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INSTITUTO BÍBLICO DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS

IBADEG

Livros Históricos

EDIÇÃO 2022

Pr. Antônio Veras de Sousa


Instituto Educacional Teológico do Gama

Todos os Direitos reservados pela lei dos


Direitos Autorais 9610/98. Nenhuma parte deste livro
poderá ser reproduzida, sob quaisquer meios.
(Eletrônico, fotográfico e outros).

O conteúdo original da obra é de total e


exclusiva responsabilidade do autor.

Sobre o livro: Livros Históricos

Categoria: (Ensino Teológico)

12ª Edição – Março 2015

Tiragem: 500 Exemplares

Autoria e Pesquisas: Pr. Antônio Veras de


Sousa

Revisão Teológica: Pr. Antônio Veras de Sousa

Revisão Textual: Aeraclides Vieira de Sousa


Editoração: Pb. Antônio Marcos Veras de
Sousa

Digitação: Alessandra Vieira de Sousa

Capa: HBL Editora

Diagramação: HBL Editora

Formato: 14x 21 cm

Editora: HBL Editora

Telefone: (61) 3394-7846/ 3394-0557

Impresso em Brasília - Brasil


12ª Edição

Instituto Educacional Teológico do Gama


Palavra do Presidente

Tenho-me por privilegiado e escolhido de Deus ao


receber a incumbência de criar o IBADEG - Instituto
Bíblico das Assembleias de Deus do Gama, porque sei da
importância que isto representa para o seguimento
Evangélico.
Chegamos para fazer a diferença na área do
Ensino Teológico, não somos apenas mais um Instituto no
mercado, somos o IBADEG; tudo aquilo que com certeza
vai somar para a boa formação de obreiros e líderes
com o Ensino de qualidade a nível médio, em regime
presencial e à distância a baixo custo e com comodidade,
aproveitando o seu tempo disponível.
A Bíblia afirma no livro do profeta Oséias 4:6 “O
meu povo foi destruído porque lhe faltou o conhecimento;
porque tu rejeitaste o conhecimento, também, eu te
rejeitarei...” Por isso gostaríamos de incentivá-los a buscar
do conhecimento que é fundamentado para o bom
desempenho das atividades ministeriais. Para isso será
necessário que tenhas vontade, persistência, disciplina e
acima de tudo disposição.
Egmar Tavares da Silva
Pastor Presidente
Instituto Educacional Teológico do Gama

Como Estudar Com


Aproveitamento Este Curso

1) O estudo da palavra de Deus deve ser precedido de


uma oração, na qual deve-se suplicar direção e iluminação
do alto, através do Santo Espírito de Deus, que pode
vitalizar e capacitar a nossa mente.

2) Além da matéria a ser estudada com o livro-texto,


tenha à mão outros livros como fontes de consulta e
referência.

* Bíblia, se possível em mais de uma versão;


* Dicionário Bíblico;
* Concordância Bíblica;
* Dicionário de Língua portuguesa; * Livro ou caderno de
anotações.

3) a) Ao primeiro contato com a matéria, faça uma leitura


geral e não sublinhe nada. Não faça qualquer anotação.
Procure conhecer primeiro o conteúdo geral da matéria em
estudo.
b) Tendo já feito um reconhecimento da
matéria, agora sim, passe ao estudo detalhado de
cada lição, sublinhando palavras e textos chaves.
Faça anotações no caderno a isto destinado.
c) Ao final de cada texto feche o livro e tente
memorizar o que foi lido. Caso tenha alguma
dificuldade volte ao livro texto.
d) Quando estiver seguro do seu aprendizado,
passe a responder as perguntas do questionário.
e) Confira suas respostas com a lição
estudada, deixando em branco as que não souber.
Não se esqueça; às vezes estudamos muito e
aprendemos pouco ou nada, porque não usamos
critérios lógicos e racionais, colocando em
segundo plano os métodos mais fáceis.
Concluindo: Nada do que recomendamos acima,
terá valia se o aluno ao estudar cada matéria deste curso
não levar em conta que estamos tratando do Ensino
Metódico da Palavra de Deus
Instituto Educacional Teológico do Gama

Indíce
Josué ....................................19
Juízes ...................................25
Rute .....................................37
I e II Samuel ........................43
I e II Reis .............................55
Ie II Crônicas .......................67
Esdras ..................................75
Neemias ..............................81
Ester .....................................89
INSTITUTO BÍBLICO DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS
IBADEG

Livros Históricos

EDIÇÃO 2022
Instituto Educacional Teológico do Gama

Com o livro de Josué começamos


a Segunda divisão do Antigo Testamento. Os Livros
Históricos. Nenhum livro da Bíblia inspira mais coragem
do que o livro de Josué.
Admitindo que Josué tivesse a mesma idade de
Calebe (Tinha estes quarenta anos quando espiaram
Canaã; - Josué 14:7).

É provável que Josué tenha começado a comandar


a Israel com a idade de 79 anos. Morreu com 110 anos.
Sua liderança durou 31 anos (Josué 24:29). O livro de
Josué, parte de onde Moisés parou. É a continuação do
povo escolhido. Moisés tirou da escravidão o povo de
Deus. E Josué conduziu à terra da promessa.
Contexto Histórico

O livro começa nas vésperas da entrada de Israel


em Canaã. Politicamente, Canaã se dividia em várias
cidades-estados, cada uma com seu governo autocrático e
todas hostis umas com as outras.

Reino de Israel e Judá

Moralmente, as pessoas eram depravadas; a


anarquia e a brutalidade eram comuns.

10
Livros Históricos

A religião Cananéia enfatizava a fertilidade e o


sexo, adoração da serpente e o sacrifício de crianças. O
cenário estava estabelecido e a terra propícia para a
conquista. Em contrapartida, o povo de Israel estava sem
pátria havia mais de quatrocentos anos (Gn 15.13).

Eles tinham vivido em servidão aos Faraós


egípcios e depois ficaram perambulando sem rumo no
deserto por mais de quarenta anos. Entretanto, embora
imperfeitamente, continuavam fiéis ao único e verdadeiro
Deus e se apegavam à promessa que ele tinha feito ao
antepassado deles, Abraão.

Séculos antes, Deus havia prometido transformar


Abraão e seus descendentes em uma grande nação e dar-
lhes Canaã como pátria sob a condição de que eles
continuassem fiéis e obedientes a ele (Gn 17). Agora, eles
estavam prestes a vivenciar o cumprimento dessa
promessa.

Conteúdo

O Livro de Josué é o sexto do Antigo Testamento e o


primeiro de um grupo de livros chamado os Profetas
Anteriores.

Coletivamente, esses livros traçam o desenvolvimento do


Reino de Deus na Terra Prometida até o cativeiro da
Babilônia - Um período de cerca de novecentos anos.

Josué narra o período da entrada de Israel em Canaã


através da conquista, divisão e estabelecimento da Terra
Prometida.

11
Esboço de Josué

I. Preparação da herança 1.1-5.15


Mediante a escolha do líder do exército 1.1-18
1) Josué ouve o chamado 1.1-9
2) Josué dá o mandamento 1.10-15
3) Josué recebe estímulo 1.16-18

Mediante o preparo do exército para a


batalha 2.1-5.15
1) Procurando a moral do inimigo 2.1-24
2) Posicionando o povo para a batalha 3.15.1
3) Fortalecendo as tropas para a guerra 5.2-
12
4) Convencendo um líder a servir. 5.13-15

II. Possuindo a herança 6.1-12.24

O território central 6.1-8.35


1) A obediência traz a conquista - Jericó 6.1-
27
2) O pecado traz a derrota - Acã 7.1-26
3) O arrependimento traz a vitória - Ai 8.129
4) A lei traz a bênção - Monte Ebal e monte Gerizim
8.30-35

O território do Sul 9.1-10.43

12
Livros Históricos

1) O engano traz o cativeiro - Gibeonitas 9.127


2) Os milagres trazem a liberação - Amorreus
10.1-43

O território do Norte 11.1-15


Revisando os territórios conquistados 11.16-
12.24
1) Os territórios 11.16-23
2) Os reis 12.1-24

III. Compartilhando a herança 13.1-22.34

Distribuindo a herança 13.1-21.45


1) Partes ainda não conquistadas 13.1-7
2) Partes para Ruben, Gade e Manassés 13.833
3) Dividindo as partes a oeste da Jordânia
14.1-5
4) Uma parte para Calebe 14.6-15
5) Uma parte para Judá 15.1-63
6) Uma parte para Efraim e Manassés 16.1-
17.18
7) Partes para as tribos restantes 18.1-19.48
8) Uma parte para Josué 19.49-51
9) Cidades de refúgio e para os levitas 20.1-6-
.21.42

13
10) Epílogo 22.1-34

Discutindo o futuro 22.1-34


1) Uma benção para as tribos do Leste 22.1-9
2) Uma explicação para o altar 22.10-34

IV. O discurso final de Josué e sua morte 23.1—


24.33

Josué aconselha os líderes 23.1-


16

Josué desafia o povo


24.1-28

Josué morre 24.29-33

A pessoa de Josué

Josué tinha sido um auxiliar achegado e amigo fiel de


Moisés durante os quarenta anos da peregrinação de Israel
no deserto (Êx 17.8-13; 24.13 ; 32.17-19; Nm 13.8-16).

Homem cheio do Espírito Santo, já designado


sucessor de Moisés (Nm 27.18-24; Dt 34.9). Deus agora o
mandava conduzir o povo dEle para a terra da promessa.

Deus faz promessa a Josué

14
Livros Históricos

Ninguém se susterá diante de ti,


todos os dias da tua vida; como
fui com Moisés, assim serei
contigo; não te deixarei nem te
desampararei. Esforçate e tem
bom ânimo, porque tu farás a este
povo herdar a terra que jurei a
seus pais lhes daria. Tão-somente
esforçate e tem mui bom ânimo
para teres o cuidado de fazer
conforme toda a lei que meu servo
Moisés te ordenou; dela não te
desvies, nem para a direita nem
para a esquerda, para que
prudentemente te conduzas por
onde quer que andares.Não se
aparte da tua boca o livro desta
Lei; antes, medita nele dia e noite,
para que tenhas cuidado de fazer
conforme tudo quanto nele está
escrito; porque, então, fará
prosperar o teu caminho e, então,
prudentemente te conduzirás.
(Josué 1.5-8).

Cristo é revelado no Livro de Josué de três


maneiras; por revelação direta, por modelos e por aspectos
iluminantes de sua natureza. Em Josué 5.13-15, o Deus
Trino apareceu a Josué como o “príncipe do exército do
SENHOR”.

Através de sua aparição, Josué teve certeza de que


o próprio Deus era o responsável. Era tarefa de Josué, bem

15
como nossa, seguir os planos do príncipe, além de
conhecer o príncipe. Um modelo é um símbolo, uma lição
objetiva.

O próprio Josué era um modelo de Cristo.

Seu nome, que significa, “Jeová é Salvação”, é um


equivalente hebraico do grego “Jesus”. Josué guiou os
israelitas até a possessão de sua herança prometida, bem
como Cristo nos leva à possessão da vida eterna.

O cordão de fio de escarlata na janela de Raabe

(2.18,21) ilustra a obra de redenção de Cris-


to na cruz. O Pano cor de sangue pendurado na janela
salvou Raabe e sua família da morte.

Assim, Cristo também derramou seu sangue e foi


pendurado na cruz para nos salvar da morte.

Um dos aspectos da natureza de Cristo revelada


em Josué é o da promessa cumprida.

O testemunho de Josué:

“E eis aqui eu vou, hoje, pelo


caminho de toda a terra; e vós
bem sabeis, com todo o vosso
coração e com toda a vossa alma
que nem uma só palavra caiu de
todas as boas palavras que falou
de vós o SENHOR, vosso Deus;
todas vos sobrevieram, nem delas

16
Livros Históricos

caiu uma só palavra.” (Josué


23.14).

Deus, em sua graça e fidelidade, sustentou e


preservou seu povo tirando-os do deserto e levando-o à
Terra Prometida. Ele fará o mesmo por nós através de
Cristo, que é a Promessa.

A despedida de Josué de todo Israel 24.1-33

Josué, no ocaso da sua vida, conclamou todo


o povo para uma última reunião com Israel a fim de levá-
lo a uma renovação do concerto, em que se
comprometeram a servir ao Senhor com fidelidade e
dedicação.
a) Os detalhes 24.28
I - O resumo 24.1-24: Josué novamente recapitula a
fidelidade e a bondade de Deus para com Israel.
a) O que o Senhor fez (24.1-13)
b) Nos dias de Abraão (24.1-4)
c) Nos dias de Moisés (24.5-10)
d) Nos dias de Josué (24.11-13)

b) O que Israel deve fazer (24.14-24): Josué diz a


Israel que eles devem obedecer e servir ao Senhor,
assim como ele e sua família farão.

17
c) O símbolo (24.25-28): Josué erige uma grande
pedra em frente ao Tabernáculo para lembrar aos
israelitas sua promessa.

d) A promessa do povo, de servir somente o Senhor,


foi cumprida, mas somente enquanto Josué viveu,
juntamente com os anciãos daqueles dias. Pouco
tempo depois da morte de Josué, o povo deixou o
Senhor e começou a servir a outros deuses (Jz
2.11-19).

ATIVIDADES DE APOIO

Coloque C (certo) E (errado)

1) ( ) Com o livro de Josué começamos a


Segunda divisão do Antigo Testamento.

( ) Admitindo que Josué tivesse a mesma idade de


Calebe (Tinha estes cento e quarenta anos quando
espiaram Canaã; - Josué 14:7).

( ) A religião Cananéia não enfatizava a


fertilidade e o sexo, adoração da serpente e o sacrifício de
crianças.

18
Livros Históricos

( ) O Livro de Josué é o sexto do Antigo


Testamento e o primeiro de um grupo de livros chamado
os Profetas Posteriores.
2) ( ) Coletivamente, esses livros traçam o
desenvolvimento do Reino de Deus na
Terra Prometida até o cativeiro da Babilônia - Um período
de cerca de mil e novecentos anos.

( ) Josué tinha sido um auxiliar achegado e amigo fiel de


Moisés durante os quarenta anos da peregrinação de Israel
no deserto (Êx 17.813 ; 24.13; 32.17-19; Nm 13.8-16).

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Instituto Educacional Teológico do Gama

O Autor de Juízes é desconhecido.


Alguns estudiosos atribuem o livro de Juízes a Samuel.
Este bem pode ter escrito partes do Livro, já que se afirma
que era um escritor (1 Sm 10.25).
O Livro de Juízes cobre o período entre a morte de
Josué e a instituição da monarquia.

A data real da composição do livro é desconhecida.

No entanto, evidências internas indicam que ele foi


escrito durante o período inicial da monarquia que se
seguiu à coroação de Saul.
Porém antes da conquista de Jerusalém por Davi,
cerca de 1050 a 1000 aC. Esta data tem o apoio de dois
fatos:
As palavras “naqueles dias, não havia
Rei em Israel” (17.6) foram escritas num
período em que Israel tinha um rei.
Livros Históricos

1) A declaração de que “os jebuseus habitaram


com os filhos de Benjamim em Jerusalém
até ao dia de hoje” (1.21) aponta para um
período anterior à conquista da cidade por
Davi (2Sm 5.6,7).

Contexto Histórico

Juízes cobrem um período caótico na história de


Israel: cerca de 1380 a 1050 aC.

Sob a liderança de Josué, Israel conquistou e


ocupou de forma geral a terra de Canaã, mas grandes áreas
ainda permaneceram por ser conquistadas pelas tribos
individualmente.

Israel praticava continuamente o que era mau aos


olhos do Senhor e “não havia rei em Israel, porém cada um
fazia o que parecia reto aos seus olhos” (21.25).
Ao servirem de forma deliberada a deuses
estranhos, o povo de Israel quebrava a sua aliança com o
Senhor. Em consequência, o Senhor os entregava nas mãos
dos opressores.

Cada vez que o povo clamava ao Senhor, este, com


fidelidade, levantava um juiz a fim de prover libertação ao
seu povo. Estes juízes, a quem o Senhor escolheu e ungiu
com o seu Espírito, eram militares e civis.

O Livro de Juízes não olha apenas retroativamente


para a conquista de Canaã, liderada por Josué, registrando
as condições em Canaã durante o período dos juízes, mas

21
Livros Históricos

também antecipa o estabelecimento da monarquia em


Israel.

O Livro pode ser divido da seguinte forma:


1) Sinopse (1.1-3.6) 2)
Narrativas (3.7-16.31); e 3)
Resumo (17.1-21.25).
A primeira parte do resumo

(1.1-2.5) estabelece o cenário histórico para as


narrativas que seguem. Ali é descrita a conquista
incompleta da Terra Prometida (1.1-36) e a reprimenda do
Senhor pela infidelidade do povo à sua aliança (2.1-5).

A segunda parte do resumo


(2.6-3.6) oferece uma visão geral do corpo
principal do Livro, que são as narrativas.

Estas descrevem os caminhos rebeldes de Israel


durante os primeiros séculos na Terra Prometida e
mostram como o Senhor se relacionou com a nação
naquele período, um tempo caracterizado por um ciclo
recorrente de apostasia, opressão, arrependimento e
libertação.

A parte principal do livro

(Jz 3.7-16.31) ilustra esse padrão que se repete na


história antiga de Israel.

O livro de Juízes registra quatro ciclos principais


da apostasia de Israel, a saber: escravidão, clamor a Deus,

22
Livros Históricos

livramento divino e novo desvio (ver 2.10 nota). Há várias


verdades básicas nesses eventos históricos:

(1) A tendência natural do povo de Deus,


mesmo depois de um reavivamento e restauração, é o
retorno ao declínio espiritual.

Somente a fé viva, a gratidão sincera, o esforço


persistente de buscar a face de Deus e a rejeição constante
dos caminhos ímpios da sociedade incrédula, levarão o
povo de Deus a manter seu primeiro amor, sua visão e
pureza.

(2) A história da salvação retrata o povo crente


como um povo que não procura aprender, nem prevenir-se
dos males da frieza espiritual e das trágicas consequências
das gerações anteriores.

(3) A rebelião e a incredulidade são coisas


graves. São uma afronta contra um Deus justo, e por isso
merecerão seu juízo.

Quando o povo de Deus rebaixa seus padrões


bíblicos ou abre mão deles, perde as bênçãos de Deus
prometidas, e a sua presença paternal.

(4) Deus é um Deus misericordioso, pronto a


atender o clamor de arrependimento do seu povo.

Ele sempre faculta um novo começo pela graça,


mediante a fé nEle

23
Livros Históricos

Os israelitas faziam o que era mau aos olhos do


Senhor (apostasia); o Senhor os entregava nas mãos de
inimigos (opressão); o povo de Israel clamava ao Senhor
(arrependimento); e, em resposta ao seu clamor, o Senhor
levantava libertadores a que ele capacitava com o seu
Espírito (libertação).

Seis indivíduos— Otoniel, Eúde, Débora, Gideão,


Jefté e Sansão—, cujo papel de libertadores é narrado com
mais detalhes, são classificados como “juízes maiores”.

Um décimo terceiro personagem, Abimeleque, está


vinculado à história de Gideão.

Esboço de Juízes

I. As condições em Canaã após a morte de Josué


1.1-3.6
a) Continuação das conquistas pelas tribos
de Israel 1.1-26
b) Conquista incompletas da terra
1.27-36
c) A aliança do Senhor é quebrada 2.1-5
d) Introdução ao período dos juízes 2.6 –
3.6

II. História de opressões e libertações durante o


período dos juízes 3.7-16.31

a) Opressão mesopotâmica por meio de Otniel 3.7-11

24
Livros Históricos

b) Opressão moabita por meio de Eúde 3.12-30

c) Opressão filistéia e libertação por meio de Sangar 3.31


d) Opressão cananita e libertação por meio de Débora e
Baraque 4.1-5.31

e) Opressão midianita e libertação por meio de Gideão


6.1– 8.35

f) Breve reinado de Abimeleque 9.1-


57

g) Carreira de Tola como Juiz 10.1,2

h) Carreira de Jair como Juiz 10.3-5

i) Opressão amonita e libertação por meio de Jefté 10.6 –


12.7

j) Carreira de Ibsã como juiz 12.8-10

l) Carreira de Elom como juiz


12.11,12

m) Carreira de Abdom como juiz


12.13-15

n) Opressão filistéia e libertação por meio de Sansão


13.1-16.31

III. Condições que ilustram o período dos juízes 17.1-


21.25

25
Livros Históricos

a) Apostasia: A idolatria de Mica e a migração dos


danitas 17.1 –18.31
b) Imoralidade: Atrocidade em Gibeá e a guerra
benjamita 19.1-21.15
Duas histórias são acrescentadas ao Livro de Juízes
(17.1-21.15) na forma de uma recapitulação.

Os propósitos desses apêndices não são estabelecer um


final ao período dos juízes, mas descrever a corrupção
religiosa e moral existente nesse período.

A primeira história

A primeira história ilustra a corrupção na religião


de Israel. Mica estabeleceu em Efraim uma forma pagã de
culto ao Senhor, a qual foi adotada pelos danitas quando
estes abandonaram o território que lhes coube por herança
e migraram para o norte de Israel.

A segunda história

A segunda história na conclusão ilustra a corrupção


moral de Israel ao relatar a infeliz experiência de um levita
em Gibeá, no território de Benjamim, e a consequente
guerra benjamita.

Aparentemente, o propósito desta parte final do


livro é ilustrar as consequências da apostasia e anarquia
nos dias em que “não havia rei em Israel”.

Pelo fato das tribos de Israel não cumprirem a lei de Deus,


nem viverem em retidão, o resultado foi o pecado horrível
descrito no cap. 19, e a recusa dos benjamitas de castigar

26
Livros Históricos

os malfeitores (vv. 1214). Israel como um todo afastou-se


da obediência sincera à palavra de Deus, e a tribo de
Benjamim afundou na apostasia total.

Irrompeu a guerra civil, muitos milhares foram mortos, e a


tribo de Benjamim foi quase totalmente aniquilada.

A indignação de Israel ( 20.1- 21.25)

A tribo de Benjamim simpatizava mais com os indivíduos


iníquos no seu meio, do que com a vítima inocente que
fora tratada com tamanha crueldade (19.25).

(1) Ao recusar-se a castigar esses membros iníquos do


seu grupo, a tribo inteira demonstrou:

(a) Que a justiça nada valia para eles, e

(b) Que perdera toda a sensibilidade moral e a


lealdade à lei de Deus.

Por causa disso, Deus castigou a totalidade da tribo de


Benjamim (vv. 18,35,48).

(2) Uma situação similar existe hoje no novo concerto,


quando as igrejas se recusam a disciplinar ou excluir
membros vivendo em pecado. A tolerância do pecado e da
imoralidade (e, a atitude de omitir a disciplina bíblica)
revela falta de sensibilidade moral da própria congregação
e infidelidade a Deus e à sua Palavra. O juízo divino
contra tal congregação é certo ( Mt 13.30; 18.15; 1 Co
5.1).

27
Livros Históricos

As tribos de Israel responderam grande furor ao


tratamento dado à concubina do levita
I) A origem da guerra ( 20.1-17):
a) O relato do levita (20.1-7) O levita relata como os
pervertidos mataram sua concubina na cidade
benjamita de Gibeá.

b) A decisão das dez tribos (20.8-11)

c) A recusa de benjamim (20.12-17)

O Espírito Santo do Senhor no Livro de Juízes é


claramente retratada na liderança daquele período. Os
seguintes atos heróicos de Otniel, Gideão, Jefté e Sansão
são atribuídos ao Espírito do Senhor:

O mesmo Espírito Santo que deu condições a esses


libertadores para que fizesse façanhas e cumprissem os
planos e propósitos do Senhor continuam operantes ainda
hoje.

28
Livros Históricos

ATIVIDADES DE APOIO

Marque C (certo E (errado)

1) ( ) O período inicial da monarquia que se


seguiu foi à coroação de Saul.

( ) Sob a liderança de Josué, Israel conquistou e


ocupou de forma geral a terra de Canaã, não ficou
nenhuma áreas para ser conquistadas pelas tribos
individualmente.

( ) Cada vez que o povo clamava ao Senhor, este,


com fidelidade, levantava um juiz a fim de prover
libertação ao seu povo.

( ) O Livro de Juizes olha apenas retroativamente


para a conquista de Canaã, liderada por Josué.

( ) A rebelião e a incredulidade são coi-


sas graves. São uma afronta contra um Deus justo, e por
isso não merecerão seu juízo.

2) ( ) Deus é um Deus misericordioso, pronto a


atender o clamor de arrependimento do seu povo.

( ) A primeira história ilustra a corrupção na


religião de Israel. Mica estabeleceu em Efraim uma forma
pagã de culto ao Senhor, a qual foi adotada pelos danitas

29
Livros Históricos

quando estes abandonaram o território que lhes coube por


herança e migraram para o norte de Israel.

( ) Pelo fato das tribos de Israel não cumprirem a


lei de Deus, nem viverem em retidão, o resultado foi o
pecado horrível descrito no cap. 19, e a recusa dos
benjamitas de castigar os malfeitores (vv. 12-14).

( ) A tribo de Benjamim simpatizava mais com os


indivíduos crentes no seu meio, do que com a vítima
inocente que fora tratada com tamanha crueldade (19.25).

30
Instituto Educacional Teológico do Gama

s episódios relatados no livro de


Rute se passaram durante
o período de Juízes, sendo parte daqueles eventos
que ocorreram entre a morte de Josué e a
ascensão da influência de Samuel (provavelmente
1150 e 1100 aC ) A tradição rabínica assegura
que Samuel escreveu o livro na segunda metade
do séc. XI aC. Apesar do pensamento crítico mais
recente sugerir uma data pós-exílica bem mais
tardia (cerca de 500 aC), há evidências na
linguagem da obra bem como referências a
costumes peculiares próprios do séc. XII aC que
recomendam a aceitação da data mais antiga. É
razoável supor que Samuel, que testemunhou o
declínio do reinado de Saul e foi divinamente
instruído para ungir Davi como escolhido de
Deus para o trono, tivesse redigido o livro.
Livros Históricos
U
ma história tão comovente como essa certamente já teria
sido passada adiante oralmente entre o povo de Israel, e a
genealogia que a conclui indicaria uma conexão com os
patriarcas, oferecendo assim uma resposta a todos aqueles
que, em Israel, indagassem pelo passado familiar do seu
rei.

Esboço do livro de Rute

I. Ima família hebraica em Moabe 1.1-22

Sofrimento de Noemi 1.1-5

Dedicação e promessa de Rute


1.6-18
Retorno a Belém 1.19-22
II. Uma mulher humilde no campo da colheita
2.1-23

Rute no campo de Boaz 2.1-3

Generosidade e proteção de
Boaz 2.4-17

Noemi reconhece a bondade de


Deus 2.18-23

III. Um matrimônio planejado 3.1-18


Orientação de Noemi

32
3.1-5

Obediência de rute 3.613

Recompensa pela obediência 3.14-


18

IV. Parente e remidor 4.1-22

Boaz, o remidos escolhido por


Deus 4.1-12. Boaz tornou-se
um remidor de duas maneiras.

(1) Casou-se com Rute e


assim preservou o nome de
Elimeleque, o falecido
marido de Noemi. O
primogênito de Boaz e Rute
era considerado filho da
linhagem de Elimeleque (vv.
5,10).

(2) Boaz redimiu


(comprou) as terras da
família que Noemi vendera, e
as restituiu à linhagem de
Elimeleque (vv. 3,7-10).

Benção de Deus sobre


Noemi 4.14-17 Então, as
mulheres disseram a Noemi:

33
Livros Históricos
B
endito seja o SENHOR, que
não deixou, hoje, de te dar
remidor, e seja o seu nome
afamado em Israel.Ele te será
recriador da alma e
conservará a tua velhice, pois
tua nora, que te ama, o teve,
e ela te é melhor do que sete
filhos. E Noemi tomou o
filho, e o pôs no seu regaço,
e foi sua ama. E as vizinhas
lhe deram um nome,
dizendo: A Noemi nasceu
um filho. E chamaram o seu
nome Obede. Este é o pai de
Jessé, pai de Davi.
Boaz representa uma das mais dramáticas figuras
do AT que antecipa a obra redentora de Jesus.

Cumprida de forma tão elegante nas ações que


promoveram a restauração pessoal de Rute, dá testemunho
eloqüente a respeito disso.

As ações de Boaz efetuam a participação de


Rute nas bênçãos de Israel e a incluem na linhagem
familiar do Messias (Ef 2.19).

34
ATIVIDADES DE APOIO

Marque C (certo) E (errado)

1) ( ) Os episódios relatados no livro de Rute se


passaram durante o período de Juízes, sendo parte
daqueles eventos que ocorreram entre a morte de Josué e a
ascensão da influência de Samuel.

( ) A tradição rabínica não assegura que Samuel


escreveu o livro na segunda metade do séc. XI aC.

( ) É razoável supor que Samuel, que testemunhou


o declínio do reinado de Saul e foi divinamente instruído
para ungir Davi como escolhido de Deus para o trono,
tivesse redigido o livro.

( ) Boaz tornou-se um remidor de duas maneiras.

( ) Primeiro casou-se com Rute e assim preservou


o nome de Elimeleque.

35
( ) Segundo Boaz não redimiu (comprou) as terras
da família que Noemi vendera, e as restituiu à linhagem de
Elimeleque (vv. 3,7-10).
Instituto Educacional Teológico do Gama

s dois livros hoje conhecidos como I


e II Samuel eram originalmente um só livro
denominado “O Livro de Samuel”. Não se sabe
com exatidão quem realmente escreveu o livro.
Sem dúvida, Samuel registrou boa parte da
história de Israel neste período. O que engloba
sua vida e ministério até sua morte.

I - O LIVRO
O livro de I Samuel cobre um período de
cerca de 140 anos, começando com o nascimento de
Samuel em redor de 1150 aC e terminando com a morte de
Saul em redor de 1010 aC.

II - PROPÓSITO

37
Livros Históricos

Israel havia sido governado por juizes até que Deus


levantou um homem chamado Samuel em momentos
cruciais da história da nação; no entanto, a nação havia se
degenerado moralmente e politicamente.

Havia estado sob a investida violenta e desalmadas


dos filisteus. O templo de Siló fora profanado e o
sacerdócio se mostra corrupto e imoral.

Em meio a essa confusa política religiosa surge


Samuel, o milagroso filho de Ana. De uma forma notável,
a renovação e a alegria que esse nascimento trouxe à sua
mãe alegria e também para a nação.

Esboço de I Samuel

I. Renovação sob Samuel 1.1-7.17

Porém voltava a Ramá,


porque estava ali a sua casa,
e ali julgava a Israel, e
edificou ali um altar ao
SENHOR.

Nascimento e infância de
Samuel 1.1-2.36

1) Nascimento e dedicação
de Samuel 1.1-
2.11

38
2) Crescimento de Samuel e
a corrupção dos filhos de Eli
2.12-36

Começo do ministério profético de Samuel


3.1-4.1. Israel foi derrotado porque o
sacerdócio desvirtuou-se e o povo passou a
viver em desobediência aos mandamentos
de Deus. Os israelitas levaram a arca do
concerto para a batalha, julgando que isso
lhes garantiria a vitória
1) Seu chamado por Deus 3.1-9 2) Sua
palavra para Eli 3.10-18
3) Seu ministério a todo Israel. 3.19;-4.1

O ministério de Samuel como juiz


4.2-7.17
1) A captura da arca pelos filisteus 4.2-11
2) A morte de Eli 4.12-22
3) Recuperação da arca por Israel 5.1-7.1
4) Samuel exorta ao arrependimento 7.2-6
5) Derrota dos filisteus 8.1– 15.35

II. O reinado de Saul 8.1 –15.35

Estabelecimento de Israel por um rei 8.1-


12.25
1) A Exigência de Israel por um rei 8.122
Saul é escolhido e ungido rei 9.1- 12.25

39
Livros Históricos

As guerras de Saul 13.1- 14.52


Saul é rejeitado por Deus 15.1-35
III. Declínio de Saul e ascensão de Davi 16.1-
31.13

A crescente proeminência de Davi 16.1-17.58


1) Sua unção por Samuel 16.1-13
2) Sua música diante de Saul 16.14-23
3) O conflito de Davi com os filisteus e os
amalequitas 29.1-30.31
4) A morte de Saul 31.1-13
As semelhanças entre Jesus e Samuel

As semelhanças entre Jesus e o pequeno Samuel


são surpreendentes. Ambos são filhos de promessa.
Ambos foram dedicados a Deus antes do nascimento.
Ambos forma pontes de transição de um estágio da
história da nação para outro. Samuel acumulou os ofícios
de profeta e sacerdote; Cristo é profeta, sacerdote e rei.

A morte de Saul 31.1-13

O fim trágico de Saul ilustra o destino final dos


reinos terrenos. A única esperança é um Reino de Deus na
terra, cujo soberano seja o próprio Deus. Em Davi começa
a linhagem terrena do Rei de Deus. Em Cristo, Deus vem
como Rei e virá novamente como Rei dos reis. Davi, o
pequeno e humilde pastor, prefigura a Cristo, o bom
pastor.
Jesus torna-se o Rei-pastor definitivo.

40
O livro de II Samuel trata da ascendência de Davi ao
trono e dos quarenta anos do seu reinado.

E começa com a morte de Saul e Jônatas na batalha


do monte Gilboa.

Davi é, então, ungido rei sobre Judá, sua própria


tribo. Há um jogo de poder pela casa de Saul entre
Isbosete, filho de Saul e Abner comandante chefe dos
exércitos de Saul.
Embora a rebelião tenha sido sufocada, esse relato
sumário descreve os sete anos e meio anteriores à
unificação do reino por Davi. “E houve uma longa guerra
entre a casa de Saul e a casa de Davi; porém Davi se ia
fortalecendo, mas os da casa de Saul se iam
enfraquecendo” (II Samuel
3.1)

Esboço de II Samuel

I. Os triunfos de Davi 1.1-10.19

Os triunfos políticos de Davi 1.1-


5.25

1) O reino de Davi em Hebrom


1.1-4.12

2) O reino de Davi em Jerusalém 5:1-25

Os triunfos espirituais de Davi


6.1-7.29

41
Livros Históricos

1) Mudando a arca 6.1-23


2) 2) Aliança de Deus com Davi 7:1-29
Os triunfos militares de Davi 8.1-
10.19
1) Triunfos sobre os seus inimigos 8.1-12 2) O
governo Justo de Davi 8.13– 9.13
3) Triunfo sobre Amom e Síria 10:1-19
II. As transgressões de Davi 11.1-27
O pecado do adultério 11.1-5

O pecado do Assassinato 11.6-27


1) Lealdade de Urias a Davi 11.6-13
2) Ordem de Davi para assassinar Urias 11.1425
3) Casamento de Davi com Bate-Seba
11.26,27

III. Os problemas de Davi 12.1-13.36

Problemas na casa de Davi 12.1-


13.36
1) Profecia de Natã 12.1-14
2) Morte do filho de Davi 12.15-25
3) Lealdade de Joabe a Davi 12.26-31 4) Incesto na
casa de Davi 13.1-20
5) Absalão mata Amom 13.21-36

42
Problemas no reino de Davi 13.37-
24.25
1) Rebelião de Absalão 13.37-17.29
2) Joabe mata Absalão 18.1-33
3) Restauração de Davi como rei 19.1– 20.26
4) Comentários sobre o reino de Davi 21.124.25
Davi unifica tanto a vida religiosa quanto política
da nação ao trazer a arca do Testemunho da casa de
Abinadabe, onde havia estado deste que fora recuperado
dos filisteus (6.1-7.1).

O tema do Rei vindouro, o Messias, é introduzido quando


Deus estabelece uma aliança perpétua com Davi e seu
reino. “Teu trono será firme para sempre” (7.16)

Os triunfos políticos de Davi 1.1-


5.25

Davi derrota com sucesso os inimigos de Israel, e


inicia-se um período de estabilidade e prosperidade.

O pecado do adultério 11.1-5

O pecado do Assassinato 11.6-27

Tristemente, porém, a sua vulnerabilidade e


fraqueza o leva ao pecado com Bate-Seba e ao assassinato
de Urias, esposo dela.

Profecia de Natã 12.1-14

43
Livros Históricos

Apesar do arrependimento de Davi depois de


confrontado com o profeta Natã, as consequências da sua
ação são declaradas com todas as letras:

“Agora, pois, não se apartará a


espada jamais da tua casa,
porquanto me desprezaste e
tomaste a mulher de Urias, o
heteu, para que te seja por
mulher.” (12.10).

Por Davi desprezar a Deus e ordenar a morte de


Urias, para tomar sua esposa, Deus o julgou e à sua
família, sob a forma de violência, conflito e homicídio
(i.e., a espada) pelo restante da sua vida (aproximadamente
vinte e cinco anos). As Escrituras registram pelo menos
quatro reveses que resultaram desse castigo:

A morte da criança (v. 14),

O assassinato de Amnon por Absalão (13.28,29),

A execução de Absalão, quando este se rebelou contra seu


pai (18.9-17)

E a execução de Adonias (1 Rs 2.24,25).

Absalão, filho de Davi, depois de uma longa


separação de seu pai, instiga uma rebelião contra o rei, e
Davi foge de Jerusalém. A rebelião termina quando
Absalão, pendurado numa árvore pelos cabelos, é morto
por Joabe.

44
Há uma desavença entre Israel e Judá a respeito da
volta do rei a Jerusalém. Um rebelde chamado Seba instiga
Israel a abandonar Davi e a voltar para casa.

Embora Davi tome uma série de decisões


desafortunadas e pouco sábias, a rebelião é sufocada, e
Davi é mais uma vez estabelecido em Jerusalém.

O livro termina com dois belos poemas, uma lista


dos valentes de Davi e com o pecado de Davi em fazer o
censo dos homens de guerra de Israel. Davi se arrepende,
compra a eira de Araúna e apresenta oferendas ao Senhor
no altar que constrói.

Comentários sobre o reino de Davi

Davi e seu reino esperavam a vinda do Messias.


disse o rei ao profeta Natã: Ora, olha, eu moro em casa de
cedros e a arca de Deus mora dentro de cortinas. E disse
Natã ao rei: Vai e faze tudo quanto está no teu coração,
porque o SENHOR é contigo.

O cap. 7, em especial, antecipa o futuro Rei. Deus


interrompe os planos de Davi de construir uma casa para a
arca e explica que enquanto Davi não pode construir uma
casa para Deus, Deus está construindo uma casa para Davi,
ou seja, uma linhagem que dure para sempre.

Pela sua vitória sobre todos os inimigos de Israel,


pela sua humildade e compromisso com o Senhor, pelo seu
zelo a favor da casa de Deus e pela associação dos ofícios

45
Livros Históricos

de profeta, sacerdote e rei na sua pessoa, Davi é um


precursor da Raiz de Jessé, Jesus Cristo.
ATIVIDADES DE APOIO

Marque C (certo E (errado).

1) ( ) Israel havia sido governado por juízes que


Deus levantou um homem chamado Samuel em
momentos cruciais da história da nação.
( ) Havia estado sob a investida violenta e
desalmadas dos filisteus.

( ) Em meio a essa confusa política religiosa não


surge Samuel, o milagroso filho de Ana.

2) ( ) Samuel foi chamado por Deus para o


ministério, mas desobedeceu seu chamado
3.1-9.
( ) As semelhanças entre Jesus e o pequeno
Samuel não são surpreendentes.

( ) Ambos são filhos de promessa.

( ) Ambos foram dedicados a Deus antes do


nascimento.

( ) Ambos forma pontes de transição de um


estágio da história da nação para outro.

46
( ) Samuel acumulou os ofícios de profeta e
sacerdote;

( ) Cristo é profeta, sacerdote e rei.

( ) O fim trágico de Saul não ilustra o destino


final dos reinos terrenos.

( ) O livro de II Samuel trata da ascendência de


Davi ao trono e dos quarenta anos do seu reinado.

47
Instituto Educacional Teológico do Gama

um livro, que continua a narrativa


de I e II Samuel. Os compositores do AT grego
(Septuaginta ou LXX) dividiram a obra em “3 e
4 Reinos” (I e II Samuel eram I e II Reinos). O
Título “Reis” se deriva da tradução latina e da
(Vulgata) e é apropriado por causa da ênfase
desses livros nos reis que governaram durante
este período.

Embora a autoria não possa ser determinada com


segurança, muitas sugestões foram feitas. Alguns têm
indicado Esdras como compilador, enquanto outros
apontam para Isaías como editor.
Livros Históricos

Muitos eruditos dizem que o autor de I e II Reis era um


profeta desconhecido ou um judeu cativo da Babilônia ao
redor de 550 aC.
Pelo fato de Josefo atribuir o I e o II livro de Reis
aos “profetas”, muitos abandonaram a pesquisa por um
autor especifico. No entanto, a tese mais provável é a de
que o profeta Jeremias seja o autor.

A antiga tradição judaica do Talmude declara que


Jeremias tenha escrito Reis. Esse famoso profeta pregou
em Jerusalém antes e depois da sua queda, e II Reis 24-25
aparece em Jr 39-42; 52.

Jeremias talvez tenha escrito todo o texto, menos o


conteúdo do último apêndice (2Rs 25.2730), que foi
provavelmente, acrescentado por um dos seus discípulos.

Esboço de 1º Reis

I. O reino unido 1.1-11.43


O estabelecimento de Salomão como
rei 1.1.-2.46.A consagração de
Salomão como rei 3.1-8.66 O erro de
Salomão como rei
9.1-11.43

II. O reino dividido 12.1-22.53


A) A revolta e o reinado de Jeroboão em Israel
12.1-14.20

49
Livros Históricos

O reinado de Roboão em
Judá 14.21-31

O reinado de Abdias em
Judá 15.1-8

O reinado de Asa em Judá


15.9-24

O reinado de Nadabe em
Israel 15.25-32

O reinado de Baasa em Israel


15.33-16.7

O reinado de Elá em Israel


16.8-14

O reinado de Zinri em
Israel 16.15-20
O reinado de Onri em Israel
16.21-28

O reinado de Acabe em Israel


16.29-22.40

O reinado de Josafá em
Judá 22.41-50

O reinado de Acazias em Israel


22.51-53

50
Livros Históricos

Os livros de I e II Reis começam a registrar os


eventos históricos do povo de Deus no lugar em que I e II
Samuel interrompem.

No entanto, Reis é mais do que uma simples


compilação de acontecimentos políticos importantes ou
socialmente significativos em Israel e Judá. Na realidade,
não contém uma narrativa histórica tão detalhada como se
poderia esperar (400 anos em 47 capítulos). Ao contrário, I
e II Reis são uma narrativa histórica seletiva, com um
propósito teológico.

O autor, portanto, seleciona e enfatiza o povo e os


eventos que são significativos no plano moral e religioso.
Em I e II Reis, Deus é apresentado como Senhor da
história.

Apesar de que a data exata para a composição de I e II Rs.


seja incerta, acredita-se que a sua forma final estava pronta
em algum momento da última parte do séc. VI aC.

Acontecimentos Históricos

Os acontecimentos descritos em I Reis abrangem


um período de cerca de 120 e no segundo
aproximadamente 300 anos. Recorda as turbulentas
experiências do povo de Deus desde a morte de Davi, em
cerca de 971 aC, até ao reinado de Josafá (o quarto rei do
Reino de Judá) e o reinado de Acazias (o nono rei do
Reino de Israel), em cerca de 853 aC.

51
Livros Históricos

Esse foi um período difícil da história do povo de


Deus, foram grandes mudanças e sublevações. Havia luta
interna e pressão externa.

O resultado foi um momento tenebroso, em que um


reino estável, dirigido por um líder forte, dividiu-se em
dois.

O livro de II Reis foi um período difícil, porque se


repete na história do povo de Deus: colapso e consequente
cativeiro de ambas as nações.

II Reis retoma a história trágica do “reino divido”


quando Acazias está no trono de Israel e Josafá
governando sobre Judá.
Assim como I Reis é difícil seguir o fluxo da
narrativa. O Autor ora está falando do Reino do Norte,
Israel, ora do Reino do Sul, Judá, traçando
simultaneamente suas histórias.

Israel teve 19 governantes, todos ruins.

Judá foi governado por 20 regentes, dos quais


apenas oito foram bons. II Reis recorda a história dos
últimos 10 reis e dos últimos 16 governantes de Judá.

Alguns desses 26 governantes são mencionados em


apenas poucos versículos, enquanto que capítulos inteiros
são dedicados a outros. A atenção maior é dirigida àqueles
que ou serviram de modelo de integridade ou que ilustram
por que essas nações finalmente entraram em colapso.

52
Livros Históricos

O fracasso dos profetas, sacerdotes, e reis do povo


de Deus apontam para a necessidade do advento de Cristo.
Cristo é a combinação ideal desses três ofícios.

Como profeta, a palavra de Cristo ultrapassa


largamente à dos ofícios. Como profeta, a palavra de
Cristo ultrapassa largamente à do grande profeta Elias (Mt
17.1-5), Muitos dos milagres de Jesus são reminiscências
das maravilhas que Deus fez através de Elias e Eliseu em
Reis.
Além disso, Cristo é um sacerdote superior a
qualquer daqueles registrados em Reis (Hb 7.22-27).

I Reis ilustra vivamente a necessidade de Cristo


como o nosso Rei em exercício de suas funções. Quando
perguntado se era rei dos judeus, Jesus afirmou que era
(Mt 27.11).

No entanto, Jesus é um Rei maior do que o maior


dos seus reis (Mt 12.42). O reinado de cada um desses 26
governantes já terminou, mas Cristo reinará sobre o trono
de Davi pra sempre
(1Cr 17.14; Is 9.6), pois ele é “REI DOS REIS E
SENHOR DOS SENHORES” (Ap 19.16).

Esboço de 2º Reis

I. I reino dividido 1.1-17.41

O reinado de Acazias em Israel 1.1-


18

53
Livros Históricos

O reinado de Jorão em Israel 2.1-


8.15

O reinado de Jeorão em Judá 8.16-


24

O reinado de Acazias em
Judá 8.25-9.29
O reinado de Jeú em Israel 9.30-
10.36

O reinado da rainha
Atalia em Judá 11.1-16

O reinado de Joás em Judá


11.17-12.21

O reinado de Jeocaz em Israel 13.1-


9

O reinado de Jeoás em Israel


13.10-25

O reinado de Amazias em Judá


14.1-22

O reinado de Jeroboão II em
Israel 14.23-29

O reinado de Azarias em Judá


15.1-7

54
Livros Históricos

O reinado de Zacarias, Salum,


Menaém, Pecaías e Peca em
Israel
15.8-31

O reinado de Jotão em Judá 15.32-38

O reinado de Acaz em Judá


16.1-20

O reinado de Oséias em Israel 17.1-


5

O cativeiro de Israel para a


Assíria 17.6-41

II. Somente o reino de Judá 18.1-25.30

O reinado de Ezequias
18.1-20.21

O reinado de Manassés
21.1-18

O reinado de Amon
21.19-26

O reinado de Josias
22.1-23.30

O reinado de Joacaz
23.31-34

55
Livros Históricos

O reinado de Jeoaquim
23.35-24.7

O reinado de Joaquim
24.8-16

O reinado de Zedequias 24.17-20

A queda de Jerusalém
25.1-7

O favorecimento de Joaquim.
O cativeiro de Judá para a
Babilônia 25.8-26

A libertação de
Joaquim (25.27-30): depois
de alguns anos, Evil-
Merodaque sobe ao trono
babilônico e mostra favor
para com Joaquim. Ele o
solta da prisão, supre-lhe
alimento e vestimenta e lhe
dá uma pensão de
subsistência.

56
Livros Históricos

Israel

ATIVIDADES DE APOIO

Marque C (certo) E (errado)

( ) I e II Reis é um livro, que continua a narrativa


de I e II Samuel.

( ) Os compositores do AT grego (Septuaginta ou


LXX) não dividiram a obra em “3 e 4 Reinos” (I e II
Samuel eram I e II Reinos).

57
Livros Históricos

( ) O Título “Reis” se deriva da tradução latina e


da (Vulgata) e é apropriado por causa da ênfase desses
livros nos reis que governaram durante este período.

Quem foio autor de I e II Reis?

( ) Era um profeta desconhecido

( ) Era um judeu cativo da Babilônia ao redor de


550 aC.

2) ( ) Pelo fato de Josefo atribuir o I e o II


livro de Reis aos “profetas”, muitos não abandonaram a
pesquisa por um autor especifico.

( ) A antiga tradição judaica do Talmude declara


que Jeremias tenha escrito Reis.

( ) Esse famoso profeta não pregou em Jerusalém antes e


depois da sua queda, e II Reis 24-25 aparece em Jr 39-42;
52.

58
Instituto Educacional Teológico do Gama

sdras é o candidato mais provável


para a autoria de Crônicas. A antiga tradição
judaica afirma que Esdras escreveu o livro.
Além disso, os versículos finais de II Crônicas
(II Cr 36.22,23) repetem-se como os versículos
iniciais de Esdras (ver Ed 1.1-3).

Isso não apenas reforça o argumento que aponta


Esdras como autor de I Crônicas, mas pode ser também
uma indicação de que Crônicas e Esdras tenham sido em
algum momento uma única obra.

O livro de I Crônicas cobre o período que vai de


Adão até a morte de Davi, ao redor de 971 aC. É um
período de tempo extraordinário, pois abrangem o mesmo
Livros Históricos

período coberto pelos primeiros 10 livros do AT, de Gn


até II Samuel.

Se as genealogias de I Crônicas 1-9 fosse


ignoradas, I e II Crônicas cobririam aproximadamente o
mesmo período de tempo de I e II Reis.

No entanto, o cenário específico de I e II Cr é o


período de tempo que vem depois do exílio. Tudo o que
restou dos gloriosos reinados de Davi e Salomão foi a
pequena província de Judá.

Os persas substituíram o rei por um governador


provincial. Apesar de que o povo de Deus tenha recebido
licença pra voltar para Jerusalém e reconstruir o templo, a
sua situação era muito diferente da dos anos dourados de
Davi e Salomão.

O LIVRO

No texto original hebraico, I e II Crônicas


formavam um só livro chamado de “Acontecimentos dos
Dias”.

Foi dividido e recebeu um novo nome pelos


tradutores do AT em grego (septuaginta ou LXX): “Coisas
que Acontecem”.

O nome atual, Crônicas, foi dado por Jerônimo.


Não é uma continuação da história do povo de Deus, mas
uma duplicação e um suplemento de I e II Samuel e I e II
Reis.

60
Livros Históricos

I e II Crônicas podem ser divididos em quatro partes


principais: 1Cr é composto por genealogias (caps. 1-9) e
descreve em linhas gerais o reinado de Davi (caps. 10-29).
2Cr relata o reinado de Salomão (caps. 1-9) e descreve o
reinados dos vinte governantes de Judá (caps.10-36).

O livro de I Crônicas tem duas divisões principais.

Primeira parte

A primeira parte é constituída por 9 capítulos de


genealogias. As genealogias começam com Adão e
continuam, atravessando todo o período do exílio, até
àqueles que retornaram para Jerusalém. Com frequência
não se dá muita importância a esta parte.

Contudo, assim como nos Evangelhos de Mateus e


Lucas, as genealogias forma a base das narrativas que se
seguem.
I Crônicas está carregado de genealogias para
sublinhar a necessidade de pureza racial e religiosa.

As genealogias são compiladas seletivamente para


realçar a linhagem de Davi e da tribo de Levi.

A segunda parte de I Crônicas (caps. 10-29)

Registra os eventos e realizações do rei Davi. O


cap. 10 serve como prólogo para resumir o reinado e a
morte ro rei Saul. Nos caps. 11 e 12, Davi se torna rei e
conquista Jerusalém.

61
Livros Históricos

Os restantes das narrativas sobre Davi estão


enfocados sobre três aspectos significativos do seu
reinado, ou seja, o transporte da arca do Testemunho pra
Jerusalém (caps. 13-17), suas proezas militares (caps. 18-
20) e os preparativos para a construção do tempo (caps.
21-27).

Os dois últimos capítulos de I Crônicas recordam


os últimos dias de Davi.

I. As raízes do povo de Deus 1.1– 9.44

II. O reinado do rei Davi (10.1-29.30): Depois de um


reinado bem-sucedido de 40 anos (sete em Hebrom e 33
em Jerusalém), Davi morre.

O livro de II Crônicas tem duas divisões principais. A


primeira divisão é constituída pelos primeiros 9 capítulos
(caps. 1-9) descreve em linhas gerais o governo do rei
Salomão.

A narrativa dá bastante importância à construção


do templo (caps. 2-7) bem como à riqueza e à sabedoria
desse extraordinário rei (caps. 8-9). A narrativa, no
entanto, termina abruptamente e não faz menção das
fraquezas de Salomão, conforme registradas em 1Rs 11.

A segunda divisão do Livro é formada pelos caps.


10 a 36. Depois da divisão do reino, se concentram quase
que exclusivamente no Reino do Sul, Judá, e discorre
sobre a história do Reino do Norte, Israel, só
ocasionalmente. II Crônicas traça a história dos reinados

62
Livros Históricos

dos 20 governantes de Judá até ao cativeiro babilônico do


Reino do Sul em 586 aC. O livro conclui com o decreto
de Ciro libertando e permitindo a volta do povo p ara Judá
(36.22,23).

I. O período de governo do rei Salomão 1.1-9.31

II. Os governos dos reis de Judá 10.1-36.16

III. Cativeiro e retorno de Judá 36.17-23

O cativeiro de Judá por Babilônia


(36.17-21):
Como o povo se recusa-
va a prestar atenção aos
profetas e a se arrepender, o
Senhor permite que o rei da
babilônio ataque Jerusalém.
Os muros são derrubados, o
Templo é destruído, e muitas
pessoas são mortas ou
levadas cativas.

O decreto de Ciro para o


retorno de Judá (36.22,23):
Depois de 70 anos, o rei Ciro
da pérsia decreta que o povo
do Senhor pode retornar e
reconstruir se Templo.

63
Livros Históricos

ATIVIDADES DE APOIO

Marque C (certo) E (errado)

1) ( ) Esdras é o candidato mais


provável para a autoria de Crônicas. A antiga
tradição judaica afirma que Esdras escreveu o
livro. Além disso, os versículos finais de II
Crônicas (II Cr 36.22,23) repetem-se como os
versículos iniciais de Esdras (ver Ed 1.1-3).

( ) Se as genealogias de I Crônicas 1-9 fosse


ignoradas, I e II Crônicas não cobririam aproximadamente
o mesmo período de tempo de I e II Reis.

( ) No texto original hebraico, I e II Crônicas


formavam um só livro chamado de “Acontecimentos dos
Dias”.

( ) O nome atual, Crônicas, foi dado por


Jerônimo. Não é uma continuação da história do povo de
Deus, mas uma duplicação e um suplemento de I e II
Samuel e I e II Reis.

2) O livro de I Crônicas tem duas


divisões principais.

64
Livros Históricos

( ) A primeira parte é constituída por 9 capítulos


de genealogias.

( ) A segunda divisão do Livro é formada pelos


caps. 10 a 36. Depois da divisão do reino, se concentram
quase que exclusivamente no Reino do Sul, Judá, e
discorre sobre a história do Reino do Norte, Israel, só
ocasionalmente.

( ) O livro conclui com o decreto de Ciro


libertando e permitindo a volta do povo para Judá

65
Instituto Educacional Teológico do Gama

livro de Esdras, cujo nome


provavelmente signifique “O Senhor tem
ajudado”, deriva o seu título do personagem
principal dos caps. 7-10.

O próprio Esdras era um sacerdote, um “escriba


das palavras, dos mandamentos do SENHOR”
(7.11).

Liderou o segundo dos três grupos que retornaram


da Babilônia para Jerusalém. Como homem devoto,
estabeleceu firmemente a Lei (o Pentateuco) como a base
da fé (7.10).

Os eventos de Esdras cobrem um período um


pouco maior do que 80 anos e caem em dois segmentos
distintos.

O primeiro (caps.1-6) cobre um período de cerca


de 23 anos e tem como tema o primeiro grupo que retorna
do exílio sob Zorobabel e a reconstrução do templo.

Depois de mais de 60 anos de cativeiro babilônico,


Deus desperta o coração do governante da Babilônia, o rei
Ciro da Pérsia, para publicar um édito que dizia que todo
judeu que assim desejasse poderia retornar pra Jerusalém a
fim de reconstruir o templo e a cidade. O primeiro grupo
de fiéis responde e partiu em 538 aC sob a liderança de
Zorobabel.

A construção do templo é iniciada, mas a oposição


dos habitantes não judeus desencoraja o povo, e a obra é
interrompida. Deus, então, levanta os ministério profético
de Ageu e Zacarias, que chamam o povo para completar a
obra.

Quando, pois, os edificadores


lançaram os alicerces do templo
do SENHOR, então,
apresentaram-se os sacerdo-
Livros Históricos

Livros Históricos
tes, já paramentados e com
trombetas, e os levitas, filhos de
Asafe, com saltérios, para
louvarem ao SENHOR, conforme
a instituição de Davi, rei de
Israel.

E cantavam a revezes, louvando e


celebrando ao SENHOR, porque é
bom; porque a sua benignidade
dura para sempre sobre Israel. E
todo o povo jubilou com grande
júbilo, quando louvou o SENHOR,
pela fundação da Casa do
SENHOR. (Esdras 3.10,11)

Aproximadamente 60 anos depois (458 aC), o


segundo grupo de exilados volta para Jerusalém liderados
por Esdras (caps. 7-10). São enviados pelo rei persa
Artaxerxes, com somas adicionais de dinheiro e valores
para intensificar o culto no templo. Esdras também é
comissionado para apontar líderes em Jerusalém para
supervisionar o povo.

Já em Jerusalém, Esdras assumiu o ministério de


reformador espiritual, o que deve ter durado cerca de um
ano. Depois disso, viveu, provavelmente, com um
influente cidadão até à época de Neemias. Sacerdote
dedicado, Esdras encontra um Israel que tinha adotado
muito das práticas dos habitantes pagãos; ele chama Israel

68
ao arrependimento e a uma renovada submissão à Lei, a
ponto do divórcio de suas esposas pagãs.

Duas grandes mensagens de Esdras:

A fidelidade de Deus e a infidelidade do homem.


Deus havia prometido através de Jeremias (25.12) que o
cativeiro babilônico teria duração limitada.

No momento apropriado, cumpriu fielmente a sua


promessa e induziu o espírito do rei Ciro da Pérsia a
publicar um edito para o retorno dos exilados (1.1-4).

Fielmente, concedeu liderança (Zorobabel e


Esdras), e os exilados são enviados com despojos,
incluindo itens que haviam sido saqueados do templo de
Salomão (1.5-10)

Posteriormente, depois de completada a obra, de


forma que pudesse adora a Deus em seu próprio templo
(6.16.18), o povo se tornou desobediente aos
mandamentos de Deus; desenvolve-se uma geração inteira
cujas “iniquidades se multiplicaram sobre as vossas
cabeças” (9.6).

Contudo, como foi dito acima, a fidelidade

de Deus triunfa em cada situação.

Esdras confessa as transgressões de


Israel 9.1-15 Os líderes de Israel
concordam com a reforma
10.1-44

69
Livros Históricos
E
sdras é um modelo para todos que
se dedicam, como pessoas ungidas
por Deus, a estudar, obedecer e
ensinar a sua Palavra (cf. vv. 6,9).

(1) Esdras cria que a Lei fora dada


pelo próprio Deus, através de
Moisés, e que, portanto, essa
Lei era a autoridade máxima
para todo o povo de Deus (v. 6;
Ne 8.14).

(2) Esdras dedicou-se de coração a


estudar (lit. “buscar”) a Palavra
de Deus. Ele procurava
conhecer os caminhos e
pensamentos de Deus, em todas
as coisas respeitantes à vida, ao
mundo e aos propósitos de
Deus entre o seu povo. Daí, ele
ter sabedoria de Deus (v. 25).

(3) Esdras propôs no seu coração


obedecer aos mandamentos e
retos preceitos de Deus. Ele
vivia na prática, aquilo que
ensinava (cf. At 1.1; 1 Co 9.27;
1 Tm 4.12,16).
(4) Esdras propôs no seu coração
ensinar a Palavra de Deus, para
preservar a verdade, a retidão e
a pureza entre o povo de Deus.

70
ATIVIDADES DE APOIO

Marque C (certo)ou E (errado).


1) ( ) O próprio Esdras era um sacerdote, um
“escriba das palavras, dos mandamentos do SENHOR”
(7.11).

( ) Liderou o segundo dos três grupos que


retornaram da Babilônia pra Jerusalém.

( ) Já em Jerusalém, Esdras não assumiu o


ministério de reformador espiritual, o que deve ter durado
cerca de um ano.

( ) Deus havia prometido através de Jeremias


(25.12) que o cativeiro babilônico teria

71
Instituto Educacional Teológico do Gama

título atual do livro é derivado do seu


personagem principal, cujo nome aparece em 1.1. A
história começa no livro de Esdras e se completa em
Neemias. Neemias, que serviu duas vezes como
governador da Judéia, deixa a Pérsia para realizar a sua
primeira missão no vigésimo ano de Artaxerxes I da
Pérsia, que reinou de 465 até 424 aC (2.1).
Livros Históricos

Neemias partiu da Pérsia para Jerusalém em 444


a.C. Como governador de Judá. Isto ocorreu treze anos
após a chegada de Esdras a Jerusalém. Neemias veio
incumbido pelo rei da Pérsia para reconstruir o muro de
Jerusalém e fortificar a cidade (2.7,8).

Apesar de muita oposição, Neemias completou o


muro em cinquenta e dois dias (6.15). Era um homem
capaz, corajoso, perseverante e de oração (ver 2.4 nota).
Ele também cooperou com Esdras, para levar a efeito a
renovação espiritual do povo (cap. 8).

NEEMIAS

A nossa primeira imagem de Neemias é quando ele


aparece em seu papel de copeiro na corte de Artaxerxes.

Um copeiro tinha uma posição de grande confiança


como conselheiro do rei e a responsabilidade de proteger o
rei de envenenamento.

Enquanto Neemias, sem dúvida, desfrutava o luxo


do palácio, o seu coração estava em Jerusalém, uma
pequena cidade nas longínquas fronteiras do império.

73
Livros Históricos

A oração, o jejum, as qualidades de liderança, a


poderosa eloquência, as habilidades organizacionais
criativas, a confiança nos planos de Deus e a rápida e
decisiva resposta aos problemas qualificavam Neemias
como um grande líder e como um grande homem de Deus.

“Este homem” era Artaxerxes, rei


da Pérsia (2.1). Neemias orou
para que Deus lhe concedesse
graça perante o rei, para o bem
dos judeus. Quando precisarmos
de alguma coisa doutra pessoa,
devemos primeiramente
apresentar diante de Deus aquilo
que estamos precisando. Deus
pode comover o coração e a
mente de líderes influentes, para
cumprirem a vontade divina”.

Mais importante ainda: ele deixa transparecer um


espírito de sacrifício, cujo único interesse é resumido na
sua repetida oração:

“Lembra-te de mim para bem, ó


meu Deus, e de tudo quanto fiz a
este povo! Neemias 5:19 ”

O período histórico coberto pelos livros de Esdras e


Neemias é de cerca de 110 anos. O período de
reconstrução do templo sob Zorobabel, inspirado pela
pregação de Zacarias e Ageu, foi de 21 anos. 60 anos mais
tarde, Esdras causou um despertar do fervor religioso e

74
Livros Históricos

promoveu um ensino adequado sobre o culto no templo.


13 anos depois, Neemias veio pra construir os muros.

Talvez Malaquias tenha profetizado durante aquela


época. Se foi assim, Neemias e Malaquias trabalharam
juntos para erradicar o mal que significava o culto a
muitos deuses e atacaram o pecado da associação com o
povo que havia sido forçada a recolonizar aquelas regiões
pelos assírios cerca de 200 anos antes.

Tiveram tanto sucesso, que durante o período


intertestamental o povo de Deus não voltou à idolatria.

Dessa maneira, quando veio o Messias, pessoas


como Isabel e Zacarias, Maria e José, Simeão, Ana, os
pastores e outros eram pessoas piedosas com que Deus iria
se comunicar.

Neemias expressa o lado prático, a vivência diária


da nossa fé em Deus.

Esdras havia conduzido o povo a uma renovação


espiritual, enquanto Neemias era o Tiago do AT,
desafiando o povo a mostrar a sua fé por meio das obras.

A primeira parte do livro (caps. 1-7) fala sobre a


construção do muro.

Era necessário para que Judá e Benjamim


continuassem a existir como nação. Durante o período da
construção dos muros, os crentes comprometidos, guiados
por esse líder dinâmico, venceram a preguiça (4.6),
zombaria (2.20), conspiração (3.9) e ameaças de agressão
física (4.17).

75
Livros Históricos

A segunda parte do Livro (caps. 8-10) é dirigida ao


povo que vivia dentro dos muros. A aliança foi renovada.

Os inimigos que moravam na cidade foram


expostos e tratados com muita dureza. Para guiar esse
povo, Deus escolheu um homem de coração reto e com
uma visão clara dos temas em questão, colocou-o no lugar
certo no momento certo, equipou-o com o seu Espírito e o
enviou pra fazer proezas.

Na última parte (caps.11-13), o povo é restaurado à


obediência da Palavra de Deus, enquanto Neemias, o leigo,
trabalha junto com Esdras, o profeta.

Como governador durante esse período, Neemias


usou a influência do seu cargo para apoiar a Esdras e
exercer uma liderança espiritual.
Aqui se revela um homem que planeja sabiamente
suas ações (“considerei comigo mesmo no meu coração”)
e um homem cheio de ousadia ( “contendi com os nobres”
)

Neemias, cujo nome significa “Jeová conforta”, foi


claramente um instrumento do Espírito Santo. Sob o poder
do Espírito Santo, certamente se tornou modelo da forma
de atuar do Espírito Santo e foi uma dos primeiros
cumprimentos dessa memorável profecia.

I. Neemias: do exílio à reconstrução das muralhas de


Jerusalém 1.1-7.73

Autorização de Artaxerxes para


reconstruir as muralhas

76
Livros Históricos

1.1-2.8

II. Esdras e Neemias trabalham juntos para


estabelecer o povo 8.1-10.39

III. Verdadeiro arrependimento produz justificação


11.1 –12.26

13.4-31 Censo de Jerusalém e vilas


vizinhas 11.1 –12.26 Dedicação das
muralhas e provisão para as
finanças do templo 12.27-13.3

Segundo período de governo de


Neemias, incluindo reformas
posteriores e uma oração final 13.4-
31.

Os estrangeiros pagãos foram rejeitados em Israel, para


que assim houvesse uma barreira entre o povo de Deus e
as práticas iníquas dos incrédulos.
(1) Para se compreender a
vontade de Deus aqui, precisamos
considerar a tendência inata do seu
povo, de conformar-se com os
costumes, prazeres e maneira de
viver do mundo.

(2) Portanto, um requisito


essencial para o povo de Deus ser
santo, é permanecer separado do
procedimento, padrões e costumes

77
Livros Históricos

ímpios da nossa sociedade e tomar


posição firme contra as influentes e
populares manifestações do espírito
deste mundo. Se os crentes se
omitirem terão a perda da presença
de Deus e das bênçãos que Ele
reservou para nós Rm 12.2.

ATIVIDADES DE APOIO
Marque C (certo)ou E (errado).
1) ( ) O título atual do livro é derivado do seu
personagem principal, cujo nome aparece em 1.1.

( ) A história começa no livro de Esdras e não se


completa em Neemias.

( ) Neemias partiu da Pérsia para Jerusalém em


444 a.C., como governador de Judá.

( ) Enquanto Neemias, sem dúvida, desfrutava o


luxo do palácio, o seu coração não estava preocupado com
Jerusalém,

78
Instituto Educacional Teológico do Gama

nome do autor é desconhecido. Mas


o livro foi escrito por um judeu que conhecia os
costumes e a linguagem dos persas. Talvez
Mardoqueu ou Esdras tenha sido o autor.

O livro de Éster é uma narração bem elaborada, que relata


como o povo de Deus foi preservado da ruína durante o
séc. V aC.
O livro toma seu nome de uma mulher judia, bela e
órfã, que tornou-se rainha do rei persa Assuero.

Naquela época, certo número de judeus ainda se


encontrava na Babilônia sob o governo persa, embora
tivesse liberdade para retornar a Jerusalém (Et 1-2).
Livros Históricos

A história se desenrola num período de quatro


anos, iniciando no terceiro ano do reinado de Xerxes.

Ester é um estudo da sobrevivência do povo de


Deus em meio à hostilidade.

Hamã

Hamã, o homem mais importante depois do rei,


deseja a aniquilação dos judeus. Ele manipula o rei para
que execute os judeus.

Ester é introduzida em cena e Deus faz uso dela


para salvar seu povo. Ester estava disposta a dar a sua vida
num esforço para salvar o seu povo. Ela faria o que lhe
competisse, e deixaria o resultado com Deus.

Deus não abençoará aqueles que se calam para


manter seu lugar ou posição, mas, aqueles que, por amor a
Deus e à sua Palavra, falam a verdade, mesmo com risco
de sofrerem grandes danos (Jo 16.1-4).

Mardoqueu e Ester estavam dispostos a morrer, se


necessário fosse, na luta contra as forças do mal.
Tornaram-se exemplos de obediência às suas convicções
religiosas.

Hamã é enforcado; e Mardoqueu, líder dos judeus


no Império Persa, se torna primeiro ministro.

A festa de Purim é instituída para marca a


libertação dos judeus.

80
Livros Históricos

Um aspecto peculiar no Livro de Ester é que o


nome de Deus não é mencionado. No entanto, vestígios de
Deus e seus caminhos transparecem em todo o livro,
especialmente na vida de Ester e Mardoqueu.

Da perspectiva humana, Ester e Mardoqueu foram


as duas pessoas do povo menos indicadas para
desempenhar funções importantes na formação da nação.

Ele era um judeu benjamita exilado; ela era prima


órfã de Mardoqueu, adotada por este (2.7).
A maturidade espiritual de Ester se percebe na
virtude dela saber esperar pelo momento que Deus julgou
adequado, para, então, pedir ao rei a salvação do povo e
denunciar Hamã (5.6-8; 7.3-6).

Mardoqueu também revela maturidade para


aguardar que Deus lhe indicasse a ocasião correta e lhe
orientasse.

Em consequência, ele soube o tempo certo de Ester


desvendar sua identidade judaica (2.10). Esta espera
divinamente orientada provou se crucial (6.1-14; 7.9,10) e
comprova a base espiritual do livro.

Finalmente, tanto Ester quanto Mardoqueu temiam


a Deus, não a homens. Independentemente das
consequências, Mardoqueu recusou-se a prestar honras a
Hamã.

Ester arriscou sua vida por amor do seu povo


quando foi ao rei sem ter sido convidada.

81
Livros Históricos

A missão de Ester e Mardoqueu sempre foi salvar a


vida que o inimigo planejava destruir (2.21-23; 4.1-17;
7.1-6; 8.3-6).

Como resultado, conduziram a nação à liberdade,


foram honrados pelo rei e receberam autoridade,
privilégios e responsabilidades.

Embora não se mencione diretamente o Espírito Santo, sua


ação produziu em Ester e Mardoqueu profunda humildade,
conduzindo-os ao amor mútuo e à lealdade (Rm 5.5)

O Espírito Santo também dirigiu e fortaleceu Ester para


jejuar pelo seu povo e pedir que este fizesse o mesmo.
(Rm 8.26,27).

Esboço de Ester

I. Uma nova rainha é escolhida 1.1-2.17

II. A vida do rei é salva 2.19-23

III. É feito um plano contra os judeus 3.1-4.17

IV. Mardoqueu é exaltado 5.1-6.14

V. Hamã é enforcado 7.1-10

VI. Os judeus são salvos 8.1 –9.17

VII. A Festa de Purim é estabelecida 9.18-10.3

Os judeus celebram o
primeiro Purim 9.18-32 O rei

82
Livros Históricos

eleva Mardoqueu 10.1-3.


Mardoqueu torna-se primeiro
ministro de toda a Pérsia,
apenas abaixo do rei em
poder

Exaltação de Mardoqueu.

83
Depois disto, pôs o rei Assuero tributo sobre a terra e
sobre as ilhas do mar.
E todas as obras do seu poder e do seu valor e a declaração
da grandeza de Mardoqueu, a quem
o rei engrandeceu, porventura, não estão escritas no livro
das crônicas dos reis da Média e da Pérsia?
Porque o judeu Mardoqueu foi o segundo depois do rei
Assuero, e grande para com os judeus, e agradável para
com a multidão de seus irmãos, procurando o bem do seu
povo e trabalhando pela prosperidade de toda a sua
nação.Et 10.1-3.

ATIVIDADES DE APOIO

Marque C (certo)ou E (errado).

1) ( ) O livro de Éster é uma narração bem


elaborada, que relata como o povo de Deus foi preservado
da ruína durante o séc. V aC.

( ) O livro toma seu nome de uma mulher judia,


bela e órfã, que tornou-se rainha do rei persa Assuero.

( ) Hamã, o homem mais importante depois do rei,


deseja a aniquilação dos judeus. Ele manipula o rei para
que execute os judeus.
( ) Hamã é enforcado; e Mardoqueu, líder dos
judeus no Império Persa, se torna primeiro ministro.
Instituto Educacional Teológico do Gama
ISRAEL

Império Babilônico, Persa e Grego


Império Romano
Instituto Educacional Teológico do Gama
REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS

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CPAD, VOLUME I, 3ª EDIÇÃO, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil 1994.

WILLIAN, S. Lasor, DAVID, Hubard, FREDERIC


W. Bush, Introdução ao Antigo Testamento. Editora
Vida Nova. São Paulo, 1999.

HALLEY, H. H. Manual bíblico. SP: Sociedade


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MEARS, C. Henrietta. Estudo Panorâmico da


Bíblia. SP; Editora Vida, 1996.

MATZGER, Matin. História de Israel. Porto


Alegre: Ed. Sinodal, 1984.

SCHULTZ, J. Samuel, História de Israel no


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Nova, São Paulo, SP, Brasil, 1986.

STBBS, A. M. et alli. Novo Comentário da bíblia.


Edições Vida Nova, Vol. 1, 1987.

VOLUME I, 3ª EDIÇÃO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil 1994.

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