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Santa Maria Mãe de Deus (01/01/23: ca ce sf)

Junto à cruz de Jesus estava de pé Sua mãe (Jo 19,25).


A festa de Santa Maria Mãe de Deus.

Podemos centrar a nossa meditação em dois versículos de São João:


Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: “Mulher,
eis aí teu filho.” Depois disse ao discípulo: “Eis aí tua mãe.” E desta hora em diante o
discípulo a levou para a sua casa (Jo 19,26-27).

A festa é da Maternidade Divina.


Mas Jesus é tão generoso que, além de nos redimir, nos deixou a Sua Mãe como Mãe nossa.

1. Mulher, eis aí teu filho (Jo 19,26): o amor de Nossa Senhora por nós.

Nas catacumbas, encontrou-se a inscrição Θεοτόκος (Theotókos, Mãe de Deus).


Nestório (381-450), patriarca de Constantinopla.
Natal de 428, catedral de Constantinopla: Santa Maria não era Theotókos, só Christotókos.
Erro: Há duas pessoas em Cristo.
431: O Concílio de Éfeso (3° da história) declarou Maria como Mãe de Deus.
Segundo a tradição, Nossa Senhora teria morado em Éfeso com São João.

Aos 1500 anos do Concílio de Éfeso (1931), o Papa publicou a encíclica Lux veritatis,
estendendo essa festa para toda a Igreja.
Nossa Senhora sorri do Céu para nós.
E o povo de Éfeso estava repleto de tanta devoção e ardendo com tanto amor pela Virgem
Mãe de Deus, que assim que ouviram a sentença pronunciada pelos Padres do Concílio, os
aclamaram com alegre efusão de alma e, munidos de tochas acesas, uma multidão compacta
os acompanhou até suas casas (Pio XI, Lux veritatis).

E com certeza a própria grande Mãe de Deus, sorrindo docemente do céu por um
espetáculo tão maravilhoso, retribuiu com coração materno e com sua bondosa ajuda os seus
filhos de Éfeso e a todos os fiéis do mundo católico (Pio XI, Lux veritatis).

Minha Mãe! As mães da terra olham com maior predileção para o filho mais fraco, para o
mais doente, para o mais curto de cabeça, para o pobre aleijado...
– Senhora! Eu sei que tu és mais Mãe que todas as mães juntas... – E como eu sou teu filho...
E como sou fraco, e doente... e aleijado... e feio... (Forja, 234).

2. Eis aí a tua mãe (Jo 19,27): o nosso amor por Nossa Senhora.
Essa festa era no dia 11 de outubro.
Nosso Padre amava muito esta festa. Ele conta numa meditação (Meditação, 11-X-1964; cf.
Meditações, n. 39; v. 1; a meditação “Mãe de Deus, Mãe nossa” (Amigos de Deus) parece
diferente). Dia 11 de outubro de 1943 (cf. Vázquez de Prada, v. 2, p. 560).
Dia 12 de outubro é Nossa Senhora do Pilar (Hispanidad).
Dom Álvaro: Padre, deve estar contente, porque amanhã é a Virgem do Pilar.
Nosso Padre era aragonês e morou em Saragoça.
Nosso Padre: Festa por festa, todas as da Virgem me comovem, parecem-me estupendas; mas,
postos a escolher, prefiro a de hoje, a Maternidade.
(Naquele dia, a Obra recebia a sua primeira aprovação canônica de Roma: nihil obstat.)
Não sabia então que a Mãe de Deus tinha intercedido por esta Obra de Deus, e se tinha dado
a primeira aprovação.
Como mostrar o nosso amor por ela?
A nossa atitude é a do menino que se aproxima da sua mãe e, como prova dos seu afeto, não
lhe oferece brinquedos preciosos, que não considera seus, mas mete a mão no bolso e entrega o
que para ele tem maior valor, o seu tesouro: um carretel de linha... sem linha, uma bola de gude,
um botão, uma pedrinha arredondada. Os estranhos contemplarão a cena com ironia; mas a
mãe comove-se com o filho no seu coração. São ninharias de um enorme valor afetivo.
Que mãe que não se comove com essas “ninharias” (niñerías) ou “criancices”? Ele continua:
Minha Mãe, nós te demos tudo o que tínhamos, como a criança que tem um amor imenso,
grande e puro pela sua mãe; e, além disso, te damos [...] os nosso desejos de ser santos enquanto
vivermos nesta terra (Josemaria Escrivá, Meditação, 8-IX-1966; Meditações, n. 510, v. 6, p. 135).
O melhor presente são os desejos de santidade.
Talvez nesse jardim da tua alma, encontres mais espinhos do que flores e frutos. Não importa:
é o momento de dizeres à tua Mãe: Eu não sei dar mais do que isto, mas continuarei a trabalhar
neste jardim; continuarei a fazer um esforço após outro, a fim de conseguir que, nos dias em que
a Igreja celebra uma festa tua, possa oferecer-te, com as flores crescidas, um bonito ramo
(Josemaria Escrivá, Meditação, 8-IX-1966; Meditações, n. 510, v. 6, p. 133)

As normas marianas.

3. E desta hora em diante o discípulo a levou para a sua casa (Jo 19,27).
a) Viver na proteção de Nossa Senhora:
Qual é a oração mariana mais antiga?
“À vossa proteção (εὐσπλαχγνίαν), nós recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as
nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem
gloriosa e bendita” (séculos III-IV). εὐσπλαχγνία: ternura de coração, misericórdia, compaixão.

Se em seu exímio amor tu viveres absorto,


o seu exímio amor será o teu conforto. (Poema da Virgem 285-286)

Ela trouxe ao mundo o Príncipe da Paz. Ela é a Rainha da Paz.

O Natal de 1914 se aproximava.


O Papa Bento XV fez uma alusão a uma trégua oficial entre os governos em guerra, pedindo
“que as armas possam cair em silêncio, ao menos na noite em que os anjos cantam”. O apelo
foi recusado pelas autoridades.
A linha de frente estava concentrada na Bélgica.
Na localidade de Yprès, os alemães decoraram as trincheiras com velas e árvores de Natal. (Um
absurdo numa guerra: luz de noite.)
Os britânicos cantavam um hino: O come, all you faithful.
Os alemães responderam cantando o mesmo hino em latim: Adeste, fideles.
Saem das trincheiras e confraternizam. No dia seguinte houve uma Missa: sacerdote escocês
ajudado por um seminarista alemão.
Em quase toda a linha de batalha, houve uma trégua. Em alguns lugares, chegou até o Ano Novo.

A Trégua de Natal: soldados britânicos, alemães e franceses (embora em menor número).


Quase dois mil anos depois, o nascimento desse menino cessou uma batalha.
Santa Maria Mãe de Deus (01/01/22: ca ce sf)

Evangelho do dia: Naquele tempo, os pastores foram às pressas a Belém e encontraram


Maria e José, e o recém-nascido, deitado na manjedoura (Lc 2,16).

1. História da festa
A festa de Santa Maria, Mãe de Deus.
Nas catacumbas, encontrou-se a inscrição Θεοτόκος (Theotókos, Mãe de Deus).
Nestório (381-450), patriarca de Constantinopla.
Natal de 428, catedral de Constantinopla: Santa Maria não era Theotókos, só Christotókos.
Erro: Há duas pessoas em Cristo.
431: O Concílio de Éfeso (3° da história) declarou Maria como Mãe de Deus.
Segundo a tradição, Nossa Senhora teria morado em Éfeso com São João.

Uma história rica:


O Brasil foi um dos primeiros lugares a comemorar essa festa.
Em 1751, o Rei José I (avó de dom João VI) solicitou e foi-lhe concedido a festa da Maternidade
da Bem-aventurada Virgem Maria para as dioceses de Portugal e Brasil. (Era no dia 22 de janeiro.)
A festa foi se espalhando pelo mundo.
Em 1931 (1500 anos do Concílio de Éfeso), o Papa Pio XI escrevia: “Desejamos que não falte
uma recordação litúrgica dessa comemoração secular” e, por isso, estabeleceu “a Missa da
Divina Maternidade, para ser celebrada por toda a Igreja” (encíclica Lux veritatis).
Em 1969, a festa foi transferida para o dia 1o de janeiro. Antes era no dia 11 de outubro.

Nosso Padre amava muito esta festa. Ele conta numa meditação (Meditação, 11-X-1964; cf.
Meditações, n. 39; v. 1; a meditação “Mãe de Deus, Mãe nossa” (Amigos de Deus) parece
diferente).
Dia 11 de outubro de 1943 (cf. Vázquez de Prada, v. 2, p. 560).
Dia 12 de outubro é Nossa Senhora do Pilar (Hispanidad).
Dom Álvaro: Padre, deve estar contente, porque amanhã é a Virgem do Pilar.
Nosso Padre era aragonês e morou em Saragoça.
Nosso Padre: Festa por festa, todas as da Virgem me comovem, parecem-me estupendas;
mas, postos a escolher, prefiro a de hoje, a Maternidade.
(Naquele dia, a Obra recebia a sua primeira aprovação canônica de Roma: nihil obstat.)
Não sabia então que a Mãe de Deus tinha intercedido por esta Obra de Deus, e se tinha dado
a primeira aprovação.

2. Recorrer à intercessão da Nossa Mãe


Meditação do nosso Padre sobre a Maternidade de Santa Maria (11 de outubro de 1964):
(cf. Meditações, n. 39; v. 1)
Um propósito pessoal: não nos preocuparmos por nenhuma coisa humana, por mais errônea
que seja, sempre que vamos a Deus por meio da Virgem, e já sabeis como se vai: pela
Confidência e pela Confissão. [...]
Maternidade divina de Maria. Maternidade particular para com a Obra. Maternidade
especialíssima para com cada um dos filhos de Deus no Opus Dei. [...]
Se uma criaturinha faz alguma coisa mal feita, se – por exemplo – quebra um objeto de
grande valor, às vezes tende a escapar dos braços de sua mãe. Não repara que ela nem sempre a
procura para lhe dar uma surra, mas para consolá-la, para apertá-la contra o coração e comê-la
a beijos.
Pois bem, isso é o que vos digo: que vos enchais de confiança em Deus e que tenhais um
grande desejo de não fugir dEle. A melhor manifestação de que não fugimos será a sinceridade
na Confidência, a clareza na Confissão. Não vos angustieis quando tiverdes errado, porque a
angústia não seria dor, mas soberba. Permanecei serenos e voltai à casa do Pai, onde nos espera
sempre a compreensão, a ternura imensa de nossa Mãe Santa Maria.

3. Quem é a Mãe de Deus?


Nossa Senhora (Mt 12,48-50):
– Quem é a minha mãe e quem são os meus irmãos?
E, estendendo a mão para os seus discípulos, disse:
– Eis minha mãe e meus irmãos. Porque todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que
está nos céus, esse é meu irmão e minha irmã e minha mãe.

Quem melhor cumpriu a vontade do Pai?


Por acaso a Virgem Maria não cumpriu a vontade do Pai? Ela, que deu fé à mensagem
divina, que concebeu pela sua fé, que foi escolhida para que dela nascesse entre os homens
aquele que seria a nossa salvação, que foi criada por Cristo antes que Cristo fosse criado nela?
(cf. Agostinho, Sermão 25, 7-8; Breviário, Apresentação de Nossa Senhora, 21/11)

4. A vontade de Deus
Oração coleta: “Ó Deus, que pela virgindade fecunda de Maria destes à humanidade a
salvação eterna, dai-nos contar sempre com a sua intercessão, pois ela nos trouxe o autor da vida”.
Virgindade fecunda (virginitate fecunda): esse é o celibato apostólico.
Na Carta 28-10-2020, “II. A vocação à Obra como numerária e numerário”:
“Vocês, numerários e numerárias, vivem o dom do celibato com plenitude de amor em
Cristo, que se abre a uma paternidade e maternidade espirituais” (n.13).
“Vocês têm um horizonte muito amplo: com sua vida entregue, às vezes talvez escondida e
sem brilho humano, atingem com fecundidade o último recanto do mundo” (n. 13).
Família de palavras: fēcundus, fīlius, fēlix (frutífero, fértil, alegre).

Ama a vontade de Deus por toda a vida.


a) Anunciação
Ecce ancilla Domini, fiat mihi secundum verbum tuum (Lc 1,38).
Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra.
Seu Filho: Não se faça a Minha vontade, mas a Tua (Lc 22,42).
Aceita a vontade de Deus quando está explícita.

b) Visitação
Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá (Lc 1,39).
2ª lição: Servir
Quando Isabel precisa dela, diz o Evangelho que vai “cum festinatione” com pressa alegre.
Aprende! (Sulco, 371)
cum festinatione (μετὰ σπουδῆς): filha de Herodíades
Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa (Lc 1,56).
Descobre a vontade de Deus quando está implícita.

c) O Menino perdido e achado no templo


Filho, por que procedeste assim conosco? Eis que Teu pai e eu Te procurávamos cheios de
aflição (Lc 2,48).
Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? (Lc 2,49).
Eles, porém, não entenderam o que lhes disse (Lc 2,50).
Sua mãe conservava todas estas coisas no seu coração (Lc 2,51).
Oração para entender melhor a vontade de Deus.
Em 8 de dezembro de 1967, o São Paulo VI exortou a celebrar o Dia Mundial da Paz, a 1 de
janeiro.

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