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CASTANHO, Maria Eugénia (1989), Universidade @ noite: Fim ou comeco de “jornoda?. Campinas: Papirus. CASTRO, Amélia Domingues (1974) Piaget ea didética, Sao Paulo: Saraiva DEBESSE, M. e MIALARET, G. (1977). Tratado das etencas peckrtgicas (2). Sto Paulo: Editora Nacional/Edusp. GIROUX, Henry (1983). Pedagogia radical: Subsidios. S80 Paulo: Cortez GUSDORF, G. (1987). Professores para qué?. Séo Paulo: Martins Fontes. SUBERO, Pedro Fontin (1978). La excuela y sus alternativas de poder. Barcelona: Ceae KAMENKA, Eugene (1976). “Humanismo matsiano ¢ a erie na éica lata In FROMM, E, Huarisme socialist, Lishoe: Pages 70- LEREBVRE, H. (1975). Légioaformal/lbgiadatérca, Rio de Janeiro: Civizagdo Brasil LIMA, L.0.(1967) escola secundéria moderna, Rio de Janeiro: Fundo de Ctr. MANACORDA, Mikio Alighier (1988). Mistria da educagdo: Da atiguidade vos nosso das. Sao Paulo: Corte, MENDES, DurmevalTiguciro 1973). "Realiade experiencia crag”. 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Joo Bessa. 106 PapirusEtora ‘muito critica pprocesso de ensino-aprendizagem. ‘pela pouca mais especificamente, a partir dos estUdos psicblogos sociais, que eriaram um ramo de estudo mais conhecido por erent ip eee as alleragdes que se processam em seu Amago, igeradas por forgas internas e externas. + Professora da Faculdade de Educayao da Universidade de Brasilia “Teenlasdeensino 107 bet 40'S als ERERSARON TICE Balzan (1980, p. 123), ao distinguir algumas fases na linha evolutiva de implantagio das técnicas de trabalho socializado ou de grupo, afirma: introduzida com certaansiedade na década de 50~altas expectativas tem toma de seus resultados, mescladas com fortes temores em relagdo ‘amudangas de procedimentos estruturados ~desenvolvidas com certa pparcim#aia no inicio dos anos sessenta, alguns anos depois passou ‘a caracterizar um dos modismos vigentes na Educagio Renovada, Lamentavelmente, 0 trabalho de grupo estruturou-se antes que fosse mais bem fundamentado, questionado e revisto por parte dos edueadores. A aplicagdo do trabalho em grupo as atividades escolares foi fundamentada nas técnicas propostas e sistematizadas pela dinimica de grupo, © que ¢ comentado por Carvalho (1979, p. 216): Ensaiam-se, assim, nas sas de aulas, sem muito maior freqténeia do que outrora, modalidades de agrupamento, ¢ formas de organizagio das atividades de ensino e de aprendizagem, inspiradas nas técnicas que @-dinamica de grupo havia sistematizado; a discussio em —_pequenos grupos; os grupos de cochicho; a discussio 66 ou Philips ‘comissdes; odidlogo, aentrevist, a discussio live, a dramatizasao, as oficinas (workshop); as conteréncias; os institutos; 0 forum; o brainstorming; 0s serinatios et. Enire as téenicas citadas, selecionei uma das mais utilizadas —0 seminario ~ que é uma técnica de ensino que, em seu desenrolar, pode se utilizar da exposigao oral, da discussio ¢ do debate, ‘No campo da Didatica, sob o enfoque ctitico,o ensino socializadoé centralizado na ago intelectual do aluno sobre o objeto da aprencizagem por meio da cooperagao entre os grupos de trabalho, da diretividade do professor, nfo s6 com a finalidade de facilitar a aprendizagem, mas também para tornar 0 ensino mais critico (explicitagio das contradig6es) 108 Papiustistora “ecriativo (expressiio elaborada), Nesse sentido, tanto o professor quanto "__o aluno deixam de ser sujcitos passivos para se transformar em sujeitos atvos, capazes de propor agdes coerentes que propiciem a superagio des dificuldades detectadas 1, Premissas basicas do ensino socializado {A justificativa tedrica para o ensino socializado, da forma como é concebido neste estudog@SStafealeaa eit premisSAsibisicas, UBT diz respeito a prOpria natureza do homem que traz consigo um sentimento @Uiiter=relaeionamenroydemecessidadeyde {nterago, Nos grupos formados com objetivos educacionais, a interaglo devera estar sempre provocando uma infiuéncia reciproca entre os Datticipantes do processo de ensino, o que me permite aftrmar que os ‘alunos nao aprenderdo apenas com o professor, mas também através da ‘roca de conhecimento, sentimentos e emogdes dos outros alunos. E a premissa do campo psicolégico ou afetivo onde a nogdo de grupo esta vvinculada & de interagdo. ‘A segunda premissa é a de que tanto professor quanto os ‘alunos no podem ser pensados independentemente, ou seja, como individuos isolados de suas situagdcs concretas, de sua histéria e de sua (Wid. Professor e alunos so seres contextualizados. AS relagoes que se estabelecem entre professor € alunos, portanto, sio profundamente marcadas pelas contradigdes sociais. ‘A importincia conferida a essa premissa transparece no seguinte comentari "Nasala de aula, o professor encontra pela frente alunos com diferentes cearacieristicas, provenientes de diferentes familias, grupos e classes, (Oprofessor, por sua vez, também fruto da eatidade, periencea uma elasse social € a um melo familiar, €portadorde valores easpirages. (Veiga T98, p. 88) “Téeriad@ensina 108 so itp eet ewioeo 1, com a diregio do iniciativa, mas qq ‘professor. Essa é a premissa do campo socialdgico. ‘Aterceira premissa é decortente das anteriores, ¢ciz seeing 0 estabelecimento do didlogo que engaja pro e t respeito comuns, procurando atingir uma eompreensso mais eitica da realidade social. Ha espago para a convivéncia ¢ para o cumprimento {do trabalho pedagogico, Hi também necessidade de um envolvimento tomum a professor e aluno, sem esquecer o papel insubstituivel do primeiro ao assuimir o trabalho pedagdgico de forma intencional, sistematica e planejada (@abene)proleseonp! juestbes; reflexes, delinear caminhos, junto com 0 aiuno, em m._processo de 4 ensino-aprendiza; relaglio ‘patemalista-e-de-depencéncia pura a de autonomia e independéncio. Me antoridade do professor vir contribuir pare sjudar-©-alUNocEM SEH provesso de aquisiglo-produgto do conhecimento,exigindo dele esfore0 e aisciplina. Assim, o didlogo estabelece uma relagio de autoridade do professor para com 0 objeto do conhecimento e, consequentemente, {fe autoridade pare comes alunos. Fa premissa voltada para o campo politico-pedagogico que abre espago para a democracia das relaghes na sala de aula. Freire (1986, p. 123) tece, aesse respeito, a seguinte consideracao: _ o ditlogo € uma ja, na medida em ‘que os seres- hu ais em seres ritioa em que 6 ‘pumanos se encontrar para refletir sobre sua Tealidade tal como = fazemere-fazer © didlogo nao é uma técnica pedagogica, mas € a posigav do professor ¢ est io € 8 al, ves findamentalmente sociale politico-pedagogiea F wina comunicaca +10 Papirustdtora pt democritica, que invalida as relagées dominantes, reduz a obscuridade, Enfim, “o didlogo sela o ato de aprender, que nunca ¢ individual, embora ‘enha uma dimensio individual” (Freire 1986, p. 14). 2. O semindrio como técnica de ensino ‘Etimologicamente o nome desta técnica vem da palavra latina .seminariu, que significa viveiro de plantas onde se fazem as sementeiras. ‘Sementeira indica a ideia de proliferagao daquilo que se semeia, local onde se coloca a semente, [sso significa desemear ideias ou de favorecer sua germinasao (Diciondrio da Lingua Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda). No sentido amplo, seminario significa um congresso cientifico, cultural ou tecnolégico, isto é, um grupo relativamente numeroso de pessoas (edlucadores, especialisas, téenicos e alunos), com 0 propésito de ‘estudar um tema ou questdes de uma determinada area sob a coordenagio ‘deuma comissio de educadores, especialistas ou autoridades no assunto. ‘emo exemplo, cito: I Semins ‘Nacional de Pratica de Ensino Supervisionado, Seminario Tendéncias © Prioridades do Curriculo na Realidade Brasileira ete. No sentido restrito, 0 set jo visto como técnica de ensino 0 grupo de estudos em que se discute € se debate um ou mais temas apresentados por um ou varios alunos, sob a direcio do professor responsavel pela diseiplina ou curso. 2.1. Os estudos sobre 0 seminario como técnica de ensino A literatura didatica tem-nos dado conta de algumas discussdes sobre a técnica do seminério. A maior parte delas refere-se a orientagoes prescritivas sobre as caracteristicas € os esquemas de funcionamento de ‘um semindrio, sem, contudo, entrar na discussio de sua fundamentagio tebrica. Técnicasdeensine 111 Uma das orientagses prioritirias na caracterizagao do seminério € relativa ao “como se organiza”, quc vai desde © preparo do tema, arranjo fisico da sala de aula, nimero de participantes, duragao, até a realizagio © avalingio do mesmo. Outras orientagdes giram em torno das preeaugdes necessirias ao éxito de um seminério, chamando atengzo para o conhecimento prévio Qa bGINGH SEF ares eG PEGS TELATORES) ou expositores, a necessidade de se evitar discursos nas exposigdes a fim de niio tomar a sesso mondtona, a importincia dos papéis 2 serem desempenhados pelo relator, comentador, coordenador e demais integrantes ou participantes do mesmo, s primeiros estudos que se propuseram a analisar a importdncia da técnica do semindrio foram mareados pela critica, quanto a sua reparagiio e forma de aplicagto, Balzan (1980, p. 121) ao discutir sobre sete assergdes inaceitaveis Sobre-e-inovagZoreducecional d4 importantes contribuigdes para o estudo do s técnica de ensino. Ao anunciar a asserpio “semindrio significa aula expositiva dada pelos alunos”, o autor aponta alguns equivocos com relagao a téonica do seminério que, sinteticamente, apresento a seguir: + 0 primeiro equivoco tem origem numa tentativa mal fundamentada de substituir 0 mondlogo do professor pelo ‘mon6logo do alto, que nada tem que ver com seminério; * 0 segundo equivoco cai na extrema divisto do trabalho, @ descontinuidade e, portanto, a auséncia de interacho; * © tereeiro equivoco ¢ 0 de se ficar em generalidades, superficialidades, pois o trabalho conjunto de investigagao passa a scr substituido por algo no problematizante. Mais recentemente, dentre as reflexdes ja realizadas em tomo do seminério esto as de: Machado (apud Rodrigues Jr. 1989, p. 2), que, ao observar 0 emprego dessa técnica em quatro disciplinas de 112 PapirusEstora | cursos oferecidos pela Universidade de Brasilia, registrou diferentes composi¢des numéricas dos grupos; Vieira e Alonso, também citados por Rodrigues Jr, enfatizaram a importincia @S\S8) prepare uiialeStutua) (Glepossibilite Siiair AS eOnolusdes do sémindtio”; Singer (1988, p. 32) analisou depoimentos de alunos que enaltecem o sucesso do semindrio, bem como aqueles marcados por “apatia, desatencio e mesmo tenséo” Pierroti (1990) levantou dados importantes sobre 0 processo de ensino no curso de licenciatura em Letras. Uma questio por demais evidenciada na percepgio dos alunos esté relacionada & metodologia diditica. A critica dos alunos recai na utilizagio do seminario como téenica tinica empregada pelos professores, 0 que torna as aulas monétonas € cansativas. Outro ponio importante apontado pelos alunos &a substituigo de aula ministrada pelo professor por uma aula dada pelo aluno. Isso ver confirmar a aceitago da assertiva jé anunciada por Balzan — semindrio significa aula expositiva dada pelos alunos (1980, p. 121). Sumariando as constatagdes obtidas por Pierroti a partir da _percepeio dos alunos no tocante ao semindrio, pode-se afirmar que muitos cstudantes sugeren-@ diversifieaca das téchicas de ensino ea redugdo do niamero de seminirios, que sHo importantes desde que bem planejados ¢ ‘bem orientados pelos professores. F mbora seja possivel desenvolver toda uma disciplina, ou curso, mediante a técnica de seminirio, especialmente no caso da pés-graduacio, na graduag&o e no ensino médio deve-se «tender ao principio da variedade, ou seja, o emprego variado de técnicas de ensino, de recursos materiais e de abordagens. Ao analisar a pritica pedagogica de professores com alunos de diferentes licenciaturas, pereebi que o seminario como técnica de ensino nao ver acompanhado de uma mudanea por parte do professor. Nao hd aquisigfo de uma nova atitude por parte do mesmo em relacao a0 processo de ensino nem uma tomada de consciéncia das contradigdes inerentes ao seu trabalho. Verificou-se que o emprego da técnica se limita a tema para cada erupo, para expor e criticar o assunto. istribuir um Técricasdeensino 113 Diseutindo sobre a forma como ¢ empregada a técnica, alguns alunos reforcam os aspectos negativos aquilo que diz respeito a0 semindrio: “O aluno nao prepara direito e 0 assunto fica mais superficial..." (Maria); “.. 0 aluno nao transmite de uma forma boa € 0 aluno que nao leu nao tem condighes de discutir...” (Anténio); “.. €0 cara na frente tremendo e suando...” (Vera); *.. 0 professor discorda e repete 0 que 0 aluno falou...” (André); “.. quem nao faz 0 seminério no aprende nada ..” (José). ‘Nota-se que 0s alunos estio percebendo também aimporténcia de ‘sua participagio como elementos ativos e criticos do processo ensino- aprendizagem, que devem ter responsabilidades © obrigagdes. Isso implica estuder o tema do semindrio com profundidede, participar da discussao, querer conhecer, questionar 0 conhecimento que esta sendo discutido. Cabe ao professor aprofundar 0 assunto, (igO/emi Vista) estudo_analitico das ideias do autor, estabelecer relagées, levantar hipéteses, provocar o altno, encaminhar conclusées, enfim, conduzir 0 seminario. ‘Um mergutho nessas evidéncias revela que, se de um lado 0 semindrio apresenta pontos criticos que precisam ser repensados, por estarem prejudicando a efetividade de seu emprego ¢ levando resultados nfo desejveis, por outro, os depoimentos orientam-se no sentido de indicar pontos positivos necessarios revisdo da concepea0 da técnica de ensino em pauta, Isso torna-se mais claro nos seguintes depoimentos:™... quem faz o seminério aprende muito..." (Marta); "..0 professor sugeria uma bibliografia para leituras de aprofundamento...” (Antonio); “... 0 professor levanta categorias para a leitura de textos e livros...” (Fred). Esses_estudos so importantes para a compreensao da prética pedagégica. Talver sua maior contribuieZo tenha sido a de possibititar que a pratica repetitiva e acritica dé lugar a uma pratica pedagégica reflexiva e critica, deixando de lado o fazer pelo fazer, o fazer ingénuo ou o fazer fundamentado no modismo. 114 Popitusttora pane 2.2, Caracteristicas gerais do seminério Basicamente, o semindrio é uma técnica de ensino socializado, na {qual os alunos se retinem em grupo com o objetivo de estudiar, investigar, um ou mais temas, sob a directo do professor. Uma das ceracterfsticas essenciais do semnindrio é a oportunidade que este cria para os alunos se desenvolverem no que diz respeito {nvestigagto, A crfiea e4 independéncia intelectual O conhecimento a ser assimilado, reelaborado e até mesmo produzido nao € “transmitido pelo professor”, mas é estudado e investigado pelo proprio aluno, pois este é visto como sujeite de seu processo de aprender. Isto é, para mim, um ato de conhecimento e no uma mera técnica para a transmissio do mesmo. ‘Outra caracteristica do seminério € que a participagao do professor 1nio € mais predominante. O professor é o que orienta, conduz.e dirige O provesso de ensino, Nesse sentido, o professor assume o papel de coordenador do seminério. A coordenacio deve estar presente nas diferentes etapas do seminério. Vale lembrar que a técnica esté sujeita a0 fiacasso quando oprofessor nao desempenha adequadamente sua fungio «quando os alunos nao assumem com responsabilidade seus encargos. seminério tem por objetivos: westigar um problema, um ou mais temas sob diferentes perspectivas, tendo em vista alcancar profundidade de compreensiio; ‘© analisarcriticamente fendmenos observados, ou as ideias do(s) autor(es) estudado(s); * propor alternativas para resolver as questdes levantadas; ‘+ trabalhar em sala de aula de forma cooperativa; ‘+ instaurar 0 didlogo critico sobre um ou mais temas, tentando desvendi-los, ver as raz6es pelas quais eles sio como so, 0 Contexto politico e histérico em que se inserem. ‘Teonicasdeensing 115, quando o seminrio esta sob a responsabilidade de uma equipe ‘de alunos; ‘+ escother 0s relatores e comentaristas: * providenciar 0s materiais ¢ recursos de ensino nevessérios & realizacao do semindrio. ‘0 emprego do seminério como técnica de ensino implica trés tapas. A primeira é a preparagdo que envolve encargos, tanto para 0 professor como para os alunos. Cabem ao professor as seguintes providencias: ‘« explicitar os objetivos claramente; ‘© sugerir temas adequados aos alunos, justificando a importancia dos mesmos; ‘ ajudar os alunos a selecionar subtemas; « recomendar bibliografia (minima e complementar) a ser estudada por todos os participantes do seminério; # orientar os alunos na busca e localizagdo de fontes de consulta livros, relatérios de pesquisa, textos, autores, pessoas, instituigdes e bibliotecas: ‘dar orientagdesescritas sobre pontos essenciais do tema, sugerir categorias de anilise, formular quests para serem analisadas e discutidas, ‘+ preparar o calendirio prevendo o tempo necessirio a efetivagio a(s) leitura(s) indicada(s) e para a apresentaedo dos trabalhos pelos alunos; ‘+ prever o-artanjo fisico da sala de aula que favorega o debate, a discussao, enfim, o didlogo. ee A segunda etapa ¢ a apresentagdo do tema e discussdo dos mesmos por meio das técnicas da exposig%o oral, do debate e da discussdo. ‘Nessa etapa, o papel do professor é o de direcionar 0 processo, no qual (5 eslidantes SiH0 jumt0s) Ao dirigir o seminario, 0 professor deve ser exigente ¢ no permissivo:(@@int@O] USGS a NAGS peneeH NOLES as questOes levantadas, questionando suas afirmagdes, sintetizando as ideias principais, estabelecendo relacdes do conteiido com outras éreas do conhecimento, exemplificando, utilizando resultados de pesquisa, estimulando-os as conclusdes finais, para finalmente consolidé-las. O importante € que o professor instale o didlogo critica, procurando coletivizar as questdes suscitadas em sala de aula, usando a indagagao ‘como forma de conduzir 0 seminario. ‘Nessa etapa, os participantes do semindrio nfo devem se colocer {iaCOAIGNOMEHNETOSOUVIATES) Todos tém uma parcela de contribuigao ‘no decorrer do mesmo. Asatividades basicas, tanto dos alunos responsiveis pelo seminétio como dos demais participantes, sfo as seguintes: ‘Ans alimes competes * apresentagao do trabalho por escrito (relatério ou sintese), com ccépias para cada participante do seminério; ‘© exposicdo do tema com objetividade: * formulagio de questdes criticas — escrevendo sobre elas, discutindo-as seriamente; ‘© solicitagio de esclarecimentos para sanar duividas, definir posturas, argumentar © contra-argumentar, buscar respostas ‘© escolher 0 tema ou subtema; © obteras informagies, dacs, ideias, por intermédio de pesquisas, experimentacées, levantamentos, leituras, entrevistas, que os capacitem a participar ativamente do semindrio; * ler a bibliografia sugerida e estudar previamente o tema escolhido com profundidade, individualmente ou em grupo, 116 PapirsEdtora “Tecricaseensinn 117 (ated a ioaran iioRRaHapeRaTea eRe He feast Considera-se como terceira etapa a apreciagio final sobre 0 trabatho realizado, tanto por parte dos responsiiveis pelo seminario € demais participantes quanto do professor, que tece comentirios gerais, sugerindo novos estudos a respeito do tema, quando for o caso. E aconselhivel que o trabalho escrito ou sintese sejam revistos a partir das discussbes desencadeadas ao longo do seminario. ‘Aapreciagio do semindrio pode ter efeito de atribuigao de nota ou mengio. mur tSenica mais adequada as classes de ensino me graduagdo e pés-graduaglo. A sua validade deve-se ao fato de ser uma excelente técnica para estimular a produgao do conhecimento. ‘Comparando os pontos positives com os equivocos ¢ rest feitas para. emprego adequado do seminario, verifica-se que as Timitagdes apontadas encaminham-se para os aspectos técnicos eque nao io inerentes a0 processo e sim a quem deles participa. Bibliografia BALZAN, Newton César (1980), “Sete assere6es inaceitiveis sobre a inovagio ‘educacional”. Revista Echicagao e Sociedade 6, junho. Sao Paulo: Cortez Autores Associaclos, pp. 19-30. BORDENAVE, ID. e PEREIRA, Adair M. (1980). Estratégias de ensino- ‘aprendizagem. 3 ed, Petropolis: Vozes. CARVALHO, Irene Mello (1979). O processo didico. 3* ed. 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