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Controle Biológico e

Químico de Pragas em
cana-de-açúcar

Prof. Dr. Paulo Sérgio Machado Botelho


CCA - UFSCar
Brasil
Cana-de-açúcar
Área: 5.700.000 ha

Setor Sucroalcooleiro
Unidades: 344
( Açúcar, Álcool e Açúcar / Álcool )
São Paulo
em relação ao Brasil
Produz Variedades
57 % de cana RB72454
65 % de álcool SP81-3250
56 % de açúcar RB855536

Fonte: UNICA - 2007


Safra 2006/07 - foram produzidas 263,87
milhões de toneladas de cana-de-açúcar
Previsão - Safra 2007/08 - Aumento de 8%
Pragas
Colo - Raiz
Procornitermes triacifer
Heterotermes
tenuis

Syntermes sp.
Neocapritermes sp.

Nasutitermes sp.
Área de Forrageamento de
Heterotermes tenuis

- Efetiva: 67m2

- Potencial: 335m2
Unidade Amostral - 1 hectare
100 m

x 20m x x x x

25m

x x x x x

100 m
( x = 1 Touceira )

x x x x x

x x x x x
Amostragem
Iscas*

Termitrap® Toletes
Cupins Subterrâneos em Cana-de-açúcar

Amostragem

Área Número
Unidade Touceiras ou
( ha ) Amostral Iscas
Até 10 1 20
11 a 20 2 40

... ... ...

41 a 50 5 100
Nível de Controle
Estimativa
Nível de Controle
Gêneros
( % touceiras com presença de cupins )
1 - Heterotermes 10
5 - Nasutitermes 20
4 - Cylindrotermes 20
3 - Neocapritermes 20
7 - Syntermes 20
6 - Rhynchotermes 20
2 - Procornitermes 20
8 - Cornitermes 40
Controle
“Biológico + Químico”
Iscas*

Termitrap® Toletes
Beauveria sp. ou M. anisopliae + Inseticida
Controle
Quí
Químico
Scaptocoris spp.
Medidas de Controle
 Constatar a presença da praga no preparo
do solo;

 Demarcar a reboleira para controle;

 Aplicar inseticida no plantio.


Elasmopalpus lignoselus
Medidas de Controle

Irrigar a Área Atacada


Sphenophorus levis
Raio: 9m / mês

Dispersão
Área: 254 m2 / mês

Iscas para Controle:


Controle 105 / ha
Controle
“Biológico e/ou Químico”
Iscas*

Beauveria sp. ou M. anisopliae e/ou Inseticida


Flutuação populacional média de larvas de
Sphenophorus levis em cana-de-açúcar

3
Número de larvas

0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Meses
Medidas de Controle

Destruir Restos da Cultura


Ovo: 17 dias Larva
Migdolus fryanus
Ciclo Biológico Total
2 - 3 Anos

Adulto: 24(F) e 6(M) dias Pupa

Fonte: Arrigoni et al. (1986)


Inimigos Naturais

 Sarcodexia sternodontes
 Acanthodoteca rudis
 Acanthodoteca inornata
Monitoramento

Feromônio Sexual
( 01 armadilha / 10 a 20 ha / 3 a 4 semanas )
Migdolus
( Migdolus fryanus )

Amostragem / NC Parâmetros

Touceiras / Reboleira Atacada Variável

Larva - Dano / Touceira Presença / Ausência

Nível de Controle Presença da Praga - Dano


Demarcar Áreas Atacadas
Flutuação média mensal de larvas de
Migdolus fryanus em cana-de-açúcar

20
Número de larvas

16

12

0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Meses
Controle
Bioló
Biológico

Nematóides
Entomopatogênicos
Medidas de Controle

Destruir Restos da Cultura

Aplicar Inseticida no Plantio


Mahanarva fimbriolata
250
precipitação
200 evapotranspiração potencial
evapotranspiração real
150
mm

sobra d’água
100
umedecimento do solo
50 déficit d’água
consumo hídrico
0
J F M AM J J A S O N D
Número de adultos

200

150
Balanço hídrico e flutuação
100 populacional de
Mahanarva fimbriolata.
50

0
J F M AM J J A S O N D
Sítio de Oviposição
Linha
98% dos ovos

Entre Linha
2% dos ovos

Fonte: Botelho et al. (2004)


20 21
dias dias
Mahanarva fimbriolata
Ciclo Biológico
( 78 dias )

37
dias
Inimigos Naturais
Anagrus urichi Salpingogaster nigra

Acmopolynema hervali

Metarhizium anisopliae Batkoa apiculata


 Reduvídeos
 Carabídeos
 Asilídeos
 Formicídeos
Amostragem
 Fase: Ninfas
 Pontos: a partir de 5 / ha
 Cada ponto: 1 m linear
 NC: 2 a 3 ninfas / m
Métodos de Controle
 Cultural
 Resistência de plantas
 Biológico
 Químico
Medidas de Controle
Ciclo Biológico da Cigarrinha-da-raiz, Mahanarva
fimbriolata, em Cana-de-açúcar

PRIMEIRAS
CHUVAS

controle danos relativos

população de adultos

população de ninfas

a a a
1 . geração 2 . geração 3 . geração

Gallo et al. (2002)


Fatores que afetam o controle microbiano

1 - Isolado Adequado
 Comprovadamente virulento à Mahanarva fimbriolata

2 - Formulação Estável

 Meio de cultura + fungo


 Óleo vegetal + conídios
 Conídios separados
Fatores que afetam o controle microbiano

3 - Forma de Aplicação
 Jato dirigido ao colo da planta
de ambos os lados da touceira

4 - Volume de Calda Recomendado

 Mínimo: 300 L / ha
Fatores que afetam o controle microbiano

5 - Umidade Relativa e Temperatura


 UR: igual ou superior a 65 %
 Temperatura Suportável: entre 22 a 35°C
 Temperatura Ideal: entre 26 a 28°C
 Cuidado: evitar os horários mais quentes

6 - Horário de Aplicação
 Final da tarde e a noite
 Raios UV: inviabilizam os conídios do fungo
 Dias nublados e / ou sob chuva fina - aplicar o dia todo
Fatores que afetam o controle microbiano

7 - Amostragem de Ninfas
 Iniciar preferencialmente em:
• Áreas que tenham sofrido ataque intenso no
ano anterior
• Áreas de variedades susceptíveis

8 - Densidade da Praga
 Controle de Ninfas: Primeira geração da praga
 Nível de Controle: 2 a 3 ninfas / m linear
Controle Biológico
Metarhizium anisopliae

[ 5 kg do Fungo ( Meio + Conídios )]

[ 225 g do Fungo ( Conídios )]

5 x 1012 conídios viáveis / hectare


Controle
Quí
Químico
Pragas
das Folhas
10 22
dias Mahanarva posticata dias
Ciclo Biológico
( 79 dias )

47
dias
Marques (1976)
Controle
Biológico

5 x 1012 Esporos
Viáveis por Hectare
5 kg do Fungo
( Meio + Esporos )
Spodoptera
frugiperda
Mocis
latipes
Danos
Lagartas Desfolhadoras
Spodoptera frugiperda, Mocis latipes e outras

Amostragens / Níveis Cana planta (até seis meses de idade)

Pontos / reboleira atacada 10

Plantas examinadas / ponto 5

Nível de Dano 70% da área desfolhada

50% da área desfolhada


Nível de Controle
2 lagartas / planta*
* Lagartas menores que 1,5cm de comprimento
Pragas
dos Colmos
Ovo: 7 - 14 dias Larva: 2 - 10 Meses
Telchin licus licus
Ciclo Biológico Total
6 a 12 meses

Adulto: 10 - 15 dias Pupa: 30 - 45 dias


Medida de Controle

Coletar Formas Biológicas


Medida de Controle
Destruir Formas Biológicas
Broca gigante
( Telchin licus licus )

Amostragens / Níveis* Número

- Pontos ( até 10 ha ) 5
- Metros de sulco / ponto 2

- Nível de Controle 0,20 lagarta / metro


* Amostrar canas a partir do segundo corte, logo após a colheita.
Adulto: 6 dias Ovo: 7 dias
Diatraea saccharalis
Ciclo Biológico Total
66 dias

Pupa: 13 dias Lagarta: 40 dias


Danos

Coração Morto Enraizamento Aéreo


Podridão Galeria Transversal

Danos
Broca-da-cana-de-açúcar
( Diatraea spp. )

Objetivo
Amostragens /
Níveis Controle Químico Controle Biológico
( pulverização ) ( liberação de parasitóides )

Variável
Pontos / até 50 ha 5
(hora homem)

Canas / ponto 25 canas1 Variável

Nível de Dano 5% 5%

≥ 3% de canas com
Nível de Controle ≥ 10 lagartas2 / hora homem
lagartas2
(1) Tomadas de 5 em 5, distanciadas de 5 metros.
(2) Controle Químico (lagartas < 1cm); Controle Biológico (lagartas > 1,5cm).
Controle Biológico
Natural
Solenopsis sp. Predadores
Naturais
Camponotus sp.

Pheidole sp.
Eriopis connexa Predadores
Naturais
Cycloneda sanguinea

Podisus sp.
DsGV

B. bassiana M. anisopliae
Trichogramma galloi
(Liberação)
50.000 Indivíduos / ha / Semana
x
4 Semanas
(Total: 200.000 Indivíduos / ha)
Controle
Quí
Químico

(IGR)
Lydella minense

Paratheresia claripalpis
Cotesia flavipes
Amostragem de lagartas
para liberação
( Cotesia flavipes )
Diatraea saccharalis
Cotesia flavipes

Liberação
Lagartas de Diatraea saccharalis Quantidade de Cotesia flavipes
(> 1,5cm) (Adultos)

Coleta Hora / Homem


NC ≥ 10 lagartas 6.000 / hectare
Cotesia flavipes ( Esquema de Liberaç
Liberação )

Quantidade a ser liberada:


6.000 adultos / ha
(4 copinhos / ha - 30 massas / copinho)
Esquema de
Liberação
Cotesia flavipes

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