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Santíssimo Nome de Jesus (3 de janeiro) (Fil 2,1-11; Ps 8,2a.

4-9; Lc 2,21-24)
(03/01/22: ca ce sf, 29/04/22: ce nax, 30/04/22: BT, 03/01/22: ca ce sf)

Aclamação ao Evangelho: Ela dará à luz um filho e tu lhe porás o nome de Jesus (Mt 1,21).
Jesus significa Salvador. (Cristo Rei e só B!?)

1. O poder do nome de Jesus


Ao subir ao templo para orar, Pedro e João encontram um coxo de nascença.
Pedro: Não tenho nem ouro nem prata, mas o que tenho, eu te dou: em nome de Jesus
Cristo Nazareno, levanta-te e anda! (At 3,6).
E, tomando-o pela mão direita, levantou-o. Imediatamente os pés e os tornozelos se
firmaram. De um salto, pôs-se de pé e andava (At 3,7).

Pedro não cura no seu nome, mas no nome de Jesus. Ele explica para a multidão: Em virtude da
fé no nome de Jesus, o nome dele curou este homem, que vedes e conheceis (At 3,16).
Pedro ressalta a importância do nome de Jesus.
Pedro e João são levados para a prisão. No dia seguinte, são interrogados pelos príncipes dos
sacerdotes e escribas, e Anás e Caifás. Os mesmos que haviam matado Jesus. Imaginem o medo.
Perguntam: Com que poder ou em que nome fizestes isso? (At 4,7).
É inegável que ocorreu um milagre. Querem saber em que nome.
Pedro: foi em nome de Jesus Cristo Nazareno, que vós crucificastes mas que Deus
ressuscitou dos mortos (At 4,10). Não há outro nome debaixo do céu dado aos homens, pelo
qual devamos ser salvos (At 4,12).
Reúnem o conselho: proibamos, com ameaças, que no futuro falem nesse nome (At 4,17).
Então: Chamaram-nos e ordenaram-lhes que absolutamente não falassem nem ensinassem
em nome de Jesus (At 4,18).
Pedro e João: “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4,20).
Em liberdade, com os irmãos rezavam a Deus: Estendei a vossa mão para que se realizem
curas, milagres e prodígios pelo nome de Jesus (At 4,30).

Mais uma vez os apóstolos são presos. Depois, são libertados por um anjo.
Gamaliel dá o seu conselho: Vós vos arriscais a entrar em luta contra o próprio Deus (At
5,39). Aceitaram o seu conselho (At 5,39).
Chamaram os apóstolos e mandaram açoitá-los.
Ordenaram-lhes então que não pregassem mais em nome de Jesus, e os soltaram (At 5,40).
Eles saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos
de sofrer afrontas pelo nome de Jesus (At 5,41).

A preocupação com o nome surpreende a nós, que não damos tanta importância às palavras.
O nome de Deus no Antigo Testamento.
Moisés: que lhes responderei se perguntarem qual é o seu nome? (Ex 3,13).
Eu sou quem sou (Ex 3,14). O tetragrama YHWH: mais de 5.410 vezes no texto hebraico.
Não se pronunciava em voz alta. Era substituído pela palavra Adonai (Senhor).
Na Septuaginta, o tetragrama é substituído pela palavra Κύριος (Dominus, Senhor, Lord).
Por isso, a liturgia da festa de hoje lembra o Salmo 8:
Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo (Salmo 8,2a).

Depois da Bênção: Bendito seja Deus. / Bendito seja o seu santo nome.
Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. / Bendito seja o nome de Jesus.
(Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe.)
Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de
Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido (Lc 2,21; Missa).
2. Esse nome nos enche de alegria
Ler me causa tédio, se não leio o nome de Jesus. Falar me aborrece, se não se fala de Jesus.
Jesus é mel para a boca, melodia para o ouvido, alegria para o coração (São Bernardo, Sermão
15 sobre o Cântico dos cânticos, III, n. 6).
É uma jaculatória muito simples: “Jesus”, ou “Jesus, eu te amo”.
Perde o medo de chamar o Senhor pelo seu nome – Jesus – e de Lhe dizer que O amas
(Caminho, 303).
Jaculatória do Nosso Padre: Iesu, Iesu, esto mihi semper Iesus! (Meditaciones VII, p. 587).

3. A nossa fé no poder desse nome


Antífona de entrada da liturgia de hoje: In nomine Iesu omne genu flectatur, caelestium,
terrestrium et infernorum (Phil 2,10).
Deus o exaltou e lhe deu um nome que está acima de todo o nome, a fim de que, ao nome de
Jesus todo joelho se dobre nos céus, na terra e nos abismos (Fil 2,9-10).

Um dia, o Pe. Agostino, diretor espiritual do Padre Pio, visitou-o na sua cela.
Alegando os problemas de saúde, procurou dissuadi-lo da vocação e voltar a sua cidade.
De repente, ele teve uma iluminação. Aproveitou uma pausa do seu prolixo interlocutor e
lhe disse: “Sabe, Padre, para mim, só a vontade do Senhor é que conta. Bem, a fim de me
fortalecer nesta disposição, aconteça o que acontecer, peço-lhe que diga comigo em voz alta:
Viva Jesus!” (cf. Yves Chiron, El Padre Pío, Palabra, capítulo 2).
Jesus explicou a força do seu nome: Em verdade vos digo que tudo o quanto pedirdes ao Pai
em meu nome, Ele vos concederá (Jo 16,23). Até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi e
recebereis (Jo 16,24).

Invocamos o nome de Jesus com fé?


Perigo: meios de formação que falam muito de virtudes e não falam de Jesus.

4. Pelo nome de Jesus somos filhos de Deus.


Mas a todos aqueles que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se
tornarem filhos de Deus (Jo 1,12).
Piedade: Quando estou a sós com Ele, chamo-lhe Jesus, sem medo. Aqui, junto ao Sacrário,
não tenho vergonha de invocá-lo pelo seu nome. Meu filho, diz-lhe tu também que o amas, que o
amarás sempre. Cada vez mais! Diz-lhe que o amas, agora que és jovem, com todo o vigor do teu
coração, com todas as tuas paixões vivas, às vezes um pouco selvagens! Diz-lhe agora de um
modo particular, e depois também, e demonstra-lhe esse carinho com obras quando te custar,
pois é sempre hora de amá-lo. Diz-lhe: – Jesus, eu Te amo, eu Te amo com todo o meu coração!
Não tenhas vergonha de lhe dizer a sós e em voz alta; eu também lhe digo (Enquanto nos falava
pelo caminho, p. 73).

5. Levar o nome de Jesus a todas as pessoas


Ananias tem medo de falar com Saulo. Mas o Senhor lhe disse: “Vai, porque este homem é
para mim um instrumento escolhido, para levar o meu nome a todos os povos, reis e os filhos
de Israel” (At 9,15).
cada um dos filhos de Deus nesta Obra de Deus, só quer viver ut portet nomen tuum coram
gentibus, para levar teu nome a todos os povos (cf. At 9,15) (São Josemaria, Instrucción, maio-
1935/14-IX-1950, n. 6).
Oração para obter uma boa morte: Que eu morra como o glorioso São José, acompanhado de
Jesus e de Maria, pronunciando esses nomes por toda a eternidade.
Bendito seja o nome de Jesus!

Como Maria pronunciaria o nome de Jesus? (suavidade, cadência, ternura)


Un jour, on frappa discrètement à la porte de la cellule de fra Pio et celui-ci vit entrer, souriant
mais grave, le père Agostino. Le père Agostino ne résidait pas habituellement à Gesualdo et fra Pio
fut étonné de sa visite. Ennemond Boniface, dans un de ses essais sur Padre Pio, a raconté la suite:
«Après quelques vagues formules de bienvenue, le P. Agostino se mit à morigéner, doucement
d'abord, son dirigé qui visiblement, selon lui, n'était, décidément, pas fait pour la vie conventuelle,
surtout capucine. Sa santé déjà délabrée n'y résisterait pas. Jamais il ne pourrait y tenir, surtout
quand, une fois ordonné, il lui faudrait mener la vie très dure des capucins dans un pays aussi rude.
C'était là une indication évidente de la volonté du Seigneur. Pourquoi dès lors insister ? On peut se
sanctifier dans le monde aussi bien qu'au couvent, et l'apostolat y est parfois plus fécond...
Et puis toutes ces histoires de diablerie, qu'on racontait aujourd'hui dans la province et au-delà,
cela sentait le pathologique. Il y avait certainement de sa part un fort grossissement imaginatif, pour
ne pas dire plus. Cela ne pourrait que nuire à la réputation de l'ordre lui-même.
«Tout bien réfléchi, tout compte fait, le P. Agostino conseillait au frère Pio de rentrer dans son
pays, d'y travailler, quitte, plus tard, quand sa santé serait rétablie et sa vocation confirmée à revenir
frapper à la porte du couvent... où on l'accueillerait, bien sûr, à bras ouverts.
«Tandis qu'il parlait, le frère Pio, d'abord attentif, était de plus en plus abasourdi d'entendre son
propre directeur lui tenir des propos, raisonnables sans doute d'apparence, mais qui ressemblaient si
peu à tous ceux qu'il lui avait tenus jusqu'ici. Intérieurement donc, il appelait le secours divin.
Soudain il eut comme une illumination. Il profita d’une pause de son prolixe interlocuteur et lui
dit : “Vous le savez, mon père, pour moi il n’y a que la volonté du Seigneur qui compte. Eh bien!
pour me raffermir dans cette disposition, quoi qu’il arrive, je vous demande de vous écrier, bien
fort, avec moi : Vive Jésus!”
«Il n’en fallut pas plus pour que le visiteur s’évanouît en fumée, laissant après lui en souvenir
une odeur nauséabonde.»
(Yves Chiron, Padre Pio, le stigmatisé, Paris: Librairie Académique Perrin, 1989; chapitre 2: Un
jeune religieux).

Um dia, houve uma discreta batida na porta da cela de Fra Pio e ele viu o Padre Agostino entrar,
sorridente, mas sério. Padre Agostino não costumava residir em Gesualdo e Fra Pio foi surpreendido
por sua visita. Ennemond Boniface, em um de seus ensaios sobre o Padre Pio, recontou o resto:
«Depois de algumas palavras vagas de boas-vindas, o Pe. Agostino começou a repreender,
gentilmente no início, seu dirigido, que, em sua opinião, claramente não foi feito para a vida
conventual, especialmente a vida dos Capuchinhos. Sua saúde já dilapidada não poderia resistir a
isso. Ele nunca seria capaz de suportar isso, especialmente quando, uma vez ordenado, ele teria que
levar a vida muito dura dos Capuchinhos em um país tão duro. Esta foi uma clara indicação da
vontade do Senhor. Então, por que insistir? Pode-se santificar tanto no mundo como no convento, e
o apostolado é às vezes mais frutífero lá...
E então todas aquelas histórias de diablerie, que foram contadas hoje na província e fora dela,
foram marcadas pela patologia. Certamente houve uma grande ampliação imaginativa de sua parte,
para dizer o mínimo. Isto só poderia prejudicar a reputação da própria ordem.
«Agostino aconselhou o irmão Pio a voltar ao seu país e trabalhar lá, mesmo que isso
significasse que mais tarde, quando sua saúde tivesse se recuperado e sua vocação se confirmasse,
ele viria batendo à porta do convento... onde seria acolhido, é claro, de braços abertos.
De repente, ele teve uma iluminação. Ele aproveitou uma pausa do seu prolixo interlocutor e lhe
disse: “Sabe, Padre, para mim, só a vontade do Senhor é que conta. Bem, a fim de me fortalecer
nesta disposição, aconteça o que acontecer, peço-lhe que grite comigo em voz alta: Viva Jesus!”
«Era tudo o que era preciso para que o visitante desaparecesse na fumaça, deixando um cheiro
nauseante como lembrança».
Desde 1969 (motu proprio Mysterii Paschalis) até 2002 (terceira edição do Missal), esta festa
desapareceu. Por isso, não aparece nos seis primeiros volumes de Meditações, mas no volume 7.
Não aparece no Falar com Deus.

Filme: A Palavra (Ordet), 1955, do diretor dinamarquês Carl Theodor Dreyer.


(Sua obra máxima. Venceu o Festival de Veneza daquele ano.)
Comunidade rural da Dinamarca: falta de fé, fanatismo, maldições.
Morre uma jovem mãe prestes a dar a luz ao terceiro filho.
No funeral, Johannes, as crianças.
Johannes: Quando eu disser o nome de Jesus, ela se levantará.
Johannes: No nome de Jesus Cristo eu te digo: levanta-te.

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