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05/06/2023, 11:25 UNP - Salgado Filho - 765

Tipos de Carreira 
 
Quando direcionamos o olhar para dentro das empresas e/ou das organizações, sejam elas de porte grande,
multinacionais ou, até mesmo, porte pequeno, podemos notar que ali também se desenvolve carreira, ali tem
pessoas preocupadas com suas carreiras. Mesmo assim, podemos perceber que há caminhos que ligam a
empresa hierarquicamente e que refletem nas escolhas do profissional, fazendo, assim, com que uma car-
reira deslanche após uma promoção ou que uma carreira permaneça estagnada. Nesse sentido, a definição
de sucesso baseia-se em critérios objetivos, tais como: remuneração, cargos, rapidez nas promoções, status
formal na hierarquia e estabilidade de emprego (ROBBINS, 2005).
 
Os critérios que atualmente fazem mais sentido incluem o crescimento por meio do desenvolvimento de habi-
lidades e competências, satisfação pessoal, trabalho desafiador, gratificante e recompensas. Dessa maneira,
o profissional pode escolher suas atribuições diante das necessidades e dos interesses. Nesse sentido, sur-
gem os tipos de carreiras, que serão definidos a seguir. 
 
Carreira tradicional: sempre coloca a culpa no funcionário para se responsabilizar por tudo o que aconteceu
ou, até mesmo, pelo insucesso (ROBBINS, 2005). Isso perde sentido quando todos os envolvidos em uma
equipe ou grupo concordam que a responsabilidade pelo insucesso é do próprio funcionário.  
 
Apesar de a atual conjuntura criticar a carreira tradicional, é válido verificar que ela oferecia um nível de esta-
bilidade que dava ao trabalhador uma sensação de segurança no emprego, podendo, com isso, assumir com-
promissos a longo prazo. Na atualidade, quando o valor de cada um é dado em relação ao que ele pode ofe-
recer naquele momento, a segurança no emprego depende do desenvolvimento das habilidades do próprio
funcionário. 
 
Segundo Chiavenato (2002), a carreira tradicional, também conhecida como modelo tradicional, baseia-se em
uma noção de emprego herdada na base da troca com a organização, ou seja, a pessoa se dedica e é fiel,
como recompensa, recebe segurança e estabilidade. O que é chamado de transição de carreiras nas novas
carreiras, nas tradicionais, seria descrito como estando fora do trabalho (CHIAVENATO, 2002). 
 
Existe uma preocupação quando se trata do Declínio da Carreira Tradicional que foi acompanhada pelo surgi-
mento de, então, duas novas Perspectivas de Carreiras, uma considerada Carreira Proteana e a outra, Car-
reira Sem Fronteiras.  
 
Carreira Proteana: a associação dessa carreira foi utilizada pela primeira vez por David Hall, em 1976, que,
em seu trabalho, faz uma metáfora ao Deus Grego Protheus, que mudava de aparência conforme as circuns-
tâncias, para, assim, descrever o profissional capaz de adaptar seu conhecimento, habilidade e competên-
cias.  
 
A pessoa passa a ter o controle da carreira e não mais a organização, como um profissional flexível, que valo-
riza a liberdade, acredita em aprendizado constante e procura recompensas. Chiavenato (2002, p. 81) afirma
que "o que está em jogo agora é o sucesso psicológico que está correlacionado com personalidade proativa,
autenticidade na carreira, abertura e experiências, e orientações a objetivos". Esse tipo é caracterizado pela
autogestão da carreira e pela carreira orientada para valores, com a valorização das prioridades (CHIAVE-
NATO, 2002). 
 

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Existem, nesse contexto, as vertentes do profissional que assume o controle de seu destino profissional e cria
as próprias oportunidades de desenvolvimento e da carreira que é orientada para valores. Nesse caso, o pro-
fissional prioriza os objetivos de sucesso, que passam a ser definidos por critérios próprios. Assim, ao mesmo
tempo em que estudos eram realizados com base nas carreiras Proteanas, também se falava em Carreiras
Sem Fronteiras.  
 
Carreira sem Fronteira: as empresas, também conhecidas como Empresas Inteligentes, são "aquela capaz
de destruir a hierarquia, romper com os degraus do organograma, terceirizar ao que não é de sua competên-
cia principal e se concentrar naquilo que se faz melhor" (CHIAVENATO, 2002, p.83).  
 
Ou seja, o profissional que segue essa carreira tem um estilo independente, em vez de dependente das tradi-
cionais carreiras, e busca oportunidades que vão além de um único empregador/trabalho.  
 
Para Chiavenato (2002), existe um consenso de que os profissionais se sentem confortáveis, tanto física
quanto psicologicamente, principalmente quando acontece termos de mudanças de emprego/trabalho. São,
portanto, profissionais que gostam de interagir com pessoas, que se fazem motivados para novas experiên-
cias, situações e aprendizados, caracteriza-se, também, quando uma pessoa deseja trabalhar para várias
empresas e se compromete ao trabalho na medida em que percebe que está se desenvolvendo para tal. Para
esses movimentos, a carreira proteana e a carreira sem fronteiras estão em oposição ao modelo tradicional.  
 
Robbins (2005) descreve que, quando uma carreira é sem fronteiras, a pessoa possui um tempo mais livre
para outras atividades realizadas fora do trabalho e, assim, ajuda a equilibrar a vida profissional e a pessoal.  
Na atualidade, todos, de maneira geral, reclamam da falta de tempo e do estresse rotineiro, tirando ou ainda
deixando bem curto o tempo. Focalizar em carreiras do tipo sem fronteiras é ter uma flexibilidade, ou seja, é
abrir mão do dinheiro para ter mais tempo; essas podem ser consideradas, portanto, as carreiras mais dese-
jadas (ROBBINS, 2005). 
 
Carreira Multidirecional: possui um foco na relação pessoa-trabalho, como uma criadora de caminhos dife-
renciados dentro e fora das empresas. 
 
Carreira em Espiral: com foco nas competências que o indivíduo consegue desenvolver e, assim, utilizar no
trabalho, determinando sua trajetória laboral. 

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