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Alegria Do Natal

Boa noite a todos os irmãos, que a paz de Jesus nos envolva os corações.
Preparando os nossos pensamentos para a prece, eu vou ler uma passagem do
Evangelho Segundo Lucas, capítulo 2, versículos 8 a 20.

“Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e


guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho.
E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de
resplendor, e tiveram grande temor.
E o anjo lhes disse: Näo temais, porque eis aqui vos trago novas de grande
alegria, que será para todo o povo:
Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado
numa manjedoura.
E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidäo dos exércitos
celestiais, louvando a Deus, e dizendo:
Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.
E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os
pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e
que o Senhor nos fez saber.
E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na
manjedoura.
E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita;
E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam.
Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coraçäo.
E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que
tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.”

Meus irmãos, dezembro foi, é e sempre será o mês mais importante do ano para
toda a comunidade Cristã. Mas não só para a comunidade cristã, ele também é o mês
mais importante para todo um mundo que ainda não sabe disso. Porque como disse o
Anjo do Senhor aos pastores: “eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será
para todo o povo.” Então o nascimento de Jesus não é motivo de alegria somente para
aqueles que creem nele, mas para toda a humanidade. E é interessante que quando vai se
aproximando o mês de dezembro as pessoas vão ficando mais amorosas, perdoam com
mais facilidade, falam mais das coisas espirituais, ficam mais ligadas à espiritualidade,
cristão ou não cristãos, pensam mais no próximo. A gente vai sentindo uma sensação,
aparentemente inexplicável, uma tendência de fazer o bem se apodera das pessoas. É
campanha de alimento aqui, campanha de roupa ali, campanha de brinquedos noutro
lugar, todos mais dedicados a pensar no próximo. Ah é porque é o mês do Natal, mas
não só isso, muito mais porém, é a prova de que o Natal não é só mais uma data, é a
presença de Jesus e de seus mensageiros, que nesta época se aproximam mais de nós,
circulando pelo planeta e espalhando suas benção por todos os lugares.
O Natal é motivo de muito alegria em nossos corações, eu falo por mim mesmo,
eu sinto uma energia completamente diferente no Natal aqui na nossa Escola. Parece
que tudo brilha mais, que as luzes possuem cores diferentes, que as flores exalam
perfumes mais gostosos. E eu sei que outras pessoas também sentem o mesmo, pois é já
conversei com alguns amigos que também notam a diferença da atmosfera. Tudo isso é
reflexo da aproximação de Nosso Senhor da Terra, da presença de sua falange de
espíritos abnegados e fieis à Sua causa de amor e bondade ao nosso lado. Então meus
irmãos, se o natal ainda não representa na vida de vocês um motivo de alegria, lembre-
se das palavras do anjo: “eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo
o povo.”
Como é do conhecimento de todos que já me ouviram falar, eu sempre escolho
um poema para iniciar o estudo e um poema para fechar o estudo. Dessa vez eu não
precisei escolher o poema do início, pois ele é o tema do estudo dessa noite e através
dele eu vou me nortear durante esta curta hora em que estaremos juntos. O título da
poesia é Alegria do Natal e está num livro que recomendo a leitura, chamado Os Dois
Maiores Amores. Com um prefácio escrito por Emmanuel, contendo a explicação do
título do livro.
“Leitor Amigo: Aqui, neste volume despretensioso, registramos os dois
maiores amores com que somos sustentados na Terra. Dedicações que recebemos,
muitas vezes, até mesmo sem perceber, e que nem por isso deixam de ser as fontes de
amparo que nos acalentam a vida. Desejando assinalar o nosso respeito e a nossa
gratidão por semelhantes bênçãos, nós, os amigos da Vida Espiritual, te oferecemos
estas páginas em que estampamos o nosso carinho e reverência. Acreditamos não
precisar estender maiores comentários, porquanto esses são os dois apoios máximos
que nos tutelam a existência no mundo: O amor de Jesus e o amor de nossas mães.
Uberaba, 15 de Maio de 1983.”

O bondoso mentor de Chico, nos diz que as páginas deste livro são uma
dedicatória a esses dois apoios máximos que nos tutelam no mundo, Jesus e as mães,
que são as maiores representações do amor de Deus por nós. Jesus, que diz João veio à
Terra porque Deus amou o mundo de tal maneira que nos deu Seu filho unigênito. Tal
maneira é advérbio de modo, por exemplo: apressadamente, grandemente,
enormemente, absurdamente, etc. Nenhum desses advérbios serviu para João poder
explicar de que forma Deus amou o mundo, então ele apenas diz: De tal maneira. E
semelhante a esse mesmo amor, Deus nos legou as mães, que amam seus filhos
incondicionalmente. Sei que nós vemos por aí muitas mães que abandonam seus filhos,
mas essas pessoas não são mães na concepção da palavras, são criaturas necessitadas de
muita compreenção e carinho, pois são doentes da alma, as mães a que me refiro são as
que planejaram os nascimentos de seus filhos ou que alegraram-se com a surpresa de
está-los esperando. Essas são a representação do amor de Deus por nós. E lembro de Sr.
Rubinho dizer aqui na tribuna que mesmo os piores bandidos têm alguém que os ama, e
a maioria das vezes, é uma mãe.
Feito este breve comentário da introdução do livro, vou ler o poema de Maria
Dolores que nos dará a diretriz para o estudo da noite.

Alegria do Natal

Agradeço, Jesus,
A bênção do Natal que nos renova e aquece
Em vibrações de paz aos júbilos da prece,
Que te louvam, dos Céus ao pó que forra o chão!...
Agradeço a mensagem que te exalta,
Reacendendo o Sol da Nova Era
Nos cânticos da fé viva e sincera
Que nos refaz e eleva o coração.
Agradeço as palavras em teu nome,
Naqueles que conheço ou desconheço,
Que me falam de ti com bondade sem preço,
Conservando-me em ti, seja em que verbo for,
E as afeições queridas que me trazem,
Por teu ensinamento que me alcança,
A sublime presença da esperança
Ante a força do amor.

Agradeço o conforto
De tudo o que recebo em forma de ternura,
Na mais singela flor que me procura
Ou na prece de alguém
E as generosas mãos que me auxiliam
A repartir migalhas de consolo,
Seja um simples lençol ou um simples bolo
Para a festa do bem.

Agradeço a saudade
Dos entes que deixei noutros campos do mundo,
Que me deram contigo o dom profundo
De aprender a servir, de entender e de orar,
Os afetos que o tempo me resguarda
Sob fulgurações que revejo à distância,
Induzindo-me a ver-te entre os brincos da infância
Nas promessas do lar!...

Por tudo em que o Natal se revela e se expande


A envolver-nos em notas de alegria
Que o teu devotamento nos envia
Em carícias de luz,
Pelo trabalho que nos ofereces,
Perante a fé maior que hoje nos invade,
Para a edificação da Nova Humanidade,
Sê louvado, Jesus!...

Uma belíssima poesia. Maria Dolores, como muitos outros grandes poetas têm
essa capacidade de não perder a rima, não perder a métrica e passar a mensagem. Nesse
poema intitulado Alegria do Natal, a poetisa faz uma série de agradecimentos, que todos
nós deveriamos fazer diariamente. Primeiro ela agradece pela benção do natal, que
marca para nós a vinda de Jesus à Terra. Seu segundo agradecimento são as palavras em
nome de Jesus, que a conservam Nele. Em seguida agradece pelas afeições queridas, os
amigos, a família. Ela segue agradecendo pelo conforto e pelas mãos que a auxiliam a
fazer caridade. Por último ela agrade pela saudade dos entes que ficaram em outras
partes do mundo e pelos afetos que guarda na lembrança. Agradecimentos singelos e
sinceros, sem materialismo algum, que me fizeram chegar à conclusão de que além de
nunca ter tido a sensibilidade de agradecer por essas coisas, também jamais serei capaz
de captar as palavras dessa forma e representá-las na forma de poesia. E Maria Dolores
encerra o poema, em outras palavras dizendo: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
É com essa atmosfera de agradecimento e reconhecimento à figura do Mestre que
iremos conduzir nossa meditação desta noite.
Para nós, o natal é a data mais importante do ano, pois é o momento em que
toda comunidade Cristã comemora o nascimento de Jesus. A vinda Dele ao nosso
mundo atrasado representa uma enorme renúncia, cheia de um amor incomparável.
Sobre o amor de Jesus, nas palavras de Chico Xavier: “O “Amai-vos uns aos outros”
foi superado pelo “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Amar alguém ou
alguma causa, sem pedir nada, sem esperar o pagamento, nem mesmo da
compreensão da inteligência do próximo, então, é trabalhar pela humanidade mais
feliz, por um mundo melhor…” Essa frase pode ser encontrada no DVD Chico Xavier
Inédito - De Pedro Leopoldo a Uberaba.
Então, no estudo que fiz para preparar a meditação desta noite, encontrei uma
mensagem de Emmanuel, a qual eu gostaria de ler, não toda, mas alguns fragmentos.
Como tudo que Emmanuel nos trouxe através da psicografia de Chico é de enorme
proveito, essa mensagem também é, ela faz uma relação entre o Natal de Jesus e o Ano
Novo, ela está no livro Fonte de Paz e chama-se O Natal de Jesus.

“A Sabedoria da Vida situou o Natal de Jesus frente do Ano Novo, na memória


da Humanidade, como que renovando as oportunidades do amor fraterno, diante dos
nossos compromissos com o Tempo.
A recordação do Mestre desperta novas vibrações no sentimento da Cristandade.
Não mais o estábulo simples, nosso próprio espírito, em cujo íntimo o Senhor
deseja fazer mais luz…
Santas alegrias nos procuram a alma, em todos os campos do idealismo
evangélico
Conforme a nossa atitude espiritual ante o Natal, assim aparece o Ano Novo à
nossa vida.
O aniversário de Jesus precede o natalício do Tempo.
Com o Mestre, recebemos o Dia do Amor e da Concórdia.
Com o tempo, encontramos o Dia da Fraternidade Universal.
O primeiro renova a alegria.
O segundo reforma a responsabilidade.
Comecemos oferecendo a Ele cinco minutos de pensamento e atividade e, a
breve espaço, nosso espírito se achará convertido em altar vivo de sua infinita boa
vontade para com as criaturas, nas bases da Sabedoria e do Amor.
Não nos esqueçamos.
Se Jesus não nascer e crescer, na manjedoura de nossa alma, em vão os Anos
Novos se abrirão iluminados para nós.”

Emmanuel nos convida nesta mensagem ao compromisso com o trabalho cristão,


o trabalho pelo evangelho, que deve ser antes de tudo motivo de grande alegria, tal
como Jesus nasceu para nós, é necessário que levemos Jesus em sua manjedoura de
simplicidade, de humildade a nascer nos corações de nossos irmãos. A divulgação do
Evangelho deve ser uma alegria para nós, assim como diz a Canção da Alegria Cristã:
“Somos companheiros, amigos, irmãos, que vivem alegres pensando no bem, a nossa
alegria é de bons cristãos, não ofende a Jesus, nem fere a ninguém.”
É exatamente assim que tem que ser, o nascimento de Jesus deve representar
uma alegria contagiante em nosso interior, contagiante porque nos leva a dividir essa
mesma alegria com nossos irmãos. Mesmo aqueles irmãos mais difíceis, que não
aceitam ou não entendem a grandeza de Nosso Senhor, eles se sentem contagiados
quando nós exemplificamos o amor de Cristo com nossas atitudes diárias. Quando
conseguimos fazer isso, deixando de lado nossas pequenezas e conseguimos agir de
forma consciente, de forma madura, a exemplo do Evangelho.
Pensando na alegria de Seu nascimento, eu trouxe alguns exemplos de
nascimentos de Jesus, porque muito embora o Natal seja para todos, o nascimento do
Mestre em nossos corações se dá quando nós mudamos nossos pensamentos, nossas
atitudes... A julgar pelos meus pensamentos e atitudes no dia dia, eu posso afirmar sem
medo que Jesus não nasceu para mim ainda, não por culpa Dele, de forma nenhuma,
absolutamente, é porque eu não abri a hospedaria da consciência para Ele, como os
estalajadeiros em Belém, afirmando que não há lugar para seu nascimento, nem mesmo
uma manjedoura e como disse Emmanuel na mensagem: “Se Jesus não nascer e
crescer, na manjedoura de nossa alma, em vão os Anos Novos se abrirão iluminados
para nós.”
Então como eu havia falado, eu trouxe alguns exemplos do nascimento de Jesus
na vida de algumas pessoas e como isso representou Alegria para eles:

Maria Madalena: Muito tem se falado a respeito de Maria Madalena e de sua


ligção com Jesus. Alguns dizem que era uma prostituta, mas o que sabemos através do
Evangelho é que ela e algumas outras mulheres foram curadas por Jesus. Tiveram
“demônios” expulsos de suas companhias. Em lucas, capítulo 8, versículo 2, nós temos
a informação de que de Maria Madalena foram expulsos 7 demônios. Ela é citada
dezoito vezes nos Evangelhos, além de ser a mulher mais citada pelo próprio nome.
Temos diversos relatos sobre ela: Uma das muitas outras mulheres que seguiram Jesus
desde a Galiléia quando ele foi para Jerusalém no final do seu ministério e foi
testemunha da sua crucifixão; Maria Madalena foi a primeira pessoa a ver Jesus depois
da ressurreição; Anunciou a boa notícia da ressurreição aos discípulos. Entre outras
coisas.
Mas quando Jesus nasceu para ela? No momento em que a curou e a libertou do
assédio de tantos espíritos obsessores, momento que ela soube aproveitar colocando
todas as suas riquezas a serviço da obra de Jesus. Agora, vale ressaltar a alegria que
Madalena sentiu ao ser a primeira pessoa a ver Jesus ressuscitado. Jesus podia ter
aparecido para Pedro, para João, para sua MÃE, mas ele apareceu para Maria Madalena,
não poderemos jamais reproduzir tal alegria para podermos calculá-la.
Zaqueu: Chefe dos cobradores de impostos, Zaqueu era um homem
extremamente rico e ambicioso, que certa vez, ouviu que Jesus iria passar pela sua
cidade: Jericó. Jesus vinha realizando muitos prodígios ao longo do caminho e a cidade
inteira se aglomerava para vê-lo. Zaqueu, porém, era um homem baixo e mesmo que ele
se espremesse em meio ao povo, dificilmente conseguiria ver Jesus. Ele então tem a
ideia de subir numa árvore frondosa, e como disse Glenda em sua pregação no dia 22 de
outubro, ele ignorou seu status, seu cargo, não se importou com as opniões, ele queria
ver Jesus. Então quando Jesus passava por debaixo da árvore Ele o vê sentado sobre a
árvore e lhe diz: “Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua
casa. E, apressando-se, desceu, e recebeu-o alegremente.” “E, levantando-se Zaqueu,
disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se
nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus:
Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão.”
Olha a forma como Zaqueu o recebeu: Alegremente. Neste momento Jesus havia
nascido no coração de Zaqueu. E Zaqueu mudou de vida radicalmente, seguiu Jesus,
mudou de nome, mudou de vida…
Sadhu Sundar Singh: Algum tempo atrás, eu li um excelente livro chamado O
Apóstolo dos Pés Sangrentos. Este livro narra a trajetória de um Hindu chamado Sundar
Singh, nascido em 1889 em Rampur, Índia. Pois bem, este homem teve uma relação
muito íntima com o Evangelho e sua divulgação, pregando de cidade em cidade,
vestindo apenas um manto amarelo e vivendo da caridade de outras pessoas. Mesmo
sendo de filho do governador da cidade, ele precisou viver de forma franciscana, pois
foi expulso pelo pai após adotar o cristianismo como roteiro de sua vida.
Mas o que mais me surpreendeu na vida deste homem extremamente dedicado à
divulgação do evangelho foi a sua conversão, pois antes do nascimento de Jesus em sua
vida, ele combateu a chegada dos missionários cristãos em sua cidade, chegando a
rasgar e queimar uma bíblia, livro do qual ele não conseguia se desprender. Quanto mais
ele lia, mais ele queria não ler e mais tinha admiração daquele Jesus de quem o
Evangelho falava. Seu desespero e contradição atingiram um ponto tão crucial que ele
decidiu se matar, em 1904, aos 15 anos de idade. Vejamos o seu relato: E assim decidi
abandonar tudo e acabar com a vida. Três dias depois de queimar a Bíblia levantei-
me às três da manhã, tomei o banho usual e orei: 'Oh Deus - se é que Deus existe -
mostra-me o caminho certo ou eu me mato!' Se não encontrasse a paz, poria a cabeça
no trilho do caminho de ferro, quando viesse o comboio das cinco horas, e ali
morreria. Tinha a impressão de que encontraria sossego na outra vida, se não o
encontrasse nesta: E ali fiquei, orando continuamente, sem resposta. Teria mais meia
hora de oração, na esperança de paz. s quatro e meia vi algo que nunca imaginara
antes: vi uma grande luz no aposento; pensei que fosse incêndio. Olhei ao redor, mas
nada descobri. De repente veio-me à idéia que isso podia ser a resposta de Deus. E,
enquanto orava e continuava olhando para a luz, vi o vulto do Senhor Jesus Cristo.
Era uma aparição gloriosa, plena de amor. Fosse alguma encarnação hindu, eu me
teria prostrado diante dele. Mas era o Senhor Jesus Cristo, o qual, poucos dias antes,
eu insultara. Senti que essa visão não podia ser fruto da imaginação. Uma voz me
disse em hindustani: 'Até quando me perseguirás? Eu vim para salvar-te; oravas para
conhecer o Caminho verdadeiro. Por que não o tomas?' 'Veio-me à mente uma idéia:
Jesus Cristo não está morto, mas vive, e este é Ele mesmo!' Caí aos seus pés e senti
essa paz maravilhosa que não havia encontrado noutro lugar. Era essa a paz que eu
buscava. Aquilo era o próprio Céu. Quando me levantei, a visão tinha desaparecido,
mas a paz e a alegria permaneceram comigo para sempre. Saí e fui dizer ao meu pai
que me fizera cristão. Ele respondeu-me: 'Vai deitar-te e dormir; pois se anteontem
mesmo tu queimavas a Bíblia, como me vens agora dizer que és cristão?' Expliquei: -
É que verifiquei hoje que Jesus Cristo está vivo, e resolvi segui-lo. Hoje eu me tornei
discípulo dele e passei a servi-lo."
E assim mesmo, como disse fez, convertido aos 15 anos de idade, foi embora de
casa divulgar o Evangelho pelo mundo, a pé, donde recebeu o título de Apóstolo dos
pés Sangrentos. Aos 15 anos eu jogava video game e assistia televisão e ele já havia
experienciado dúvidas espirituais tão intensas. É interessante em sua descrição da sua
conversão como ele fala de uma paz e uma alegria que lhe invadiram e permaneceram
para sempre, não obstante as perseguições que sofreu, as doenças, as privações, a forme,
o frio. O nascimento de Jesus deve sempre representar alegria.
Saulo de Tarso: Outra conversão, das mais importantes que podemos encontrar
entre as narradas pelo evangelho, é a sem dúvida a conversão que aconteceu a caminho
de Damasco. Esta conversão é a conversão que eu mais gosto e admiro, quando Jesus,
nasceu de forma esplendorosa na vida de Saulo. Quem não conhece a famosa frase:
“Saulo, Saulo, porque me persegues?”?
Saulo de Tarso, Doutor da Lei, perseguidor ferrenho dos cristãos, algoz de
Estevão, defensor da lei Mosaica. Saulo era um homem de personalidade forte, caráter
inabalável, justo dentro de suas crenças e limitações e que enxergava em Jesus uma
ameaça a ser contida a todo custo. Saulo não era um homem mal, estava apenas
equivocado em sua forma de pensar. Ia ele a caminho de Damasco prender Ananias
quando no meio do caminho um homem aparece envolvido em grande luz que o faz cair
do cavalo e ficar cego. Jesus interrompe sua marcha de prisões e condenações, para
convocá-lo a servir, mas o Mestre não precisou pedir que ele O seguisse, ou que
pregasse em seu nome, ele só o advertiu: “Duro é para ti recalcitrar contra os
aguilhões”. Ao que Saulo respondeu: “Mestre que queres que eu faça?”.
Saulo sofre tão grande conversão que ele se torna divulgador do Evangelho de
Jesus, por todas as partes e ele sofre perseguições por todas as partes igualmente, da
mesma forma que perseguiu anteriormente. Ele sofre perseguições, abandono,
zombarias. Melhor eu ler a passagem em que ele mesmo fala sobre isso. 2 Carta aos
Corítios, Capítulo 12: 9-10: “Mas Ele me disse: Basta-te minha graça, porque é na
fraqueza que se revela totalmente a minha força. Portanto, prefiro gloriar-me das
minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto
alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo
desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou
forte.”
Jesus nasce novamente, todos os anos. Fazemos a representação de seu
nascimento, falamos de seu nascimentos, nos abraçamos, comemoramos a sua chegada,
mas como disse Emmanuel na mensagem anteriormente lida: “Se Jesus não nascer e
crescer, na manjedoura de nossa alma, em vão os Anos Novos se abrirão iluminados
para nós.”
Para encerrar nossa meditação desta noite, eu vou ler uma mensagem também do
livro Os dois Maiores Amores.

NAS ORAÇÕES DE NATAL

Rememorando o Natal, lembramo-nos de que Jesus é o Suprimento Divino à


Necessidade Humana.
Para o Sofrimento, é o Consolo;
Para a Aflição, é a Esperança;
Para a Tristeza, é o Bom Ânimo;
Para o Desespero, é a Fé Viva;
Para o Desequilíbrio, é o Reajuste;
Para o Orgulho, é a Humildade;
Para a Violência, é a Tolerância;
Para a Vaidade, é a Singeleza;
Para a Ofensa, é a Compreensão;
Para a discórdia, é a Paz;
Para o egoísmo, é a Renúncia;
Para a ambição, é o Sacrifício;
Para a Ignorância, é o Esclarecimento;
Para a Inconformação, é a Serenidade;
Para a Dor, é a Paciência;
Para a Angústia, é o Bálsamo;
Para a Ilusão, é a Verdade;
Para a Morte, é a Ressurreição.
Se nos propomos, assim, aceitar o Cristo por Mestre e Senhor de nossos
caminhos, é imprescindível recordar que o seu Apostolado não veio para os sãos e, sim,
para os antigos doentes da Terra, entre os quais nos alistamos…
Buscando, pois, acompanhá-lo e servi-lo, façamos de nosso coração uma luz que possa
inflamar-se ao toque de seu infinito amor, cada dia, a fim de que nossa tarefa ilumine
com Ele a milenária estrada de nossas experiências, expulsando as sombras de nossos
velhos enganos e despertando-nos o espírito para a glória imperecível da Vida Eterna.

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