abelhas ll;:l3lr::e, ;pltsllrtllrll e
--1as açorianas só foram encontradâs popu- ilr:ra lcr:t;l;iaàr çll;:eli;a
C: 3rcEl;riiora, !cl yt: tluê
-rções femininas e pârtenogénicas. Esta li-
Em insetos como formigas, abelhas e vespas lào chrglr â ctsr;-ar ítêtasr
.-.ragem e particularmente interessante por existe um sistema de determinação sexual ha- ;;:'a ;l irrn:çi; ;lt ;tr ú,,rh
,,t{,,-l
:cis motivos: só existe nas populações aço- piodiploide, no qual os machos são haploides,
ufila vez que têi].l origem effr ovos não fecun- &.Clnrl rs z;r!*s s,o lt.
r-ànas, apesar de indivíduos desta especie liride:. :i
plCenr prr*;;r
-:rem colonizaclo tambem o arquipélâgo das dados, através da partenogénese, enquanto gârlrt:s plr niltse ,

as fêmeas se desenvolvem a partir de ovos fe- 5, llr r:prtCtiãr :crrade

-alápagos (no Pacífico); e por este ser o único len J: lxi:lr; a ;.tnlâl J: ur:t
cuíldados e são diploides {Fig. 17). A diferença ta {eninlr cJnt
-,iso conhecido de paítencgénese na ordem gâr;e Lt:u

:e insetos de que fazemparte as libelinhas" entre as rainhas e as operárias reside na dieta Eâuet; ras:uLino. i\,'las, nas
;brlf;as, I :nClr,:iii.rr: qla llrc-
.r- determinação sexuai nestes insetos é predo-
que é fornecida às larvas; se for sempre de ge- r
Cirr gâr:;;la ntas:llirl,.r
leia-real, tornaÍn-se rainhas, fêmeas férteis; rangã:. resL.,ll.la srnpre rle
.rinantemente XO, o que significa que indiví- prrtenrgérese i:: n;ãt. er:tãc
j'-ios XO, isto e só com um cromossoma X, se forern alimentadas colrl uma mistura de rãr pcderi levlr repr-odi:;âr
pólen e mel, após os três prirneiros dias de :exil.:C: :ela e;ll Íll.na Ce
..ro machos; inclivíduos XX são fêmeas. Um :eprrrlução r:sexL;lCa.
geleia-reai, desenvolvern-se operárias, que
=studo de zcog apoÍ]ta pâra que o modelo de §. l.l:r n;ilra Cl: anin-;a::.
: ertenogénese seja a apcrnixia. permanecem estóreis por aÇão de uma fero- ; pa;-te rrgéllse tn.;plrit ;t

mona libertada pela rainha. isrrairâ! óvrlo; q{e iôri

Ce
!'ontes: wnw\,-.aature.com/articles/hdyzo o9 65 ; ;l:ge nl eil-} lllll;:a, !e5, tr;10
: ",rr.rese archgate.net/publicati an / 4 5 zq9 6 y _Islands_and_ Fontes: entnemdept.ufl .eclu/ r:aâs iu, sãc {l:;ndadls,
p artl-renogenesis_ geneticai_and-ecolo gical_correlates_ cre atures/misc/bee s/cape-honey_bee.htm; rnllxi;l:-le rr;:s iie lnr: re-
of asexual_reproduction-in_Ischnura hastata_Insecta- b7o3be_5 zelcir z d7 zo 94e cal o§ofi 6 5b 9 zo o 4z.p ót ;;r;i;r;lãl serulda trtrt!!ltlâ.
Odonata_Coenagrionidae (consrltadas em 19 / t o/ zozt) (cr:nsultadas em t g / to / zozr)

i.t]lu,r,or.
^-i:il, APLICAR

o facto de os descendentes de fê- donzetinhas dos Açores, as populações são sem- 6, Comente a afirmação:
meas dos dragões-de-komodo, poÍ partenogé- pre fêmeas partenogénicas. Explique por que razão as «A partenogénese, na
nese, Serem sempre do sexo masculino. donzelinhas-filhas são clones da mãe. maioria dos animais,
:..4PREENDER
pode ser definida com
COMPREENDER
mais precisão como uma
2. 0dragão-de-komodo vive em várias ilhas in- 4, Em relação às abelhas, indique o processo de produ- forma incompleta de re-
donésias. Explique de que forma uma única
ção dos espermatozoides por parte dos zangões. produção sexuada.»
fêmea poderia colonizaÍ uma nova ilha e origi-
5. Justifique ofacto de, nas abelhas, a reprodução sexuada
nar uma população (om reprodução sexuada.
depender sempre da assexuada.