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A sociologia no meu cotidiano!

A sociologia no meu cotidiano!


Lis Santos, sou água por inteiro! Sinto sem querer, reflito por consequência e
escrevo por uma necessidade absurda. Meu sonho é escutar histórias de amor ou
viajar pelo mundo escrevendo, fotografando lugares, conhecendo comunidades e
simplesmente movendo o cursor de uma maneira que meu coração palpite e saia
pela boca. Sou apaixonada por livros e animais, encantada por tudo aquilo que não
entendo e desconheço e estou sempre aberta a conhecer gente nova com algo
interessante para contar.

A união do rebanho faz o leão ir dormir


com fome. (Provérbio africano)
-
novembro 16, 2015

A ditadura e suas facetas


racistas e sexistas.

A união do rebanho faz leão ir dormir com fome. (Provérbio


africano)

Este texto é antes de tudo para


não se esquecer dos heróis e heroínas desta nação que
acreditaram que apesar de
tentarem nos manter invisíveis, todos nós estamos vivos e
crescendo cada vez
mais. Nosso respeito ao militante negro Osvaldo Orlando da Costa
(Osvaldão), à Helenira Rezende de Souza Nazareth (Preta, Fátima); Dinalva
Oliveira Teixeira
(Dina), Lucia Maria de Souza (Sônia), Francisco Manoel Chaves
(marinheiro).
Quando se pensa em ditadura
militar vem um filme em nossas cabeças e começasse a pensar
no quanto este
momento deve ter sido tempos de terror para os militantes dos diversos
segmentos sociais.
Fazendo uma leitura desta fase
política e comparando com a atualidade é possível imaginar o
quanto mulheres,
negros, homossexuais e militantes de esquerda devem ter sofrido com
humilhações
e torturas.
A ditadura perseguiu os
militantes e as reuniões do movimento negro desde o inicio, como
f d ã d i i P N d B il
uma forma de
não deixar nascer um suposto movimento Panteras Negras, contudo no Brasil
A sociologia
não
cresceu no
desta forma, masmeu cotidiano!
conseguiu atacar com as armas que tinham o regime
existente.
Além
disso, a perseguição contra as mulheres foi brutal e demasiada, mas elas se mantiveram
no movimento. Para Maria Amélia de Almeida Teles falar de
mulher e ditadura é lembrar-se
das crianças sequestradas, abandonadas,
torturadas ou nascidas nos centros clandestinos da
repressão.

E
não esquecer que uma das formas de atingir estas mulheres é através da violência
sexual e
contra seus filhos:

Registrar
que houve o estupro como prática de tortura nos órgãos de
repressão durante a
ditadura militar é o começo para desvelar os horrores
cometidos contra as
mulheres e as crianças durante a ditadura. (TELES,
2014)

O jornalista Luis Claudio Cunha


afirma que o passado condena o papel horroroso da grande
mídia
brasileira, pois esta apoiou e consolidou uma política autoritária, trazendo a
tona
inimigos como o governo Jango, a aliança
nacionalista do Partido Trabalhista Brasileiro, o
comunismo, que,
aparentemente, resumia tudo aquilo e os movimento sociais
E qual a melhor forma
para derrubar estes grupos? Conseguindo o apoio da nação, do povo,
fazendo com
que as pessoas acreditassem realmente que estes eram os “comedores de
criança”
e a maldição deste país, e a estratégia usada foi os meios de comunição.
Cunha
aponta que os golpistas perceberam a importância do rádio e da televisão e
começam a
produzir programas de TV e de rádio no horário nobre das principais
cidades do País,
alienando os telespectadores como suas novelas, propagandas e
jornais.
Juremir
Machado da Silva afirma que o Brasil teve governos do centro para a esquerda
em:
1951-1954, 1961-1964 e 2002 até hoje, e a mídia aliou-se todas às vezes a
elite conservadora,
não podemos esquecer que os meios de comunicação são
formadores de opinião e uma arma
perigosa contra a democracia.
Os
grandes jornais paulistas e cariocas apoiaram o golpe e a ditadura. E segundo
Silva a Folha
de S. Paulo, Bandeirantes (OBAN) transportar “subversivos” para o
tronco e a errata deste
espaços nunca apareceu.
O
Globo, O Estado de S. Paulo e a Tribuna da Imprensa foram contra a posse de
Jango em
1961, a favor do golpe de 1964 e defensores do regime e hoje continuam
seguindo os mandos
e desmandos da elite brasileira, sem vergonha e sem
compromisso com a verdade.
É
importante re (lembrar) que a violência, a perseguição e o controle dos grupos
sociais tidos
como desviantes foi em excesso, é só observar a postura de alguns
deputados nos dias de hoje
que apoiam a ditadura militar e a conservação de uma
moral utópica.
Segundo
Renam Quinalha a única forma de inverter os danos causados por este regime é
fazer
valer as obrigações do Estado, estas são:

  1)Reparar os danos causados: oferta de


reparações pecuniárias e
simbólicas para os perseguidos políticosou para as
famílias dos mortos e
desaparecidos; 2) Investigação dos fatos e
responsabilização jurídica
dosagentes violadores (direito à justiça): investigar processar apurando
dosagentes violadores (direito à justiça): investigar,
processar, apurando

A sociologia no meu cotidiano!


responsabilidades, sobretudo as dosagentes públicos, e
punir violadores de
direitos humanos; 3) Direito à verdade e acesso a
informações:revelar a
verdade para vítimas, famílias e toda a sociedade,
possibilitando a
efetivação do direito à memóriapor meio de um acesso total e
irrestrito aos
arquivos e dados produzidos durante a ditadura (direito de
acesso à
informação e abertura completa dos arquivos públicos); 4) Políticas de
memória e fortalecimento das instituições democráticas: cultivar uma
memória
pública e democrática, constituída desde as narrativas das vítimas
e com a
participação direta destas. Nesse campo, outras medidas também

são importantes,
tais como retirar nomes de violadores dos direitos
humanos de ruas e lugares
públicos; e 5) Reforma das instituições: fazer
esforços na mudança da cultura
institucional e da dinâmica de atuação dos
órgãos do Estado, sobretudo das
forças de segurança, dos aparatos judiciais
e de outros organismos que foram
utilizados pela repressão. Uma medida
comum nesse ponto é afastar os criminosos
de órgãos relacionados ao
exercício da lei e de outras posições de autoridade,
processo conhecido
como expurgo ou lustração. ( QUINALHA, 2014)

Precisamos
ter em mente que a derrubada da ditadura não representou políticas públicas, é
função do Estado brasileiro romper com as estruturas do patriarcalismo, do
racismo, do
sexismo, da heteronormatividade e de outras formas de opressões o
quanto antes.

Referências
bibliográficas.

CUNHA,
Luis Cláudio. O papel feio
da mídia na ditadura de 1964. Observatório da imprensa. Ed.
574. 26 de janeiro de 2010

QUINALHA, Renan Honório. Uma ditadura contra a liberdade sexual: a Justiça de Transição com
recorte LGBT no Brasil. São Carlos/SP:EdUFSCar, 2014).

TELES, Maria
Amélia de Almeida. Mulheres e Ditadura Militar.10. RIDH | Bauru, v. 2, n. 2, p.
9-
18, jun. 2014.
SILVA,
Juremir Machado da. Jango e as raízes da imprensa golpista. Carta Capital, edição de 28 de
março de
2014.

Mauricio Lourenço 18 de novembro de 2015 04:07

Muito bom, parabens!!!!

Lis Santos 18 de novembro de 2015 09:03


A sociologiaObrigada
no meu amor,cotidiano!
feliz por teu comentário!

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