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Você pratica autoflagelamento?

Olá meus amigos, meu nome é Marcelo Arruda, sou psicólogo, palestrante e escritor. Estou
iniciando aqui um trabalho como colunista, vou escrever sobre comportamento humano,
relacionamentos, psicologia, saúde mental, afetividade e outros assuntos correlatos. Portanto,
convido a todos para acompanharem minha coluna que será publicada todas as sextas-feiras,
convido-os também para conhecerem melhor o meu trabalho através de minhas redes sociais.

Neste meu primeiro texto, quero convidar o leitor para uma interessante reflexão da qual
início com uma pergunta: Você já ouviu falar de ‘‘Rituais de autoflagelamento’’? É uma prática
de cunho religioso, onde pessoas se auto mutilam através de chicotadas nas costas, a ponto de
abrirem cortes e o sangue escorrer. O ato geralmente visa expiar os pecados. Em minhas
palestras e treinamento mostro cenas destes rituais que são praticados em várias partes do
mundo. Agora cá entre nós, deixando de lado, por este momento, o politicamente correto,
quando imaginamos tais cenas, o que inevitavelmente pensamos sobre pessoas que realizam
tal prática? Eu faço essa pergunta nas palestras e treinamentos que realizo e sempre há uma
certa resistência em dizer o que pensamos, o que é compreensivo, as pessoas tentam manter-
se educadas e compreender a cena como uma manifestação religiosa e cultural, mas basta
alguém dizer a primeira palavra que em seguida todos disparam as seguintes opiniões: “loucos,
fanáticos, exagero, desnecessário, ignorância”, e por aí vai. Ora, obvio que devemos respeitar
em tese, todas as culturas e religiões, mas obviamente as cenas são chocantes e de difícil
compreensão para quem não está inserido em tal religião e cultura. Deve concordar comigo
caro leitor e leitora, de que causar dor e sofrimento em nós mesmos, não parece muito
sensato. E me permita uma pergunta “direta e reta”, você seria capaz de promover em si
mesmo algum tipo de sofrimento? O que quero perguntar é: você seria capaz de participar de
um ritual de autoflagelamento? Tal como a maioria responde em meus treinamentos e
palestras, imagino que tenha dito “não”. Até parece que nós, pessoas civilizadas, em pleno
século 21 teríamos tais atitudes. Lamento discordar! Nossa cultura é tão ou mais promovedora
do autoflagelamento quanto a das pessoas que praticam este ritual. Até concordo que muito
provavelmente leitor e leitora, você não irá se açoitar em praça pública, o nosso
autoflagelamento se manifesta de modo velado sem que tomemos consciência do tamanho da
ignorância que cometemos. E, ao menos que você seja uma rara exceção, provavelmente você
pratica alguma modalidade de autoflagelamento. Vamos pensar em atitudes que tomamos e
que tanto nos traz sofrimento? Por exemplo, como quando desistimos de nossos sonhos,
quando deixamos de ser o que poderíamos ser, quando vivenciamos relações danosas que só
nos trazem sofrimentos, quando perdemos a capacidade do diálogo com nossos
companheiros(as) e filhos. Quando respondemos com ignorância aos nossos filhos e
parceiras(os), quando deixamos de cultivar com estas boas relações, quando permitimos que
nos diminuam, quando abandonamos a empatia por nossos semelhantes.

E não para por aí, e o que dizer de quando nos entregamos ao sedentarismo permitindo nosso
corpo adoecer, e quando ele adoece muitas vezes insistimos em não procurar um médico. E
tem ainda os vícios, o exagero por comida e bebida, insistir a vida toda em um trabalho que
não gosta, quando me entrego a um ciclo de fofocas sobre meus colegas e familiares. Quando
sacrificamos nossa saúde e relações para ostentar o que não poderíamos ter, quando nos
entregamos a uma vida vazia de consumismo exagerado.” Enfim, são incontáveis os exemplos
de comportamentos que praticamos diariamente e que só nos trazem sofrimento. Mas no
nosso caso, a ferida esta muitas vezes na alma, o sangue não escore por nossas costas e por
isso parece não nos chocar, pelo contrário, nem percebemos como tais atitudes que
cometemos são tão ou mais absurdas do que as de tais culturas que promovem o
autoflagelamento. Concluindo essa pequena reflexão, de certa forma praticamos sim, e muitas
vezes diariamente, rituais de autoflagelamento, não com o uso de açoites mas com posturas e
comportamentos que nos causam dores emocionais e também físicas pois, como já deve ter
ouvido dizer, muitas e muitas doenças podem ser desenvolvidas a partir de um sofrimento
psicológico que não cuidamos. Já imaginou como seria diferente se nosso corpo sangrasse a
cada atitude nossa que nos gerasse sofrimento? Ora, quem sabe assim nos chocaríamos mais e
tomaríamos atitudes para nos livrar destes ciclos de sofrimento. Por exemplo, está se
distanciando do filho? abria uma ferida em alguma parte do corpo, está em um
relacionamento abusivo? Marcas de cortes terríveis começariam a surgir nas costas. Está anos
a fio em um trabalho que odeia? Feridas começariam a aparecer pelas pernas e braços. Agiu
com ignorância e falta de respeito com um semelhante? Imediatamente abria uma ferida no
peito! Trágica esta ideia, mas certamente nos policiaríamos melhor e os efeitos acredite, seria
bem menos danoso do que vivermos anos e anos nos auto mutilando emocionalmente. Um dia
a conta chega, com juros e correções monetárias, pode acreditar. E no seu caso? Quais
atitudes, situações ou relações podem se encaixar em um ato de autoflagelamento? O
primeiro caminho para superação desse ritual de sofrimento é reconhecê-lo!

Por derradeiro, destaco que esta interessante reflexão foi adaptada do meu livro “Você – Uma
abordagem humanista através da psicoterapia”, trata-se de uma proposta diferenciada, onde o
leitor terá de realizar atividades de cunho psicológico e de acordo com suas decisões e
respostas terá uma devolutiva especifica, a obra é um convite ao autoconhecimento e a
intensas reflexões, para saber mais ou adquirir a obra, faça uma visita em minhas redes sociais.

Um grande abraço!

Sugestão de texto para apresentação:

Marcelo Arruda é psicólogo, palestrante e escritor. Especialista em Planejamento Educacional,


segue um viés humanista valorizando o autoconhecimento e o poder da afetividade nas
relações humanas.

Contatos: e-mail: psico.marcelo1983@gmail.com

Facebook: https://www.facebook.com/marcelo.arruda1983

Instagram: psico.marceloarruda

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