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Senar Go NR3112 M6
Senar Go NR3112 M6
MÓDULO 6
Noções de
primeiros
socorros e a
importância do
uso dos EPIs
Como você está utilizando as máquinas agrícolas? Está
atento aos cuidados necessários ou age instintivamente?
Neste curso, será abordada a prevenção de acidentes
com máquinas e implementos agrícolas, e as maneiras
mais adequadas e seguras de agir. Você conhecerá a
norma de segurança para máquinas agrícolas e como
identificar os riscos, símbolos universais e adesivos de
segurança. Receberá, ainda, noções de primeiros socorros
e verá a importância da utilização de EPIs e EPCs.
Programa Gestão de Riscos em Saúde
e Segurança no Trabalho Rural
SENAR, 2022
Estrutura Organizacional
Presidente do Conselho Administrativo
José Mário Schreiner
Módulo 6
Noções de primeiros socorros e a importância do uso
dos EPIs
Fonte: Shutterstock
Chegamos ao último módulo do curso. Durante todo o curso, você teve a oportunidade de saber
mais sobre a prevenção de acidentes com máquinas agrícolas e discutir sobre quais são as ma-
neiras mais adequadas e seguras de evitar acidentes com máquinas e implementos agrícolas.
Além disso, você aprendeu como identificar os riscos, e interpretar os símbolos universais e
adesivos de segurança.
Agora, neste módulo, você obterá noções de primeiros socorros, informações acerca da impor-
tância da utilização de EPIs e EPCs, e os princípios básicos de prevenção de incêndio. O conteúdo
está dividido da seguinte forma:
• Aula 1: Medidas indicadas em caso de acidentes.
• Aula 2: Equipamentos de proteção individual e coletiva.
• Aula 3: Princípios básicos de prevenção de incêndio.
Aula 1
Para fazer o atendimento, o primeiro passo é ter iniciativa, pois tomar as providências neces-
sárias rapidamente pode salvar uma vida. A iniciativa pode ser avaliar o local e afastar novos
perigos, verificar as condições da vítima como o pulso, respiração, local e tipo de ferimento ou
até mesmo fazer uma ligação e avisar uma autoridade competente, principalmente se a pessoa
que está prestando o socorro não se sentir segura para resolver a situação. O importante é agir
dentro de suas capacidades físicas e mentais. Entrar em pânico pode piorar a situação e não irá
contribuir em nada para resolver a situação.
O socorrista também deve ter criatividade, pois nem sempre no campo poderá contar com todos
os utensílios para a prestação de primeiros socorros. Assim, é necessário que o socorrista seja
criativo e identifique possíveis materiais para serem utilizados em caso de o acidente ocorrer em
local distante ou de difícil acesso. Outro ponto importante para o socorrista é ter solidariedade
e estar disposto a fazer o atendimento, independentemente de quem tenha sofrido o acidente.
Cobras
O primeiro procedimento é não fazer torniquete ou garrote, essa prática não impede que o
veneno seja absorvido e ainda dificulta a circulação, podendo causar necrose e gangrena.
Também não é recomendado fazer incisões (cortes) no local, tentar extrair o veneno sugan-
do o local da picada, aplicar medicamentos que possam dificultar o diagnóstico da vítima e
ingerir bebidas alcoólicas.
Insetos
Aranhas e escorpiões
As medidas em caso de ferimentos superficiais são lavar o ferimento com água e sabão, proteger
o ferimento com gaze ou pano limpo, não tentar retirar farpas, vidros ou partículas de metal do
ferimento e não colocar pastas, pomadas, óleos ou pó secante, por exemplo, sal, açúcar ou pó
de café.
Se os ferimentos forem profundos, as medidas indicadas são cobrir o ferimento com pano limpo
e usar técnicas para cessar hemorragia (curativo compressivo), não lavar para não aumentar o
risco de hemorragia, não remover objetos fixados no ferimento para não agravar a situação e
providenciar transporte de emergência.
Aula 2
Fonte: Shutterstock
Além dos EPI previstos na NR-06, cabe ao empregador, de acordo com os riscos de cada ativida-
de, fornecer aos trabalhadores os seguintes dispositivos de proteção pessoal:
a) chapéu ou boné tipo árabe ou legionário contra o sol;
b) protetor facial contra lesões ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos
químicos, ou óculos contra a ação de líquidos agressivos;
f) bota ou botina com solado sem ranhuras para atividades que envolvam montaria de animais;
As maiores reclamações quanto ao uso de EPIs são dos desconfortos por eles proporcionados.
Para tanto, devem ser fornecidos os EPIs de tamanho adequado a cada trabalhador, e concedidas
também instruções quanto ao seu uso correto.
Para a utilização de alguns EPIs que causarem desconforto térmico e exigirem maior esforço físi-
co, os trabalhos podem ser organizados, quando possível, para serem desenvolvidos no período
da manhã ou no final da tarde.
É preciso controlar a entrega dos EPIs mediante registro formal. Nesse recibo, devem ser discri-
minados os EPIs entregues ao trabalhador.
Para cada trabalhador rural deve ser elaborada uma Ficha de Distribuição e Controle de EPIs.
Essa ficha visa atender aos controles administrativos e aos aspectos legais, pois além do termo
de responsabilidade, são nela discriminados os tipos de EPIs requisitados e as datas de entrega
e substituição.
O empregado também tem responsabilidades. Ele deve utilizar o EPI apenas para a finalidade
a que se destina, higienizar, guardar e conservar os equipamentos. Deve também comunicar ao
empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso e cumprir as determinações do
empregador quanto ao uso adequado dos EPIs.
A definição de quais equipamentos serão necessários para realizar determinada tarefa depende-
rá de uma avaliação de riscos. Essa avaliação determinará os riscos ou perigos a que o trabalha-
dor está exposto e com base nisso serão definidas as medidas a serem tomadas, dentre elas, a
escolha dos EPIs. De uma maneira geral, os EPIs mais utilizados na proteção de operadores de
máquinas são botas de couro, com solado antiderrapante e com biqueira de aço; máscara semi-
facial de tecido tipo P-2 descartável, para as situações em que seja necessário evitar a inalação
de poeira, vapores e partículas tóxicas; protetor auricular tipo plug ou concha, camisa de mangas
compridas, óculos de segurança com proteção UV; óculos transparente para as situações de pou-
ca luminosidade, em barracões, oficinas e também durante as manutenções da máquina.
Muitos trabalhadores têm dificuldade e até mesmo resistência a usar os EPIs e essa situação só
pode ser mudada com a conscientização. Uma das resistências mais comuns é a utilização dos
protetores auriculares, que devem sempre ser utilizados quando o nível de ruído ultrapassar oi-
tenta e cinco decibéis (85 dBA). O protetor irá agir limitando o ruído. Os abafadores (tipo concha)
e protetores internos (tipo plug) mais comuns, utilizados para o trabalho com máquinas agríco-
las, reduzem entre vinte e um a trinta e um decibéis.
Vamos apresentar a importância da utilização desse equipamento. Para tanto, é necessário en-
tender um pouco sobre como nós conseguimos ouvir, e conhecer algumas estruturas do nosso
sistema auditivo.
Diagrama do ouvido médio e das divisões internas da cóclea, representando a direção da passagem do som.
Fonte: MIROL, 2002.
Neste diagrama, podemos perceber o caminho que o som faz dentro do nosso sistema auditivo.
Primeiro ele passa pelo tímpano, que é uma estrutura de proteção do sistema. Ao passar pelos
pequenos ossos martelo, bigorna e estribo, o som provoca uma vibração que é transmitida por
esse conjunto de pequenos ossos para o canal vestibular e para a cóclea. A vibração movimenta
o líquido dentro dessas estruturas que, por sua vez, movimentam os pequenos pelos, chamados
de cílios, que transmitem o som para o nosso cérebro. Resumidamente, é assim que ouvimos.
Não é fantástico?
Bem, mas o que acontece quando somos expostos a ruídos e não nos protegemos? Esses peque-
nos pelos são quebrados. Vamos analisar as duas imagens a seguir.
Consegue perceber a diferença na quantidade de cílios? Nessa situação, os cílios foram que-
brados. Esse dano é cumulativo e irreversível. A sensação para quem está nessas condições é a
de que ele acostumou com o barulho da máquina, mas na verdade ele perdeu a capacidade de
escutar, ou seja, ficou surdo. Para que isso não ocorra, basta seguir as instruções de segurança e
usar os equipamentos recomendados.
Aula 3
Esse processo é fácil se realizado em seu início, por isso, é preciso conhecer as diferentes classes
de incêndio e os tipos de extintores utilizados em cada uma delas. Aqui estudaremos somente os
riscos envolvidos com máquinas agrícolas. Todos os extintores utilizados em máquinas agrícolas
são vermelhos e o que diferencia um do outro é uma informação de classificação no seu rótulo
de identificação.
Agora, vamos identificar esses conceitos. Que extintor é este apresentado na figura abaixo?
Vamos identificar mais um tipo de extintor. Qual é a indicação de uso desse extintor?
Algumas medidas básicas para evitar incêndio em máquinas são o armazenamento adequado de
material, a organização, a limpeza das máquinas, além da manutenção adequada de instalações
elétricas de máquinas e equipamentos.
Recapitulando
Nosso curso chegou ao fim. Parabéns! Nele, você conheceu os princípios gerais de segurança e
saúde no trabalho, acompanhou o estudo da NR-31.12, entendeu a importância da sinalização de
segurança, e aprimorou seus conhecimentos sobre o trânsito de máquinas agrícolas e os cuida-
dos na operação e manutenção. Conhecemos também quais são as medidas mais indicadas em
casos de acidentes, os princípios da prevenção de incêndio e a importância de se usar os equi-
pamentos de proteção, os EPIs. Esperamos que os conteúdos apresentados neste curso ajudem
a prevenir os acidentes com máquinas, implementos e equipamentos agrícolas.
b) O operador deve fazer uma caminhada longa a fim de espalhar o máximo possível o
veneno e assim evitar que no local da picada possa ocorrer necrose ou gangrena.
d) O operador deve colocar gelo ou água gelada, lembrar-se de retirar alianças e joias,
devido ao inchaço e, se forem muitas picadas, procurar um médico.
2. De acordo com o conteúdo apresentado no Módulo 6, em caso de acidentes devem ser pro-
videnciados os primeiros socorros. A pessoa que irá realizar esses procedimentos deve ter
algumas características. Assinale a alternativa que melhor identifica as características deseja-
das em um socorrista.
a) O socorrista deve ser um médico ou enfermeiro para poder realizar esses procedimen-
tos.
b) O socorrista pode ser qualquer pessoa com um pouco de conhecimento e técnica para
prestar os primeiros socorros em uma situação de emergência, desde que faça tudo o
mais rápido possível, sem se preocupar com as regras, afinal quanto mais tempo demo-
rar, pior a situação fica.
c) O socorrista deve ter a característica de tomar a iniciativa, fazer tudo com bastante pres-
sa e resolver o problema rapidamente.
3. O operador percebe um princípio de incêndio na máquina em que está operando e ele precisa
fazer o controle antes que o fogo se espalhe e transformando-se em um incêndio. Do posto
de operação, ele percebe que tem duas opções de extintores, um extintor com o rótulo de
identificação com a indicação da classe de incêndio na cor verde e outro extintor com o rótulo
de identificação com a indicação de classe de incêndio com duas cores, uma vermelha e outra
azul. O fogo é na palha que ficou presa próximo a uma peça giratória e, devido ao próprio
movimento de fricção, deu início ao fogo. De acordo com o que você aprendeu no Módulo 6,
qual deve ser a atitude do operador frente a esse princípio de incêndio?
a) O operador deve descer da máquina, chamar ajuda e se afastar, pois ele não tem ne-
nhum conhecimento em combate de incêndio e não tem como saber qual extintor uti-
lizar.
b) O operador deve manter a calma e utilizar o extintor com o rótulo de identificação com
a indicação de classe de incêndio com as cores vermelha e azul para combater esse
princípio de incêndio.
c) O operador deve manter a calma e utilizar o extintor que estiver mais próximo dele para
combater esse princípio de incêndio.
d) O operador deve manter a calma e utilizar o extintor com o rótulo de identificação com
a indicação de classe de incêndio com a cor verde para combater esse princípio de in-
cêndio.
Finalizando o curso
Ao longo deste curso, você conheceu as principais mudanças ocorridas na NR-31.12 e como o
conhecimento das sinalizações encontradas em máquinas agrícolas ajuda a evitar acidentes. Viu,
ainda, a importância da utilização de EPIs e EPCs e como prestar os primeiros socorros.
Agora, é hora de colocar esse conhecimento em prática no dia a dia e garantir uma atuação mais
segura e dentro da norma. Aproveite todo o conhecimento adquirido e bom trabalho.
Fonte: Shutterstock
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12
Bibliografia
ANDRADE, J. G.; PEREIRA, L. I. Manual Prático de Doenças Transmissíveis. Goiânia: IPTSP-UFG/
HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS, 1999.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro: Fundação Olwaldo
Cruz, 2003.
DEBIASI, H.; SCHLOSSER, J. F.; WILLES, J. A. Acidentes de trabalho envolvendo conjuntos tratori-
zados em propriedades rurais do Rio Grande do Sul. In: Ciência Rural, Santa Maria, v. 34, n. 3, p.
779-784, mai-jun, 2004.
______. (Org.) Prevenção de Acidentes com Tratores Agrícolas e Florestais. Botucatu: Ed. Diagra-
ma, 2010.
MAIA, P. A. Estimativa de exposições não contínuas a ruídos. Campinas, SP: Fundacentro, 2002.
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12
Módulo 2
1) B
2) C
3) A
Módulo 3
1) D
2) B
3) B
4) B
Módulo 4
1) A
2) C
3) D
Módulo 5
1) D
2) B
3) C
Módulo 6
1) C
2) D
3) D
Quadro 1 - Máquinas a que se aplicam as exclusões de dispositivos referidos nos subitens 31.12.28, 31.12.37, 31.12.38
Subitem 31.12.38
Subitem 31.12.38 Subitem 31.12.38 Subitem 31.12.38
Sinal sonoro de
Subitem Proteção contra Faróis, buzina
Estrutura de ré acoplados
Tipo de máquina 31.12.38 Cinto de projeção do e lanternas
proteção na ao sistema de
segurança material em traseiras de
capotagem EPC transmissão e
processamento posição
espelho retrovisor
Motocultivadores X X X X X
Outros
microtratores
e cortadores
de grama X X X X X
autopropelidos
(peso bruto total
abaixo de 600kg)
Pulverizadores
X
autopropelidos
Adubadoras
autopropelidas e X X
tracionadas
Colhedoras de
grãos, cereais,
forragem, café,
X X
cana-de-açúcar,
algodão, laranja
entre outras
Escavadeiras
X
Hidráulicas
Plantadeiras
X X X X X
tracionadas
Plataforma
porta-
implementos X X X X X
(acoplável ao
motocultivador)
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12
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toldo